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(20220100-PT) O Escanção - 231209 - 122147
(20220100-PT) O Escanção - 231209 - 122147
EDITORIAL
Para a Associação dos Escanções de Portugal, para além deste espírito construtivo inicial que lhe está presente, a entrada
no ano de 2022 é-lhe particularmente especial - foi há 50 anos atrás, em 1972, que a sua fundação foi publicada em Diário
de República.
Celebramos assim o nosso 50º aniversário e fazemo-lo convosco, os nossos leitores, os nossos associados, os nossos formandos,
colaboradores, parceiros, colegas, amigos.
Será um ano de muitas acções, dirigidas sobretudo aos nossos associados, e em que esperamos homenagear marcos da
história, pessoas e realizações que fundaram e foram construindo a Associação e os seus valores e objectivos, e que
contribuíram para que seja tal como é hoje, meio século após a sua fundação.
É também através desta nossa revista que o pretendemos fazer, ao longo do ano.
A Direcção e a equipa da Associação não pode, desde já, deixar de agradecer e dar os parabéns a todos os Escanções de
Portugal e a todos que nos têm vindo a acompanhar ao longo do tempo.
Esta é primeira edição de 2022, e com ela pretendemos continuar a partilhar muito do que acontece no mundo do vinho e
que faz parte da vida do escanção, com mais um contributo possível para a troca actualizada e fidedigna de informações,
conhecimentos e curiosidades.
Destacamos, como sempre, nas entrevistas, a rubrica Segredos do Escanção, para a qual pudemos falar com o escanção e,
hoje, export manager, Mike Taylor.
Isabel Esteves
Directora de Comunicação da revista
Director Adjunto
Artur Caldas (geral@escancoes.pt)
Sub-Directores
Anca Martins e Tiago Paula
(geral@escancoes.pt)
Editor
Ana Isabel Fojo Franco Ramos Branco
(escancao@sapo.pt)
Directora de Comunicação
Isabel Teresa Vale Lobo Esteves
(revista.oescancao@gmail.com)
Painel de Provadores
Artur Caldas, Joaquim Santos, Manuel Miranda, MYKE TAYLOR
Manuel Moreira e Tiago Paula
Colaboradores
António Ventura, Ceferino Carrera, Diego Arrebola, 1 Editorial
Sara Peñas Lledó e Tiago Paula 2 Sumário
Fotografia 4 Segredos do Escanção
Bruno Conceição e Janice Prado Mike Taylor
Projecto Gráfico e Pré-Impressão 8 Regiões do Mundo
Vinícius Palhares Por Diego Arrebola
Director Financeiro/Comercial 10 Vinhos à Prova - Lançamentos / Novidades
Fábio Nico (geral@escancoes.pt) 13 Apresentação do Painel de Provadores
Assinaturas e Publicidade 14 Vinhos à Prova – Painel de Escanções
Ana Branco (geral@escancoes.pt) 18 Vinhos à Prova – Vinhos com casta Arinto
Propriedade, Administração, Edição e Redacção 22 Azeites à Prova – Virgem Extra 2021/2022
Associação dos Escanções de Portugal 25 9º Concurso Ibérico Azeites Virgem Extra –
Av. Almirante Reis, nº 58 - r/c Dtº, 1150-019 Lisboa
NIF 501269215 Tel: 0351 21 8132542 Prémios Mezquita
www.escancao.com (geral@escancoes.pt)) 28 Entre Quintas
www.facebook.com/escancoesdeportugal
Azores Wine Company
30 Onde o Vinho é Rei
Ficha técnica da publicação encontra-se disponível
assim como o estatuto editorial 31 Convocatória AEP – Assembleia Geral 2022
https://www.escancao.com/revista 34 O Maestro do Vinho
Número de Registo: 111639 / Depósito Legal: Os Destilados Portugueses (Parte II),
139009/99 por Ceferino Mariño Carrera
Estatuto Editorial 36 Tem a Palavra o Especialista
Chá, por Tiago Paula
Objectivos:
Compromisso em assegurar os princípios deontológicos 38 Crónica – Associação de Enologia
e ética profissional dos jornalistas, assim como pela boa Castas, por Engº António Ventura
fé dos leitores.
40 Enoturismo
A Revista O Escanção destina-se a dar conhecimento 44 Acontece – Divulgação de Iniciativas e
actualizado das actividades da Associação dos
Escanções de Portugal (A.E.P.), na divulgação da vinha, Novos Projectos
do vinho, e na exposição, manutenção e respeito da Curso Profissional AEP –
deontologia profissional entre todos os que a essa
actividade estão ligados. Nível I e II
ASI Best Sommelier of the
A revista ‘O Escanção’ continua a reger-se pelo anterior Americas 2022
acordo ortográfico 46 Wine News
50 Wine News – Ficha de Assinatura
2 O Escanção, n°183 - 2022
O Escanção, n°183 - 2022 3
SEGREDOS DO ESCANÇÃO
Texto Diego Arrebola, Melhor Sommelier do Brasil por três vezes, e sócio no projecto EntreCopos
Fotos rawpixel.com
Vinhos no Japão
O Japão é uma nação muito particular. Os seus hábitos e a sua cultura, os livros, as
séries, a comida e tanto mais, hoje ocupam um espaço importante no imaginário popular,
com forte influência cultural nos povos de todo o mundo. Hoje, consumimos cultura,
comida e bebida japonesas, e, diga-se de passagem, em grandes quantidades.
