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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO -

IFPE (CAMPUS RECIFE)

BRUNA LETÍCIA MARQUES MACHADO DA SILVA


CAMILA SOUZA PRIMO

PROJETO EXECUTIVO: PAVIMENTO FLEXÍVEL


PELO MÉTODO DNER/DNIT

Projeto executivo apresentado à


disciplina de Estradas II como requisito
da nota da 2º unidade na turma de
Engenharia Civil do IFPE-campus Recife,
sob orientação do Prof. Roubier Muniz
de Souza.

Recife, 2024.
PROJETO EXECUTIVO: PAVIMENTO FLEXÍVEL
PELO MÉTODO DNER/DNIT

Recife, 2024.
ÍNDICE

1.Objetivos…………………………………………………………………………..……….1

2.Estudo do subleito…………………………………………………………………...……1

2.1 ISC de projeto……………………………………………………………...……4

3.Número N…………………………………………………………………………….…..10

3.1Número N (AASHTO)…………………………………………..………..….…11

3.2Número N (USACE)……………………………………………………………14

4. Ocorrência dos materiais…………………………………………………………....…18

5.Dimensionamento da espessura…….………………………………………...………20

6.Cálculo do volume……………………………………………………………………….21

7.Custo de material………………………………………………………………………..23

8.Custo de transporte……………………………………………………………………..23

9.Custo de execução……………………………………………………………………...28

10.Comparação dos custos………………………………………….…………………...28

11. Definição do pavimento técnico e econômico………………………………………29

12. MeDiNa…………………………………………………………………………………32

13.Anexos (Desenhos)
1. OBJETIVOS (CAMILA)

● Analisar o estudo de tráfego e determinação do número “N” para o


cálculo do dimensionamento;
● Analisar o estudo geotécnico do subleito ao longo do trecho e
apresentar memórias de cálculo do índice de Suporte Califórnia de
projeto (ISC) dos segmentos considerados homogêneos.
● Apresentar memórias de cálculo do dimensionamento das camadas do
pavimento.
● Indicar a melhor solução técnico- científica a partir dos materiais
disponíveis para execução da pavimentação.

2. ESTUDO DO SUBLEITO (CAMILA)

2.1 Classificação dos trechos

Para o nosso projeto, inicialmente, foi analisado o estudo geotécnico do


subleito e foi realizada a classificação do solo, sendo necessário o cálculo do Índice
de Grupo (IG) utilizando a fórmula ilustrada na figura 1 e classificando o solo de
acordo com o padrão HRB na Figura 2.
Figura 1

Figura 2
Como resultado, analisando todos os furos, a maioria dos furos resultaram na
classificação A-7-5 (solos argilosos), mas também foram encontrados A-4,
A-1-b, A-2-4, A-6, A-4 e A2-7 . Como o solo não é totalmente homogêneo, foi
necessário dividi-lo em trechos de acordo com sua homogeneidade. A divisão
foi feita de acordo com a classificação do solo H.R.B analisando os trechos
mais homogêneos possíveis. Dessa forma, o projeto resultou em 3 trechos.

2.1.1 TRECHO 1

O trecho 1 corresponde até a estaca 212 e envolve a Jazida 1, Jazida 2, Jazida 3 e


Jazida 4.

ISC
ESTAC PROF.(m) GRANULOMETRIA (% passando) Class. TRECH OU
FUR POS. LL IP IG CBR
A OS
Inicial Final 2" 1" 3/4" 3/8" #4 #10 #40 #200 HRB %

