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ESTUDO DE MICROGERAÇÃO FOTOVOLTAICA RESIDENCIAL


RESIDENTIAL PHOTOVOLTAIC MICROGENERATION STUDY

Hugo De Jesus Do Nascimento1

Resumo: Devido às preocupações com o aquecimento global por causa da inserção de gases de
efeito estufa na atmosfera, muitas pesquisas e investimentos têm sido realizados a fim de obter novos
investimentos em energia renovável e livre de poluição para geração de energia. Entre esses
recursos renováveis o mais utilizado é o fotovoltaico, porque é amaneira mais direta de obter energia.
A energia solar fotovoltaica é derivada da luz do Sol, que para ser convertida em eletricidade
demanda por equipamentos como placas solares, baterias, conversores e outros mais que juntos
formam os sistemas solares fotovoltaicos capazes de captar radiação solar e converte-la. Dentre os
sistemas solares fotovoltaicos podem ser citados os conectados á rede, os sistemas isolados e os
híbridos, cada qual com suas especificidades e benefícios. Os sistemas fotovoltaicos podem ser
instalados em diversos tipos de lugares, mas destacam-se nas residências em razão das muitas
vantagens que traz para seus moradores, destacando-se economia na conta de energia, retorno
rápido do investimento e a redução de impactos ambientais. Diante do nosso grande potencial
territorial para a geração de energia solar fotovoltaica, tendo em vista uma boa incidência solar
durante o ano. O objetivo deste trabalho é apresentar uma visão concisa sobe a geração de energia
elétrica, estabelecendo uma proposta de implantação de um sistema “On Grid” (na rede) em uma
residência unifamiliar, englobando a história da energia fotovoltaica no Brasil, sua fabricação, seu
modo de funcionamento, bem como análise da viabilidade econômica do sistema para o estudo de
caso em questão.

Palavra-chave: Desenvolvimento. Economia. Energia Solar. Fotovoltaicos.

Abstract: Due to concerns about global warming because of the insertion of greenhouse gases into
the atmosphere, much research and investment has been carried out in order to obtain new
investments in renewable and pollution-free energy for power generation. Among these renewable
resources the most used is photovoltaic, because it is the most direct way to obtain energy.
Photovoltaic solar energy is derived from sunlight, which to be converted into electricity demands
equipment such as solar panels, batteries, converters and others more that together form the
photovoltaic solar systems capable of capturing solar radiation and converting it. Among the
photovoltaic solar systems can be mentioned those connected to the grid, isolated systems and
hybrids, each with its specificities and benefits. Photovoltaic systems can be installed in various types
of places, but they stand out in homes because of the many advantages it brings to its residents,
highlighting savings in energy bills, quick return on investment and the reduction of environmental
impacts. Given our great territorial potential for the generation of photovoltaic solar energy, in view of a
good solar incidence during the year. The objective of this work is to present a concise view of the
generation of electricity, establishing a proposal for the implementation of an "On Grid" system in a
single-family home, encompassing the history of photovoltaic energy in Brazil, its manufacture, its
mode of operation, as well as analysis of the economic viability of the system for the case study in
question.

Keywords: Development. Economy. Solar energy. Photovoltaic.

1 Aluno concludente do curso de Engenharia Elétrica da Faculdade Estácio de Sá, unidade Nova
Iguaçu, RJ. E-mail:
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1 INTRODUÇÃO

O crescimento econômico brasileiro impõe uma demanda crescente de


energia. A melhoria na qualidade de vida da população vem sendo alcançada com a
evolução da renda de grande parte da população brasileira nos últimos anos,
possibilitando o acesso às infraestruturas básicas como moradia, saneamento e
transporte, como consequência o consumo de energia per capita, principalmente
elétrica, vem crescendo de forma consistente com o PIB, elevando a intensidade
energética da economia brasileira em torno de 2% ao ano.

Além disso, nas últimas décadas, em decorrência da conscientização


ambiental, empresas de diversos setores, incluindo o setor elétrico, sentiram a
necessidade de se mobilizar e adotar novas políticas para minimizar os danos
ambientais oriundos da crescente demanda de energia.

A energia solar fotovoltaica é um tipo de energia gerada a partir da conversão


da radiação solar através de materiais semicondutores. A este fenômeno é dado o
nome de efeito fotovoltaico, e são as células fotovoltaicas as principais responsáveis
pelo mesmo. Estas células em geral são compostas por Silício, um material
semicondutor e ao serem postas em conjunto formam os painéis fotovoltaicos que
em conjunto com baterias, inversores e controladores de carga formam os geradores
fotovoltaicos que captam a luz do sol e a irradiam transformando-a em energia
elétrica, sendo que os mesmos se subdividem em três tipos, a saber, os conectados
à rede (on grid), isolados (off grid) ou híbridos todos com as suas especificidades e
todos podendo ser utilizados em residências, desde que observados alguns fatores
tais como disponibilidade de luz solar na região, etc. Quando devidamente
instalados nas casas, somam-se diversos benefícios aos moradores destas, os
quais variam desde a economia da conta de luz, a questão da preservação do meio
ambiente ao redor, valorização dos imóveis e ainda os poucos gastos com
manutenção já que estes sistemas tem uma vida útil grande.