Mas... e o vinho japonês?
Pois é, o Japão vai muito, muito além do Nihonshu (popularmente maturação adequada de uvas para vinho, até por conta do
conhecido como Sakê), com uma rica e antiga produção vitivinícola, facto que a sua localização reduz muito a influência de tufões
que data já de muito séculos, ainda que oscilando entre altos e chuvas. Assim, ainda que o número de horas de sol anuais
e baixos, por motivo de diferentes correntes e opções políticas; seja 33% menor, é possível a maturação adequada, sobretudo
vale citar, por exemplo, o período do Shogunato, quando os de castas mais adequadas a climas frios, resultando em vinhos
senhores feudais controlavam o país e tudo o que vinha de frescos e de acidez vívida.
fora, especialmente do então remotíssimo Ocidente, visto Mas falar de castas aqui no Japão é um capítulo à parte, tratando-se
como algo a ser evitado, inclusive o vinho. este de um país onde não reinam,
O Japão tem uma localização geográfica muito particular, necessariamente, as castas viníferas mais conhecidas. Ainda
exatamente entre a maior massa de água do planeta, o Pacífico, que aqui se encontrem cultivos de castas como Sauvignon
e a maior massa de terra, e Eurásia. Isso e outros factores fazem Blanc, Chardonnay, Merlot, Pinot Noir, Cabernet Sauvignon
com que o clima local não seja exactamente convidativo à e Franc, entre tantas outras, os cultivos mais expressivos são
vitivinicultura, com frio intenso no Inverno, chuvas torrenciais de castas híbridas ou de mesa, mais adaptadas aos rigores do
na Primavera e a constante ameaça de tufões e tempestades. clima local. Das uvas de mesa ocupam os postos principais nos
Soma-se ainda a geologia local, com uma paisagem sobretudo vinhedos japoneses a local Kyoho e a americana Delaware, que
montanhosa e íngreme, onde os poucos pedaços de terra ainda que direccionadas principalmente ao consumo in natura,
relativamente plana e fértil são valorizados e disputados para a são também utilizadas na produção de vinhos, mas simplórios.
produção de alimentos. A casta híbrida de melhores resultados é a Muscat Bailey A,
Mas nada disso impediu que o Japão desenvolvesse uma criada aqui mesmo. Quando bem trabalhada produz tintos
indústria do vinho hoje pujante e dinâmica, onde pesquisa e decentes, ainda que carentes de profundidade. Mas a principal
tecnologia caminham lado a lado com a tradição, na procura uva é uma Vinífera, a Koshu.
pela produção de mais e melhores vinhos. As menções a Koshu são antigas, de séculos, o que levou
A vitivinicultura moderna tem o seu início ainda no final mesmo à afirmação que seria uma casta autóctone, que surgiu
do século XIX, com os dois maiores nomes da produção de ali em território japonês. No entanto, pesquisas genéticas mais
vinhos e bebidas nacionais, as centenárias Suntory e Mercian, a cuidadosas indicam que a sua origem é europeia, mesmo que
surgir nessa época. O “berço” e, ainda hoje, centro da produção não seja possível determinar com precisão de onde nem a partir
nipónica é o município de Yamanashi, relativamente próximo de quais castas. A hipótese mais provável é que tenha sido
de Tóquio, nos arredores do monte Fuji, o mais destacado e trazida por mercadores, através da rota da seda, num passado
reconhecido cartão-postal do país. Aqui, as condições de clima distante. As suas uvas de casca rosada são saborosas, grandes
mais seco e menos nublado permitem o cultivo de frutas, e doces, fazendo com que a Koshu tenha sido sempre muito
inclusive de uvas, em grande parte ainda consumidas in natura. cultivada como uva de mesa, mas o trabalho cuidadoso de
Mas hoje a produção é muito mais difundida por todo o país, tantos e tantos produtores têm permitido a produção de vinhos
com vinícolas a trabalhar em 45 dos 47 municípios que com- cada vez melhores, mais limpos e focados, com deliciosa acidez.
põem o Japão. Há versões com e sem madeira, além de, e cada vez mais
O arquipélago que compõe o país tem grande extensão de frequentemente, versões maturadas sobre as borras finas, para
Norte a Sul, o que faz com que haja uma grande variação uma maior complexidade e textura de boca.
climática. Adicione-se o relevo montanhoso a esta fórmula e Prontos para encontrar, muito em breve, o Japão nas melhores
temos os ingredientes para a composição de uma quantidade cartas de vinhos?
infinita de terroirs, cada qual com o seu distinto microclima,
do subtropical ao frio.