1 2 BE 0 1 50,2 19,9 100 100 100 99,1 97,3 90,1 71,2 13 A-7-5 13

2 8 BD 0 1 45,8 17,4 100 100 100 99,7 98,7 86,8 64,8 9 A-7-5 15

3 16 BD 0 2 43,2 15,1 100 100 100 100 94,5 82,5 61,2 7 A-7-5 17

4 24 BE 0 1 38,7 10,8 100 100 94,2 88,4 66,3 49,9 38,6 0 A-4 23

5 35 BD 0 2 NL NP 100 97,4 80,6 68,4 50,1 35,7 24,7 0 A-1-b 39

6 44 BD 0 2 24,2 NP 100 95,1 80,2 68,7 57 42,9 25,4 0 A-2-4 33

7 49 BD 0 2 NL NP 100 100 100 99,8 95,1 59,4 33,4 0 A-2-5 31


T1
8 53 BE 0 3,5 41,5 NP 100 100 94,5 92,4 88,6 76,9 38,4 0 A-7-5 39

9 60 BD 0 2 44,2 NP 100 100 93,8 89,9 80,4 70,6 43,3 1 A-7-5 29

10 68 BD 0 1,5 46,7 11,3 100 100 98,8 94,3 84,5 79,9 57,4 5 A-7-5 16

11 76 BD 0 1 44,9 14,3 100 100 100 96,8 92,4 88,3 66,2 8 A-7-5 15

12 83 BE 0 1,5 48,5 12,9 100 100 100 99,1 92,8 87,2 69,3 9 A-7-5 14

13 91 BE 0 2 44,3 14,9 100 100 100 98,2 94,5 88,9 62,4 8 A-7-5 13
14 98 BD 0 1 41 15,6 100 100 100 97,5 91,6 87,6 68,9 9 A-7-5 16

15 108 BD 0 2 44,9 16,3 100 100 100 99,6 92,4 86,9 64,5 9 A-7-5 14

16 118 BE 0 2,5 39,9 12,5 100 100 99,3 98 94,9 89,7 55,1 5 A-6 13

17 126 BD 0 1 47,8 16,3 100 100 100 98,1 93,8 86,4 64,9 9 A-7-5 19

18 135 BE 0 2 49,9 17,5 100 100 100 99,2 94,8 89,6 66,7 10 A-7-5 16

19 143 BE 0 1 47,5 16,9 100 100 100 98,7 93,8 92,1 71,3 11 A-7-5 14

20 150 BD 0 2 46,9 14,8 100 100 100 99,3 96,4 88,9 66,8 9 A-7-5 14

21 154 BE 0 3,5 56 12,1 100 100 99,8 99 98 94,1 61,8 8 A-7-5 19

22 158 BD 0 2 44,3 16,3 100 100 99,4 98,9 93,4 92,1 72,3 10 A-7-5 16

23 162 BE 0 1 49,1 18,8 100 100 94,8 92,9 89,2 82 61 9 A-7-5 17

24 174 BE 0 3 44,8 17,4 100 100 100 94,9 87,9 79,9 65,3 9 A-7-5 16

24 174 E 3 5 26,4 5,1 100 100 97,2 94,4 91,6 87 59 4 A-4 10

25 178 E 0 3 39,9 12,8 100 100 100 99,2 94,8 88,9 68,9 7 A-6 12

25 178 E 3 4 NL NP 100 100 98,8 97,8 95,5 81,5 40,9 6 A-7-5 19

26 182 E 0 2,3 36,6 9,1 100 100 99,2 91,3 84,9 77,3 56,3 4 A-4 16

26 182 E 2,3 4,5 NL NP 100 100 98,7 96 90,3 80,5 64,7 13 A-7-5 10

27 188 E 0 2,5 43,9 18,8 100 100 100 99,5 92,5 86,9 66,7 10 A-7-5 18

28 192 E 0 3 49,8 21,2 100 100 100 100 94,8 90,7 78,5 10 A-7-5 13

28 192 E 3 4,5 NL NP 100 100 100 99,4 99,2 97,1 61,7 13 A-7-5 4

29 196 E 0 3 51,2 22,5 100 100 100 100 95,9 89,9 80,9 15 A-7-5 14

29 196 E 3 5 NL NP 100 100 100 100 99,8 98,4 75,9 16 A-7-5 4

30 200 E 0 2,5 51,6 19,8 100 100 100 100 98,4 95,2 81,4 14 A-7-5 11

31 204 E 0 3,5 52,4 22,7 100 100 100 100 99,5 92,7 85,4 15 A-7-5 12

32 208 E 0 3 49,9 18,4 100 100 100 99,8 99,2 94,5 88,1 13 A-7-5 11

33 212 E 0 2,5 47,4 15,9 100 100 100 100 100 94,8 90,2 80,1 11 A-7-5 15

2.1.1 TRECHO 2

O trecho 2 vai da estaca 226 até a estaca 416 envolvendo a Jazida 5.

