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Transmedia Crossmedia
O que é Transmedia e Crossmedia?

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Me. Joubert Brito de Araújo

Revisão Textual:
Prof.ª Me. Sandra Regina Fonseca Moreira
O que é Transmedia e Crossmedia?

Fonte: Getty Images


Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:
• Comunicação Contemporânea;
• Conteúdo no Marketing Esportivo;
• Processos Transmedia;
• Processos Crossmedia.

Objetivos
• Compreender a estratégia de conteúdo que pode ser definida como o planejamento de
desenvolvimento e gestão de conteúdo transmedia;
• Conhecer as questões que permeiam uma estratégia de conteúdo eficiente;
• Desenvolver e organizar estratégia de conteúdo transmedia e crossmedia em três partes:
criação, entrega e gestão.

Caro Aluno(a)!

Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl-
timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.

Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.

No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões


de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e
auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de
troca de ideias e aprendizagem.

Bons Estudos!
UNIDADE
O que é Transmedia e Crossmedia?

Contextualização
Desenvolver o conceito de transmedia em suas abordagens e prefixos: multi, inter e
trans nos estudos midiáticos, onde apresento uma visão geral da evolução da comunica-
ção digital e do consumidor conectado a ela.

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Comunicação Contemporânea
Antes de iniciarmos esta unidade, devemos entender o significado de transmedia e
crossmedia. Para (JENKIS, 2008), um maior envolvimento do público, capaz de intera-
gir através dos diversos canais e mídias, podendo assegurar experiências mais ricas na
comunicação contemporânea, que requer interatividade, dinamismo, design e conteúdo,
para se manter na atual geração fluída e transmidiática.

Mas, ser fluído é mais do que se adaptar, é estar aberto ao extraordinário. Por isso,
essa filosofia do discurso vai além das entregas das agências digitais. Ela é pauta do mo-
delo de negócios e desenvolve uma série de verticais que, além de atender às demandas
dos clientes, também dá suporte a todo processo de comunicação digital.

Uma narrativa transmídia não deve possuir uma única boa história, ou bons persona-
gens, mas sim, um rico universo onde podem se desenvolver diversas histórias e diversos
personagens, através de livros, filmes, quadrinhos, programas de TV, sites de internet,
games, redes sociais etc. E podemos dizer que a perenidade do conteúdo é definida de
acordo com a função que cada plataforma exerce no dia a dia das pessoas.

Sites móveis e aplicativos são


fundamentais para o consumo de
conteúdo hoje.

O termo transmídia foi citado pela primeira vez pelo professor Marsha Kinder, da
Universidade de Southern Califórnia (EUA), em 1991. Porém, em 2003, o professor
Henry Jenkins, do MIT – Massachusetts Institute of Tecnology, publicou um artigo no
qual mencionava projetos com narrativa transmídia. Mais adiante, em seu livro intitu-
lado “Cultura da Convergência”, Jenkins define a narrativa transmídia como uma nova
estética que surgiu em resposta à convergência das mídias – uma estética que faz novas
exigências aos consumidores e que depende da participação ativa de comunidades de
conhecimento. O processo estratégico de distribuição, promoção, precificação de pro-
dutos e descoberta dos desejos dos consumidores, utilizando conteúdo e mídia digitais,
se refere a qualquer tipo de ação que envolva a criação e compartilhamento de algum
tipo de mídia com o objetivo de ganho, retenção ou engajamento transmidiático.

Como exemplo, podemos utilizar a construção transmidiática do universo cinema-


tográfico da Marvel (Figura 1), que mantém uma série de cruzamentos de elementos
entre seus distintos filmes. Não há consenso se haveria, nesse caso, uma construção
transmídia, uma vez que a forma se mantém a mesma para todos os conteúdos (audio-
visual, sejam filmes ou séries de TV). O mapeamento dos elementos que cruzam cada
narrativa, contudo, demonstra de forma clara como os diferentes tipos de transmídia são
aplicados na construção deste universo e, principalmente, na condução do espectador
de um filme/série para outro.