Hoje, a segunda região de maior importância é Nagano, localizada
ao Norte de Yamanashi e com similaridades climáticas. Até
pela proximidade, além da menor susceptibilidade às chuvas
intensas, a região tem atraído importantes investimentos.
Outra região que chama atenção e que merece destaque é
Hokkaido; a ilha mais ao Norte do arquipélago.
Hokkaido, a priori, seria muito fria para o cultivo, porém as
mudanças climáticas têm vindo a permitir, cada vez mais, a *Diego Arrebola
(Sommelier, por três vezes campeão no Brasil e sócio no projecto EntreCopos)
Quinta do Pessegueiro
Porto Branco Leve Seco 2020
Quinta do Pessegueiro
A Quinta do Pessegueiro, um projeto
incontornável da Região Demarcada
do Douro, em Ervedosa do Douro,
São João da Pesqueira, apresenta o
Porto Branco Leve Seco. Este Quinta Esporão Reserva Tinto 2019
do Pessegueiro Porto Branco Leve Esporão, S.A.
Seco apresenta cor palha, com Produzido através da combinação
aromas de laranja e toranja e é muito das castas Aragonez, Trincadeira,
fresco. Syrah, Touriga Nacional, Touriga
PVP Garrafa 500ml: € 14,90 Franca, Cabernet Sauvignon e
https://www.quintadopessegueiro. Alicante Bouschet, este tinto revela
com/ notas de amoras pretas, noz-moscada,
alcaçuz e uma nuance de pimenta
preta. De cor rubi intenso, mostra-se
rico e complexo na boca, onde
predominam notas de fruta preta
madura e especiarias. O seu final
apresenta-se persistente.
PVP: € 20
www.global-press.com
Artur Caldas
Ana Branco
Gandarada DOC Dão Branco 2021 (Vegan) Quinta do Estanho Colheita Superior DOC
Sociedade Agrícola Boas Quintas, Lda. Douro Tinto 2019
Cor amarelo limão aberto. Muita vivacidade Quinta do Estanho – Vinhos do Porto e Douro, Lda.
e frescura nos aromas a lima limão, maçã e Cor carmim. Nariz de fruta bem madura,
sugestões florais sem cair em excessos. expressiva, leve nota de cacau e alguns tost-
Corpo leve, combina na perfeição a frescura ados. Boca redonda de notória estrutura, no
com elegância num equilíbrio simplesmente ponto, taninos macios e palato bem rechea-
irresistível. Polivalente. do de fruta e frescura. Final com especiarias
PVP: € 5,10 de belo recorte que dá prazer a beber.
PVP: € 6,99
Adega de Borba Reserva DOC Alentejo Quinta dos Murças Reserva Vinhas Velhas
Branco 2019 DOC Douro Tinto 2016
Adega Cooperativa de Borba, CRL. Esporão, SA | Murças, S.A.
Cor palha. Nariz sofisticado a combinar Nariz amplo e rico, alguns fumados de
barrica envolvendo a fruta bem madu-
tons tropicais em sintonia com especiarias
e ligeiro tostado. Fresco na boca, ao mesmo
90 ra, amoras negras e ameixa preta. Muita
tempo aveludado, muito afinado e saboroso, solidez num corpo de porte cheio e amplo.
acrescido pelo notório final de boca. Taninos presentes, bastantes, mas maduros
PVP: € 9,99 e sedosos. Longo e distinto final de boca.
PVP: € 22,20
Quinta do Estanho Grande Reserva Vinhas Avidagos Mesmo Tinto Alvarelão DOC
Velhas DOC Douro Tinto 2018 Douro Tinto 2020
Quinta do Estanho – Vinhos do Porto e Douro, Lda. Quinta dos Avidagos, S.A.
Cor rica, de aroma intenso e de alguma Bem aberto de cor. Perfumado de fruta
90 complex idade. Boa carga de fruta silvestre,
ameixa preta, especiarias finas e algum balsâmico de
silvestre com apontamentos florais, pleno
fundo vegetal. Estrutura ampla e firme na boca, de frescura e irresistível. O sabor junta
bastantes taninos que, apesar do nível de integração, graciosidade, leveza e vivacidade, bem
ainda se destacam. O final é amplo, seco e com distintivo e a revelar acerto total a lidar
evidente persistência. O tempo ajudará no melhor
casamento. Ou case-o já, com bom estufado. com sabores de terra e de mar.
PVP: € 19,99 PVP: € 18
Uma selecção de vinhos que vivem mais anos do que outros, mantendo as suas qualidades
com a evolução obtida - apresentam boa limpidez, cor com boa concentração, e, no
aroma e no palato, continuam a fazer sentir.
VINHOS BAG-IN-BOX
Por fim, a prova de uma selecção de vinhos Bag-in-Box, uma modalidade que é já tendência
pela sua versatilidade, por ser muito mais económico e fácil de transportar. A sua qualidade
é boa, existem vinhos Bag-in-Box para vários perfis, todos com a qualidade exigida. Aqui,
também os preços variam mas sem exagero.
