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Gestão Tributária

Estratégias Contábeis para Gestão


Tributária
Diretor Executivo
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico
TIAGO DA ROCHA
Autoria
LUCIANE ROSA DE OLIVEIRA
AUTORIA
Luciane Rosa de Oliveira
Sou formada em Administração de Empresas e em Ciências
contábeis, além de possuir Mestrado em Administração e formação
pedagógica, o que propicia a licenciatura no curso de Administração, com
uma experiência técnico-profissional na área de Planejamento através de
projetos e ainda conhecimento na área empresarial de mais de 14 anos.
Passei por empresas como Prefeituras, empresas do ramo farmacêutico
e agropecuário, sendo que além da experiência em empresas descobri
uma nova paixão que é a docência, então desde 2012 atuo como docente
trabalhando com ensino técnico e posteriormente com nível superior. Sou
apaixonada pelo o que faço e adoro transmitir minha experiência de vida
àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso, fui convidada
pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes.
Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e
trabalho. Conte comigo!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez
que:

OBJETIVO: DEFINIÇÃO:
para o início do houver necessidade
desenvolvimento de de se apresentar um
uma nova compe- novo conceito;
tência;

NOTA: IMPORTANTE:
quando forem as observações
necessários obser- escritas tiveram que
vações ou comple- ser priorizadas para
mentações para o você;
seu conhecimento;
EXPLICANDO VOCÊ SABIA?
MELHOR: curiosidades e inda-
algo precisa ser gações lúdicas sobre
melhor explicado ou o tema em estudo,
detalhado; se forem necessá-
rias;
SAIBA MAIS: REFLITA:
textos, referências se houver a neces-
bibliográficas e links sidade de chamar a
para aprofundamen- atenção sobre algo
to do seu conheci- a ser refletido ou
mento; discutido sobre;
ACESSE: RESUMINDO:
se for preciso aces- quando for preciso
sar um ou mais sites se fazer um resumo
para fazer download, acumulativo das últi-
assistir vídeos, ler mas abordagens;
textos, ouvir podcast;
ATIVIDADES: TESTANDO:
quando alguma ativi- quando o desen-
dade de autoapren- volvimento de uma
dizagem for aplicada; competência for
concluído e questões
forem explicadas;
SUMÁRIO
Lucro Contábil e Tributário.......................................................................10
Afinal o que é Lucro? .......................................................................................................................... 10

Diferença entre Lucro e Sobras............................................................................... 11

Conceito de Lucro Contábil e Lucro Tributário...........................................12

Reservas..................................................................................................................................... 13

Provisões .................................................................................................................................. 15

Encargos de Depreciação, Amortização e Exaustão.....................17


Depreciação..............................................................................................................................17

Amortização............................................................................................................................. 19

Exaustão.................................................................................................................................... 20

Lucro em Empresas do Lucro Real, Presumido e Arbitrado..... 22


Empresas Lucro Real...........................................................................................................................23

Empresas Lucro Presumido...........................................................................................................24

Empresas do Lucro Arbitrado.......................................................................................................27

Receita Bruta Conhecida..............................................................................................28

Receita Bruta Desconhecida.....................................................................................29

E Como são Tributados os Lucros Dessas Empresas?....................... 30

Omissão de Receitas e Auto Arbitramento........................................32


Omissão de Receitas............................................................................................................................32

Auto Arbitramento..................................................................................................................................33

Regularização.........................................................................................................................33

Planejamento Tributário.................................................................................................33
Gestão Tributária 7

04
UNIDADE
8 Gestão Tributária

INTRODUÇÃO
Você sabia que a área de gestão tributária é uma das maiores
demandas nas organizações brasileiras, e será responsável pela geração
de inúmeros empregos nos próximos cinco anos? Isso mesmo. A área
de gestão tributária faz parte da gestão de uma empresa. Sua principal
responsabilidade é entender como são auferidos os lucros da empresa
considerando o enquadramento e o tipo de tributação, bem como,
entender os encargos de depreciação, exaustão e amortização. Entendeu?
Ao longo desta unidade letiva você vai mergulhar nesse universo!
Gestão Tributária 9

OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 4. Nosso objetivo é auxiliar você
no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o término
desta etapa de estudos:

1. Explicar como funciona a determinação de lucro contábil e tributário


de uma empresa, reservas e provisões.

2. Analisar os encargos de depreciação, amortização e exaustão.

3. Verificar como são auferidos e distribuídos o lucro em empresas do


lucro real, presumido, arbitrado.

