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Universidade de Luanda

Instituto Politécnico de Gestão, Logística e Transportes


Departamento de Ciências Sociais, Empresarias e Económicas
Licenciatura em Gestão
Mercados e Investimentos Financeiros (MIF)

OS BENEFÍCIOS DA CARTEIRA DE ACTIVO NOS


INVESTIDORES

Luanda, 2023/2024
Universidade de Luanda
Instituto Politécnico de Gestão, Logística e Transportes
Departamento de Ciências Sociais, Empresarias e Económicas
Licenciatura em Gestão
Mercados e Investimentos Financeiros (MIF)

OS BENEFÍCIOS DA CARTEIRA DE ACTIVO NOS


INVESTIDORES

Trabalho apresentado ao Departamento de Ciências


Sociais, Empresarias e Económicas do Instituto
Politécnico de Gestão, Logística e Transportes da
Universidade de Luanda, como requisito para
aprovação da segunda parcelar na Unidade
Curricular Mercados e Investimentos Financeiros
(MIF), sob orientação do Prof. Austreségilo Yoba.

Luanda, 2023/2024
FICHA TÉCNICA

GRUPO Nº 2
TURMA: GE4T
TURNO: TARDE
ANO: 4º ANO
INTEGRANTES DO GRUPO:
1. 20200233 Bernardeth Domingas Thanga (90%)
2. 20200201 Gilniro Leonel Antas dos Santos Júnior (100%)
3. 20200477 Marilson da Cunha Bartolomeu (90%)
4. 20200412 Mauro António Pinto de Sousa (100%)
ÍNDICE

I. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 1

1.1. Objetivos Geral e Específicos ........................................................................... 1

1.2. Problemática ..................................................................................................... 2

1.3. Justificativa ....................................................................................................... 2

II. REFERÊNCIA TEÓRICA: DESENVOLVIMENTO ................................................... 3

2.1. Conceitos de Carteira de Activo ....................................................................... 3

2.2. Evolução histórica das carteiras de activos ...................................................... 5

2.3. Teoria da Carteira De Activos ........................................................................... 6

2.4. Benefícios da Carteira de Activos ................................................................... 10

2.5. Exercício de Aplicação da Teoria da carteira de Activo .................................. 12

2.5.1. Resolução dos Exercícios ........................................................................ 14

2.5.2. Interpretação dos Resultados .................................................................. 16

III. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 17

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 18


I. INTRODUÇÃO

O presente trabalho científico tem como tema “Os Benefícios da Carteira


de Activo nos Investidores”. Os mercados financeiros têm sido palco de uma constante
evolução e complexidade, proporcionando aos investidores um vasto leque de
oportunidades e desafios. Nesse cenário dinâmico, a construção de uma carteira de
activos emerge como uma estratégia fundamental para os investidores, visando não
apenas maximizar os retornos, mas também mitigar riscos inerentes às flutuações do
mercado. Este trabalho se propõe a investigar de maneira aprofundada os benefícios
da carteira de activos, destacando sua importância na gestão financeira pessoal e
corporativa.

A diversificação de activos, uma prática consagrada na teoria financeira,


constitui o cerne da construção de carteiras eficientes. Ao distribuir investimentos
entre diferentes classes de activos, como ações, títulos e activos alternativos, os
investidores buscam reduzir a volatilidade e, por conseguinte, os riscos associados às
suas carteiras. A revisão da literatura neste estudo abordará as teorias e modelos que
sustentam a alocação de activos, fornecendo um arcabouço teórico sólido para a
análise dos benefícios dessa abordagem.

1.1. Objetivos Geral e Específicos

Analisar os benefícios da carteira de activos nos investidores, com ênfase


na otimização de retornos e na gestão eficiente de riscos nos contextos financeiros.

Especificamente, pretendemos:

• Investigar os conceitos e a teoria de carteira de activos ou investimentos;


• Investigar a evolução histórica das carteiras de activos e sua adaptação às
mudanças nas condições de mercado;
• Avaliar o impacto da diversificação de activos na redução da volatilidade e
mitigação de riscos.

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1.2. Problemática

A complexidade dos mercados financeiros e a crescente diversidade de


opções de investimento colocam desafios significativos para os investidores na busca
por maximização de retornos e controle de riscos. Diante desse cenário, surge a
seguinte problemática:

Como as carteiras de activos podem oferecer benefícios a gestão financeira


pessoal e corporativa?