*Pela qualidade superior dos vinhos em prova, a Associação dos Escanções de Portugal distingue os vinhos que obtiveram 90
pontos com medalha de Qualidade, entregando-lhes um Selo de Qualidade. Carimbado pela Associação na sua “embalagem”,
uma forma do produtor atestar a qualidade do seu vinho.
(Bag-in-box) Cerejeiras
VRLisboa Tinto
Companhia Agrícola do
Sanguinhal, Lda.
Cor granada aberto. Nariz
de semblante apelativo pela
fruta vermelha e a envolvente
floral, traduzindo-se em
87 frescura e satisfação. Corpo (Bag-in-box) Terras de
médio no ponto, macio, a Baco VRAlentejano Tinto
boa acidez dá-lhe jovialidade Adega de Portalegre Winery
e harmonia. Um parceiro – APW, Lda.
seguro e polivalente da Cor granada. Aroma
mesa petisqueira. agradável na expressividade
PVP: € 9,50 de fruta vermelha madura,
morango e alguma groselha.
85 Bem afinado. Macio e
envolvente na boca, sabor
e frescura e mesmo alguma
persistência, a suficiente,
(Bag-in-box) Cerejeiras para dar boa conta nas ocasiões
VRLisboa Branco em mesa petisqueira.
Companhia Agrícola do PVP: € 9,50
Sanguinhal, Lda.
Cor palha aberta. Intenso e
fresco de aroma com alguma
fruta de caroço, floral
86 cítrico e ervas aromáticas.
Corpo leve, bem elevado
pela frescura e pelo sabor
frutado, sumarento e muito (Bag-in-box) Olaria
equilibrado. VRAlentejano Tinto
PVP: € 6,50 CARMIM
Aberto de cor. Aroma limpo,
ameno, fruta vermelha e
alguma geleia em acertada
85 afinação. Boca suave, revela
equilíbrio simples e delicado,
fresco e convivial.
PVP: € 8,49
(Bag-in-box) Olaria
VRAlentejano Branco
CARMIM
Cor palha aberto. Recatado,
subtil e fresco de aroma,
ajustado no toque tropical
e fruto de caroço. Macio
85 e redondo na boca, fresco
o bastante para assegurar
equilíbrio. Simples e
saboroso o suficiente para (Bag-in-box) Bonifácio
consumo descomplicado. IVV 117
PVP: € 8,49 Bonifácio Wines
Cor rubi aberto. Discreto
de aroma, mas certeiro
na presença frutada suave
84 e simples, sem perder
afinação. Macio e suave
na boca, tudo polido, de
frescura adequada em corpo
médio. convivial.
PVP: € 10
Ao estar por tantos sítios, é fácil de imaginar que a casta se ambienta, sem grande dificuldade, a variadas condições. Na
verdade, pese embora algum risco de uma certa generalização, a casta Arinto adapta-se com facilidade a todos os terrenos e
com bons resultados. Mas é nos solos calcários e ácidos, fundos e húmidos, bem drenados, que origina os vinhos de maior
distinção.
Em Bucelas, bem perto de Lisboa, é onde a Arinto, usufruindo da influência atlântica e dos contrastes climáticos das manhãs
húmidas e enevoadas às quais se sucedem as tardes soalheiras, atinge o perfeito equilíbrio entre os ácidos, os açúcares e os
aromas. Aqui atinge o seu expoente máximo, de personalidade e temperamento, que lhe deu, ao longo dos tempos, bastante
prestígio. Era o vinho de Bucelas aristocrático que enche de orgulho o vinhateiro, e constitue a glória dos seus torrões, como
disse António Augusto de Aguiar. Para além do prestígio obtido em Bucelas, esta localidade é apontada como sendo o berço
da casta, tal como diz a obra, “A Alma dos Vinhos de Lisboa”, onde se escreve: estudos genéticos realizados ao ADN da casta
Arinto indiciam que o seu solar de origem é Bucelas. Não esquecer o contributo dos solos argilo-calcários que contêm
sedimentos marinhos e completam a conjugação de factores, reflectidos na forte identidade dos Arintos de Bucelas.
A casta Arinto dá origem a vinhos vibrantes, de elevada acidez, de intenso poder refrescante e bom potencial de guarda,
como demonstrado por algumas das amostras provadas nesta edição. A acidez firme é mesmo o principal bilhete postal
da Arinto, que a tem levado ao papel de benfeitora e melhoradora em muitas regiões portuguesas, em inúmeros lotes e em
combinações com outras castas. Não se espere dos vinhos produzidos a partir de Arinto que nos possam conquistar pela
intensidade ou exuberância aromática. Aromaticamente, é reservada, guardando um certo recato. Nela identificamos as
sensações a maçã verde, lima, limão e, não raras vezes, impressões de perfil vegetal.
