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Humberto de Campos e a revista A Maçã (1922-1929):

a literatura galante na imprensa brasileira

Luis Fernando Ribeiro Almeida1

RESUMO: O escritor maranhense Humberto de Campos (1886-1934) foi um dos


autores mais lidos no Brasil entre as décadas de 1920 e 1930. Sua produção
diversificada vai da poesia ao conto, passando pelos textos de crítica literária,
memórias, sem contar uma centena de crônicas publicadas na impressa, reunidas depois
em uma dezena de livros. Humberto de Campos tem uma forte ligação com a imprensa
brasileira, com atuação em diferentes jornais de sua época, a exemplo da Folha do
Norte e A Província do Pará, na década de 1910; e, posteriormente, com a radicalização
na cidade do Rio de Janeiro, então capital da República, trabalhou nos jornais O
Imparcial, O Jornal e Correio da Manhã. Em 1922, ano da Semana de Arte Moderna
(São Paulo), funda a revista A Maçã. Esse periódico veio a lume em 11 de fevereiro de
1922. Era um semanário ilustrado, de propriedade do escritor, assinada pelo seu
pseudônimo Conselheiro XX. Tal publicação circulou de 1922 a 1929, chocando a
sociedade da época, por exemplo, com a presença de contos galantes, ou seja, narrativas
maliciosas, com forte apego erótico. Com base no exposto, este trabalho tem por
objetivo analisar a recepção da revista A Maçã no contexto da imprensa brasileira da
época. Para a discussão proposta, dialogamos com os trabalhos de Broca (2005),
Sevcenko (2003), Bosi (2006), Agra (2022) e Sodré (1966).

PALAVRAS-CHAVE: Literatura. Imprensa. Humberto de Campos.

1
Doutorando e Mestre em Comunicação, Linguagens e Cultura pela Universidade da Amazônia
(UNAMA). Mestre em Letras pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Bolsista Prosup/Capes. E-mail:
profalmeidafernando@gmail.com.

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