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CONTROLADORES

LÓGICOS
PROGRAMÁVEIS:
SUAS APLICAÇÕES
INDUSTRIAIS INDUSTRIAIS
SUAS APLICAÇÕES
PROGRAMÁVEIS:
LÓGICOS
CONTROLADORES
Catálogo de publicações e lançamentos da Editora SENAI.
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Série: Automação Industrial. nº 1
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Rua São Francisco Xavier, 417 - Maracanã
Altus Sistemas de Informática S/A Editora SENAI
Atos Automação Industrial Ltda.
Dakol Instrumentos e Sistemas Ltda.
Lobeck Automação e Serviços
Moeller Eletric Ltda.
Omron Eletrônica do Brasil
Wladimir Castro

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2005
Editora SENAI
Bruno Souza Gomes

CONTROLADORES
LÓGICOS
PROGRAMÁVEIS:
SUAS APLICAÇÕES
INDUSTRIAIS INDUSTRIAIS
SUAS APLICAÇÕES
PROGRAMÁVEIS:
LÓGICOS
CONTROLADORES

Bruno Souza Gomes Editora SENAI


2005
©2005 Bruno Souza Gomes.
Direitos autorais reservados e protegidos pela Lei 9.610 de 1998. Nenhuma parte
deste livro poderá ser reproduzida ou transmitida por quaisquer meios (eletrônicos, 2005
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Editoração Eletrônica SENAI Artes Gráficas
Warley França
CDD: 338.00284

Gerência de Produtos Automação 1. Automação Industrial. I. Título. II. Série.


Carlos de Mello R. Coelho
(Série Automação Industrial, v. 1)
ISBN 85-99002-07-4
Editora SENAI 130p. : il. ; 14 cm.
Coordenação Editorial SENAI, 2005.
Eliane Izis Montenegro industriais / Bruno Souza Gomes. -- Rio de Janeiro: Ed.
Controladores lógicos programáveis: suas aplicações
G585c Gomes, Bruno Souza.

Catalogação-na-Publicação (CIP) - Brasil


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G585c Gomes, Bruno Souza.


Controladores lógicos programáveis: suas aplicações
industriais / Bruno Souza Gomes. -- Rio de Janeiro: Ed. Eliane Izis Montenegro
SENAI, 2005. Coordenação Editorial
130p. : il. ; 14 cm. Editora SENAI
ISBN 85-99002-07-4
(Série Automação Industrial, v. 1)
Carlos de Mello R. Coelho
1. Automação Industrial. I. Título. II. Série. Gerência de Produtos Automação

CDD: 338.00284
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50 3.3 Características ..........................................................................
49 3.2 Conceituação ..........................................................................
47 3.1 Histórico .................................................................................. SUMÁRIO
45 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS .....................................
Capítulo 03
PREFÁCIO DO AUTOR ........................................................................... 9
40 de Karnaugh ........................................................................... APRESENTAÇÃO .................................................................................. 11
2.4.2 Principais conceitos e regras para a utilização dos Mapas
39 2.4.1 Localização dos mintermos nos Mapas de Karnaugh .............. Capítulo 01
38 2.4 Mapa de Karnaugh ................................................................. INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO E CONTROLE ........... 13
38 2.3 Álgebra de Boole .................................................................... 1.1 Surgimento do Controle de Processos .................................... 15
37 2.2.6 Função Lógica Exclusive-NOR ................................................... 1.2 Histórico do Controlador Lógico Programável ......................... 16
37 2.2.5 Função Lógica Exclusive-OR ..................................................... 1.3 O uso da Automação nas Indústrias ....................................... 19
36 2.2.4 Funções NAND e NOR .............................................................. 1.3.1 Revolução Industrial ................................................................ 19
36 2.2.3 Função Lógica OR .................................................................... 1.3.2 Revolução Robótica ................................................................. 20
35 2.2.2 Função Lógica AND ................................................................. 1.3.3 Integração Industrial, a Terceira Revolução .............................. 21
35 2.2.1 Função Lógica NOT .................................................................
34 2.2 Funções Lógicas Básicas .......................................................... Capítulo 02
33 2.1.5 Tabela Verdade ........................................................................ LÓGICA DE PROGRAMAÇÃO ............................................................... 25
33 2.1.4 Circuitos Lógicos Básicos ......................................................... 2.1 Lógica Digital .......................................................................... 28
32 2.1.3 Números Decimais Codificados em Binário (BCD) ................... 2.1.1 Sistemas de Numeração .......................................................... 28
30 2.1.2 Transformação de Bases Numéricas ......................................... 2.1.2 Transformação de Bases Numéricas ......................................... 30
28 2.1.1 Sistemas de Numeração .......................................................... 2.1.3 Números Decimais Codificados em Binário (BCD) ................... 32
28 2.1 Lógica Digital .......................................................................... 2.1.4 Circuitos Lógicos Básicos ......................................................... 33
25 LÓGICA DE PROGRAMAÇÃO ............................................................... 2.1.5 Tabela Verdade ........................................................................ 33
Capítulo 02 2.2 Funções Lógicas Básicas .......................................................... 34
2.2.1 Função Lógica NOT ................................................................. 35
21 1.3.3 Integração Industrial, a Terceira Revolução .............................. 2.2.2 Função Lógica AND ................................................................. 35
20 1.3.2 Revolução Robótica ................................................................. 2.2.3 Função Lógica OR .................................................................... 36
19 1.3.1 Revolução Industrial ................................................................ 2.2.4 Funções NAND e NOR .............................................................. 36
19 1.3 O uso da Automação nas Indústrias ....................................... 2.2.5 Função Lógica Exclusive-OR ..................................................... 37
16 1.2 Histórico do Controlador Lógico Programável ......................... 2.2.6 Função Lógica Exclusive-NOR ................................................... 37
15 1.1 Surgimento do Controle de Processos .................................... 2.3 Álgebra de Boole .................................................................... 38
13 INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO E CONTROLE ........... 2.4 Mapa de Karnaugh ................................................................. 38
Capítulo 01 2.4.1 Localização dos mintermos nos Mapas de Karnaugh .............. 39
2.4.2 Principais conceitos e regras para a utilização dos Mapas
APRESENTAÇÃO .................................................................................. 11 de Karnaugh ........................................................................... 40
PREFÁCIO DO AUTOR ........................................................................... 9
Capítulo 03
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS ..................................... 45
SUMÁRIO 3.1 Histórico .................................................................................. 47
3.2 Conceituação .......................................................................... 49
3.3 Características .......................................................................... 50
98 4.2.6 Tipos Básicos de Telas .............................................................
97 4.2.5 Principais Módulos dos Sistemas Supervisórios ......................
3.4 Vantagens do uso de controladores nas indústrias ................ 51
96 4.2.4 Desenvolvimento da Interface .................................................
3.5 Hardware dos Controladores .................................................. 52
95 4.2.3 Driver de Comunicação ...........................................................
3.5.1 Arquitetura Básica ................................................................... 52
93 4.2.2 Gerenciamento de Dados ........................................................
3.5.2 Tipos de Controladores ........................................................... 54
92 4.2.1 Viabilidade de um Sistema Supervisório .................................
3.5.3 Dispositivos Físicos .................................................................. 55
89 4.2 Sistemas Supervisórios ............................................................
3.6 Funcionamento ....................................................................... 62
88 4.1.3 Interfaces com I/OS ou Rede Fieldbus incorporadas ................
3.6.1 CPU e Ciclo de Varredura ......................................................... 62
88 4.1.2.3 Em nível Superior de uma rede Fieldbus .................................
3.6.2 Memórias ................................................................................ 65
87 4.1.2.2 Em rede com o chão de fábrica (Fieldbus) ...............................
3.6.3 Modos de Operação ............................................................... 65
86 4.1.2.1 Direta com o controlador programável ...................................
3.6.4 Leds de Sinalização ................................................................. 68
86 4.1.2 Comunicação ..........................................................................
3.7 Software dos Controladores .................................................... 69
85 4.1.1 Tipos de Interfaces ..................................................................
3.7.1 Programação ........................................................................... 69
84 4.1 Interface Homem Máquina (IHM) ...........................................
3.7.2 Diagrama de Contatos ............................................................ 70
81 SISTEMAS DE SUPERVISÃO INDUSTRIAL ..............................................
3.7.3 Diagrama de Blocos Lógicos .................................................... 70
Capítulo 04
3.7.4 Lista de Instrução .................................................................... 71
3.7.5 Linguagem Corrente ............................................................... 71
76 Conceituação .......................................................................... 3.9.2
3.8 Análise das Linguagens de Programação ................................ 72
74 Histórico .................................................................................. 3.9.1
3.8.1 Forma de Programação ........................................................... 72
74 Norma IEC 61131 .................................................................... 3.9
3.8.2 Forma de Representação ......................................................... 73
73 Conjunto de Instruções ........................................................... 3.8.4
3.8.3 Documentação ........................................................................ 73
73 Documentação ........................................................................ 3.8.3
3.8.4 Conjunto de Instruções ........................................................... 73
73 Forma de Representação ......................................................... 3.8.2
3.9 Norma IEC 61131 .................................................................... 74
72 Forma de Programação ........................................................... 3.8.1
3.9.1 Histórico .................................................................................. 74
72 Análise das Linguagens de Programação ................................ 3.8
3.9.2 Conceituação .......................................................................... 76
71 Linguagem Corrente ............................................................... 3.7.5
71 Lista de Instrução .................................................................... 3.7.4
Capítulo 04
70 Diagrama de Blocos Lógicos .................................................... 3.7.3
SISTEMAS DE SUPERVISÃO INDUSTRIAL .............................................. 81
70 Diagrama de Contatos ............................................................ 3.7.2
4.1 Interface Homem Máquina (IHM) ........................................... 84
69 Programação ........................................................................... 3.7.1
4.1.1 Tipos de Interfaces .................................................................. 85
69 Software dos Controladores .................................................... 3.7
4.1.2 Comunicação .......................................................................... 86
68 Leds de Sinalização ................................................................. 3.6.4
4.1.2.1 Direta com o controlador programável ................................... 86
65 Modos de Operação ............................................................... 3.6.3
4.1.2.2 Em rede com o chão de fábrica (Fieldbus) ............................... 87
65 Memórias ................................................................................ 3.6.2
4.1.2.3 Em nível Superior de uma rede Fieldbus ................................. 88
62 CPU e Ciclo de Varredura ......................................................... 3.6.1
4.1.3 Interfaces com I/OS ou Rede Fieldbus incorporadas ................ 88
62 Funcionamento ....................................................................... 3.6
4.2 Sistemas Supervisórios ............................................................ 89
55 Dispositivos Físicos .................................................................. 3.5.3
4.2.1 Viabilidade de um Sistema Supervisório ................................. 92
54 Tipos de Controladores ........................................................... 3.5.2
4.2.2 Gerenciamento de Dados ........................................................ 93
52 Arquitetura Básica ................................................................... 3.5.1
4.2.3 Driver de Comunicação ........................................................... 95
52 Hardware dos Controladores .................................................. 3.5
4.2.4 Desenvolvimento da Interface ................................................. 96
51 Vantagens do uso de controladores nas indústrias ................ 3.4
4.2.5 Principais Módulos dos Sistemas Supervisórios ...................... 97
4.2.6 Tipos Básicos de Telas ............................................................. 98
Capítulo 05
CONCEITOS SOBRE SENSORES INDUSTRIAIS ...................................... 101
5.1 Conceituação ........................................................................ 103
5.2 Caracterísiticas Principais ....................................................... 103
5.3 Tipos de Sensores ................................................................. 104

Capítulo 06
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO INDUSTRIAL ...................................... 109
6.1 Introdução ............................................................................ 111
6.2 Classificação .......................................................................... 112

Capítulo 07
ESPECIFICANDO SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO ................................... 115
7.1 Sistema de Controle .............................................................. 118
7.2 Sistema de Supervisão ........................................................... 121
7.3 Sistema de Comunicação ...................................................... 125

REFERÊNCIAS ..................................................................................... 127

ÍNDICE DE FIGURAS ........................................................................... 131


ÍNDICE DE FIGURAS ........................................................................... 131

REFERÊNCIAS ..................................................................................... 127

7.3 Sistema de Comunicação ...................................................... 125


7.2 Sistema de Supervisão ........................................................... 121
7.1 Sistema de Controle .............................................................. 118
ESPECIFICANDO SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO ................................... 115
Capítulo 07

6.2 Classificação .......................................................................... 112


6.1 Introdução ............................................................................ 111
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO INDUSTRIAL ...................................... 109
Capítulo 06

5.3 Tipos de Sensores ................................................................. 104


5.2 Caracterísiticas Principais ....................................................... 103
5.1 Conceituação ........................................................................ 103
CONCEITOS SOBRE SENSORES INDUSTRIAIS ...................................... 101
Capítulo 05
Bruno Souza Gomes PREFÁCIO DO AUTOR
que parece, é um caminho sem volta.
no Brasil, mas cada vez mais a tecnologia evolui nesse sentido e, ao Novos sistemas de controle industrial surgiram ao longo dos
total integração em termos de automação no mundo e, principalmente, últimos anos trazendo ao chão de fábrica diversos dispositivos e
processo de comunicação industrial. Ainda estamos longe de uma equipamentos inteligentes, capazes de auto-regular processos,
antes levavam horas e até dias para se obter, facilitando assim todo o gerenciar informações e responder, de maneira rápida, precisa e
fez com que se conseguisse, em tempo real, saber informações que confiável a mudanças de variáveis exigidas durante a produção. Um
A integração da linha de produção com os sistemas corporativos detalhe importante nessa evolução, é que tais dispositivos e
equipamentos diminuíram não somente de tamanho, mas também
desenvolvimento tecnológico. de preço devido à produção em escala e a avanços científicos em
exigido dos profissionais se elevou na mesma proporção que o pesquisa.
tempo, mais rara e bem remunerada, visto que o nível de especialização
dinâmicos e flexíveis onde a presença humana é, com o passar do Tais tecnologias de controle de processos fizeram também com
ferramenta necessária para sobrevivência em mercados cada vez mais que a competitividade industrial aumentasse largamente nos mais
Seja qual for o segmento industrial, a automação continua sendo diversos segmentos de mercado. A informação é hoje, sem dúvida, o
ativo mais precioso de todo o processo de produção. Saber como,
maximizar os lucros e paralelamente diminuir custos de produção. onde e quando está o processo é um diferencial estratégico capaz de
onde e quando está o processo é um diferencial estratégico capaz de maximizar os lucros e paralelamente diminuir custos de produção.
ativo mais precioso de todo o processo de produção. Saber como,
diversos segmentos de mercado. A informação é hoje, sem dúvida, o Seja qual for o segmento industrial, a automação continua sendo
que a competitividade industrial aumentasse largamente nos mais ferramenta necessária para sobrevivência em mercados cada vez mais
Tais tecnologias de controle de processos fizeram também com dinâmicos e flexíveis onde a presença humana é, com o passar do
tempo, mais rara e bem remunerada, visto que o nível de especialização
pesquisa. exigido dos profissionais se elevou na mesma proporção que o
de preço devido à produção em escala e a avanços científicos em desenvolvimento tecnológico.
equipamentos diminuíram não somente de tamanho, mas também
detalhe importante nessa evolução, é que tais dispositivos e A integração da linha de produção com os sistemas corporativos
confiável a mudanças de variáveis exigidas durante a produção. Um fez com que se conseguisse, em tempo real, saber informações que
gerenciar informações e responder, de maneira rápida, precisa e antes levavam horas e até dias para se obter, facilitando assim todo o
equipamentos inteligentes, capazes de auto-regular processos, processo de comunicação industrial. Ainda estamos longe de uma
últimos anos trazendo ao chão de fábrica diversos dispositivos e total integração em termos de automação no mundo e, principalmente,
Novos sistemas de controle industrial surgiram ao longo dos no Brasil, mas cada vez mais a tecnologia evolui nesse sentido e, ao
que parece, é um caminho sem volta.

PREFÁCIO DO AUTOR Bruno Souza Gomes


Supervisão Industrial, Capítulo 5 – Sensores Industriais e Capítulo
capítulos as informações relativas a: Capítulo 4 – Sistemas de APRESENTAÇÃO
indústrias, o leitor observará que ampliamos um pouco em outros três
Apesar de focarmos no uso de Controladores Programáveis nas
Dividimos este livro em sete capítulos que consideramos chaves
normatizadas pela IEC que orientam este capítulo. para consolidar os princípios básicos da Automação Industrial. O
o tema, também apresentaremos as linguagens de programação Capítulo 1 – Introdução aos Sistemas de Automação e Controle visa
enfoque do software de programação dos controladores. Para aprofundar rever um pouco da história da Automação e do Controle de Processos
funcionamento dos controladores, e, por último, a terceira parte, com em ambientes industriais. Com isso, o leitor será capaz de avaliar a
abordando o hardware dos controladores, a segunda, abordando o evolução tecnológica dos sistemas, definir as principais vantagens da
e será dividido, para efeitos didáticos, em três partes. A primeira, automação e do controle, e entender de que maneira o uso dos
desde a conceituação até as características técnicas dos controladores Controladores Programáveis surgiu nas indústrias no mundo. Sugerimos
O Capítulo 3 – Controladores Lógicos Programáveis abordará a leitura desse primeiro capítulo, principalmente para aqueles que nunca
atuaram em automação industrial.
de livros dedicados ao ensino da Eletrônica Digital.
numeração. Caso o leitor deseje novos exercícios, recomendo a procura O Capítulo 2 – Lógico de Programação tem como objetivo
demonstrar as operações lógicas e conversões de sistemas de apresentar conceitos de eletrônica digital, seus recursos e combinações
controladores lógico programáveis. Alguns exercícios serão úteis para que são comumentente utilizadas dentro da automação industrial.
outros, as funções lógicas essenciais para a programação de Estaremos aqui apresentando para alguns leitores, e revendo com
Estaremos aqui apresentando para alguns leitores, e revendo com outros, as funções lógicas essenciais para a programação de
que são comumentente utilizadas dentro da automação industrial. controladores lógico programáveis. Alguns exercícios serão úteis para
apresentar conceitos de eletrônica digital, seus recursos e combinações demonstrar as operações lógicas e conversões de sistemas de
O Capítulo 2 – Lógico de Programação tem como objetivo numeração. Caso o leitor deseje novos exercícios, recomendo a procura
de livros dedicados ao ensino da Eletrônica Digital.
atuaram em automação industrial.
a leitura desse primeiro capítulo, principalmente para aqueles que nunca O Capítulo 3 – Controladores Lógicos Programáveis abordará
Controladores Programáveis surgiu nas indústrias no mundo. Sugerimos desde a conceituação até as características técnicas dos controladores
automação e do controle, e entender de que maneira o uso dos e será dividido, para efeitos didáticos, em três partes. A primeira,
evolução tecnológica dos sistemas, definir as principais vantagens da abordando o hardware dos controladores, a segunda, abordando o
em ambientes industriais. Com isso, o leitor será capaz de avaliar a funcionamento dos controladores, e, por último, a terceira parte, com
rever um pouco da história da Automação e do Controle de Processos enfoque do software de programação dos controladores. Para aprofundar
Capítulo 1 – Introdução aos Sistemas de Automação e Controle visa o tema, também apresentaremos as linguagens de programação
para consolidar os princípios básicos da Automação Industrial. O normatizadas pela IEC que orientam este capítulo.
Dividimos este livro em sete capítulos que consideramos chaves
Apesar de focarmos no uso de Controladores Programáveis nas
indústrias, o leitor observará que ampliamos um pouco em outros três
APRESENTAÇÃO capítulos as informações relativas a: Capítulo 4 – Sistemas de
Supervisão Industrial, Capítulo 5 – Sensores Industriais e Capítulo
6 – Sistemas de Comunicação Industrial. Sabemos que os
Controladores têm interação constante com as informações de campo,
com os sensores, com os atuadores e com os instrumentos em geral, e
que após aquisição e controle desses dados, possibilitam, através de
interfaces de supervisão, um gerenciamento, via software, das mesmas
utilizando os mais diferentes meios de comunicação industrial.

Por fim, apresentaremos no Capítulo 7 – Especificando Sistemas


Bruno Souza Gomes
de Automação, algumas informações inerentes ao processo de escolha
e especificação de equipamentos e sistemas de automação. Cabe ao
Boa Leitura!
leitor observar que em nenhum momento tentaremos apresentar uma
chamada “receita de bolo” para o planejamento de sistemas de
conhecimento.
automação industrial. Esse capítulo servirá como exercício para que o
manutenção de um ativo fundamental para o ser humano: o
profissional de automação verifique alguns dos passos mais importantes
um guia, seja parte desse caminho no processo de construção e
na escolha de novos sistemas, ou simplesmente na modernização de
valor ao processo de produção. Espero que este livro, mais do que
alguns, em três aspectos essenciais: controle, supervisão e
desafio industrial: prover soluções integradas capazes de agregar
comunicação.
Cabe ao profissional de automação se capacitar para esse novo

Cabe ao profissional de automação se capacitar para esse novo


comunicação.
desafio industrial: prover soluções integradas capazes de agregar
alguns, em três aspectos essenciais: controle, supervisão e
valor ao processo de produção. Espero que este livro, mais do que
na escolha de novos sistemas, ou simplesmente na modernização de
um guia, seja parte desse caminho no processo de construção e
profissional de automação verifique alguns dos passos mais importantes
manutenção de um ativo fundamental para o ser humano: o
automação industrial. Esse capítulo servirá como exercício para que o
conhecimento.
chamada “receita de bolo” para o planejamento de sistemas de
leitor observar que em nenhum momento tentaremos apresentar uma
Boa Leitura!
e especificação de equipamentos e sistemas de automação. Cabe ao
de Automação, algumas informações inerentes ao processo de escolha
Bruno Souza Gomes
Por fim, apresentaremos no Capítulo 7 – Especificando Sistemas

utilizando os mais diferentes meios de comunicação industrial.


interfaces de supervisão, um gerenciamento, via software, das mesmas
que após aquisição e controle desses dados, possibilitam, através de
com os sensores, com os atuadores e com os instrumentos em geral, e
Controladores têm interação constante com as informações de campo,
6 – Sistemas de Comunicação Industrial. Sabemos que os
Capítulo 1

INTRODUÇÃO AOS
SISTEMAS DE
CONTROLE AUTOMAÇÃO E
AUTOMAÇÃO E CONTROLE
SISTEMAS DE
INTRODUÇÃO AOS

Capítulo 1
Figura 1 – Motivos para o surgimento do Controle Automático de Processo

INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO


E CONTROLE

Objetivos:

- Apresentar um histórico sobre o controle de processos industriais;


- Apresentar a origem e evolução dos controladores lógicos programáveis;
- Demonstrar a importância da Automação para as indústrias.
pode assim ser classificado:
Surgiu, então, o controle automático que, quanto à necessidade,
1.1 SURGIMENTO DO CONTROLE DE PROCESSOS
tarefa, libertando-o de grande parte deste esforço braçal e mental.
desenvolver técnicas e equipamentos capazes de substituí-lo nesta nova No início dos tempos, a humanidade não tinha o conhecimento
com o aumento acentuado da demanda, o homem viu-se obrigado a dos meios para se obter a energia a partir da matéria. Desse modo, a
perigo devido à precária segurança desses novos sistemas. Entretanto, energia era fornecida pelo próprio trabalho humano ou pelo esforço
nova fonte de energia, exigindo dele constantemente exposição ao de animais. Somente no século XVIII, com o advento das máquinas a
Nesse momento, cabia ao homem o esforço de “controlar” esta vapor, conseguiu-se transformar a energia da matéria em trabalho.
Porém, o homem apenas teve a sua condição de trabalho deslocada,
passando do trabalho puramente braçal ao trabalho mental. passando do trabalho puramente braçal ao trabalho mental.
Porém, o homem apenas teve a sua condição de trabalho deslocada,
vapor, conseguiu-se transformar a energia da matéria em trabalho. Nesse momento, cabia ao homem o esforço de “controlar” esta
de animais. Somente no século XVIII, com o advento das máquinas a nova fonte de energia, exigindo dele constantemente exposição ao
energia era fornecida pelo próprio trabalho humano ou pelo esforço perigo devido à precária segurança desses novos sistemas. Entretanto,
dos meios para se obter a energia a partir da matéria. Desse modo, a com o aumento acentuado da demanda, o homem viu-se obrigado a
No início dos tempos, a humanidade não tinha o conhecimento desenvolver técnicas e equipamentos capazes de substituí-lo nesta nova
tarefa, libertando-o de grande parte deste esforço braçal e mental.
1.1 SURGIMENTO DO CONTROLE DE PROCESSOS
Surgiu, então, o controle automático que, quanto à necessidade,
pode assim ser classificado:
Demonstrar a importância da Automação para as indústrias. -
Apresentar a origem e evolução dos controladores lógicos programáveis; -
Apresentar um histórico sobre o controle de processos industriais; -

Objetivos:

E CONTROLE
INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO
Figura 1 – Motivos para o surgimento do Controle Automático de Processo
16 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

CLP, surgiu dentro da indústria automobilística americana, especi-


O Controlador Lógico Programável, comumente chamado de
O primeiro controlador automático industrial de que se tem notícia
é o regulador centrífugo, inventado em 1775 por James Watts, para o PROGRAMÁVEL
controle de velocidade das máquinas a vapor. Podemos dizer que esta 1.2 HISTÓRICO DO CONTROLADOR LÓGICO
invenção foi puramente empírica. Nada mais aconteceu no campo de
controle até 1868, quando Clerk Maxwell, utilizando o cálculo dife- tando assim o controle automático de processo.
rencial, estabeleceu a primeira análise matemática do comportamento dução e ao aumento de produtividade dos sistemas industriais facili-
de um sistema máquina-regulador. Tais possibilidades visam cada vez mais à redução dos custos de pro-
desses equipamentos surgem diante das necessidades dos processos.
No início do século XX, apareceram outros reguladores e Novas possibilidades então de combinação simples ou híbridas
servomecanismos aplicados à máquina a vapor, a turbinas e a alguns
processos. Durante a primeira guerra mundial, N. Minorsky cria o regulação de processos e registro de informações.
servocontrole, também baseado na realimentação, para a manutenção equipamentos e fabricantes de medição, sinalização, transmissão,
automática da rota dos navios, e escreve um artigo intitulado
tico foi muito rápido. Atualmente existe uma enorme variedade de
“Directional Stability of Automatically Steered Bodies”.
plexidade maior. A partir dos anos 50 o progresso do controle automá-
caminho para o desenvolvimento de sistemas de automação com com-
No ano de 1932, H. Nyquist, da Bell Telephone, cria a primeira
neurológicos e os sistemas de controle no corpo humano preparou o
teoria geral de controle automático com sua “Regeneration Theory”,
O trabalho pioneiro de Norbert Wiener (1948) sobre fenômenos
na qual se estabelece um critério para o estudo da estabilidade.
na qual se estabelece um critério para o estudo da estabilidade.
O trabalho pioneiro de Norbert Wiener (1948) sobre fenômenos
teoria geral de controle automático com sua “Regeneration Theory”,
neurológicos e os sistemas de controle no corpo humano preparou o
No ano de 1932, H. Nyquist, da Bell Telephone, cria a primeira
caminho para o desenvolvimento de sistemas de automação com com-
plexidade maior. A partir dos anos 50 o progresso do controle automá-
“Directional Stability of Automatically Steered Bodies”.
tico foi muito rápido. Atualmente existe uma enorme variedade de
automática da rota dos navios, e escreve um artigo intitulado
equipamentos e fabricantes de medição, sinalização, transmissão, servocontrole, também baseado na realimentação, para a manutenção
regulação de processos e registro de informações. processos. Durante a primeira guerra mundial, N. Minorsky cria o
servomecanismos aplicados à máquina a vapor, a turbinas e a alguns
Novas possibilidades então de combinação simples ou híbridas No início do século XX, apareceram outros reguladores e
desses equipamentos surgem diante das necessidades dos processos.
Tais possibilidades visam cada vez mais à redução dos custos de pro- de um sistema máquina-regulador.
dução e ao aumento de produtividade dos sistemas industriais facili- rencial, estabeleceu a primeira análise matemática do comportamento
tando assim o controle automático de processo. controle até 1868, quando Clerk Maxwell, utilizando o cálculo dife-
invenção foi puramente empírica. Nada mais aconteceu no campo de
1.2 HISTÓRICO DO CONTROLADOR LÓGICO controle de velocidade das máquinas a vapor. Podemos dizer que esta
PROGRAMÁVEL é o regulador centrífugo, inventado em 1775 por James Watts, para o
O primeiro controlador automático industrial de que se tem notícia
O Controlador Lógico Programável, comumente chamado de
CLP, surgiu dentro da indústria automobilística americana, especi-
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS 16
INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO E CONTROLE 17

siderúrgicos, com características analógicas em suas variáveis.


tempo; como em controle contínuo, tais como processos químicos e
ficamente na Hydronic Division da General Motors , em 1968, moti-
cujas máquinas apresentam ações automáticas e discretizadas no vado pela necessidade de constante mudança da lógica de controle
tanto em controle discreto, tais como, automação da manufatura, em comandos de painéis a cada nova adaptação na linha de mon-
Diante disso, os controladores programáveis atuais podem atuar tagem. O que hoje parece simples e realizado com a mudança de
algumas linhas de programação, implicava na época altos gastos
manusear dados e se comunicar com computadores. - de tempo e dinheiro.
realizar operações aritméticas com ponto decimal flutuante; -
a capacidade de operar com números; - O passo inicial para o desenvolvimento do projeto consistiu em
uma especificação detalhada das principais necessidades dos profis-
terísticas podemos destacar: sionais de circuitos a relé da indústria de um modo geral. Richard
também, a expansão de cartões e comunicação. Entre outras carac- Morley foi o engenheiro responsável pelo nascimento deste novo
processamento e alta flexibilidade de programação e possibilitaram equipamento que apresentou duas características diferenciais para
os controladores passaram a ter uma grande capacidade de seu sucesso: versatilidade e baixa complexidade de uso. Podemos
década de 70, com o advento da tecnologia de microprocessadores, dizer que muito do sucesso que os controladores têm hoje deveu-se
nos processos que necessitavam de operações repetitivas. A partir da principalmente a este projeto criado no final dos anos 70. Com o
processamento e suas aplicações se limitavam a máquinas e peque- passar dos anos, os controladores programáveis foram evoluindo,
Os primeiros controladores tinham pouca capacidade de diversificando cada vez mais os setores industriais e suas aplicações.