A polivalência enológica é outro dos seus “talentos”. Dos vinhos ligeiros e de carácter jovial até aos vinhos mais aprimorados
e ambiciosos de complexidade elaborados com recurso a fermentação ou estágio em barrica, a casta Arinto limita-se a encarar essas
diferentes interpretações de forma natural e meritória. Em muitos dos vinhos, nos melhores exemplos, eleva-os a patamares
de topo onde estes ombreiam com os grandes do país.
A Arinto é caso sério na aptidão como vinho de base perfeito para a elaboração de espumantes, pela elevada acidez e recato
aromático. Mas não se fica por aí. Entretém-se, numa audaz exibição de polivalência, a dar origem a vinhos de sobremesa,
vinhos doces no formato de colheita tardia.
Há quem a considere a grande casta branca portuguesa. Qualidade, distinção, polivalência e a sabida capacidade de envelhecimento
de muitos dos seus vinhos constituem-se argumentos de indiscutível força e fundamento.
Nesta edição fomos surpreendidos pela altíssima qualidade dos produtos em prova. A pontuação é inequívoca, muito renhida
pela qualidade.
*Tal como num concurso reconhecido pelo Instituto da Vinha e do Vinho – IVV, o número de medalhas derivado desta
prova esteve limitado a 30% dos vinhos mas a equipa de jurados foi surpreendida pela alta qualidade dos vinhos sendo que
os destacados com Tambuladeira de Ouro obtiveram acima de 91 pontos. Pela qualidade superior dos vinhos em prova,
a Associação dos Escanções de Portugal decidiu distinguir igualmente os vinhos que obtiveram 90 pontos,
entregando-lhes um selo de qualidade. Carimbado pela Associação na sua garrafa, uma forma do produtor atestar a qualidade
do seu vinho.
Casa Santos Lima VRLisboa 2020 Quinta do Cerrado da Porta VRLisboa 2016
Casa Santos Lima Cerrado da Porta, Lda.
De cor amarelo-pálido. Aroma muito De cor amarelo médio. Nariz com evolução,
fresco e vivo, floral citrino, raspa de limão, mas impera a frescura e personalidade. Fruta
90 citrina e caroço, algum fruto seco, leve traço
90 groselha branca e pedra raspada. Estrutura
de qualidade na boca, vibrante de sabor, vegetal e herbáceo, tal como pedra lascada.
traços vegetais e tropical e nuances salinas. Na boca é seco, estruturado, com sofisticada
Boa persistência. textura, acidez assertiva, conjunto harmónico
PVP: € 7,50 e um final de boca longo. Distintivo!
PVP: € 9,40
Quinta da Biaia DOC Beira Interior 2019 Quinta do Pinto DOC Alenquer 2018
Domingos do Interior – Prod. Bio da Beira Quinta do Pinto Sociedade Comercial e
Douro, Lda. / Vinalda Agricola, S.A.
De cor amarelo-pálido. Perfumado, mas De cor amarelo citrino. Elegante, mas
fino de aroma, fruta citrina e caroço, muito profundo de aroma, envolvente na fruta de
elegante, algum fruto seco, leve traço veg- perfil cítrico (lima e limão), notas de ervas
90 etal e pedra lascada. Boca com estrutura e
volume sem qualquer peso. Acidez vivaz,
90 frescas, subtil tostados e nuances minerais.
Estrutura alta, redondo na boca, mas de
corpo firme e tenso, mantém os cítricos e o forte sentido de frescura, muito saboroso,
sentido mineral no sabor, a perdurar pelo culmina num longo, rico e persistente final
duradouro final. de boca.
PVP: € 8,99 PVP: € 13,99
Tabela de Pontuação
95 a 100 – Excepcional/Extraordinário
88 a 94 – Excelente
84 a 87 – Muito Bom
80 a 83 – Bom
75 a 79 – Suficiente
Saloio Selectum
Est. Manuel da Silva Torrado & Comp.
91 (Irmãos) S.A.
PVP: € 5,99
www.saloio.pt
Saloio Premium
Est. Manuel da Silva Torrado & Comp.
89 (Irmãos) S.A.
PVP: € 3,69
www.saloio.pt
Portucale Biológico
Vineves S.A.
91 PVP: € 6,50
www.vineves.pt
Rosmaninho Superior
Cooperativa de Olivicultores de Valpaços,
90 CRL.
PVP: € 3,23
www.azeite-valpacos.com
Vale Grande
MOENGA - Produção, Embalagem e
88 Comercialização de Azeite, Lda.
PVP: € 4,90
www.premiosmezquita.com
Azores
Wine Company
Em 2021, a Azores Wine Company abriu as portas da sua adega na ilha do Pico, num
investimento que pretende potenciar a ilha como destino de enoturismo, promovendo
a cultura da vinha nos Açores e os seus vinhos. Por trás deste projecto vamos encontrar
António Maçanita, Filipe Rocha e Paulo Machado, unidos desde 2014 na missão de
trazer o mundo aos Açores e levar os Açores ao mundo. E fazê-lo através da prática de
uma viticultura não interventiva, respeitadora da natureza e de uma filosofia de preservação e
recuperação do património e da cultura.
