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1817954 E-book gerado especialmente para BRUNA MONEDA ASTINI

Câmara de São Paulo


Técnico Legislativo: Sem Especialidade

Conhecimentos Gerais

1817954 E-book gerado especialmente para BRUNA MONEDA ASTINI


Obra

Câmara de São Paulo


Técnico Legislativo: Sem Especialidade

Autores

CONHECIMENTOS GERAIS • Fernando Nishimura, Fernando Zantedeschi e Marcio Ferreira Neves

ISBN: 978-65-5451-239-8

Edição: Outubro/2023

Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos


pela Lei nº 9.610/1998. É proibida a reprodução parcial ou total,
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SUMÁRIO

CONHECIMENTOS GERAIS...............................................................................................5
CONHECIMENTOS BÁSICOS DE SISTEMA OPERACIONAL (WINDOWS 11)................................... 5

EDIÇÃO DE ARQUIVOS (WORD)........................................................................................................... 8

PLANILHAS (EXCEL) .......................................................................................................................... 27

GERENCIADORES DE EMAIL (OUTLOOK)......................................................................................... 51

ORGANIZAÇÃO DE PASTAS/DIRETÓRIOS........................................................................................ 52

IMPRESSÃO/DIGITALIZAÇÃO............................................................................................................ 56

BUSCAS E INSTALAÇÕES DE PROGRAMAS.................................................................................... 59

NOÇÕES DE SEGURANÇA.................................................................................................................. 60

ARMAZENAMENTO NAS NUVENS...................................................................................................................66

CONEXÕES........................................................................................................................................... 73

VIDEOCONFERÊNCIA (PRINCIPAIS APLICAÇÕES PARA REUNIÕES/PALESTRAS/CURSOS


REMOTOS)........................................................................................................................................... 73

PESQUISA NA WEB (CONFIABILIDADE, BUSCADORES)................................................................. 80

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO................................................................................ 83

REGIMENTO INTERNO DA CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO...............................................125

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CONHECIMENTOS GERAIS

CONHECIMENTOS BÁSICOS DE SISTEMA OPERACIONAL (WINDOWS 11)

O sistema operacional Windows chegou na sua versão 11 com uma série de novidades.
Sempre que uma nova versão é apresentada, novos recursos são adicionados e, às vezes,
outros são removidos ou descontinuados. Com o Windows 11, algumas teclas de atalhos
foram reorganizadas, novas interfaces apresentadas e recursos aprimorados.
A maioria das caraterísticas foi mantida, por questões de compatibilidade com as versões
anteriores, como os caracteres não permitidos nos nomes de arquivos e pastas. Os atalhos de
teclado foram mantidos, com a adição de novos recursos e alterações pontuais.
O Windows 11, lançado em 24 de junho de 2021, apresenta várias mudanças em relação ao
Windows 10. Algumas das principais novidades incluem:

z Design renovado: o Windows 11 apresenta um design mais moderno e elegante, com can-
tos arredondados e transparências. O menu Iniciar foi reposicionado ao centro da barra
de tarefas, e, agora, inclui ícones de aplicativos recomendados. A barra de tarefas está
mais limpa e simplificada, com ícones centralizados e sem rótulos. A barra de tarefas pode
ser personalizada para incluir ícones adicionais ou removê-los conforme necessário;
z Novo recurso Snap Layouts: o Snap Layouts permite que as várias janelas abertas sejam
organizadas em leiautes predefinidos, facilitando a multitarefa. Esta funcionalidade é váli-
da para múltiplos monitores, permitindo “memorizar” o posicionamento das janelas ao
desconectar e conectar novamente a segunda tela. Você pode escolher entre vários leiau-
tes diferentes, como lado a lado, quadrado ou vertical, para organizar suas janelas abertas.
Além disso, o Windows 11 apresenta um novo recurso chamado Snap Groups, que permite
que se salve e restaure grupos de aplicativos abertos em um determinado momento;
z Microsoft Teams integrado: o Windows 11 inclui o Microsoft Teams, permitindo que você
faça chamadas de vídeo e áudio diretamente do sistema operacional. Esta integração sig-
nifica que não é mais preciso baixar ou instalar o aplicativo separadamente para usar os
recursos de videochamadas e videoconferência do Microsoft Teams. Além da integração, CONHECIMENTOS GERAIS
o sistema operacional apresenta uma nova interface do Teams, que é mais fácil de usar e
mais intuitiva;
z Widgets: o Windows apresenta uma nova área de widgets (bugigangas ou ferramentas)
que pode ser personalizada para exibir informações relevantes, como notícias, clima e
calendário. Você pode acessar a área de widgets clicando no ícone correspondente na bar-
ra de tarefas ou deslizando a partir da borda esquerda da tela. Os widgets são personalizá-
veis e podem ser redimensionados ou movidos. Atalho de teclado: Windows + W;
z Desempenho aprimorado: o Windows 11 foi projetado para ser mais rápido e eficiente do
que o Windows 10, com melhorias no desempenho da CPU (processador), GPU (proces-
sador gráfico) e memória. O novo sistema operacional apresenta uma inicialização mais

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rápida, graças à nova tecnologia chamada DirectStorage, que permite que os jogos carre-
guem mais rapidamente, melhorando, também, a qualidade gráfica geral;
z Controle de Aplicativo Inteligente: é um recurso que

[...] adiciona proteção significativa contra ameaças novas e emergentes bloqueando aplicati-
vos mal-intencionados ou não confiáveis. O Controle de Aplicativo Inteligente também ajuda
a bloquear aplicativos potencialmente indesejados, que são aplicativos que podem fazer com
que seu dispositivo seja executado lentamente, exibir anúncios inesperados, oferecer software
extra que você não queria ou fazer outras coisas que você não espera. (MICROSOFT, s.d.)

O Controle de Aplicativo Inteligente opera junto ao software de segurança Microsoft


Defender. Para acessar as configurações do Controle de Aplicativo Inteligente, você pode ir
em Configurações, Segurança do Windows;

z PDE (Personal Data Encryption): um recurso que permite criptografar arquivos e pastas
no Windows 11. Ele protege os dados pessoais contra acesso não autorizado, garantindo
que apenas o dono ou proprietário possa acessá-los. Quando criptografamos um arquivo
ou pasta, o Windows 11 utiliza um algoritmo de criptografia que transforma o conteúdo
em um formato ilegível, tornando-o inacessível sem a respectiva chave de descriptografia.

ATALHOS COM A TECLA WINDOWS

Os atalhos que usam a tecla Windows são uma maneira conveniente de acessar recursos
e funções do sistema operacional. Eles podem ser usados para executar ações comuns, como
abrir o menu Iniciar, alternar entre aplicativos abertos e pesquisar arquivos e pastas. Além
disso, muitos aplicativos também têm atalhos de teclado que podem ser usados para executar
funções específicas.

ATALHO DE TECLADO AÇÃO


Inicia o Microsoft Teams (Conversar). No Win-
Windows + C
dows 10, era Microsoft Cortana
Windows + Shift + C Inicia o menu de botões
Windows + Ctrl + C Ativa filtros coloridos
Windows + J Define o foco em uma dica do Windows
Windows + N Abre a área de Notificações
Windows + O Bloqueia a orientação do dispositivo
Windows + Shift + Q Inicia a Assistência Rápida
Grava vídeo da janela de um jogo em modo
Windows + Alt + R
foco
Inicia o Widgets. No Windows 10, era
Windows + W
Whiteboard
Muda entre o Windows Mixed Reality e a Área
Windows + Y
de Trabalho
Windows + Z Abre o menu de contexto do aplicativo
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Atalhos de Teclado a Partir da Barra de Tarefas