O Brasil foi o 4º país no mundo que mais acrescentou capacidade solar


fotovoltaica em 2021, com novos 5,7 GW no último ano, segundo dados atualizados
pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) e em recente publicação da
Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA). Atualmente, a fonte solar
está em 13,6 GW no Brasil. Este montante evitou a emissão de 20,8 milhões de
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toneladas de CO2 na geração de eletricidade, além disso, já acumula mais de R$


78,5 bilhões de investimentos e mais de 450 mil empregos criados deste de 2012.

O objetivo geral o estudo foi discutir sobre a energia fotovoltaica e como os


sistemas fotovoltaicos beneficiam as residências. Já os objetivos específicos, estes
foram discutir sobre a energia solar fotovoltaica, discorrer sobre o que são os
sistemas fotovoltaicos e os seus principais tipos, e dissertar sobre a instalação dos
sistemas fotovoltaicos em residências e os seus benefícios.

O caminho metodológico utilizado foi a revisão de literatura quantitativa e


qualitativa, e para lhe dar suporte foram consultados vários tipos de materiais como
periódicos, livros e outras fontes confiáveis publicados entre o período de 2005 a
2022. As buscas por esses materiais se deram em locais como bibliotecas virtuais,
bibliotecas físicas, e sites de bancos como Scielo, Google acadêmico, etc. as
palavras chaves para a pesquisa foram: Desenvolvimento; Economia; Energia Solar;
Fotovoltaico.

2 CONCEITUALIZAÇÃO TEÓRICA

A energia solar fotovoltaica é gerada a partir da conversão da radiação solar


por meio de sistemas específicos que tem como componente principal a célula
fotovoltaica.

2.1 ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA

Uma nas maneiras mais usadas para aproveitar a radiação solar é


transformando em energia solar fotovoltaica e se configura como um dos mais
promissores na sociedade, crescendo a cada dia devido os preços atrativos e
incentivos ofertados para a adoção de fontes de energia renováveis. Segundo Novak
(2016) a energia fotovoltaica é de fácil acesso a qualquer individuo, é econômica e
além de auxiliar na proteção ambiental impacta grandemente nas tarifas das
distribuidoras elétricas, a chamada inflação elétrica.

A energia solar fotovoltaica se origina da conversão direta de radiação solar


em eletricidade através do efeito fotovoltaico que conforme Ribeiro (2016) é um
fenômeno observado pelo físico Edmond Becquerel que ao utilizar uma solução de
selênio notou o surgimento de uma tensão entre os eletrodos quando a luz solar os
iluminava. Desse modo contatou-se que o efeito ocorre quando surge nos extremos
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de uma estrutura semicondutora uma diferença no potencial elétrico, em razão da


incidência da luz.

Para conseguir a eletricidade através do efeito fotovoltaico são necessárias as


células fotovoltaicas que se tratam de componentes eletrônicos (Junção P-N)
responsáveis por converter em eletricidade a luz do Sol. No entanto, cabe ressaltar
que elas não possuem a capacidade de armazenamento de energia elétrica (REIS,
2015).

Entre as células produzidas com Si há as células monocristalinas produzidas


com um cristal ultrapuro de silício e muito utilizadas para instalações comerciais e
com alto índice de eficiência. Há as células policristalinas que são mais baratas que
as anteriores devido a um processo menos exigente de separação de células, mas
com rendimento menor. E há ainda as células de silício amorfo com baixo custo,
mas bem mais degradáveis e de baixo rendimento. No entanto, costumam ter uma
estética mais agradável e serem fabricadas com uma extensão maior que as demais
(SIQUEIRA; SANTOS, 2016).

Quando as células são associadas em séries paralelas (módulo) elas se


transformam em um painel fotovoltaico (Figura 2), o qual de acordo com Silva et al.
(2019) se configura como componente central do sistema fotovoltaico para a
geração da energia elétrica.

Figura 1: módulo e painel fotovoltaico

Fonte: Coelho (2012)

Os painéis fotovoltaicos partir da junção dos módulos das células conforme


observado na Figura 1 quando “em conjunto com outros dispositivos como
acumuladores, conversores e inversores constituem um sistema fotovoltaico de
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geração de energia elétrica” (RIBEIRO, 2016, p.16). O sistema fotovoltaico absorve


os tipos de radiação direta e a difusa para que a energia elétrica seja gerada, de
uma forma onde a corrente gerada seja intensa o suficiente para ser proporcional ao
valor da irradiância global solar (NOVAK, 2016).

Em geral conforme argumenta Ribeiro (2016) as células fotovoltaicas são


constituídas de silício (Si), um material semicondutor, que possui condutividade
elétrica intermediária entre os isolantes e os condutores. Os átomos do Silício são
compostos por quatro elétrons ligados aos vizinhos, o que forma uma rede cristalina.
Como o mesmo não possui elétrons livres em geral acrescenta-se a ele um pouco
de boro e de fósforo, pois puro não costuma ser bom condutor.