O projecto foi desenvolvido pala SAMI – Arquitectos, de Os vinhos Azores Wine Company
Inês Vieira da Silva e Miguel Vieira, dupla que se aliou Volcanic Series
ao atelier inglês DRHR, de Daniel Rosbottom e David Branco Vulcânico | Tinto Vulcânico | Rosé Vulcânico
Howarth, ficando o design de interiores da adega com Vinhos singulares, salinos, que são filhos do vulcão.
assinatura de Ana Trancoso, num trabalho acompanhado Rare grapes collection – Terrantez do Pico | Arinto dos
por Judith Martin, responsável de enoturismo da Azores Açores | Arinto dos Açores Sur Lies | Arinto dos Açores
Wine Company. No conjunto do seu espaço vamos Indígenas | Arinto dos Açores Bandeiras | Arinto dos
encontrar uma sala de provas, três salas de barricas e Açores São Mateus | Verdelho O Original |A Proibida
uma zona industrial, um restaurante onde se dá a provar Vinhos de castas exclusivas, ímpares e autóctones.
a terra e o mar da região, e uma zona para alojamento Criação velha – Vinha Centenária | Canada do Monte
(cinco apartamentos T0, com vista mar, e um apartamento T2). Vinha dos Utras
Vinhos produzidos em pequenas quantidades, especiais,
Dar a conhecer a história e as características vínicas da "nascidos e criados" em plena paisagem da cultura da
ilha de forma envolvente numa experiência que apela a vinha da Ilha do Pico, que representam o mais puro e
todos os sentidos e homenageia o vinho dos Açores é o autêntico terroir do Pico, de vinhas com 60 a 120 anos a
convite da Azores Wine Company. cerca de 80 a 580 metros do Atlântico.
www.antoniomacanita.com/pt/vinhos/
azores-wine-company/azores-wine-company
In Diferente
É na região Oeste de Portugal que é feita a famosa Ao longo de décadas todos os processos de dinamização
Aguardente DOC Lourinhã. Esta aguardente tem e investigação fizeram com que todos os processos que
características únicas que lhe dão a designação de DOC levaram à demarcação da região não tenham parado,
Lourinhã – Denominação de Origem Controlada. Este antes pelo contrário, intensificou-se com o apoio da
tipo de bebida obtém-se a partir da destilação do vinho comercialização e divulgação da aguardente bem como
que lhe confere propriedades únicas. com o apoio à Investigação Científica dirigida às aguardentes,
Sendo esta uma região demarcada que denomina a que tem vindo a ser realizado com a Estação Vitivinícola
aguardente de DOC, obriga a respeitar uma série de Nacional. São já várias publicações nacionais e estrangeiras que
regras e critérios que garantem a qualidade constante ao contam com a colaboração de cientistas desta instituição
longo dos anos. Desde as vinhas, à vinificação, destilação, que tem vindo a investigar sobre este tema ao logo dos
envelhecimento e até engarrafamento e rotulagem tem últimos anos. Actualmente, é chamado Instituto Nacional
que ser feito dentro desta região. de Investigação Agrária e Veterinária – Pólo de Dois Portos.
A Lourinhã está inserida na região de vinhos de Lisboa, No concelho da Lourinhã as freguesias que fazem parte
sendo a única região demarcada de aguardentes vínicas da região demarcada da Aguardente da Lourinhã são
em Portugal e uma das três da Europa, assim como o as seguintes: Lourinhã e Atalaia (1), Ribamar (2), Santa
Cognac e Armagnac. Bem próxima da capital, a Lourinhã Bárbara (3), Vimeiro (4), Marteleira e Miragaia (5),
é uma região de gente afável, de falésias junto ao mar, Moita dos Ferreiros (6), Reguengo Grande (7), Moledo e São
diversas praias e campos verdejantes. Bartolomeu (8). As freguesias de Peniche contempladas são
A região da Lourinhã está ligada à produção vitícola Atouguia da Baleia (9) e Serra d’el Rei (10), a freguesia
desde há muito tempo, como se pode perceber pela de Óbidos é Olho Marinho (11), a freguesia de Bombarral
carta de Foral, dada pelo D. Jordão, com autorização do é Vale Covo (12) e, por fim, as freguesias de Campelos
rei Dom Afonso Henriques. Também se faz referência a e Outeiro da Cabeça (13) e A-dos-Cunhados e Maceira
esta zona em diversa documentação ligada à história da (ainda não constam no mapa) no Concelho do Torres Vedras.
viticultura portuguesa.
