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Resumo
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Abstract
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CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.1.Contextualização
Os primeiros estudos sobre a satisfação profissional surgiram por volta de 1912, com Taylor
e as suas pesquisas sobre gerência científica, nas quais o conceito de satisfação estava ligado
apenas ao cansaço, à remuneração e às suas influências na produtividade do trabalhador
(Gonçalves, 2017). Posteriormente, esta ideia modificou-se e pensou-se que a satisfação do
trabalhador era mais determinada pelas relações sociais do que pela própria recompensa
salarial (Faria, 2009).
Segundo Faria (2009) a satisfação profissional é entendida como sendo como as reações
afectivas relacionadas com a actividade profissional e que podem ser devidas ao prazer ligado
à própria actividade ou ligadas aos papéis representadas na vida profissional, ou, ainda, ao
valor atribuído por cada um ao que recebe em troca do seu trabalho. Soares (2007) refere que
a satisfação no trabalho é um fenómeno complexo e de difícil definição, por se tratar de um
estado subjectivo, podendo variar de pessoa para pessoa, de circunstância para circunstância e
ao longo do tempo para a mesma pessoa.
Segundo Vasconcellos (2001) Qualidade de vida no trabalho (QVT) é o conjunto das acções
de uma empresa que envolve a implantação de melhorias e inovações gerenciais e
tecnológicas no ambiente de trabalho. A construção da qualidade de vida no trabalho ocorre a
partir do momento em que se olha a empresa e as pessoas como um todo, o que chamamos de
enfoque biopsicossocial. O posicionamento representa o fator diferencial para a realização de
diagnóstico, campanhas, criação de serviços e implantação de projetos voltados para a
preservação e desenvolvimento das pessoas, durante o trabalho na empresa.
Portanto pode-se entender ainda que a qualidade de vida nas empresas esta intrinsecamente
relacionado cm a satisfação dos calabreardes desde a liderança até os aspectos ergonómicos.
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1.2. Problema de Pesquisa
Todavia, apesar desta mudança, desconhece-se assim o nível de satisfação dos docentes tendo
em conta todas estas mudanças havidas. Segundo Mendes (2008) qualquer mudança no
ambiente de trabalho gera um impacto negativo ou positivo sobre a percepção na qualidade
de vida do trabalhador, pois o trabalho ocupa o centro da vida das pessoas. Portanto, ele deve
promover a saúde, o equilíbrio físico e psico-emocional, visto que para o trabalhador ter uma
boa qualidade de vida total é necessário ter boas condições de trabalho (Mendes, 2008).
Tendo passado por essa universidade, durante o estagio técnico profissional pude notar que os
docentes da faculdade de educação não dispõem de meios de transportes que os facilitem no
cumprimento dos horários especificamente assiduidade o que de certa forma pode contribuir
para a insatisfação do próprio profissional bem como dos estudantes. Também pude notar nos
pagamentos dos salários no período pós-laboral, não tem sido feita de forma regular no que se
refere nas datas do pagamento, podendo deste modo contribuir de forma inequívoca para a
insatisfação do colaborador bem como influenciar de forma negativa na insatisfação dos
docentes em relação a qualidade de vida no trabalho. E por fim, não menos importante a falta
da disponibilização de material didáctico para modelo de leccionação híbrido, bem como
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Pode-se ler por completo em: https://escolasecursos.pesquisemoz.com/universidade-licungo-unilicungo/
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domínio no uso das varias tecnologias por parte de alguns docentes tem afectado a satisfação
e a qualidade de vida dos docentes desta faculdade.
1.3. Objectivos
1.5. Justificativa
Segundo Tavares (2008) a satisfação com o trabalho aparece como sendo de grande
importância, devido à sua influência na produtividade, desempenho e na realização pessoal
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dos trabalhadores de uma determinada empresa. Este autor entende que para os trabalhadores
apresentem um bom desempenho é primordial que a organização promova e possibilite a
mudança comportamental do indivíduo, sempre que necessário, de uma forma positiva, de
acordo com os valores deste. Portanto, a realização deste trabalho justifica-se em três âmbitos
(âmbito pessoal, social e científico).
No âmbito científico, esta pesquisa irá permitir com que se possa aprofundar conhecimentos
sobre a matéria estudo aliando-se aos outros trabalhos já desenvolvidos por outros autores.