diversificando cada vez mais os setores industriais e suas aplicações. Os primeiros controladores tinham pouca capacidade de
passar dos anos, os controladores programáveis foram evoluindo, processamento e suas aplicações se limitavam a máquinas e peque-
principalmente a este projeto criado no final dos anos 70. Com o nos processos que necessitavam de operações repetitivas. A partir da
dizer que muito do sucesso que os controladores têm hoje deveu-se década de 70, com o advento da tecnologia de microprocessadores,
seu sucesso: versatilidade e baixa complexidade de uso. Podemos os controladores passaram a ter uma grande capacidade de
equipamento que apresentou duas características diferenciais para processamento e alta flexibilidade de programação e possibilitaram
Morley foi o engenheiro responsável pelo nascimento deste novo também, a expansão de cartões e comunicação. Entre outras carac-
sionais de circuitos a relé da indústria de um modo geral. Richard terísticas podemos destacar:
uma especificação detalhada das principais necessidades dos profis-
O passo inicial para o desenvolvimento do projeto consistiu em - a capacidade de operar com números;
- realizar operações aritméticas com ponto decimal flutuante;
de tempo e dinheiro. - manusear dados e se comunicar com computadores.
algumas linhas de programação, implicava na época altos gastos
tagem. O que hoje parece simples e realizado com a mudança de Diante disso, os controladores programáveis atuais podem atuar
em comandos de painéis a cada nova adaptação na linha de mon- tanto em controle discreto, tais como, automação da manufatura,
vado pela necessidade de constante mudança da lógica de controle cujas máquinas apresentam ações automáticas e discretizadas no
ficamente na Hydronic Division da General Motors , em 1968, moti-
tempo; como em controle contínuo, tais como processos químicos e
siderúrgicos, com características analógicas em suas variáveis.
17 INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO E CONTROLE
18 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

sinais de chão de fábrica. Basicamente, estabece proposta de diminuir


campo (fieldbus), que surgem como alternativa para padronização de
Para programação, eram usadas maletas dedicadas, famosos ter-
sendo incorporada aos sistemas de controle, são os barramentos de
minais “portáteis” que podiam ser facilmente deslocados no “campo”
Uma outra característica importante, que nos últimos anos vem
para alteração de dados e pequenas simulações do programa aplicativo.
mação e sua portabilidade.
Ainda na década de 70, entre 1975 e 1979, inovações em hardware
ma IEC 1131-3, que prevê a padronização da linguagem de progra-
e software proporcionaram ao controlador maior flexibilidade e capa-
programáveis podem se tornar compatíveis com a adoção da nor-
cidade de processamento. Tal fato possibilitou ampliação de novas
vas. Porém, pelo menos em software aplicativo, os controladores
características, entre elas:
bricantes, apesar da maioria utilizar as mesmas normas construti-
Até recentemente, não havia nenhuma padronização entre fa-
- aumento da capacidade de memória e de entradas/saídas;
- permitiu entradas/saídas remotas;
variáveis de processo.
- controle analógico;
le contínuo, possibilitando maior integração no controle de todas as
- controle de posicionamento;
preencheu uma distância que existia entre controle discreto e contro-
- sistemas de comunicações.
desenvolvimento do controle analógico, o controlador programável
controle não ficassem restritos à lógica e seqüenciamento. Com o
A aquisição e manipulação de dados sempre foi, até então, uma
uma maior quantidade de dados de forma que os programas de
lacuna de tarefas ainda não preenchidas pelos controladores
deu essas duas tarefas e permitiu um programa de aplicação maior e
programáveis. Mas, a expansão de memória nos controladores aten-
programáveis. Mas, a expansão de memória nos controladores aten-
deu essas duas tarefas e permitiu um programa de aplicação maior e
lacuna de tarefas ainda não preenchidas pelos controladores
uma maior quantidade de dados de forma que os programas de
A aquisição e manipulação de dados sempre foi, até então, uma
controle não ficassem restritos à lógica e seqüenciamento. Com o
desenvolvimento do controle analógico, o controlador programável
sistemas de comunicações. -
preencheu uma distância que existia entre controle discreto e contro-
controle de posicionamento; -
le contínuo, possibilitando maior integração no controle de todas as
controle analógico; -
variáveis de processo.
permitiu entradas/saídas remotas; -
aumento da capacidade de memória e de entradas/saídas; -
Até recentemente, não havia nenhuma padronização entre fa-
bricantes, apesar da maioria utilizar as mesmas normas construti-
características, entre elas:
vas. Porém, pelo menos em software aplicativo, os controladores
cidade de processamento. Tal fato possibilitou ampliação de novas
programáveis podem se tornar compatíveis com a adoção da nor-
e software proporcionaram ao controlador maior flexibilidade e capa-
ma IEC 1131-3, que prevê a padronização da linguagem de progra-
Ainda na década de 70, entre 1975 e 1979, inovações em hardware
mação e sua portabilidade.
para alteração de dados e pequenas simulações do programa aplicativo.
Uma outra característica importante, que nos últimos anos vem
minais “portáteis” que podiam ser facilmente deslocados no “campo”
sendo incorporada aos sistemas de controle, são os barramentos de
Para programação, eram usadas maletas dedicadas, famosos ter-
campo (fieldbus), que surgem como alternativa para padronização de
sinais de chão de fábrica. Basicamente, estabece proposta de diminuir
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS 18
INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO E CONTROLE 19

mento tecnológico:
três foram os principais motivos causadores do sucesso deste movi-
o número de condutores de interligação dos sistemas de controle,
uma grande revolução trabalhista e cultural. Segundo Signhal (2001),
desde atuadores até controladores programáveis, e proporcionar uma
co, mas também o modo de produzir e consumir bens, explodindo
distribuição da inteligência por todo o processo.
A Revolução Industrial impactou não somente o aspecto técni-
Mas não foi somente no chão de fábrica que obtivemos avanços
como o marco inicial para a chamada Primeira Revolução Industrial.
significativos. Várias outras mudanças impactaram não somente o
mudanças tecnológicas, segundo Crafts (1996), foram consideradas
hardware e o software de controle de processos, mas também a forma
cando alterações em todo o processo produtivo industrial. Essas
com que os operadores interagiam com ele. Atualmente, o operador
deslocando, e até mesmo substituindo postos de trabalho, provo-
desempenha muito mais a função de “cão de guarda” do sistema,
as máquinas começaram a ocupar o chão das fábricas industriais,
através de dispositivos chamados de Sistemas SCADA (Supervisory
competitividade industriais? Durante longo período, de 1760 a 1830,
Control And Data Acquisition) eliminando quase que totalmente o
ferramentas fundamentais para garantia de produtividade e
acesso a áreas insalubres e inseguras à atividade humana.
iriam substituir o trabalho manual de inúmeros artesãos e se tornariam
Quem poderia vislumbrar, antes de 1760, que grandes máquinas
1.3 O USO DA AUTOMAÇÃO NAS INDÚSTRIAS
móveis, mudando assim o “pensar e agir industrial” existente.
que afetaram desde a produção de algodão até a fabricação de auto- 1.3.1 Revolução Industrial
Foram os chamados milagres tecnológicos (GREENDWOOD, 1999)
ção de bens, mas também no modo de agir e viver da sociedade. A sociedade mundial viveu e vive até hoje grandes mudanças
tecnológicas que vêm impactando, não somente no modo de produ- tecnológicas que vêm impactando, não somente no modo de produ-
A sociedade mundial viveu e vive até hoje grandes mudanças ção de bens, mas também no modo de agir e viver da sociedade.
Foram os chamados milagres tecnológicos (GREENDWOOD, 1999)
1.3.1 Revolução Industrial que afetaram desde a produção de algodão até a fabricação de auto-
móveis, mudando assim o “pensar e agir industrial” existente.
1.3 O USO DA AUTOMAÇÃO NAS INDÚSTRIAS
Quem poderia vislumbrar, antes de 1760, que grandes máquinas
iriam substituir o trabalho manual de inúmeros artesãos e se tornariam
acesso a áreas insalubres e inseguras à atividade humana.
ferramentas fundamentais para garantia de produtividade e
Control And Data Acquisition) eliminando quase que totalmente o
competitividade industriais? Durante longo período, de 1760 a 1830,
através de dispositivos chamados de Sistemas SCADA (Supervisory
as máquinas começaram a ocupar o chão das fábricas industriais,
desempenha muito mais a função de “cão de guarda” do sistema,
deslocando, e até mesmo substituindo postos de trabalho, provo-
com que os operadores interagiam com ele. Atualmente, o operador
cando alterações em todo o processo produtivo industrial. Essas
hardware e o software de controle de processos, mas também a forma
mudanças tecnológicas, segundo Crafts (1996), foram consideradas
significativos. Várias outras mudanças impactaram não somente o
como o marco inicial para a chamada Primeira Revolução Industrial.
Mas não foi somente no chão de fábrica que obtivemos avanços
A Revolução Industrial impactou não somente o aspecto técni-
distribuição da inteligência por todo o processo.
co, mas também o modo de produzir e consumir bens, explodindo
desde atuadores até controladores programáveis, e proporcionar uma
uma grande revolução trabalhista e cultural. Segundo Signhal (2001),
o número de condutores de interligação dos sistemas de controle,
três foram os principais motivos causadores do sucesso deste movi-
mento tecnológico:
19 INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO E CONTROLE
20 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

tão, era finalmente alcançada. Robôs tinham condições de operar 24


para o sucesso no processo produtivo industrial. A padronização, en-
- demanda crescente por bens;
A tecnologia continuava se configurando como ferramenta chave
- inovação técnico-científica; e
- formação de mão-de-obra adequada a operar máquinas
redirecionasse a outras atividades.
industriais.
retreinamento surgiram, fazendo com que o trabalho humano se
nicas fossem necessárias. Novos programas de treinamento e
1.3.2 Revolução Robótica sas mudanças nas características de trabalho e nas competências téc-
Segundo Soong (1987), o processo de robotização fez com que diver-
Mas a Revolução Industrial não foi um marco de chegada para as
se grandes transformações, principalmente no que tange ao trabalho.
indústrias. Ao contrário, foi somente um ponto de partida para muitas
Esse “boom tecnológico” fez com que a sociedade mundial vives-
outras mudanças conceituais, técnicas, tecnológicas, científicas,
mercadológicas e econômicas que ainda viriam acontecer.
II) para substituir trabalhadores em tarefas que exigissem força física.
I) para trabalhar em ambientes perigosos para os trabalhadores; e
Segundo Panos & Soong (1987), desde o início dos anos 1960, a
economia japonesa apresentou um fenomenal aumento da taxa de pro-
necessidades industriais:
dutividade industrial, comparada a outros países. Qual o motivo para
al. Ainda segundo o autor, os robôs surgiram motivados por duas
esse salto tecnológico? O incremento produtivo da robotização dos pro-
mou e otimizou o poder de produção como a robotização industri-
cessos de produção, tendo como conseqüência o aumento da receita.
Coates (1994) afirma que nenhuma outra tecnologia transfor-

Coates (1994) afirma que nenhuma outra tecnologia transfor-


cessos de produção, tendo como conseqüência o aumento da receita.
mou e otimizou o poder de produção como a robotização industri-
esse salto tecnológico? O incremento produtivo da robotização dos pro-
al. Ainda segundo o autor, os robôs surgiram motivados por duas
dutividade industrial, comparada a outros países. Qual o motivo para
necessidades industriais:
economia japonesa apresentou um fenomenal aumento da taxa de pro-
Segundo Panos & Soong (1987), desde o início dos anos 1960, a
I) para trabalhar em ambientes perigosos para os trabalhadores; e
II) para substituir trabalhadores em tarefas que exigissem força física.
mercadológicas e econômicas que ainda viriam acontecer.
outras mudanças conceituais, técnicas, tecnológicas, científicas,
Esse “boom tecnológico” fez com que a sociedade mundial vives-
indústrias. Ao contrário, foi somente um ponto de partida para muitas
se grandes transformações, principalmente no que tange ao trabalho.
Mas a Revolução Industrial não foi um marco de chegada para as
Segundo Soong (1987), o processo de robotização fez com que diver-
sas mudanças nas características de trabalho e nas competências téc-
1.3.2 Revolução Robótica
nicas fossem necessárias. Novos programas de treinamento e
retreinamento surgiram, fazendo com que o trabalho humano se
industriais.
redirecionasse a outras atividades.
formação de mão-de-obra adequada a operar máquinas -
inovação técnico-científica; e -
A tecnologia continuava se configurando como ferramenta chave
demanda crescente por bens; -
para o sucesso no processo produtivo industrial. A padronização, en-
tão, era finalmente alcançada. Robôs tinham condições de operar 24
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS 20
INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO E CONTROLE 21
de hardware e software de automação vendendo sistemas fechados e
diversidade tecnológica no chão de fábrica. Centenas de fabricantes
horas por dia, 7 dias por semana, sem exaustão, sem greves ou neces-
históricos. Vivenciamos nos últimos 20 anos de indústria uma total
sidade de incentivos financeiros.
Num primeiro instante, parte desta motivação se deveu a fatores

Mas, a robótica industrial não influenciou apenas no aumento


os motivos para esse esforço conjunto?
de qualidade, produtividade e padronização industriais. Segundo
do pelas empresas: a integração de sistemas industriais. Mas quais são
Cork (2003), a robótica industrial trouxe também novas oportuni-
suas ações nos últimos cinco anos para um grande problema enfrenta-
dades para o desenvolvimento de novos produtos, além de manter
quisa aplicada, universidades e outros institutos de tecnologia focaram
mercados existentes. Os avanços tecnológicos relacionados à robótica
Diversos fabricantes de equipamentos e sistemas, centros de pes-
não pararam desde então. Novos robôs com novas funções sur-
gem a todo momento, facilitando e ampliando ainda mais o pro-
cisa e confiável, a mudanças de variáveis exigidas durante a produção.
cesso produtivo industrial.
processos, gerenciar informações e responder, de maneira rápida, pre-
fábrica diversos dispositivos e equipamentos capazes de auto-regular
Seja com a implementação de novos sistemas de visão mais preci-
mático surgiram ao longo dos últimos vinte anos trazendo ao chão de
sos, seja através de sistemas de comunicação mais inteligentes, novos
avanços tecnológicos significativos. Novos sistemas de controle auto-
robôs estão sendo instalados com sucesso no chão de fábrica mundi-
Não foi somente na robótica industrial que o mundo vivenciou
al, permitindo às empresas ações estratégicas com cada vez menos
riscos tecnológicos.
1.3.3 Integração Industrial, a Terceira Revolução

riscos tecnológicos.
1.3.3 Integração Industrial, a Terceira Revolução
al, permitindo às empresas ações estratégicas com cada vez menos
Não foi somente na robótica industrial que o mundo vivenciou
robôs estão sendo instalados com sucesso no chão de fábrica mundi-
avanços tecnológicos significativos. Novos sistemas de controle auto-
sos, seja através de sistemas de comunicação mais inteligentes, novos
mático surgiram ao longo dos últimos vinte anos trazendo ao chão de
Seja com a implementação de novos sistemas de visão mais preci-
fábrica diversos dispositivos e equipamentos capazes de auto-regular
processos, gerenciar informações e responder, de maneira rápida, pre-
cesso produtivo industrial.
cisa e confiável, a mudanças de variáveis exigidas durante a produção.
gem a todo momento, facilitando e ampliando ainda mais o pro-
não pararam desde então. Novos robôs com novas funções sur-
Diversos fabricantes de equipamentos e sistemas, centros de pes-
mercados existentes. Os avanços tecnológicos relacionados à robótica
quisa aplicada, universidades e outros institutos de tecnologia focaram
dades para o desenvolvimento de novos produtos, além de manter
suas ações nos últimos cinco anos para um grande problema enfrenta-
Cork (2003), a robótica industrial trouxe também novas oportuni-
do pelas empresas: a integração de sistemas industriais. Mas quais são
de qualidade, produtividade e padronização industriais. Segundo
os motivos para esse esforço conjunto?
Mas, a robótica industrial não influenciou apenas no aumento

Num primeiro instante, parte desta motivação se deveu a fatores


sidade de incentivos financeiros.
históricos. Vivenciamos nos últimos 20 anos de indústria uma total
horas por dia, 7 dias por semana, sem exaustão, sem greves ou neces-
diversidade tecnológica no chão de fábrica. Centenas de fabricantes
de hardware e software de automação vendendo sistemas fechados e
21 INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO E CONTROLE
22 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

que possibilitam, até certo ponto, a integração industrial.


menos uma dezena de padrões e protocolos de comunicação abertos
proprietários. Quais eram as conseqüências imediatas dessa política padrões existentes no mercado industrial. Com isso, existem hoje, pelo
tecnológica? Dependência tecnológica. A escolha por uma marca ou sário desenvolver produtos e soluções abertas e compatíveis com os
fabricante era quase como um caminho de mão única. O custo de Percebeu-se que, para manter e conquistar novos mercados, era neces-
mudança era absurdo e o de integração com outros sistemas, inviável de dados de equipamentos e sistemas para os mais variados fabricantes.
naquele momento. Qual saída para esse problema? tir o tema e propor soluções padronizadas para a comunicação e troca
desde então. Foram criadas associações técnicas normativas para discu-
Era necessário dotar os sistemas e instrumentos de inteligência e Sem dúvida, a preocupação com a integração industrial evoluiu muito
fazê-los se comunicar em rede (Filho, 1998). Ainda segundo Filho, até
o início dos anos 90 os sistemas de controle eram considerados ilhas Figura 2 - Divisão dos tipos de Redes Industriais (Seixas Filho, 1998)
de automação. Outro fator chave que alavancou essa mudança, se-
gundo Waurzyniak (2004), foi a necessidade de otimizar os espaços
utilizados no chão de fábrica que estão cada vez mais disputados. A
partir dessas premissas, diversos foram os esforços em busca da
integração industrial. Segundo Fox (2001), uma total automação sig-
nificava a implementação de um completo sistema de integração da
operação industrial. Este sistema deve compor desde o nível de chão
de fábrica, sensores e atuadores, passando pelos dispositivos de rede,
até o controle de processo, conforme destacado na figura abaixo.
até o controle de processo, conforme destacado na figura abaixo.
de fábrica, sensores e atuadores, passando pelos dispositivos de rede,
operação industrial. Este sistema deve compor desde o nível de chão
nificava a implementação de um completo sistema de integração da
integração industrial. Segundo Fox (2001), uma total automação sig-
partir dessas premissas, diversos foram os esforços em busca da
utilizados no chão de fábrica que estão cada vez mais disputados. A
gundo Waurzyniak (2004), foi a necessidade de otimizar os espaços
de automação. Outro fator chave que alavancou essa mudança, se-
Figura 2 - Divisão dos tipos de Redes Industriais (Seixas Filho, 1998)
o início dos anos 90 os sistemas de controle eram considerados ilhas
fazê-los se comunicar em rede (Filho, 1998). Ainda segundo Filho, até
Sem dúvida, a preocupação com a integração industrial evoluiu muito Era necessário dotar os sistemas e instrumentos de inteligência e
desde então. Foram criadas associações técnicas normativas para discu-
tir o tema e propor soluções padronizadas para a comunicação e troca naquele momento. Qual saída para esse problema?
de dados de equipamentos e sistemas para os mais variados fabricantes. mudança era absurdo e o de integração com outros sistemas, inviável
Percebeu-se que, para manter e conquistar novos mercados, era neces- fabricante era quase como um caminho de mão única. O custo de
sário desenvolver produtos e soluções abertas e compatíveis com os tecnológica? Dependência tecnológica. A escolha por uma marca ou
padrões existentes no mercado industrial. Com isso, existem hoje, pelo proprietários. Quais eram as conseqüências imediatas dessa política
menos uma dezena de padrões e protocolos de comunicação abertos
que possibilitam, até certo ponto, a integração industrial.
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS 22
INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO E CONTROLE 23
integrados podemos considerar que fatores históricos e o presente
Então, estabelecendo duas premissas para a evolução dos sistemas
Num segundo instante, verificou-se que, mais importante do que
possuir sistemas abertos que possibilitassem comunicação com outros
bilidade de ocorrer uma falha antes mesmo que ela aconteça.
sistemas de chão de fábrica, era necessário implementar sistemas to-
gentes, é possível monitorar diversos instrumentos e verificar a proba-
talmente integrados, desde o ambiente de produção até os sistemas
impossível até alguns anos atrás, mas, hoje, através de sistemas inteli-
de gestão corporativos (Filho, 1998). Sistemas inteligentes eram capa-
prever a falha de um instrumento antes que ela aconteça? Parecia
zes de gerar informações de processo de maneira rápida, precisa e
performance, com foco na redução de consumo de energia. Como
confiável e comunicá-las através de protocolos de rede, minimizando
comunicação, garantindo assim continuidade de processo e alta
riscos e custos industriais. Hoje, presenciamos a tecnologia, através da
equipamentos no futuro serão monitorados e mantidos via rede de
informação, como sendo mola mestra da diferenciação tecnológica
Segundo Lock (2002), todos os sistemas mecânicos e elétricos de
das empresas. O último bloco da pirâmide tecnológica, através dos
sistemas MES e ERPs, tornava possível uma total integração industrial,
(Seixas Filho, 1998)
ampliando assim o sistema de controle para um sistema de
Figura 3 - Pirâmide de Automação – Sistemas Integrados de Produção
gerenciamento de recursos, conforme figura 3.

gerenciamento de recursos, conforme figura 3.


Figura 3 - Pirâmide de Automação – Sistemas Integrados de Produção
ampliando assim o sistema de controle para um sistema de
(Seixas Filho, 1998)
sistemas MES e ERPs, tornava possível uma total integração industrial,
das empresas. O último bloco da pirâmide tecnológica, através dos
Segundo Lock (2002), todos os sistemas mecânicos e elétricos de
informação, como sendo mola mestra da diferenciação tecnológica
equipamentos no futuro serão monitorados e mantidos via rede de
riscos e custos industriais. Hoje, presenciamos a tecnologia, através da
comunicação, garantindo assim continuidade de processo e alta
confiável e comunicá-las através de protocolos de rede, minimizando
performance, com foco na redução de consumo de energia. Como
zes de gerar informações de processo de maneira rápida, precisa e
prever a falha de um instrumento antes que ela aconteça? Parecia
de gestão corporativos (Filho, 1998). Sistemas inteligentes eram capa-
impossível até alguns anos atrás, mas, hoje, através de sistemas inteli-
talmente integrados, desde o ambiente de produção até os sistemas
gentes, é possível monitorar diversos instrumentos e verificar a proba-
sistemas de chão de fábrica, era necessário implementar sistemas to-
bilidade de ocorrer uma falha antes mesmo que ela aconteça.
possuir sistemas abertos que possibilitassem comunicação com outros
Num segundo instante, verificou-se que, mais importante do que
Então, estabelecendo duas premissas para a evolução dos sistemas
integrados podemos considerar que fatores históricos e o presente
23 INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO E CONTROLE
24 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

momento fizeram com que a necessidade de integração dos ambi-


entes tecnológicos de produção crescesse exponencialmente nos
últimos anos.

E qual será a próxima revolução?

E qual será a próxima revolução?

últimos anos.
entes tecnológicos de produção crescesse exponencialmente nos
momento fizeram com que a necessidade de integração dos ambi-

CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS 24


Capítulo 2

LÓGICA DE
PROGRAMAÇÃO

PROGRAMAÇÃO
LÓGICA DE

Capítulo 2
gem para programação em sistemas de automação industrial.
ca digital, ferramenta fundamental em todo o processo de aprendiza-
Podemos então, a partir dessas duas definições básicas, estudar a lógi- LÓGICA DE PROGRAMAÇÃO

atingir determinado objetivo ou solicionar algum tipo de problema.


Objetivos:
Seqüência Lógica pode ser definada como passos executados para
· Conceituar Lógica e Seqüência de Programação;
· Apresentar alguns exemplos de Transformação de Base;
determinada tarefa.
· Definir Circuitos Lógicos Básicos;
ou subrotinas programáveis, para ao final de seu ciclo executar
· Apresentar Funções Lógicas Básicas.
seqüência de instruções, comandos (Seqüência Lógica), rotinas
Pensamentos esses que podem ser transcritos através de uma

Quando trabalhamos no desenvolvimento de sistemas


um sistema.
automatizados comumente necessitamos nos utilizar da lógica de pro-
Técnica utilizada para encadear blocos de pensamentos em
gramação para projetos de aplicativos de controle industrial. O conhe-
de programação como sendo: cimento da lógica de programação funciona como ferramenta chave
Para um fácil entendimento sobre o tema, podemos definir lógica no processo de automatização de sistemas, seja introduzindo mudan-
ças incrementais simples, tais como inclusão de um novo alarme para
novos programas de máquinas ou sistemas. supervisão ou um instrumento de campo, seja no desenvolvimento de
supervisão ou um instrumento de campo, seja no desenvolvimento de novos programas de máquinas ou sistemas.
ças incrementais simples, tais como inclusão de um novo alarme para
no processo de automatização de sistemas, seja introduzindo mudan- Para um fácil entendimento sobre o tema, podemos definir lógica
cimento da lógica de programação funciona como ferramenta chave de programação como sendo:
gramação para projetos de aplicativos de controle industrial. O conhe-
Técnica utilizada para encadear blocos de pensamentos em
automatizados comumente necessitamos nos utilizar da lógica de pro-
um sistema.
Quando trabalhamos no desenvolvimento de sistemas

Pensamentos esses que podem ser transcritos através de uma


Apresentar Funções Lógicas Básicas. ·
seqüência de instruções, comandos (Seqüência Lógica), rotinas
Definir Circuitos Lógicos Básicos; ·
ou subrotinas programáveis, para ao final de seu ciclo executar
determinada tarefa.
Apresentar alguns exemplos de Transformação de Base; ·
Conceituar Lógica e Seqüência de Programação; ·
Seqüência Lógica pode ser definada como passos executados para
atingir determinado objetivo ou solicionar algum tipo de problema.
Objetivos:

LÓGICA DE PROGRAMAÇÃO Podemos então, a partir dessas duas definições básicas, estudar a lógi-
ca digital, ferramenta fundamental em todo o processo de aprendiza-
gem para programação em sistemas de automação industrial.
28 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

Um circuito digital pode ser construído nas mais variadas tecnologias.

2.1 LÓGICA DIGITAL digitais em diversas áreas.


distintos e prédefinidos. Sendo assim, podemos encontrar circuitos
2.1.1 Sistemas de Numeração dizer que um circuito digital é aquele que trabalha com dois valores
O sistema binário é de grande valor na tecnologia digital. Podemos
A palavra números está intimamente associada ao sistema decimal
com o qual estamos acostumados a operar. Este sistema decimal está
· Binário (base 2), cujos símbolos são: 0; 1.
fundamentado em regras que servem como referencial para muitos
outros. Apresentaremos aqui sistemas de numeração com o foco em
porque é dele que todos os outros sistemas se originam.
Automação Industrial.
outros sistemas e por essa razão ele tem o apelido de “base mãe”. Isto
O sistema decimal é na realidade o sistema que vai reger todos os
Para estudarmos outros sistemas de numeração, precisamos ter
em mente a definição de números. Uma definição bem simples e de
· Decimal (base 10), cujos símbolos são: 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9.
fácil compreensão é:
utilizados, podemos destacar:
Números são símbolos ou agrupamentos de símbolos que re-
outros sistemas de numeração são utilizados entre os principais e mais
presentam uma quantidade.
é a mesma: representar uma quantidade qualquer. No campo técnico,
demos utilizar outros símbolos, ou até os mesmos. Porém, a intenção
Isto significa que quando trocamos de sistemas de numeração po-
Isto significa que quando trocamos de sistemas de numeração po-
demos utilizar outros símbolos, ou até os mesmos. Porém, a intenção
é a mesma: representar uma quantidade qualquer. No campo técnico,
quantidade. presentam uma
outros sistemas de numeração são utilizados entre os principais e mais
Números são símbolos ou agrupamentos de símbolos que re-
utilizados, podemos destacar:
fácil compreensão é:
· Decimal (base 10), cujos símbolos são: 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9.
em mente a definição de números. Uma definição bem simples e de
Para estudarmos outros sistemas de numeração, precisamos ter
O sistema decimal é na realidade o sistema que vai reger todos os
outros sistemas e por essa razão ele tem o apelido de “base mãe”. Isto
Automação Industrial.
porque é dele que todos os outros sistemas se originam.
outros. Apresentaremos aqui sistemas de numeração com o foco em
fundamentado em regras que servem como referencial para muitos
· Binário (base 2), cujos símbolos são: 0; 1.
com o qual estamos acostumados a operar. Este sistema decimal está
A palavra números está intimamente associada ao sistema decimal
O sistema binário é de grande valor na tecnologia digital. Podemos
dizer que um circuito digital é aquele que trabalha com dois valores
2.1.1 Sistemas de Numeração
distintos e prédefinidos. Sendo assim, podemos encontrar circuitos
digitais em diversas áreas.
2.1 LÓGICA DIGITAL
Um circuito digital pode ser construído nas mais variadas tecnologias.
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS 28
LÓGICA DE PROGRAMAÇÃO 29

nosso alfabeto.
Repare que no sistema Hexadecimal foram utilizadas letras maiúsculas do
Por exemplo: circuito pneumático digital, circuito eletrônico digital e etc.
Observação:

1111 F 15
É evidente que de acordo com a tecnologia, os componentes e as
1110 E 14 variáveis prédefinidas serão adequados.
1101 D 13
1100 C 12
1011 B 11 Já que nos circuitos digitais existem basicamente apenas dois valo-
1010 A 10 res distintos (discretos), o sistema binário é o que melhor se adapta
1001
1000
9
8
9
8
para representá-los. Quando falamos que em um determinado ponto
0111 7 7 de um circuito, seja ele eletrônico ou de outra tecnologia, tem nível
0110 6 6 lógico “1” ou “0”, estamos falando de forma simbólica o nível que se
encontra naquele ponto. Muitas outras informações e exemplos conti-
0101 5 5
0100 4 4
0011 3 3 dos neste livro irão se utilizar do sistema binário traduzido para a
0010 2 2
linguagem comum de controle de processos, ou seja, “ligado” e “des-
0001 1 1
0000 0 0
ligado”, sendo respecitvamente “1” e “0”.
N° B I NÁ R I O D ÍGITO HEX AD ECIMAL N° D ECIMAL

· Octal (base 8), cujos símbolos são: 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7.


Tabela 1 - Conversão de numeração (decimal, hexadecimal e cinário)

· Hexadecimal (base 16), cujos símbolos são: 0; 1; 2; 3; 4; 5;


6; 7; 8; 9; A; B; C; D; E; F.
6; 7; 8; 9; A; B; C; D; E; F.
· Hexadecimal (base 16), cujos símbolos são: 0; 1; 2; 3; 4; 5;
Tabela 1 - Conversão de numeração (decimal, hexadecimal e cinário)
· Octal (base 8), cujos símbolos são: 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7.
N° D ECIMAL D ÍGITO HEX AD ECIMAL N° B I NÁ R I O
0 0 0000
ligado”, sendo respecitvamente “1” e “0”.
1 1 0001
linguagem comum de controle de processos, ou seja, “ligado” e “des- 2 2 0010
dos neste livro irão se utilizar do sistema binário traduzido para a 3 3 0011
4 4 0100
encontra naquele ponto. Muitas outras informações e exemplos conti-
5 5 0101
lógico “1” ou “0”, estamos falando de forma simbólica o nível que se 6 6 0110

de um circuito, seja ele eletrônico ou de outra tecnologia, tem nível 7 7 0111


8 8 1000
para representá-los. Quando falamos que em um determinado ponto 9 9 1001
res distintos (discretos), o sistema binário é o que melhor se adapta 10 A 1010

Já que nos circuitos digitais existem basicamente apenas dois valo- 11 B 1011
12 C 1100
13 D 1101
variáveis prédefinidas serão adequados. 14 E 1110
15 F 1111
É evidente que de acordo com a tecnologia, os componentes e as

Observação:
Por exemplo: circuito pneumático digital, circuito eletrônico digital e etc.
Repare que no sistema Hexadecimal foram utilizadas letras maiúsculas do
nosso alfabeto.
29 LÓGICA DE PROGRAMAÇÃO
30 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

23(16) = 35(10)
Os sistemas Octal e Hexadecimal são na realidade sistemas para 23(16) = 2 . 16 + 3 . 1
documentação de vários estados. a) 23(16) = 2 . 161 + 3 . 160

2.1.2 Transformação de Bases Numéricas Solução:

Quando transformamos um número qualquer para outra base nu-


23 (16)
mérica, estamos querendo representar a mesma quantidade numa outra
forma, ou melhor, é como falar o mesmo número num outro idioma.
11010(2) = 26(10)
É importante ressaltar que apesar de mudarmos a base não 11010(2) = 16 + 8 + 0 + 2 + 0
mudamos o valor do número, significa apenas uma representação
a) 11010(2) = 1 . 24 + 1 . 23 + 0 . 22 + 1 . 21 + 0 . 20
do mesmo valor num outro sistema ou, como citamos acima, num
outro idioma.
Solução:

Transformação de um número numa base qualquer para


a) 11010(2)
base 10 (Decimal) faz-se por Notação Posicional.

Entende-se por Notação Posicional a representação e soma de to- dos os valores relativos de um número qualquer.
dos os valores relativos de um número qualquer. Entende-se por Notação Posicional a representação e soma de to-

a) 11010(2)
base 10 (Decimal) faz-se por Notação Posicional.
Transformação de um número numa base qualquer para

Solução:
outro idioma.
do mesmo valor num outro sistema ou, como citamos acima, num
a) 11010(2) = 1 . 24 + 1 . 23 + 0 . 22 + 1 . 21 + 0 . 20 mudamos o valor do número, significa apenas uma representação
11010(2) = 16 + 8 + 0 + 2 + 0 É importante ressaltar que apesar de mudarmos a base não
11010(2) = 26(10)
forma, ou melhor, é como falar o mesmo número num outro idioma.
mérica, estamos querendo representar a mesma quantidade numa outra
23 (16)
Quando transformamos um número qualquer para outra base nu-

Solução: 2.1.2 Transformação de Bases Numéricas

a) 23(16) = 2 . 161 + 3 . 160 documentação de vários estados.


23(16) = 2 . 16 + 3 . 1 Os sistemas Octal e Hexadecimal são na realidade sistemas para
23(16) = 35(10)
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS 30
LÓGICA DE PROGRAMAÇÃO 31

Resultado: AF(16)
Solução:

c) 3B(16)

Solução:

3B(16) = 3 . 161 + B . 160


Solução: 3B(16) = 3 . 16 + 11
(16)
b) 175(10) = ________________ 3B(16) = 59(10)

Resultado: 1110(2) Um fator importante é que toda Notação Posicional terá como
resultado uma quantidade representada na base 10 (Decimal).

Transformação de um número na base 10 (Decimal) para


uma base qualquer faz-se por divisões sucessivas.

a) 14(10) = ______________ (2)

Solução: Solução:

(2)
a) 14(10) = ______________

uma base qualquer faz-se por divisões sucessivas.


Transformação de um número na base 10 (Decimal) para

resultado uma quantidade representada na base 10 (Decimal).


Um fator importante é que toda Notação Posicional terá como Resultado: 1110(2)

3B(16) = 59(10) b) 175(10) = ________________ (16)


3B(16) = 3 . 16 + 11 Solução:
3B(16) = 3 . 161 + B . 160

Solução:

c) 3B(16)

Solução:
Resultado: AF(16)
31 LÓGICA DE PROGRAMAÇÃO
32 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

2.1.3 Números Decimais Codificados em Binário (BCD) 290(10) = 001010010000(BCD)

Com o intuito de facilitar a comunicação homem-máquina, foi a) 290(10) = 0010 1001 0000(BCD)
desenvolvido um código que representa cada dígito decimal por um Solução:
conjunto de quatro dígitos binários, como mostra a tabela seguinte:
290 (10)
Tabela 2 - Transformação Decimal para Binário
Converter o seguinte número decimal em BCD.
N° D ECIMAL REPRESENTAÇÃO BINÁRIA
Exemplo:
0 0000
1 0001 representa um dígito decimal.
2 0010 seja, separando-se o dígito BCD em grupos de 4 bits, cada grupo
3 0011 Observe que a conversão decimal-BCD e BCD-decimal é direta, ou
4 0100
quatro bits, como ilustrado a seguir:
5 0101
Desta maneira, cada dígito decimal é representado por grupo de
6 0110
7 0111 (Binary-Coded Decimal).
8 1000 Este tipo de representação é denominado de código BCD
9 1001
1001 9

Este tipo de representação é denominado de código BCD 1000 8

(Binary-Coded Decimal). 0111 7


0110 6
Desta maneira, cada dígito decimal é representado por grupo de
0101 5
quatro bits, como ilustrado a seguir:
0100 4
Observe que a conversão decimal-BCD e BCD-decimal é direta, ou 0011 3
seja, separando-se o dígito BCD em grupos de 4 bits, cada grupo 0010 2
representa um dígito decimal. 0001 1

Exemplo:
0000 0
REPRESENTAÇÃO BINÁRIA N° D ECIMAL
Converter o seguinte número decimal em BCD.
Tabela 2 - Transformação Decimal para Binário
290 (10)
conjunto de quatro dígitos binários, como mostra a tabela seguinte:
Solução: desenvolvido um código que representa cada dígito decimal por um
a) 290(10) = 0010 1001 0000(BCD) Com o intuito de facilitar a comunicação homem-máquina, foi

290(10) = 001010010000(BCD) 2.1.3 Números Decimais Codificados em Binário (BCD)

CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS 32


LÓGICA DE PROGRAMAÇÃO 33

tabela verdade é formada por dois campos:


todos os estados (todas as possibilidades) de um circuito lógico. Toda
Exemplo:
Uma tabela verdade pode ser definida como a representação de
Converter os seguintes números em decimal.
2.1.5 Tabela Verdade a) 1001010000001000(BCD) = 1001 0100 0000 1000(BCD)
1001010000001000(BCD) = 9 4 0 8 (10)
Figura 4 - Variáveis de Entrada e Saída em Circuitos Lógicos = 9408(10)

2.1.4 Circuitos Lógicos Básicos

Chamamos de Circuitos Lógicos aqueles circuitos que traba-


lham com Variáveis Lógicas.

entrada e S1 um valor de saída. Uma variável lógica é aquela que só assume apenas dois valores dis-
dos lógicos de entrada. Na figura abaixo E1 representa um valor de tintos. Geralmente o sistema de numeração binário é utilizado para repre-
Isto significa que os estados lógicos de saída dependem dos esta- sentar os dois possíveis valores que uma variável lógica pode assumir.

de saída vão estar em função das variáveis de entrada. Um circuito lógico, seja ele digital, pneumático ou outro tipo qual-
quer, possui variáveis de entrada e variáveis de saída, onde as variáveis quer, possui variáveis de entrada e variáveis de saída, onde as variáveis
Um circuito lógico, seja ele digital, pneumático ou outro tipo qual- de saída vão estar em função das variáveis de entrada.

sentar os dois possíveis valores que uma variável lógica pode assumir. Isto significa que os estados lógicos de saída dependem dos esta-
tintos. Geralmente o sistema de numeração binário é utilizado para repre- dos lógicos de entrada. Na figura abaixo E1 representa um valor de
Uma variável lógica é aquela que só assume apenas dois valores dis- entrada e S1 um valor de saída.

lham com Variáveis Lógicas.