A este processo é dado o nome de dopagem, sendo que ao fazer a dopagem


do fósforo com o Silício cria-se um material que possui elétrons livres ou com cargas
negativas (Silício N). Ao acrescentar o boro no processo ao invés de fósforo cria-se
um material de características inversas, com déficit de elétrons ou material onde as
cargas são positivas livres (Silício P) (BITTENCOURT, 2011). Assim, são criadas as
camadas com excesso de cargas negativas (N) e cargas positivas (P) das células.

Para gerar a eletricidade através do processo de conversão da radiação solar


as células fotovoltaicas segundo Alves (2019) liberaram elétrons livres que são
partículas base da eletricidade. Quando a luz solar ilumina as junções P e N OS
elétrons incitados pelos fótons obtidos migram direto para a camada condutora,
originando assim a ocorrência de tensão e corrente elétrica (Figura 2).

Figura 2: funcionamento das células fotovoltaicas

Fonte: CBGREEN (2022).


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Conforme se observa na Figura 2 o movimento dos elétrons livres acontece


entre a parte condutora e uma lacuna responsável pela geração de eletricidade,
sendo esta recolhida pelos fios ligados à célula fotovoltaica e na sequencia
transferida aos outros componentes do sistema (SILVA, et al. 2019).

Teixeira (2018) por sua vez aponta que tal ocorrência, conforme a intensidade
provocada pela corrente da radiação do sol faz com que os elétrons fiquem
sensíveis e torna seus movimentos mais rápidos, de maneira que sejam separados
do fotocátodo (camada onde estavam) e sejam na sequencia coletados pela
superfície ânodo. Esse movimento leva uma dessas superfícies ao excesso de carga
positiva e a outra ao excesso de carga negativa, causando divergências de
potencial, o que em caso de superfícies interligadas de forma adequada leva ao
surgimento da corrente elétrica, gerando a energia fotovoltaica.

Quanto maior for a incidência da radiação solar, maior será o fluxo de energia
gerada, e mesmo que haja uma dependência da densidade das nuvens em dias
nublados, ainda assim a energia irá ser gerada. Dessa maneira os sistemas
fotovoltaicos tem a capacidade de gerar mais energia nos dias onde há pouca
prevalência de nuvens, quando comparado á dias sem nuvens e claros, o que
acontece em razão da reflexão da luz solar (ALVES, 2019, p.23).

Para que sejam estabelecidos os locais mais adequados para instalar os


sistemas fotovoltaicos e aproveitar melhor a geração de energia fotovoltaica Siqueira
e Santos (2016) argumentam que é preciso analisar as variações da intensidade da
luz solar e como ela se altera durante o ano. A Organização Mundial de
Meteorologia (OMM) é quem determina os limites de precisão, e as medições padrão
se dão a partir da radiação direta, global e difusa.

No Brasil a energia fotovoltaica possui um enorme potencial de crescimento


visto as suas condições climáticas e o seu espaço territorial, e se configura como
uma opção promissora e viável no sentido de ampliar e complementar a geração de
eletricidade onde quer que seja possível instalar os painéis fotovoltaicos, desde
áreas urbanas nos telhados residenciais ou em edifícios, usinas ou áreas rurais
(WORUBY, 2018).

Mas apesar do fato de poder ser instalada em qualquer tipo de lugar, ela se
destaca mais nas regiões urbanas, pois a tecnologia é mais bem absolvida uma vez
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que podem ser utilizados os tipos de sistemas fotovoltaicos conectados as


concessionárias e não aqueles tipos que necessitam de baterias tornando os custos
maiores.

2.2 CONVERSÃO DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA

A conversão de energia solar fotovoltaica apresenta elevado potencial no


Brasil, onde a irradiação média diária está entre 4,8 e 6,0 kWh/m² por dia. Como
resultado de esforços de pesquisa e desenvolvimento, essa tecnologia de geração
vem atingindo resultados cada vez melhores como o rendimento na conversão da
energia solar em energia elétrica. Segundo uma junta alemã de 14 laboratórios de
pesquisa 14 em tecnologia de geração fotovoltaica, foi possível atingir um valor de
47,7% de eficiência na conversão (EPE, 2016), contribuindo para tornar o custo de
geração por kWh mais atraente.

Com a concretização dessa tendência, associada a incentivos políticos, a


energia solar pode contribuir de maneira considerável na matriz de energia elétrica
através de duas formas: as centrais solares e a geração distribuída (COGEN, 2012).
No que se refere à geração distribuída no Brasil, a Agência Nacional de Energia
Elétrica (ANEEL), a partir da resolução 482/2012, estabeleceu as condições para o
acesso de sistemas de micro e mini geração aos sistemas de distribuição, além de
criar o sistema de compensação de energia elétrica.

Por meio dele, o cliente que gera energia pode ganhar “créditos” nos
intervalos nos quais sua produção for superior à sua demanda. Com a publicação
desse documento, a geração distribuída no Brasil passou a ser uma realidade. Por
outro lado, os custos dessa tecnologia no país ainda são elevados, dificultando sua
competitividade e justificando a baixa participação na matriz de energia elétrica.
Aliado a isso, o impacto da inserção de fontes na rede de distribuição se torna uma
preocupação das concessionárias de energia.