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CAPÍTULO II- REVISÃO DE LITERATURA
A revisão de literatura é a etapa do trabalho de pesquisa que serve de ponte entre o que já foi
estudado numa determinada área de conhecimento e o que se pretende estudar, enriquecer ou
actualizar (Wilson, 2019). De acordo com Newman (2003), a revisão de literatura baseia-se
no pressuposto de que o conhecimento se acumula e que os indivíduos aprendem a partir dos
efeitos u experiências de outros.
Portanto, nesta parte trabalho apresentamos o conhecimento existente sobre a satisfação dos
colaboradores e a qualidade de vida no trabalho, começando assim da discussão dos conceitos
básicos.
2.1. Conceitos
2.1.1. Satisfação
A satisfação pode ser definida como um estado de entusiasmo, deleite ou prazer com a
realização de um objectivo ou meta muito desejados (Huefner, 2000). No entender deste
autor a satisfação está diretamente ligada ao grau de expectativas da pessoa em relação às
suas conquistas, por isso, em muitos casos, podemos perceber diferentes níveis de satisfação,
mesmo em indivíduos que pleiteavam algo em comum (Huefner, 2000).
De acordo com Gonçalves (2011) a Satisfação Profissional pode ser vista como uma resposta
a um conjunto de factores percepcionados pelos trabalhadores em função das suas
expectativas, desejos e necessidades, tais como o contexto, o seu conteúdo, as características
do próprio trabalho e o seu meio ambiente ou envolvente.
Locke (1976) definiu Satisfação Profissional como o estado emocional agradável ou positivo,
que resulta do trabalho ou de experiências no trabalho. Este autor identifica três etapas da
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evolução do conceito de satisfação: a psico-económica, a psicossociológica e a
desenvolvimentista.
Enquanto que Bilhim (2002) entende como Satisfação Profissional a atitude relativa às
diferentes situações e aspectos profissionais do indivíduo, o que segundo a sua perspectiva
traduz que o indivíduo expressa atitudes diferentes em função do trabalho que desempenha.
Através destes conceitos entendemos que a satisfação profissional é um estada emocional que
o colaborador tem devido as suas expetativas, desejos e tendo em conta as suas experiências
dentro ou fora da organização.
Em tese, pode-se dizer então que QVT é uma gestão da educação para o bem-estar no
trabalho, com decisões e escolhas baseadas na cultura organizacional e no estilo de vida dos
diferentes segmentos ocupacionais (2009).
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indivíduos) que contribuem, também, para o incremento ou a diminuição da satisfação no
local de trabalho”.
Segundo Spector (1997) as investigações que estudaram os efeitos das recompensas e dos
níveis salariais sobre a satisfação no trabalho mostram relação relativamente baixa entre as
duas variáveis. O mesmo autor sugere que não será tanto um salário elevado que contribui
para a satisfação no trabalho, mas a justiça percebida relativamente à distribuição pelos
colaboradores. Segundo Ferreira et al (2001) os estudos demonstram a relação entre as
variáveis demográficas e a satisfação no trabalho. A idade, as habilitações literárias e a
carreira são variáveis paradigmáticas dessa relação.
Apesar de se poder pensar que a satisfação no trabalho contribui para a produtividade, o que
se constata na maioria dos estudos a relação entre estas duas variáveis não se tem revelado
muito forte. Contudo as investigações demonstram que os indivíduos que melhor
desempenham as suas funções e que, em função desse desempenho recebem recompensas
apresentam níveis de satisfação elevados (Ferreira, et al. 2001).
Existem diversas teorias que explicam a satisfação dos colaboradores n ambiente corporativo,
dentre elas destacamos as teorias processuais, teorias de expectativas e a teira da discrepância
(Henriques, 2009).
Teorias Processuais
Teoria da Expectativa
A teoria de Vroom (1964) é a que reúne mais aceitação no contexto das teorias da
expectação, pois concebe uma conceptualização no âmbito dos modelos cognitivos de
expectativa – valor. A contribuição deste modelo está relacionada com o envolvimento da
variável expectativa, considerando a dimensão de futuro do comportamento humano.
Teoria da Discrepância
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Na abordagem das teorias da discrepância, a satisfação depende do grau de concordância
entre o que o indivíduo procura no trabalho e o que realmente obtém. Na opinião de Bravo,
Peiró e Rodriguez (1996) citado por as discrepâncias podem ser de dois tipos: interpessoais e
intrapessoais. As interpessoais resultam do processo de comparação que as pessoas
estabelecem entre si e os outros, quando avaliam a sua satisfação no trabalho. As
intrapessoais provêm de um processo psicológico de comparação entre a percepção das
experiências reais de trabalho e os critérios de comparação pessoal os quais podem remeter
para as necessidades do indivíduo, valores ou recompensas esperadas.