Chamamos de Circuitos Lógicos aqueles circuitos que traba-

2.1.4 Circuitos Lógicos Básicos

= 9408(10) Figura 4 - Variáveis de Entrada e Saída em Circuitos Lógicos


(10)
8 0 4 9 1001010000001000(BCD) =
a) 1001010000001000(BCD) = 1001 0100 0000 1000(BCD) 2.1.5 Tabela Verdade
Converter os seguintes números em decimal.
Uma tabela verdade pode ser definida como a representação de
Exemplo:
todos os estados (todas as possibilidades) de um circuito lógico. Toda
tabela verdade é formada por dois campos:
33 LÓGICA DE PROGRAMAÇÃO
34 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

circuitos bem mais complexos.


maneiras variadas, formando sistemas que vão de circuitos simples a
· Campo das variáveis de entrada – preenchido no sistema binário
cas Básicas. Existem três portas básicas que podem ser conectadas de
e em ordem crescente;
circuito ou uma filosofia de funcionamento, que são as Funções Lógi-
· Campo das variáveis de saída – preenchido de acordo com a
dos Portas Lógicas ou Blocos Lógicos. Esses blocos representam um
função do circuito lógico.
Os sistemas digitais são formados por circuitos lógicos denomina-
Na figura abaixo representamos as variáveis de entrada como A, B
e C e as variáveis de saída como S1 e S2. De acordo com as funções
2.2 FUNÇÕES LÓGICAS BÁSICAS
lógicas do circuito a associação das variáveis de entrada gera valores
diferentes para as variáveis de saída.
Figura 5 – Simulação de Circuito Lógico

diferentes para as variáveis de saída.


Figura 5 – Simulação de Circuito Lógico
lógicas do circuito a associação das variáveis de entrada gera valores
2.2 FUNÇÕES LÓGICAS BÁSICAS e C e as variáveis de saída como S1 e S2. De acordo com as funções
Na figura abaixo representamos as variáveis de entrada como A, B
Os sistemas digitais são formados por circuitos lógicos denomina-
função do circuito lógico.
dos Portas Lógicas ou Blocos Lógicos. Esses blocos representam um
· Campo das variáveis de saída – preenchido de acordo com a
circuito ou uma filosofia de funcionamento, que são as Funções Lógi-
e em ordem crescente;
cas Básicas. Existem três portas básicas que podem ser conectadas de
· Campo das variáveis de entrada – preenchido no sistema binário
maneiras variadas, formando sistemas que vão de circuitos simples a
circuitos bem mais complexos.
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS 34
LÓGICA DE PROGRAMAÇÃO 35

Figura 7 - Função AND

2.2.1 Função Lógica NOT

A Função NOT é aquela onde o circuito inverte o nível de entrada. Ela


possui somente uma entrada e uma saída e obedece à seguinte definição:

A função NOT é aquela que terá nível lógico 1 como resulta-


do, quando a entrada for igual a 0 (zero) e vice-versa.

se todas as entradas forem 1.


Isto significa que a função NOT é um inversor lógico, ou seja, o nível
A saída de um circuito que executa a função AND será 1 somente
lógico da sua saída será sempre o oposto do nível lógico de entrada.

entradas e uma saída e funciona de acordo com a seguinte definição:


Esta função pode ser realizada por circuitos com duas ou mais

2.2.2 Função Lógica AND

Figura 6 - Função NOT

Figura 6 - Função NOT

2.2.2 Função Lógica AND

Esta função pode ser realizada por circuitos com duas ou mais
entradas e uma saída e funciona de acordo com a seguinte definição:

lógico da sua saída será sempre o oposto do nível lógico de entrada.


A saída de um circuito que executa a função AND será 1 somente
Isto significa que a função NOT é um inversor lógico, ou seja, o nível
se todas as entradas forem 1.

do, quando a entrada for igual a 0 (zero) e vice-versa.


NOT é aquela que terá nível lógico 1 como resulta- A função

possui somente uma entrada e uma saída e obedece à seguinte definição:


A Função NOT é aquela onde o circuito inverte o nível de entrada. Ela

2.2.1 Função Lógica NOT


Figura 7 - Função AND
35 LÓGICA DE PROGRAMAÇÃO
36 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

inversor (NOT).
A função lógica NOR que é uma combinação de uma OR e um
2.2.3 Função Lógica OR
um inversor (NOT).
Esta porta também possui duas ou mais entradas, e uma saída,
Note que a função NAND é constituída de uma AND seguida de
funcionando de acordo com a seguinte definição:

A função OR é aquela que terá nível 1 como resultado se uma


Figura 9 - Função NAND

ou mais entradas forem 1.

função NOT.
A função lógica NAND é a combinação da função AND com a

das três funções lógicas básicas.


As funções lógicas NAND e NOR são na realidade combinações

Figura 8 - Função OR
2.2.4 Funções NAND e NOR
2.2.4 Funções NAND e NOR Figura 8 - Função OR

As funções lógicas NAND e NOR são na realidade combinações


das três funções lógicas básicas.

A função lógica NAND é a combinação da função AND com a


função NOT.

ou mais entradas forem 1.

Figura 9 - Função NAND A função OR é aquela que terá nível 1 como resultado se uma

funcionando de acordo com a seguinte definição:


Note que a função NAND é constituída de uma AND seguida de
Esta porta também possui duas ou mais entradas, e uma saída,
um inversor (NOT).
2.2.3 Função Lógica OR
A função lógica NOR que é uma combinação de uma OR e um
inversor (NOT).
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS 36
LÓGICA DE PROGRAMAÇÃO 37

rem iguais. Esta função também é conhecida como circuito coincidência.


como resultado somente quando suas entradas, entre duas variáveis, fo-
Esta função lógica tem como função fornecer nível lógico 1 (um)

2.2.6 Função Lógica Exclusive-NOR

Figura 11 – Função Exclusive OR

Figura 10 - Função NOR

Note que a função NOR é constituída de uma OR seguida de um


inversor (NOT).

de entrada, for igual a 1 (um).


2.2.5 Função Lógica Exclusive-OR
como resultado, somente quando uma entrada, entre duas variáveis
A função lógica OU exclusiva é aquela que terá nível lógico 1 (um)
A função lógica OU exclusiva é aquela que terá nível lógico 1 (um)
como resultado, somente quando uma entrada, entre duas variáveis
de entrada, for igual a 1 (um).
2.2.5 Função Lógica Exclusive-OR

inversor (NOT).
Note que a função NOR é constituída de uma OR seguida de um

Figura 10 - Função NOR

Figura 11 – Função Exclusive OR

2.2.6 Função Lógica Exclusive-NOR

Esta função lógica tem como função fornecer nível lógico 1 (um)
como resultado somente quando suas entradas, entre duas variáveis, fo-
rem iguais. Esta função também é conhecida como circuito coincidência.
37 LÓGICA DE PROGRAMAÇÃO
38 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

regras de construção dos mesmos.


utilização dos Mapas de Karnaugh, não sendo necessário o estudo das
Devemos ter em mente que serão mostradas apenas as regras de

expressões lógicas.
O Mapa de Karnaugh é uma ferramenta para a simplificação de

2.4 MAPA DE KARNAUGH


Figura 12 - Função Exclusive NOR
NOT, OR).

2.3 ÁLGEBRA DE BOOLE mais variáveis booleanas através dos operadores booleanos (AND,
Expressão booleana - é uma expressão que relaciona uma ou

Álgebra booleana é uma técnica matemática usada quando con- ro, aberto ou fechado, 0 ou 1.
sideramos problemas de natureza lógica. Em 1847, um matemáti- alguma coisa que possui somente dois estados: falso ou verdadei-

co inglês chamado George Boole desenvolveu as leis básicas e re- Variável booleana - é um literal que representa o estado de

gras matemáticas que poderiam ser aplicadas em problemas de


lógica dedutiva. trabalham com dois valores para cada variável.
interrelacionada com o sistema de numeração binária, já que ambos
É fácil perceber que a lógica de Boole é extremamente É fácil perceber que a lógica de Boole é extremamente
interrelacionada com o sistema de numeração binária, já que ambos
trabalham com dois valores para cada variável. lógica dedutiva.
gras matemáticas que poderiam ser aplicadas em problemas de
Variável booleana - é um literal que representa o estado de co inglês chamado George Boole desenvolveu as leis básicas e re-
alguma coisa que possui somente dois estados: falso ou verdadei- sideramos problemas de natureza lógica. Em 1847, um matemáti-
ro, aberto ou fechado, 0 ou 1. Álgebra booleana é uma técnica matemática usada quando con-

Expressão booleana - é uma expressão que relaciona uma ou


mais variáveis booleanas através dos operadores booleanos (AND,
2.3 ÁLGEBRA DE BOOLE
NOT, OR).
Figura 12 - Função Exclusive NOR

2.4 MAPA DE KARNAUGH

O Mapa de Karnaugh é uma ferramenta para a simplificação de


expressões lógicas.

Devemos ter em mente que serão mostradas apenas as regras de


utilização dos Mapas de Karnaugh, não sendo necessário o estudo das
regras de construção dos mesmos.
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS 38
LÓGICA DE PROGRAMAÇÃO 39

terceira linha (de cima para baixo).


segunda coluna (da esquerda para a direita) faz intersecção com a
Mapa de Karnaugh para duas variáveis (A/B)
coluna com uma linha do Mapa. Por exemplo: no mapa a seguir, a
A localização dos mintermos é feita a partir da interseção de uma

2.4.1 Localização dos mintermos nos Mapas de Karnaugh

Figura 15 - Mapa de Karnaugh para quatro variáveis

Figura 13 - Mapa de Karnaugh para duas variáveis

Mapa de Karnaugh para três variáveis (A/B/C)

Mapa de Karnaugh para quatro variáveis (A/B/C/D)

Figura 14 - Mapa de Karnaugh para três variáveis


Figura 14 - Mapa de Karnaugh para três variáveis

Mapa de Karnaugh para quatro variáveis (A/B/C/D)

Mapa de Karnaugh para três variáveis (A/B/C)

Figura 13 - Mapa de Karnaugh para duas variáveis

Figura 15 - Mapa de Karnaugh para quatro variáveis

2.4.1 Localização dos mintermos nos Mapas de Karnaugh

A localização dos mintermos é feita a partir da interseção de uma


coluna com uma linha do Mapa. Por exemplo: no mapa a seguir, a
Mapa de Karnaugh para duas variáveis (A/B)
segunda coluna (da esquerda para a direita) faz intersecção com a
terceira linha (de cima para baixo).
39 LÓGICA DE PROGRAMAÇÃO
40 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

nos sentidos Vertical e/ou Horizontal.


SENTIDOS DE AGRUPAMENTO – Todo grupo só poderá ser feito

Figura 18 - Conceito de Grupo

Figura 16 - Localização do Mintermo

Outros exemplos:
é potência inteira de dois, o grupo é falso.
Repare no grupo a seguir: ele possui três elementos, como três não

só poderá ser 1; 2; 4; 8; 16 ... (20; 21; 23; 24; ... respectivamente).


po é formado apenas por mintermos, porém, o número de mintermos
Figura 17 - Localização de Mintermo AB
número de elementos é potência inteira de dois. Por exemplo: um gru-
GRUPO OU AGRUPAMENTO – É um conjunto de mintermos onde o
2.4.2 Principais conceitos e regras para a utilização
dos Mapas de Karnaugh dos Mapas de Karnaugh
2.4.2 Principais conceitos e regras para a utilização
GRUPO OU AGRUPAMENTO – É um conjunto de mintermos onde o
número de elementos é potência inteira de dois. Por exemplo: um gru-
Figura 17 - Localização de Mintermo AB
po é formado apenas por mintermos, porém, o número de mintermos
só poderá ser 1; 2; 4; 8; 16 ... (20; 21; 23; 24; ... respectivamente).

Repare no grupo a seguir: ele possui três elementos, como três não
é potência inteira de dois, o grupo é falso.
Outros exemplos:

Figura 16 - Localização do Mintermo

Figura 18 - Conceito de Grupo

SENTIDOS DE AGRUPAMENTO – Todo grupo só poderá ser feito


nos sentidos Vertical e/ou Horizontal.
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS 40
LÓGICA DE PROGRAMAÇÃO 41

Figura 21 - Conceito da Interseção

grupos são válidos.


Figura 19 - Tipos de Agrupamento
elemento que só pertence apenas a eles. Por essa razão, todos os
B e Grupo C. Repare que todos os grupos possuem pelo menos um
CONTIDO E NÃO ESTÁ CONTIDO – Esta regra determina que um
No exemplo abaixo são apresentados três grupos: Grupo A, Grupo
grupo não pode conter um outro grupo, ou seja, um grupo não pode
estar dentro do outro.
menos um elemento pertencente apenas a ele.
res e que também todo grupo envolvido na interseção possua pelo
tos com outros grupos, desde que sejam respeitadas as regras anterio-
REGRA DA INTERSEÇÃO – Um grupo pode compartilhar elemen-

Figura 20 - Agrupamento - Contido e não Contido

Figura 20 - Agrupamento - Contido e não Contido

REGRA DA INTERSEÇÃO – Um grupo pode compartilhar elemen-


tos com outros grupos, desde que sejam respeitadas as regras anterio-
res e que também todo grupo envolvido na interseção possua pelo
menos um elemento pertencente apenas a ele.
estar dentro do outro.
grupo não pode conter um outro grupo, ou seja, um grupo não pode
No exemplo abaixo são apresentados três grupos: Grupo A, Grupo
CONTIDO E NÃO ESTÁ CONTIDO – Esta regra determina que um
B e Grupo C. Repare que todos os grupos possuem pelo menos um
elemento que só pertence apenas a eles. Por essa razão, todos os
Figura 19 - Tipos de Agrupamento
grupos são válidos.

Figura 21 - Conceito da Interseção


41 LÓGICA DE PROGRAMAÇÃO
42 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

grupo Y irá gerar a expressão B.D (B “AND” D).


ce quatro vezes. No caso: são as variáveis B e D. Dessa maneira, o
MÁXIMA SIMPLIFICAÇÃO – Para que o Mapa de Karnauh tenha
e por essa razão, devemos procurar (observando) a variável que apare-
eficiência, devemos fazer com que os grupos tenham o maior número
lógico “E”. O grupo Y por exemplo é um grupo com quatro elementos
de elementos possível (respeitando as regras anteriores) e com isso, o
variável no mesmo grupo, devemos ligar uma à outra com o operador
mapa tenha o menor número de grupos (conseqüência natural).
número de elementos que o grupo possui. Se existir mais de uma
rar em cada grupo a variável que aparece o número de vezes igual ao
Exemplo: Entre fazer dois grupos de dois, existindo a possibilidade
Exemplo: Repare que temos três grupos: X, Y e Z. Devemos procu-
de se fazer um grupo com quatro elementos, a solução correta será
um grupo com quatro elementos.
Lógico “OU” (OR).
veis Lógicas de grupos diferentes devem ser ligadas com o operador
grupo devem ser ligadas com o operador lógico “E” (AND). Variá-
LIGAÇÃO LÓGICA DAS VARIÁVEIS – Variáveis Lógicas do mesmo

Figura 22 - Conceito da Simplificação

Figura 22 - Conceito da Simplificação

LIGAÇÃO LÓGICA DAS VARIÁVEIS – Variáveis Lógicas do mesmo


grupo devem ser ligadas com o operador lógico “E” (AND). Variá-
veis Lógicas de grupos diferentes devem ser ligadas com o operador
Lógico “OU” (OR).
um grupo com quatro elementos.
de se fazer um grupo com quatro elementos, a solução correta será
Exemplo: Repare que temos três grupos: X, Y e Z. Devemos procu-
Exemplo: Entre fazer dois grupos de dois, existindo a possibilidade
rar em cada grupo a variável que aparece o número de vezes igual ao
número de elementos que o grupo possui. Se existir mais de uma
mapa tenha o menor número de grupos (conseqüência natural).
variável no mesmo grupo, devemos ligar uma à outra com o operador
de elementos possível (respeitando as regras anteriores) e com isso, o
lógico “E”. O grupo Y por exemplo é um grupo com quatro elementos
eficiência, devemos fazer com que os grupos tenham o maior número
e por essa razão, devemos procurar (observando) a variável que apare-
MÁXIMA SIMPLIFICAÇÃO – Para que o Mapa de Karnauh tenha
ce quatro vezes. No caso: são as variáveis B e D. Dessa maneira, o
grupo Y irá gerar a expressão B.D (B “AND” D).
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS 42
LÓGICA DE PROGRAMAÇÃO 43

Figura 24 - Representação de cada Mintermo

Figura 23 - Ligação Lógica das Variáveis


Represente cada mintermo da expressão na sua respectiva posição no Mapa.

Se as variáveis pertencessem a grupos diferentes, elas deveriam ser


ligadas com o operador lógico “OU” (OR). Assim, a expressão final será:

Exemplo de simplificação a partir dos Mapas de Karnaugh:

Exemplo de simplificação a partir dos Mapas de Karnaugh:

ligadas com o operador lógico “OU” (OR). Assim, a expressão final será:
Se as variáveis pertencessem a grupos diferentes, elas deveriam ser

Represente cada mintermo da expressão na sua respectiva posição no Mapa.


Figura 23 - Ligação Lógica das Variáveis

Figura 24 - Representação de cada Mintermo


43 LÓGICA DE PROGRAMAÇÃO
44 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

Em seguida, faça os grupos respeitando as regras estudadas.

Figura 25 – Agrupamento

Verifique em cada grupo as variáveis que aparecem em comum con-


são simplificada a partir do Mapa de Karnaugh.
forme o número do grupo e as interligue com o operador lógico “E”.
mente com o operador lógico “OU”. Dessa maneira, teremos a expres-
Finalmente, interligue o que foi encontrado nos grupos isolada-

Figura 26 - Operador Lógico “E”

Figura 26 - Operador Lógico “E”

Finalmente, interligue o que foi encontrado nos grupos isolada-


mente com o operador lógico “OU”. Dessa maneira, teremos a expres-
forme o número do grupo e as interligue com o operador lógico “E”.
são simplificada a partir do Mapa de Karnaugh.
Verifique em cada grupo as variáveis que aparecem em comum con-

Figura 25 – Agrupamento

Em seguida, faça os grupos respeitando as regras estudadas.

CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS 44


Capítulo 3

CONTROLADORES
LÓGICOS
PROGRAMÁVEIS
PROGRAMÁVEIS
LÓGICOS
CONTROLADORES

Capítulo 3
nho físico do controlador, terminal de programação e etc.
relacionada a: forma, programação, velocidade, comunicação, tama-
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS
a tabela a seguir. A diferenciação técnica entre os controladores está
podemos, didaticamente, dividí-los em cinco gerações, como mostra
Objetivos:
Fazendo um breve resumo sobre a evolução dos controladores,
· Apresentar as principais características físicas dos controladores lógicos
Figura 27 - Modelos de Controladores Lógicos Programáveis
programáveis.
· Apresentar as principais características lógicas dos controladores lógicos
programáveis.
· Demonstrar as principais vantagens do uso de controladores nas indústrias.
· Listar e conceituar os dispositivos físicos que compõem os controladores.
· Apresentar as características funcionais dos controladores.
· Apresentar as linguagens de programação e Norma IEC 61131.

nos processos produtivos.


3.1 HISTÓRICO
área como um marco significativo para a melhoria de performance
indústrias, uma dessas mudanças, é considerado pelos profissionais da
O controle de processos, como foi apresentado no capítulo 1, pas-
de Revolução Industrial. O uso de Controladores Programáveis nas
sou por significativas mudanças ao longo dos anos, desde o período
sou por significativas mudanças ao longo dos anos, desde o período
de Revolução Industrial. O uso de Controladores Programáveis nas
O controle de processos, como foi apresentado no capítulo 1, pas-
indústrias, uma dessas mudanças, é considerado pelos profissionais da
área como um marco significativo para a melhoria de performance
3.1 HISTÓRICO nos processos produtivos.

Apresentar as linguagens de programação e Norma IEC 61131. ·


Apresentar as características funcionais dos controladores. ·
Listar e conceituar os dispositivos físicos que compõem os controladores. ·
Demonstrar as principais vantagens do uso de controladores nas indústrias. ·
programáveis.
Apresentar as principais características lógicas dos controladores lógicos ·
programáveis.
Figura 27 - Modelos de Controladores Lógicos Programáveis
Apresentar as principais características físicas dos controladores lógicos ·

Fazendo um breve resumo sobre a evolução dos controladores,


Objetivos: podemos, didaticamente, dividí-los em cinco gerações, como mostra
a tabela a seguir. A diferenciação técnica entre os controladores está
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS relacionada a: forma, programação, velocidade, comunicação, tama-
nho físico do controlador, terminal de programação e etc.
48 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

protocolos de comunicação diferenciados. ·


controle no instrumento de campo via protocolos de rede (fieldbus); ·
Tabela 3 - Histórico da Evolução dos Controladores
surgimento de interface homem máquina (IHM); ·
Geração Características Época surgimento de E/S remotos diminuindo o custo com CPUs; ·
• Programação l i gada ao Hardware do Equi pamento; interfaces de E/S microprocessadas; ·
• Li nguagem de Programação uti l i zada era o Assembl y; interoperabilidade entre controladores; ·
P ri me i ra • Necessi dade de conheci mento profundo do hardware Anos 60 – 70
aumento de capacidade de processamento da CPU; ·
do CLP para programação;·
• Gravação do programa em memóri a EPROM; · redução no tempo de varredura;

• Surgi mento das pri mei ras l i nguagens de programação


estas melhoras citamos:
i ndependentes do hardware; ziu a melhoras significativas nas características do controlador. Entre
Segunda Anos 70 – 80
• Uti l i zação de termi nai s de programação (funci onando radas específicas para computadores. A evolução do hardware condu-
como termi nai s portátei s gravadores de EPROM);
até os mais sofisticados realizando operações que antes eram conside-
• Surgi mento de comuni cação entre CLPs e termi nai s Existem vários tipos de controladores, desde pequena capacidade
para programação;
• Os pri mei ros si stemas modul ares surgem no mercado;
Te rce i ra Anos 80 – 90
• Control es anal ógi cos i ncorporados; • Internet no chão de fábri ca.
• O usuári o, vi a termi nal de programação, consegue • Integração i ndustri al entre fabri cantes;
al terar, apagar, compi l ar, testar e executar o programa; 2000 – Atual
• Padroni zação das l i nguagens de programação;
Q u i n ta

• Padroni zação de protocol os de comuni cação;


• Popul ari zação dos PCs causada pel a di mi nui ção de
preços dos componentes el etrôni cos; • Surgi mento de vári as l i nguagens de programação;
Q u a rta • Comuni cação entre CLPs e PCs vi a porta seri al ; Anos 90 – 00 • Programação dos CLPs nos PCs;
• Programação dos CLPs nos PCs; Anos 90 – 00 • Comuni cação entre CLPs e PCs vi a porta seri al ; Q u a rta
• Surgi mento de vári as l i nguagens de programação; preços dos componentes el etrôni cos;
• Popul ari zação dos PCs causada pel a di mi nui ção de
• Padroni zação de protocol os de comuni cação;
• Padroni zação das l i nguagens de programação;
Q u i n ta 2000 – Atual al terar, apagar, compi l ar, testar e executar o programa;
• Integração i ndustri al entre fabri cantes; • O usuári o, vi a termi nal de programação, consegue
• Internet no chão de fábri ca. • Control es anal ógi cos i ncorporados;
Anos 80 – 90 Te rce i ra
• Os pri mei ros si stemas modul ares surgem no mercado;
para programação;
Existem vários tipos de controladores, desde pequena capacidade • Surgi mento de comuni cação entre CLPs e termi nai s
até os mais sofisticados realizando operações que antes eram conside-
como termi nai s portátei s gravadores de EPROM);
radas específicas para computadores. A evolução do hardware condu- • Uti l i zação de termi nai s de programação (funci onando
Anos 70 – 80 Segunda
ziu a melhoras significativas nas características do controlador. Entre i ndependentes do hardware;

estas melhoras citamos: • Surgi mento das pri mei ras l i nguagens de programação

· redução no tempo de varredura; • Gravação do programa em memóri a EPROM;


do CLP para programação;·
· aumento de capacidade de processamento da CPU; Anos 60 – 70 • Necessi dade de conheci mento profundo do hardware P ri me i ra
· interoperabilidade entre controladores; • Li nguagem de Programação uti l i zada era o Assembl y;
· interfaces de E/S microprocessadas; • Programação l i gada ao Hardware do Equi pamento;

· surgimento de E/S remotos diminuindo o custo com CPUs; Época Características Geração
· surgimento de interface homem máquina (IHM);
Tabela 3 - Histórico da Evolução dos Controladores
· controle no instrumento de campo via protocolos de rede (fieldbus);
· protocolos de comunicação diferenciados.
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS 48
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS 49

realimentado por dispositivos de entrada e saída.


lar máquinas ou processos por meio de um programa armazenado e
No software também surgiram novas características, tais como:
programável como um dispositivo de estado sólido usado para contro-
programáveis. Uma definição comum é caracterizar o controlador
· linguagem em blocos funcionais e estruturação de programa;
Existem inúmeras definições no mercado para os controladores
· linguagens de programação de alto nível, baseadas em BASIC;
· diagnósticos e detecção de falhas;
3.2 CONCEITUAÇÃO
· sistemas compactos de supervisão industrial;
· blocos comuns e bibliotecas já existentes no software.
época, elementos que pudessem substituí-los eficazmente.
pais do hardware de controle de sequência em razão de não haver, na
O controlador programável surgiu no final dos anos 60. Anteri-
se automatizava cada vez mais. Os relés se tornaram elementos princi-
ormente, o hardware do controle seqüencial era dominado princi-
à medida que novos equipamentos surgiam, o controle de processos
palmente pelos relés. No que concerne aos dispositivos de controle
Esses e outros problemas foram aos poucos sendo solucionados e
de seqüência que utilizam os relés, apresentavam as desvantagens,
a seguir listadas:
necessidade de manutenção periódica. ·
complexidade na introdução de alteração na sequência; ·
· mau contato;
maior dificuldade para elaboração de projetos elétricos; ·
· desgaste físico dos contatos;
necessidade de maior espaço físico para instalação de painéis; ·
· necessidade de instalação de inúmeros relés, execução de fia-
ção entre os inúmeros terminais de contatos e de bobinas;
ção entre os inúmeros terminais de contatos e de bobinas;
necessidade de instalação de inúmeros relés, execução de fia- ·
· necessidade de maior espaço físico para instalação de painéis;
desgaste físico dos contatos; ·
· maior dificuldade para elaboração de projetos elétricos;
mau contato;
· complexidade na introdução de alteração na sequência;
·

· necessidade de manutenção periódica.


a seguir listadas:
de seqüência que utilizam os relés, apresentavam as desvantagens,
Esses e outros problemas foram aos poucos sendo solucionados e
palmente pelos relés. No que concerne aos dispositivos de controle
à medida que novos equipamentos surgiam, o controle de processos
ormente, o hardware do controle seqüencial era dominado princi-
se automatizava cada vez mais. Os relés se tornaram elementos princi-
O controlador programável surgiu no final dos anos 60. Anteri-
pais do hardware de controle de sequência em razão de não haver, na
época, elementos que pudessem substituí-los eficazmente.
blocos comuns e bibliotecas já existentes no software. ·
sistemas compactos de supervisão industrial; ·
3.2 CONCEITUAÇÃO
diagnósticos e detecção de falhas; ·
linguagens de programação de alto nível, baseadas em BASIC; ·
Existem inúmeras definições no mercado para os controladores
linguagem em blocos funcionais e estruturação de programa; ·
programáveis. Uma definição comum é caracterizar o controlador
programável como um dispositivo de estado sólido usado para contro-
No software também surgiram novas características, tais como:
lar máquinas ou processos por meio de um programa armazenado e
realimentado por dispositivos de entrada e saída.
49 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS
50 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

mas de controle convencionais.


Custo de compra e instalação competitivo em relação aos siste- ·
Saiba mais:
pos de módulos, de acordo com a necessidade.
Hardware de controle que permite a expansão dos diversos ti- ·
CLP é um equipamento eletrônico digital com hardware e
locais de medição.
software compatíveis com aplicações industriais.
mentos, telas de operação, outros controladores e sistemas
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
Comunicação com interfaces de campo tais como: instru- ·
Compatibilidade com diferentes tipos de sinais de entrada e saída. ·
CLP é um aparelho eletrônico digital que usa uma memória
so ou sistema, através da comunicação com computadores.
programável para armazenamento interno de instruções para
Possibilidade de monitoração do estado e operação do proces- ·
implementar funções específicas tais como: lógica, seqüenciamento,
sumo de energia.
temporização, contagem e operações aritméticas, para controlar
Hardware ocupando espaço reduzido e apresentando baixo con- ·
máquinas ou processos através de módulos de entradas/saídas
tenção e substituição.
analógicos ou digitais.
Sinalizadores de estado e módulos tipo plug-in de fácil manu- ·
NEMA - National Electrical Manufacturers Association
Capacidade de operação em ambiente industrial. ·
reprogramação, com a mínima interrupção da produção.
Hardware de controle de fácil e rápida programação ou ·
3.3 CARACTERÍSTICAS
características:
Basicamente, um controlador programável apresenta as seguintes
Basicamente, um controlador programável apresenta as seguintes
características:
3.3 CARACTERÍSTICAS
· Hardware de controle de fácil e rápida programação ou
reprogramação, com a mínima interrupção da produção.
· Capacidade de operação em ambiente industrial.
NEMA - National Electrical Manufacturers Association
· Sinalizadores de estado e módulos tipo plug-in de fácil manu-
analógicos ou digitais.
tenção e substituição.
máquinas ou processos através de módulos de entradas/saídas
· Hardware ocupando espaço reduzido e apresentando baixo con-
temporização, contagem e operações aritméticas, para controlar
sumo de energia.
implementar funções específicas tais como: lógica, seqüenciamento,
· Possibilidade de monitoração do estado e operação do proces-
para instruções de interno armazenamento para programável
so ou sistema, através da comunicação com computadores.
CLP é um aparelho eletrônico digital que usa uma memória
· Compatibilidade com diferentes tipos de sinais de entrada e saída.
· Comunicação com interfaces de campo tais como: instru-
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
mentos, telas de operação, outros controladores e sistemas
software compatíveis com aplicações industriais.
locais de medição.
CLP é um equipamento eletrônico digital com hardware e
· Hardware de controle que permite a expansão dos diversos ti-
pos de módulos, de acordo com a necessidade.
Saiba mais:
· Custo de compra e instalação competitivo em relação aos siste-
mas de controle convencionais.
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS 50
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS 51

sistema básico.
com um mínimo de alteração, possibilitar a ampliação do ·
· Software de programação em ambiente amigável via telas gráficas.
ligentes ou não;
· Possibilidade de expansão da capacidade de memória.
comunicação com os principais dispositivos de campo inte- ·
· Conexão com outros controladores programáveis através de rede
aumento das funções e blocos preexistentes de programação; ·
de comunicação.
diminuição significativa no tamanho dos controladores; ·
cia de rede e da CPU. 3.4 VANTAGENS DO USO DE CONTROLADORES NAS
a confiabilidade na estação de trabalho através da redundân- · INDÚSTRIAS
quente de cartões; As principais vantagens do uso de CLPs são:
facilidade de manutenção através do recursos de troca a ·
· ocupam menor espaço;
ve nas estações de trabalho;
· requerem menor potência elétrica;
facilidade de programação, de alteração do programa, inclusi- ·
· podem ser reutilizados;
· são programáveis, permitindo alterar os parâmetros de controle;
importantes, destacamos:
· apresentam maior confiabilidade;
hardware e software foram incrementados. Dentre os mais
· manutenção mais fácil e rápida;
Os controladores evoluíram e com isso novos recursos de
· oferecem maior flexibilidade;
· apresentam interface de comunicação com outros CLPs e com-
permitem maior rapidez na elaboração do projeto do sistema. ·
putadores de controle;
putadores de controle;
· permitem maior rapidez na elaboração do projeto do sistema.
apresentam interface de comunicação com outros CLPs e com- ·
oferecem maior flexibilidade; ·
Os controladores evoluíram e com isso novos recursos de
manutenção mais fácil e rápida; ·
hardware e software foram incrementados. Dentre os mais
apresentam maior confiabilidade; ·
importantes, destacamos:
são programáveis, permitindo alterar os parâmetros de controle; ·
podem ser reutilizados; ·
· facilidade de programação, de alteração do programa, inclusi-
requerem menor potência elétrica; ·
ve nas estações de trabalho;
ocupam menor espaço; ·
· facilidade de manutenção através do recursos de troca a
As principais vantagens do uso de CLPs são: quente de cartões;
INDÚSTRIAS · a confiabilidade na estação de trabalho através da redundân-
3.4 VANTAGENS DO USO DE CONTROLADORES NAS cia de rede e da CPU.
· diminuição significativa no tamanho dos controladores;
de comunicação.
· aumento das funções e blocos preexistentes de programação;
Conexão com outros controladores programáveis através de rede ·
· comunicação com os principais dispositivos de campo inte-
Possibilidade de expansão da capacidade de memória. ·
ligentes ou não;
Software de programação em ambiente amigável via telas gráficas. ·
· com um mínimo de alteração, possibilitar a ampliação do
sistema básico.
51 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS
52 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

classificação do risco de operação.


tes industriais, normas técnicas de segurança delimitaram em áreas a
3.5 HARDWARE DOS CONTROLADORES
quanto à operação e manutenção de hardware e software em ambien-
de umidade adversas. Devido à necessidade de critérios de segurança
3.5.1 Arquitetura Básica
magnéticas, vibrações mecânicas, temperaturas elevadas e condições
com quantidades substanciais de ruídos elétricos, interferências eletro-
A arquitetura de um controlador programável é basicamente a
tes industriais. Um controlador programável pode operar em áreas
mesma que um computador pessoal de uso residencial ou comerci-
Os CLPs foram projetados e desenvolvidos para operar em ambien-
al. No entanto, existem algumas características importantes que dife-
rem os controladores programáveis dos computadores de uso nor-
Figura 28 - Arquitetura de um Controlador Lógico Programável
mal. Podemos dizer que todos os CLP´s são computadores, mas
nem todos os computadores são CLP´s. A diferença está na
metodologia de programação, na forma de operação, considerações
ambientais, segurança industrial e manutenção.

ambientais, segurança industrial e manutenção.


metodologia de programação, na forma de operação, considerações
nem todos os computadores são CLP´s. A diferença está na
mal. Podemos dizer que todos os CLP´s são computadores, mas
Figura 28 - Arquitetura de um Controlador Lógico Programável
rem os controladores programáveis dos computadores de uso nor-
al. No entanto, existem algumas características importantes que dife-
Os CLPs foram projetados e desenvolvidos para operar em ambien-
mesma que um computador pessoal de uso residencial ou comerci-
tes industriais. Um controlador programável pode operar em áreas
A arquitetura de um controlador programável é basicamente a
com quantidades substanciais de ruídos elétricos, interferências eletro-
magnéticas, vibrações mecânicas, temperaturas elevadas e condições
3.5.1 Arquitetura Básica
de umidade adversas. Devido à necessidade de critérios de segurança
quanto à operação e manutenção de hardware e software em ambien-
3.5 HARDWARE DOS CONTROLADORES
tes industriais, normas técnicas de segurança delimitaram em áreas a
classificação do risco de operação.
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS 52
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS 53