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UNIDADE
O que é Transmedia e Crossmedia?

Figura 1 – Mapeamento das influências transmídia no universo cinematográfico Marvel


Fonte: Wikimedia Commons

No ambiente digital, os produtores de conteúdo têm à sua disposição diversas tecnolo-


gias e plataformas. Contudo, é preciso entender como elas conversam entre si para que,
alinhadas ao seu objetivo, consigam alcançar o resultado esperado. Por isso, traçar uma
boa estratégia é fundamental para que suas ações se tornem eficientes em duas esferas:
• Análise de Cenário: É cada vez mais necessário compreender os diversos ambien-
tes nos quais estamos inseridos, entender o que as pessoas desejam e do que elas
precisam, identificando os problemas. Assim, torna-se fundamental a elaboração de
um planejamento estratégico de sucesso. Através da análise de cenário, é avaliada
a marca no ambiente online e qual o comportamento dos seus consumidores em
relação a ela, além da presença digital dos seus concorrentes;
• Planejamento Estratégico: O desenvolvimento de maneira projetada, trabalha os
objetivos da empresa no ambiente digital, determinando posicionamentos, objeti-
vos, canais e formas de atuação, além do plano tático. Ele busca aumentar a valo-
rização da marca, construindo um relacionamento concreto e duradouro com clien-
tes e parceiros.

Todas as estratégias usadas sob a gerência


de uma agência digital têm como objetivo levar Existe um crescimento muito
grande em prol de construção de
ao consumo de algum formato de conteúdo.
awareness, porque o B2B descobriu
As possibilidades tecnológicas levam inovações a importância da produção
a novos mercados o tempo todo, e ninguém de conteúdo, por exemplo, na
está protegido da influência digital, como, por plataforma LinkedIn.
exemplo, os chatbots que se transformaram
nas grandes estrelas da automação digital por voz no varejo.

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Conteúdo no Marketing Esportivo
O consumo esportivo, seja participando no esporte ou assistindo a ele, é uma das
funções de lazer mais difundidas na sociedade moderna. Ele invade todos os aspectos
da vida humana e possui apelo mundial. De fato, o esporte atinge pessoas de todas as
idades, atravessando as fronteiras culturais e nacionais.

E uma das estratégias que mais se mostrou necessária nesses últimos tempos é a
produção de conteúdo, capaz de não só alavancar as vendas da sua marca, mas também
de construir uma relação próxima e duradoura com o cliente.

O conteúdo circula, enquanto, para o produtor ele é uma mercadoria, para o con-
sumidor, é um recurso extremamente valioso. Esse fenômeno se deve ao fato de o am-
biente virtual proporcionar uma experiência diferenciada na comunicação, uma vez que:
A internet é a mais incrível ferramenta de generatividade já criada
pelo homem porque permite a geração espontânea de conteúdo
autoral, bidirecional e multidirecional. E as redes sociais acabam se
transformando no grande cenário em que essa generatividade digital
acontece, por sua ubiquidade, facilidade de uso e, por estar também
no celular, oferece grande mobilidade. (LONGO, 2014, p. 120)

No esporte, é encarado por muitos como uma parte integrante não só de suas vidas,
mas também de sua herança e sua história. O aumento no consumo esportivo dire-
to (comparecimento a eventos esportivos) e indireto (assistir/ouvir/ler sobre esporte) é
comprovado pelos milhões de dólares gastos todos os anos com instalações esportivas
novas, aperfeiçoadas, maiores e com equipes esportivas e jogadores.

Em particular, a produção de conteúdo consiste em construir e propagar conteúdos


como formas de atração do público. Esse conteúdo é a maneira pela qual a marca pode
ser mais reconhecida pelo consumidor e ainda dialogar sobre suas características.

Porém, quem pensa que a produção de conteúdo é só o ato de fornecer informações


acaba tendo uma visão limitada de suas possibilidades. É falar sobre sua marca, mas
também fazer com que ela faça parte da vida do cliente. As características apresentadas
por Longo (2014) indicam que as empresas e marcas estão ocupando os espaços virtuais
em busca de uma sobrevivência em longo prazo, pois aquelas que não tiverem a capaci-
dade de adaptação, e com conteúdos atrativos, logo ficarão no esquecimento.