1.3. Justificativa

A pesquisa sobre os benefícios da carteira de activos é justificada pela


relevância prática e teórica desse tema no contexto financeiro contemporâneo.
Compreender como a alocação estratégica de activos pode influenciar positivamente
a gestão de portfólios é essencial para investidores, gestores de fundos e demais
agentes do mercado. Além disso, a justificativa se baseia na necessidade de
preencher lacunas existentes na literatura e fornecer insights valiosos que possam
orientar decisões de investimento e estratégias de gestão de activos em ambientes
econômicos desafiadores. Este estudo visa, portanto, contribuir para o avanço do
conhecimento na área financeira e prover orientações práticas para profissionais e
investidores.

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II. REFERÊNCIA TEÓRICA: DESENVOLVIMENTO

2.1. Conceitos de Carteira de Activo

A carteira de activos é um conceito fundamental na teoria financeira,


representando uma coleção de investimentos detidos por um indivíduo, empresa ou
fundo. Esta abordagem busca otimizar a alocação de recursos entre diferentes
classes de activos, como ações, títulos, imóveis e instrumentos financeiros variados,
com o objetivo de maximizar os retornos e reduzir os riscos associados.

Uma carteira de investimentos pode ser definida como sendo uma


aplicação de recursos financeiros em um conjunto de activos, sejam eles reais ou
financeiros, com o objetivo de se obter rendimentos maiores e riscos menores do que
a aplicação destes recursos em activos individuais (Ferreira, 2003).

Segundo Samanez (2007), a Carteira é uma combinação de activos, como


investimentos, ações, obrigações, commodities, imóveis, derivativos, títulos com
liquidez, entre outros activos nas quais uma pessoa física ou jurídica possa investir. A
sua finalidade é reduzir o risco com a diversificação. Markowitz (1952 apud
Nascimento, 2011) formalizou a ideia de diversificação e a aplicou a instrumentos
financeiros, que posteriormente serviram de base para o desenvolvimento de
modernas técnicas de quantificação do risco.

No âmbito da construção da carteira, a diversificação desempenha um


papel crucial. A diversificação, segundo o conceito moderno de carteira proposto por
Markowitz, refere-se à distribuição estratégica de activos de maneira a minimizar o
risco global sem sacrificar significativamente o potencial de retorno. Ao investir em
activos que não estão fortemente correlacionados, os investidores podem mitigar os
impactos negativos de eventos adversos em uma classe específica de activos.

Além disso, a teoria da carteira destaca a importância da fronteira eficiente,


um conceito que representa todas as combinações possíveis de activos que oferecem
o maior retorno esperado para um determinado nível de risco ou o menor risco para
um determinado nível de retorno. A construção dessa fronteira eficiente envolve a
avaliação cuidadosa do perfil de risco e retorno de cada ativo individual e as interações
entre eles.
3
A eficiência de uma carteira não se limita apenas à maximização de
retornos; ela também considera a aversão ao risco do investidor. A teoria moderna da
carteira destaca que dois investidores com aversão ao risco diferente podem ter
carteiras ótimas diferentes, evidenciando a natureza personalizada e adaptável desse
conceito na prática.

Quando se fala de conceito de carteira de activos é imprescindível definir


risco, retorno, rendimento e diversificação:

• Risco: O risco, no contexto financeiro, refere-se à possibilidade de perda ou


variação nos retornos esperados de um investimento. Ele é inerente a qualquer
decisão de investimento e está associado à incerteza do ambiente financeiro.
Existem vários tipos de risco, incluindo o risco de mercado (relacionado às
flutuações nos preços de mercado), o risco de crédito (associado à capacidade
de uma entidade cumprir suas obrigações financeiras) e o risco sistêmico
(relacionado a eventos que afetam todo o sistema financeiro). Os investidores
buscam equilibrar a busca por retornos mais elevados com a gestão eficiente
do risco, adotando estratégias como a diversificação de activos.
• Diversificação: A diversificação é uma estratégia que visa reduzir o risco de
uma carteira de activos distribuindo os investimentos entre diferentes classes
de activos e activos individuais. Ao investir em uma variedade de activos que
reagem de maneira diferente a eventos de mercado, os investidores podem
mitigar o impacto negativo de flutuações em uma classe específica de activos.
A diversificação é baseada na ideia de que, em determinados períodos, alguns
activos podem ter desempenho inferior, enquanto outros podem ter
desempenho superior. Portanto, uma carteira diversificada busca equilibrar o
risco global e otimizar os retornos. Essa abordagem foi popularizada pela teoria
moderna de portfólio, desenvolvida por Harry Markowitz.
• Retorno: o retorno, no contexto financeiro, refere-se aos ganhos ou perdas
obtidos a partir de um investimento em relação ao montante inicial investido.
Ele é uma medida crucial para avaliar o desempenho de uma aplicação
financeira e é expresso geralmente como uma porcentagem do investimento
inicial. Existem várias formas de retorno, incluindo juros, dividendos, ganhos de
capital e outros rendimentos gerados pelos activos.