A participação das hidroelétricas na matriz elétrica brasileira torna o sistema


elétrico brasileiro singular no que tange aos aspectos de impactos ambientais e
emissões de gases de efeito estufa. No entanto, a hidroeletricidade, assim como
todas as fontes renováveis de energia, está sujeita à influência de fatores climáticos
de modo que a energia armazenada (representada pelo nível de água acumulada no
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reservatório) em períodos de seca pode atingir valores críticos do ponto de vista de


segurança energética.

Com esse recurso natural escasso, a oferta de energia diminui induzindo o


crescimento do risco ao sistema energético e acarretando elevação dos preços da
energia no país. Além disso, nos períodos de menor incidência de chuvas, o uso
dessa água para geração de energia impacta criticamente no uso desse recurso
para outros fins, tais como agricultura ou abastecimento.

Como fontes alternativas e renováveis dessa energia observa-se o


crescimento do uso da biomassa, dos ventos e da proliferação de pequenas centrais
hidroelétricas, todas impulsionadas por programas governamentais de incentivo a
Geração Distribuída (FRAUNHOFER, 2013). Ademais, há perspectivas de expansão
do parque de geração de energia solar fotovoltaica.

A intermitência e os ciclos de produção dessas fontes introduzem um


elemento novo na operação das redes de distribuição, em particular no controle de
tensão e proteção. Dessa forma, para obter o melhor aproveitamento dessa
tecnologia, é necessária uma correta implantação dos equipamentos responsáveis
pela conversão da energia solar em elétrica. Para isso é essencial projetar o sistema
para as condições específicas de cada local, e, dependendo da carga a ser
atendida, a simulação computacional do seu comportamento antes de qualquer
investimento, o que possibilita avaliar os impactos técnicos que essa nova fonte
pode causar.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica


(Absolar), em 2019, a potência de energia solar instalada em território capixaba
cresceu 282%. O número é quase três vezes mais do que no ano anterior. O Espírito
Santo fechou 2019 com 36,9 MWp produzidos, o que o coloca como o 14º no
ranking nacional de geração fotovoltaica distribuída, com cerca de 1,9% do total da
energia solar no Brasil.

Atualmente, o Brasil tem 13,6 GW de capacidade instalada, somando


geração nas casas, empresas, fazendas e grandes usinas solares, encerrando o ano
na 13ª colocação de nações com maior capacidade instalada de tecnologia
fotovoltaica (ANEEL/2021). Os consumidores residenciais estão no topo da lista,
representando 72,60% do total, em seguida, aparecem as empresas dos setores de
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comércio e serviços (17,99%). Depois vêm os consumidores rurais (6,25%),


indústrias (2,68%), poder público (0,43%), serviços públicos (0,04%) e iluminação
pública (0,01%).

3 CONCEPÇÃO DO ESTUDO

Para a realização deste artigo foram realizadas pesquisas estruturadas na


revisão bibliográfica sobre o referente tema: Estudo De Microgeração Fotovoltaica
Residencial. A pesquisa bibliográfica foi realizada por meios de livros, revistas
,artigos acadêmicos e monografias disponíveis em site de bancos de dados do
Google Acadêmico, nos últimos 10 anos , a fim de conquistar conhecimentos sobre
o assunto proposto .Os descritores para busca foram : Desenvolvimento, Economia,
Energia Solar, Fotovoltaicos.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 SISTEMAS FOTOVOLTAICOS

Os sistemas fotovoltaicos são tecnologias utilizadas na conversão da radiação


solar em eletricidade, podendo ser classificados de acordo com o Portal Solar (2021)
em sistemas conectados à rede, sistemas isolados e os sistemas híbridos e todos
eles possuem uma composição básica que são painéis fotovoltaicos, das unidades
de controle e de armazenamento, e ainda equipamentos como baterias e inversores.
A escolha por uma cada um deles vais depender comente da disponibilidade ou de
como são aplicados os recursos energéticos (BESSO, 2017)

4.1.1 Sistemas Fotovoltaicos Conectados Á Rede (Sfcr) - On- Grid

Os sistemas conectados à rede SFCR ou On-Grid (Figura 4) são aqueles


utilizados onde há rede elétrica e atuam juntamente com a concessionária de
energia de modo que não utilizam meios de armazenamento, sendo compostos por
painéis solares, inversores e medidores (PEREIRA, 2018).
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Figura 3: sistemas conectados à rede

Fonte: Maestri (2018)

Como pode ser observado na Figura 3 a partir dos painéis solares começa o
funcionamento do sistema captando a radiação solar, absolvendo-a e convertendo
em eletricidade através do inversor a qual é usada instantaneamente nas unidades
consumidoras ou pelos consumidores da rede elétrica, e por isso não precisa de
armazenadores (GOMES NETO, 2019).

