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A estranha 'rã escroto' ameaçada de extinção que

mobiliza ambientalistas no Lago Titicaca


bbc.com/portuguese/geral-53559838

Direito de imagem D. Alarcon


Cinco instituições científicas estão se unindo em um esforço internacional para
preservar a rã gigante do lago Titicaca (Telmatobius culeus).

A Rã-do-Titicaca, também conhecida como "rã escroto", é o maior anfíbio aquático do


mundo e vive nas águas do Lago Titicaca, que fica na fronteira entre o Peru e a Bolívia.

O objetivo do projeto é garantir o futuro da rã, que está ameaçada de extinção.

Curiosamente, a Rã-do-Titicaca já foi eleita como um dos animais mais feios do planeta
em uma votação popular realizada pela Sociedade para a Preservação dos Animais Feios
da Inglaterra, ocorrida em 2013 e apresentada no Festival Britânico de Ciência, em
Newcastle.

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Direito de imagem Roberto Elías
Image caption Rã gigante já foi eleita um dos animais mais feios do mundo

O anfíbio está ameaçado de extinção por causa da poluição da mineração e também por
seu uso na medicina tradicional.

Os cientistas vão estudar o habitat da rã gigante e também farão análises genéticas para
descobrir maneiras de proteger melhor a espécie.

Direito de imagem Roberto Elías


Image caption Mecanismo de respiração da rã inclui partes da pele

A rã vive toda a sua vida nas águas do Lago Titicaca e em lagoas próximas. Ela tem uma
pele solta e folgada que ondula ao redor do corpo em dobras, o que lhe valeu o apelido
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de "rã escroto".

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A rã desenvolveu uma capacidade pulmonar reduzida, então suas muitas dobras de pele
a ajudam a respirar. De acordo com os relatos de alguns pesquisadores, estes animais
fazem "flexões" no fundo do lago para criar perturbações na água e aumentar o fluxo de
oxigênio.

O lago fica localizado a uma altura de 3.800 metros acima do nível do mar.

Mortandade em massa
Os Telmatobius culeus, nome científico da "rã escroto", são grandes — seus corpos por
si só podem medir até 14,5 centímetros. No entanto, o explorador francês Jacques
Cousteau descreveu uma rã de 50 cm de comprimento na década de 1970.

Elas são exclusivamente aquáticas e podem ser encontradas em profundidades de até


100 metros.

Em 2016, milhares de rãs foram encontradas mortas nas margens de um afluente do


Lago Titicaca. Cientistas e ambientalistas acreditam que grandes quantidades de
plástico e a poluição gerada pelo agricultura tenham causado a morte em massa dos
animais.

Direito de imagem Stephane Knoll


Image caption Rãs são caçadas como alimentos e também por supostas propriedades 'afrodisíacas'

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Direito de imagem Stephane Knoll
Image caption A pele das rãs é utilizada em artesanato

Mas as rãs também são caçadas porque são erroneamente consideradas como
afrodisíacas. Os animais são misturados em uma bebida chamada "suco de rã", vendida
em alguns mercados locais. Além disso, seus corpos também são usados como amuletos.

A pele incomum da rã às vezes é transformada em pequenas bolsas artesanais e suas


pernas são comidas assadas ou grelhadas.

A equipe de cientistas será formada por especialistas do Museu de Ciências da Bolívia e


do Museu de História Natural do país, da Universidade Cayetano Heredia do Peru, da
Pontifícia Universidade Católica do Equador, do Zoológico de Denver nos EUA e da
ONG NaturalWay.

O grupo tem apoio dos governos peruano e boliviano, bem como do Programa da ONU
para o Desenvolvimento.

Todas as fotos, sujeitas a direitos autorais, são cortesia do Museu de História Natural
da Bolívia "Alcide d'Orbigny".

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