Repetidores e Terminadores ·
Módulos de Expansão ·
Uma segunda diferença dos controladores programáveis para os
Devicenet e etc)
computadores comerciais é que tanto o hardware quanto o software de
Módulos de Comunicação (Profibus, Ethernet Industrial, ·
automação foram projetados para serem operados por técnicos não
Módulos de Contagem Rápida ·
especializados (nível exigido para a manutenção e operação de compu-
IHM – Interface Homem Máquina ·
tadores). Em geral, a manutenção de um controlador é feita através da
substituição (troca) de cartões digitais e analógicos, e, via software, o
Outros dispositivos também disponíveis para uso nos controladores:
técnico consegue identificar o erro. As interfaces de hardware para co-
nexão dos dispositivos de campo estão prontas para uso e são flexíveis.
(*) presente em alguns modelos básicos compactos.
· Bateria
A programação é geralmente feita em uma linguagem parecida
· Memória
com os diagramas de relés, facilitando assim o entendimento da lógi-
· Módulos de Entrada e Saída Analógicos (*)
ca de programação. O software residente, desenvolvido pelo fabrican-
· Módulos de Entrada e Saída Digitais
te, e que determina o modo de funcionamento do controlador, tam-
· CPU – Unidade de Processamento Central
bém caracteriza uma diferença fundamental. Este software realiza
· Fonte de Alimentação
funções de acesso ao hardware, diagnósticos, comunicações, e deter-
mina o funcionamento do controlador em um modo de operação
ou complexidade, consiste basicamente dos mesmos elementos:
dedicado (ciclo de varredura) e totalmente transparente ao usuário.
Um controlador programável, independente do tamanho, custo

Um controlador programável, independente do tamanho, custo


dedicado (ciclo de varredura) e totalmente transparente ao usuário.
ou complexidade, consiste basicamente dos mesmos elementos:
mina o funcionamento do controlador em um modo de operação
funções de acesso ao hardware, diagnósticos, comunicações, e deter-
· Fonte de Alimentação
bém caracteriza uma diferença fundamental. Este software realiza
· CPU – Unidade de Processamento Central
te, e que determina o modo de funcionamento do controlador, tam-
· Módulos de Entrada e Saída Digitais
ca de programação. O software residente, desenvolvido pelo fabrican-
· Módulos de Entrada e Saída Analógicos (*)
com os diagramas de relés, facilitando assim o entendimento da lógi-
· Memória
A programação é geralmente feita em uma linguagem parecida
· Bateria
(*) presente em alguns modelos básicos compactos.
nexão dos dispositivos de campo estão prontas para uso e são flexíveis.
técnico consegue identificar o erro. As interfaces de hardware para co-
Outros dispositivos também disponíveis para uso nos controladores:
substituição (troca) de cartões digitais e analógicos, e, via software, o
tadores). Em geral, a manutenção de um controlador é feita através da
· IHM – Interface Homem Máquina
especializados (nível exigido para a manutenção e operação de compu-
· Módulos de Contagem Rápida
automação foram projetados para serem operados por técnicos não
· Módulos de Comunicação (Profibus, Ethernet Industrial,
computadores comerciais é que tanto o hardware quanto o software de
Devicenet e etc)
Uma segunda diferença dos controladores programáveis para os
· Módulos de Expansão
· Repetidores e Terminadores
53 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS
54 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

Figura 30 - Controlador Modular

3.5.2 Tipos de Controladores

As partes principais (processador, memória, circuitos auxiliares e fon-


te de alimentação) formam o que chamamos de CPU (Unidade Central
de Processamento) do CLP, assim, dependendo de como estas partes
estão fisicamente organizadas, podemos ter dois tipos de estrutura:
em racks, formando uma configuração de médio e grande porte.
Compacta: Onde todos os componentes são colocados em uma
de acordo com suas características. Estes módulos são então colocados
única estrutura física, isto é, o processador, a memória, a fonte e o
único gabinete. O sistema de entrada/saída é decomposto em módulos
sistema de entrada/saída são colocados em um gabinete ficando o
módulo com fonte separada, ou então estas três partes juntas em um
usuário com acesso somente aos conectores do sistema E/S. Este tipo
em um módulo. Podemos ter processador e memória em um único
de estrutura é normalmente empregado para CLP´s de pequeno porte.
Modular: Onde cada componente ou um conjunto deles é colocado

Figura 29 - Controlador Compacto

Figura 29 - Controlador Compacto

Modular: Onde cada componente ou um conjunto deles é colocado


de estrutura é normalmente empregado para CLP´s de pequeno porte.
em um módulo. Podemos ter processador e memória em um único
usuário com acesso somente aos conectores do sistema E/S. Este tipo
módulo com fonte separada, ou então estas três partes juntas em um
sistema de entrada/saída são colocados em um gabinete ficando o
único gabinete. O sistema de entrada/saída é decomposto em módulos
única estrutura física, isto é, o processador, a memória, a fonte e o
de acordo com suas características. Estes módulos são então colocados
Compacta: Onde todos os componentes são colocados em uma
em racks, formando uma configuração de médio e grande porte.
estão fisicamente organizadas, podemos ter dois tipos de estrutura:
de Processamento) do CLP, assim, dependendo de como estas partes
te de alimentação) formam o que chamamos de CPU (Unidade Central
As partes principais (processador, memória, circuitos auxiliares e fon-

3.5.2 Tipos de Controladores


Figura 30 - Controlador Modular
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS 54
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS 55

mas de automação uma vez que possibilitam a real interação entre os


As interfaces digitais e analógicas têm função prioritária em siste-
3.5.3 Dispositivos Físicos
Interfaces Digitais e Analógicas
Fonte de Alimentação
incorporam-se circuitos carregadores.
A Fonte de alimentação pode ser interna ou externa ao CLP e tem,
são utilizadas baterias recarregáveis do tipo Ni-Ca ou Li. Nestes casos,
em geral, as seguintes funções básicas:
rações de equipamentos, lógicas de programação e etc. Normalmente
· Converter a tensão da rede elétrica (110 ou 220 Vca) para a
mas, mesmo em casos de corte de energia guardando assim configu-
tensão de alimentação dos circuitos eletrônicos, (+5Vcc para o
ter o circuito do relógio em tempo real, reter parâmetros ou progra-
processador, memórias e circuitos auxiliares e +/- 12 Vcc para
As baterias são usadas nos controladores programáveis para man-
a comunicação com o Terminal de Programação).
· Manter a carga da bateria, nos sistemas que utilizam relógio
Bateria
em tempo real e Memória do tipo RAM.
· Fornecer tensão para alimentação das entradas e saídas
uma forma contínua e é chamado de ciclo de varredura.
(12 ou 24 Vcc).
das entradas, execução do programa e controle das saída é feito de
para comandar os dispositivos de controle. Este processo de leitura
Processador
grama do usuário armazenado na memória e envia dados de saída
processador lê dados de entrada de vários dispositivos, executa o pro-
É responsável pelo funcionamento lógico de todos os circuitos. O
É responsável pelo funcionamento lógico de todos os circuitos. O
processador lê dados de entrada de vários dispositivos, executa o pro-
grama do usuário armazenado na memória e envia dados de saída
Processador
para comandar os dispositivos de controle. Este processo de leitura
das entradas, execução do programa e controle das saída é feito de
(12 ou 24 Vcc).
uma forma contínua e é chamado de ciclo de varredura.
Fornecer tensão para alimentação das entradas e saídas ·
em tempo real e Memória do tipo RAM.
Bateria
· Manter a carga da bateria, nos sistemas que utilizam relógio
a comunicação com o Terminal de Programação).
As baterias são usadas nos controladores programáveis para man-
processador, memórias e circuitos auxiliares e +/- 12 Vcc para
ter o circuito do relógio em tempo real, reter parâmetros ou progra-
tensão de alimentação dos circuitos eletrônicos, (+5Vcc para o
mas, mesmo em casos de corte de energia guardando assim configu-
· Converter a tensão da rede elétrica (110 ou 220 Vca) para a
rações de equipamentos, lógicas de programação e etc. Normalmente
em geral, as seguintes funções básicas:
são utilizadas baterias recarregáveis do tipo Ni-Ca ou Li. Nestes casos,
A Fonte de alimentação pode ser interna ou externa ao CLP e tem,
incorporam-se circuitos carregadores.
Fonte de Alimentação
Interfaces Digitais e Analógicas
3.5.3 Dispositivos Físicos
As interfaces digitais e analógicas têm função prioritária em siste-
mas de automação uma vez que possibilitam a real interação entre os
55 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS
56 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

de relés, sensores analógicos, termopares, etc.


positivos no campo podem ser botões, chaves de fim de curso, contatos
dados de campo (valores de variáveis) e os operadores de processo.
nentes externos do sistema de controle. Estes componentes ou dis-
Existe uma grande variedade de interfaces disponíveis no mercado
sável por filtrar os vários sinais recebidos ou enviados para os compo-
com características diferentes, tais como: número de pontos de con-
trole – I/O, tipo de sinal – digital ou analógico, tensão de alimentação unidade de processamento. A estrutura de entradas e saídas é respon-
da interface, etc). Cabe ao profissional de automação avaliar a neces- ambientes industriais ocasionando erros na interpretação por parte da
sidade e a configuração adequada ao seu sistema. Os sinais recebidos podem conter ruídos indesejáveis comuns em

Dispositivos de Entrada e Saída dispositivos de entrada e saída.


por intermédio de “portas” que são interfaces de comunicação dos
Os dispositivos de entrada e saída são os circuitos responsáveis pela Estes dispositivos são conectados à unidade central de processamento
interação entre os sistemas e o operador. Como dispositivos de entrada,
podemos citar os seguintes exemplos: leitor de fitas magnéticas, botões, tados pelo operador.
teclados, painel de chaves, conversor A/D, mouse, scanner, etc, cuja trabalhados posteriormente ou dados que são imediatamente interpre-
função é transformar dados em sinais elétricos codificados para a uni- sinais elétricos codificados pelo sistema em dados que possam ser
dade central de processamento (CPU). sora, vídeo, display, conversor D/A e etc,cuja função é tranformar
gravador de fitas magnéticas, gravador de discos magnéticos, impres-
Como dispositivos de saída, podemos citar os seguintes exemplos: Como dispositivos de saída, podemos citar os seguintes exemplos:
gravador de fitas magnéticas, gravador de discos magnéticos, impres-
sora, vídeo, display, conversor D/A e etc,cuja função é tranformar dade central de processamento (CPU).
sinais elétricos codificados pelo sistema em dados que possam ser função é transformar dados em sinais elétricos codificados para a uni-
trabalhados posteriormente ou dados que são imediatamente interpre- teclados, painel de chaves, conversor A/D, mouse, scanner, etc, cuja
tados pelo operador. podemos citar os seguintes exemplos: leitor de fitas magnéticas, botões,
interação entre os sistemas e o operador. Como dispositivos de entrada,
Estes dispositivos são conectados à unidade central de processamento Os dispositivos de entrada e saída são os circuitos responsáveis pela
por intermédio de “portas” que são interfaces de comunicação dos
dispositivos de entrada e saída. Dispositivos de Entrada e Saída

Os sinais recebidos podem conter ruídos indesejáveis comuns em sidade e a configuração adequada ao seu sistema.
ambientes industriais ocasionando erros na interpretação por parte da da interface, etc). Cabe ao profissional de automação avaliar a neces-
unidade de processamento. A estrutura de entradas e saídas é respon- trole – I/O, tipo de sinal – digital ou analógico, tensão de alimentação
com características diferentes, tais como: número de pontos de con-
sável por filtrar os vários sinais recebidos ou enviados para os compo-
Existe uma grande variedade de interfaces disponíveis no mercado
nentes externos do sistema de controle. Estes componentes ou dis-
dados de campo (valores de variáveis) e os operadores de processo.
positivos no campo podem ser botões, chaves de fim de curso, contatos
de relés, sensores analógicos, termopares, etc.
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS 56
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS 57

Sol enói des Botões


Motores Chaves Li mi te Fi m de Curso Importante:
Si nal ei ros Chaves de Ní vel
A alimentação das entradas e saídas digitais e analógicas pode
Al armes Chaves Sel etoras ser feita pela própria fonte da CPU, caso tenha disponibilidade
D ispositivos de Saída D ispositivos de Entrada elétrica para isso, ou por outra fonte externa compatível com a
necessidade do sistema.
Tabela 4 - Exemplos de Elementos Discretos
A alimentação dos dispositivos de campo deve ser fornecida
Exemplos: externamente ao controlador, uma vez que a fonte de ali-
mentação do CLPs é projetada para operar somente com a
Elemento Discreto: trabalha com dois níveis definidos (0 e 1);
parte interna da estrutura de E/S e não dispositivos externos.
mam a condição de grandeza aos cartões, são do tipo: Não utilize a fonte do Controlador para alimentar sinaleiros,
triais. Mas apesar desta grande diversidade, os elementos que infor- botoeiras, sensores de campo, etc.
tões, para atender às mais diferentes aplicações nos ambientes indus-
Pode ser encontrada uma variedade muito grande de tipos de car- Vamos agora entender um pouco mais das interfaces que com-
põem os controladores programáveis, identificando seus tipos, suas
capacidade para receber em certo número de variáveis. características e seu modo de atuação.
Estes módulos são constituídos de cartões eletrônicos, cada qual com
no campo e a lógica de controle de um controlador programável. MÓDULOS DE ENTRADA
Os módulos de entrada são interfaces entre os sensores localizados
Os módulos de entrada são interfaces entre os sensores localizados
MÓDULOS DE ENTRADA no campo e a lógica de controle de um controlador programável.
Estes módulos são constituídos de cartões eletrônicos, cada qual com
características e seu modo de atuação. capacidade para receber em certo número de variáveis.
põem os controladores programáveis, identificando seus tipos, suas
Vamos agora entender um pouco mais das interfaces que com- Pode ser encontrada uma variedade muito grande de tipos de car-
tões, para atender às mais diferentes aplicações nos ambientes indus-
botoeiras, sensores de campo, etc. triais. Mas apesar desta grande diversidade, os elementos que infor-
Não utilize a fonte do Controlador para alimentar sinaleiros, mam a condição de grandeza aos cartões, são do tipo:
parte interna da estrutura de E/S e não dispositivos externos.
Elemento Discreto: trabalha com dois níveis definidos (0 e 1);
mentação do CLPs é projetada para operar somente com a
externamente ao controlador, uma vez que a fonte de ali- Exemplos:
A alimentação dos dispositivos de campo deve ser fornecida
Tabela 4 - Exemplos de Elementos Discretos
necessidade do sistema.
elétrica para isso, ou por outra fonte externa compatível com a D ispositivos de Entrada D ispositivos de Saída
ser feita pela própria fonte da CPU, caso tenha disponibilidade
Chaves Sel etoras Al armes
A alimentação das entradas e saídas digitais e analógicas pode
Chaves de Ní vel Si nal ei ros
Importante: Chaves Li mi te Fi m de Curso Motores
Botões Sol enói des
57 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS
58 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

Figura 32 - Entrada Analógica

Módulo Digital

Na figura abaixo, demonstramos um dispositivo de campo


com fonte externa acionando uma entrada digital no controlador.
Vale a pena destacar que também a chave que aciona a entrada
2 (input 2) situa-se no campo.

missor, como mostra a figura abaixo.


A entrada analógica em corrente é aplicada diretamente no trans-

Módulo Analógico

reguladoras.
Alguns exemplos: transmissores, geradores, termopares, válvulas
Elemento Analógico: Trabalha dentro de uma faixa de valores.
Figura 31 - Entrada Digital

Figura 31 - Entrada Digital


Elemento Analógico: Trabalha dentro de uma faixa de valores.
Alguns exemplos: transmissores, geradores, termopares, válvulas
reguladoras.

Módulo Analógico

A entrada analógica em corrente é aplicada diretamente no trans-


missor, como mostra a figura abaixo.

2 (input 2) situa-se no campo.


Vale a pena destacar que também a chave que aciona a entrada
com fonte externa acionando uma entrada digital no controlador.
Na figura abaixo, demonstramos um dispositivo de campo

Módulo Digital
Figura 32 - Entrada Analógica

CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS 58


CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS 59

cânicos e de operação de todos os dispositivos.


nos sistemas de produção, respeitando os limites elétricos, me- MÓDULOS DE SAÍDA
ta especificação e instalação dos dispositivos de entrada e saída
Cabe ao profissional de automação estar atento para a corre- Os módulos de saída são elementos que fazem a interface entre o
processador e os elementos atuadores. Estes módulos são constituídos
de cartões eletrônicos, com capacidade de enviar sinal para os atuadores,
Lembre-se:
resultante do processamento da lógica de controle.

ples, dependendo apenas do tipo em questão.


Os cartões de saída atuam basicamente de duas maneiras:
A ligação dos circuitos de entrada e/ou saída é relativamente sim-
· Atuadores Discretos: pode assumir dois estados definidos.
Figura 33 - Atuadores Discretos

· Atuadores Analógicos: trabalha dentro de uma faixa de valores.

Atuadores Discretos

Atuadores Discretos

· Atuadores Analógicos: trabalha dentro de uma faixa de valores.


Figura 33 - Atuadores Discretos
· Atuadores Discretos: pode assumir dois estados definidos.
A ligação dos circuitos de entrada e/ou saída é relativamente sim-
Os cartões de saída atuam basicamente de duas maneiras:
ples, dependendo apenas do tipo em questão.

resultante do processamento da lógica de controle.


Lembre-se:
de cartões eletrônicos, com capacidade de enviar sinal para os atuadores,
processador e os elementos atuadores. Estes módulos são constituídos
Os módulos de saída são elementos que fazem a interface entre o Cabe ao profissional de automação estar atento para a corre-
ta especificação e instalação dos dispositivos de entrada e saída

MÓDULOS DE SAÍDA nos sistemas de produção, respeitando os limites elétricos, me-


cânicos e de operação de todos os dispositivos.

59 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS


60 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

Os terminais de programação podem ser classificados em:

Atuadores Analógicos
cópia do programa do usuário em disco ou impressora. ·
monitoração do programa do usuário; ·
modificação de instruções já existentes; ·
introdução de novas instruções; ·
análise do conteúdo dos endereços de memória; ·
elaboração do programa do usuário; ·

Programação (TP), poderão ser realizadas funções como:


pelo processador de um CLP. Dependendo do tipo de Terminal de
mações vindas do usuário numa linguagem que possa ser entendida
de fácil entendimento e utilização, será feita a codificação das infor-
Figura 34 - Atuadores Analógicos
Neste periférico, através de uma linguagem, na maioria das vezes

Terminal de Programação (TP)


que transforma um computador pessoal em um programador.
dor de um determinado fabricante de controlador, ou um software
O terminal de programação é um dispositivo que conectado tem-
dedicado, ou seja, um terminal que só tem utilidade como programa-
porariamente ao controlador programável permite introduzir o progra-
ma do usuário e configuração do sistema. Pode ser um equipamento
ma do usuário e configuração do sistema. Pode ser um equipamento
porariamente ao controlador programável permite introduzir o progra-
dedicado, ou seja, um terminal que só tem utilidade como programa-
O terminal de programação é um dispositivo que conectado tem-
dor de um determinado fabricante de controlador, ou um software
que transforma um computador pessoal em um programador.
Terminal de Programação (TP)

Neste periférico, através de uma linguagem, na maioria das vezes


Figura 34 - Atuadores Analógicos
de fácil entendimento e utilização, será feita a codificação das infor-
mações vindas do usuário numa linguagem que possa ser entendida
pelo processador de um CLP. Dependendo do tipo de Terminal de
Programação (TP), poderão ser realizadas funções como:

· elaboração do programa do usuário;


· análise do conteúdo dos endereços de memória;
· introdução de novas instruções;
· modificação de instruções já existentes;
· monitoração do programa do usuário;
· cópia do programa do usuário em disco ou impressora.
Atuadores Analógicos
Os terminais de programação podem ser classificados em:
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS 60
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS 61

comuns a um computador pessoal.


tação e eventuais manutenções, o PC disponível para outras aplicações
Terminal Dedicado
dedicado além da grande vantagem de ter, após o período de implan-
No caso do Terminal de programação dedicado tem-se como gran-
deste hardware (PC) e software são bem menores do que um terminal
micro de uso geral realizando o papel do programador do CLP. O custo des desvantagens seu custo elevado e sua baixa taxa de utilização, já
Neste tipo de terminal, tem-se a vantagem da utilização de um que sua maior utilização se dá na fase de projeto e implantação da
lógica de controle.
Figura 35 - Terminal de Programação não dedicado
Estes terminais são compostos por um teclado, para introdução de
dados/instruções, e um monitor que tem a função de apresentar as
informações e condições do processo a ser controlado.

Como no caso dos terminais portáteis, com o advento da utiliza-


ção de computadores pessoais, este tipo de terminal caiu em desuso.

Terminal Não Dedicado

dedicado a esta função. A utilização de um computador pessoal (PC) como terminal de


programação é possível através da utilização de um software aplicativo programação é possível através da utilização de um software aplicativo
A utilização de um computador pessoal (PC) como terminal de dedicado a esta função.

Terminal Não Dedicado

ção de computadores pessoais, este tipo de terminal caiu em desuso.


Como no caso dos terminais portáteis, com o advento da utiliza-

informações e condições do processo a ser controlado.


dados/instruções, e um monitor que tem a função de apresentar as
Estes terminais são compostos por um teclado, para introdução de
Figura 35 - Terminal de Programação não dedicado
lógica de controle.
que sua maior utilização se dá na fase de projeto e implantação da Neste tipo de terminal, tem-se a vantagem da utilização de um
des desvantagens seu custo elevado e sua baixa taxa de utilização, já micro de uso geral realizando o papel do programador do CLP. O custo
deste hardware (PC) e software são bem menores do que um terminal
No caso do Terminal de programação dedicado tem-se como gran-
dedicado além da grande vantagem de ter, após o período de implan-
Terminal Dedicado
tação e eventuais manutenções, o PC disponível para outras aplicações
comuns a um computador pessoal.
61 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS
62 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS
dispositivos de entrada e saída de sistemas de automação.
executivo, armazenado em memórias não voláteis controla e gerencia
Outra grande vantagem é a utilização de softwares cada vez mais sitivos físicos, tais como teclado, impressora e mouse, o programa
interativos com o usuário, utilizando todo o potencial e recursos de microcomputador gerencia as entradas, saídas, os programas, dispo-
software e hardware disponíveis neste tipo de computador. microcomputador. Da mesma forma que o sistema operacional de um
fazer um comparativo com o sistema operacional de um
Terminal Portátil Dedicado Para entendermos melhor a função do programa executivo vamos

Os terminais de programação portáteis, geralmente são compostos Programa Monitor.


por teclas que são utilizadas para introduzir o programa do usuário. conjunto de instruções, conhecido como Programa Executivo ou
Os dados e instruções são apresentados num display que fornece sua coordena as atividades do sistema, interpretando e executando um
indicação, assim como a posição da memória endereçada. do sistema de automação. O processador do controlador programável
responsável pelo gerenciamento e processamento das informações
Os programadores portáteis, em sua maioria, são conectados O processador, como estudamos anteriormente, é o elemento
diretamente ao CP através de uma interface de comunicação
(serial). Pode-se utilizar a fonte interna do CP ou possuir alimenta- 3.6.1 CPU e Ciclo de Varredura
ção própria através de bateria.
3.6 FUNCIONAMENTO
Com o advento dos computadores pessoais portáteis (lap-top), es-
tes terminais estão perdendo sua função, já que se podem executar todas as vantagens de equipamento portátil.
todas as funções de programação em ambiente mais amigável, com todas as funções de programação em ambiente mais amigável, com
todas as vantagens de equipamento portátil. tes terminais estão perdendo sua função, já que se podem executar
Com o advento dos computadores pessoais portáteis (lap-top), es-
3.6 FUNCIONAMENTO
ção própria através de bateria.
3.6.1 CPU e Ciclo de Varredura (serial). Pode-se utilizar a fonte interna do CP ou possuir alimenta-
diretamente ao CP através de uma interface de comunicação
O processador, como estudamos anteriormente, é o elemento Os programadores portáteis, em sua maioria, são conectados
responsável pelo gerenciamento e processamento das informações
do sistema de automação. O processador do controlador programável indicação, assim como a posição da memória endereçada.
coordena as atividades do sistema, interpretando e executando um Os dados e instruções são apresentados num display que fornece sua
conjunto de instruções, conhecido como Programa Executivo ou por teclas que são utilizadas para introduzir o programa do usuário.
Programa Monitor. Os terminais de programação portáteis, geralmente são compostos

Para entendermos melhor a função do programa executivo vamos Terminal Portátil Dedicado
fazer um comparativo com o sistema operacional de um
microcomputador. Da mesma forma que o sistema operacional de um software e hardware disponíveis neste tipo de computador.
microcomputador gerencia as entradas, saídas, os programas, dispo- interativos com o usuário, utilizando todo o potencial e recursos de
sitivos físicos, tais como teclado, impressora e mouse, o programa Outra grande vantagem é a utilização de softwares cada vez mais
executivo, armazenado em memórias não voláteis controla e gerencia
dispositivos de entrada e saída de sistemas de automação.
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS 62
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS 63

Figura 36 - Ciclo de Varredura de um Controlador (SCAN)

Todas as funções relacionadas com a operação do controlador


programável estão definidas no programa executivo. Existem funções
básicas, que são encontradas em qualquer controlador, e outras fun-
ções avançadas, que se diferenciam dependendo do fabricante. Algu-
mas das funções básicas encontradas:

· diagnósticos gerais: testes e simulações;


· modo de operação: em execução (run) e parado (stop);
· comunicação: implementação de diversos tipos de protocolos
(modbus, profibus e etc).

Dividimos, para fins didáticos, em três fases o modo de operação do


controlador programável também conhecido como ciclo de varredura (Scan).

FASE 1: Leitura das entradas externas (imagem de entrada);


FASE 2: Execução da lógica programada;
FASE 3: Atualização das saídas externas (imagem de saída).

FASE 3: Atualização das saídas externas (imagem de saída).


FASE 2: Execução da lógica programada;
FASE 1: Leitura das entradas externas (imagem de entrada);

controlador programável também conhecido como ciclo de varredura (Scan).


Dividimos, para fins didáticos, em três fases o modo de operação do

(modbus, profibus e etc).


· comunicação: implementação de diversos tipos de protocolos
· modo de operação: em execução (run) e parado (stop);
· diagnósticos gerais: testes e simulações;

mas das funções básicas encontradas:


ções avançadas, que se diferenciam dependendo do fabricante. Algu-
básicas, que são encontradas em qualquer controlador, e outras fun-
programável estão definidas no programa executivo. Existem funções
Todas as funções relacionadas com a operação do controlador

Figura 36 - Ciclo de Varredura de um Controlador (SCAN)


63 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS
64 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

da palavra, clock, instruções programadas, redundâncias e etc.). Mais


de do processador e dependerá de uma série de variáveis (tamanho
FASE 1: Na fase de leitura das entradas, o processador armazena as
ração cíclica ocorrerá mais rápida ou não de acordo com a velocida-
informações do sistema de entradas e saídas. Vamos exemplificar: Um
controlador programável estiver indicando estado de RUN. Essa ope-
sensor indutivo é acionado pela passagem de um dispositivo metálico em
Após essas três fases destacadas, o ciclo é reiniciado enquanto o
sua proximidade. No momento da leitura das entradas, o controlador
programável identifica o estado atual do sensor indutivo e armazena essa
Figura 37 - Sistema de Entrada e Saída de um Controlador
informação em sua memória a qual denominamos de Imagem de Entrada.

FASE 2: Na fase de execução da lógica programada pelo usuário, o


processador consulta a imagem de entrada para obter os estados dos
dispositivos e processar a imagem de saída.

FASE 3: Na fase de atualização de saídas, o processador executa uma


varredura na memória imagem de saída e atualiza as saídas externas,
endereçando as entradas e saída para atualizar o estado dos dispositivos
de campo, de acordo com o resultado da lógica programada.

de campo, de acordo com o resultado da lógica programada.


endereçando as entradas e saída para atualizar o estado dos dispositivos
varredura na memória imagem de saída e atualiza as saídas externas,
FASE 3: Na fase de atualização de saídas, o processador executa uma

dispositivos e processar a imagem de saída.


processador consulta a imagem de entrada para obter os estados dos
FASE 2: Na fase de execução da lógica programada pelo usuário, o

informação em sua memória a qual denominamos de Imagem de Entrada.


Figura 37 - Sistema de Entrada e Saída de um Controlador
programável identifica o estado atual do sensor indutivo e armazena essa
sua proximidade. No momento da leitura das entradas, o controlador
Após essas três fases destacadas, o ciclo é reiniciado enquanto o
sensor indutivo é acionado pela passagem de um dispositivo metálico em
controlador programável estiver indicando estado de RUN. Essa ope-
informações do sistema de entradas e saídas. Vamos exemplificar: Um
ração cíclica ocorrerá mais rápida ou não de acordo com a velocida-
FASE 1: Na fase de leitura das entradas, o processador armazena as
de do processador e dependerá de uma série de variáveis (tamanho
da palavra, clock, instruções programadas, redundâncias e etc.). Mais
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS 64
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS 65

de entrada, efetua o processamento segundo o programa do usuá-


pelo processamento do programa, isto é, coleta os dados dos cartões
uma vez, semelhança entre o processador do controlador programável
A Unidade Central de Processamento (UCP) é responsável
e do processador do microcomputador de uso comercial ou domés-
tico. Na figura, destacamos o processo de SCAN.
3.6.3 Modos de Operação
3.6.2 Memórias
processamento do programa do usuário.
ções das entradas ou saídas para tomar as decisões durante o Memória de Dados
ciona como uma espécie de “tabela” onde a CPU irá obter informa-
Memória Imagem das Entradas / Saídas. Essa região de memória fun- É a região de memória destinada a armazenar os dados do progra-
uma das entradas ou saídas em uma região de memória denominada ma do usuário. Estes dados podem ser valores de temporizadores,
executa uma modificação nas saídas, ela armazena os estados de cada contadores, registradores, códigos de erro, senhas de acesso, e etc.
Sempre que a CPU executa um ciclo de leitura das entradas ou São normalmente partes da memória RAM do controlador programável.
São valores armazenados que serão consultados e ou alterados duran-
Memória de Imagem te a execução do programa do usuário. Os controladores mais recentes
utilizam-se de baterias para reter a memória de dados caso ocorra a
com o tipo de controlador programável utilizado. queda ou interrupção de energia elétrica.
senvolvido pelo usuário. A capacidade desta memória varia de acordo
É o local responsável por armazenar o programa da aplicação de- Memória de Aplicação

Memória de Aplicação É o local responsável por armazenar o programa da aplicação de-


senvolvido pelo usuário. A capacidade desta memória varia de acordo
queda ou interrupção de energia elétrica. com o tipo de controlador programável utilizado.
utilizam-se de baterias para reter a memória de dados caso ocorra a
te a execução do programa do usuário. Os controladores mais recentes Memória de Imagem
São valores armazenados que serão consultados e ou alterados duran-
São normalmente partes da memória RAM do controlador programável. Sempre que a CPU executa um ciclo de leitura das entradas ou
contadores, registradores, códigos de erro, senhas de acesso, e etc. executa uma modificação nas saídas, ela armazena os estados de cada
ma do usuário. Estes dados podem ser valores de temporizadores, uma das entradas ou saídas em uma região de memória denominada
É a região de memória destinada a armazenar os dados do progra- Memória Imagem das Entradas / Saídas. Essa região de memória fun-
ciona como uma espécie de “tabela” onde a CPU irá obter informa-
Memória de Dados ções das entradas ou saídas para tomar as decisões durante o
processamento do programa do usuário.
3.6.2 Memórias
3.6.3 Modos de Operação
tico. Na figura, destacamos o processo de SCAN.
e do processador do microcomputador de uso comercial ou domés-
A Unidade Central de Processamento (UCP) é responsável
uma vez, semelhança entre o processador do controlador programável
pelo processamento do programa, isto é, coleta os dados dos cartões
de entrada, efetua o processamento segundo o programa do usuá-
65 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS
66 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

vezes, aguardar o ciclo completo de execução do programa. Neste


Certas ocorrências no processo controlado não podem, algumas
rio, armazenado na memória, e envia o sinal para os cartões de
saída como resposta ao processamento. Processamento por Interrupção

Geralmente, cada controlador tem uma Unidade de Processamento Figura 38 - Processamento Cíclico
Central que pode controlar vários pontos de entradas e saídas, sejam
elas digitais ou analógicas.

Este processamento poderá ter estruturas diferentes para a execu-


ção de um programa, tais como:
· processamento cíclico;
· processamento por interrupção;
· processamento comandado por tempo;
· processamento por evento.

Processamento Cíclico
seqüencialmente, do início ao fim, retornando ciclicamente ao início.
É a forma mais comum de execução que predomina em todas as ções de programa contidas na memória são lidas, uma após a outra,
Unidades de Processamento. Nesse tipo de processamento as instru- Unidades de Processamento. Nesse tipo de processamento as instru-
ções de programa contidas na memória são lidas, uma após a outra, É a forma mais comum de execução que predomina em todas as
seqüencialmente, do início ao fim, retornando ciclicamente ao início.
Processamento Cíclico

· processamento por evento.


· processamento comandado por tempo;
· processamento por interrupção;
· processamento cíclico;
ção de um programa, tais como:
Este processamento poderá ter estruturas diferentes para a execu-

elas digitais ou analógicas.


Central que pode controlar vários pontos de entradas e saídas, sejam
Figura 38 - Processamento Cíclico Geralmente, cada controlador tem uma Unidade de Processamento

Processamento por Interrupção saída como resposta ao processamento.


rio, armazenado na memória, e envia o sinal para os cartões de
Certas ocorrências no processo controlado não podem, algumas
vezes, aguardar o ciclo completo de execução do programa. Neste
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS 66
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS 67

regulares de tempo dentro do ciclo normal de programa.


processamento por interrupção é que o mesmo ocorre a intervalos
caso, ao reconhecer uma ocorrência deste tipo, a Unidade de
um tipo de interrupção, porém, sua diferença fundamental para o
Processamento interrompe o ciclo normal de programa e executa um
Este tipo de processamento também pode ser caracterizado como
subprograma chamado de rotina de interrupção.

dem de milissegundos.
Esta interrupção pode ocorrer a qualquer instante da execução do
cutados a certos intervalos de tempo, às vezes muito curto, na or-
ciclo de programa. Ao finalizar esta situação o programa voltará a ser
dependentes do ciclo normal de programa, algumas devem ser exe-
executado do ponto onde ocorreu a interrupção. Podemos exemplificar
Da mesma forma que determinadas execuções não podem ser
este tipo de processamento numa situação de emergência, cujos pro-
cedimentos referentes a esta situação devem ser adotados, interrom-
Processamento Comando por Tempo
pendo assim o ciclo norma de varredura.

Figura 39 - Processamento por interrupção

Figura 39 - Processamento por interrupção

pendo assim o ciclo norma de varredura.


Processamento Comando por Tempo
cedimentos referentes a esta situação devem ser adotados, interrom-
este tipo de processamento numa situação de emergência, cujos pro-
Da mesma forma que determinadas execuções não podem ser
executado do ponto onde ocorreu a interrupção. Podemos exemplificar
dependentes do ciclo normal de programa, algumas devem ser exe-
ciclo de programa. Ao finalizar esta situação o programa voltará a ser
cutados a certos intervalos de tempo, às vezes muito curto, na or-
Esta interrupção pode ocorrer a qualquer instante da execução do
dem de milissegundos.

subprograma chamado de rotina de interrupção.