ISC
ESTAC PROF.(m) GRANULOMETRIA (% passando) Class. TRECHO OU
FUR POS. LL IP IG CBR
A S
Inicial Final 2" 1" 3/4" 3/8" #4 #10 #40 #200 HRB %

34 226 E 0 2,1 35,8 10,9 100 100 93,1 79,8 70,8 60,4 37,2 0 A-6 16

34 226 E 2,1 0 A-4 0

35 229 E 0 2,4 37,9 8,9 100 100 94,6 80,7 74,8 66,4 42,3 1 A-4 14

35 229 E 2,4 0 A-7-5 0


T2
36 237 E 0 3,5 44,2 12,8 100 100 100 94,8 84,8 79,3 68,4 8 A-7-5 10

37 241 E 0 1,5 40,8 14,4 100 100 100 91,5 86,8 80,7 62,4 7 A-7-5 15

38 245 E 0 3,5 42,9 16,3 100 100 100 95,6 90,9 84,7 69,2 9 A-7-5 14
39 257 E 0 3 38,5 12,9 100 100 100 96,3 91,5 84,5 55,2 5 A-6 12

39 257 E 3 4,5 NL NP 93 76,4 53,4 41,4 31,6 25,2 13,4 0 A-2-5 41

40 261 E 0 3 35,4 13,1 100 100 98,2 95,9 94,3 89,8 50,4 4 A-6 13

41 274 BE 0 1,5 29,4 8,6 100 97,9 82,9 75,2 70,2 64 36 0 A-4 12

42 287 E 0 3,5 32,7 NP 100 89,3 81,6 81 79,8 74 38 5 A-6 11

43 291 E 0 1,5 33,4 5,9 100 99 94,6 89,2 81,9 79,3 45,2 2 A-4 11

44 305 BD 0 1 35 NP 100 100 90,7 83,9 78,6 66,9 36,5 4 A-6 27

45 315 BD 0 2,5 NL NP 100 100 100 99 97 79 35,9 4 A-7-5 17

46 324 E 0 1,5 NL NP 100 100 100 100 95,3 84,6 37 4 A-7-5 21

47 328 E 0 3,5 32,3 NP 100 100 99 97 92,8 84,8 40,9 6 A-6 45

48 339 E 0 3 31 10,8 100 100 100 99,8 99,3 92,3 31,1 0 A-2-4 16

49 343 E 0 2 27,4 NP 100 89,8 79,1 76,1 72,5 64,1 31,2 3 A-2-7 16

50 351 E 0 2,5 26,4 NP 100 100 98,6 98 96,1 82,6 48,1 9 A-6 17

51 354 E 0 3 38,4 5,6 100 100 100 100 87,4 68,6 57,2 4 A-4 19

52 368 E 0 2,5 43,2 20,2 100 100 100 99,8 99,2 92 54 8 A-7-5 14

52 368 E 2,5 4 44 NP 100 100 100 100 100 84,2 46,7 8 A-7-5 6

53 371 E 0 3 42,3 NP 100 91,7 72,4 65,8 59,9 48,2 28,4 2 A-2-7 22

53 371 E 3 6 40,9 NP 100 100 100 100 99,8 88 50,7 10 A-7-5 5

53 371 E 6 8 NL NP 100 100 100 99,2 98,6 92,6 55,4 12 A-7-5 3

54 375 E 0 3 32,6 5,9 100 100 99,2 97,4 95 89 71,8 7 A-4 14

54 375 E 3 4 NL NP 100 100 99,8 99,2 98,8 95,3 67,1 14 A-7-5 10

55 379 E 0 1,5 45 17 100 80,8 70,7 67,7 66,1 59,1 44,4 4 A-7-5 21

56 384 E 0 1 NL NP 100 100 88,2 82,3 73,7 60,1 31,3 3 A-2-7 19

57 394 BE 0 2,5 50,4 NP 100 100 100 98,4 96,3 85,9 54,6 12 A-7-5 12

58 397 E 0 2,5 NL NP 100 87,4 78,1 76,4 73,6 62,6 32,9 3 A-2-7 37

59 401 E 0 1 NL NP 100 100 100 100 100 89,4 47,5 9 A-7-5 16

60 407 BD 0 1 38,9 NP 100 100 100 88,1 76,5 61,4 41,9 6 A-6 24

61 416 BD 0 2,5 41,2 6,8 100 100 100 98,5 94,5 90,3 88,3 8 A-5 10

2.1.3 TRECHO 3

O trecho 3 vai da estaca 420 até a estaca 505. Ela é composta pela Jazida 6, Jazida
