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Artigo TCC Idoso CDC Ok
Artigo TCC Idoso CDC Ok
CONSUMO
RESUMO
ABSTRACT
The present work dealt with the vulnerability of the elderly mainly in the field of consumer law
addressing the aspects of protection in the most important legal diplomas of the national
order. Thus, the placements of the statute of the elderly will be brought addressing the main
points that society should exercise to guarantee the consumer rights of the elderly. Thus, this
1
Andrill Amorim Vitti. Graduando em Direito pela Faculdade Novo Milênio. E-mail:
andrill.vitti@sounovomilenio.com.br.
2
Athila Pinheiro Quinellato. Graduando em Direito pela Faculdade Novo Milênio. E-mail:
athila.quinellato@sounovomilenio.com.br.
3
Benedicto Intra De Oliveira. Graduando em Direito pela Faculdade Novo Milênio. E-mail:
benedicto.oliveira@sounovomilenio.com.br.
4
Ronivon Rangel De Carvalho. Graduando em Direito pela Faculdade Novo Milênio. E-mail:
ronivon.carvalho@sounovomilenio.com.br.
5
Gabriel Ferreira Sartorio. Professor Orientador. E-mail: gabriel.sartorio@novomilenio.br.
study aimed to demonstrate the hypervulnerability of the elderly, verify how consumer law
treats this issue, point out social issues and raise the legal prerogatives of the elderly. The
methodology used with regard to the objectives will be exploratory research with the purpose
of providing greater familiarity with the problem, with a view to making it more explicit,
involving bibliographic survey. As for technical procedures, bibliographic research will be
used, based on publications, books, articles, among others. Finally, the result showed that
the Consumer Protection Code is an important mechanism to protect the rights of the elderly
in consumer relations and that for the well-being of this group it is necessary to reduce the
vulnerability caused mostly by misinformation.
INTRODUÇÃO
Em um mundo onde a raça dominante é a raça humana, importa salientar que entre
os seres humanos estão aqueles que se encontram diferenciados dos demais.
Essas diferenças são várias e podem colocar determinadas pessoas em diversas
situações, sejam em vantagens sobre outras, sejam em desvantagem sobre o
restante. Nas palavras de Ribas (1998, p. 13-14),
Em âmbito nacional, a CRFB/88 abraça os direitos dos idosos em seu art. 230 ao
dizer,
Art. 230 – A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as
pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo
sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida.
Parágrafo 1° - Os programas de amparo aos idosos serão executados
preferentemente em lares.
Parágrafo 2° - Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a
gratuidade dos transportes coletivos urbanos.
Com base na CRFB/88 no art. 229 ao prevê que os filhos têm o dever de zelar pelos
pais na velhice, carência ou enfermidade, em 1° de outubro de 2003 foi instituído o
Estatuto do Idoso através da Lei n° 10.741.
Para Ramos (2018), a palavra dignidade vem de dignus que significa honra ou
importância e ainda conclui: “a dignidade humana consiste na qualidade intrínseca e
distintiva de cada ser humano, que o protege contra todo tratamento degradante e
discriminação odiosa, bem como assegura condições materiais mínimas de
sobrevivência” (RAMOS, 2018, p.78).
Resta frisar que o princípio pelo viez formal acaba por prejudicar algumas minorias,
como os idosos por exemplo, nas palavras de HECKLER e SCHIRMER (2014, p.03):
Essa discussão se mostra de extrema valia para o tema aqui proposto, visto que, o
direto que rege as relações de consumo dos idosos, deve adotar muitas vezes as
práticas desse princípio para proteger a amparar esse grupo vulnerável quando
necessário.
No caso dos idosos, Nishiyama e Densa (2010, p.19) destaca que “na ótica do
consumidor idoso, tratá-lo como hipervulnerável significa compreender que a sua
idade potencializa sua fragilidade como consumidor, exigindo-lhe um tratamento
especial”.
Essa vulnerabilidade aumentada nos idosos faz com que muitas empresas,
infelizmente, se aproveitem dessas condições para impor práticas abusivas a essa
classe. Muitas vezes os planos de saúde cancelam contratos devido ao aumento do
uso ou as operadoras de crédito pessoal apresentam propostas enganosas
prejudicando esses indivíduos (CAS, 2018).
Essas práticas são consideradas abusivas e são vedadas pelo Código de Defesa do
Consumidor (CDC), que no art. 39 diz:
Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras
práticas abusivas: I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao
fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a
limites quantitativos; II - recusar atendimento às demandas dos
consumidores, na exata medida de suas disponibilidades de estoque, e,
ainda, de conformidade com os usos e costumes; III - enviar ou entregar ao
consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto, ou fornecer qualquer
serviço; IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo
em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-
lhe seus produtos ou serviços; V - exigir do consumidor vantagem
manifestamente excessiva; VI - executar serviços sem a prévia elaboração de
orçamento e autorização expressa do consumidor, ressalvadas as
decorrentes de práticas anteriores entre as partes.
É possível observar que este diploma trás como prática abusiva a questão de
aproveitar-se da idade para impor produtos a essas pessoas, o que é muito comum
que aconteça com os idosos.
Nos casos em que o consumidor é lesado por essas práticas, é possível haver
indenização por danos morais e patrimoniais, e os fornecedores respondem
objetivamente pelos danos causados, ou seja, deve ser reparado o dano
independente de culpa (ALMEIDA, 2009).
Sendo assim, é necessário que haja ampla divulgação da legislação pertinente, bem
como da amplitude aos órgãos de defesa do consumidor e da própria justiça, para
que o acesso a esses, garanta a seguridade da proteção inibindo as empresas de
praticarem atos contra essa classe.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa justificou-se pela importância do tema proposto, visto que os idosos
são pessoas em estado de vulnerabilidade e se tratando de direito do consumidor,
essa característica se torna ainda mais evidente.
Sendo assim, há necessidade da garantia dos direitos dos idosos para que estes
não sofram consequências negativas em razão de sua vulnerabilidade. Por isso, o
legislador fez cumprir o determinado na Carta Magna e criou o Estatuto do Idoso,
que defende seus direitos e traz para a sociedade a obrigação de zelar por esse
grupo.
Portanto, o Estado como um todo tem por obrigação velar pelas pessoas de idade
avançada a fim de garantir a dignidade da pessoa humana inerente ao indivíduo
idoso, principalmente, quando se trata das relações de consumo, tendo em vista a
característica financeira dessas relações.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, João Batista de. A Proteção Jurídica do Consumidor. 7. ed. São Paulo:
Saraiva, 2009, p. 130.
BRAGA, Pérola Melissa Vianna. Curso de Direito do idoso. São Paulo: Atlas, 2011.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6ª edição. São Paulo: Editora
Atlas, 2009.
MORAES, Alexandre de. Direitos Humanos Fundamentais. 5. ed. São Paulo: Editora Atlas,
2003.
RIBAS, João B. Cintra. O que São Pessoas Deficientes. 6. ed. São Paulo:
Brasiliense, 1998.
ROGERS, Wendy; BALLANTYNE, Angela. Populações Especiais: vulnerabilidade
e proteção. v. 2. Rio de Janeiro: Saúde, 2008.
SARLET, Ingo Wolfgang. A eficácia dos Direitos Fundamentais: uma teoria geral
dos direitos fundamentais na perspectiva constitucional. 11. ed. Porto Alegre:
Livraria do Advogado Editora, 2012.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 23. ed. rev. e atual. –
São Paulo: Editora Cortez, 2007.