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2.2. Evolução histórica das carteiras de activos

A evolução histórica das carteiras de activos remonta aos primórdios das


práticas de investimento. No início, os investidores frequentemente concentravam
seus recursos em activos específicos, como terras ou metais preciosos, refletindo uma
abordagem menos diversificada e mais focada na posse física de bens tangíveis. No
entanto, com o desenvolvimento dos mercados financeiros, especialmente a
ascensão das bolsas de valores no século XIX, os investidores começaram a explorar
estratégias mais amplas.

Antes do trabalho de Markowitz, os investidores focaram-se em avaliar


os riscos e rentabilidades de títulos individuais na construção das suas
carteiras. O objetivo era identificar os títulos que ofereciam as
melhores oportunidades de ganho com o menor risco e, em seguida,
construir uma carteira a partir destes (Freitas, 2018).

Com o advento da teoria moderna de portfólio na década de 1950, proposta


por Harry Markowitz, a evolução das carteiras de activos deu um salto significativo.
Markowitz propôs que os investidores se concentrassem na seleção de carteiras com
base nas suas características globais rentabilidade-risco em vez de simplesmente
construir carteiras a partir de títulos que apresentassem características atraentes de
rentabilidade-risco. Em suma, Markowitz propôs uma carteira de investimento
diversificada, conseguindo uma melhor relação entre a rentabilidade esperada e o
risco incorrido (Freitas, 2018).

Markowitz introduziu a ideia de diversificação estratégica, destacando a


importância de considerar não apenas o retorno individual de cada ativo, mas também
a interação entre eles. Essa abordagem revolucionária proporcionou uma nova visão
sobre a construção de carteiras, enfatizando a importância da relação entre risco e
retorno.

Ao longo do tempo, avanços tecnológicos, como a disseminação da


computação e o acesso fácil à informação financeira, permitiram o desenvolvimento
de modelos mais sofisticados de gestão de carteiras. A aplicação de algoritmos e
análises estatísticas levou à criação de modelos de otimização de carteira,
aprimorando ainda mais a eficiência na alocação de activos.

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Essa evolução destaca a necessidade de considerar não apenas os
aspectos tradicionais de retorno e risco, mas também os impactos sociais e ambientais
na construção de carteiras de activos. Assim, a evolução histórica das carteiras de
activos reflete não apenas avanços técnicos, mas também mudanças nas
perspectivas e valores dos investidores ao longo do tempo.

2.3. Teoria da Carteira De Activos

Segundo Nascimento (2011) ao que a literatura financeira dispõe, existe


um consenso entre acadêmicos e estudiosos desse campo, que o artigo intitulado,
Portfolio Selection: Eficient Diversification of Investiment, desenvolvido por Harry
Markowitz (1952), ocupa posição central no contexto da Moderna Teoria de Finanças.
Isso decorre em função das bases conceituais que nortearam essa teoria,
especialmente quando observada a relação risco e retorno na composição de
carteiras de investimentos.

Nesse sentido, Markowitz (1952 apud Nascimento, 2018) estabeleceu duas


unidades estatísticas de análise que seriam utilizadas no dimensionamento da relação
risco e retorno. A primeira delas é a variância, a qual representaria as dimensões do
risco, e a segunda é o cálculo da média, representando a expectativa de retorno.

Quanto aos efeitos do risco, especialmente os não diversificáveis,


Markowitz (1952) argumenta ser aspecto de difícil eliminação. Entretanto, uma
alternativa que potencialmente minimizaria seus efeitos seria a diversificação de
títulos que compõem uma carteira de investimentos (Nascimento, 2011).

Um investidor racional procura maximizar a rentabilidade do investimento


e, ao mesmo tempo, minimizar o risco do mesmo. No entanto, o risco de uma carteira
não pode ser eliminado por completo, mas pode reduzir se houver diversificação dos
activos. Para isso ocorrer, o investidor deve escolher combinações que levem em
consideração a correlação entre os activos. É importante combinar diferentes activos
cujas rentabilidades não são perfeitamente correlacionadas entre si, para que a
variância total (risco total) da carteira seja reduzida. Assim, os investidores não devem
focar-se, exclusivamente, na maximização da rentabilidade esperada, mas também
preocupar-se com a diversificação da carteira, visto que a forma como se relacionam
os vários activos permite reduzir o risco suportado. Para que o investidor possa
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construir a sua carteira diversificada, que maximiza a rentabilidade e minimiza o risco,
necessita de estimar a rentabilidade e o risco associados a um conjunto de activos
para um determinado horizonte temporal. A rentabilidade e o risco são dois princípios
básicos para a construção de carteiras ótimas (Freitas, 2018).