4. Identificar procedimentos de omissão de receitas e autoarbitramento.

Venha conhecer como funciona a determinação do um lucro de uma


empresa, os encargos e ainda entender como os lucros são distribuído. Ter
este conhecimento será um diferencial na sua carreira.

Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento?


Ao trabalho!
10 Gestão Tributária

Lucro Contábil e Tributário


OBJETIVO:

Ao término deste capítulo você será capaz de entender


como funciona a contabilização do lucro nas empresas,
analisando aspectos contábeis e tributários. Isto será
fundamental para o exercício de sua profissão, pois as
empresas visam ao lucro e você como gestor terá a missão
de compreender aspectos tributários e contábeis do lucro.
E então? Motivado para desenvolver esta competência?
Então vamos lá. Avante!.

Afinal o que é Lucro?


A contabilidade foi criada para gerir o patrimônio inicialmente dos
reinados, das pessoas e posteriormente das empresas. Mas para esse
patrimônio aumentar as atividades precisam gerar lucro.

Todas as empresas privadas com fins lucrativos por definição em


sua constituição, que podem ser grandes ou pequenas buscam o lucro.
Você pode ser gestor de uma multinacional ou da padaria do tio Zé.
Independentemente do tamanho da empresa, esta, para se manter no
mercado precisa gerar lucro.

Mas afinal o que é lucro? Podemos definir lucro no contexto


organizacional como:

DEFINIÇÃO:

Lucro é uma conta no balanço patrimonial que faz parte do


patrimônio líquido de uma empresa. Esse valor é calculado
entre a diferença dos ativos com os passivos da empresa.
Essa sobra será denominada lucro no caso da empresa ter
valores mais altos no passivo do que no ativo, o resultado no
balanço será prejuízo.
Gestão Tributária 11

Sendo que de acordo com a Lei no 11.638/07, a conta lucros ou


prejuízos acumulados, que fazem parte do balanço patrimonial de uma
empresa, são considerados como uma conta transitória, sendo que para
sociedades anônimas caso tenha lucro, deve ter seu saldo zerado ao final
de cada exercício social, caso tenha prejuízo seu saldo será transferido
para uma conta denominada prejuízos acumulados.

Para demonstrar o lucro ou prejuízo de uma empresa no final do


exercício, a Lei nº 6.404/1976 (art. 186) prevê o demonstrativo denominado
demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados (DLPA) que prevê
as alterações saldo do patrimônio líquido, sendo previsto que o DLPA
apresente:
I) o saldo do início do período e os ajustes de exercícios
anteriores.

II) as reversões de reservas e o lucro líquido do


exercício.

III) as transferências para reservas, os dividendos, a


parcela dos lucros incorporada ao capital e o saldo ao
fim do período. (BRASIL, 1976)

Diferença entre Lucro e Sobras


As empresas em sua constituição, em seus contratos sociais ou no
seu requerimento do empresário devem definir se a organização que está
sendo criada é uma empresa com ou sem fins lucrativos. As empresas
comerciais normalmente são constituídas como com fins lucrativos sendo
que assim o resultado é o lucro ou prejuízo ao final do exercício.

Mas em casos de empresas que visem o associativismo ou o


cooperativismo, na sua constituição, são denominadas como sem fins
lucrativos e contabilmente elas serão tratadas de outra forma.
12 Gestão Tributária

Figura 1- Cooperativa

Fonte: Pixabay

Nas empresas sem fins lucrativos o que ocasiona no final do seu


exercício que o resultado positivo é denominado sobra e no caso de um
resultado negativo é considerado uma perda. Sendo que as sobras devem
ser alocadas de acordo com a determinação em lei em percentuais para
a educação, reserva de capital conforme seu estatuto e outro percentual
poderá ser distribuído ou guardado para reservas de acordo com a decisão
de uma assembleia entre os associados.

Conceito de Lucro Contábil e Lucro Tributário


Mas o lucro dentro da empresa poderá ter nomenclaturas diferentes
as quais você deve entender as diferenças entre o lucro contábil e o lucro
tributário ou fiscal. Podemos definir o termo “lucro contábil” dentro do
contexto organizacional da seguinte maneira:

DEFINIÇÃO:

“Lucro contábil” representa o lucro da empresa após a


realização da escrita da empresa.
Gestão Tributária 13

Pense um pouco! O lucro líquido apurado contabilmente pela


empresa nem sempre corresponde ao lucro que servirá como base para
o cálculo do imposto de renda, dessa forma, temos o lucro tributário ou
lucro tributável, sendo assim, o termo “lucro tributário” dentro do contexto
organizacional pode ser definido da seguinte maneira:

DEFINIÇÃO:

“Lucro tributário” representa aquele que podemos considerar


o lucro real da empresa, pois ele é analisado após os ajustes
permitidos na legislação do imposto de renda, das contas
como as adições, exclusões ou compensações de prejuízos
fiscais, sendo que este lucro servirá como base para o
cálculo do imposto de renda..