ATALHO DE TECLADO AÇÃO


Windows Menu Iniciar
Windows + S Pesquisar
Windows + T Barra de Tarefas (Task Bar)
Windows + 1 Primeiro aplicativo da Barra de Tarefas
Windows + 2 Segundo aplicativo da Barra de Tarefas
Demais aplicativos da Barra de Tarefas,
Windows + 3, 4, 5, etc.
respectivamente
Windows + B Área de notificação
Windows + A Central de ações (Action Center)
Windows + D Mostrar área de trabalho (desktop)
Mostrar área de trabalho (minimizar todas as
Windows + M
janelas e visualizar a área de trabalho)

RECURSOS APRIMORADOS NO WINDOWS 11

Além das novas funcionalidades e atalhos de teclado, recursos nativos do Windows foram
aprimorados na nova versão. Conheça alguns destes aprimoramentos:

z Pesquisa Universal: ferramenta de pesquisa integrada que permite pesquisar arquivos,


aplicativos e conteúdo da web diretamente do menu Iniciar. Você pode acessar a Pesquisa
Universal clicando no ícone da lupa na barra de tarefas ou pressionando as teclas Win-
dows + S. A Pesquisa Universal também pode ser usada para pesquisar configurações do
sistema, como opções de energia e gerenciamento de dispositivos. Além disso, a Pesquisa
Universal apresenta resultados em tempo real à medida que você digita, tornando mais
fácil encontrar o que se está procurando;
z Recursos de acessibilidade: navegar usando reconhecimento de voz, legendas ao vivo e
leitura de tela com o narrador, usando voz natural e humana;
z Fácil configuração e personalização: personalizar o tema da Área de Trabalho, cores,
textos, tela de fundo e espaços de trabalho;
z Desempenho e segurança: camadas adicionais de proteção para manter aplicativos,
CONHECIMENTOS GERAIS

informações e privacidade em segurança;


z Segurança do Microsoft Edge: o navegador de internet padrão do Windows, que utiliza
o núcleo modificado do Google Chromium, oferece controle de dados e proteção contra
softwares maliciosos, podendo verificar na internet se suas senhas foram comprometidas;
z Sincronizar seu computador e seu telefone: no passado, o Windows oferecia sincroniza-
ção apenas com o Windows Phone. No Windows 11, ele oferece integração com o iPhone
e Android;
z Aplicativos via Loja Microsoft: os acessórios do Windows, que na versão 10 eram todos
nativamente disponibilizados com o sistema, foram migrados para a Loja Microsoft. Atra-
vés da loja, o usuário poderá baixar o aplicativo desejado para instalação no Windows 11.
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REQUISITOS DO SISTEMA WINDOWS 11

z Processador: 1 GHz (gigahertz) ou mais rápido, com dois ou mais núcleos de 64 bits;
z Memória RAM: 4 GB (gigabytes);
z Armazenamento: 64 GB ou mais de armazenamento de massa;
z Firmware do sistema: UEFI (Unified Extensible Firmware Interface), compatível com Inicia-
lização Segura.

Inicialização Segura é um recurso de segurança importante projetado para impedir o carrega-


mento de software mal-intencionado quando o computador é iniciado (inicializado). (MICRO-
SOFT, s.d.);

z TPM (Trusted Platform Module): versão 2.0.

O TPM 2.0 é necessário para executar Windows 11, como um importante bloco de constru-
ção para recursos relacionados à segurança. O TPM 2.0 é usado em Windows 11 para vários
recursos, incluindo Windows Hello para proteção de identidade e BitLocker para proteção de
dados.(MICROSOFT, n/d);

z Placa gráfica: possui compatibilidade com DirectX 12 ou posterior;


z Tela: com alta definição (720p) e mais de nove polegadas no sentido diagonal, 8 bits por
canal de cor;
z Conexão com a internet e conta Microsoft: para todas as versões do Windows 11, é preci-
so ter acesso à internet para realização de atualizações, downloads e aproveitamento de
alguns recursos. Além disso, é importante que se tenha uma conta Microsoft para utiliza-
ção de algumas funcionalidades.