Outra abordagem mais específica sobre os benefícios da diversificação nos


portfólios, poder ser interpretada a partir de duas facetas: a primeira, quanto à origem
e abrangência geográfica a que os prováveis títulos pertençam, e a segunda, quanto
ao reflexo a que o número de títulos participantes do portfólio pode contribuir para a
diminuição do risco (Nascimento, 2011).

De acordo com Markowitz (1952) o retorno esperado de uma carteira


composta por mais de um ativo é obtida pelo somatório da taxa de rentabilidade
esperada de cada ativo, multiplicada pelo respetivo peso na carteira. A expressão
dada para a rentabilidade esperada da carteira é a seguinte:

𝑅𝑒𝑛𝑡𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎𝑑𝑎 = 𝑅𝑝 = ∑ 𝑅𝑖 ∗ 𝑤𝑖
𝑖=1

Onde, é a rentabilidade da carteira p, 𝑅𝑝 é a rentabilidade do ativo i, 𝑤𝑖 é o


peso da carteira investido no ativo i e n é o número de activos que constituem a
carteira.

O risco de uma carteira é medido através da variância ou do desvio padrão


dos retornos dos activos que fazem parte da carteira. Assim, o desvio padrão da taxa
de rentabilidade esperada de uma carteira é dado pela raiz quadrada da soma das
covariâncias entre cada par de títulos, ponderada pelo peso de cada um deles na
carteira (Freitas, 2018).

𝑛 𝑛

𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜 = 𝜎𝑝 = √∑ ∑ 𝑤𝑖 𝑤𝑗 𝜎𝑖,𝑗


𝑖=1 𝑗=1

Onde, 𝑤𝑖 é o peso da carteira investido no ativo 𝑖, 𝑤𝑗 é o peso da carteira


investido no ativo 𝑗 e 𝜎𝑖,𝑗 é a covariância entre o ativo 𝑖 e o ativo 𝑗.

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De acordo com a teoria da carteira, o risco total de uma carteira ou de um
fundo de investimento é decomposto em dois tipos de risco: sistemático e específico.
O risco sistemático, também denominado por risco não diversificável, resulta de
eventos inesperados que afetam os activos de uma forma geral, sendo provenientes
de mudanças de cenário macroeconómico, como as variações nas taxas de juros, a
inflação e a alteração das taxas de câmbio. Este risco representa a sensibilidade do
retorno de um ativo em relação ao retorno do mercado. Logo, é impossível reduzir
este risco. Daí argumentar-se que o que realmente importa não é o risco total, mas
apenas a parte deste que não pode ser eliminada e para o qual os investidores exigem
e o mercado paga um prémio para o suportar. O risco sistemático é medido pelo
coeficiente beta (β). Indica o que ocorre com um ativo quando há uma variação na
carteira de mercado. O beta poderá situar-se entre –1 e 1. Sendo que, o beta positivo
significa que, em termos médios, a rentabilidade do ativo acompanha a do mercado,
logo possuem menos risco. Os activos com beta negativo são os mais arriscados pois,
revelam que, historicamente, a rentabilidade do ativo evolui no sentido oposto da do
mercado (Freitas, 2018).

O risco específico ou risco não sistemático depende das características do


ativo ou fundo em causa. Ao contrário do risco sistemático, este risco poderá ser
reduzido através da diversificação. O investidor deverá escolher combinações tendo
em consideração as correlações entre os activos, como foi referido anteriormente.

A correlação é dada pela seguinte expressão:

𝐶𝑜𝑣(𝑅𝑖 + 𝑅𝑗 )
𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 = 𝜌𝑖,𝑗 =
𝜎𝑖 𝜎𝑗

Onde, 𝐶𝑜𝑣(𝑅𝑖 + 𝑅𝑗 ) é a covariância, 𝜎𝑖 é o desvio padrão do ativo 𝑖 e 𝜎𝑗 é o


desvio padrão do ativo 𝑗.