IMPORTANTE:

O Lucro que será como base para o cálculo do imposto de


renda é o lucro tributável.

Reservas
Podemos definir o termo “reservas” dentro do contexto organizacional
da seguinte maneira:

DEFINIÇÃO:

“Reservas” representam os valores no patrimônio líquido,


com fins fiscais e comerciais, já que o patrimônio líquido é a
ligação legal entre a entidade jurídica, a empresa e os sócios
ou acionistas que a compõem, podendo ser, de acordo com
Padoveze (2018):
14 Gestão Tributária

a) entradas de capital em bens, direitos ou dinheiro,


não contabilizadas na conta de Capital Social (ágio na
integralização de capital por novos acionistas ou sócios).

b) correção monetária do capital social.

c) doações ou subsídios governamentais que não


transitaram pela conta de Lucros e Perdas até 31-12-
09 e constituição de reservas de incentivos fiscais
decorrente de doações ou subsídios governamentais
contabilizados como receitas.

d) ganhos por valorização de elementos patrimoniais,


além dos valores já habitualmente contabilizados
como receita, que não transitam por Lucros e Perdas
(reavaliação de imobilizados).

e) lucros acumulados não distribuídos aos donos do


capital da companhia, que ficam retidos na pessoa
jurídica, e que são reclassificados com outros nomes em
novas contas, para atendimento de formalidades fiscais
ou comerciais, de forma compulsória ou espontânea.
(PADOVEZE, 2018, p. 341)

As reservas são destinações que podem ser dadas ao resultado


apurado no período, tanto por exigência legal como do estatuto da entidade
ou ainda por decisão da administração da entidade Carvalho, 2019).

Dessa forma, podemos definir as reservas de acordo com Padoveze


(2018) sendo:

• Reservas de capital.

• Reservas de reavaliação.

• Ajustes de avaliação patrimonial.

• Reservas de lucro.

SAIBA MAIS:

Que tal se aprofundar neste assunto, lendo o artigo “As


reservas nas sociedades comerciais: noção e impactos
fiscais em IRC” acessando aqui.
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Provisões
Ainda dentro das empresas poderemos ter estimativas de perdas
de valores ou estimar despesas. Podemos definir o termo “provisões”
de acordo com Padoveze (2018) dentro do contexto organizacional da
seguinte maneira:

DEFINIÇÃO:

“Provisões” é a estimativa de uma provável despesa ou


perda. São dois atributos básicos: é uma provisão, portanto,
o seu valor estimativo; além disso, existe a probabilidade de
a despesa não ocorrer.

As provisões podem ser para contas que trazem uma expectativa


que não sejam pagas, por exemplo, a conta: provisão para devedores
duvidosos, ou ainda provisão para imposto de renda, provisão para
contribuição social sobre lucro líquido, provisões para contas do passivo
ou ainda provisões para perdas do estoque.
16 Gestão Tributária

RESUMINDO:

E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo


tudo? Agora, só para termos certeza de que você realmente
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos
resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que as
empresas são divididas em: com fins lucrativos e nas sem
fins lucrativos. Que a diferença entre ativo e passivo é o lucro
da empresa no balanço patrimonial e que o lucro pode ser
considerado o contábil, que é o lucro após a escrituração
e o lucro real ou tributário, que é o que baseia o imposto
de renda. Que as empresas devem seguir a legislação
apresentando o demonstrativo de lucros ou prejuízos
acumulados. Que no fechamento do balanço as empresas
deverão apresentar suas reservas que podem ser de capital,
reservas de reavaliação, ajustes de avaliação patrimonial e
reservas de lucro. E que ainda devem realizar projeções
chamadas de provisões.
Gestão Tributária 17

Encargos de Depreciação, Amortização e


Exaustão
Depreciação
Os bens do imobilizado têm um tempo de vida útil que pode variar.
Carros, prédios são bens que fazem parte do imobilizado e dentro da
empresa esses bens sofrem perdas de valor com o passar do tempo,
sendo necessário representar esta perda de forma contábil. Carvalho
(2019) define o termo “depreciação” dentro do contexto organizacional da
seguinte maneira:

DEFINIÇÃO:

“Depreciação” representa a perda de valor aplicada a bens do


ativo imobilizado, como móveis, máquinas e equipamentos,
edificações, veículos etc.