EDIÇÃO DE ARQUIVOS (WORD)

O pacote de aplicativos para escritório é, sem dúvida, um dos mais úteis aplicativos que
um computador pode ter instalado. Independente do perfil de utilização do usuário, alguns
dos aplicativos disponíveis em um pacote como o Microsoft Office atende a diferentes tarefas
cotidianas, indo desde as mais simples, até as mais complexas.
O Microsoft Office possui alguns aplicativos que trocaram de nomes ao longo do tempo.
Atualmente está na versão Microsoft 365, que disponibiliza recursos via Internet (computa-
ção nas nuvens), com armazenamento de arquivos no Microsoft OneDrive.
Por sua vez, serviços adicionais de comunicação como o Microsoft Outlook e Microsoft
Teams fazem parte do pacote Microsoft Office 365.
As extensões dos arquivos editáveis produzidos pelos pacotes de produtividade são apre-
sentadas na tabela a seguir.

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EXTENSÕES DE ARQUIVOS MICROSOFT OFFICE
Editor de Textos DOCX
Planilhas de Cálculos XLSX
Apresentações de Slides PPTX

As extensões do Microsoft Office, para arquivos editáveis, terminam em X, em referência


ao conteúdo formatado com XML, que foi introduzido na versão 2007.

Microsoft Office

Office 2003 Office 2007 Office 365

Até a versão 2003, os arquivos produzidos pelo Microsoft Office eram identificados com
extensões de 3 letras, como DOC, XLS e PPT. Algumas questões de concursos ainda apresen-
tam essas extensões nas alternativas das questões.
Na versão 2007, o padrão XML (eXtensible Markup Language) foi implementado para ofe-
recer portabilidade aos documentos produzidos. As extensões dos arquivos passaram a ser
identificadas com 4 letras, como DOCX, XLSX e PPTX.
Com o avanço dos recursos de computação na nuvem, o Office foi disponibilizado na versão
on-line, que posteriormente se chamou 365, e é a versão atual do pacote. Com um novo formato
de licenciamento, com assinaturas mensais e anuais, ao invés da venda de licenças de uso, a
instalação do Office 365 no computador disponibiliza a última versão do pacote para escritórios.
Antes, o usuário comprava uma cópia e poderia instalar ela “para sempre”: era uma licen-
ça de uso vitalícia e uma mídia (disquetes, CD ou DVD) era entregue. A seguir, a instalação
passou a ser oferecida por download via Internet quando se comprava uma licença vitalícia.
Atualmente, tem-se o formato de assinatura em que a instalação é realizada a partir de down-
load da internet e, enquanto forem realizados os pagamentos da assinatura, o usuário terá
acesso ao pacote Microsoft 365.

MS – WORD2016 OU SUPERIOR

Estrutura Básica dos Documentos

Os documentos produzidos com o editor de textos Microsoft Word possuem a seguinte


estrutura básica: CONHECIMENTOS GERAIS

z Documentos: arquivos DOCX criados pelo Microsoft Word 2007 e superiores. Os documentos
são arquivos editáveis pelo usuário, que podem ser compartilhados com outros usuários para
edição colaborativa;
z Os Modelos (Template): com extensão DOTX, contêm formatações que serão aplicadas
aos novos documentos criados a partir deles. O modelo é usado para a padronização de
documentos;
z O modelo padrão do Word é NORMAL.DOTM (Document Template Macros — mode-
lo de documento com macros): as macros são códigos desenvolvidos em Visual Basic for
Applications (VBA) para a automatização de tarefas;