O esporte como produto possui uma combinação única de qualidades, processos e


capacidades, que levou as aplicações-padrão de marketing a serem, em grande parte,
malsucedidas para os primeiros profissionais de marketing esportivo.

Por conta disso, a produção de conteúdo já se torna uma estratégia mais específica, e,
nem por isso, deixa de ser algo amplo e cativante. Isso é mostrado no momento de falar so-
bre determinado assunto e garantir uma influência marcante na hora da decisão de compra.

Relevância do conteúdo tem valor. Não podemos trabalhar nos mesmos formatos dos não
produtores de conteúdo.

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UNIDADE
O que é Transmedia e Crossmedia?

Nas organizações esportivas, esses benefícios podem ser traduzidos por patrocinado-
res ou sócios leais e uma abordagem organizacional dinâmica e relevante. Os custos de
alguém adotar uma abordagem de conteúdo são o tempo considerável e, algumas vezes,
as habilidades adicionais exigidas (especialmente na área de pesquisa de mercado), para
que você mantenha contato com seu mercado.

A produção de conteúdo é uma tática ainda muito mais eficiente do que uma ação de
marketing tradicional. Como seu leque de oportunidades de trabalho é grande, os seus
benefícios também são inúmeros. Usando-o de maneira correta, ele terá muitas vanta-
gens a oferecer à sua marca e também ao público-alvo no mix do marketing esportivo.
Veja a figura:

Produto Esportivo O Cliente do Serviço Promoção Esportiva


Jogos eventos, competições, de Esporte Patrocínio, publicidade,
regras, merchandising Indivíduos, corporações, promoções de vendas e
e uniformes jogadores e investidores investimento corporativo

Preço do Esporte Distribuição Esportiva


Ticketing (emissão de ingressos), (Ponto de Venda)
tempo gasto, despesas de mídia e Cobertura de mídia, estágios,
receitas com merchandising ticketing e viagem

Figura 2 – O mix do marketing esportivo

Assim, o marketing é a aplicação dos quatro Ps (preço, produto, promoção e ponto


de venda) de forma específica em um contexto esportivo, todo concebido para atender
às necessidades dos clientes do esporte, sejam eles consumidores individuais, participan-
tes de esportes, jogadores ou investidores corporativos.

Quando a tecnologia entra no cenário dos negócios, a primeira providência é abrir


a mente para ampliar sua capacidade de aprender, desaprender e reaprender. Sendo
que, a partir desses pontos, deve surgir uma sequência de ações e produções de novos
conteúdos, como:
• Publicações em vídeo no Facebook, YouTube, IGTV, LinkedIn;
• Exportar o áudio de um webnário e transformá-lo em podcast;
• Pegar partes de um podcast e usar como publicações e stories no Instagram;
• Transformar tópicos de artigos em frases de impacto para o Instagram;
• Fazer anúncios para o vídeo no YouTube;
• Divulgar materiais no Facebook, no Instagram e no LinkedIn;
• Criar e-book e infográficos com os principais tópicos/insights do conteúdo.

Quando a empresa produz materiais nos mais variados formatos, elimina o risco de
algum potencial consumidor não usufruir daquele conteúdo por gostar apenas de um
formato específico. Ao criar um conteúdo central em um processo muito claro, é possí-
vel criar diversas peças de conteúdo, sabendo que ele é relevante para a audiência.

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O mesmo conteúdo, tendo sido produzido em vídeo, pode ser desdobrado em conte-
údos nos mais variados formatos. Sendo que isso é excelente, pois atende exatamente à
demanda por pluralidade de alternativas para que as pessoas consumam os conteúdos
em seus diversos momentos.