Porém não seria justo calcular a depreciação de bens da mesma


forma, sendo que, a receita federal propõe uma tabela especificada de
cada tipo de bem, mas de forma genérica podemos analisar a depreciação
de acordo com grandes grupos sendo eles:
Tabela 1- Depreciação

BENS TAXA ANUAL PRAZO


Imóveis 4% 25 anos
Instalações 10% 10 anos
Máquinas e 10% 10 anos
equipamentos
Móveis e utensílios 10% 10 anos
Computadores e 20% 5 anos
periféricos
Veículos leves 20% 5 anos
Veículos Pesados 25% 4 anos
Fonte: Elaborado pelo autor (2020)
18 Gestão Tributária

Exemplo:

A empresa Maria Ltda. distribui produtos de limpeza para todo o


Rio Grande do Sul, para isso fez a aquisição de um caminhão visando a
agilidade na entrega de seus produtos.
Figura 2- Caminhão para a entrega

Fonte: Pixabay

O caminhão custou R$ 100.000,00, como é feito o cálculo de


depreciação? O caminhão por ser um veículo pesado terá o prazo de
quatro anos, ou seja, o bem será depreciável 25% do valor por ano. Dessa
forma, a cada ano será depreciado o valor de R$ 25.000,00.
Tabela 2 – Depreciação e valor líquido contábil

DEPRECIAÇÃO VALOR LÍQUIDO


ANO DEPRECIAÇÃO
ACUMULADA CONTÁBIL

1 R$ 25.000,00 R$ 25.000,00 R$ 75.000,00


2 R$ 25.000,00 R$ 50.000,00 R$ 50.000,00
3 R$ 25.000,00 R$ 75.000,00 R$ 25.000,00
4 R$ 25.000,00 R$ 100.000,00 R$ 0,00
Fonte: Elaborado pelo autor (2021).
Gestão Tributária 19

Mas a empresa possui diversos bens e não apenas bens tangíveis


que fazem parte do imobilizado, existem também os bens que não são
tangíveis, os intangíveis que também sofrem de perda de valor com o
tempo, sendo que para eles são feitas amortizações.

Amortização
De acordo com Carvalho (2019) podemos definir o termo “amortização”
dentro do contexto organizacional da seguinte maneira:

DEFINIÇÃO:

“Amortização” representa o processo de apropriação da


perda da capacidade econômica de bens do ativo intangível,
como patentes, direitos de uso, softwares etc.

Figura 3 – Patente um exemplo de bem intangível

Fonte: Freepik

Amortização então é o cálculo da perda de valor de bens intangíveis,


com o passar do tempo.
20 Gestão Tributária

Exaustão
Podemos definir o termo “exaustão” dentro do contexto organizacional
da seguinte maneira, de acordo com Carvalho (2019):

DEFINIÇÃO:

“Exaustão” representa o processo de apropriação da perda


da capacidade econômica de bens do ativo imobilizado que
tenham natureza mineral ou vegetal, tais como reservas
florestais, minas, áreas de exploração etc.

Figura 4- Plantação de cana

Fonte: Pixabay

Então os bens de natureza mineral ou vegetal terão contas próprias


de exaustão visando demonstrar, contabilmente, essa perda de valor com
o passar do tempo.
Gestão Tributária 21

RESUMINDO:

E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo


tudo? Agora, só para termos certeza de que você realmente
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir
tudo o que vimos. Você aprendeu o que são encargos de
depreciação, de amortização e de exaustão. Pronto para
mais conhecimento? Vamos seguir.
22 Gestão Tributária

Lucro em Empresas do Lucro Real,


Presumido e Arbitrado
OBJETIVO:

Ao término deste capítulo você será capaz de entender


a existência de diferentes formas de tributação e que
dependendo da escolha fiscal da empresa isso afetará
os seus lucros. Isto será fundamental para o exercício de
sua profissão, sendo que neste capitulo você entenderá
as diferenças entre lucro real, lucro presumido e lucro
arbitrado, sendo esses os regimes aceitos no Brasil. E então?
Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos
lá. Avante!

No Brasil existem diferentes tributações que consideram o tipo


de empresa, a receita e o porte da empresa. Dessa forma, as empresas
podem ser optantes pelo simples nacional, lucro real, lucro presumido ou
lucro arbitrado.
Figura 5-Tributação nas empresas brasileiras

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

• Simples nacional, que pode ser desde um microempreendedor


individual até uma empresa de pequeno porte desde que esteja
dentro das regulamentações sendo que será cobrado de forma
única os impostos, por meio de uma DARF.