A 7 de Março de 1992, o empenho e labor de tantos, A História
juntamente com a elevada qualidade da aguardente, viu o seu
mérito reconhecido com a publicação do Decreto-Lei nº34/92 A Adega Cooperativa da Lourinhã (ACL), fundada em
que estabelece a Região Demarcada da Aguardente Vínica 1957, dedicava-se essencialmente à produção de vinho
de Qualidade com Denominação de Origem Controlada tinto e branco. Anos mais tarde, após ser pioneira na
“Lourinhã”, aquela que constitui a primeira e única produção de vinho leve, dedicou-se também à produção
região demarcada do país somente para produção de de aguardentes. Num total de mais de três mil sócios,
aguardentes. É uma das três regiões no espaço europeu, durante muitos anos, conta hoje em dia com cerca de
em posição de igualdade com as célebres aguardentes duas dezenas de sócios que ainda produzem quase
francesas, Armagnac e Cognac. exclusivamente para a ACL. Nos últimos anos com uma
“As nossas aguardentes são controladas pelo cumprimento produção média anual de 110 toneladas de uva que
e aplicação do regulamento que estabelece as condições dos depois de vinificada e destilada dão cerca de 7.000 litros
solos, as características de cultivo e de tecnologias de vinificação, de aguardente vínica.
conservação, destilação, envelhecimento e engarrafamento que
devem ser seguidas para que a produção obtida possa usar a
menção DOC “Lourinhã” atribuída pela Comissão Vitivinícola
Regional de Lisboa criada pela portaria 739/2008”.
A Vinificação
A colheita realiza-se quando as uvas possuem um
determinado teor de açucares que irá dar origem
a certa quantidade de álcool num vinho. O título
alcoométrico máximo do vinho produzido são 10%.
A vinificação utiliza métodos e práticas enológicas
legalmente autorizadas e tradicionais da região. A
vinificação é feita sem adição de anidrido sulfuroso.
É importante a uva estar em bom estado para produz-
ir um vinho sem quaisquer defeitos.
Por norma a vindima ocorre no final do mês de
Agosto, início de Setembro e tem a duração de uma
semana. Toda a vinificação é executada por máquinas
interligadas que necessitam do respectivo operador.
GIFU
Gifu é uma região sem litoral, localizada no interior de Honshu, a maior ilha do Japão, limitada ao norte por Toyama. Tem
uma topografia diversa, variando de montanhas altas no norte, passando por regiões montanhosas, até uma planície no sul.
Grande parte de Gifu é território muito frio para o cultivo de chá portanto ele é aqui produzido em pequenas quantidades,
mas ainda assim é cultivado em algumas áreas.
Historicamente, esta foi uma importante região agrícola e também importante na fabricação de papel tradicional, contudo,
nos últimos anos, a sua economia foi dominada pelas indústrias auto-motiva e aeroespacial.
A região possui grandes áreas agricultáveis, sendo também importante na silvicultura.
SHIGA
Em 806, Kobo Daishi trouxe sementes de chá que deu
ao seu discípulo Kenne. Este terá as plantado no templo
Butsuryu-ji, tendo-se espalhando principalmente por
templos. No período Muromachi, “wabicha” - cerimónia
do chá que valoriza o espírito de “wabi” - nasceu por Shiga é uma região sem litoral na zona central de Honshu,
Murata Juko, que era um mestre da cerimónia do chá de a maior ilha do Japão. A região faz fronteira a oeste com
Nara. Esta levou à “cerimónia do chá” que foi aperfeiçoada Kyoto, a sul com Mie e Aichi, e a leste com Gifu. É nesta
mais tarde por Sen no Rikyu e à moderna cerimónia região que se encontra o maior lago do Japão - Biwa,
do chá. Devido à sua forte relação com o budismo e ao cujas margens, acredita-se, são habitadas desde a Idade
seu forte desenvolvimento histórico, esta é uma região da Pedra. Shiga é conhecida por ter o jardim de chá mais
especial na produção de chá no Japão. antigo do Japão. Diz-se que em 805 um monge budista,
Aqui, uma das principais áreas de cultivo é no planalto Saicho, trouxe algumas sementes de chá da China e as
Yamato, a nordeste desta região, uma boa área com plantou ao redor do Santuário Hiyoshi Taisha, no sopé
poucas horas de sol e uma boa amplitude térmica entre do Monte Hiei. Em 815, o chá foi oferecido ao imperador
o dia e a noite, fazendo com que a planta cresça lentamente o Saga, com registo no antigo texto da história japonesa
que resulta numa folha rica em nutrientes. Nara produz “Nihon Koki”. Já nos séculos 14 e 16, o cultivo de chá
pequenas quantidades de Kabusecha, Sencha e Bancha. A começou a expandir-se para outras áreas de Shiga. Aqui,
região também produz utensílios de madeira e bambu, a produção é principalmente de sencha e bancha mas
inclusive os que são usados na cerimónia do chá japonesa. também há produção de kabusecha e matcha.
AISHI
Aichi é uma região localizada na costa
sul de Honshu, a maior ilha do Japão,
e faz parte da região mais ampla de
Tōkai. Faz fronteira com Shizuoka a
leste, Gifu ao norte e Mie ao oeste.
