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ANALISE 4:

As charges citadas no artigo ilustram de maneira satírica e crítica as perspectivas e atitudes das
potências imperialistas, principalmente os Estados Unidos e o Reino Unido, em relação ao
imperialismo e ao que Rudyard Kipling chamou de "Fardo do Homem Branco". Aqui estão
algumas reflexões sobre essas charges e suas conexões com os debates em aula:

1. **A Charge com John Bull e Tio Sam**: Essa charge reflete a visão imperialista das nações
britânica e americana como "civilizadoras" que carregam o fardo de levar a civilização para
outras nações. As pedras com palavras como ignorância, vício e canibalismo representam
estereótipos preconceituosos sobre os povos colonizados, justificando a intervenção
imperialista como um ato benevolente. Isso se relaciona com o debate em aula sobre a
ideologia do imperialismo e a ideia de superioridade racial.

2. **A Charge do Dragão Chinês**: Essa charge faz referência à Revolta dos Boxers na China,
onde o Tio Sam é retratado como um portador da civilização, com um automóvel cheio de
progresso. No entanto, a necessidade de usar um canhão de guerra contra o dragão chinês
destaca a brutalidade e a força militar necessária para impor a "civilização". Isso se conecta ao
debate em aula sobre a resistência das populações colonizadas e as ações violentas usadas
pelos imperialistas para manter o controle.

3. **A Charge da China e a Civilização**: Nesta charge, a China é retratada como uma figura
escura e envelhecida, protegendo-se da "Civilização" ocidental, que é vista como inseparável
do progresso. O corte do penteado tradicional chinês pela tesoura do "Progresso do Século
XIX" simboliza a imposição cultural e social dos valores ocidentais sobre as tradições chinesas.
Isso reflete os debates em aula sobre a perda de identidade cultural nas regiões colonizadas.

4. **A Charge da Aula de Civilização**: Nesta charge, Tio Sam está dando uma aula sobre
"Civilização" para Cuba, Porto Rico, Hawaii e Filipinas. A metáfora escolar mostra a visão dos
EUA de que têm o direito de governar esses territórios sem o consentimento deles, seguindo o
exemplo da Inglaterra. Isso destaca a hipocrisia do imperialismo, já que os EUA estavam agindo
de maneira semelhante àquilo que criticavam nos britânicos. A presença de personagens afro-
americanos, nativos americanos e um possível aluno chinês na charge sugere a diversidade de
perspectivas e experiências dentro das populações colonizadas.

Em resumo, essas charges são valiosas fontes históricas que revelam as atitudes imperialistas
da época e os estereótipos que eram usados para justificar o controle colonial. Elas também
ressoam com os debates em aula sobre o imperialismo, a exploração e a resistência das
populações colonizadas, bem como as implicações culturais e sociais do imperialismo.

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