• Lucro real que é a tributação com base no lucro real da empresa


no período.

• Lucro presumido que é realizado a presunção do lucro com base


na receita bruta da empresa no período.
Gestão Tributária 23

• Lucro arbitrado que ocorre quando algumas exigências não são


cumpridas fazendo com que o fisco determine o lucro da empresa.

Para fins deste capítulo serão considerados os aspectos tributários


nas aferições de lucro em empresas optantes pelo lucro real, lucro
presumido e lucro arbitrado.

Empresas Lucro Real


O Lucro Real é um regime que pode ser por opção ou obrigatório
para alguns tipos de empresa com receita no ano-calendário
anterior, superior a R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais), ou
a R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais) multiplicado pelo número de
meses de atividade do ano-calendário anterior, quando inferior a 12 (doze)
meses (Lei 10.637/2002).

Podemos definir o termo “lucro real” da seguinte maneira:

DEFINIÇÃO:

“Lucro real” representa uma forma de tributação em que


as empresas pagam uma alíquota fixa de 15% sobre o seu
lucro, sendo que podem optar por este regime empresas
devido ao seu faturamento ou sua atividade econômica.

As empresas poderão ser optantes pelo lucro real de acordo com


sua atividade econômica como empresas que realizam intermediações
financeiras como bancos, descritos no parágrafo II da Lei 10.637/2002,
sendo elas:
II – cujas atividades sejam de bancos comerciais,
bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento,
caixas econômicas, sociedades de crédito,
financiamento e investimento, sociedades de crédito
imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores
mobiliários e câmbio, distribuidora de títulos e valores
mobiliários, empresas de arrendamento mercantil,
cooperativas de crédito, empresas de seguros privados
24 Gestão Tributária

e de capitalização e entidades de previdência privada


aberta. (BRASIL, 2002)

Ou ainda, empresas que prestem serviços imobiliários ou de


acordo com o parágrafo VI, da Lei 10.637/2002, empresas que prestem os
seguintes serviços:
VI – que explorem as atividades de prestação cumulativa
e contínua de serviços de assessoria creditícia,
mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos,
administração de contas a pagar e a receber, compras
de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis
a prazo ou de prestação de serviços (factoring). (BRASIL,
2002)

Diferentemente do simples nacional, as empresas que tiverem


lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior poderão
ser optantes pelo lucro real, ou ainda as autorizadas pela legislação
tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do
imposto, ou a as que tenham efetuado pagamento pelo mensal regime de
estimativa no decorrer do ano-calendário.

Com relação à alíquota utilizada, será no percentual de 15%, sendo


passível de adicionais quando exceder o valor resultante da multiplicação
de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do respectivo
período de apuração, sujeita-se à incidência de adicional de imposto à
alíquota de 10% (dez por cento), sendo aplicado nos casos de incorporação,
fusão ou cisão e de extinção da pessoa jurídica pelo encerramento da
liquidação. Sendo que este adicional será pago juntamente com o imposto
de renda apurado pela aplicação da alíquota geral de 15%.

Empresas Lucro Presumido


Podemos definir o termo “lucro presumido” dentro do contexto
organizacional da seguinte maneira:
Gestão Tributária 25

DEFINIÇÃO:

“Lucro presumido” é uma forma de tributação simplificada


que presume o lucro da empresa com base na receita
operacional bruta somada com outras receitas eventuais,
como as receitas financeiras e de aluguéis.

Exemplo:
Uma empresa que presta com uma receita bruta de R$ 100.000,00, sendo que:

IRPJ CSLL

Receita operacional bruta R$100.000,00 R$ 100.000,00

Percentual de lucro fixado 8% 12%


fiscalmente

Lucro presumido R$8.000,00 R$ 12.000,00

Outras receitas

Receita de aluguel R$1.500,00 R$ 1.500,00

Lucro presumido R$ 9.500,00 R$ 13.500,00

Para fins de tributação as empresas optantes pelo lucro presumido,


serão cobrados imposto de renda (IRPJ) e contribuição social sobre o lucro
líquido (CSLL).