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z Páginas: unidades de organização do texto, segundo a orientação, o tamanho do papel e
margens. As principais definições estão na guia Layout, mas também encontrará algumas
definições na guia Design;
z Seção: divisão de formatação do documento, onde cada parte tem a sua configuração.
Sempre que forem usadas configurações diferentes, como margens, colunas, tamanho
da página, orientação, cabeçalhos, numeração de páginas, entre outras, as seções serão
usadas;
z Parágrafos: formado por palavras e marcas de formatação. Finalizado com Enter, contém
formatação independente do parágrafo anterior e do parágrafo seguinte;
z Linhas: sequência de palavras que pode ser um parágrafo, ocupando uma linha de texto.
Se for finalizado com Quebra de Linha, a configuração atual permanece na próxima linha;
z Palavras: formado por letras, números, símbolos, caracteres de formatação etc.

Os arquivos produzidos nas versões anteriores do Word são abertos e editados nas versões
atuais. Arquivos de formato DOC são abertos em Modo de Compatibilidade, todavia alguns
recursos são suspensos. Para usar todos os recursos da versão atual, é necessário “Salvar
como” (tecla de atalho F12) no formato DOCX.
Os arquivos produzidos no formato DOCX poderão ser editados pelas versões antigas do
Office, desde que instale um pacote de compatibilidade, disponível para download no site da
Microsoft.
Os arquivos produzidos pelo Microsoft Office podem ser gravados no formato PDF. O Micro-
soft Word, desde a versão 2013, possui o recurso “Refuse PDF”, que permite editar um arquivo
PDF como se fosse um documento do Word.
Durante a edição de um documento, o Microsoft Word:

z faz a gravação automática dos dados editados enquanto o arquivo não tem um nome ou local
de armazenamento definidos. Depois, se necessário, o usuário poderá “Recuperar documen-
tos não salvos”;
z faz a gravação automática de auto recuperação dos arquivos em edição que tenham nome
e local definidos, permitindo recuperar as alterações que não tenham sido salvas;
z as versões do Office 365 oferecem o recurso de “Salvamento automático”, associado à con-
ta Microsoft, para armazenamento na nuvem Microsoft OneDrive. Como na versão on-line,
a cada alteração, o salvamento será realizado;
z o formato de documento RTF (Rich Text Format) é padrão do acessório do Windows chama-
do WordPad, e por ser portável, também poderá ser editado pelo Microsoft Word.

Em questões de informática, as extensões dos arquivos produzidos pelo usuário costu-


mam ser questionadas com regularidade.
Acompanhe ainda os pontos a seguir:

z ao iniciar a edição de um documento, o modo de exibição selecionado na guia Exibir é


“Layout de Impressão”. O documento será mostrado na tela da mesma forma que será
impresso no papel;
z o Modo de Leitura permite visualizar o documento sem outras distrações, como, por exemplo,
a Faixa de Opções com os ícones. Neste modo, parecido com Tela Inteira, a barra de título con-
tinua sendo exibida;
z o modo de exibição “Layout da Web” é usado para visualizar o documento como ele seria
exibido se estivesse publicado na Internet como página web;

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z em “Estrutura de Tópicos” apenas os estilos de Títulos serão mostrados, auxiliando na
organização dos blocos de conteúdo;
z o modo “Rascunho”, que antes era modo “Normal”, exibe o conteúdo de texto do documen-
to sem os elementos gráficos (imagens, cabeçalho, rodapé) existentes nele;
z os modos de exibição estão na guia “Exibir”, que faz parte da Faixa de Opções. Ela é o prin-
cipal elemento da interface do Microsoft Office;
Acesso Rápido Guia Atual Item com Listagem Guias ou Abas

Caixa de Diálogo do Grupo Grupo Ícone com Opções

z para mostrar ou ocultar a Faixa de Opções, o atalho de teclado Ctrl+F1 poderá ser acionado;
z a Faixa de Opções contém guias, que organizam os ícones em grupos, como será mostrado na
tabela a seguir:

GUIA GRUPO ITEM ÍCONE

Recortar

Copiar
Área de Transferência
Colar

Página Inicial Pincel de Formatação

Nome da fonte Calibri (Corp

Tamanho da fonte
Fonte
Aumentar fonte

Diminuir fonte

Folha de Rosto

Páginas Página em Branco

Quebra de Página CONHECIMENTOS GERAIS

Inserir Tabelas Tabela

Imagem

Imagens Online
Ilustrações

Formas

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Importante!