O coeficiente de correlação, 𝜌𝑖,𝑗 , mede o grau de correlação entre duas


variáveis e assume apenas valores entre -1 (correlação perfeita negativa) e 1
(correlação perfeita positiva). Quando 𝜌 = −1 os activos 𝑖 e 𝑗 são perfeitamente e
negativamente correlacionados, significa que quando o desvio de um deles em
relação ao valor esperado é negativo, o desvio padrão do outro é positivo e em
conjuntos os dois devem-se anular. Isto significa que se estivessem disponíveis no
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mercado dois activos com coeficiente de correlação igual a -1 eram possíveis criar
uma carteira sem risco. Quando 𝜌 = 1 os activos 𝑖 e 𝑗 são perfeita e positivamente
correlacionados e qualquer desvio em qualquer direção em relação ao valor da
rentabilidade esperada de um dos activos é acompanhado por igual desvio e na
mesma direção por parte do outro ativo. Quando 𝜌 = 0 os activos são independentes
no que diz respeito aos desvios da rentabilidade em relação ao valor esperado. Assim
em alguns momentos os desvios dos dois activos ocorrem na mesma direção
enquanto noutras alturas os desvios tenderão a diminuir ou anular-se por ocorrerem
em direções opostas (Freitas, 2018).

Assim, é aconselhável que a carteira apresente activos negativamente


correlacionados, pois quanto menor a correlação entre dois activos, maior será o
benefício da diversificação, obtendo um menor risco para a sua carteira. Quanto mais
próxima de 1 for a correlação, maior o risco de perda de retorno por causa da maior
volatilidade.

Markowitz (1952) construiu um modelo de diversificação, que permite ao


investidor obter o melhor nível de retorno para um dado nível de risco, ou para um
determinado nível de retorno o mais baixo nível de risco, sendo possível construir um
número infinito de carteiras através da modificação dos pesos relativo a cada,
considerando previamente os activos em que pretende investir. As carteiras
constituídas com base neste modelo de alocação são denominadas de eficientes,
constituindo a fronteira de eficiência.

Figura 1: Fronteira de Eficiência

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Na figura 1 pode-se identificar uma zona onde constam todos os activos
disponíveis, tendo em conta as medidas de risco e retorno. A linha superior,
denominada de fronteira eficiente, representa o conjunto de carteiras de risco mínimo
para os diversos níveis de rentabilidade possíveis, classificando-se como carteiras
eficientes aquelas que se situarem nesta fronteira e acima da carteira de variância
mínima. Todas as combinações de rentabilidade-risco que não cumpram
cumulativamente estas condições, dizem-se ineficientes, uma vez que para o mesmo
nível de risco subsiste outra combinação que potência um nível de retorno superior
ou, para o mesmo nível de retorno, um nível de risco inferior.

A fronteira de eficiência é composta pelas carteiras para as quais, no


restante conjunto de possibilidades de investimento, não é possível encontrar outra
com maior rentabilidade esperada, sem que tal implique um maior risco, do mesmo
modo que não é possível encontrar outra carteira com menor risco sem que tal seja
conseguido com prejuízo da rentabilidade esperada.

2.4. Benefícios da Carteira de Activos

A construção e gestão eficientes de uma carteira de activos oferecem


diversos benefícios aos investidores, sendo essencial para otimizar o desempenho e
atender aos objetivos financeiros. Alguns desses benefícios incluem:

Gestão Financeira Pessoal:

• Diversificação de Riscos Pessoais: Para os investidores individuais, a


construção de uma carteira de activos oferece uma estratégia eficaz para
diversificar os riscos pessoais. Ao distribuir investimentos em diferentes classes
de activos, como ações, títulos e imóveis, os indivíduos reduzem a
vulnerabilidade a eventos específicos que poderiam impactar negativamente
suas finanças pessoais. Isso é particularmente relevante para a gestão de
riscos associados a flutuações no mercado de trabalho, mudanças nas
condições econômicas e eventos imprevistos.
• Alcance de Objetivos Financeiros a Longo Prazo: As carteiras de activos são
ferramentas fundamentais para a realização de objetivos financeiros a longo
prazo, como aposentadoria, educação dos filhos e aquisição de propriedades.
Ao otimizar a alocação de activos de acordo com as metas específicas de cada
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indivíduo, é possível buscar retornos consistentes e, ao mesmo tempo,
gerenciar os riscos associados ao longo do tempo.
• Adaptação a Mudanças nas Circunstâncias Pessoais: A flexibilidade inerente
às carteiras de activos permite que os investidores ajustem suas estratégias
em resposta a mudanças nas circunstâncias pessoais. Seja mudando de
emprego, enfrentando despesas imprevistas ou enfrentando alterações nas
condições de mercado, a gestão ativa da carteira possibilita uma resposta ágil
às mudanças, garantindo a adaptação contínua às necessidades individuais.