Para a contribuição social sobre lucro Líquido (CSLL) de 12% a 32%


sobre a receita bruta no período de acordo com a atividade conforme
Tabela 3:
Tabela 3 - Tributação lucro presumido do CSLL

TIPO DE EMPRESA ALÍQUOTA


Atividades industriais 12%
Atividades comerciais 12%
Serviços hospitalares 12%
Serviços de transporte 12%
26 Gestão Tributária

Prestação de serviço geral (exceto hospitalares e 32%


transporte)
Intermediação de negócios 32%
Administração, cessão ou locação de bens 32%
Fonte: Elaborado pelo autor (2020)

Para o imposto de renda pessoa jurídica (IRPJ) com base no tipo de


atividade com alíquotas que variam de 1,6% a 32% com base na receita
operacional bruta, sendo que o imposto será apurado trimestralmente e
deverá ser pago em cota única até o último dia do mês subsequente do
período de apuração:
Tabela 4 - Tributação lucro presumido do IRPJ

TIPO DE EMPRESA ALÍQUOTA


Revenda e varejo de combustíveis e gás natural 1,6%
Venda de mercadorias e produtos 8%
Transporte de cargas 8%
Serviços imobiliários 8%
Serviços hospitalares 8%
Atividade rural 8%
Industrialização 8%
Serviço de transporte 16%
Serviço até a receita bruta de R$120.000,00 anual 16%
Serviços profissionais (advogados, engenheiros, 32%
contadores etc)
Intermediação de negócios 32%
Administração, locação ou cessão de bens 32%
Serviço de construção civil 32%
Serviços em geral (sem percentual especifico) 32%
Exploração de atividades diversificadas 1,6% a 32%
Fonte: Elaborado pelo autor (2020)
Gestão Tributária 27

Portanto, a empresa com lucro presumido pagará uma alíquota


para IRPJ e outra para CSLL, sendo que a empresa pode optar pelo
lucro presumido devido a sua simplicidade na apuração ou a uma visão
estratégica da empresa, visando uma economia tributária ou utilizará este
regime enquanto se enquadrar nas condições para a sua manutenção no
sistema.

Empresas do Lucro Arbitrado


Outra forma de tributação é o lucro arbitrado que poderá ocorrer em
seis oportunidades conforme disposto no Artigo 530, do Decreto 3000/99
que regulamenta o imposto de renda. A empresa será obrigada a ser do
lucro arbitrado quando deixar de elaborar algumas das demonstrações
financeiras obrigatórias como o balanço patrimonial, por exemplo,
conforme podemos ver no Parágrafo I:
I - o contribuinte, obrigado à tributação com base
no lucro real, não mantiver escrituração na forma
das leis comerciais e fiscais, ou deixar de elaborar as
demonstrações financeiras exigidas pela legislação
fiscal. (BRASIL, 1999)

Nota-se também a relevância do trabalho de contabilidade, e da


gestão tributária, pois em casos da ocorrência de erros, vícios ou fraudes
a empresa, obrigatoriamente, se tornará lucro arbitrado conforme o
Parágrafo II, ou ainda a não apresentação dos documentos de escrituração,
conforme parágrafo III, ou ainda a fala da manutenção dos livros razão e
diário conforme Parágrafo VI (Brasil, 1999).
II - a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte
revelar evidentes indícios de fraudes ou contiver vícios,
erros ou deficiências que a tornem imprestável para:

a) identificar a efetiva movimentação financeira,


inclusive bancária; ou

b) determinar o lucro real;

III - o contribuinte deixar de apresentar à autoridade


tributária os livros e documentos da escrituração
comercial e fiscal, ou o Livro Caixa, na hipótese do
parágrafo único do art. 527;
28 Gestão Tributária

IV - o contribuinte optar indevidamente pela tributação


com base no lucro presumido;

VI - o contribuinte não mantiver, em boa ordem e


segundo as normas contábeis recomendadas, Livro
Razão ou fichas utilizados para resumir e totalizar,
por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no
Diário. (BRASIL, 1999)

Em casos em que o representante de pessoa jurídica estrangeira


não apurar o lucro de sua outra atividade conforme podemos ver no artigo
(Brasil, 1999).
V - o comissário ou representante da pessoa jurídica
estrangeira deixar de escriturar e apurar o lucro da
sua atividade separadamente do lucro do comitente
residente ou domiciliado no exterior (art. 398). (BRASIL,
1999)

O Lucro arbitrado tem como base a receita da empresa, podendo


ser considerada sob suas formas com o conhecimento da renda bruta e
quando esta não é conhecida.

Podemos definir o termo “lucro arbitrado” dentro do contexto


organizacional da seguinte maneira:

DEFINIÇÃO:

“Lucro arbitrado” é aquela tributação que normalmente


é feito pelo fisco quando a empresa não apresenta seus
demonstrativos ou faz com vícios ou erros. Pode ocorrer por
iniciativa da empresa quando ela conhece sua renda bruta,
porém o mais comum, no Brasil, é a ocorrência por iniciativa
do fisco.