7 e Jazida 8.
ISC OU
ESTAC PROF.(m) GRANULOMETRIA (% passando) Class.
FUR POS. LL IP IG TRECHOS CBR
A
Inicial Final 2" 1" 3/4" 3/8" #4 #10 #40 #200 HRB %

62 420 E 0 3 44,8 11,2 100 100 100 100 92,5 88,7 80,6 9 A-7-5 10

63 442 E 0 3 45,9 13,6 100 100 99,8 94,5 88,7 84,3 74,5 10 A-7-5 14

63 442 E 3 5 46,9 14,1 100 100 100 100 94,5 90,9 84,5 11 A-7-5 11
T3
64 451 E 0 2 44,2 9,4 100 100 100 100 89,2 80,9 72,5 8 A-5 10

65 463 E 0 1 45,1 15,8 100 100 100 100 98,5 91,6 84,5 11 A-7-5 10
66 467 E 0 3 49,9 16,9 100 100 100 98,5 95,6 89,6 78,4 12 A-7-5 15

66 467 E 3 6,5 43,9 NP 100 100 100 99,3 94,5 90,9 84,9 16 A-7-5 5

67 471 E 0 2,5 48,4 14,8 100 100 100 100 95,6 87,8 81,9 11 A-7-5 10

68 485 E 0 2,8 44,5 21,5 100 100 100 100 100 88,9 75,9 13 A-7-5 19

68 485 E 2,8 A-7-5 0

69 489 E 0 2 49,8 22,9 100 100 100 100 98,8 90,2 78,9 15 A-7-5 17

69 489 E 2 A-7-5 0

70 498 E 0 1 40,6 18,1 100 100 100 100 100 88,9 74,5 11 A-4 11

71 501 E 0 2,5 41,6 19,8 100 100 100 100 100 96,4 84,2 12 A-7-5 11

72 505 E 0 3 47,2 23 100 100 100 100 99,6 93,4 60,1 11 A-7-5 21

72 505 E 3 5,5 35,1 14,8 100 92,3 87,8 86,3 84,3 77,1 38,2 1 A-6 24

2.2 Classificação do ISC (CAMILA)

Quanto ao cálculo do ISC de projeto de cada trecho, foi necessário calcular a média
dos trechos e o desvio padrão conforme a figura 3 :

Figura 3-
Inicialmente calculamos a média de cada trecho (figura X)

Logo após isso, calculamos o desvio padrão (figura X)

E, por fim, chegamos ao ISC de projeto.


Segue a tabela final com o ISC de projeto para cada trecho que foi utilizado:

3. CÁLCULO DO NÚMERO N (CAMILA)

O número N é o número equivalente de operações de um eixo que foi tomado


como padrão. Esse eixo utilizado como padrão é o de 8,2t. A grande importância do
cálculo do número N é para saber a durabilidade do pavimento. Dessa forma, para o
cálculo do número N foram utilizados dois métodos: AASHTO e USACE.
A diferença básica entre esses dois métodos está no cálculo do FV ( fator de
veículo). Para o nosso dimensionamento, escolhemos o número N pelo método
USACE, visto que ele é recomendado para pavimentos novos e foca mais na
resistência das camadas da estrutura e sobretudo, na integridade do subleito. Já o
método AASHTO (método mecanicista) foca mais na perda serventia do pavimento
perante às cargas dos veículos, segundo o Manual de estudos de Tráfegos do DNIT.