Este tipo de processamento também pode ser caracterizado como
Processamento interrompe o ciclo normal de programa e executa um
um tipo de interrupção, porém, sua diferença fundamental para o
caso, ao reconhecer uma ocorrência deste tipo, a Unidade de
processamento por interrupção é que o mesmo ocorre a intervalos
regulares de tempo dentro do ciclo normal de programa.
67 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS
68 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

isto é, pronto para carregar uma aplicação.


função é sinalizar que o controlador está no modo de programação,
Processamento por Evento
LED PROG – Alguns controladores possuem este sinalizador, cuja

Este é processado em eventos específicos, tais como falha no siste-


nal de Programação.
ma, retomada de energia, ausência de bateria e etc.
definido através de chaves no próprio frontal ou através do Termi-
LED RUN (EXE) - O estado operacional do controlador pode ser
3.6.4 Leds de Sinalização
Figura 40 - Leds de Sinalização no Controlador
De uma forma geral, podemos visualizar as principais funções no
frontal do controlador através de Leds de sinalização que indicam o
estado operacional do equipamento. Estas funções geralmente são
encontradas independentemente da arquitetura física do controlador,
isto é, se em forma modular ou compacta.

Sinalizadores mais comuns nos CLPs:

Sinalizadores mais comuns nos CLPs:

isto é, se em forma modular ou compacta.


encontradas independentemente da arquitetura física do controlador,
estado operacional do equipamento. Estas funções geralmente são
frontal do controlador através de Leds de sinalização que indicam o
De uma forma geral, podemos visualizar as principais funções no
Figura 40 - Leds de Sinalização no Controlador

3.6.4 Leds de Sinalização


LED RUN (EXE) - O estado operacional do controlador pode ser
definido através de chaves no próprio frontal ou através do Termi-
ma, retomada de energia, ausência de bateria e etc.
nal de Programação.
Este é processado em eventos específicos, tais como falha no siste-

LED PROG – Alguns controladores possuem este sinalizador, cuja


Processamento por Evento
função é sinalizar que o controlador está no modo de programação,
isto é, pronto para carregar uma aplicação.
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS 68
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS 69

em uma ou mais formas e uma conversão automática entre elas.


Alguns CLPs possibilitam a apresentação do programa do usuário LED BAT – Este Led sinalizador serve para indicar, quando aceso,
falha no sistema de bateria (backup), indicando ausência de bateria
Linguagem corrente. · ou bateria fraca.
Lista de instruções; ·
Diagrama de blocos lógicos (lógica booleana); · LED I/O – Indica falha nas placas de entrada e saída.
Diagrama de contatos; ·
LED COM (TER) – Este Led indica atividade na porta de comunica-
possibilita a sua apresentação ao usuário em quatro formas diferentes: ção (porta de programação usada pelo Terminal de Programação).
Em geral, podemos programar um CLP através de um software que
LED ERR (ERRO) – Indica um erro de configuração ou de
CLP deve executar. processamento.
rar o programa, que vai coordenar e seqüênciar as operações que o
A linguagem de programação é uma ferramenta essencial para ge- LED de WATCH-DOG – Indica um erro de tempo de watch-dog e
neste caso o processamento pára.
qual o usuário se comunica com a máquina.
necessária a utilização de uma linguagem de programação, através da 3.7 SOFTWARE DOS CONTROLADORES
Na execução de tarefas ou resolução de problemas com um CLP, é
3.7.1 Programação
3.7.1 Programação
Na execução de tarefas ou resolução de problemas com um CLP, é
3.7 SOFTWARE DOS CONTROLADORES necessária a utilização de uma linguagem de programação, através da
qual o usuário se comunica com a máquina.
neste caso o processamento pára.
LED de WATCH-DOG – Indica um erro de tempo de watch-dog e A linguagem de programação é uma ferramenta essencial para ge-
rar o programa, que vai coordenar e seqüênciar as operações que o
processamento. CLP deve executar.
LED ERR (ERRO) – Indica um erro de configuração ou de
Em geral, podemos programar um CLP através de um software que
ção (porta de programação usada pelo Terminal de Programação). possibilita a sua apresentação ao usuário em quatro formas diferentes:
LED COM (TER) – Este Led indica atividade na porta de comunica-
· Diagrama de contatos;
LED I/O – Indica falha nas placas de entrada e saída. · Diagrama de blocos lógicos (lógica booleana);
· Lista de instruções;
ou bateria fraca. · Linguagem corrente.
falha no sistema de bateria (backup), indicando ausência de bateria
LED BAT – Este Led sinalizador serve para indicar, quando aceso, Alguns CLPs possibilitam a apresentação do programa do usuário
em uma ou mais formas e uma conversão automática entre elas.
69 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS
70 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

Figura 42 - Diagrama em Bloco

3.7.2 Diagrama de Contatos

Também conhecida como: Diagrama de relés ou Diagrama “ladder”.

Esta forma gráfica de apresentação está muito próxima à normal-


mente usada em diagramas elétricos.

sentação gráfica é feita através das chamadas portas lógicas.


Mesma linguagem utilizada em lógica digital, na qual sua repre-

Figura 41 - Lógica Ladder 3.7.3 Diagrama de Blocos Lógicos

3.7.3 Diagrama de Blocos Lógicos Figura 41 - Lógica Ladder

Mesma linguagem utilizada em lógica digital, na qual sua repre-


sentação gráfica é feita através das chamadas portas lógicas.

mente usada em diagramas elétricos.


Esta forma gráfica de apresentação está muito próxima à normal-

Também conhecida como: Diagrama de relés ou Diagrama “ladder”.

3.7.2 Diagrama de Contatos


Figura 42 - Diagrama em Bloco
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS 70
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS 71

motor”, “desligar solenóide”.


típicos podem ser: “fechar válvula A”, ou “desligar bomba B”, “ligar
mação, e uma linguagem de programação de alto nível. Comandos
3.7.4 Lista de Instrução
É semelhante ao Basic, que é uma linguagem popular de progra-
Linguagem semelhante à utilizada na elaboração de programas
para computadores.
3.7.5 Linguagem Corrente
LD X001
Figura 43 - Lista de Instruções
AND X002
ST Y001

Y001 ST
X002 AND
Figura 43 - Lista de Instruções
X001 LD

para computadores.
3.7.5 Linguagem Corrente
Linguagem semelhante à utilizada na elaboração de programas
É semelhante ao Basic, que é uma linguagem popular de progra-
mação, e uma linguagem de programação de alto nível. Comandos
3.7.4 Lista de Instrução
típicos podem ser: “fechar válvula A”, ou “desligar bomba B”, “ligar
motor”, “desligar solenóide”.
71 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS
72 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

único profissional ou uma equipe é, muitas vezes, a única pessoa


controle sem uma programação estruturada. O desenvolvedor, um
IF A=1 THEN
É muito comum encontrarmos alguns programas e sistemas de
AND B
GOTO 20
ou geográficos.
3.8 ANÁLISE DAS LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO · dividir o programa segundo critérios funcionais, operacionais
soas além do autor do software.
Com o objetivo de ajudar na escolha de um sistema que melhor se · simplicidade de documentação e entendimento por outras pes-
adapte às necessidades de cada usuário, pode-se analisar as caracterís- · facilidade de manutenção;
ticas das linguagens programação disponíveis nos controladores. as para utilização em vários programas;
· desenvolvimento de bibliotecas de rotinas e sub-rotinas utilitári-
Esta análise se deterá nos seguintes pontos: · organização;

· forma de programação; que permite:


· forma de representação; PROGRAMAÇÃO ESTRUTURADA - Estrutura de programação
· documentação;
· conjunto de instruções. PROGRAMAÇÃO LINEAR - programa escrito em um único bloco.

3.8.1 Forma de Programação 3.8.1 Forma de Programação

PROGRAMAÇÃO LINEAR - programa escrito em um único bloco. conjunto de instruções. ·


documentação; ·
PROGRAMAÇÃO ESTRUTURADA - Estrutura de programação forma de representação; ·
que permite: forma de programação; ·

· organização; Esta análise se deterá nos seguintes pontos:


· desenvolvimento de bibliotecas de rotinas e sub-rotinas utilitári-
as para utilização em vários programas; ticas das linguagens programação disponíveis nos controladores.
· facilidade de manutenção; adapte às necessidades de cada usuário, pode-se analisar as caracterís-
· simplicidade de documentação e entendimento por outras pes- Com o objetivo de ajudar na escolha de um sistema que melhor se
soas além do autor do software.
· dividir o programa segundo critérios funcionais, operacionais 3.8 ANÁLISE DAS LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO
ou geográficos.
GOTO 20
AND B
É muito comum encontrarmos alguns programas e sistemas de
IF A=1 THEN
controle sem uma programação estruturada. O desenvolvedor, um
único profissional ou uma equipe é, muitas vezes, a única pessoa
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS 72
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS 73

contagem. ·
que poderá entender o que foi escrito e fazer a manutenção necessá-
temporização; ·
ria do sistema. Essa metodologia, ou melhor, ausência de
memorização; ·
funções lógicas; · metodologia, na programação pode gerar sérios problemas para o
grupo de manutenção do sistema.
comandos a relés:
ções de um Controlador. Podem servir para mera substituição de 3.8.2 Forma de Representação
É o conjunto de funções que definem o funcionamento e aplica-
· Diagrama de contatos;
3.8.4 Conjunto de Instruções · Diagrama de blocos;
· Lista de instruções.
de acordo com suas características de funcionalidade.
e alterar a programação. Em geral, as instruções se dividem em níveis 3.8.3 Documentação
facilmente, na ocorrência de um evento, pode-se localizar o problema
Quanto mais rica em comentários, melhor a documentação e mais A documentação é mais um recurso do editor de programa do
que de linguagem de programação. De qualquer forma, uma abor-
sua concepção até a manutenção. dagem neste sentido torna-se cada vez mais importante, tendo em
projeto de um sistema de automação que se utiliza de CLPs, desde vista que um grande número de profissionais estão envolvidos no
vista que um grande número de profissionais estão envolvidos no projeto de um sistema de automação que se utiliza de CLPs, desde
dagem neste sentido torna-se cada vez mais importante, tendo em sua concepção até a manutenção.
que de linguagem de programação. De qualquer forma, uma abor-
A documentação é mais um recurso do editor de programa do Quanto mais rica em comentários, melhor a documentação e mais
facilmente, na ocorrência de um evento, pode-se localizar o problema
3.8.3 Documentação e alterar a programação. Em geral, as instruções se dividem em níveis
de acordo com suas características de funcionalidade.
· Lista de instruções.
· Diagrama de blocos; 3.8.4 Conjunto de Instruções
· Diagrama de contatos;
É o conjunto de funções que definem o funcionamento e aplica-
3.8.2 Forma de Representação ções de um Controlador. Podem servir para mera substituição de
comandos a relés:
grupo de manutenção do sistema.
metodologia, na programação pode gerar sérios problemas para o · funções lógicas;
· memorização;
ria do sistema. Essa metodologia, ou melhor, ausência de
· temporização;
que poderá entender o que foi escrito e fazer a manutenção necessá-
· contagem.

73 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS


74 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

de 1000 pontos de controle. Existem cinco controladores programáveis


Como também para manipulação de variáveis analógicas: Imagine você sendo o técnico responsável de uma planta industrial

· movimentação de dados; portância da normalização da linguagem de programação dos controladores.


· funções aritméticas. Vamos exemplificar aqui uma situação para que o leitor perceba a im-

No caso de funções complexas tais como algoritmos, comunica- tenção dos sistemas de automação.
ção de dados, interfaces homem-máquina, podem ser necessárias: importância para a redução de custo de desenvolvimento e manu-
benefícios proporcionados pela adoção da mesma é de fundamental
· saltos controlados; automação. O conhecimento sobre as características da norma e dos
· indexação de instruções; tem sido adotada cada vez mais pelos fabricantes de produtos para
· conversão de dados; (International Electrotechnical Commission) foi publicada em 1992 e
· PID; Após muita discussão sobre o assunto, a norma IEC 61131
· seqüenciadores;
· aritmética com ponto flutuante; nas indústrias, foi necessário repensar sobre a essa temática.
· etc. dos sistemas de controle e o crescimento do uso dos controladores
de aplicativos até o início dos anos noventa. Mas devido à evolução
3.9 NORMA IEC 61131 Pouca preocupação foi dada para a padronização na programação

3.9.1 Histórico 3.9.1 Histórico

Pouca preocupação foi dada para a padronização na programação 3.9 NORMA IEC 61131
de aplicativos até o início dos anos noventa. Mas devido à evolução
dos sistemas de controle e o crescimento do uso dos controladores etc. ·
nas indústrias, foi necessário repensar sobre a essa temática. aritmética com ponto flutuante; ·
seqüenciadores; ·
Após muita discussão sobre o assunto, a norma IEC 61131 PID; ·
(International Electrotechnical Commission) foi publicada em 1992 e conversão de dados; ·
tem sido adotada cada vez mais pelos fabricantes de produtos para indexação de instruções; ·
automação. O conhecimento sobre as características da norma e dos saltos controlados; ·
benefícios proporcionados pela adoção da mesma é de fundamental
importância para a redução de custo de desenvolvimento e manu- ção de dados, interfaces homem-máquina, podem ser necessárias:
tenção dos sistemas de automação. No caso de funções complexas tais como algoritmos, comunica-

Vamos exemplificar aqui uma situação para que o leitor perceba a im- · funções aritméticas.
portância da normalização da linguagem de programação dos controladores. · movimentação de dados;

Imagine você sendo o técnico responsável de uma planta industrial Como também para manipulação de variáveis analógicas:
de 1000 pontos de controle. Existem cinco controladores programáveis
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS 74
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS 75

já conhecido em funcionamento na planta?


a) Um dos cinco implementados, com ambiente de programação
diferentes instalados nos sistemas, e cada um deles com um tipo de
Qual fabricante escolher? linguagem de programação diferente, dividindo tarefas que fazem parte
de um ciclo de produção industrial. Você é o responsável pela opera-
cinco já existentes: ção e manutenção de todo o sistema de software e hardware.
tendo como premissa a inserção de novo controlador somado aos
nal responsável por uma planta industrial no final dos anos oitenta, Condição Essencial: o sistema não pode parar em nenhuma condi-
ção à falta de padronização. Vamos voltar ao exemplo do profissio- ção que não seja predeterminada.
pelos pequenos e médios fabricantes pois eram mais frágeis em rela-
Inicialmente, a IEC 61131-3 foi fortemente aplicada e propagada Imaginou?

para as empresas usuárias de Automação. Esta é a importância da normalização! Poder controlar sistemas de
na redução de custos e, conseqüentemente, na maximização do lucro maneira padronizada e com linguagens comuns de programação.
Todas as vantagens destacadas anteriormente refletem diretamente Apesar de ambientes de programação diferentes, a maneira de progra-
mar e interpretar as lógicas de controle, através da norma, é unificada.
· maximização da conectividade entre sistemas de controle;
· padronização das técnicas de programação; Algumas das vantagens diretas da normalização:
· redução de erros com configuração; · otimização de recursos humanos (treinamento, configuração,
blocos de programação); operação e manutenção);
· otimização de programação (re-utilização de rotinas, tarefas e · otimização de programação (re-utilização de rotinas, tarefas e
operação e manutenção); blocos de programação);
· otimização de recursos humanos (treinamento, configuração, · redução de erros com configuração;
Algumas das vantagens diretas da normalização: · padronização das técnicas de programação;
· maximização da conectividade entre sistemas de controle;
mar e interpretar as lógicas de controle, através da norma, é unificada.
Apesar de ambientes de programação diferentes, a maneira de progra- Todas as vantagens destacadas anteriormente refletem diretamente
maneira padronizada e com linguagens comuns de programação. na redução de custos e, conseqüentemente, na maximização do lucro
Esta é a importância da normalização! Poder controlar sistemas de para as empresas usuárias de Automação.

Imaginou? Inicialmente, a IEC 61131-3 foi fortemente aplicada e propagada


pelos pequenos e médios fabricantes pois eram mais frágeis em rela-
ção que não seja predeterminada. ção à falta de padronização. Vamos voltar ao exemplo do profissio-
Condição Essencial: o sistema não pode parar em nenhuma condi- nal responsável por uma planta industrial no final dos anos oitenta,
tendo como premissa a inserção de novo controlador somado aos
ção e manutenção de todo o sistema de software e hardware. cinco já existentes:
de um ciclo de produção industrial. Você é o responsável pela opera-
linguagem de programação diferente, dividindo tarefas que fazem parte Qual fabricante escolher?
diferentes instalados nos sistemas, e cada um deles com um tipo de
a) Um dos cinco implementados, com ambiente de programação
já conhecido em funcionamento na planta?
75 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS
76 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

· Seqüencial Function Chart (SFC)


· Programação convencional;
b) Um novo controlador desconhecido, com um ambiente de
programação diferente dos já utilizados, porém com um valor
As formas de representação são :
abaixo do mercado?

Sem dúvida, o profissional escolheria um dos cinco já seada no Pascal.


implementados pela facilidade de programação, e principalmente Esta linguagem é novidade no mercado internacional e é ba-
pela confiabilidade já existente. guagem de instruções, BASIC estruturado e inglês estruturado.
vem substituir todas as linguagens declarativas, tais como lin-
Por isso, os fabricantes menores propulsionaram a padronização STRUCTURED CONTROL LANGUAGE (SCL) - linguagem que ·
da linguagem de programação para entrar no mercado industrial com
um pouco mais de força e competir com os grandes fabricantes já “OU”, “Negação”, “Ou exclusivo”, etc.
conhecidos. Hoje, praticamente todos os principais fabricantes de BOOLEAN BLOCKS - blocos lógicos representando portas “E”, ·
mercado já aderiram à norma IEC 61131, facilitando assim a escolha
do usuário final. LADDER DIAGRAM - programação como esquemas de relés. ·

3.9.2 Conceituação As linguagens são:

A norma IEC 61131-3 prevê três linguagens de programação e duas formas de apresentação.
duas formas de apresentação. A norma IEC 61131-3 prevê três linguagens de programação e

As linguagens são: 3.9.2 Conceituação

· LADDER DIAGRAM - programação como esquemas de relés. do usuário final.


mercado já aderiram à norma IEC 61131, facilitando assim a escolha
· BOOLEAN BLOCKS - blocos lógicos representando portas “E”, conhecidos. Hoje, praticamente todos os principais fabricantes de
“OU”, “Negação”, “Ou exclusivo”, etc. um pouco mais de força e competir com os grandes fabricantes já
da linguagem de programação para entrar no mercado industrial com
· STRUCTURED CONTROL LANGUAGE (SCL) - linguagem que Por isso, os fabricantes menores propulsionaram a padronização
vem substituir todas as linguagens declarativas, tais como lin-
guagem de instruções, BASIC estruturado e inglês estruturado. pela confiabilidade já existente.
Esta linguagem é novidade no mercado internacional e é ba- implementados pela facilidade de programação, e principalmente
seada no Pascal. Sem dúvida, o profissional escolheria um dos cinco já

abaixo do mercado?
As formas de representação são :
programação diferente dos já utilizados, porém com um valor
b) Um novo controlador desconhecido, com um ambiente de
· Programação convencional;
· Seqüencial Function Chart (SFC)
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS 76
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS 77

- Texto Estruturado, ST
- Lista de Instruções, IL
Fique atento:
Textuais
A IEC 61131 é uma norma internacional e aceita por uma organi-
zação internacional a IEC – International Electrotechical Comission .
As linguagens consistem de duas textuais e duas gráficas:

das, eliminando a chance de outras variações


Você ainda não está convencido das vantagens da normalização?
pela norma. Isto significa que suas sintaxes e semânticas foram defini-
São definidas, conforme citamos anteriormente, quatro linguagens
A norma unifica a forma como os profissionais projetam e operam
os sistemas de controle industrial, padronizando a principal ferramen-
Linguagens de Programação
ta para isso, a interface de programação. Uma interface de programa-
ção padronizada permite a profissionais de níveis de formação e habi-
linguagem de programação que a norma atende.
lidade distintos, a criação de diferentes elementos de um programa
Vamos destacar neste capítulo a parte 3, que se refere aos tipos de
em diferentes estágios do ciclo de vida do software: especificação,
projeto, implementação, teste, implantação e manutenção.
· Parte 7 – Implementação de Guidelines
· Parte 6 – Lógica Fuzzy
A norma IEC 61131 é dividida em 7 partes:
· Parte 5 – Comunicações
· Parte 1 – Definições
· Parte 4 – User Guidelines
· Parte 2 – Hardware
· Parte 3 – Linguagens de Programação
· Parte 3 – Linguagens de Programação
· Parte 2 – Hardware
· Parte 4 – User Guidelines
· Parte 1 – Definições
· Parte 5 – Comunicações
A norma IEC 61131 é dividida em 7 partes:
· Parte 6 – Lógica Fuzzy
· Parte 7 – Implementação de Guidelines
projeto, implementação, teste, implantação e manutenção.
em diferentes estágios do ciclo de vida do software: especificação,
Vamos destacar neste capítulo a parte 3, que se refere aos tipos de
lidade distintos, a criação de diferentes elementos de um programa
linguagem de programação que a norma atende.
ção padronizada permite a profissionais de níveis de formação e habi-
ta para isso, a interface de programação. Uma interface de programa-
Linguagens de Programação
os sistemas de controle industrial, padronizando a principal ferramen-
A norma unifica a forma como os profissionais projetam e operam
São definidas, conforme citamos anteriormente, quatro linguagens
pela norma. Isto significa que suas sintaxes e semânticas foram defini-
Você ainda não está convencido das vantagens da normalização?
das, eliminando a chance de outras variações

zação internacional a IEC – International Electrotechical Comission .


As linguagens consistem de duas textuais e duas gráficas:
A IEC 61131 é uma norma internacional e aceita por uma organi-

Textuais
Fique atento:
- Lista de Instruções, IL
- Texto Estruturado, ST
77 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS
78 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

integração entre as duas linguagens.


podem ser apresentados em um único diagrama pela facilidade de
Gráficas
dio e grande porte. Diagrama em blocos funcionais e diagramas ladder
- Diagrama Ladder, LD
controladores de processo de alto desempenho e em sistemas de mé-
- Diagrama de Blocos Funcionais, FBD
DIAGRAMS - FBD) é a linguagem de programação encontrada em
DIAGRAMA DE BLOCOS FUNCIONAIS (FUNCTION BLOCK

onais oriundos da área de elétrica.


mas ladder podem ser criados e entendidos rapidamente por profissi-
relés, encontrada na maioria dos controladores programáveis. Diagra-
ção clássica de lógica através de símbolos de contatos e bobinas de
DIAGRAMAS LADDER (LADDER DIAGRAMS – LD) é a representa-

da estrutura do sistema de controle. ·


do nível da descrição do processo; ·
do processo a resolver; ·
da formação do programador; ·
Figura 44 - Linguagens de programação
A escolha da linguagem de programação depende de a alguns fatores:
A escolha da linguagem de programação depende de a alguns fatores:
Figura 44 - Linguagens de programação
· da formação do programador;
· do processo a resolver;
· do nível da descrição do processo;
· da estrutura do sistema de controle.

DIAGRAMAS LADDER (LADDER DIAGRAMS – LD) é a representa-


ção clássica de lógica através de símbolos de contatos e bobinas de
relés, encontrada na maioria dos controladores programáveis. Diagra-
mas ladder podem ser criados e entendidos rapidamente por profissi-
onais oriundos da área de elétrica.

DIAGRAMA DE BLOCOS FUNCIONAIS (FUNCTION BLOCK


DIAGRAMS - FBD) é a linguagem de programação encontrada em
- Diagrama de Blocos Funcionais, FBD
controladores de processo de alto desempenho e em sistemas de mé-
- Diagrama Ladder, LD
dio e grande porte. Diagrama em blocos funcionais e diagramas ladder
Gráficas
podem ser apresentados em um único diagrama pela facilidade de
integração entre as duas linguagens.
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS 78
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS 79

TEXTO ESTRUTURADO (STRUCTURED TEXT - ST) é uma linguagem


de programação similar ao Pascal. Representa uma maneira eficiente
de programar operações complexas. Esta linguagem é excelente para a
definição de blocos funcionais complexos, os quais podem ser usados
em qualquer outra linguagem IEC.

LISTA DE INSTRUÇÕES (INSTRUCTION LIST - IL) é uma lingua-


gem composta por mnemônicos. É baseada em texto e se asseme-
lha ao assembler.

lha ao assembler.
gem composta por mnemônicos. É baseada em texto e se asseme-
LISTA DE INSTRUÇÕES (INSTRUCTION LIST - IL) é uma lingua-

em qualquer outra linguagem IEC.


definição de blocos funcionais complexos, os quais podem ser usados
de programar operações complexas. Esta linguagem é excelente para a
de programação similar ao Pascal. Representa uma maneira eficiente
TEXTO ESTRUTURADO (STRUCTURED TEXT - ST) é uma linguagem

79 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS


Capítulo 4

SISTEMAS DE
SUPERVISÃO
INDUSTRIAL
INDUSTRIAL
SUPERVISÃO
SISTEMAS DE

Capítulo 4
zadas ferramentas para supervisão industrial: a IHM (Interface Homem
O objetivo deste capítulo é trazer para o leitor duas das mais utili-
SISTEMAS DE SUPERVISÃO INDUSTRIAL
rança das informações de processo.
brado e novas ferramentas foram desenvolvidas para garantir a segu- Objetivos:
tra acessos não desejados. Esse paradigma tem aos poucos sido que-
· Introduzir as funcionalidades de sistemas de supervisão industrial;
chão de fábrica era o nível de segurança oferecido pelos sistemas con- · Apresentar os dois principais tipos de ferramentas de supervisão industrial;
cesso. Um dos maiores questionamentos sobre o uso da internet no · Demonstrar as principais vantagens de cada uma dessas duas ferramentas.
segurança e confiabilidade dos dados recebidos e transmitidos do pro-
onde, de forma clara e objetiva, percebe-se maior preocupação com a Os sistemas de supervisão industrial são mais do que uma tendên-
continuando seguindo como tendência forte para os próximos anos cia tecnológica nas indústrias, representam hoje, ferramentas funda-
trole de processos via webbrowsers cresceram nos últimos anos; e mentais para otimização de processos e melhoria da qualidade de
nos ambientes industriais, novos recursos para monitoramento e con- produto final. Tais sistemas oferecem ao operador desde recursos sim-
Com a rápida aceleração da utilização da internet e seus derivados ples de sinalização e comando via meios físicos (rede elétrica, fibra
ótica, rede industrial) até sistemas mais complexos com comunicação
funcionalidade da máquina ou sistema. sem fio (rádio-modem, celular, infravermelho).
ente e ergonômico capaz de prover informações essenciais da
senvolvimento de um sistema amigável, de fácil operação, efici- Por que surgiram?
do operador com o processo. Através dessa necessidade foi de-
Surgiram a partir de uma necessidade clara de maior interação Surgiram a partir de uma necessidade clara de maior interação
do operador com o processo. Através dessa necessidade foi de-
Por que surgiram? senvolvimento de um sistema amigável, de fácil operação, efici-
ente e ergonômico capaz de prover informações essenciais da
sem fio (rádio-modem, celular, infravermelho). funcionalidade da máquina ou sistema.
ótica, rede industrial) até sistemas mais complexos com comunicação
ples de sinalização e comando via meios físicos (rede elétrica, fibra Com a rápida aceleração da utilização da internet e seus derivados
produto final. Tais sistemas oferecem ao operador desde recursos sim- nos ambientes industriais, novos recursos para monitoramento e con-
mentais para otimização de processos e melhoria da qualidade de trole de processos via webbrowsers cresceram nos últimos anos; e
cia tecnológica nas indústrias, representam hoje, ferramentas funda- continuando seguindo como tendência forte para os próximos anos
Os sistemas de supervisão industrial são mais do que uma tendên- onde, de forma clara e objetiva, percebe-se maior preocupação com a
segurança e confiabilidade dos dados recebidos e transmitidos do pro-
Demonstrar as principais vantagens de cada uma dessas duas ferramentas. · cesso. Um dos maiores questionamentos sobre o uso da internet no
Apresentar os dois principais tipos de ferramentas de supervisão industrial; · chão de fábrica era o nível de segurança oferecido pelos sistemas con-
Introduzir as funcionalidades de sistemas de supervisão industrial; ·
tra acessos não desejados. Esse paradigma tem aos poucos sido que-
Objetivos: brado e novas ferramentas foram desenvolvidas para garantir a segu-
rança das informações de processo.
SISTEMAS DE SUPERVISÃO INDUSTRIAL
O objetivo deste capítulo é trazer para o leitor duas das mais utili-
zadas ferramentas para supervisão industrial: a IHM (Interface Homem
84 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

tornando-a mais rápida ou mais lenta, de acordo com a necessidade


Podemos, através da IHM alterar valores da velocidade da esteira
Máquina) e Aplicativos de Supervisão SCADA (Supervisory Control and
Aquisition Data System). De forma prática e objetiva listaremos as
mem Máquina, utilizaremos o exemplo de uma esteira transportadora.
principais características técnicas, bem como vantagens e desvanta-
res de produção. Para esclarecer a funcionalidade de uma Interface Ho-
gens de cada sistema.
também ter maior interação com o processo aplicando nele novos valo-
dústrias. Podem ter a função simples de monitoramento de variáveis ou
4.1 INTERFACE HOMEM MÁQUINA (IHM) Várias são as aplicações para as interfaces homem máquina nas in-

Uma IHM, também conhecida como HMI (Human Machine


Figura 45 - Exemplo de Interface tipo “touch screen”
Interface), é um hardware industrial composto normalmente por
uma tela de cristal líquido e um conjunto de teclas para navegação
ou inserção de dados e que utiliza um software proprietário para a
sua programação. Alguns modelos não apresentam teclas físicas
para navegação utilizando a própria tela do sistema como fonte de
inserção de dados. Essas interfaces são conhecidas também como
do tipo “touch-screen”.

do tipo “touch-screen”.
inserção de dados. Essas interfaces são conhecidas também como
para navegação utilizando a própria tela do sistema como fonte de
sua programação. Alguns modelos não apresentam teclas físicas
ou inserção de dados e que utiliza um software proprietário para a
uma tela de cristal líquido e um conjunto de teclas para navegação
Interface), é um hardware industrial composto normalmente por
Figura 45 - Exemplo de Interface tipo “touch screen”
Uma IHM, também conhecida como HMI (Human Machine

Várias são as aplicações para as interfaces homem máquina nas in-


4.1 INTERFACE HOMEM MÁQUINA (IHM)
dústrias. Podem ter a função simples de monitoramento de variáveis ou
também ter maior interação com o processo aplicando nele novos valo-
gens de cada sistema.
res de produção. Para esclarecer a funcionalidade de uma Interface Ho-
principais características técnicas, bem como vantagens e desvanta-
mem Máquina, utilizaremos o exemplo de uma esteira transportadora.
Aquisition Data System). De forma prática e objetiva listaremos as
Máquina) e Aplicativos de Supervisão SCADA (Supervisory Control and
Podemos, através da IHM alterar valores da velocidade da esteira
tornando-a mais rápida ou mais lenta, de acordo com a necessidade
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS 84
SISTEMAS DE SUPERVISÃO INDUSTRIAL 85
todas possuem similaridades.
dades. Porém, entre os fornecedores, exceto alguns casos especiais,
de processo. De acordo com o produto no processo, podemos tam-
IHM, sendo que cada uma delas tem suas características e particulari-
bém ajustar valores de temperatura, pressão e nível do sistema de
A maioria dos fornecedores possuem uma ou várias famílias de
utilidades da esteira. Essas são apenas algumas das possíveis aplica-
ções de uma Interface Homem Máquina nas indústrias. Cabe ressaltar
como Alemanha, Estados Unidos e França.
que de acordo com as funções requeridas pelo sistema, a configura-
maioria é constituída por fabricantes estrangeiros, oriundos de países
ção bem como o modelo de IHM poderá variar. Elas podem ser loca-
Há diversos fornecedores de IHM em nosso mercado, sendo que a
lizadas distantes alguns metros da aplicação ou fixas em painéis no
próprio ambiente de operação.
4.1.1 Tipos de Interfaces
Outro exemplo da utilização das IHMs são nas máquinas operatrizes.
· ajuste da velocidade de avanço das ferramentas sobre a peça.
Com o CNC (Comando Numérico Computadorizado) pode-se
· parametrização dos acionamentos dos servomotores;
automatizar: tornos, fresadoras, retíficas, centros de usinagem,
quina está usinando a peça;
mandrilhadoras. Na verdade, qualquer máquina onde houver a neces-
acompanhamento da execução do programa enquanto a má- ·
sidade da interpolação de eixos.
carga do programa de uma peça a ser usinada; ·
ajuste das ferramentas; ·
Em máquinas automatizadas com CNC é imprescindível o uso de
referenciamento dos eixos; ·
IHMs (nesse caso, são IHM dedicadas ao CNC), pois existe a real neces-
sidade que o operador interaja com a máquina nas seguintes situações:
sidade que o operador interaja com a máquina nas seguintes situações:
IHMs (nesse caso, são IHM dedicadas ao CNC), pois existe a real neces-
· referenciamento dos eixos;
Em máquinas automatizadas com CNC é imprescindível o uso de
· ajuste das ferramentas;
· carga do programa de uma peça a ser usinada;
sidade da interpolação de eixos.
· acompanhamento da execução do programa enquanto a má-
mandrilhadoras. Na verdade, qualquer máquina onde houver a neces-
quina está usinando a peça;
automatizar: tornos, fresadoras, retíficas, centros de usinagem,
· parametrização dos acionamentos dos servomotores;
Com o CNC (Comando Numérico Computadorizado) pode-se
· ajuste da velocidade de avanço das ferramentas sobre a peça.
Outro exemplo da utilização das IHMs são nas máquinas operatrizes.
próprio ambiente de operação.
4.1.1 Tipos de Interfaces
lizadas distantes alguns metros da aplicação ou fixas em painéis no
Há diversos fornecedores de IHM em nosso mercado, sendo que a
ção bem como o modelo de IHM poderá variar. Elas podem ser loca-
maioria é constituída por fabricantes estrangeiros, oriundos de países
que de acordo com as funções requeridas pelo sistema, a configura-
como Alemanha, Estados Unidos e França.
ções de uma Interface Homem Máquina nas indústrias. Cabe ressaltar
utilidades da esteira. Essas são apenas algumas das possíveis aplica-
A maioria dos fornecedores possuem uma ou várias famílias de
bém ajustar valores de temperatura, pressão e nível do sistema de
IHM, sendo que cada uma delas tem suas características e particulari-
de processo. De acordo com o produto no processo, podemos tam-
dades. Porém, entre os fornecedores, exceto alguns casos especiais,
todas possuem similaridades.
85 SISTEMAS DE SUPERVISÃO INDUSTRIAL
86 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

porta de comunicação em RS-232.