As bancas priorizam o conhecimento do candidato acerca do uso dos recursos para a


produção de arquivos (parte prática dos programas). Nas questões de editores de textos, a
produção de documentos formatados com imagens ilustrativas no formato antes/depois
são os assuntos mais abordados.

z As guias possuem uma organização lógica sequencial das tarefas que serão realizadas no
documento, desde o início até a visualização do resultado final, como veremos na tabela
a seguir:

BOTÃO/GUIA DICA
Comandos para o documento atual:
Arquivo
salvar, salvar como, imprimir, salvar e enviar
Tarefas iniciais: o início do documento, acesso à área de trans-
Página Inicial ferência, formatação de fontes, parágrafos e formatação do con-
teúdo da página
Tarefas secundárias: adicionar um objeto que ainda não existe no
Inserir
documento, tabela, ilustrações e instantâneos
Configuração da página: formatação global do documento e
Layout da Página
formatação da página
Design Reúne formatação da página e plano de fundo
Índices e acessórios: notas de rodapé, notas de fim, índices, su-
Referências
mários etc
Mala direta: cartas, envelopes, etiquetas, e-mails e diretório de
Correspondências
contatos
Correção do documento: ele está ficando pronto... Ortografia e
Revisão gramática, idioma, controle de alterações, comentários, com-
parar, proteger etc.

Visualização: podemos ver o resultado de nosso trabalho. Será


Exibir
que ficou bom?

EDIÇÃO E FORMATAÇÃO DE TEXTOS

A edição e formatação de textos consiste em aplicar estilos, efeitos e temas, tanto nas fon-
tes, como nos parágrafos e nas páginas.
Os estilos fornecem configurações padronizadas para serem aplicadas aos parágrafos.
Estas formatações envolvem as definições de fontes e parágrafos, sendo úteis para a criação
dos índices ao final da edição do documento. Os índices são gerenciados por meio das opções
da guia referências, que estão disponíveis, na Microsoft Word, na guia Página Inicial.
Com a ferramenta Pincel de Formatação, o usuário poderá copiar a formatação de um
local e aplicar em outro local no mesmo documento, ou em outro arquivo aberto. Para usar a
ferramenta, selecione o “modelo de formatação no texto”, clique no ícone da guia Página Ini-
cial e clique no local onde deseja aplicar a formatação. O conteúdo não será copiado, somente
a formatação. Se efetuar duplo clique no ícone, poderá aplicar a formatação em vários locais
até pressionar a tecla Esc ou iniciar uma digitação.

Seleção

Utilizando-se do teclado e do mouse, como no sistema operacional, podemos selecionar


palavras, linhas, parágrafos e até o documento inteiro.
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Dica
Assim como no Windows, as operações com mouse e teclado também são questionadas
nos programas do Microsoft Office. Entretanto, por terem conteúdos distintos (textos, pla-
nilhas e apresentações de slides), a seleção poderá ser diferente para algumas ações.