O principal chá feito em Aichi é o matcha,
e cerca de 90% dele é usado para a
produção de alimentos.
Galego Dourado
No âmbito da colaboração com a revista O Escanção temos partilhado a descrição das
características técnicas de algumas castas portuguesas, e em alguns casos de castas ibéri-
cas. Nesta edição, continuamos o artigo com mais uma casta, de origem desconhecida e
com maior expansão a Baixo Tejo e Litoral – a Galego Dourado.
ORIGEM
Quinta das
Bágeiras
Um curso de Nível começou a 2 de Fevereiro, sendo Em cada nível é realizada uma avaliação, escrita e
este o ponto de partida ideal para quem quer entrar no prática e todas as aulas são orientadas e ministradas por
mundo do Vinho e onde são proporcionadas as bases escanções, enólogos e formadores que fazem parte da
principais para o efeito; e um outro, de Nível II, e no equipa da AEP. Desde o início do curso até agora, nomes
qual os alunos são convidados a uma volta ao mundo como Vasco d’Avillez, José Gaspar, Anca Poiana Martins,
num copo de vinho sendo aquí feito o estudo prático e Sara Peñas Lledó, Eduardo Cardeal ou Manuel Moreira
aprofundado dos mais importantes países produtores de já se juntaram à equipa de professores, transmitindo em
vinho do Velho e Novo Mundo, teve início a 31 de Janeiro. cada edição os seus conhecimentos e experiências, de
forma única e enriquecendo ainda mais os conteúdos do
O Curso Profissional AEP foi criado em 2019, num programa de estudo.
incentivo à educação e à profissionalização dos amantes Nestas duas novas edições, pudemos contar com a
do Vinho, com o objectivo de proporcionar aos futuros colaboração de mais dois formadores: o Eng.º Pedro
escanções um aliado formativo completo e minucioso Tereso, no módulo sobre Viticultura e Uvas Viníferas do
nos seus Nível I; e Carine Patricio, Melhor Escanção de Portugal
percursos académicos e profissionais. Composto por 3 2020, que se debruçou sobre os vinhos da Alemanha e
níveis, a frequência na sua totalidade garante o diploma seus produtores para os alunos do Nível II.
de Profissional do Vinho certificado pela Associação dos
Escanções de Portugal. O último e terceiro nível, que O curso é certificado em conjunto com a Universidade
aborda todas as técnicas da cozinha clássica e contemporânea, Portucalense (UPT) e tem a chancela do Turismo de
de forma actual, unindo-as à prática de harmonização Portugal
com vinho, não teve ainda uma edição estando esta a ser
organizada e agendada. Mais informações sobre o curso, entre conteúdos,
horários e valores:
www.escancao.com/cursoprofissional
As primeiras datas de 2022 do curso de Iniciação à Prova de Vinhos da Associação dos Escanções de Portugal aconteceram
no mês de Fevereiro, nos dias 5 e 19 com Iniciação à Prova Nível I. As sessões foram realizadas na Garrafeira de Lisboa,
como de costume, e sob orientação de Tiago Paula, escanção e presidente da Assembleia Geral da Associação dos
Escanções de Portugal. Próximas datas estão já agendadas para os meses de Março e Abril.
www.escancao.com/curso-portugal-fernando-
ferramentas
www.esporao.com
A José Maria da Fonseca acaba de anunciar que é o primeiro produtor de vinho português a obter a certificação em
sustentabilidade FAIR’N GREEN, certificação que começou com um projecto entre produtores de vinho alemães, em
2013, e que já certificou quase 100 empresas em 7 países. A primeira referência da marca a integrar esta certificação é
um dos seus vinhos mais emblemáticos, o Periquita Reserva, com cerca de 1 milhão de litros de produção anual, um
vinho vendido no mercado interno no canal Horeca e exportado para vários países. António Soares Franco, presidente
da José Maria da Fonseca, explicou que a sustentabilidade faz parte do DNA da José Maria da Fonseca há várias décadas.
Por ser uma empresa de 7 gerações, vêem a sustentabilidade como a única forma das próximas gerações da família terem
uma empresa viável e gerida com responsabilidade nas áreas de meio ambiente, social e económica. Com base na sua
filosofia como empresa, era lógico expandirem para uma certificação de sustentabilidade holística, que os ajuda a melhorar
sistematicamente ao longo do tempo. Já Keith Ulrich, fundador e presidente do conselho da associação FAIR'N GREEN,
deu as boas-vindas ao primeiro membro português do projecto afirmando que são uma rede crescente de produtores de
vinho inovadores e dinâmicos que não quer somente esperar pelas decisões políticas para dar os próximos passos, mas que
quer ajudar a transformar a viticultura, de forma a que esta se torne mais sustentável a partir de dentro. A aposta da José
Maria da Fonseca em práticas ambientais começou ainda antes do aparecimento das normas ambientais ISO14001, das
quais a José Maria da Fonseca foi a primeira certificada no sector.
www.jmf.pt
www.ramospinto.pt
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