Receita Bruta Conhecida


O Lucro arbitrado muitas vezes é desconsiderado devido a sua alta
incidência de tributação, sendo assim, composto para fins de imposto de
renda, sendo aplicado um aumento de um percentual de 20% a mais sobre
os percentuais utilizados em empresas optantes pela tributação por lucro
Gestão Tributária 29

presumido, considerado algumas peculiaridades conforme Piegas (2017)


destaca:

• Cálculo para do IR, aplicando sobre a receita bruta o percentual de


9,6%, que se refere aos 8% da atividade mais 20% sobre 8%, que
dá 1,6%.

• Empresas de serviços utilizam 38,4% (32% mais 20% sobre 32%, que
dá 6,4%). As demais receitas devem ser acrescidas à base.

• Empresas como instituições financeiras, seguradoras, empresas


de capitalização e previdência privada, com um índice ainda maior
utilizam o percentual de 45%.

Note que esta alta incidência de tributação poderá ser um entrave


para a empresa, mostrando assim a importância de um gestor na área
de tributação bem como a importância do contador na manutenção
dos documentos fiscais bem como a apresentação dos demonstrativos
contábeis obrigatórios, com a penalidade de um aumento significativo na
tributação, além de multa em muitos casos.

Receita Bruta Desconhecida


Nos casos em que a empresa não tem receita conhecida, cabe ao
fisco a escolha de uma das oito opções. De acordo com Piegas (2017).
1,5 do lucro real relativo ao último período em que
a pessoa jurídica manteve escrituração, atualizado
monetariamente. Se o lucro real for decorrente do
período-base anual, o valor que será a base para o
arbitramento será proporcional ao número de meses
do período-base considerado;

0,04 da soma dos valores do ativo circulante, realizável


em longo prazo e permanente, existentes no último
balanço patrimonial conhecido;

0,07 do valor do capital, incluindo aí a correção


monetária do balanço que era contabilizada como
reserva de capital, constante do último balanço
patrimonial conhecido ou registrado nos atos de
constituição ou de alteração da sociedade, atualizado
monetariamente;
30 Gestão Tributária

0,05 do valor do patrimônio líquido constante do


último balanço patrimonial conhecido, atualizado
monetariamente;

0,4 do valor das compras de mercadorias efetuadas no


mês;

0,4 da soma, em cada mês, dos valores da folha


de pagamento dos empregados e das compras de
matérias-primas, produtos intermediários e materiais
de embalagem;

0,8 da soma dos valores devidos no mês aos


empregados; ou

0,9 do valor mensal do aluguel devido. (PIEGAS, 2017,


p. 426)

E Como são Tributados os Lucros Dessas Empresas?


As empresas optantes pelo lucro real, lucro presumido e lucro
arbitrado, em regra geral, nos seu lucros ou dividendos calculados, não
estão sujeitos à incidência do imposto de renda na fonte, nem integrarão
a base de cálculo do imposto de renda do beneficiário, pessoa física ou
jurídica, domiciliado no país ou no exterior.

Note que em empresas de lucro presumido e lucro arbitrado seus


lucros serão distribuídos no encerramento de cada trimestre e não serão
tributados em duas hipóteses:

I) Quando o valor da base de cálculo do imposto, diminuída de todos


os impostos e contribuições a que estiver sujeitam a pessoa jurídica.

II) A parcela dos lucros ou dividendos excedente ao valor determinado


no item I, desde que a empresa demonstre, por meio de escrituração
contábil feita com observância da lei comercial, que o lucro efetivo é
maior que o determinado segundo as normas para apuração da base de
cálculo do imposto pela qual houver optado, ou seja, o lucro presumido
ou arbitrado.
Gestão Tributária 31

RESUMINDO:

E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo


tudo? Agora, só para termos certeza de que você realmente
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir
tudo o que vimos. Você aprendeu sobre empresas de
lucro real, lucro presumido e em empresas de lucro
arbitrado tratamos da receita bruta conhecida, a receita
bruta desconhecida e ainda, como são tributados os lucros
dessas empresas. Vamos a mais conhecimento!
32 Gestão Tributária

Omissão de Receitas e Auto Arbitramento


Omissão de Receitas
Podemos definir o termo “omissão de receitas” dentro do contexto
organizacional da seguinte maneira:

DEFINIÇÃO:

“Omissão de receitas” representa a ocultação de receitas


da empresa que podem ocorrer por meio de erro, falha ou
vicio. Normalmente ocorre através da não emissão de nota
fiscal ou ainda na omissão de receita ou de rendimentos e
ganhos de capital.

