Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1 Será o Conhecimento Possível
1 Será o Conhecimento Possível
De acordo com a teoria CVJ de Platão basta que tenhamos Crença Verdadeira e Justificada para
termos conhecimento. Para os Céticos, também para haver conhecimento é necessária crença
verdadeira e justificada, mas põem em causa a justificação das nossas crenças. Temos
crenças e algumas são verdadeiras, mas saber se uma crença é conhecimento, se está
justificada, está fora das nossas possibilidades, nós não conseguimos. Logo, para os
céticos, não temos conhecimento.
Para René Descartes “A Razão” é a única fonte capaz de garantir conhecimento, ou seja,
crenças verdadeiras e justificadas capazes de resistir a qualquer dúvida. Descarte é um
Racionalista, e o racionalismo pressupõe a natureza dedutiva do saber a partir das crenças
fundacionais ou crenças básicas. Estas crenças são os pilares a partir dos quais se deve erguer
todo o conhecimento. Estas crenças suportam as demais crenças. Hume defendeu o
empirismo, logo o conhecimento é adquirido e justificado pela experiência (sentidos e a nossa
experiência em relação ao mundo).
Põe em causa a justificação das nossas crenças. Temos crenças e algumas são
verdadeiras, mas saber se uma crença é conhecimento, se está justificada, está fora das
nossas possibilidades, nós não conseguimos. Logo, não temos conhecimento.
Para uma crença se tornar conhecimento ela tem de ser justificada. A própria
justificação também é uma crença, logo também necessita de justificação e assim
sucessivamente. Cria-se assim uma regressão infinita na justificação das nossas
crenças.
Assim temos 3 alternativas quando pretendemos justificar uma crença por intermédio
de outras crenças: Regressão infinita, chegar a uma crença não justificada ou ocorrer uma
petição de princípio. Chama-se a esta situação Trilema de Münchhausen.
Conclusão: Nenhuma das suas crenças está justificada logo não há conhecimento.
Habitualmente, nós confiamos nos nossos sentidos, mas, por vezes, eles enganam-nos.
Conclusão:
O argumento da ilusão dos sentidos afirma que, porque os nossos sentidos nos
enganam por vezes, nunca podemos ter a certeza, que não nos estão a enganar num
dado momento, podem-nos levar à ilusão e ao erro.
Assim as crenças justificadas pelos sentidos não estão justificadas.
3º Argumento do sonho
As experiências sensoriais que sentimos nos sonhos, são idênticas as que temos
quando estamos acordados. Se não é possível distinguir o sono da vigília então
existe a possibilidade de engano.
Conclusão: o argumento do sonho permite concluir que não sabemos seja o que for
com base nos nossos sentidos.
Um cientista maluco poderia remover o cérebro de uma pessoa enquanto ela dorme,
deixá-lo num recipiente, num líquido que lhe dê nutrientes, e ligar os seus neurónios a
um supercomputador que lhes forneça impulsos elétricos idênticos aos que o cérebro
normalmente recebe. A pessoa a quem o cérebro pertence quando acorda tem a
ilusão de que tudo está perfeitamente normal, mas realmente tudo isto é o resultado
de impulsos elétricos do computador para os terminais nervosos do cérebro.
Conclusão: Como é que nós sabemos que o nosso cérebro não está numa cuba?
Parece que não sabemos o que quer que seja, nem a existência do nosso corpo, nem
do mundo.
O Racionalismo despreza o papel dos sentidos e defende que o conhecimento deve satisfazer
dois critérios: necessidade lógica e universalidade
O Racionalismo pressupõe a natureza dedutiva do saber a partir de primeiros princípios ou
crenças fundacionais ou crenças básicas.
Foi um filósofo e matemático Francês que nasceu no final do Séc XVI e morreu em meados do
Séc XVII. Foi considerado o pai do racionalismo, e defendeu a tese de que a dúvida era o
primeiro passo para se chegar ao conhecimento. Para ele a Razão é a única fonte capaz de
garantir conhecimento, ou seja, crenças verdadeiras e justificadas capazes de resistir a
qualquer dúvida. Na matemática continuamos a usar as suas coordenadas cartesianas,
dos eixos do X, Y e Z.
A duvida metódica.
Tem como objetivo um conhecimento indubitável, isto é, de encontrar uma Crença Básica que
servisse de fundamento ao edifício do conhecimento. A Crença Básica tem de ser de tal modo
evidente que nem a mais extrema dúvida a pusesse em causa, recorre à própria dúvida como
método para provar a impossibilidade do ceticismo.
Tem de desconfiar de todas as crenças e considerá-las provisoriamente falsas, até encontrar
um princípio indubitável.
2. De acordo com David Hume, A dúvida cartesiana é universal e estende-se por isso a
todas as crenças e princípios, mas põe também em causa as faculdades mentais e as
operações do intelecto. Sendo assim, a dúvida Cartesiana é impraticável e incurável,
uma vez que não seria possível progredir na cadeia de raciocínios, apenas ficar em
estados de dúvida ou pensamento.
3.