Gestão Financeira Corporativa:

• Otimização do Capital Empresarial: Empresas podem utilizar carteiras de


activos para otimizar o uso de seu capital. Ao diversificar investimentos entre
instrumentos financeiros, como títulos corporactivos e ações, as empresas
podem buscar um equilíbrio entre maximização de retornos e gestão eficiente
de riscos. Essa abordagem é particularmente relevante para empresas que
buscam otimizar o retorno sobre o capital disponível.
• Gestão de Riscos Empresariais: As carteiras de activos também são valiosas
na gestão de riscos corporativos. Empresas enfrentam diversos riscos, desde
volatilidade nos preços das commodities até flutuações nas taxas de câmbio.
Ao diversificar investimentos e adotar estratégias de hedge, as organizações
podem mitigar o impacto negativo desses riscos, promovendo a estabilidade
financeira e protegendo a rentabilidade.
• Atração de Investidores e Credibilidade no Mercado: Empresas que
demonstram uma gestão financeira sólida e eficiente por meio de carteiras de
activos podem atrair investidores. Uma abordagem transparente e estratégica
para a alocação de recursos pode aumentar a confiança do mercado, melhorar
a avaliação de crédito e fortalecer a posição da empresa no ambiente de
negócios.
• Planejamento de Investimentos para Crescimento Sustentável: Ao construir e
gerenciar uma carteira de activos, as empresas podem planejar investimentos
para promover o crescimento sustentável. A alocação estratégica de recursos
em projetos de expansão, pesquisa e desenvolvimento, ou redução de dívidas

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contribui para a consecução dos objetivos corporativos a longo prazo,
garantindo a viabilidade e competitividade no mercado.

Em resumo, tanto para gestão financeira pessoal quanto corporativa, as


carteiras de activos oferecem benefícios substanciais, proporcionando não apenas a
otimização de retornos, mas também a gestão eficiente de riscos e a adaptação a
mudanças nas circunstâncias. Essas estratégias contribuem para a estabilidade
financeira e o alcance bem-sucedido de metas financeiras individuais e corporativas.

2.5. Exercício de Aplicação da Teoria da carteira de Activo

Vamos supor que existem três tipos de estados da natureza: boas


condições no mercado, condições médias e más condições no mercado. Mais abaixo
vamos apresentar os benefícios oferecidos por três tipos de activos A, B, C em cada
um dos estados da natureza e a probabilidade de ocorrência.

Estado da natureza Activo A Activo B Activo C Probabilidade

Boas condições no
45 20 15 0.5
mercado

Condições médias 20 12 9 0.8

Más condições no
5 9 2 0.6
mercado

Fonte: Prof. Austreségilo A. M. Yoba (Conferência nº3)

Fórmulas

Rendimento Médio (ou esperado): O rendimento médio (ou esperado) de cada ativo
pode ser calculado multiplicando o rendimento em cada estado da natureza pela
probabilidade desse estado e, em seguida, somando esses resultados. A fórmula é:
𝑛

𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑜 = ∑(𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑖 × 𝑃𝑟𝑜𝑏𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖 )


𝑖=1

12
Risco (Desvio Padrão): O risco de cada ativo pode ser calculado utilizando o desvio
padrão. A fórmula é:

𝑛 2
√∑ (𝑃𝑟𝑜𝑏𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖 × (𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑖 − 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑚é𝑑𝑖𝑜 ))
𝑖=1

Correlação: A correlação entre dois activos pode ser calculada utilizando a seguinte
fórmula:𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 =

∑ni=1(Probabilidadei × (RendimentoAi − RendimentomédioA ) × Probabilidadei × (RendimentoBi − RendimentomédioB ))


√∑i=1(Probabilidadei × (RendimentoAi − RendimentomédioA )2 ) × √∑ni=1(Probabilidadei × (RendimentoBi − RendimentomédioB )2 )
n

Para calcular o rendimento esperado de uma carteira composta por diferentes activos,
você deve levar em consideração a ponderação de cada ativo na carteira. A fórmula
para o rendimento esperado da carteira (𝐸(𝑅𝑝 )) é dada por:

𝐸(𝑅𝑝 ) = 𝑤𝐴 × 𝐸(𝑅𝐴 ) + 𝑤𝐵 × 𝐸(𝑅𝐵 ) + 𝑤𝑐 × 𝐸(𝑅𝑐 ), onde:

• 𝐸(𝑅𝐴 ), 𝐸(𝑅𝐵 ) 𝑒 𝐸(𝑅𝑐 ) são os rendimentos médios esperados para os activos A,


B e C, respectivamente.
• 𝑤𝐴 , 𝑤𝐵 𝑒 𝑤𝑐 são as ponderações dos activos A, B e C na carteira,
respectivamente.
• Se não for fornecida uma distribuição específica de activos na carteira,
podemos assumir ponderações iguais para simplificar o cálculo. Portanto, se
1
tivermos uma carteira igualmente ponderada com 𝑤𝐴 = 𝑤𝐵 = 𝑤𝑐 = 3