Dados para o cálculo:


● Pista Dupla;
● Fator Climático igual a 1,0;
● Período de Projeto igual a 10 anos;
● Taxa de crescimento de tráfego de 3% ao ano;
● Apresentar o desenho da seção típica do pavimento.

3.1 Número N (método AASHTO)

Método mais simples por não variar as faixas de carga (só pra lembrar, depois eu tiro).

● Passo 1: Cálculo do volume médio diário anual

Inicialmente, observou-se os tipos de veículos usados para o


dimensionamento do nosso projeto junto com a quantidade de veículos que
trafegam naquela rodovia. O somatório desses veículos resultou no nosso valor
do volume médio diário anual (figura a).Lembrando que não foi considerado os
veículos de passeio para nosso dimensionamento.

Volume
Volume médio diário anual
médio
diário
ANO 2C 3C 4C 2S1 2S2 2S3 3S2 3S3 2C2 2C3 3C2 3C3 3D4 3Q4 3T6 2CB 3CB anual
2023 10 0 15 0 2 150 15 15 10 5 15 2 0 0 0 150 0 389

Como foi fornecida uma taxa de crescimento do tráfego de 3% ao ano para


um período de projeto de 10 anos, multiplicou-se a quantidade de veículos
encontrados no ano atual (2023) por 1,03 ( taxa de aumento), com uma projeção
para o ano de 2033.

● Passo 2: Cálculo do Fator de equivalência por eixo


No manual do DNIT é fornecido uma tabela (segue abaixo) que relaciona os tipos de
eixo dos veículos com equações. Essas equações são baseadas no peso suportado para
cada tipo de eixo.

Fator de equivalência por eixo


Limite
Eixo máximo (T) Equação FC
SRS 6 1º 0,3273
SRD 10 2º 2,3944
TD 17 3º 1,6424
TT 25,5 4º 1,5599

● Passo 3: Cálculo do Fator de Eixo (FE) e Fator de veículo (FV)

Para saber o tipo de eixo do veículo, foi necessário verificar na tabela do DNIT,
conforme a figura abaixo:
A partir daí, foram atribuídos os eixos para cada tipo de veículo, calculando o
FVind de cada tipo de veículo. Com o % da tabela dos veículos totais, resultou na
porcentagem dos veículos. Por fim, para achar o FV foi necessário multiplicar o
FVind pelo %.

● Passo 4: Cálculo do volume inicial

>Dado na questão: Pista Dupla.

389
V1= 2
= 194,5

● Passo 5: Veículos por período (crescimento linear)

>Dado na questão: Período de 10 anos e crescimento de 3% ao ano.

Vp= 194,5*(1+10*0,03)= 252,85


● Passo 6: Veículos médio por dia

Vm= (194,5 + 252,85)/2= 223,675

● Passo 7: Volume total de veículos por ano (10 anos)

Vt=365*223,675*10 = 816413,75

● Passo 8: Número N

𝑁 = 𝐹𝑉 * 𝐹𝑅 * 𝑉𝑡
N=3,7125 *1*816413,75 = 3,03E+06

3.2 Número N (método USACE)

● Passo 1: Cálculo do volume médio diário anual.

Foi utilizado o mesmo procedimento do método AASHTO.


● Passo 2: Cálculo do Fator de equivalência por eixo

No manual do DNIT é fornecido uma tabela (abaixo) que relaciona os tipos de eixo
dos veículos com equações. Essas equações são baseadas no peso suportado para cada
tipo de eixo.
Fator de equivalência por eixo
Limite
máximo
Eixo (T) Equação FC FC considerado
SRS 6 1º 0,2779 0,28
SRD 10 2º 3,2895 3,29
TD 17 4º 8,5488 8,55
TT 25,5 6º 9,2998 9,3

● Passo 3: Cálculo do Fator de Eixo (FE) e Fator de veículo (FV)

Para saber o tipo de eixo do veículo, foi necessário verificar na tabela do DNIT,
conforme já mostrado para o modelo AASHTO.
A partir daí, foram atribuídos os eixos para cada tipo de veículo, calculando o
FVind de cada tipo de veículo. Com o % da tabela dos veículos totais, resultou na
porcentagem dos veículos. Por fim, para achar o FV foi necessário multiplicar o
FVind pelo %.