Processos Transmedia
Existem alguns conceitos e abordagens com prefixos:
• Tipos de narrativas transmídia: Diferenciando-se também do conceito crossmedia
– em que, ou há replicação da narrativa em meio distinto (por exemplo, “o filme do
livro”), ou uma narrativa mantendo o universo, mas sem cruzamento entre histórias
–, a Transmedia influencia ou é influenciada pela espinha dorsal da narrativa (his-
tória original). Levando os diversos tipos de interação transmedia;
• Trasmedia de aprofundamento: Nesse modelo, o mais comum, já há uma deri-
vação da narrativa principal, aprofundando determinado conteúdo explorado su-
perficialmente (ou de forma incompleta), na narrativa principal. Como exemplo,
no universo de Harry Potter, pode-se citar o livro “Quadribol através dos séculos”,
que traz explicações detalhadas sobre as regras do jogo exploradas de forma mais
simples na série de filmes e livros originais desse universo narrativo;
• Transmedia de introdução: Nesse modelo, uma nova narrativa paralela surge,
precedendo eventos da narrativa principal, explicando de forma mais profunda
a origem de acontecimentos e eventos na narrativa principal, cujo consumo, po-
rém, não afetaria de forma significativa a compreensão desta por aqueles que não
tiveram contato com a história precedente. Como exemplo, o filme Guardiões
da Galáxia (Marvel) traz elementos que influenciarão a sequência de filmes
“Os Vingadores”, mas, como dito, a ausência do consumo do primeiro não implica
incompreensão do segundo;
• Transmedia de influência: Nesse caso, há uma união entre o modelo de aprofun-
damento e de introdução onde, em determinado momento da narrativa principal,
é criada uma derivação de aprofundamento, que segue paralela à principal e, sem
seu fechamento, volta a introduzir novos elementos dos canais de comunicação da
narrativa original.

Os objetivos dos conteúdos sempre foram de impulsionar o crescimento. Mas esse


modelo não se aplica às jornadas do consumidor hoje. Até porque o que interfere nas
avaliações dos conteúdos é o fato de as possibilidades tecnológicas evoluírem em um
ritmo muito mais intenso daqui em diante.

Assim como tivemos na produção da cerveja Duff, quem é fã de “Os Simpsons”


sabe que a bebida preferida do Homer é a cerveja. Foi então que a empresa catarinense
SaintBier teve a ideia de trazê-la para o mundo real dos consumidores.

Caso produto Transmedia: http://bit.ly/2JDgV9R

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UNIDADE
O que é Transmedia e Crossmedia?

A cerveja surgiu no desenho, porém, a associação fica apenas no nome, segundo a


sua fabricante. Por outro lado, podemos afirmar que a marca é descontraída e tenta pas-
sar a ideia de jovialidade, como o que o desenho e o personagem do Homer Simpson
têm com característica. Temos outros exemplos de ficção que deram esse desenvolvi-
mento de novas linguagens. A cerveja amanteigada Butterbeer, da saga “Harry Potter”,
é vendida no parque da Universal Studios, em Orlando, nos Estados Unidos. O sangue
artificial engarrafado da série de vampiros “True Blood” está à venda em lojas na HBO
dos EUA e pode ser comprado pela internet. E sem contar a bebida intoxicante de “Star
Trek”, que foi criada como energético de cor azul e comercializada em um site.

A chegada dessa nova era de ficção, por sua onipresença, obriga a todos os seg-
mentos produtivos se ajustarem. Não é preciso muito para entender a importância da
produção de conteúdo na conquista de novos clientes. Muitos negócios hoje já estão
apostando em conteúdo, mas poucos deles têm um processo de produção bem definido.
Isso acontece porque a gestão de conteúdo está entre os maiores desafios que os profis-
sionais de comunicação enfrentam durante a execução de uma estratégia.

É este tipo de estratégia que ajudará a estabelecer prioridades, os formatos de con-


teúdo, os responsáveis pelas tarefas, a ordem das atividades e das publicações, entre
outros aspectos de produção. Um bom fluxo da produção de conteúdo depende de uma
estratégia bem elaborada, com etapas e análises do que está funcionando ou não, além
das documentações como:
• Conceito de campanha;
• Linha editorial;
• Tom de voz;
• Tipos/formatos de conteúdo que serão criados;
• Canais onde serão publicados;
• Objetivos do conteúdo.