O cálculo do risco de uma carteira envolve considerar as covariâncias entre os


activos, bem como as ponderações de cada ativo na carteira. A fórmula geral para o
risco de uma carteira ( 𝜎𝑝 ) é dada por: 𝜎𝑝 =

√𝑤𝐴2 . 𝜎𝐴2 + 𝑤𝐵2 . 𝜎𝐵2 + 𝑤𝐶2 . 𝜎𝐶2 + 2. 𝑤𝐴 . 𝑤𝐵 . 𝐶𝑜𝑣𝐴𝐵 + 2. 𝑤𝐴 . 𝑤𝑐 . 𝐶𝑜𝑣𝐴𝑐 + 2. 𝑤𝐵 . 𝑤𝐶 . 𝐶𝑜𝑣𝐵𝐶

Onde:

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• 𝜎𝐴 , 𝜎𝐵 𝑒 𝜎𝐶 são os desvios padrão (riscos) dos activos A, B e C,
respectivamente.
• 𝐶𝑜𝑣𝐴𝐵 , 𝐶𝑜𝑣𝐴𝑐 𝑒 𝐶𝑜𝑣𝐵𝐶 são as covariâncias entre os pares de activos A e B, A e
C, B e C, respectivamente.
• . 𝑤𝐴 , 𝑤𝐵 𝑒 𝑤𝑐 são as ponderações dos activos A, B e C na carteira,
respectivamente.

Pretende-se: Aplicar a teoria da carteira de activo calculando o rendimento,


o risco e a correlação.

2.5.1. Resolução dos Exercícios

Rendimento médio (ou esperado):

𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝐴 (45 × 0,5) + (20 × 0,8) + (5 × 0,6) = 22,5 + 16 + 3 = 41,5

𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝐵 = (20 × 0,5) + (12 × 0,8) + (9 × 0,6) = 10 + 9,6 + 5,4 = 25

𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝐶 = (15 × 0,5) + (9 × 0,8) + (2 × 0,6) = 7,5 + 7,2 + 1,2 = 15,9

Risco (Desvio Padrão):

Primeiro, calculemos as variâncias para cada activo:

𝑉𝑎𝑟𝐴 = (0,5 × (45 − 41,5)2 ) + (0,8 × (20 − 41,5)2 ) + (0,6 × (5 − 41,5)2 )


= 6,125 + 369,8 + 799,35 = 1175,275

𝑉𝑎𝑟𝐵 = (0,5 × (20 − 25)2 ) + (0,8 × (12 − 25)2 ) + (0,6 × (9 − 25)2 )


= 12,5 + 135,2 + 153,6 = 301,3

𝑉𝑎𝑟𝐶 = (0,5 × (15 − 15,9)2 ) + (0,8 × (9 − 15,9)2 ) + (0,6 × (2 − 15,9)2 )


= 0,405 + 38,088 + 115,926 = 154,419

Em seguida, calcule o desvio padrão:

𝑅𝑖𝑠𝑐𝑜𝐴 = √1175,275 = 34,28

𝑅𝑖𝑠𝑐𝑜𝐵 = √301,3 = 17,36

𝑅𝑖𝑠𝑐𝑜𝐶 = √154,419 = 12,43


14
Correlação:

Primeiro, calculemos as covariâncias para cada par de activos:

𝐶𝑜𝑣𝐴𝐵 = (0,5 × (45 − 41,5) × (20 − 25)) + (0,8 × (20 − 41,5) × (12 − 25))
+ (0,6 × (5 − 41,5) × (9 − 25)) = −8,75 + 223,6 + 350,4 = 565,25

𝐶𝑜𝑣𝐴𝐶 = (0,5 × (45 − 41,5) × (15 − 15,9)) + (0,8 × (20 − 41,5) × (9 − 15,9))
+ (0,6 × (5 − 41,5) × (2 − 15,9)) = −1,575 + 118,68 + 304,41 = 421,52

𝐶𝑜𝑣𝐵𝐶 = (0,5 × (20 − 25) × (15 − 15,9)) + (0,8 × (12 − 25) × (9 − 15,9))
+ (0,6 × (9 − 25) × (2 − 15,9)) = 2,25 + 71,76 + 133,44 = 207,45

𝐶𝑜𝑣𝐴𝐵
Em seguida, calcule a correlação: 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜𝐴𝐵 = 𝑅𝑖𝑠𝑐𝑜
𝐴 ×𝑅𝑖𝑠𝑐𝑜𝐵

565,25
𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜𝐴𝐵 = = 0,947
34,37 × 17,36

421,52
𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜𝐴𝐶 = = 0,987
34,37 × 12,43

207,45
𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜𝐵𝐶 = = 0,961
17,36 × 12,43