Se o protocolo elétrico do CLP for RS-232, a IHM precisará ter uma
Existem IHMs que somente possibilitam a visualização de textos e há
do protocolo de comunicação e do protocolo elétrico usado pelo CLP.
outros modelos de IHMs que possuem recursos gráficos para o desenho
centralização de sistema. Essa comunicação depende exclusivamente
das telas da máquina, geração de gráficos, entre outras funções.
nosso maior mercado ainda é o de CLP, empregando a filosofia de
Esse tipo de comunicação é o mais utilizado, tendo em vista que o
Podemos destacar os três modelos comuns:
4.1.2.1 Direta com o controlador programável
- com display alfanumérico;
- com tela gráfica e acionamento via teclado tipo membrana
sistema (na maioria dos casos, um CLP):
(monocromática ou colorida);
existem três meios de comunicação entre a IHM e o controlador do
- com tela gráfica do tipo touchscreen (monocromática ou colorida);
Máquina é o tipo de comunicação que ela irá utilizar. Geralmente,
Um dos fatores críticos quando se pensa em Interfaces Homem

4.1.2 Comunicação

Figura 46 - Tipos de Interfaces Gráficas

Figura 46 - Tipos de Interfaces Gráficas

4.1.2 Comunicação

Um dos fatores críticos quando se pensa em Interfaces Homem


Máquina é o tipo de comunicação que ela irá utilizar. Geralmente,
- com tela gráfica do tipo touchscreen (monocromática ou colorida);
existem três meios de comunicação entre a IHM e o controlador do
(monocromática ou colorida);
sistema (na maioria dos casos, um CLP):
- com tela gráfica e acionamento via teclado tipo membrana
- com display alfanumérico;
4.1.2.1 Direta com o controlador programável
Podemos destacar os três modelos comuns:
Esse tipo de comunicação é o mais utilizado, tendo em vista que o
nosso maior mercado ainda é o de CLP, empregando a filosofia de
das telas da máquina, geração de gráficos, entre outras funções.
centralização de sistema. Essa comunicação depende exclusivamente
outros modelos de IHMs que possuem recursos gráficos para o desenho
do protocolo de comunicação e do protocolo elétrico usado pelo CLP.
Existem IHMs que somente possibilitam a visualização de textos e há
Se o protocolo elétrico do CLP for RS-232, a IHM precisará ter uma
porta de comunicação em RS-232.
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS 86
SISTEMAS DE SUPERVISÃO INDUSTRIAL 87

· Device-Net.
· Profibus-DP; Os protocolos elétricos mais comuns são: RS-232 e RS-485, porém
· Interbus; também temos que levar em consideração o protocolo de comunicação.

utilizadas pelas Interfaces Homem Máquina para comunicação: Geralmente, as IHMs têm uma biblioteca de protocolos de comu-
três redes de mercado de amplo conhecimento industrial e também nicação disponível no seu software de programação, e ao fazer o pro-
chamodos Fieldbus no chão de fábrica. Podemos destacar pelo menos grama da IHM é necessário escolher o protocolo adequado para o CLP
e a segurança da informação foram fatores críticos para o sucesso dos através do qual queremos comunicar, mas para isso é imprescindível
zendo inteligência ao chão de fábrica. Mais uma vez, a confiabilidade ter o protocolo disponível.
Novas tecnologias de comunicação surgiram nos últimos anos tra-
E, caso não exista o protocolo disponível, o que o programa-
4.1.2.2 Em rede com o chão de fábrica (Fieldbus) dor deverá fazer?

Exemplo: Uma empresa estrangeira desenvolveu um proto-


chamado “Protocolo Aberto”. colo fictício chamado ZFW, sendo que para qualquer outro fa-
do protocolo, te do CLP tem que disponibilizar a documentação bricante de equipamentos que quiser realizar uma troca de da-
contrário não se justifica. Isso tudo com um detalhe, o fabrican- dos com o CLP em questão, este terá que desenvolver um “driver”
se o tempo e o gasto para o desenvolvimento do Driver; caso de comunicação entre o protocolo ZFW e o protocolo de comu-
volvido nessa aplicação, ou outros fatores comerciais, justifica- nicação da própria IHM. Dependendo do volume de vendas en-
nicação da própria IHM. Dependendo do volume de vendas en- volvido nessa aplicação, ou outros fatores comerciais, justifica-
de comunicação entre o protocolo ZFW e o protocolo de comu- se o tempo e o gasto para o desenvolvimento do Driver; caso
dos com o CLP em questão, este terá que desenvolver um “driver” contrário não se justifica. Isso tudo com um detalhe, o fabrican-
bricante de equipamentos que quiser realizar uma troca de da- te do CLP tem que disponibilizar a documentação do protocolo,
chamado ZFW, sendo que para qualquer outro fa- colo fictício chamado “Protocolo Aberto”.
Exemplo: Uma empresa estrangeira desenvolveu um proto-

dor deverá fazer? 4.1.2.2 Em rede com o chão de fábrica (Fieldbus)


E, caso não exista o protocolo disponível, o que o programa-
Novas tecnologias de comunicação surgiram nos últimos anos tra-
ter o protocolo disponível. zendo inteligência ao chão de fábrica. Mais uma vez, a confiabilidade
através do qual queremos comunicar, mas para isso é imprescindível e a segurança da informação foram fatores críticos para o sucesso dos
grama da IHM é necessário escolher o protocolo adequado para o CLP chamodos Fieldbus no chão de fábrica. Podemos destacar pelo menos
nicação disponível no seu software de programação, e ao fazer o pro- três redes de mercado de amplo conhecimento industrial e também
Geralmente, as IHMs têm uma biblioteca de protocolos de comu- utilizadas pelas Interfaces Homem Máquina para comunicação:

também temos que levar em consideração o protocolo de comunicação. · Interbus;


Os protocolos elétricos mais comuns são: RS-232 e RS-485, porém · Profibus-DP;
· Device-Net.

87 SISTEMAS DE SUPERVISÃO INDUSTRIAL


88 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

Apesar de ter crescido o número de aplicações de IHMs utilizan- de uma IHM são muito restritos.
do redes inteligentes (Fieldbus), deve-se avaliar o custo de com software supervisório, por exemplo, os recursos matemáticos
implementação de um projeto com essas características uma vez que ção, ele se revela limitado em alguns recursos. Quando comparado
não basta somente à IHM possuir a rede fieldbus mas também o Apesar da IHM ser um componente fundamental em uma aplica-
dispositivos de controle.
· redução de custos.
4.1.2.3 Em nível Superior de uma rede Fieldbus modelo tradicional;
· comunicação entre o CLP e a IHM bem mais rápidos do que o
Em alguns casos as IHMs podem funcionar dentro de uma rede · diminuição do número de fios e cabos na instalação;
maior fieldbus o que comumente caracterizamos de “Cell Level” em · redução de espaço no painel;
um sistema de automação. Para esse tipo de comunicação utilizam-se
redes com características de grande capacidade de troca de dados, CLP) apresentam várias vantagens, tais como:
entre elas podemos citar: do na IHM. Para esse caso, as interfaces unificadas (função IHM +
IHMs que possuem também a função de um CLP – um CLP incorpora-
· Control-Net; Para uma pequena aplicação: uma máquina, por exemplo, existem
· Profibus-DP;
· Ethernet. 4.1.3 Interfaces com I/OS ou Rede Fieldbus incorporadas

4.1.3 Interfaces com I/OS ou Rede Fieldbus incorporadas · Ethernet.


· Profibus-DP;
Para uma pequena aplicação: uma máquina, por exemplo, existem · Control-Net;
IHMs que possuem também a função de um CLP – um CLP incorpora-
do na IHM. Para esse caso, as interfaces unificadas (função IHM + entre elas podemos citar:
CLP) apresentam várias vantagens, tais como: redes com características de grande capacidade de troca de dados,
um sistema de automação. Para esse tipo de comunicação utilizam-se
· redução de espaço no painel; maior fieldbus o que comumente caracterizamos de “Cell Level” em
· diminuição do número de fios e cabos na instalação; Em alguns casos as IHMs podem funcionar dentro de uma rede
· comunicação entre o CLP e a IHM bem mais rápidos do que o
modelo tradicional; 4.1.2.3 Em nível Superior de uma rede Fieldbus
· redução de custos.
dispositivos de controle.
Apesar da IHM ser um componente fundamental em uma aplica- não basta somente à IHM possuir a rede fieldbus mas também o
ção, ele se revela limitado em alguns recursos. Quando comparado implementação de um projeto com essas características uma vez que
com software supervisório, por exemplo, os recursos matemáticos do redes inteligentes (Fieldbus), deve-se avaliar o custo de
de uma IHM são muito restritos. Apesar de ter crescido o número de aplicações de IHMs utilizan-

CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS 88


SISTEMAS DE SUPERVISÃO INDUSTRIAL 89

são via software supervisório torna-se fundamental.


limitações. Portanto, para esse tipo de aplicação, o controle e supervi- Surge então um questionamento:
ções, via banco de dados ou sistemas integrados, as IHMs apresentam
Mas em aplicações que envolvam uma troca maior de informa- Quando devo utilizar uma IHM e quando devo utilizar um
sistema supervisório (SCADA)?
aplicações básicas.
IHM. Por esse motivo, a IHM ainda é a preferência na maioria das Apresentaremos no próximo item os sistemas supervisórios da
confiabilidade). Esse conjunto acaba saindo muito mais caro que uma mesma forma que apresentamos as IHMs neste último. Assim,
acreditamos que o leitor terá condições de avaliar a aplicabilidade
tipo PC ou de padrão industrial (por critérios de segurança e
são necessários, além de um Sistema Operacional, um Computador
dos dois sistemas e terá condições de responder a essa e a outras
to. Um software supervisório é um aplicativo geralmente caro onde
dúvidas que surgirem.
Windows. Entretanto, essa facilidade tem como desvantagem o cus-
rior torna-se muito mais simples pelo fato de ser em plataforma
4.2 SISTEMAS SUPERVISÓRIOS
Em um software supervisório, a comunicação com o mundo exte-

Os sistemas supervisórios são poderosos softwares aplicativos que


diferenças básicas entre os dois sistemas.
permitem que sejam monitoradas e rastreadas informações do proces-
Máquina (IHMs). Vamos continuar a explicação e demonstrar algumas
so produtivo. As informações podem ser visualizadas por intermédio
pode questionar qual a diferença com relação às Interfaces Homem
de quadros sinóticos animados, com indicações instantâneas das vari-
áveis de processo (vazão, temperatura, pressão, volume, etc). O leitor
áveis de processo (vazão, temperatura, pressão, volume, etc). O leitor
de quadros sinóticos animados, com indicações instantâneas das vari-
pode questionar qual a diferença com relação às Interfaces Homem
so produtivo. As informações podem ser visualizadas por intermédio
Máquina (IHMs). Vamos continuar a explicação e demonstrar algumas
permitem que sejam monitoradas e rastreadas informações do proces-
diferenças básicas entre os dois sistemas.
Os sistemas supervisórios são poderosos softwares aplicativos que

Em um software supervisório, a comunicação com o mundo exte-


4.2 SISTEMAS SUPERVISÓRIOS
rior torna-se muito mais simples pelo fato de ser em plataforma
Windows. Entretanto, essa facilidade tem como desvantagem o cus-
dúvidas que surgirem.
to. Um software supervisório é um aplicativo geralmente caro onde
dos dois sistemas e terá condições de responder a essa e a outras
são necessários, além de um Sistema Operacional, um Computador
tipo PC ou de padrão industrial (por critérios de segurança e
acreditamos que o leitor terá condições de avaliar a aplicabilidade
mesma forma que apresentamos as IHMs neste último. Assim, confiabilidade). Esse conjunto acaba saindo muito mais caro que uma
Apresentaremos no próximo item os sistemas supervisórios da IHM. Por esse motivo, a IHM ainda é a preferência na maioria das
aplicações básicas.
sistema supervisório (SCADA)?
Quando devo utilizar uma IHM e quando devo utilizar um Mas em aplicações que envolvam uma troca maior de informa-
ções, via banco de dados ou sistemas integrados, as IHMs apresentam
Surge então um questionamento: limitações. Portanto, para esse tipo de aplicação, o controle e supervi-
são via software supervisório torna-se fundamental.

89 SISTEMAS DE SUPERVISÃO INDUSTRIAL


90 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

de 20 anos, mas seu nascimento no mercado e o seu sucesso aconteceu


Os sistemas supervisórios começaram a ser desenvolvidos há cerca
A figura abaixo apresenta uma planta industrial controlada via
software supervisório. Note que a ligação da mesma com o
tendências. ·
supervisório se dá via CLP.
falhas; ·
acompanhamento das variáveis críticas; ·
curvas de processo; ·
alarmes; ·

destacar o acompanhamento de:


processo além das inúmeras oferecidas pelas IHMs, as quais podemos
cessos. O uso de sistemas supervisórios traz diversas vantagens para o
aplicações industriais continua sendo mola mestra no controle de pro-
supervisórios modernos. O uso de controladores programáveis em
funcionam hoje, e continuarão a funcionar no futuro, sem sistemas
supervisórios em processos industriais. Diversos processos industriais
O leitor pode questionar da real necessidade de instalar sistemas

Figura 47 - Sistema Supervisório de um Processo

Figura 47 - Sistema Supervisório de um Processo

O leitor pode questionar da real necessidade de instalar sistemas


supervisórios em processos industriais. Diversos processos industriais
funcionam hoje, e continuarão a funcionar no futuro, sem sistemas
supervisórios modernos. O uso de controladores programáveis em
aplicações industriais continua sendo mola mestra no controle de pro-
cessos. O uso de sistemas supervisórios traz diversas vantagens para o
processo além das inúmeras oferecidas pelas IHMs, as quais podemos
destacar o acompanhamento de:

· alarmes;
· curvas de processo;
· acompanhamento das variáveis críticas;
· falhas;
supervisório se dá via CLP.
· tendências.
software supervisório. Note que a ligação da mesma com o
A figura abaixo apresenta uma planta industrial controlada via
Os sistemas supervisórios começaram a ser desenvolvidos há cerca
de 20 anos, mas seu nascimento no mercado e o seu sucesso aconteceu
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS 90
SISTEMAS DE SUPERVISÃO INDUSTRIAL 91

existência de drivers de comunicação para os sistemas existentes. ·


suporte local para dúvidas sobre configuração e programação; ·
há 15 anos, revolucionando o mercado e desestruturando os grandes
existência de distribuidores no país; ·
sistemas chamados SDCD’s, que controlavam fábricas com enormes
confiabilidade do fabricante no mercado (bugs, novas versões, etc); ·
sistemas centralizados em grandes painéis.
sistema operacional a ser utilizado; ·
produto em si; ·

necessário avaliar alguns fatores:


Para se efetuar uma boa escolha de um software de supervisão, é

cantes de sistemas supervisórios conhecidos no mercado.


meios de comunicação existentes. Existem, atualmente, vários fabri-
passe o limite das paredes da empresa e percorra o mundo através dos
ligados em rede, permitindo que o fluxo de dados do processo ultra-
Hoje, os sistemas supervisórios podem ter uma arquitetura aberta,

Figura 48 - Exemplo de tela de sistema de supervisão

Figura 48 - Exemplo de tela de sistema de supervisão

Hoje, os sistemas supervisórios podem ter uma arquitetura aberta,


ligados em rede, permitindo que o fluxo de dados do processo ultra-
passe o limite das paredes da empresa e percorra o mundo através dos
meios de comunicação existentes. Existem, atualmente, vários fabri-
cantes de sistemas supervisórios conhecidos no mercado.

Para se efetuar uma boa escolha de um software de supervisão, é


necessário avaliar alguns fatores:

· produto em si;
· sistema operacional a ser utilizado;
sistemas centralizados em grandes painéis.
· confiabilidade do fabricante no mercado (bugs, novas versões, etc);
sistemas chamados SDCD’s, que controlavam fábricas com enormes
· existência de distribuidores no país;
há 15 anos, revolucionando o mercado e desestruturando os grandes
· suporte local para dúvidas sobre configuração e programação;
· existência de drivers de comunicação para os sistemas existentes.
91 SISTEMAS DE SUPERVISÃO INDUSTRIAL
92 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

tabela de dados, para que o mesmo seja restaurado, estudado e lido


dado em forma de trends (gráfico de tendência) ou em forma de
4.2.1 Viabilidade de um Sistema Supervisório
uma aquisição de dados da temperatura da água) e armazena este
Conectado neste CLP está um sistema supervisório que lê (faz
Os sistemas supervisórios são utilizados para informação ao usuá-
rio do funcionamento do processo e também para que o usuário possa
permanecer para que a aparência do produto seja a melhor possível).
interagir com o processo.
no set point especificado (temperatura padrão que a água tem que
que faz o controle de temperatura da água, para que ela se mantenha
Os supervisórios possuem incorporados em seu sistema complexos
ção de água para a tomada de temperatura, está conectado ao CLP
sistemas matemáticos de controle de produção, perda de matéria-
do produto final. Um sensor Termopar (tipo J) encontrado na tubula-
prima, além de outras funções estatísticas ligadas à produção. Todo
variável que será muito importante para a característica de aparência
este complemento serve para ajudar na produção final da empresa.
controla várias variáveis de processo, entre elas a temperatura da água,
As informações geradas por alarmes na tela ajudam na manuten-
Um exemplo deste processo é quando um controlador programável
ção do sistema diminuindo o tempo de sua realização. Por todos esses
· troca de dados.
motivos os sistemas supervisórios são muito aplicados em conjunto
· gerenciamento de dados;
com PLCs, como IHMs (Interface Homem Máquina), para facilitar a
· aquisição de dados;
vida do operador.

São três as funções básicas dos sistemas supervisórios:


São três as funções básicas dos sistemas supervisórios:

vida do operador.
· aquisição de dados;
com PLCs, como IHMs (Interface Homem Máquina), para facilitar a
· gerenciamento de dados;
motivos os sistemas supervisórios são muito aplicados em conjunto
· troca de dados.
ção do sistema diminuindo o tempo de sua realização. Por todos esses
Um exemplo deste processo é quando um controlador programável
As informações geradas por alarmes na tela ajudam na manuten-
controla várias variáveis de processo, entre elas a temperatura da água,
este complemento serve para ajudar na produção final da empresa.
variável que será muito importante para a característica de aparência
prima, além de outras funções estatísticas ligadas à produção. Todo
do produto final. Um sensor Termopar (tipo J) encontrado na tubula-
sistemas matemáticos de controle de produção, perda de matéria-
ção de água para a tomada de temperatura, está conectado ao CLP
Os supervisórios possuem incorporados em seu sistema complexos
que faz o controle de temperatura da água, para que ela se mantenha
no set point especificado (temperatura padrão que a água tem que
interagir com o processo.
permanecer para que a aparência do produto seja a melhor possível).
rio do funcionamento do processo e também para que o usuário possa
Os sistemas supervisórios são utilizados para informação ao usuá-
Conectado neste CLP está um sistema supervisório que lê (faz
uma aquisição de dados da temperatura da água) e armazena este
4.2.1 Viabilidade de um Sistema Supervisório
dado em forma de trends (gráfico de tendência) ou em forma de
tabela de dados, para que o mesmo seja restaurado, estudado e lido
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS 92
SISTEMAS DE SUPERVISÃO INDUSTRIAL 93

mais amigável para a operação.


formato numérico, alfanumérico ou gráfico, tornando a interface de maneira mais conveniente. Se a aparência do produto, num deter-
fábrica em tempo real. Os dados podem ser apresentados em minado tempo, sair diferente, vamos verificar as variáveis que mais
MONITORAÇÃO – Capacidade de exibir os dados do chão de influenciam nesta característica. Retiramos, então, do sistema
supervisório um relatório que contém todas as variáveis envolvidas
Algumas definições importantes: no processo para uma análise e verificamos se houve alguma varia-
ção que possa afetar a aparência do produto e até se esta variação
dos dados tem maior prioridade do que aquela que exibe o dado na tela. pode causar outros problemas ao produto.
críticas. Por exemplo, a aplicação que faz a aquisição e gerenciamento
diversas tarefas ao mesmo tempo, priorizando aquelas que são mais Percebemos, então, que a qualidade do produto está diretamente
Os sistemas supervisórios são softwares multitarefa. Eles executam ligada às variáveis de processo, controladas por um CLP, que é um
aparelho de grande confiança, mas não tem interface com o homem.
Então, se queremos monitorar, controlar, modificar, supervisionar o
forma de telas, relatórios, históricos, alarmes, etc.
dos e distribuídos para os módulos do software e apresentados em processo temos que contar com a ajuda de um CLP que estará retiran-
telas de apresentação dos processos (view). Esses dados são manipula- do informações preciosas e transmitindo ao homem.
real de execução. A sua principal apresentação é demonstrada nas
que foram retirados do processo de maneira clara e precisa, em tempo 4.2.2 Gerenciamento de Dados
A apresentação dos dados é feita após a aquisição dos mesmos,
A apresentação dos dados é feita após a aquisição dos mesmos,
4.2.2 Gerenciamento de Dados que foram retirados do processo de maneira clara e precisa, em tempo
real de execução. A sua principal apresentação é demonstrada nas
do informações preciosas e transmitindo ao homem. telas de apresentação dos processos (view). Esses dados são manipula-
processo temos que contar com a ajuda de um CLP que estará retiran- dos e distribuídos para os módulos do software e apresentados em
forma de telas, relatórios, históricos, alarmes, etc.
Então, se queremos monitorar, controlar, modificar, supervisionar o
aparelho de grande confiança, mas não tem interface com o homem.
ligada às variáveis de processo, controladas por um CLP, que é um Os sistemas supervisórios são softwares multitarefa. Eles executam
Percebemos, então, que a qualidade do produto está diretamente diversas tarefas ao mesmo tempo, priorizando aquelas que são mais
críticas. Por exemplo, a aplicação que faz a aquisição e gerenciamento
pode causar outros problemas ao produto. dos dados tem maior prioridade do que aquela que exibe o dado na tela.
ção que possa afetar a aparência do produto e até se esta variação
no processo para uma análise e verificamos se houve alguma varia- Algumas definições importantes:
supervisório um relatório que contém todas as variáveis envolvidas
influenciam nesta característica. Retiramos, então, do sistema MONITORAÇÃO – Capacidade de exibir os dados do chão de
minado tempo, sair diferente, vamos verificar as variáveis que mais fábrica em tempo real. Os dados podem ser apresentados em
de maneira mais conveniente. Se a aparência do produto, num deter- formato numérico, alfanumérico ou gráfico, tornando a interface
mais amigável para a operação.

93 SISTEMAS DE SUPERVISÃO INDUSTRIAL


94 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

Figura 49 - Fluxo de Informação de Campo até Sistema Supervisório

SUPERVISÃO – Capacidade de apresentar os dados em tempo


real combinada à capacidade que os operadores têm de alterar “set
points”, ligar/desligar bombas, abrir/fechar válvulas, gerar relatórios
de alarmes e históricos, entre outros valores, diretamente a partir
do computador.

ALARMES – Os alarmes fornecem a capacidade de reconhecer even-


tos excepcionais que ocorram no processo e relatá-los imediatamente. no campo até serem processados pelo sistema supervisório.
A figura abaixo mostra o fluxo percorrido pelos dados requisitados
CONTROLE – Capacidade de aplicar automaticamente
algoritmos que ajustam valores de processo, mantendo-os den- Arquitetura Básica
tro dos limites definidos. Desta forma, o computador pode con-
trolar sozinho o processo. Todos os sistemas supervisórios pos-
com valores em tempo real, quanto com dados arquivados em disco.
suem recursos de controle contínuo, controle por processamento
ferramentas os operadores podem gerar relatórios detalhados, tanto
em batelada e controle estatístico do processo.
intercâmbio de dados, tais como: OLE, DDE, ODBC-SQL. Com essas
permitem aos operadores acessar dados através de protocolos de
ARQUIVAMENTO DE DADOS – Qualquer dado do chão de fábrica
RELATÓRIOS – Os sistemas supervisórios fornecem funções que
que esteja sendo lido/escrito pode ser mostrado e armazenado em
disco. Esses valores arquivados podem ser utilizados a qualquer mo-
mento para gerar gráfico de tendência histórica e/ou relatórios.
mento para gerar gráfico de tendência histórica e/ou relatórios.
disco. Esses valores arquivados podem ser utilizados a qualquer mo-
que esteja sendo lido/escrito pode ser mostrado e armazenado em
RELATÓRIOS – Os sistemas supervisórios fornecem funções que
ARQUIVAMENTO DE DADOS – Qualquer dado do chão de fábrica
permitem aos operadores acessar dados através de protocolos de
intercâmbio de dados, tais como: OLE, DDE, ODBC-SQL. Com essas
em batelada e controle estatístico do processo.
ferramentas os operadores podem gerar relatórios detalhados, tanto
suem recursos de controle contínuo, controle por processamento
com valores em tempo real, quanto com dados arquivados em disco.
trolar sozinho o processo. Todos os sistemas supervisórios pos-
tro dos limites definidos. Desta forma, o computador pode con-
Arquitetura Básica algoritmos que ajustam valores de processo, mantendo-os den-
automaticamente aplicar de Capacidade – CONTROLE
A figura abaixo mostra o fluxo percorrido pelos dados requisitados
no campo até serem processados pelo sistema supervisório. tos excepcionais que ocorram no processo e relatá-los imediatamente.
ALARMES – Os alarmes fornecem a capacidade de reconhecer even-

do computador.
de alarmes e históricos, entre outros valores, diretamente a partir
points”, ligar/desligar bombas, abrir/fechar válvulas, gerar relatórios
real combinada à capacidade que os operadores têm de alterar “set
SUPERVISÃO – Capacidade de apresentar os dados em tempo

Figura 49 - Fluxo de Informação de Campo até Sistema Supervisório


CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS 94
SISTEMAS DE SUPERVISÃO INDUSTRIAL 95

A informação vinda do sensor é tratada pelo controlador, con-


forme estudamos anteriormente. Seguindo o fluxo acima, pode-
mos identificar que:
quantos pontos contíguos devem ser levados e trazidos.

· O driver de comunicação lê os dados do CLP e transfere os


ça a faixa de dados do processo a ser lida e o tamanho e informar
necessário parametrizar o endereço inicial, informar onde come-
valores para os endereços de sua tabela imaginária.
ENDEREÇAMENTO – Para definir um registro de consulta é
· O programa da base de dados lê os dados da tabela imaginá-
ria do driver de comunicação, processa-os e transfere-os para
Saiba mais:
a base de dados.

As funções internas de acesso da base de dados transferem os


para cada hardware.
comunicação específico, o driver de comunicação também é diferente
dados para os aplicativos que estão requisitando os dados. Não há
supervisório e vice-versa. Como cada hardware tem seu protocolo de
necessidade de interação do operador para que essa transferência ocorra.
rência dos dados do PLC ou do hardware de processo para o sistema
O driver de comunicação é o programa responsável pela transfe-
· O sistema de supervisão envia dados para o processo executan-
do essas etapas em ordem inversa.
4.2.3 Driver de Comunicação
4.2.3 Driver de Comunicação
do essas etapas em ordem inversa.
· O sistema de supervisão envia dados para o processo executan-
O driver de comunicação é o programa responsável pela transfe-
rência dos dados do PLC ou do hardware de processo para o sistema
necessidade de interação do operador para que essa transferência ocorra.
supervisório e vice-versa. Como cada hardware tem seu protocolo de
dados para os aplicativos que estão requisitando os dados. Não há
comunicação específico, o driver de comunicação também é diferente
para cada hardware.
As funções internas de acesso da base de dados transferem os

a base de dados.
Saiba mais:
ria do driver de comunicação, processa-os e transfere-os para
· O programa da base de dados lê os dados da tabela imaginá-
ENDEREÇAMENTO – Para definir um registro de consulta é
valores para os endereços de sua tabela imaginária.
necessário parametrizar o endereço inicial, informar onde come-
· O driver de comunicação lê os dados do CLP e transfere os
ça a faixa de dados do processo a ser lida e o tamanho e informar
quantos pontos contíguos devem ser levados e trazidos.
mos identificar que:
forme estudamos anteriormente. Seguindo o fluxo acima, pode-
A informação vinda do sensor é tratada pelo controlador, con-

95 SISTEMAS DE SUPERVISÃO INDUSTRIAL


96 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

de desenhar as telas; e também as bibliotecas (arquivos contendo


Os tipos de pontos mais usados são: Cada software que existe no mercado tem uma maneira diferente

AI E n tra d a A n a l ó g i c a An a l o g i c I n p u t usuário crie telas atraentes e de fácil operação.


mentas de desenhos, textos, animações e gráficos permite-se que o
DI E n tra d a D i g i ta l D i g i ta l I n p u t
monitoração e interação do processo pelo operador. Através de ferra-
AO S a í d a An a l ó g i ca A n a l o g i c O u tp u t As interfaces homem máquina são telas que permitem a
DO S a í d a D i g i ta l D i g i ta l O u tp u t
4.2.4 Desenvolvimento da Interface

Os endereçamentos são especificados de acordo com a categoria a um bloco primário. Sempre seguem um bloco primário.
que pertencem. Depois de especificado a categoria, vem a posição · Blocos secundários: manipulam os dados fornecidos a eles por
onde o mesmo se encontra dentro da tabela de especificação. Driver ou executam uma função especial.
· Blocos primários: lêem ou gravam dados na Tabela Imagem do
Base de Dados
ção de sua respectiva tarefa. Existem basicamente dois tipos de bloco:
A base de dados é uma tabela onde são definidos os tags do pro- fas específicas. A cada bloco estão associados parâmetros para a execu-
cesso (Database). Cada tag criado tem seu conteúdo de informações O bloco é um conjunto codificado de instruções que executam tare-
armazenado em um bloco na base de dados.
armazenado em um bloco na base de dados.
O bloco é um conjunto codificado de instruções que executam tare- cesso (Database). Cada tag criado tem seu conteúdo de informações
fas específicas. A cada bloco estão associados parâmetros para a execu- A base de dados é uma tabela onde são definidos os tags do pro-
ção de sua respectiva tarefa. Existem basicamente dois tipos de bloco:
Base de Dados
· Blocos primários: lêem ou gravam dados na Tabela Imagem do
Driver ou executam uma função especial. onde o mesmo se encontra dentro da tabela de especificação.
· Blocos secundários: manipulam os dados fornecidos a eles por que pertencem. Depois de especificado a categoria, vem a posição
um bloco primário. Sempre seguem um bloco primário. Os endereçamentos são especificados de acordo com a categoria a

4.2.4 Desenvolvimento da Interface


D i g i ta l O u tp u t S a í d a D i g i ta l DO
As interfaces homem máquina são telas que permitem a A n a l o g i c O u tp u t S a í d a An a l ó g i ca AO
monitoração e interação do processo pelo operador. Através de ferra-
D i g i ta l I n p u t E n tra d a D i g i ta l DI
mentas de desenhos, textos, animações e gráficos permite-se que o
usuário crie telas atraentes e de fácil operação. An a l o g i c I n p u t E n tra d a A n a l ó g i c a AI

Cada software que existe no mercado tem uma maneira diferente Os tipos de pontos mais usados são:
de desenhar as telas; e também as bibliotecas (arquivos contendo
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS 96
SISTEMAS DE SUPERVISÃO INDUSTRIAL 97

gens na tela de operação, um sinaleiro luminoso ou uma sirene.


como sons, imagens e vídeos, até alarmes mais simples como mensa-
figuras) que o mesmo dispõe são diferentes. Umas são mais fáceis
tar níveis de complexidade variados. Desde recursos mais complexos
de se utilizar, outras são mais difíceis, umas possuem muitos recur-
Os módulos de alarmes dos sistemas supervisórios podem apresen-
sos, outras possuem poucos, umas têm grandes bibliotecas outras
têm bibliotecas pobres.
Como criar grupo de alarmes? ·
Como arquivar os alarmes? ·
4.2.5 Principais Módulos dos Sistemas Supervisórios
Quais os alarmes que são considerados falhas? ·
Como o operador pode reconhecer um alarme? ·
Apesar de cada um possuir características próprias de configura-
Quais são as mensagens que devem ser indicadas para cada alarme? ·
ção, conceitualmente os módulos existentes em todos os sistemas
Quais são os alarmes para entrada no sistema? ·
supervisórios são semelhantes. Os quatro principais módulos dos siste-
mas supervisórios serão apresentados abaixo para que o leitor possa
der a algumas questões:
identificar a potencialidade das ferramentas de supervisão:
produção. Para configuração dos alarmes, o usuário precisa respon-
para que o mesmo possa manter a funcionalidade do sistema de
· Módulo de Alarmes;
principamente de informação para tomada de decisão do usuário
· Módulo de Receitas;
identificada nos sistemas supervisórios através dos alarmes. Serve
· Módulo de Relatórios;
Qualquer não conformidade do sistema de produção pode ser
· Módulo de Tendências;
Módulo de Alarmes
Módulo de Alarmes
Módulo de Tendências; ·
Qualquer não conformidade do sistema de produção pode ser
Módulo de Relatórios; ·
identificada nos sistemas supervisórios através dos alarmes. Serve
Módulo de Receitas; ·
principamente de informação para tomada de decisão do usuário
Módulo de Alarmes; ·
para que o mesmo possa manter a funcionalidade do sistema de
produção. Para configuração dos alarmes, o usuário precisa respon-
identificar a potencialidade das ferramentas de supervisão:
der a algumas questões:
mas supervisórios serão apresentados abaixo para que o leitor possa
supervisórios são semelhantes. Os quatro principais módulos dos siste-
· Quais são os alarmes para entrada no sistema?
ção, conceitualmente os módulos existentes em todos os sistemas
· Quais são as mensagens que devem ser indicadas para cada alarme?
Apesar de cada um possuir características próprias de configura-
· Como o operador pode reconhecer um alarme?
· Quais os alarmes que são considerados falhas?
4.2.5 Principais Módulos dos Sistemas Supervisórios
· Como arquivar os alarmes?
· Como criar grupo de alarmes?
têm bibliotecas pobres.
sos, outras possuem poucos, umas têm grandes bibliotecas outras
Os módulos de alarmes dos sistemas supervisórios podem apresen-
de se utilizar, outras são mais difíceis, umas possuem muitos recur-
tar níveis de complexidade variados. Desde recursos mais complexos
figuras) que o mesmo dispõe são diferentes. Umas são mais fáceis
como sons, imagens e vídeos, até alarmes mais simples como mensa-
gens na tela de operação, um sinaleiro luminoso ou uma sirene.
97 SISTEMAS DE SUPERVISÃO INDUSTRIAL
98 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

principais telas que o aplicativo deve conter:


re, permitindo um acesso seqüencial e rápido. A seguir, é descrito as
Módulo de Receitas
As telas deverão ser organizadas em estrutura hierárquica do tipo árvo-
operadores, controlar e supervisionar completamente toda a planta.
Este módulo tem por função básica ler e gravar arquivos em disco
O conjunto de telas do software de supervisão deve permitir aos
rígido e sua utilização típica é no armazenamento de receitas de pro-
cesso, porém, estes arquivos podem guardar qualquer tipo de infor-
4.2.6 Tipos Básicos de Telas
mação como identificação dos operadores e senhas, valores de
inicialização de tags, etc.
análise da variável.
ligada a um evento de tempo ou data dependendo da criticidade da
Módulo de Tendências
pen-drives, etc, ou impressos. A emissão de relatórios pode estar
armazenados em meio magnético, ou seja, disco rígido, cd-rom,
O módulo de tendências tem como objetivo informar aos usuários
os dados para confecção de relatórios. Estes relatórios podem ser
sobre a continuidade do processo, ou seja, controla as principais
Através do módulo de relatórios, o usuário configura e prédefine
varíaveis de processo e as acompanha ao longo do tempo. Esse acom-
panhamento é feito de modo gráfico para que o usuário possa avaliar
Módulo de Relatórios
a conformidade das variáveis controladas. Devido ao grande desenvol-
vimento tecnológico é possível o controle e acompanhamento em
do a abertura e fechamento de válvulas para resfriamento do processo.
tempo real das variáveis do processo armazenando em disco para ge-
nhamento da temperatura de um tanque ao longo do tempo verifican-
ração de relatórios futuros. Podemos citar como exemplo o acompa-
ração de relatórios futuros. Podemos citar como exemplo o acompa-
nhamento da temperatura de um tanque ao longo do tempo verifican-
tempo real das variáveis do processo armazenando em disco para ge-
do a abertura e fechamento de válvulas para resfriamento do processo.
vimento tecnológico é possível o controle e acompanhamento em
a conformidade das variáveis controladas. Devido ao grande desenvol-
Módulo de Relatórios
panhamento é feito de modo gráfico para que o usuário possa avaliar
varíaveis de processo e as acompanha ao longo do tempo. Esse acom-
Através do módulo de relatórios, o usuário configura e prédefine
sobre a continuidade do processo, ou seja, controla as principais
os dados para confecção de relatórios. Estes relatórios podem ser
O módulo de tendências tem como objetivo informar aos usuários
armazenados em meio magnético, ou seja, disco rígido, cd-rom,
pen-drives, etc, ou impressos. A emissão de relatórios pode estar
Módulo de Tendências
ligada a um evento de tempo ou data dependendo da criticidade da
análise da variável.
inicialização de tags, etc.
mação como identificação dos operadores e senhas, valores de
4.2.6 Tipos Básicos de Telas
cesso, porém, estes arquivos podem guardar qualquer tipo de infor-
rígido e sua utilização típica é no armazenamento de receitas de pro-
O conjunto de telas do software de supervisão deve permitir aos
Este módulo tem por função básica ler e gravar arquivos em disco
operadores, controlar e supervisionar completamente toda a planta.
As telas deverão ser organizadas em estrutura hierárquica do tipo árvo-
Módulo de Receitas
re, permitindo um acesso seqüencial e rápido. A seguir, é descrito as
principais telas que o aplicativo deve conter:
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS 98
SISTEMAS DE SUPERVISÃO INDUSTRIAL 99
em tempo real (“on-line”), na forma de tendência real e na forma
variáveis simultaneamente, na forma gráfica, com valores coletados
padrão do software básico de supervisão. Estas telas apresentam várias Telas de Visão Geral: são telas que apresentarão ao operador
Telas de tendência - histórica e real: são telas normalmente uma visão global de um processo, sob visualização imediata da opera-
ção da planta. Nestas telas são apresentados os dados mais significantes
barras e em valores numéricos. à operação, e objetos que representam o processo. Os objetivos devem
alarmes, valor atual e valor calculado, etc., em forma de gráfico de ser dotados de características dinâmicas, representando o estado de
áveis controladas exibidos, como set points, limites e condição dos grupos de equipamentos e áreas do processo apresentado. Os dados
lhas de controle. Todas as telas devem apresentar os dados das vari- devem procurar resumir de forma significativa os principais parâmetros
Telas de malhas: são telas que apresentam o estado das ma- a serem controlados (ou monitorados) do processo específico.