Conforme Chiavenato (1999) a QVT é utilizada como indicador das experiências humanas no
local de trabalho e do grau de satisfação das pessoas que desempenham o trabalho. Para este
autor empresas que desejam obter maior qualidade e produtividade precisam de pessoas
motivadas participando activamente do trabalho e sendo recompensadas por sua colaboração.
Antes de atender bem o cliente externo, a empresa precisa atender bem o cliente interno, ou
seja, o funcionário responsável pelo produto e/ou serviço oferecido (Chiavenato, 2004). Para
Chiavenato (1999) a QVT envolve vários fatores:
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suficientes para atender as perspectivas e os desafios imaginados pelos idealizadores, ou seja,
essas organizações precisam transformar a QVT em ferramenta de gestão efectiva.
De acordo com Fernandes (1996) citado por Morreira (2010) apesar dos diversos comentários
acerca das tecnologias de produção e ferramentas de qualidade, é facto que cada vez mais os
trabalhadores se queixam da rotina de trabalho, da subutilização de suas potencialidades e
talentos, além de condições inadequadas de trabalho. Para Silva e De Marchi (1997), dos
vários desafios com que se deparam os atuais empresários, dois são fundamentais.
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CAPÍTULO III: METODOLOGIA
A abordagem de estudo que prioriza a presente pesquisa visa avaliar o grau de satisfação dos
docentes em relação a qualidade de vida na Faculdade de Educação da Universidade
Licungo- Quelimane. Assim, nesta parte do trabalho, será apresentada os aspectos
metodológicos que nortearão a pesquisa, com destaque para ao tipo de pesquisa, a população
e amostra, os instrumentos de colecta de dados, as técnicas de analise de conteúdo e as
questões éticas.
3.2.1.Amostra
A amostra é um subconjunto - representativo ou não - da população em estudo. Essa
representatividade da amostra, que é uma propriedade altamente desejada em estatística,
ocorre quando ela apresenta as mesmas características gerais da população da qual foi
extraída.3º
No que se refere a população, dos 18 funcionários irá se tirar 6 funcionário que representarão
a amostra do estudo onde: 2 fazem parte da categoria de chefes e 4 são simples funcionários.
Este estudo irá usar uma amostragem intencional pois enquadram-se aqui os diversos casos
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https://epibio.weebly.com/uploads/6/6/9/0/6690469/captulo_populao_e_amostra.pdf
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https://epibio.weebly.com/uploads/6/6/9/0/6690469/captulo_populao_e_amostra.pdf
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em que o pesquisador deliberadamente escolhe certos elementos para pertencer à amostra,
por julgar tais elementos bem representativos da população4.
3.3.1.Questionário
Segundo Praça (2015) o questionário refere-se a um meio de obter respostas às questões por
uma fórmula que o próprio informante preenche. Ele pode conter perguntas abertas e/ou
fechadas. As perguntas abertas possibilitam respostas mais ricas e variadas e as fechadas
maior facilidade na tabulação e análise dos dados.
3.3.2.Entrevista
A entrevista é uma das principais técnicas de colectas de dados e pode ser definida como
conversa realizada face a face pelo pesquisador junto ao entrevistado, seguindo um método
para se obter informações sobre determinado assunto (Praça, 2015).
Escolheu-se o presente instrumento pelo facto do mesmo ser bastante adequado para a
obtenção de informações acerca do que as pessoas sabem, crêem, esperam e desejam, assim
como suas razões para cada resposta além do instrumento ter maior abrangência, eficiência na
obtenção dos dados, classificação e quantificação.
Este instrumento tem muitas vantagens: permite recolher informação rica, em certos casos
com bastante profundidade, recolher testemunhos e as interpretações das pessoas dentro dos
seus quadros de referência, contexto cultural e linguagem, permite identificar as atitudes do
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https://www.ibilce.unesp.br/Home/Departamentos/CiencCompEstatistica/Adriana/formas-de-
amostragem.pdf
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grupo, estabelecer hipóteses iniciais para as motivações subjacentes a atitudes e
comportamentos. No entanto, a mesma técnica de recolha de dados tem como desvantagens:
obtenção de respostas falsas (consciente ou inconscientemente), influencia do entrevistador
nas respostas, retenção da informação, com o medo da perda ou retenção do anonimato,
técnica que consome muito tempo, método difícil de tratar, poderá ser indutora, o desejo de
agradar ao entrevistador desvia a entrevista (De Oliveira, 2011).