A ideia da estratégia é fornecer todo o contexto para que a produção aconteça.


Só depois que os elementos citados estiverem alinhados, é que o processo de produção
de conteúdo toma forma.

A gestão nada mais é do que a capacidade de saber dividir o tempo sabiamente entre
pendência e tendência. O conteúdo não acontece por si mesmo. É preciso, no geral:
Analisar; Resumir; Criar; Revisar e Editar. Revisar novamente. Aprovar; Publicar; Man-
ter; Repetir e Repetir.

Nessa etapa que estamos entrando, precisamos ampliar nossa dedicação às tendên-
cias de conteúdo. As mudanças estão cada vez mais rápidas, as alterações de rumo mais
inesperadas e afetando cada vez mais o destino de nossos negócios. Nunca se mudou
tanto quanto agora, alternando o cenário competitivo, as relações pessoais, o ambiente
tecnológico e os paradigmas de gestão de conteúdo. Porém, é o processo que define
como o conteúdo é planejado, qual a fonte, como será criado, revisado e publicado.
Nele são traçadas três fases:

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• Processos: Define-se onde o conteúdo viaja através de sua organização, do come-
ço ao fim;
• Tarefas: Que tarefas são necessárias para tornar o conteúdo útil, aproveitável e
amado por sua audiência;
• Pessoas: Quem são os profissionais responsáveis por cuidar do conteúdo com
consistência e relevância.

O desenvolvimento de um fluxo de trabalho efetivo, para quem trabalha com pro-


dução de conteúdo, começa com a determinação do ponto inicial do fluxo de trabalho.
Isso pode ser qualquer tipo de demanda ou pedido de conteúdo, seja espontâneo ou
programado em uma rede social.

Etapas para o desenvolvimento do fluxo:


• Determine o local;
• Pessoas;
• Plano de Execução;
• Conecte os pontos;
• Estabeleça prazos;
• Especifique o conteúdo;
• Defina critérios;
• Pense nos percalços;
• Simplifique.

Por isso, deve haver, de sua parte, preocupação e esforço no que diz respeito à mão
de obra especializada quando o assunto é produção de conteúdo. Existem inúmeras
agências e, em linhas gerais, compreender claramente quais os papeis, responsabilida-
des, habilidades e os compromissos individuais das pessoas de quem você depende para
ter seu conteúdo produzido e publicado.

Algumas funções que podemos citar:


• Estrategista de conteúdo (a pessoa que planeja as pautas, define a linguagem, os
objetivos, os canais, entre outros);
• Produtor de conteúdo (redator, criador de vídeo, e-books, insights) para as campanhas;
• Revisor (a pessoa responsável por analisar se o conteúdo está em perfeitas condi-
ções para a publicação);
• Editor (em muitos casos, o estrategista, o revisor ou o próprio criador de conteúdo
cumprem esse papel).

Uma vez obtido o resultado de integração entre os dois mundos, estamos trazendo
todas as possibilidades do on para o off e a autenticidade do off para o on, descobrindo
formas de motivar as pessoas. Em resumo, faça com que elas se sintam incluídas, envol-
vidas e comprometidas.

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UNIDADE
O que é Transmedia e Crossmedia?

Processos Crossmedia
A tecnologia digital, os aparelhos móveis e as mídias sociais empoderaram as pessoas.
Todos esses momentos de intenções estão criando jornadas tão únicas quanto cada um
de nós, influenciados unicamente pelas escolhas do consumidor, que prefere se relacio-
nar com marcas que sejam relevantes, úteis e pessoais.

A intenção aqui é apresentar um pouco dos caminhos transmidiáticos que podemos


explorar, lembrando que tudo começa com um conteúdo capaz de responder às suas
intenções e necessidades por meio da jornada, ou seja, capaz de mostrar a mensagem
certa para o usuário certo, no momento certo. O desafio está em, realmente, conhecer
seu público para prever essas intenções.