● Passo 4: Cálculo do volume inicial

>Dado na questão: Pista Dupla.


389
V1= 2
= 194,5

● Passo 5: Veículos por período (crescimento linear)

>Dado na questão: Período de 10 anos e crescimento de 3% ao ano.

Vp= 194,5*(1+10*0,03)= 252,85

● Passo 6: Veículos médio por dia

Vm= (194,5 + 252,85)/2= 223,675

● Passo 7: Volume total de veículos por ano (10 anos)

Vt=365*223,675*10 = 816413,75

*o mesmo do método AASHTO.

● Passo 8: Número N

𝑁 = 𝐹𝑉 * 𝐹𝑅 * 𝑉𝑡
N=9,39 *1*816413,75 = 7,67E+06- Adotado!
4. ESTUDO DAS OCORRÊNCIAS DE MATERIAIS

Foi fornecido para o projeto a seguinte ocorrência de materiais:

Através dos dados geotécnicos e dados fornecidos pelo professor, verificamos o


CBR (%), de cada jazida, medida in loco, sendo necessário calcular o CBR de
projeto (%), utilizando-se do mesmo processo para definição do CBR dos trechos.

Com os CBRproj calculados, tivemos que fazer a verificação técnica para saber em
qual faixa do solo cada jazida poderia se enquadrar. Para isso, foi necessário usar
os limites estabelecidos pelo DNIT, conforme a tabela abaixo.
Além da utilização dos materiais anteriormente citados, também estudou-se a
respeito da utilização de solo-cimento como uma opção que poderia ser utilizada
tanto na sub-base, como na base. O CBR foi definido a partir da fórmula:

O solo-cimento escolhido foi com resistência entre 45-28kg/cm² pois adotamos a


utilização do cimento de 32MPa. Além disso, foi definido teor de 8% de cimento para
os trechos 1 e 2 por se tratarem de um subleito melhor, e 10% para o trecho 3 por
tratar-se de um solo com subleito pior. Obtendo como CBR de projeto os dados
abaixo:
Seguindo o critério técnico do DNIT, para sub-base inicialmente, estabelecemos a
mistura de 30% de brita com 70% de argila, cascalho e solo-cimento. Já para base,
utilizou-se das jazidas de pedreira e mistura de 60% de brita com 40% de argila.

5. DIMENSIONAMENTO DA ESPESSURA

O dimensionamento é iniciado a partir da definição das espessuras da base e


sub-base. O cálculo é feito a partir da fórmula:
- CBRsb = 20 (pois é o limite que visto pelo ábaco)
- N= 7,67*10ˆ6
H20 = 77,67*Nˆ0,0482 * CBRsbˆ-0,598
- R = 7,5cm
- krevest = 2
- kb = 1 (materiais granulares)

B= (H20 - R * kr)/kb

- CBRsleito= X
Hsleito = 77,67*Nˆ0,0482 * CBRsbˆ-0,598
- ks = 1 (materiais granulares)
- ks= 1,4 (solo-cimento 45-28kg/cm²)
h20 = (Hsleito - R * kr - B * kb)/ks

Obtendo os seguintes resultados:


6. CÁLCULO DO VOLUME
Após o cálculo da espessura, foi possível definir o volume de material que seria
usado na base e sub-base de cada trecho.

Com a definição prévia da base menor (12m) e após os cálculos de definição das
espessuras, calculou-se o valor da base maior respeitando a proporção de 2:3.
Em seguida, foi possível calcular a área de cada camada através do cálculo de área
de um trapézio, em seguida sendo obtido o valor do volume da base e sub-base por
trecho.

Importante ressaltar que, no cálculo de área da sub-base foi considerado como


espessura a soma de base e sub-base, abatendo a área da base no fim, a fim de
facilitar a resolução.