Segundo Machado e Correa (2015) é o painel solar o responsável por captar


e transformar a radiação solar em eletricidade. O medidor mede a energia
consumida e a que é injetada na rede quando há excedentes. Já os inversores
convertem a energia CC (corrente contínua) em CA (corrente alternada) para
alimentar as cargas e ainda possuía a capacidade de desligamento automático
quando há falta de rede elétrica, o que é conhecido como “ilhamento”. Esse
fenômeno é imprescindível para que em momento algum a eletricidade que os
módulos geram seja direcionada a rede quando desconectada do sistema de
geração principal, preservando assim a segurança de que a opera (MACHADO,
CORREA, 2015).

Por trabalharem paralelamente com a rede distribuidora de eletricidade da


concessionária os inversores precisam se comportar dentro de rígidos parâmetros
de segurança e qualidade para não a afetarem, possuindo além do anti-ilhamento
sistemas como: “distorção harmônica em consonância com as normas aplicáveis,
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saída CA com forma de onda senoidal pura, proteções contra sobretensões e


sobrecorrente, dentre outras” (CÂMARA, 2011, p.31).

De acordo com Cavalcante (2020) os SFCR alimentam as redes de


distribuição que desempenha a função de bateria, de modo que todo o potencial de
energia gerado seja direcionado imediatamente à rede que absorve a eletricidade
atuando assim como uma carga. No entendimento de Silva e Abreu (2017) Por não
haver a necessidade de sistemas para fazer armazenamento, os SFCR costuma ter
mais eficiência em comparação com outros tipos de sistemas, com a vantagem de
serem mais viáveis uma vez que não precisam de bancos de reservas configurando
assim como mais econômicos em comparação com os autônomos, sendo mais
viáveis economicamente.

Os referidos sistemas são tidos como geração distribuída de média e baixa


tensão, geração esta que se constituem de módulos montados diretamente sobre as
edificações, coberturas ou áreas livres, dentre outros (CÂMARA, 2011). Esses
sistemas podem ser classificados de acordo com a potência que geram. Sistemas
fotovoltaicos de microgeração, em geral são aqueles onde a mini ou microgeração
distribuída está instalada em unidades residenciais ou em locais perto do ponto de
consumo da eletricidade que eles geram. Já os sistemas de minigeração, são
utilizados principalmente em prédios comerciais (ALVES, 2019).

No entanto, os SFCR também podem funcionar de forma centralizada,


longe dos consumidores e semelhantes a usinas convencionais, as quais de acordo
com Besso (2017) podem chegar a níveis de potencia da ordem de MWp, e em
razão disso demanda pela instalação de um transformador que eleve a tensão
gerada ao patamar de distribuição.

Mas é necessário destacar que ambos os tipos de sistemas conectados à


rede (distribuídos ou centralizados) precisam estar devidamente regulamentados e
dentro de uma legislação favorável, pois utilizam as redes de distribuição das
concessionárias (CAVALCANTE, 2020).

Em geral, os sistemas SFCR são muito utilizados em residências e pontos


comerciais, acoplados ao telhado ou a fachada destes, exigindo apenas uma boa
orientação solar e sem a necessidade de um superdimensionamento em função de
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picos de consumo residenciais por ter sempre a disposição à rede elétrica como
“back up” (MARQUES et al. 2009).

Em casos de um consumo energético mais alto que a energia produzida a


rede fornece a energia necessária para que tudo funcione devidamente, e caso
contrário se o consumo for menor que a energia gerada o excesso é injetado à rede
(CÂMARA, 2011). Nesse caso o relógio medidor irá andar para trás, e a energia
gerada a mais pode ser vendida á concessionária em formas de excedentes
(MARQUES et al. 2009).

No entanto, os sistemas SFCR não costumam funcionar quando há quedas


de energia nas concessionárias. Nesse contexto Gomes Neto (2019) destaca que
tais sistemas não são capazes de alimentar os equipamentos elétricos diretamente,
quando há falta de energia na concessionária, pois se desconecta da rede e o
fornecimento da energia elétrica é interrompido, algo que o próprio inversor faz
automaticamente, e só volta ao funcionamento normal no momento em que a rede
volta a funcionar plenamente.

4.1.2 Célula Fotovoltaica

Uma célula fotovoltaica, também chamada de célula solar, é a unidade básica


da tecnologia solar fotovoltaica e responsável pela conversão da luz em eletricidade.
A maioria das células solares fabricadas e comercializadas no mundo são feitas de
Silício (Si), material semicondutor e segundo elemento químico mais abundante na
crosta terrestre. O que acontece é que um semicondutor, em seu estado puro (ou
intrínseco), se torna eletricamente neutro devido à recombinação de elétrons pelos
átomos do elemento do qual é feito. Por isso, para a fabricação de uma célula
fotovoltaica o silício precisa passar por um processo chamado de dopagem, que
recombina a sua formação original com outros elementos, como o fósforo (P) e o
Boro (B). Essa recombinação cria duas camadas opostas do semicondutor, uma
positiva (Tipo P, com falta de elétrons) e uma negativa (Tipo N, com sobra de
elétrons). Essas camadas são colocadas juntas dentro da célula, com a negativa na
parte de cima e a positiva na parte de baixo, e uma fina grade unindo às duas.

