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CARTA ABERTA AOS FORNECEDORES, COLABORADORES, SINDICATOS

E ASSOCIAÇÕES

No início de abril deste ano dirigi-me a todos para fazer uma digressão sobre a
Santa Casa e apresentar as medidas que estavam sendo tomadas em direção
aos novos caminhos da Instituição.

Em relação ao problema do subfinanciamento da Tabela SUS, não vimos ainda


algum avanço, mas estamos preparando documento robusto mostrando como
pesa nos custos da Santa Casa o atendimento a procedimentos de pequena ou
média complexidade, gerando déficits que vão obrigatoriamente ser
incorporados às dívidas já elevadas.

Sobre as transferências municipais feitas com atrasos, esta situação melhorou


bastante, mas ainda não no nível que gostaríamos e que seria importante para
nos dar mais controle do fluxo de caixa.

De parte de fornecedores e prestadores de serviços, houve agravamento das


dívidas, o que tem provocado paralisações mais acentuadas que se refletem no
futuro, já que reduzem a prestação dos serviços normais. Para se ter uma ideia,
o número de cirurgias, que já haviam sido afetadas no primeiro semestre do ano,
cai de 3.230 para 1.197 no segundo semestre.

Repetimos o que dissemos naquele momento:


“não há como fazer reparo às atitudes de prestadores de
serviços ou fornecedores, pois não é deles a obrigação de
manter a Santa Casa funcionando na sua integralidade, mas
do Poder Público para quem a prioridade com a Saúde deve
representar muito mais do que uma obrigação constitucional,
contudo um dever humanitário”.

Para as dívidas, os esforços foram na direção de se conseguir apoio parlamentar,


o que resultou em dois momentos históricos para a Santa Casa, o primeiro pela
visita de 19 deputados estaduais e seis vereadores, no dia 18.09.23, quando
definiram emendas de R$ 500 mil reais dos deputados. O segundo momento foi
a concretização das emendas, aprovadas em dezembro, com Lei já sancionada
pelo Governador e o MAPP estabelecido, no montante de R$ 16,0 milhões.

Lamentavelmente, por questões de orçamento, R$ 14,0 milhões desses recursos


serão transferidos apenas em 2024, ao ser reaberto o sistema de pagamentos
do governo, impactando negativamente em todo o planejamento que já
fizéramos para reduzir os débitos atuais ainda este ano.

Mas, considerando que os recursos estão tacitamente assegurados, já estamos


com a projeção de liberação, tão logo eles sejam aportados, significando um
abate significativo das atuais dívidas.
Internamente, continuamos evoluindo na estruturação de uma Santa Casa
moderna, inovadora e sustentável, de forma a não mais convivermos com esses
percalços que incomodam a todos nós.

Assim, agradecemos com muita ênfase a todos os que estão abraçados conosco
neste nobre causa e nos mantemos convictos de que a justeza dos nossos
pleitos será enfim entendida e abraçada por todos os demais protagonistas.

Adm. Vladimir Spinelli Chagas


Provedor

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