Usar-se-á esta técnica colecta de dados colher percepções dos docentes em relação a sua
qualidade de vida no trabalho na Faculdade de Educação da Universidade Licungo –
Quelimane e Indicar os factores que concorrem para a satisfação intrínseca e extrínseca dos
docentes de Educação da Universidade Licungo- Quelimane;
No que tange análise dos dados, esta pesquisa tem uma ênfase qualitativa como aborda
metodológica o que quer dizer que também analise dos dados deve ser feita numa visão
qualitativa, por isso que para tal será necessário uso da técnica de análise de dados no
chamada analise de conteúdo da autora Laurence Bardin (2004).
Nesse segmento, a análise de conteúdo é entendida como um conjunto de técnicas de “análise
das comunicações, que visa obter, por procedimentos sistemáticos e objectivos de descrição
do conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitem as
inferências de conhecimentos relativos de condições de produção/recepção (variáveis
inferidas) destas mensagens” (Bardin, 2004, p. 41).
Na parte quantitativa da pesquisa usar-se-á a o Software SPSS que é um pacote de software
analítico oferecido pela IBM que os pesquisadores utilizam para analisar dados complexos de
pesquisa, este software é usado para estudos de tabulação cruzada para entender melhor o
público.5
5
Em cas de leituras mais aprofundadas sobre SPSS leia em https://www.questionpro.com/pt-br/spss.html
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uma experiência, um teste ou um determinado procedimento de medição produz o mesmo
resultado nos testes/experiências repetidas, ou seja, a necessidade de garantir que os
resultados alcançados seriam idênticos aos que se obteriam caso o estudo fosse repetido.
Portanto para que os instrumentos sejam validos e fiáveis será necessário a participação total
e completa da supervisora, o docente com mais experiência que vai nos ajudar adaptar o
questionário e a rever as questões de entrevista.
Segundo Aragão (2017) a ética procura definir se determinada acção ou atitude é correta ou
errada, boa ou má. Portanto, esta pesquisa adopta todos os aspectos éticos referidos em
pesquisa de Pasqualotti (2014: autonomia, não-maleficência, beneficência e justiça. Alem
disso esta pesquisa deixara claro aos participantes sobre. Além disso, ele ainda é informado
sobre:
3.6. Limitações
Na presente pesquisa e ao longo do processo acreditamos encontrar algumas dificuldades a
saber:
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4. Cronograma
MESES
ETAPAS
Outubr Nove Deze
Agosto Setembro o mbro mbro Ag
Elaboração do Tema/Problema X
Levantamento Bibliográfico X X
Revisão de Literatura X X
Conclusão do Estudo X
Ajuste do texto/correcções X X
Última análise X
Entrega do Relatório
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5.Orçamento
1 Lápis 10 20
2 Canetas 10 30
1 Borrachas 10 20
17 GB Internet 30 480
30 Hambúrguer 65 1950
Total 8960
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6.Referências Bibliográficas
Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70. Disponível em:
https://www.ets.ufpb.br/pdf/2013/2%20Metodos%20quantitat%20e%20qualitat
%20-%20IFES/Bauman,%20Bourdieu,%20Elias/Livros%20de%20Metodologia/
Bardin%20-%201977%20-%20An%C3%A1lise%20de%20Conte%C3%BAdo.pdf
Bilhim, J. F. (2002). Questões Actuais de Gestão de Recursos Humanos. Instituto Superior de
Ciências Sociais Politicas, 138-139.
Faria, B., 2009. Qualidade de vida do enfermeiro no exercício profissional e os seus reflexos
na satisfação profissional.
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Huefner, J.C., Hunt, H.K. (2000). “Consumer Retaliation As a Response to Dissatisfaction”.
Journal of Consumer Satisfaction, Dissatisfaction and Complaining Behavior, vol.
13, n.º 1, pp. 61-82.
Limongi-França, A.C. (2003). Qualidade de vida no trabalho – QVT. São Paulo/SP. Editora
Atlas S.A, 2003.
Locke, E. A. (1976). The Nature and Causes of Job Satisfaction. Em M. D. Dunnette (Org.).
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College Publishing Company, 1297-135
Mendes, R. A. (2008). Ginástica Laboral: princípios e aplicações práticas. 2. Ed. São Paulo:
Manole,
Vergara, S. (2010). Projectos e relatórios de pesquisa em administração. 12. ed. São Paulo:
Atlas.
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