do equipamento, seus limites, os seus dados de configuração, etc. Telas de Grupo: são telas representativas de cada processo ou
pervisionado. As telas devem possibilitar ao operador alterar os parâmetros unidade, apresentando objetos e dados de uma determinada área, de
equipamento. Os dados apresentam todos os parâmetros do ponto su- modo a relacionar funções estanques dos processos. Os objetos de-
por objetos com características dinâmicas, representando o estado do vem ser dotados de características dinâmicas, representando o estado
tos controlados individualmente. Serão compostas, quando possível, e/ou condição dos equipamentos da área mostrada. Os dados apre-
Telas de detalhe: são telas que atendem a pontos e equipamen- sentados devem denotar valores quantitativos dos parâmetros supervi-
sionados (ou controlados). As telas de grupo também possibilitam ao
limites de alarme, modos de controle, etc. operador acionar os equipamentos da área através de comandos do
rar os parâmetros de controle ou supervisão, tais como set points, tipo abrir/fechar ou ligar/desligar. Além disso, o operador poderá alte-
tipo abrir/fechar ou ligar/desligar. Além disso, o operador poderá alte- rar os parâmetros de controle ou supervisão, tais como set points,
operador acionar os equipamentos da área através de comandos do limites de alarme, modos de controle, etc.
sionados (ou controlados). As telas de grupo também possibilitam ao
sentados devem denotar valores quantitativos dos parâmetros supervi- Telas de detalhe: são telas que atendem a pontos e equipamen-
e/ou condição dos equipamentos da área mostrada. Os dados apre- tos controlados individualmente. Serão compostas, quando possível,
vem ser dotados de características dinâmicas, representando o estado por objetos com características dinâmicas, representando o estado do
modo a relacionar funções estanques dos processos. Os objetos de- equipamento. Os dados apresentam todos os parâmetros do ponto su-
unidade, apresentando objetos e dados de uma determinada área, de pervisionado. As telas devem possibilitar ao operador alterar os parâmetros
Telas de Grupo: são telas representativas de cada processo ou do equipamento, seus limites, os seus dados de configuração, etc.

a serem controlados (ou monitorados) do processo específico. Telas de malhas: são telas que apresentam o estado das ma-
devem procurar resumir de forma significativa os principais parâmetros lhas de controle. Todas as telas devem apresentar os dados das vari-
grupos de equipamentos e áreas do processo apresentado. Os dados áveis controladas exibidos, como set points, limites e condição dos
ser dotados de características dinâmicas, representando o estado de alarmes, valor atual e valor calculado, etc., em forma de gráfico de
à operação, e objetos que representam o processo. Os objetivos devem barras e em valores numéricos.
ção da planta. Nestas telas são apresentados os dados mais significantes
uma visão global de um processo, sob visualização imediata da opera- Telas de tendência - histórica e real: são telas normalmente
Telas de Visão Geral: são telas que apresentarão ao operador padrão do software básico de supervisão. Estas telas apresentam várias
variáveis simultaneamente, na forma gráfica, com valores coletados
em tempo real (“on-line”), na forma de tendência real e na forma
99 SISTEMAS DE SUPERVISÃO INDUSTRIAL
1 0 0 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

histórica “off-line” - valores de arquivos pré-armazenados em disco.


Estas tendências podem ser apresentadas em forma de gráficos ou em
forma tabular, com os últimos valores coletados para cada variável.

Telas de manutenção: são compostas por informações de pro-


blemas, alarmes, defeitos e dados de manutenção das diversas áreas
referentes ao processo e equipamentos destes, incluindo o próprio
sistema de controle. As informações são do tipo histórico de falhas,
programa de manutenção dos equipamentos (corretiva e preventiva)
e informações gerais dos equipamentos (comerciais, assistências téc-
nica, etc.). O histórico de falhas por equipamento ou área fica arma-
zenado em arquivos no banco de dados do software de supervisão,
possibilitando o tratamento destas informações através de telas
orientativas à manutenção, ou através de programas de usuário para
estatísticas de utilização e defeitos.

estatísticas de utilização e defeitos.


orientativas à manutenção, ou através de programas de usuário para
possibilitando o tratamento destas informações através de telas
zenado em arquivos no banco de dados do software de supervisão,
nica, etc.). O histórico de falhas por equipamento ou área fica arma-
e informações gerais dos equipamentos (comerciais, assistências téc-
programa de manutenção dos equipamentos (corretiva e preventiva)
sistema de controle. As informações são do tipo histórico de falhas,
referentes ao processo e equipamentos destes, incluindo o próprio
blemas, alarmes, defeitos e dados de manutenção das diversas áreas
Telas de manutenção: são compostas por informações de pro-

forma tabular, com os últimos valores coletados para cada variável.


Estas tendências podem ser apresentadas em forma de gráficos ou em
histórica “off-line” - valores de arquivos pré-armazenados em disco.

1 0 0 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS


Capítulo 5

CONCEITOS SOBRE
SENSORES INDUSTRIAIS

SENSORES INDUSTRIAIS
CONCEITOS SOBRE

Capítulo 5
mais precisão ao sistema de controle. Os sensores não lineares são
estímulo. Os sensores mais usados são os mais lineares, conferindo
CONCEITOS SOBRE SENSORES INDUSTRIAIS
grandeza física. Quanto maior, mais fiel é a resposta do sensor ao
Correponde ao grau de proporcionalidade entre o sinal gerado e a
Objetivos:
Linearidade
· Conceituar sensores;
· Definir suas principais características técnicas e de funcionamento;
5.2 CARACTERÍSITICAS PRINCIPAIS · Apresentar os principais tipos de sensores industriais.

aberta (não automáticos), orientando o usuário


5.1 CONCEITUAÇÃO
freqüentemente estão associados aos sistemas de controle de malha
os em sistemas de controle, e nos instrumentos de medição, que
O que são sensores?
O sinal de um sensor pode ser usado para detectar e corrigir desvi-

Sensores são dispositivos construídos para detectar a presença ou


ação de uma grandeza, de forma mais ou menos proporcional.
passagem de materiais metálicos ou não metálicos, por proximidade
propriedades, como a resistência, a capacitância ou a indutância, sob
ou aproximação, com ou sem contato físico. Pode-se dizer também
Existem sensores que têm operação indireta, ou seja, alteram suas
que são elementos dotados e encarregados de gerar informações
para os sistemas de automação. O sensoriamento é feito pela face
de controle.
sensível do sensor, que, ao ser acionada, ativa a entrada do sistema
sensível do sensor, que, ao ser acionada, ativa a entrada do sistema
de controle.
para os sistemas de automação. O sensoriamento é feito pela face
que são elementos dotados e encarregados de gerar informações
Existem sensores que têm operação indireta, ou seja, alteram suas
ou aproximação, com ou sem contato físico. Pode-se dizer também
propriedades, como a resistência, a capacitância ou a indutância, sob
passagem de materiais metálicos ou não metálicos, por proximidade
ação de uma grandeza, de forma mais ou menos proporcional.
Sensores são dispositivos construídos para detectar a presença ou

O sinal de um sensor pode ser usado para detectar e corrigir desvi-


O que são sensores?
os em sistemas de controle, e nos instrumentos de medição, que
freqüentemente estão associados aos sistemas de controle de malha
5.1 CONCEITUAÇÃO
aberta (não automáticos), orientando o usuário

Apresentar os principais tipos de sensores industriais. · 5.2 CARACTERÍSITICAS PRINCIPAIS


Definir suas principais características técnicas e de funcionamento; ·
Conceituar sensores; ·
Linearidade

Objetivos:
Correponde ao grau de proporcionalidade entre o sinal gerado e a
grandeza física. Quanto maior, mais fiel é a resposta do sensor ao
CONCEITOS SOBRE SENSORES INDUSTRIAIS
estímulo. Os sensores mais usados são os mais lineares, conferindo
mais precisão ao sistema de controle. Os sensores não lineares são
1 0 4 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

· Qual a aplicabilidade da medição (nível, temperatura)?

usados em faixas limitadas, em que os desvios são aceitáveis, ou com


baseada em vários critérios dentre os quais podemos destacar alguns:
adaptadores especiais, que corrigem o sinal.
sensores. A escolha do sensor para o controle de processo deve ser
deve estar atento para o correto uso e a aplicabilidade dos tipos de
Faixa de atuação
Diversos são os tipos de sensores existentes no mercado. O leitor
É o intervalo de valores da grandeza em que pode ser usado o
sensor, sem destruição ou imprecisão.
5.3 TIPOS DE SENSORES

Histerese sensor muda o estado da saída.


Distância em que aproximando-se o acionador da face sensora, o
É a distância entre os pontos de comutação do sensor, quando um
atuador dele se aproxima e se afasta. Distância Sensora

Sensibilidade Corresponde à quantidade máxima de comutações por segundo.

É a distância entre a face do sensor e o atuador no momento em Freqüência de Comutação


que ocorre a comutação.
que ocorre a comutação.
Freqüência de Comutação É a distância entre a face do sensor e o atuador no momento em

Corresponde à quantidade máxima de comutações por segundo. Sensibilidade

Distância Sensora atuador dele se aproxima e se afasta.


É a distância entre os pontos de comutação do sensor, quando um
Distância em que aproximando-se o acionador da face sensora, o
sensor muda o estado da saída. Histerese

5.3 TIPOS DE SENSORES sensor, sem destruição ou imprecisão.


É o intervalo de valores da grandeza em que pode ser usado o
Diversos são os tipos de sensores existentes no mercado. O leitor
Faixa de atuação
deve estar atento para o correto uso e a aplicabilidade dos tipos de
sensores. A escolha do sensor para o controle de processo deve ser
adaptadores especiais, que corrigem o sinal.
baseada em vários critérios dentre os quais podemos destacar alguns:
usados em faixas limitadas, em que os desvios são aceitáveis, ou com

· Qual a aplicabilidade da medição (nível, temperatura)?


1 0 4 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS
CONCEITOS SOBRE SENSORES INDUSTRIAIS 105

das por um material isolante denominado dielétrico, que no caso é o


O sensor capacitivo é constituído de duas chapas metálicas separa-
· Qual o material a ser medido (metal, não metal)?
variações de tensões do circuito como o capacitor. · Qual o meio onde o sensor estará instalado (altas temperaturas,
mento do capacitor, como o próprio nome sugere. Ele se opõe às alta vibração)?
Este tipo de sensor funciona seguindo os princípios de funciona- · Qual o sistema de proteção para o sensor?
· Qual a faixa de atuação, sensibilidade, comutação?
Sensor Capacitivo · Qual a criticidade da medição (de quanto em quanto tempo
preciso da medição)?
chapas que fecha o circuito acionando uma determinada carga.
do um imã entra em contato com o sensor e este atrai um par de Descrevemos resumidamente abaixo, alguns dos principais sensores
nético, ou seja, ferro, níquel e etc. O seu funcionamento ocorre quan- utilizados em ambientes industriais:
Geralmente, é constituído de um material denominado ferro-mag-
· Sensor Magnético
campo magnético. · Sensor Capacitivo
É um sensor que é acionado quando entra em contato com um · Sensor Indutivo
· Sensor Óptico
Sensor Magnético · Sensor de Pressão
· Encoder
Encoder ·
Sensor de Pressão · Sensor Magnético
Sensor Óptico ·
Sensor Indutivo · É um sensor que é acionado quando entra em contato com um
Sensor Capacitivo · campo magnético.
Sensor Magnético ·
Geralmente, é constituído de um material denominado ferro-mag-
utilizados em ambientes industriais: nético, ou seja, ferro, níquel e etc. O seu funcionamento ocorre quan-
Descrevemos resumidamente abaixo, alguns dos principais sensores do um imã entra em contato com o sensor e este atrai um par de
chapas que fecha o circuito acionando uma determinada carga.
preciso da medição)?
· Qual a criticidade da medição (de quanto em quanto tempo Sensor Capacitivo
· Qual a faixa de atuação, sensibilidade, comutação?
· Qual o sistema de proteção para o sensor? Este tipo de sensor funciona seguindo os princípios de funciona-
alta vibração)? mento do capacitor, como o próprio nome sugere. Ele se opõe às
· Qual o meio onde o sensor estará instalado (altas temperaturas, variações de tensões do circuito como o capacitor.
· Qual o material a ser medido (metal, não metal)?
O sensor capacitivo é constituído de duas chapas metálicas separa-
das por um material isolante denominado dielétrico, que no caso é o
105 CONCEITOS SOBRE SENSORES INDUSTRIAIS
1 0 6 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS
tempo para cessar a corrente.
mo que a corrente pare de circular pela bobina ainda restará um certo
ar, pois suas chapas são colocadas uma ao lado da outra, diferente do
zendo com que se armazene energia por algum tempo. Ou seja, mes-
capacitor que possui suas placas uma sobre a outra.
sua vez, o campo magnético é concentrado no centro do núcleo fa-
corrente percorre esta bobina um campo magnético é formado. Por
por um núcleo no qual está uma bobina em sua volta. Quando uma
mento do indutor. O indutor é um componente eletrônico composto
O sensor indutivo funciona seguindo os conceitos de funciona-

Sensor Indutivo

empregados em esteiras numa linha de produção.


tipo de sensor é utilizado para medir níveis de água ou para serem
capacitância e aciona um determinado dispositivo. Geralmente, este
Quando isso ocorre, o circuito de controle detecta a variação na
material não magnético se aproxima aumentando a sua capacitância.
Figura 50 - Sensores Indutivo e Capacitivo O acionamento do sensor ocorre quando um corpo constituído de

O acionamento do sensor ocorre quando um corpo constituído de Figura 50 - Sensores Indutivo e Capacitivo
material não magnético se aproxima aumentando a sua capacitância.
Quando isso ocorre, o circuito de controle detecta a variação na
capacitância e aciona um determinado dispositivo. Geralmente, este
tipo de sensor é utilizado para medir níveis de água ou para serem
empregados em esteiras numa linha de produção.

Sensor Indutivo

O sensor indutivo funciona seguindo os conceitos de funciona-


mento do indutor. O indutor é um componente eletrônico composto
por um núcleo no qual está uma bobina em sua volta. Quando uma
corrente percorre esta bobina um campo magnético é formado. Por
sua vez, o campo magnético é concentrado no centro do núcleo fa-
capacitor que possui suas placas uma sobre a outra.
zendo com que se armazene energia por algum tempo. Ou seja, mes-
ar, pois suas chapas são colocadas uma ao lado da outra, diferente do
mo que a corrente pare de circular pela bobina ainda restará um certo
tempo para cessar a corrente.
1 0 6 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS
CONCEITOS SOBRE SENSORES INDUSTRIAIS 107

receptor, acionando o circuito de controle.


Quando um corpo se aproxima este reflete a luz do emissor para o
por um circuito oscilador e esta é convertida em luz pelo emissor.
O funcionamento ocorre da seguinte maneira: uma onda é gerada

fotodiodos, ou LDRs.
um componente eletrônico foto-sensível tais como fototransistores,
são os famosos Leds eletrônicos ou lâmpadas comuns. Já o receptor é
dos, emissor de luz e receptor de luz. Geralmente, os emissores de luz
Este tipo de sensor é constituído por dois componentes denomina-

Sensor Óptico

Figura 51 - Sensores Indutivos


do fio da bobina.
campo magnético, à velocidade do movimento e ao número de voltas Dispositivos de indução operam segundo o princípio de que ha-
nessa mesma bobina uma tensão que é proporcional à intensidade do vendo um movimento relativo entre um campo magnético e um con-
bobina. Assim que o campo magnético passa pela bobina, ele induz dutor, uma corrente poderá ser induzida no condutor. Usualmente, o
condutor é um fio, esse fio é enrolado de tal maneira a produzir uma condutor é um fio, esse fio é enrolado de tal maneira a produzir uma
dutor, uma corrente poderá ser induzida no condutor. Usualmente, o bobina. Assim que o campo magnético passa pela bobina, ele induz
vendo um movimento relativo entre um campo magnético e um con- nessa mesma bobina uma tensão que é proporcional à intensidade do
Dispositivos de indução operam segundo o princípio de que ha- campo magnético, à velocidade do movimento e ao número de voltas
do fio da bobina.
Figura 51 - Sensores Indutivos

Sensor Óptico

Este tipo de sensor é constituído por dois componentes denomina-


dos, emissor de luz e receptor de luz. Geralmente, os emissores de luz
são os famosos Leds eletrônicos ou lâmpadas comuns. Já o receptor é
um componente eletrônico foto-sensível tais como fototransistores,
fotodiodos, ou LDRs.

O funcionamento ocorre da seguinte maneira: uma onda é gerada


por um circuito oscilador e esta é convertida em luz pelo emissor.
Quando um corpo se aproxima este reflete a luz do emissor para o
receptor, acionando o circuito de controle.
107 CONCEITOS SOBRE SENSORES INDUSTRIAIS
1 0 8 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

optoeletrônico.
príncipio de funcionamento dos mouses dos PCs, ou seja, processo
Para facilitar a compreensão do leitor os encoders utilizam o

angulares e lineares em máquinas e robôs.


ma de controle. Este equipamento é capaz de medir deslocamentos
posicionamentos mecânicos em sinais eletrônicos digitais para o siste-
Os encoders são dispositivos eletromecânicos que convertem

Figura 52 - Sensores Ópticos


Encoders

Sensor de Pressão ou Chave Fim de Curso


malmente aberto) ou NF (normalmente fechado).
acionamento é totalmente mecânico. Este sensor pode ser NA (nor-
Estes sensores são utilizados para detectar o fim de um curso de
Seu funcionamento se mostra muito simples pois seu
um determinado dispositivo. Estes dispositivos podem ser atuadores
controle de dispositivos mecânicos e pneumáticos.
mecânicos, tais como cilindros e alavancas. Muito utilizado para
mecânicos, tais como cilindros e alavancas. Muito utilizado para
controle de dispositivos mecânicos e pneumáticos.
um determinado dispositivo. Estes dispositivos podem ser atuadores
Seu funcionamento se mostra muito simples pois seu
Estes sensores são utilizados para detectar o fim de um curso de
acionamento é totalmente mecânico. Este sensor pode ser NA (nor-
malmente aberto) ou NF (normalmente fechado).
Sensor de Pressão ou Chave Fim de Curso

Encoders
Figura 52 - Sensores Ópticos

Os encoders são dispositivos eletromecânicos que convertem


posicionamentos mecânicos em sinais eletrônicos digitais para o siste-
ma de controle. Este equipamento é capaz de medir deslocamentos
angulares e lineares em máquinas e robôs.

Para facilitar a compreensão do leitor os encoders utilizam o


príncipio de funcionamento dos mouses dos PCs, ou seja, processo
optoeletrônico.

1 0 8 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS


Capítulo 6

SISTEMAS DE
COMUNICAÇÃO
INDUSTRIAL
INDUSTRIAL
COMUNICAÇÃO
SISTEMAS DE

Capítulo 6
· nível de controle discreto.
· nível de controle;
· nível de informação; SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO INDUSTRIAL

tos com suas próprias características de informação: Objetivos:


cada qual responsável pela conexão de diferentes tipos de equipamen-
Redes industriais são padronizadas sobre três níveis de hierarquias, · Apresentar conceitos de comunicação industrial;
· Esclarecer as principais vantagens no uso de redes industriais;
maior número de equipamentos possíveis. · Introduzir os principais protocolos de comunicação utilizados.
final, que deve buscar uma plataforma de aplicação compatível com o
rede que possui as maiores vantagens de implementação ao usuário
6.1 INTRODUÇÃO
redes inteligentes, requer um estudo para determinar qual o tipo de
A opção pela implementação de sistemas de controle baseados em
A instalação e manutenção de sistemas de controle tradicionais
implicam em altos custos, principalmente quando se deseja ampliar
informação de controle de qualidade. ·
uma aplicação, na qual são requeridos, além dos custos de projeto e
opções de upgrades, ·
equipamento, custos com cabeamento destes equipamentos à unidade
procedimentos de manutenção, ·
central de controle.
custos de instalação, ·
De forma a minimizar estes custos e aumentar a operacionalidade
cações industriais prevê um significativo avanço nas seguintes áreas:
de uma aplicação, introduziu-se o conceito de rede para interligar os
vários equipamentos de uma aplicação. A utilização de redes em apli-
vários equipamentos de uma aplicação. A utilização de redes em apli-
de uma aplicação, introduziu-se o conceito de rede para interligar os
cações industriais prevê um significativo avanço nas seguintes áreas:
De forma a minimizar estes custos e aumentar a operacionalidade
· custos de instalação,
central de controle.
· procedimentos de manutenção,
equipamento, custos com cabeamento destes equipamentos à unidade
· opções de upgrades,
uma aplicação, na qual são requeridos, além dos custos de projeto e
· informação de controle de qualidade.
implicam em altos custos, principalmente quando se deseja ampliar
A instalação e manutenção de sistemas de controle tradicionais
A opção pela implementação de sistemas de controle baseados em
redes inteligentes, requer um estudo para determinar qual o tipo de
6.1 INTRODUÇÃO
rede que possui as maiores vantagens de implementação ao usuário
final, que deve buscar uma plataforma de aplicação compatível com o
Introduzir os principais protocolos de comunicação utilizados. · maior número de equipamentos possíveis.
Esclarecer as principais vantagens no uso de redes industriais; ·
Apresentar conceitos de comunicação industrial; · Redes industriais são padronizadas sobre três níveis de hierarquias,
cada qual responsável pela conexão de diferentes tipos de equipamen-
Objetivos: tos com suas próprias características de informação:

SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO INDUSTRIAL · nível de informação;


· nível de controle;
· nível de controle discreto.
1 1 2 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS
conectado a elas e pelo tipo de dados que trafega pela rede, além do
As redes industriais são classificadas pelo tipo de equipamento
O nível mais alto, nível de informação da rede, é destinado a um
computador central que processa o escalonamento da produção da
6.2 CLASSIFICAÇÃO
planta e permite operações de monitoramento estatístico da planta
sendo implementado, geralmente, por softwares gerenciais. O padrão
te nível, encontram-se os sensores discretos, contatores e atuadores.
Ethernet operando com o protocolo TCP/IP é o mais comumente utili-
equipamentos de baixo nível entre as partes físicas e de controle. Nes-
zado neste nível.
físicas da rede ou o nível de I/O (campo). Este nível de rede conecta os
mais baixo, nível de controle discreto, se refere geralmente às ligações
dados nos softwares que realizam a supervisão da aplicação. O nível
deve trafegar neste nível em tempo real para garantir a atualização dos
localizada na planta incorporando PLCs, DCSc e SDCDs. A informação
O nível intermediário, nível de controle da rede, é a rede central

Figura 53 - Pirâmide da Arquitetura de Redes Industriais

Figura 53 - Pirâmide da Arquitetura de Redes Industriais

O nível intermediário, nível de controle da rede, é a rede central


localizada na planta incorporando PLCs, DCSc e SDCDs. A informação
deve trafegar neste nível em tempo real para garantir a atualização dos
dados nos softwares que realizam a supervisão da aplicação. O nível
mais baixo, nível de controle discreto, se refere geralmente às ligações
físicas da rede ou o nível de I/O (campo). Este nível de rede conecta os
zado neste nível.
equipamentos de baixo nível entre as partes físicas e de controle. Nes-
Ethernet operando com o protocolo TCP/IP é o mais comumente utili-
te nível, encontram-se os sensores discretos, contatores e atuadores.
sendo implementado, geralmente, por softwares gerenciais. O padrão
planta e permite operações de monitoramento estatístico da planta
6.2 CLASSIFICAÇÃO computador central que processa o escalonamento da produção da
O nível mais alto, nível de informação da rede, é destinado a um
As redes industriais são classificadas pelo tipo de equipamento
conectado a elas e pelo tipo de dados que trafega pela rede, além do
1 1 2 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO INDUSTRIAL 113

exemplo muito utilizado de rede sensorbus é a Rede ASi.


custo de conexão. Tem limitações quanto a distância de alcance. Um
meio físico utilizado por elas para comunicar. Os dados podem ser bits,
atuadores de baixo custo. O objetivo desta rede é a diminuição dos
bytes ou blocos. As redes com dados em formato de bits transmitem
comunicação rápida em níveis discretos, e são tipicamente sensores e
sinais discretos contendo simples condições ON/OFF. As redes com da-
tamente à rede. Os equipamentos deste tipo de rede necessitam de
dos no formato de byte podem conter pacotes de informações discretas
A rede sensorbus conecta equipamentos simples e pequenos dire-
e/ou analógicas e as redes com dados em formato de bloco são capazes
de transmitir pacotes de informação de tamanhos variáveis.
· Rede Fieldbus - dados no formato de pacotes de mensagens.
· Rede Devicebus - dados no formato de bytes;
· Rede Sensorbus - dados no formato de bits;

mento e os dados que ela transporta como :


Assim, classificam-se as redes quanto ao tipo de rede de equipa-

Figura 54 - Classificação das Redes Industriais

Figura 54 - Classificação das Redes Industriais

Assim, classificam-se as redes quanto ao tipo de rede de equipa-


mento e os dados que ela transporta como :

· Rede Sensorbus - dados no formato de bits;


· Rede Devicebus - dados no formato de bytes;
· Rede Fieldbus - dados no formato de pacotes de mensagens.
de transmitir pacotes de informação de tamanhos variáveis.
e/ou analógicas e as redes com dados em formato de bloco são capazes
A rede sensorbus conecta equipamentos simples e pequenos dire-
dos no formato de byte podem conter pacotes de informações discretas
tamente à rede. Os equipamentos deste tipo de rede necessitam de
sinais discretos contendo simples condições ON/OFF. As redes com da-
comunicação rápida em níveis discretos, e são tipicamente sensores e
bytes ou blocos. As redes com dados em formato de bits transmitem
atuadores de baixo custo. O objetivo desta rede é a diminuição dos
meio físico utilizado por elas para comunicar. Os dados podem ser bits,
custo de conexão. Tem limitações quanto a distância de alcance. Um
exemplo muito utilizado de rede sensorbus é a Rede ASi.
113 SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO INDUSTRIAL
1 1 4 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

Diferente da rede sensorbus, a rede devicebus gerencia mais equi-


pamentos e dados, preenchendo assim um espaço entre redes sensorbus
e fieldbus, e pode cobrir distâncias de até 500m. Os equipamentos
conectados a esta rede terão mais pontos discretos, alguns dados
analógicos ou uma mistura de ambos. Além disso, algumas destas
redes permitem a transferência de blocos em uma menor prioridade
comparado aos dados no formato de bytes. Podemos destacar como
duas das principais redes devicebus utilizadas no mercado a rede
DeviceNet e Profibus DP.

A rede fieldbus interliga os equipamentos de I/O mais inteligentes


e pode cobrir distâncias maiores. Os equipamentos acoplados à rede
possuem inteligência para desempenhar funções específicas de con-
trole, tais como loops PID, controle de fluxo de informações e pro-
cessos. Alguns exemplos de rede fieldbus são: Fieldbus Foundation,
Profibus PA e HART.

Profibus PA e HART.
cessos. Alguns exemplos de rede fieldbus são: Fieldbus Foundation,
trole, tais como loops PID, controle de fluxo de informações e pro-
possuem inteligência para desempenhar funções específicas de con-
e pode cobrir distâncias maiores. Os equipamentos acoplados à rede
A rede fieldbus interliga os equipamentos de I/O mais inteligentes

DeviceNet e Profibus DP.


duas das principais redes devicebus utilizadas no mercado a rede
comparado aos dados no formato de bytes. Podemos destacar como
redes permitem a transferência de blocos em uma menor prioridade
analógicos ou uma mistura de ambos. Além disso, algumas destas
conectados a esta rede terão mais pontos discretos, alguns dados
e fieldbus, e pode cobrir distâncias de até 500m. Os equipamentos
pamentos e dados, preenchendo assim um espaço entre redes sensorbus
Diferente da rede sensorbus, a rede devicebus gerencia mais equi-

1 1 4 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS


Capítulo 7

ESPECIFICANDO
SISTEMAS DE
AUTOMAÇÃO
AUTOMAÇÃO
SISTEMAS DE
ESPECIFICANDO

Capítulo 7
cativa importância.
ESPECIFICANDO SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO
tem sido pauta de muitos projetos de automação devido à sua signifi-
avaliação dos sistemas de supervisão e, principalmente, comunicação,
ma de controle em relação às duas demais etapas. Recentemente, a
Objetivos:
templada ou analisada. Em geral, se aplica maior importância ao siste-
projetos de automação, visto que uma ou outra parte não fora con-
· Demonstrar a importância do planejamento correto da especificação
Note que, muitas vezes, diversos problemas são encontrados em
de sistemas de automação;
· Apresentar as principais caracterísiticas de especificação de sistemas de
· Sistemas de Comunicação. controle;
· Sistemas de Supervisão; · Apresentar as principais caracterísiticas de especificação de sistemas de
supervisão;
· Sistemas de Controle;
· Apresentar as principais caracterísiticas de especificação de sistemas de
comunicação.
automação em três partes fundamentais:
Basicamente, podemos dividir a especificação de sistemas de
A correta especificação de sistemas de automação depende de
e risco de acidentes. variáveis gerais, comuns a qualquer sistema, e variáveis específicas,
somente prejuízos financeiros mas também prejuízos operacionais relativas ao processo em questão. Diante disso, é de fundamental
mais do que o necessário é subestimá-lo, o que pode acarretar não importância a escolha de sistemas apropriados ao projeto, tendo
cada solução. Pior do que superdimensionar um sistema e gastar como premissas básicas a avaliação da relação custo e benefício de
como premissas básicas a avaliação da relação custo e benefício de cada solução. Pior do que superdimensionar um sistema e gastar
importância a escolha de sistemas apropriados ao projeto, tendo mais do que o necessário é subestimá-lo, o que pode acarretar não
relativas ao processo em questão. Diante disso, é de fundamental somente prejuízos financeiros mas também prejuízos operacionais
variáveis gerais, comuns a qualquer sistema, e variáveis específicas, e risco de acidentes.
A correta especificação de sistemas de automação depende de
Basicamente, podemos dividir a especificação de sistemas de
automação em três partes fundamentais:
comunicação.
Apresentar as principais caracterísiticas de especificação de sistemas de ·
supervisão;
· Sistemas de Controle;
Apresentar as principais caracterísiticas de especificação de sistemas de · · Sistemas de Supervisão;
controle; · Sistemas de Comunicação.
Apresentar as principais caracterísiticas de especificação de sistemas de ·
de sistemas de automação;
Demonstrar a importância do planejamento correto da especificação ·
Note que, muitas vezes, diversos problemas são encontrados em
projetos de automação, visto que uma ou outra parte não fora con-
templada ou analisada. Em geral, se aplica maior importância ao siste-
Objetivos: ma de controle em relação às duas demais etapas. Recentemente, a
avaliação dos sistemas de supervisão e, principalmente, comunicação,
ESPECIFICANDO SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO
tem sido pauta de muitos projetos de automação devido à sua signifi-
cativa importância.
1 1 8 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

processos e gerar problemas na linha de produção.


néticas, presença de vibração podem afetar diretamente o controle de
7.1 SISTEMA DE CONTROLE
especificações. Outras condições, tais como interferências eletromag-
tais condições, ou projetar uma instalação que reúna estas
A especificação de sistemas de controle depende de análise pro-
ção ambiental extrema, precisará encontrar produtos que satisfaçam
funda de diversos fatores técnicos e tecnológicos. Todos esses fatores
ratura de 0-60 graus Celsius. Se sua aplicação incluir qualquer condi-
fazem com que se obtenha a melhor relação custo benefício do siste-
ma de controle. Por exemplo, um típico CLP tem a sua faixa de tempe-
ma proposto, como já vimos. Para isso, se faz necessário um prévio
Certamente o meio ambiente pode afetar na operação de um siste-
estudo do projeto para se alcançar um bom resultado. A seguir, estão
relacionados alguns fatores (perguntas) importantes que o profissional
de automação deve considerar na elaboração de um projeto de siste- sua facilidade, etc.)?
mas de controle para a maioria dos processos industriais conhecidos. sistema (temperatura, ruídos, vibrações, códigos específicos para
Existem específicas questões ambientais que irão afetar seu
I) Determine quando o sistema será novo ou já é existente.