Quando os fótons atingem a célula, eles reagem com os átomos de silício


dopado e fazem com que os elétrons do lado negativo se desprendam. Esses
elétrons não conseguem passar diretamente para o lado positivo, e vice-versa,
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devido a um campo elétrico que se cria nessa área de junção. Assim, o único
caminho para eles é através da fina grade que une as camadas e que cria a corrente
elétrica que chamamos de energia solar fotovoltaica. Vemos, então, que o
funcionamento de uma célula solar está diretamente ligada a quantidade de luz que
chega até ela, mas nem toda a luz incidente é transformada em energia. Isso
acontece porque fótons possuem diferentes cargas de energia e apenas aqueles
com cargas adequadas conseguem liberar os elétrons do semicondutor.

Fótons com energia excedente ou inferior à necessária somam 50% da luz


que incide sobre uma célula fotovoltaica. Somando-se a outras perdas, como as
provocadas por sombreamento dos contatos frontais e resistência em série, o
percentual de luz aproveitado por uma célula solar é de apenas 13% de toda
radiação solar que recebe.

4.1.3 Placa Solar (Painel Solar)

Uma única célula solar, obviamente, não consegue gerar a quantidade de


energia consumidas em uma casa ou empresa. Por isso é necessário conectar
várias delas juntas para que se consiga alcançar maiores potências, o que é feito
através das placas solares. Uma placa solar, conhecida tecnicamente como módulo
fotovoltaico, é um agrupamento de células fotovoltaicas ligadas em série e
encapsuladas em várias camadas de proteção. As placas fotovoltaicas mais
comercializadas no mercado atualmente, são compostas de 60 ou 72 células, com
potências entre 240 Watts e 335 Watts, respectivamente. O processo de montagem
do módulo fotovoltaico pode ser feito de maneira automática, por maquinário
especializado, ou por manufatura, porém sem uma alta produção em escala. São
várias camadas de proteção e isolamento necessárias para se encapsular um
conjunto de células que formam a estrutura de uma placa de energia solar, sendo:
Uma lâmina de vidro temperado; Um material orgânico, como o EVA (eileno-vinil-
acetato); As células conectadas; Mais uma lâmina de EVA (ou similar); Uma
cobertura, que pode ser vidro, tedlar, PVC, ou outros polímeros;

Por fim o conjunto será emoldurado (utilizando geralmente alumínio


anodizado) e serão inseridas as caixas de conexão (cabos e conectores) para a
ligação em série.
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4.2 SISTEMAS FOTOVOLTAICOS RESIDENCIAIS E SEUS BENEFÍCIOS.

A energia solar residência é aquela que engloba a instalação de sistemas que


captam a radiação solar através da instalação de placas solares visando uma
determinada autonomia energética residencial e também determinada economia
perante o valor das contas de luz (PORTAL SOLAR, 2021). Em geral nas
residências, assim como em empresas os sistemas instalados são os de
microgeração de energia, pois são locais em que o consumo elétrico é menor.
Assim, se consegue suprir a demanda energética tornando esses consumidores
autossuficientes (WORUBY, 2018).

Porém quando instalados em residências diferem da aplicação em imóveis


comerciais e industriais em relação a potência energética gerada, uma vez que
demandam por potências menores. Desse modo os sistemas instalados devem
captar e armazenar quantidades menores de radiação solar (PORTAL SOLAR,
2021).

E é justamente nas residências que os sistemas fotovoltaicos têm ganhado


uma visibilidade maior com o passar dos anos, sendo instalados por meio de
geradores pequenos nos telhados garantindo que uma boa parte da geração de
eletricidade ou se não toda para suprir a carência desses imóveis. Normalmente se
observa uma significante economia de até 95% de valores em dinheiro na conta de
luz, o que no seguimento distribuído é bastante compensatório (SOUSA, 2020).

Para os consumidores residenciais a adesão a sistemas solares fotovoltaicos


de acordo com Morais e Rodrigues (2018) é relativamente fácil e ainda é possível
escolher entre alguns tipos de sistemas. E a adaptação dos mesmos é fácil não
somente nos telhados como em outros espaços vagos das residências rurais ou
urbanas como as paredes por exemplo.

Mas apesar da instalação ser fácil Rezende (2018) discorre que é preciso
haver a precisão da quantia de energia elétrica a ser gerada conforme o tanto de
moradores da casa, o consumo por ano e suas necessidades cotidianas. As
características de moradia, detalhes da construção como inclinações do telhado,
disponibilidade da luz solar entre outros também são fatores que precisam ser
considerados.
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Outras exigências segundo Sousa (2020) estão relacionadas à necessidade


de contratação de empresas especializadas nesse tipo de sistema, uma vez que
somente elas são autorizadas a instalá-los, desenvolver os projetos e levá-los para a
aprovação das concessionárias de energia, além de serem elas que escolhem o
lugar adequado para a instalação dos painéis solares.