Portanto, o conteúdo digital não foi inventado na era digital, mas foi absurdamen-
te potencializado e se tornou viável para qualquer tamanho de agência e empresa.
As organizações que já adotaram soluções em Ad Tech estão satisfeitas com os resul-
tados e pretendem ampliar seus investimentos. A conectividade e a interatividade estão
transformando a forma e a produção de conteúdo que acontecem hoje na mídia, como
notícias, esporte e entretenimento em tempo real, e os resultados também.

Na produção de conteúdo crossmedia, o foco é a jornada do consumidor, considerando to-


dos os pontos de contato do cliente com a marca.

Com plataformas tecnológicas robustas a serviço do marketing, proporcionando uma


visão única de todas as iniciativas de comunicação, a questão não é mais se a tecnologia
sempre caminha com velocidade superior às organizações e seus processos. É necessá-
rio desmontar os tradicionais modelos de governança dos conteúdos, tanto nas agências
quanto nos clientes.

Para conteúdos de baixa perenidade, ou seja, conteúdos que precisam ser consumidos
no momento da transmissão, o device disponível passa a ser melhor. Para os conteúdos
que podem ser consumidos independentemente do momento em que são transmitidos,
a tela está mais relacionada à experiência em si, do que a uma necessidade imediata.

Por se tratar de um assunto muito abrangente, a produção de conteúdo possui uma


enorme diversidade de disciplinas e técnicas pontuais, que podem ser utilizadas em sua
aplicação. Dentre todas as estratégias, está o crossmedia.

O conteúdo crossmedia tem como principais objetivos:


• Ser uma vitrine para as empresas, expandindo sua visibilidade;
• Criar um canal de comunicação, aumentando a interação das empresas com seus
visitantes e clientes;
• Conquistar visitantes, transformá-los em leads;
• Divulgar conteúdos de forma ampla, reduzindo o custo de aquisição de clientes
das empresas;

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• Tornar cada vez mais clientes para as empresas e mantê-los abastecidos com con-
teúdos relevantes, visando cultivar o relacionamento.

Para atingir esses objetivos, o conteúdo crossmedia produzido deve abordar assuntos
relacionados ao seu mercado e aos possíveis questionamentos e dúvidas de suas perso-
nas, que são as representações fictícias do seu público-alvo.

Cada conteúdo transmidiático possui ao seu alcance um novo tipo de interação entre
público e mídia, o que tem feito com que cada nova tentativa transmidiática não deixe
de ser também uma experimentação. Quando as pessoas podem contar com aquele
conteúdo, as marcas podem contar com o crescimento.

Todavia, para que a estratégia de crossmedia funcione, não basta postar o mesmo
assunto em mídias diferentes. Lembre-se de que é preciso estimular o público a consu-
mir e interagir com essas narrativas nos diferentes meios, de maneira complementar.

Portanto, é preciso:
• Definir um objetivo a ser atingido com a estratégia;
• Planejar a forma como ela vai ser adotada, e por quais meios de plataformas e mídias;
• Levar em consideração o seu target e persona de modo a investir nos segmentos
de mídia que fazem sentido, obtendo sucesso com a iniciativa;
• Garantir o engajamento, de modo que o consumidor continue se relacionando com
cada um dos conteúdos ao longo da experiência.

Entre os canais de divulgação de um filme publicitário, por exemplo, o crossmedia


entra como forma de aproximação de público. Como, por exemplo, a criação de vídeos
de 30 segundos, que são divulgados em forma de comerciais televisivos, e outros de
duração maior, disponibilizados na internet, no YouTube.

Um projeto crossmedia interessante foi o “Retratos da Real Beleza de Dove”.


A campanha foi veiculada tanto nos canais de televisão quanto na internet. No entanto,
nos meios digitais, ela foi lançada em uma versão estendida, e em conjunto com um site
oficial da ação, como podemos conferir abaixo:

Retratos da Real Beleza | Campanhas Dove: http://bit.ly/2JDjFUr

Desse modo, a união de produção de conteúdo em site, blog, vídeo, aplicativo, e até
mesmo no PDV (Ponto de Venda) com essa campanha crossmedia, criou a organização
de pensamento capaz de captar a real atenção do consumidor naquele momento.