MOUSE TECLADO AÇÃO SELEÇÃO


Seleciona o
- Ctrl+T Selecionar tudo
documento
Botão principal - 1 clique na palavra Posiciona o cursor
Botão principal - 2 cliques na palavra Seleciona a palavra
Botão principal - 3 cliques na palavra Seleciona o parágrafo
Botão principal - 1 clique na margem Selecionar a linha
Botão principal - 2 cliques na margem Seleciona o parágrafo
Seleciona o
Botão principal - 3 cliques na margem
documento
Seleciona até o início
- Shift+Home Selecionar até o início
da linha
Seleciona até o final
- Shift+End Selecionar até o final
da linha
Seleciona até o início
- Ctrl+Shift+Home Selecionar até o início
do documento
Seleciona até o final
- Ctrl+Shift+End Selecionar até o final
do documento
Botão principal Ctrl Seleção individual Palavra por palavra
Seleção de um ponto
Botão principal Shift Seleção bloco
até outro local
Botão principal
Ctrl+Alt Seleção bloco Seleção vertical
pressionado
Seleção vertical,
Botão principal
Alt Seleção bloco iniciando no local do
pressionado
cursor CONHECIMENTOS GERAIS

Dica
Teclas de atalhos e seleção com mouse são importantes, tanto nos concursos como no dia
a dia. Experimente praticar no computador. No Microsoft Word, se você digitar =rand(10,30)
no início de um documento em branco e apertar Enter, ele criará um texto “aleatório” com
10 parágrafos de 30 frases em cada um. Agora você pode praticar à vontade.

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CABEÇALHOS

Localizado na margem superior da página, poderá ser configurado em Inserir, grupo Cabe-
çalho e Rodapé1. Poderá ser igual em toda a extensão do documento, diferente nas páginas
pares e ímpares (para frente e verso), mesmo que a seção anterior, diferente para cada seção
do documento, não aparecer na primeira página, entre várias opções de personalização.
Os cabeçalhos aceitam elementos gráficos, como tabelas e ilustrações.
A formatação de cabeçalho e rodapé, é diferente entre os programas do Microsoft Office.
No Microsoft Word o cabeçalho tem 1 coluna. No Excel, são 3 colunas. No Microsoft Power-
Point... depende, podendo ter 2 ou 3 colunas.
A numeração de páginas poderá ser inserida no cabeçalho e/ou rodapé.

(Digite aqui)

(Digite aqui) (Digite aqui) (Digite aqui)

PARÁGRAFOS

Edição e Formatação de Parágrafos

Os parágrafos são estruturas do texto que são finalizadas com Enter. Um parágrafo poderá
ter diferentes formatações. Confira:

z Marcadores: símbolos no início dos parágrafos;


z Numeração: números ou algarismos romanos ou letras, no início dos parágrafos;
z Aumentar recuo: aumentar a distância do texto em relação à margem;
z Diminuir recuo: diminuir a distância do texto em relação à margem;
z Alinhamento: posicionamento em relação às margens esquerda e direita. São 4 alinha-
mentos disponíveis: Esquerda, Centralizado, Direita e Justificado;
z Espaçamento entre linhas: distância entre as linhas dentro do parágrafo;
z Espaçamento antes: distância do parágrafo em relação ao anterior;

1 O grupo Cabeçalho e Rodapé permite a inserção de um Cabeçalho (na margem superior), Rodapé (na margem
inferior) e Número de Página (no local do cursor, na margem superior, na margem inferior, na margem direita/
14 esquerda)
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z Espaçamento depois: distância do parágrafo em relação ao seguinte;
z Sombreamento: preenchimento atrás do parágrafo;
z Bordas: linhas ao redor do parágrafo.
Recuo especial de primeira linha - apenas a primeira linha será deslocada em
relação à margem esquerda
Margem esquerda Margem direita

2 2 4 6 8 10 12 14 16

Recuo deslocamento - as linhas serão


Recuo esquerda - todas as linhas deslocadas em relação à margem esquer-
serão deslocadas em relação à mar- da, exceto a primeira linha Recuo direito - todas as linhas serão
gem esquerda deslocadas em relação à margem
direita

Os editores de textos, recursos que conhecemos no dia a dia possuem nomes específicos.
Confira alguns exemplos:

z Recuo: distância do texto em relação à margem;


z Realce: marca-texto, preenchimento do fundo das palavras;
z Sombreamento: preenchimento do fundo dos parágrafos;
z Folha de Rosto: primeira página do documento, capa;
z SmartArt: diagramas, representação visual de dados textuais;
z Orientação: posição da página, que poderá ser Retrato ou Paisagem;
z Quebras: são divisões, de linha, parágrafo, colunas ou páginas;
z Sumário: índice principal do documento.