De acordo com o Portal Solar (2021) os sistemas fotovoltaicos residenciais


englobam os módulos geradores fotovoltaicos indo até a fiação e ligando os
sistemas a rede elétrica ou até as cargas. Visando alcançar a potência desejada no
projeto fazem-se associações paralelas e em séries e em caso de existir alguma
sobrecarga utilizam-se os sistemas de proteção. Utiliza-se o sistema inversor para
converter a corrente CC para Corrente CA e também para que a tensão gerada seja
disponibilizada para a frequência da rede.

Segundo Carvalho (2018) os sistemas fotovoltaicos residenciais funcionam


quando o painel gera a eletricidade através da radiação solar que passará pelo
inversor, o qual converte a corrente CC para Corrente CA e a equaliza para a
frequência residencial que é de 60Hz tornando-a igual a frequência da rede de
energia. Na sequência essa corrente sai do inversor conectando-se a rede
energética residencial que por sua vez está ligado ao quadro de luz, podendo então
ser utilizada em todos os equipamentos eletrônicos existentes no imóvel.

Freitas; Pinto (2019, p.10) destaca que a energia solar fotovoltaica em


residências apresenta “vários benefícios, destacando ser fonte de energia limpa, que
contribui para a sustentabilidade ambiental do planeta, e também os benefícios
ligados às suas características de geração de energia”.

A implantação e funcionamento dos sistemas solares nas residências, todavia


não é investimento barato, mas é viável diante dos inúmeros benefícios. Para Freitas
e Pinto (2019) mesmo que para alguns tipos de consumidores a geração de energia
solar não apresente grandes vantagens, os maiores benefícios dessa geração são
para aqueles consumidores residenciais que pagam altos valores na energia
advinda das concessionárias. Dessa forma, quanto mais custarem os quilowatt-hora
(kWh) que estes pagam, mais vantajoso será a geração de sua própria energia.

Do ponto de vista econômico o consumidor que investe em energia solar deve


considerar que a partir do momento em que os sistemas iniciam seu funcionamento
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o retorno já é possível ter um retorno do dinheiro que foi gasto através da economia
que se obtém todos os meses. É o conhecido payback, quando se paga o
investimento no sistema, algo que ocorrem aproximadamente em quatro anos.
Considerando o quão o sistema dura é um retorno rápido, o qual poderá ser mais
ágil ainda aos e considerar os reajustes constantes nas tarifas de energia praticadas
no mercado (TOPSUN ENERGIA SOLAR, 2021).

Sobre o tempo de duração dos sistemas, esses são consideravelmente


longos o que beneficia o usuário em termos de economia com a troca dos mesmos.
Nesse contexto Correa (2020) destaca que em média um sistema fotovoltaico dura
aproximadamente vinte e cinco anos, e que mesmo após este período não deixa de
produzir eletricidade. No tempo inicial produz 100% de energia e após ele em média
produz 80%, ficando a critério de o consumidor trocá-lo ou não ou instalar mais
placas nesse mesmo sistema para complementar os 20% a menos na produção.
Além do mais, durante todo esse tempo demanda por pouca manutenção durante o
ano, e por possuir película antiaderente é fácil de limpar.

Outros aspectos econômicos a se considerar são os excedentes e seus


impactos nos custos da conta de energia. Dentro desse contexto Topsun Energia
Solar (2021) corrobora ao afirmar que a energia solar possui uma enorme
capacidade de abastecimento de equipamentos elétricos nas residências, tais como
chuveiros, ferros elétricos e lâmpadas, promovendo dessa maneira uma economia
em torno de 95% na conta de luz.

Em geral os sistemas fotovoltaicos geram créditos e caso sejam superiores ao


gasto na fatura do Mês dá ao consumidor o direito de descontos, e ainda o direito a
créditos excedentes em KW, e esse fato é importante, pois conforme o tempo o valor
dos KW pode sofre variações. Há um período de utilização para eles de até 60
meses, o que torna essa compensação interessante já que em estações como o
inverno a conta de luz pode vir mais alterada e o excedente produzido no verão
pode ser utilizado para abatê-la. Quem estabelece tais regras é a ANEEL através da
resolução 482/12 a qual permite realizar essa compensação (PORTAL SOLAR,
2022).

E de acordo com Topsun Energia Solar (2021) esses mesmos créditos ainda
podem ser utilizados para o abatimento de contas de energia de outros imóveis,
desde que sejam de titularidade do mesmo consumidor, e desde que ambas as
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residências sejam atendidas pela mesma rede distribuidora. Ademais, segundo o


Portal Solar (2022) ao implantar um sistema fotovoltaico o consumidor conta também
conta a valorização de seu imóvel ou imóveis que tendem a crescer até 6%. Em
imóveis sustentáveis certificados o crescimento chega até 30% em alguns casos.

Somando-se ao que já foi relatado, a residências que possuem os sistemas


solares fotovoltaicos instalados contam também com alguns benefícios tributários,
como os descontos em impostos como o IPTU. Nesse contexto Francisco (2018)
destaca em primeiro lugar que o IPTU- Imposto Predial e Territorial Urbano é um
tributo de competência municipal sobre imóveis prediais e territoriais urbano
possuindo como fato gerador uma propriedade, a posse de um imóvel ou ainda um
domínio útil de um bem dentro da localidade de um município. Como incentivo à
geração de energia solar fotovoltaica o autor destaca que há muitos municípios pelo
Brasil que ofertam descontos no IPTU, o que por sua vez impulsiona cada vez mais
a sua instalação nas residências.