Rendimento esperado da carteira:

1 1 1
𝐸(𝑅𝑝 ) = × 41,5 + × 25 + × 15,9 = 13,83 + 8,33 + 5,3 = 27,46
3 3 3

Risco (Desvio Padrão) da carteira:

1 1 1 2 2 2
𝜎𝑝 = √ ∙ 1175,275 + ∙ 301,3 + ∙ 154,419 + ∙ 565,25 + ∙ 421,52 + ∙ 207,45
3 3 3 3 3 3

= √391,758 + 100,43 + 51,473 + 376.83 + 281,013 + 138,313


= 36,6035108

15
2.5.2. Interpretação dos Resultados

A correlação entre os Activos A e B é de 0.947, indicando uma forte


correlação positiva. A correlação entre os Activos A e C é de 0.987, indicando uma
correlação positiva muito forte. A correlação entre os Activos B e C é de 0.961,
indicando uma forte correlação positiva. O risco da carteira, assumindo ponderação
igual, é de aproximadamente 36,6035108.

As correlações altas entre os activos sugerem que eles tendem a se


movimentar juntos. Isso significa que, em determinados cenários, todos os activos
podem experimentar ganhos ou perdas simultaneamente. O alto risco da carteira,
refletido pelo desvio padrão, indica que a volatilidade da carteira é significativa.

A carteira não parece ser bem diversificada, pois os activos têm correlações
positivas fortes. A diversificação é mais eficaz quando os activos têm correlações mais
baixas ou negativas, o que ajuda a reduzir o risco total da carteira. Dada a alta
correlação entre os activos e o risco elevado da carteira, pode não ser a escolha ideal
para investidores que buscam diversificação efetiva e redução do risco. Pode ser útil
avaliar individualmente os activos para entender melhor suas características e
considerar estratégias para ajustar a composição da carteira, como explorar activos
com correlações mais baixas.

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III. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Chegamos a seguintes conclusões. A evolução histórica das carteiras de


activos, particularmente impulsionada pela teoria moderna de portfólio de Harry
Markowitz na década de 1952, representa um salto significativo na compreensão e
prática da gestão de investimentos.

A teoria da carteira de activos, conforme estabelecida por Markowitz,


fundamenta-se na análise estatística, utilizando a variância para medir o risco e o
cálculo da média para representar a expectativa de retorno. Essa abordagem oferece
uma maneira mais abrangente de selecionar carteiras com base em características
globais de rentabilidade-risco, em vez de simplesmente focar em activos individuais
com atrativos isolados.

Os benefícios da carteira de activos são múltiplos. A diversificação, uma


pedra angular dessa estratégia, visa maximizar retornos e reduzir riscos associados.
A resolução prática de exercícios revela que a correlação entre activos pode
influenciar significativamente o risco total da carteira. No exemplo apresentado,
correlações positivas fortes indicam movimentos conjuntos, aumentando o risco geral
da carteira. No entanto, a análise destaca a importância da diversificação efetiva,
alcançada por meio da escolha de activos com correlações mais baixas ou negativas.

Para a gestão financeira pessoal e corporativa, as carteiras de activos


oferecem benefícios substanciais. A otimização da alocação de recursos pode resultar
em retornos mais elevados, ao mesmo tempo em que a diversificação adequada pode
proteger contra volatilidades excessivas do mercado. No entanto, a análise do
exercício prático alerta que a eficácia da diversificação depende da escolha cuidadosa
dos activos, considerando suas correlações.

Em síntese, as carteiras de activos representam uma ferramenta valiosa


para a gestão financeira, proporcionando uma estratégia abrangente para otimizar
retornos e gerenciar riscos. A conscientização sobre a correlação entre activos e a
busca por uma diversificação eficaz são cruciais para maximizar os benefícios dessa
abordagem, tanto para investidores individuais quanto para empresas.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Ferreira, Leonardo Augusto Soares. Modelo para composição de carteiras de


investimento com mínimo VaR. São Paulo - 2003.

Freitas, Márcia Andreia Mota. Gestão ativa e passiva de carteiras de investimento em


ações: Uma abordagem comparativa para o mercado português. Instituto Politécnico
Do Porto. Porto – 2018.

Markowitz, H. Portfolio Selection. The Journal of Finance, v. 7, n. 1, p. 77-91, Mar.,


1952.

Nascimento, Sérgio Luiz. Carteiras de investimentos uma aplicação a partir do modelo


Elton- Gruber / Sérgio Luiz Nascimento. 2011.

Samanez, C.P. Gestão de investimentos e Geração de Valor. São Paulo: Pearson


Printice Hall, 2007.

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