A falta de registro das receitas presume a ocorrência devido as


seguintes hipóteses:
1. A indicação na escrituração de saldo credor de caixa;
2. A falta de escrituração de pagamentos efetuados;
3. A manutenção no passivo de obrigações já pagas ou cuja
exigibilidade não seja comprovada.

Piegas (2017) expõe a importância da demonstração de todas as


receitas, pois se de forma intencional a pessoa jurídica omitir receita será
aplicada uma alíquota de 50% do valor apurado e será considerado lucro e
integralmente tributado em empresas tributadas pelo lucro arbitrado, além
das alíquotas já mencionadas.

Dessa forma, a omissão de receitas pode ocorrer por meio de indícios


na escrituração do contribuinte ou qualquer outro elemento de prova, cabe
ao fisco, que é a autoridade tributária, arbitrá-la. Terá como base os valores
em caixa, ou ainda valores fornecidos à empresa por administradores,
sócios da sociedade não anônima, titular da empresa individual, ou pelo
acionista controlador da companhia, se a efetividade da entrega e a origem
dos recursos não forem comprovadamente demonstradas.
Gestão Tributária 33

Auto Arbitramento
A empresa ao notar a sua omissão de receitas ou ainda para realizar
seu planejamento tributário poderá realizar o seu auto arbitramento.
Podemos definir o termo “auto arbitramento” dentro do contexto
organizacional da seguinte maneira:

DEFINIÇÃO:

“Auto arbitramento” é a regularização com o fisco ou ainda


um planejamento tributário dentro da organização.

Regularização
Note novamente a importância da contabilidade e da gestão
tributária, pois em casos de contabilidade inconsistente, apresentando
saldos incorretos ou ainda com erros nos passivos ativos e documentação
sem ser fidedigna, caberá a empresa realizar o auto arbitramento,
ganhando assim tempo para a regularização para o próximo exercício, mas
atente, pois o valor do imposto devido terá um acrescimento em 20% para
o cálculo do imposto de renda (art. 532 RIR/99), porém o CSLL não terá
nenhuma adição.

Planejamento Tributário
Se a empresa, nos primeiros meses do ano, optou pelo lucro
presumido, vier a ter prejuízo ou lucro diminuído nos meses seguintes,
poderá arbitrar o lucro nesses meses em que optou pelo lucro presumido
e nos seguintes optar pelo lucro real. É uma exceção à regra que determina
a opção pelo primeiro pagamento da DARF (art. 13 e 14, Lei 9.718/98),
mas neste caso, em função do art. 531 RIR/99, não apresentando escrita
contábil ou livro caixa poderá proceder o auto arbitramento.
34 Gestão Tributária

RESUMINDO:

E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo


tudo? Agora, só para termos certeza de que você realmente
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir
tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que o trabalho do
gestor tributário é essencial para a empresa, uma vez que,
existem diferentes formas de tributação sendo o lucro real,
lucro presumido e lucro arbitrado. Que o enquadramento
dependerá da receita anual e ainda o tipo de atividade para
a definição do tipo de tributação, sendo que poderá variar a
alíquota. Aprendeu também que a empresa deverá auferir
os valores referentes à depreciação, amortização e exaustão
de seus bens tangíveis e intangíveis e que deve evitar erros
e vícios na contabilização.
Gestão Tributária 35

REFERÊNCIAS
BRASIL. LEI No 6.404, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1976. Dispõe sobre
as Sociedades por Ações. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/l6404compilada.htm. Acesso em 13 jul 2020.

BRASIL. DECRETO Nº 3.000, DE 26 DE MARÇO DE 1999. Regulamenta


a tributação, fiscalização, arrecadação e administração do Imposto sobre
a Renda e Proventos de Qualquer Natureza. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3000.htm. Acesso em 13 jul 2020.

BRASIL. LEI No 10.637, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2002. Dispõe sobre


a não-cumulatividade na cobrança da contribuição para os Programas de
Integração Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do Servidor Público
(Pasep), nos casos que especifica; sobre o pagamento e o parcelamento
de débitos tributários federais, a compensação de créditos fiscais, a
declaração de inaptidão de inscrição de pessoas jurídicas, a legislação
aduaneira, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10637.htm. Acesso em 13 jul 2020.

PADOVEZE, C. L. –Manual de contabilidade básica: contabilidade


introdutória e intermediária. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2018.

PÊGAS, P. H. Manual de contabilidade tributária. 9. ed. São Paulo:


Atlas, 2017.

VASCONCELOS, P.; ROCHA, A. P. As reservas nas sociedades


comerciais: noções e impactos ficais. Recife: Rebules, 2018.

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