É preciso fazer com que esses conteúdos cheguem até as pessoas, para que elas
leiam, curtam, comentem, ou seja, que elas falem e interajam sempre. Essa distribuição
do mesmo conteúdo em diversos canais é o que chamados de crossmedia.

A técnica de transmedia tem como objetivo aumentar a lealdade dessas pesso-


as e despertar o desejo delas em compartilhar essa experiência em diversos canais.
Na transmedia, o conteúdo continua sendo distribuído em diversos canais, entretanto, o

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UNIDADE
O que é Transmedia e Crossmedia?

conteúdo produzido explora as funcionalidades de cada canal, e os conteúdos entre os


canais são complementares.

Na técnica de crossmedia, uma empresa compartilha o mesmo conteúdo de sua


página do Facebook no LinkdIn. Já na técnica de transmedia, ela cria um conteúdo
diferenciado para o LinkedIn, e outro para o Facebook, de forma que os conteúdos são
complementares. Dessa forma, uma pessoa que segue a página no LinkedIn também
segue o Facebook dessa empresa, para que ele possa acompanhar toda a história que
está sendo contada.

Agora é com você: planeje seu conteúdo, faça integração transmedia e projetos
crossmedia. A experiência tem mostrado que é necessário reunir dados do usuário, não
importa se está no app, na TV, no site, no YouTube ou nas redes sociais.

Até a próxima unidade!

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Sites
Think With Google
Ideias, tendências e insights para o seu negócio.
http://bit.ly/2M0nwfS
O Futuro da Produção de Conteúdo para Plataformas Digitais
http://bit.ly/2LUGt3L
Narrativa transmídia: um método eficaz de divulgação
Conteúdos em formato de narrativa transmídia pode ser a saída para divulgar sua em-
presa em vários canais – Ideal Marketing
http://bit.ly/2LZFL5d
A transformação das agências do Brasil para um mercado 70% digital
http://bit.ly/2JF7A1d

Leitura
Crossmídia e Transmídia no Globo Esporte: as narrativas midiáticas e as propriedades
da convergência, memória e hipermídia
MARTINS, A. V. Crossmídia e Transmídia no Globo Esporte: as narrativas midiáti-
cas e as propriedades da convergência, memória e hipermídia. Universidade Federal da
Bahia, 2010.
http://bit.ly/2JC28My

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UNIDADE
O que é Transmedia e Crossmedia?

Referências
CONRADO, A. Os 8 Ps do Marketing Digital: O Guia estratégico de marketing
digital. São Paulo: Novatec Editora, 2011.

LONGO, W. Marketing e Comunicação na era pós-digital: as regras mudaram. HSM


do Brasil, 2014.

MARTINO, L. Teoria das Mídias Digitais: Linguagens, Ambientes e Redes. Petrópolis,


RJ: Vozes, 2014.

REEDY, J; SCHULLO, S. Marketing Eletrônico: Integrando recursos eletrônicos ao


processo de marketing. São Paulo: Thomson Learning, 2007.

TORRES, C. A bíblia do marketing digital: tudo o que você queria saber sobre
marketing e publicidade na internet e não tinha a quem perguntar. São Paulo: Novatec,
2009. 8ª reimpr. 2013.

Sites visitados
<https://www.eratransmidia.com>

<http://propmark.com.br/mercado/gastos-com-publicidade-digital-devem-crescer-
14-na-amer ica-latina?f bclid=IwA R1unE _7shJAfc0Jf M EizF K Pi75LW K23ku-
yK7kDSPUiQSIWbAhDzhc07B8>

<http://portaldacomunicacao.com.br/2017/01/transmedia-e-comunicacao>

<https://www.youtube.com/watch?v=NKglgZKb47Y>

<https://www.youtube.com/watch?v=daw_g3MLaSA>

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