Dessa forma, os valores obtidos para os três trechos levando em consideração os


materiais granulares (cascalho, pedregulho e aterro, que são classificados dessa
forma por isso o ks = 1,0) e do solo cimento foi:
7. CUSTO DE MATERIAL
O custo da utilização de cada tipo de material foi feito através da tabela SINAPI de
11/2023, obtendo os valores de:

Em que a mistura de 30% de brita com 70% de argila foi calculado utilizando-se
dessas proporções para o cálculo do valor unitário, usando como referência o valor
dos materiais:
- (Ref. 00004718) PEDRA BRITADA N. 2 (19 A 38 MM) POSTO PEDREIRA/FORNECEDOR,
SEM FRETE: R$105,03/m³
- (Ref. 00006077) ARGILA OU BARRO PARA ATERRO/REATERRO (RETIRADO NA JAZIDA,
SEM TRANSPORTE): R$33,70/m³

Para a determinação do valor unitário do m³ de cascalho, foi admitido o insumo abaixo, ainda de
acordo com a tabela do SINAPI:
- (Ref.00004744) CASCALHO DE RIO: R$97,47/m³
Já para o cálculo do solo-cimento considerou-se 8% de adição de cimento para 92% de argila do
aterro nos trechos 1 e 2, e 10% de cimento para 90% de argila no trecho 3. Além disso, o SINAPI
disponibiliza o valor do cimento em KG, no qual foi feita a transformação para m³. Através de
pesquisas, encontramos que a densidade do cimento portland é de 1440 kg para cada m³, em
que o valor do quilo é R$0,70. Sendo assim:
- (Ref. 00001379) CIMENTO PORTLAND COMPOSTO CP II-32: R$0,70/kg
- (Ref. 00006077) ARGILA OU BARRO PARA ATERRO/REATERRO (RETIRADO NA JAZIDA,
SEM TRANSPORTE): R$33,70/m³

Para cálculo do custo do material para base, utilizou-se da mesma linha de raciocínio,
modificando apenas a proporção de brita e argila para 60% e 40% respectivamente, ao invés de
cascalho utilizou-se pedreira. A pedreira foi considerada o mesmo insumo de brita que é
utilizado para mistura com argila, porém em sua forma pura.

8. CUSTO DE TRANSPORTE
O custo de material é definido inicialmente pela definição do DMT de cada material
para cada trecho. O primeiro passo é a definição das distâncias econômicas.

dj2: distância da jazida final até o trecho


L: distância entre as jazidas
dj1: distância da jazida inicial até o trecho

Após isso, há a definição do consumo total de cada material, em que se é abatido o


limite de distribuição das jazidas anteriores, desde que elas façam a distribuição do
mesmo material.
O volume necessário de cada jazida é feito a partir da multiplicação do consumo
pelo percentual de peso específico de aterro pelo corte.

Em seguida é possível fazer o cálculo do DMT em que inicialmente deve-se separar


a distância de cada jazida à direita e esquerda do trecho, em que o Vi é a
multiplicação do consumo em m³/km descoberto na etapa anterior, Di é o resultado
da soma da distância da jazida até o trecho com a metade do trecho de distribuição.
O DMT é definido pela divisão do somatório dos Vi pelo Vi*Di das jazidas de mesmo
material.

Obteve-se os seguintes resultados:


Trecho 1, no qual foi desconsiderada a Jazida 8 em virtude da distância:
Trecho 2, em que foi desconsiderada as Jazidas 1 e 8 em virtude da distância:

Trecho 3, em que foi desconsiderada as Jazidas 1 e 8 em virtude da distância:

O mesmo processo foi utilizado para definição da base, obtendo os valores abaixo:

Trecho 1, no qual foi desconsiderada a Jazida 8 em virtude da distância:


Trecho 2, em que foi desconsiderada as Jazidas 1 e 8 em virtude da distância:

Trecho 3, em que foi desconsiderada as Jazidas 1 e 8 em virtude da distância:

Em um resumo sintético, os resultados obtidos foram:


9. CUSTO DE EXECUÇÃO
O custo foi inicialmente feito para o transporte baseando-se no DMT. Foi utilizado o
Sistema de Custo de Referência de Obras (SICRO) do DNIT de Janeiro/2023 em
que se utilizou os seguintes serviços para coleta dos valores:
- (Ref. 5502109) Escavação, carga e transporte de material de 1ª categoria -
DMT de 50 a 200 m - caminho de serviço em leito natural - com escavadeira
e caminhão basculante de 14 m³ - R$5,84/m³
- (Ref. 5501710) Escavação, carga e transporte em material de 1ª categoria -
DMT de 50 m - R$2,83/m³
- (Ref. 5502825) Escavação, carga e transporte de material de 1ª categoria na
distância de 3.000 m - caminho de serviço em leito natural - com escavadeira
e caminhão basculante de 14 m³ - R$11,55/m³

Onde obteve-se os seguintes valores de transporte por material:

10. COMPARAÇÃO DOS CUSTOS


Após ter em mãos o custo dos materiais por camada e o custo do transporte para
cada material em cada trecho, foi possível fazer a comparação do custo dos custos
da utilização, para definir qual será o tipo de pavimento a ser utilizado. Abaixo,
segue comparativo, separado por trecho:
Para o custo de transporte do DMT houve os acréscimos de custo de indenização,
recuperação ambiental e melhorias de acesso em que os valores foram de:
- Pedreira (J4 e J7): R$780.000,00
- Cascalho (J2): R$255.000,00
- Cascalho (J6): R$135.000,00
11. DEFINIÇÃO DO PAVIMENTO TÉCNICO E ECONÔMICO

Após ser realizado uma análise crítica, levando em consideração especialmente o


custo da aquisição dos materiais, definiu-se que o pavimento constaria com a
sub-base de 30% de brita e 70% de argila, e a base seria de solo-cimento,
utilizando-se do material de aterro das jazidas disponíveis e cimento comprado em
distribuidora. Embora nos cálculos não tenha se contabilizado o frete do cimento até
os trechos, em comum acordo considerou-se que o frete seria em um valor que não
supriria o segundo material com custo mais barato para realização do pavimento.Os
materiais com o valor total em laranja foram os considerados para utilização.
Dessa forma, o custo total do pavimento, considerando o revestimento fica
R$12.849.768,82. Em que é necessário saber das seguintes informações:
- O custo do concreto betuminoso utilizado, seguindo a tabela do SINAPI
(11/2023) foi: (Ref. 00001518) CONCRETO BETUMINOSO USINADO A
QUENTE (CBUQ) PARA PAVIMENTACAO ASFALTICA, PADRAO DNIT,
FAIXA C, COM CAP 50/70 - AQUISICAO POSTO USINA - R$780,00/t
O volume do revestimento é realizado da mesma maneira que para as outras
camadas do pavimento, dessa forma, obteve-se os seguintes resultados:
- A densidade do concreto betuminoso é 1,3t/m³ resultando nos valores abaixo
para conversão:

Abaixo segue os valores de custo do revestimento por trecho, onde foi


desconsiderado o valor do frete até a obra:

O custo total do pavimento, separando por trecho e camadas foi:


12. Dimensionamento -MEDINA

Através da tabela para o cálculo do FV por meio de USACE, foi preenchida a tabela
do software MeDiNa utilizando as informações sobre eixos, que foram feitas
manualmente no excel como citado no início do relatório ao calcular o número N .
Segue a comparação do número N que foi calculado manualmente e o encontrado
no software.

Foram completadas cada camada de acordo com o banco de dados do próprio


software levando em consideração os materiais e espessura já definidos no
dimensionamento feito manualmente.

Após ter apertado em “dimensionar” em relação a camada do revestimento, o


software adequa a camada no que seria ideal para o dimensionamento. O nível de
confiabilidade de análise girou em torno de 85% com área trincada estimada no fim
de período de 7,2%, sendo um ponto positivo.
Por fim, segue imagens do relatório gerado no software.
13. ANEXOS

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