Ainda na linha dos benefícios econômicos Siqueira e Santos (2016)


desenvolveram onde se calculou um determinado valor aplicado semelhante ao total
do investimento de um projeto de sistema fotovoltaico, e considerando as taxas da
poupança e rendimentos em 25 anos percebeu-se que ao fim do período o valor
entre eles estaria quase equivalente. No entanto ainda confirme Siqueira e Santos
(2016) ao deixar de investir no projeto e utilizar o valor da poupança no pagamento
da conta de energia do imóvel para a concessionária de energia, em apenas 12
anos e meio ela se extinguiria e a partir de então não seria suficiente para pagar os
gastos com a energia. Segundo os autores, tal estudo comprovou que investir nos
sistemas fotovoltaicos é bem mais rentável em termos econômicos do que em outros
tipos de investimentos, a exemplo da aplicação em poupança.

Do ponto de vista ambiental a energia solar fotovoltaica por ser uma forma de
energia limpa, sustentável e renovável, pois provém do Sol contribui em muito com a
preservação do meio ambiente, pois de acordo com Rezende (2018) não gera os
resíduos, não polui a água, e muito menos a terra e o ar já que não libera gases, e
não prejudica em nada na questão do aquecimento global e nem tem relações com
as camadas de poluição que atingem as grandes cidades em todo o mundo
contribuindo para uma melhor qualidade de vida.
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Já o Canal Bionergia (2020), por sua vez, aponta como um possível benefício
o impacto causado à flora e fauna ao redor das residências. Nesse sentido como em
geral se instala os sistemas residenciais em telhados exigindo pouco espaço, o que
se nota é um impacto ambiental bem menor ao meio ambiente em comparação a
outros meios de geração energética como as usinas hidroelétricas.

Além do mais, em lugares onde há a necessidade de utilizar estes sistemas


como aqueles de difícil acesso, não ocorrem desvios de rios ou espaços
desmatados em virtude da construção de grandes hidrelétricas poupando a natureza
ao redor. Nesse contexto Pereira (2018) assegura que a grande vantagem está na
redução de inundações em grandes áreas causando grandes transtornos aos
moradores desses locais. Corroborando com essa afirmação, Rocha et al. (2014)
enfatiza que para cada metro onde se encontram instalados os coletores de
radiação solar evita-se em média a inundação de 56 metros de terrenos produtivos.

Do ponto de vista social, Coutinho (2019) destaca que quem opta por utilizar
da energia solar residencial auxilia ainda na geração de empregos, visto que as
regiões onde há muita radiação e grande potencial solar costumam ser bem menos
desenvolvidas e a criação de empregos figura como algo positivo, ainda mais
quando há obras de implantação dos sistemas. E em âmbito nacional, também se
pode considerar uma grande elevação da cadeia produtiva destes sistemas, o que
oportuniza a criação de postos de trabalhos novos.

No mais é interessante salientar que os sistemas fotovoltaicos residenciais


assim como os demais tipos não possuem apenas benefícios, pois há alguns
impactos negativos como os riscos referentes ao descarte das baterias e placas
solares e ainda os altos custos, mas Gonçalves (2019) deixa claro que um bom
planejamento auxilia nessas questões. Por fim, nas palavras de Francisco (2018) a
implantação dos sistemas fotovoltaicos residenciais englobam muitos benefícios
econômicos, sociais e ambientais, os quais superam tais desvantagens e
compensam a implementação dos mesmos nos imóveis.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A energia elétrica desempenha um papel de suma importância, seja para uso


residencial, comercial ou industrial, pois se caracteriza como um insumo básico para
o desenvolvimento econômico, tecnológico e social dos países. Desse modo, a
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forma dominante de organização social ao nível mundial reclama uma dependência


bastante significativa da eletricidade. Ocorre que o impacto ambiental gerado
durante a obtenção de energia já vem sendo discutido mundialmente há muito
tempo em razão da gravidade da questão. Assim, a busca da sustentabilidade, que
passou a ser uma preocupação empresarial e governamental, requer planejamento
e inserção de novas fontes de energia, que sejam renováveis e impactem o mínimo
possível no meio ambiente.

E apesar de esses sistemas fotovoltaicos poderem ser instalados em


qualquer lugar como empresas, prédios e outros, são nas residências que os
mesmos apresentam grandes benefícios, desde a redução de impactos ambientais e
redução na conta de energia, possibilidades de benefícios tributários, menores
custos com manutenção, além da valorização do imóvel, dentre outros mais.
Portanto as instalações de tais sistemas configuram-se como uma espécie de
investimento, que beneficia não comente o consumidor, como o meio ambiente e
toda a sociedade em geral.

Diante de tais considerações fica aqui exposto que todos os objetivos deste
estudo foram alcançados, deixando aqui recomendações para trabalhos futuros
sobre o tema, pois o mesmo é de interesse de toda a sociedade.
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