II) Defina as condições ambientais que poderão afetar sua aplicação.


O sistema de controle que será instalado será novo ou existem
controles já instalados que deverão atuar juntamente com o novo?
para obter maior retorno e evitar necessidade de novas especificações.
sistemas já existentes sejam compatíveis com o que está procurando
os sistemas de controle já instalados. Tenha certeza de que todos os
Existem sistemas de controle que não são compatíveis com todos
Existem sistemas de controle que não são compatíveis com todos
os sistemas de controle já instalados. Tenha certeza de que todos os
sistemas já existentes sejam compatíveis com o que está procurando
para obter maior retorno e evitar necessidade de novas especificações. controles já instalados que deverão atuar juntamente com o novo?
O sistema de controle que será instalado será novo ou existem
II) Defina as condições ambientais que poderão afetar sua aplicação.

I) Determine quando o sistema será novo ou já é existente.


Existem específicas questões ambientais que irão afetar seu
sistema (temperatura, ruídos, vibrações, códigos específicos para
mas de controle para a maioria dos processos industriais conhecidos.
sua facilidade, etc.)?
de automação deve considerar na elaboração de um projeto de siste-
relacionados alguns fatores (perguntas) importantes que o profissional
estudo do projeto para se alcançar um bom resultado. A seguir, estão
Certamente o meio ambiente pode afetar na operação de um siste-
ma proposto, como já vimos. Para isso, se faz necessário um prévio
ma de controle. Por exemplo, um típico CLP tem a sua faixa de tempe-
fazem com que se obtenha a melhor relação custo benefício do siste-
ratura de 0-60 graus Celsius. Se sua aplicação incluir qualquer condi-
funda de diversos fatores técnicos e tecnológicos. Todos esses fatores
ção ambiental extrema, precisará encontrar produtos que satisfaçam
A especificação de sistemas de controle depende de análise pro-
tais condições, ou projetar uma instalação que reúna estas
especificações. Outras condições, tais como interferências eletromag-
7.1 SISTEMA DE CONTROLE
néticas, presença de vibração podem afetar diretamente o controle de
processos e gerar problemas na linha de produção.
1 1 8 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS
ESPECIFICANDO SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO 119

a memória de dados para armazenar os valores registrados, valores


tema. Por exemplo, contadores e temporizadores geralmente utilizam
III) Determine quantos dispositivos discretos e analógicos a apli-
para a manipulação de dados dinâmicos e de armazenamento do sis-
cação terá.
A memória de dados se refere à quantidade de memória necessária

Quantos dispositivos discretos e analógicos o sistema terá?


(determina a memória de programa)? Quais tipos (AC, DC, etc.) serão necessários?
nho do programa e quantos tipos de instruções serão incluídos
o sistema terá (determina a memória de dados)? Qual o tama-
Quanta memória o sistema necessita? Quantos dispositivos
O número e o tipo de dispositivo que seu sistema incluirá é direta-
mente relacionada ao número de I/O (Inputs e Outputs – Entradas e
Saídas) que será necessária para seu sistema de controle. Você precisará
V) Determine o tipo da CPU que irá utilizar.
escolher um controlador que suporte a quantidade de I/O que serão
utilizadas e tenham módulos que suportem os tipos de sinal utilizados.
precisará adquirir os módulos especiais para o seu sistema.
sua aplicação irá requerer tais características, irá determinar se você
IV) Determine quando o sistema irá utilizar qualquer característi-
módulos de I/O padrões. Planejando primeiramente quando ou não
ca especial.
Funções especiais não são necessariamente possíveis utilizando
A aplicação irá utilizar algum contador rápido ou
especial? função posicionamento? Quanto a um clock, em tempo real ou outra
posicionamento? Quanto a um clock, em tempo real ou outra função especial?
ou rápido contador algum utilizar irá aplicação A

Funções especiais não são necessariamente possíveis utilizando


ca especial.
módulos de I/O padrões. Planejando primeiramente quando ou não
IV) Determine quando o sistema irá utilizar qualquer característi-
sua aplicação irá requerer tais características, irá determinar se você
precisará adquirir os módulos especiais para o seu sistema.
utilizadas e tenham módulos que suportem os tipos de sinal utilizados.
escolher um controlador que suporte a quantidade de I/O que serão
V) Determine o tipo da CPU que irá utilizar.
Saídas) que será necessária para seu sistema de controle. Você precisará
mente relacionada ao número de I/O (Inputs e Outputs – Entradas e
Quanta memória o sistema necessita? Quantos dispositivos
O número e o tipo de dispositivo que seu sistema incluirá é direta-
o sistema terá (determina a memória de dados)? Qual o tama-
nho do programa e quantos tipos de instruções serão incluídos
Quais tipos (AC, DC, etc.) serão necessários? (determina a memória de programa)?
Quantos dispositivos discretos e analógicos o sistema terá?

A memória de dados se refere à quantidade de memória necessária


cação terá.
para a manipulação de dados dinâmicos e de armazenamento do sis-
III) Determine quantos dispositivos discretos e analógicos a apli-
tema. Por exemplo, contadores e temporizadores geralmente utilizam
a memória de dados para armazenar os valores registrados, valores
119 ESPECIFICANDO SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO
1 2 0 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS
que escolher um CLP que suporte todas as instruções que necessite
Alguns CLPs não suportam todos os tipos de instruções. Você terá
correntes e outras marcas. Recomenda-se sempre deixar uma margem
de 20% na utilização de memória de um sistema, já prevendo possí-
veis expansões. Em geral, após operacionalizar um novo sistema de são necessárias funções especiais?

controle, novas necessidades surgem e com isso novas linhas de pro- O seu programa necessita apenas de funções tradicionais ou

gramação são incluídas. Para aqueles que projetam sistemas já na sua


VII) Determine os requisitos do programa.
capacidade máxima, isso pode gerar limitações de funcionalidades.
dade de uso de repetidores de sinais.
Lembrete: das limitações e consulte sempre o fabricante para verificar a necessi-
A memória de programa é a quantidade de memória necessá- projetos podem ficar mais baratos utilizando I/O remotos. Lembre-se
ria para armazenar a lista de instruções do programa que foram de suportada pelo CLP irão se adequar para a sua aplicação. Alguns
programadas para a aplicação. Cada tipo de instrução requer remota. Você também terá que determinar se a distância e a velocida-
uma quantidade de memória diferente, normalmente especificada da CPU, então você irá precisar de um modelo de CLP que suporte I/O
no manual de programação do CLP. A memória se tornou relati- Se sua aplicação irá necessitar de elementos a uma longa distância
vamente barata e facilmente é feito um upgrade se necessário.

configurações?
O seu sistema terá apenas I/Os locais, remotas, ou as duas
VI) Determine onde as I/Os (Entradas e Saídas do Sistema) estarão
localizadas.
localizadas.
VI) Determine onde as I/Os (Entradas e Saídas do Sistema) estarão
O seu sistema terá apenas I/Os locais, remotas, ou as duas
configurações?

vamente barata e facilmente é feito um upgrade se necessário.


Se sua aplicação irá necessitar de elementos a uma longa distância no manual de programação do CLP. A memória se tornou relati-
da CPU, então você irá precisar de um modelo de CLP que suporte I/O uma quantidade de memória diferente, normalmente especificada
remota. Você também terá que determinar se a distância e a velocida- programadas para a aplicação. Cada tipo de instrução requer
de suportada pelo CLP irão se adequar para a sua aplicação. Alguns ria para armazenar a lista de instruções do programa que foram
projetos podem ficar mais baratos utilizando I/O remotos. Lembre-se A memória de programa é a quantidade de memória necessá-
das limitações e consulte sempre o fabricante para verificar a necessi- Lembrete:
dade de uso de repetidores de sinais.
capacidade máxima, isso pode gerar limitações de funcionalidades.
VII) Determine os requisitos do programa.
gramação são incluídas. Para aqueles que projetam sistemas já na sua
O seu programa necessita apenas de funções tradicionais ou
controle, novas necessidades surgem e com isso novas linhas de pro-
são necessárias funções especiais?
veis expansões. Em geral, após operacionalizar um novo sistema de
de 20% na utilização de memória de um sistema, já prevendo possí-
correntes e outras marcas. Recomenda-se sempre deixar uma margem
Alguns CLPs não suportam todos os tipos de instruções. Você terá
que escolher um CLP que suporte todas as instruções que necessite
1 2 0 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS
ESPECIFICANDO SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO 121

de da visualização gráfica da supervisão.


baratas que as gráficas. Sendo assim, cabe análise quanto à necessida-
para uma aplicação específica. Por exemplo, funções PID que são muito
IHMs que apresentam somente textos costumam ser bem mais
fáceis de usar, escrevendo o seu próprio código para realizar controles
gráficos? de processo de ciclo fechado.
Visualização somente de texto ou serão necessários o uso de

I) Determine a necessidade de visualização do sistema.


7.2 SISTEMA DE SUPERVISÃO

A especificação de sistemas de supervisão vem ganhando, nos úl-


IHM – Interface Homem Máquina
timos anos, maior destaque entre as médias e grandes empresas. Di-
ante da necessidade de informação de produção foram criados diver-
pensamos em especificar sistemas de supervisão.
sos aplicativos no final dos anos 80 para o acompanhamento de variáveis
remos algumas perguntas chaves que devem ser realizadas quando
de processo. Tais aplicativos tinham uma série de limitações e eram
Da mesma forma que fizemos no Sistema de Controle, estabelece-
dedicados às aplicações de controle locais.
de processos industriais.
Com o passar dos anos, e com a evolução dos sistemas operacionais
fundamental a quantidade de dados realmente essenciais ao operador
para microcomputadores, novas tecnologias de supervisão abriram
o dimensionamento desses sistemas tenham como premissa técnica
mercado e possibilitaram gerenciamento de informações de modo mais
plexidade dos sistemas de supervisão fazem com que a especificação e
interativo, amigável e, principalmente, confiável. Seja na utilização de
interfaces físicas locais até sistemas de supervisão via Internet, a com-
interfaces físicas locais até sistemas de supervisão via Internet, a com-
interativo, amigável e, principalmente, confiável. Seja na utilização de
plexidade dos sistemas de supervisão fazem com que a especificação e
mercado e possibilitaram gerenciamento de informações de modo mais
o dimensionamento desses sistemas tenham como premissa técnica
para microcomputadores, novas tecnologias de supervisão abriram
fundamental a quantidade de dados realmente essenciais ao operador
Com o passar dos anos, e com a evolução dos sistemas operacionais
de processos industriais.
dedicados às aplicações de controle locais.
Da mesma forma que fizemos no Sistema de Controle, estabelece-
de processo. Tais aplicativos tinham uma série de limitações e eram
remos algumas perguntas chaves que devem ser realizadas quando
sos aplicativos no final dos anos 80 para o acompanhamento de variáveis
pensamos em especificar sistemas de supervisão.
ante da necessidade de informação de produção foram criados diver-
timos anos, maior destaque entre as médias e grandes empresas. Di-
IHM – Interface Homem Máquina
A especificação de sistemas de supervisão vem ganhando, nos úl-

I) Determine a necessidade de visualização do sistema.


SISTEMA DE SUPERVISÃO 7.2
Visualização somente de texto ou serão necessários o uso de
de processo de ciclo fechado. gráficos?
fáceis de usar, escrevendo o seu próprio código para realizar controles
IHMs que apresentam somente textos costumam ser bem mais
para uma aplicação específica. Por exemplo, funções PID que são muito
baratas que as gráficas. Sendo assim, cabe análise quanto à necessida-
de da visualização gráfica da supervisão.
121 ESPECIFICANDO SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO
1 2 2 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

mesma que as utilizadas em caixas eletrônicos. Deve-se avaliar neste


dispensando o teclado convencional de uma IHM. Essa função é a
II) Determine a resolução necessária para o sistema.
quando o operador interage com a IHM tocando diretamente na tela,
Caso seja necessária interface gráfica, qual a resolução do Touch-screen é um recurso que algumas IHMs possuem e funciona
display?

A resolução é um fator importante a ser considerado quando pen-


Sistema Touch screen?

samos no gráfico que iremos reproduzir, e até mesmo para os dese-


nhos que faremos.
V) Determine a necessidade de touch screen.

III) Determine a dimensão de tela.


colorida é bem superior ao de uma monocromática.
utilizando cores diferentes. Cabe destacar que o custo de uma IHM
A IHM deve possuir display grande ou pequeno? temos gráficos com mais de uma variável e desejamos distinguí-las
tirem casos nos quais uma tela colorida faz falta. Por exemplo, quando
Quem irá determinar o tamanho é o display, se este for grande
Essa questão vai um pouco da beleza da aplicação, apesar de exis-
(geralmente telas gráficas) ou se for pequeno (geralmente textos).
Quanto maior a tela da IHM maior será o seu preço. Deve-se avaliar a O display deve ser colorido ou pode ser monocromático?

necessidade de visualização do sistema antes de especificar o equipa-


mento para instalação.
IV) Determine a quantidade de cores necessárias.

IV) Determine a quantidade de cores necessárias.


mento para instalação.
necessidade de visualização do sistema antes de especificar o equipa-
O display deve ser colorido ou pode ser monocromático?
Quanto maior a tela da IHM maior será o seu preço. Deve-se avaliar a
(geralmente telas gráficas) ou se for pequeno (geralmente textos).
Essa questão vai um pouco da beleza da aplicação, apesar de exis-
Quem irá determinar o tamanho é o display, se este for grande
tirem casos nos quais uma tela colorida faz falta. Por exemplo, quando
temos gráficos com mais de uma variável e desejamos distinguí-las A IHM deve possuir display grande ou pequeno?
utilizando cores diferentes. Cabe destacar que o custo de uma IHM
colorida é bem superior ao de uma monocromática.
III) Determine a dimensão de tela.

V) Determine a necessidade de touch screen.


nhos que faremos.
samos no gráfico que iremos reproduzir, e até mesmo para os dese-
A resolução é um fator importante a ser considerado quando pen-
Sistema Touch screen?
display?
Touch-screen é um recurso que algumas IHMs possuem e funciona Caso seja necessária interface gráfica, qual a resolução do
quando o operador interage com a IHM tocando diretamente na tela,
II) Determine a resolução necessária para o sistema.
dispensando o teclado convencional de uma IHM. Essa função é a
mesma que as utilizadas em caixas eletrônicos. Deve-se avaliar neste
1 2 2 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS
ESPECIFICANDO SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO 123

· Relatório de alarmes;

dois motivos para isto: caso o ambiente onde a interface será instalada. É mais utilizada em
Em algumas aplicações, há impressoras ligadas na IHM, e existem ambientes industriais limpos (fármacos, alimentícios, etc). Em ambi-
entes industriais sujos (siderurgia, mineração, etc) a opção por
Poderá ser conectada uma impressora na IHM?
acionamento via membrana é a mais utilizada.

VI) Determine a quantidade de teclas da IHM.


informações.
VIII) Determine a necessidade de impressão de relatórios ou
Quantas teclas de funções serão necessárias?

do que os de outros.
de IHM sem o teclado e na maioria das vezes eles têm o custo menor Como foi dito anteriormente, as teclas de funções são destinadas
rador, a IHM não precisará ter um teclado. Existem vários modelos para a navegação, para alterar valores de variáveis e algumas funções
específicas de cada IHM, e o número de teclas de funções é definido
Screen). Caso não seja imprescindível a inserção dos dados pelo ope-
um teclado para a inserção dos dados (se a IHM não for Touch- de acordo com o tamanho do display.
dados para o processo, e em uma IHM isso só é possível se houver
Muitas vezes em uma aplicação o operador precisa entrar com VII) Determine a necessidade de inserção de textos.

ção de textos? É n e c e s s á r i o o u s o d o t e c l a d o a l f a n u m é r i c o p a r a a i n s e r-
É n e c e s s á r i o o u s o d o t e c l a d o a l f a n u m é r i c o p a r a a i n s e r- ção de textos?

VII) Determine a necessidade de inserção de textos. Muitas vezes em uma aplicação o operador precisa entrar com
dados para o processo, e em uma IHM isso só é possível se houver
de acordo com o tamanho do display. um teclado para a inserção dos dados (se a IHM não for Touch-
Screen). Caso não seja imprescindível a inserção dos dados pelo ope-
específicas de cada IHM, e o número de teclas de funções é definido
para a navegação, para alterar valores de variáveis e algumas funções rador, a IHM não precisará ter um teclado. Existem vários modelos
Como foi dito anteriormente, as teclas de funções são destinadas de IHM sem o teclado e na maioria das vezes eles têm o custo menor
do que os de outros.
Quantas teclas de funções serão necessárias?
VIII) Determine a necessidade de impressão de relatórios ou
informações.
VI) Determine a quantidade de teclas da IHM.

Poderá ser conectada uma impressora na IHM?


acionamento via membrana é a mais utilizada.
entes industriais sujos (siderurgia, mineração, etc) a opção por
ambientes industriais limpos (fármacos, alimentícios, etc). Em ambi- Em algumas aplicações, há impressoras ligadas na IHM, e existem
caso o ambiente onde a interface será instalada. É mais utilizada em dois motivos para isto:

· Relatório de alarmes;
123 ESPECIFICANDO SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO
1 2 4 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

(para aplicativos SCADA)?


· Relatórios do processo. Qual a diferença de licença Demo, Configurador e Runtime

I) Determine o tipo de licença necessária.


As impressoras a serem ligadas nas IHM devem ter uma porta de
comunicação serial RS-232 para esse fim, além de admitir uma progra- Aplicativos SCADA
mação em código ASCII dos seus parâmetros.
de controle para operação de processo.
IX) Determine os recursos de softwares aplicáveis. so, no equipamento. Utiliza-se aplicativos SCADA, em geral, em salas
tas para substituir as IHMs. As IHMs têm aplicações locais, no proces-
A IHM exigirá quais recursos de software? Cabe destacar que os aplicativos SCADA não são ferramentas dire-

Todas as IHM têm algumas funções básicas. Porém, nem todas possu- cionam substituindo algumas IHMs ou operando em conjunto.
em algumas mais específicas como, por exemplo, geração de receitas. etc. Para tais aplicações, o uso de Softwares Supervisórios (SCADA) fun-
tendências através de gráficos, relatórios por usuários, acesso via internet,
· Gerenciamento de Alarmes; municação em tempo real com outras estações de trabalho, registro de
· Realização de Bargraphs; Algumas aplicações necessitam de maiores recursos, tais como: co-
· Criação de Receitas.
Quando o Sistema de Supervisão precisa de mais recursos?
X) Avalie a limitação da IHM.
X) Avalie a limitação da IHM.
Quando o Sistema de Supervisão precisa de mais recursos?
· Criação de Receitas.
Algumas aplicações necessitam de maiores recursos, tais como: co- · Realização de Bargraphs;
municação em tempo real com outras estações de trabalho, registro de · Gerenciamento de Alarmes;
tendências através de gráficos, relatórios por usuários, acesso via internet,
etc. Para tais aplicações, o uso de Softwares Supervisórios (SCADA) fun- em algumas mais específicas como, por exemplo, geração de receitas.
cionam substituindo algumas IHMs ou operando em conjunto. Todas as IHM têm algumas funções básicas. Porém, nem todas possu-

Cabe destacar que os aplicativos SCADA não são ferramentas dire- A IHM exigirá quais recursos de software?
tas para substituir as IHMs. As IHMs têm aplicações locais, no proces-
so, no equipamento. Utiliza-se aplicativos SCADA, em geral, em salas IX) Determine os recursos de softwares aplicáveis.
de controle para operação de processo.
mação em código ASCII dos seus parâmetros.
Aplicativos SCADA comunicação serial RS-232 para esse fim, além de admitir uma progra-
As impressoras a serem ligadas nas IHM devem ter uma porta de
I) Determine o tipo de licença necessária.
Qual a diferença de licença Demo, Configurador e Runtime · Relatórios do processo.
(para aplicativos SCADA)?

1 2 4 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS


ESPECIFICANDO SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO 125

estão cada vez mais relevantes na especificação de sistemas industriais


cada vez maior de integração industrial, os sistemas de comunicação
Já sabemos que os softwares de supervisão de processos, também
pico Sistema de Comunicação neste livro. Mas, devido à necessidade
chamados supervisórios são programas que são executados num
Há alguns anos atrás provalvemente não estaríamos incluindo o tó-
microcomputador e se comunicam com o controlador programável
por uma porta serial, trocando informações e permitindo uma
7.3 SISTEMA DE COMUNICAÇÃO visualização gráfica do processo. Mas muita dúvida ainda existe a res-
peito das versões disponíveis em cada fabricante. Não entraremos aqui
licenças de configuração.
no detalhe de cada um fabricante, mas em termos gerais, a grande
volvidas por empresas de integração e por isso não adquirem as
maioria fornece três tipos de licenças:
Muitas indústrias compram as aplicações já configuradas e desen-
rá a licença de configuração para alterar e programar mudanças.
Configurador (Engenharia): modo em que é possível a defini-
municação ou incluir nova configuração de usuários, ele necessita-
ção das telas, endereços a serem monitorados, gráficos, relatórios.
a licença tipo Runtime e necessite realizar alterações em telas, co-
Alguns fabricantes exigem a utilização de hardkey (dispositivo de
Diante disso, caso o profissional de automação tenha somente
proteção) para funcionar.

número de tags que se pode utilizar.


Runtime: modo de execução da aplicação desenvolvida no modo
de comunicação com o CP, na maioria das vezes limitando também o
configurador. Não permite a edição dos parâmetros e necessita de um
Demo: modo limitado que permite normalmente alguns minutos
Hardkey (dispositivo de proteção) para funcionar.

Hardkey (dispositivo de proteção) para funcionar.


Demo: modo limitado que permite normalmente alguns minutos
configurador. Não permite a edição dos parâmetros e necessita de um
de comunicação com o CP, na maioria das vezes limitando também o
Runtime: modo de execução da aplicação desenvolvida no modo
número de tags que se pode utilizar.

proteção) para funcionar.


Diante disso, caso o profissional de automação tenha somente
Alguns fabricantes exigem a utilização de hardkey (dispositivo de
a licença tipo Runtime e necessite realizar alterações em telas, co-
ção das telas, endereços a serem monitorados, gráficos, relatórios.
municação ou incluir nova configuração de usuários, ele necessita-
Configurador (Engenharia): modo em que é possível a defini-
rá a licença de configuração para alterar e programar mudanças.
Muitas indústrias compram as aplicações já configuradas e desen-
maioria fornece três tipos de licenças:
volvidas por empresas de integração e por isso não adquirem as
no detalhe de cada um fabricante, mas em termos gerais, a grande
licenças de configuração.
peito das versões disponíveis em cada fabricante. Não entraremos aqui
visualização gráfica do processo. Mas muita dúvida ainda existe a res-
7.3 SISTEMA DE COMUNICAÇÃO
por uma porta serial, trocando informações e permitindo uma
microcomputador e se comunicam com o controlador programável
Há alguns anos atrás provalvemente não estaríamos incluindo o tó-
chamados supervisórios são programas que são executados num
pico Sistema de Comunicação neste livro. Mas, devido à necessidade
Já sabemos que os softwares de supervisão de processos, também
cada vez maior de integração industrial, os sistemas de comunicação
estão cada vez mais relevantes na especificação de sistemas industriais
125 ESPECIFICANDO SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO
1 2 6 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS
municação, se necessário.
portará os requisitos de comunicação ou módulos adicionais de co-
de automação, seja através da especificação de redes de comunicação comunicar se com outro sistema, ajudará na escolha da CPU que su-
para controladores existentes, seja para instalar um novo instrumento to com os CLPs. Sabendo primeiramente se seu sistema irá ou não
de campo, análise da melhor arquitetura de rede a ser implementada As portas de comunicação não são necessariamente incluídas jun-
normalmente impacta financeiramente em diversos projetos industri-
ais. Afinal, quais são as vantagens dos sistemas de comunicação inte-
ligentes sobre os sistemas usuais e conhecidos de mercado? O sinal sistema?
elétrico e o pneumático continuará existindo? O seu sistema terá que se comunicar com outra rede ou outro

I) Vantagens das Redes de Comunicação Inteligentes. II) Determine os requisitos de comunicação

Qual a vantagem da implementação de rede de comunicação?


cado industrial.
elucidar o leitor sobre alguns tipos mais utilizados atualmente no mer-
ção. Brevemente apresentaremos o tema nesta seção com objetivo de
Uma rede de comunicação entre controladores visa o intercâmbio Não existe regra para a implementação de sistemas de comunica-
de informações, possibilitando, por exemplo, que um sistema
supervisório tenha acesso a praticamente todas as informações presen- e, conseqüentemente, o custo de manutenção.
tes nos equipamentos do “Chão de Fábrica”, ou então que se consiga diminuindo bastante o volume da cablagem (principalmente elétrica)
distribuir o hardware de controle, facilitando, assim, sua instalação e distribuir o hardware de controle, facilitando, assim, sua instalação e
diminuindo bastante o volume da cablagem (principalmente elétrica) tes nos equipamentos do “Chão de Fábrica”, ou então que se consiga
e, conseqüentemente, o custo de manutenção. supervisório tenha acesso a praticamente todas as informações presen-
de informações, possibilitando, por exemplo, que um sistema
Não existe regra para a implementação de sistemas de comunica- Uma rede de comunicação entre controladores visa o intercâmbio
ção. Brevemente apresentaremos o tema nesta seção com objetivo de
elucidar o leitor sobre alguns tipos mais utilizados atualmente no mer-
cado industrial. Qual a vantagem da implementação de rede de comunicação?

II) Determine os requisitos de comunicação I) Vantagens das Redes de Comunicação Inteligentes.

O seu sistema terá que se comunicar com outra rede ou outro


elétrico e o pneumático continuará existindo?
sistema? ligentes sobre os sistemas usuais e conhecidos de mercado? O sinal
ais. Afinal, quais são as vantagens dos sistemas de comunicação inte-
normalmente impacta financeiramente em diversos projetos industri-
As portas de comunicação não são necessariamente incluídas jun- de campo, análise da melhor arquitetura de rede a ser implementada
to com os CLPs. Sabendo primeiramente se seu sistema irá ou não para controladores existentes, seja para instalar um novo instrumento
comunicar se com outro sistema, ajudará na escolha da CPU que su- de automação, seja através da especificação de redes de comunicação
portará os requisitos de comunicação ou módulos adicionais de co-
municação, se necessário.
1 2 6 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS: SUAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS
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129
130

SIGNHAL, Kalyan. History of technology, manufacturing, and the


industrial revolution: An alternate perspective on Schmenner´s
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hypotheses. Production and Operation management. Muncie,
industrial revolution: An alternate perspective on Schmenner´s
SIGNHAL, Kalyan. History of technology, manufacturing, and the

130
54 de Informática S/A. ...................................................
Controlador Modular Cedida por Altus Sistemas Figura 30
ÍNDICE DE FIGURAS
54 Ltda. ........................................................................
Controlador Compacto Cedida por Moeller Electric Figura 29
52 Arquitetura de um Controlador .................................. Figura 28
Figura 1 Motivos para o surgimento do Controle Automático
47 Modelos de Controladores Lógicos Programáveis ....... Figura 27
de Processo .............................................................. 15
44 Operador lógico “E” ................................................. Figura 26
Figura 2 Divisão dos tipos de Redes Industriais ........................ 22
44 Agrupamento ........................................................... Figura 25
Figura 3 Pirâmide de Automação – Sistemas Integrados
43 Representação de cada Mintermo .............................. Figura 24
de Produção ............................................................. 23
43 Ligação Lógica das Variáveis ..................................... Figura 23
Figura 4 Variáveis de Entrada e Saída em Circuitos Lógicos ...... 33
42 Conceito de Simplificação ......................................... Figura 22
Figura 5 Simulação de Circuito Lógico .................................... 34
41 Conceito de Interseção .............................................. Figura 21
Figura 6 Função NOT ............................................................. 35
41 Agrupamento – Contido e não Contido ..................... Figura 20
Figura 7 Função AND ............................................................. 35
41 Tipos de Agrupamento .............................................. Figura 19
Figura 8 Função OR ............................................................... 36
40 Conceito de Grupo ................................................... Figura 18
Figura 9 Função NAND .......................................................... 36
40 Localização do Mintermo AB .................................... Figura 17
Figura 10 Função NOR ............................................................. 37
40 Localização do Mintermo .......................................... Figura 16
Figura 11 Função Exclusive OR ................................................. 37
39 Mapa de Karnaugh para Quatro Variáveis ................... Figura 15
Figura 12 Função Exclusive NOR ............................................... 38
39 Mapa de Karnaugh para Três Variáveis ....................... Figura 14
Figura 13 Mapa de Karnaugh para Duas Variáveis ..................... 39
39 Mapa de Karnaugh para Duas Variáveis ..................... Figura 13
Figura 14 Mapa de Karnaugh para Três Variáveis ....................... 39
38 Função Exclusive NOR ............................................... Figura 12
Figura 15 Mapa de Karnaugh para Quatro Variáveis ................... 39
37 Função Exclusive OR ................................................. Figura 11
Figura 16 Localização do Mintermo .......................................... 40
37 Função NOR ............................................................. Figura 10
Figura 17 Localização do Mintermo AB .................................... 40
36 Função NAND .......................................................... Figura 9
Figura 18 Conceito de Grupo ................................................... 40
36 Função OR ............................................................... Figura 8
Figura 19 Tipos de Agrupamento .............................................. 41
35 Função AND ............................................................. Figura 7
Figura 20 Agrupamento – Contido e não Contido ..................... 41
35 Função NOT ............................................................. Figura 6
Figura 21 Conceito de Interseção .............................................. 41
34 Simulação de Circuito Lógico .................................... Figura 5
Figura 22 Conceito de Simplificação ......................................... 42
33 Variáveis de Entrada e Saída em Circuitos Lógicos ...... Figura 4
Figura 23 Ligação Lógica das Variáveis ..................................... 43
23 de Produção .............................................................
Figura 24 Representação de cada Mintermo .............................. 43
Pirâmide de Automação – Sistemas Integrados Figura 3
Figura 25 Agrupamento ........................................................... 44
22 Divisão dos tipos de Redes Industriais ........................ Figura 2
Figura 26 Operador lógico “E” ................................................. 44
15 de Processo ..............................................................
Figura 27 Modelos de Controladores Lógicos Programáveis ....... 47
Motivos para o surgimento do Controle Automático Figura 1
Figura 28 Arquitetura de um Controlador .................................. 52
Figura 29 Controlador Compacto Cedida por Moeller Electric
Ltda. ........................................................................ 54
Figura 30 Controlador Modular Cedida por Altus Sistemas
ÍNDICE DE FIGURAS
de Informática S/A. ................................................... 54
132

Figura 31 Entrada Digital .......................................................... 58


Figura 32 Entrada Analógica ..................................................... 58
Figura 33 Atuadores Discretos .................................................. 59
Figura 34 Atuadores Analógicos ............................................... 60
Figura 35 Terminal de Programação Não Dedicado .................... 61
Figura 36 Ciclo de Varredura de um Controlador (SCAN) ........... 63
Figura 37 Sistema de Entrada e Saída de um Controlador .......... 64
Classificação das Redes Industriais ........................... 113 Figura 54
Figura 38 Processamento Cíclico ............................................... 66
Pirâmide da Arquitetura de redes Industriais ............. 112 Figura 53
Figura 39 Processamento por interrupção .................................. 67
Sensor óptico Cedida por Lobeck Automação e Serviços ..... 108 Figura 52
Figura 40 Leds de Sinalização no Controlador ........................... 68
Sensor Indutivo Cedida por Lobeck Automação e Serviços .. 107 Figura 51
Figura 41 Lógica Ladder ........................................................... 70
do Brasil ................................................................. 106
Figura 42 Diagrama em Bloco .................................................. 70
Sensor Indutivo e Capacitivo Cedida por OMRON Eletrônica Figura 50
Figura 43 Lista de Instruções .................................................... 71
Fluxo de Informação de Campo até Sistema Supervisório . 94 Figura 49
Figura 44 Linguagens de Programação ...................................... 78
Lobeck Automação e Serviços ................................... 91
Figura 45 Exemplo de Interface tipo “touch screen” Cedida por Atos
Exemplo de Tela de Sistemas de Supervisão Cedido por Figura 48
Automação Industrial Ltda. ....................................... 84
Castro ...................................................................... 90
Figura 46 Tipos de Interfaces Gráficas Cedidas por Dakol Instrumentos
Sistema Supervisório de um Processo Cedida por Wladimir Figura 47
e Sistemas Ltda. ........................................................ 86
e Sistemas Ltda. ........................................................ 86
Figura 47 Sistema Supervisório de um Processo Cedida por Wladimir
Tipos de Interfaces Gráficas Cedidas por Dakol Instrumentos Figura 46
Castro ...................................................................... 90
Automação Industrial Ltda. ....................................... 84
Figura 48 Exemplo de Tela de Sistemas de Supervisão Cedido por
Exemplo de Interface tipo “touch screen” Cedida por Atos Figura 45
Lobeck Automação e Serviços ................................... 91
Linguagens de Programação ...................................... 78 Figura 44
Figura 49 Fluxo de Informação de Campo até Sistema Supervisório . 94
Lista de Instruções .................................................... 71 Figura 43
Figura 50 Sensor Indutivo e Capacitivo Cedida por OMRON Eletrônica
Diagrama em Bloco .................................................. 70 Figura 42
do Brasil ................................................................. 106
Lógica Ladder ........................................................... 70 Figura 41
Figura 51 Sensor Indutivo Cedida por Lobeck Automação e Serviços .. 107
Leds de Sinalização no Controlador ........................... 68 Figura 40
Figura 52 Sensor óptico Cedida por Lobeck Automação e Serviços ..... 108
Processamento por interrupção .................................. 67 Figura 39
Figura 53 Pirâmide da Arquitetura de redes Industriais ............. 112
Processamento Cíclico ............................................... 66 Figura 38
Figura 54 Classificação das Redes Industriais ........................... 113
Sistema de Entrada e Saída de um Controlador .......... 64 Figura 37
Ciclo de Varredura de um Controlador (SCAN) ........... 63 Figura 36
Terminal de Programação Não Dedicado .................... 61 Figura 35
Atuadores Analógicos ............................................... 60 Figura 34
Atuadores Discretos .................................................. 59 Figura 33
Entrada Analógica ..................................................... 58 Figura 32
Entrada Digital .......................................................... 58 Figura 31

132
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