Muitos recursos de formatação não são impressos no papel, mas estão no documento.
Para visualizar os caracteres não imprimíveis e controlar melhor o documento, você pode
acionar o atalho de teclado Ctrl+* (Mostrar tudo).

CARACTERES NÃO IMPRIMÍVEIS NO EDITOR MICROSOFT WORD


Tecla(s) Ícone Ação Visualização
Quebra de Parágrafo: muda de parágrafo
Enter -
e pode mudar a formatação
Quebra de Linha: muda de linha e mantém
Shift+Enter -
a formatação atual
Quebra de página: muda de página, no
CONHECIMENTOS GERAIS

local atual do cursor. Disponível na guia Quebra de


Ctrl+Enter ou
Inserir, grupo Páginas, ícone Quebra de página
Ctrl+Return
Página, e na guia Layout, grupo Configurar
Página, ícone Quebras
Quebra de coluna: indica que o texto
continua na próxima coluna. Disponível Quebra de
Ctrl+Shift+ Enter coluna
na guia Layout, grupo Configurar Página,
ícone Quebras
Separador de Estilo: usado para modificar
Ctrl+Alt+ Enter -
o estilo no documento

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CARACTERES NÃO IMPRIMÍVEIS NO EDITOR MICROSOFT WORD
Tecla(s) Ícone Ação Visualização
Insere uma marca de tabulação (1,25cm).
TAB Se estiver no início de um texto, aumenta
o recuo.
- - Fim de célula, linha ou tabela
Espaço Espaço em branco
Ctrl+Shift+ Espaço Espaço em branco não separável
Texto oculto (definido na caixa Fonte, abc
- -
Ctrl+D)
- - Hifens opcionais
- - Âncoras de objetos

- - Selecionar toda a tabela

- - Campos atualizáveis pelo Word

FONTES

Edição e Formatação de Fontes

As fontes são arquivos True Type Font (.TTF) gravadas na pasta Fontes do Windows, e apa-
recem para todos os programas do computador.
As formatações de fontes estão disponíveis no grupo Fonte, da guia Página Inicial.

PÁGINA INICIAL

Nomes de fontes como Calibri (fonte padrão do Word), Arial, Times New Roman, Courier
New, Verdana, são os mais comuns. Para facilitar o acesso a essas fontes, o atalho de teclado
é: Ctrl+Shift+F.
A caixa de diálogo Formatar Fonte poderá ser acionada com o atalho Ctrl+D.
Ao lado, um número indica o tamanho da fonte: 8, 9, 10, 11, 12, 14 e assim sucessivamente.
Se quiser, digite o valor específico para o tamanho da letra.
Vejamos, agora, alguns atalhos de teclado:

z Pressione Ctrl+Shift+P para mudar o tamanho da fonte pelo atalho. E diretamente pelo
teclado com Ctrl+Shift+< para diminuir fonte e Ctrl+Shift+> para aumentar o tamanho da
fonte;
z Estilos são formatos que modificam a aparência do texto, como negrito (atalho Ctrl+N),
itálico (atalho Ctrl+I) e sublinhado (atalho Ctrl+S). Já os efeitos modificam a fonte em si,

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como texto tachado (riscado simples sobre as palavras), subscrito (como na fórmula H2O —
atalho Ctrl + igual), e sobrescrito (como em km2 — atalho Ctrl+Shift+mais)

A diferença entre estilos e efeitos é que, os estilos podem ser combinados, como negrito-
-itálico, itálico-sublinhado, negrito-sublinhado, negrito-itálico-sublinhado, enquanto os
efeitos são concorrentes entre si.
Concorrentes entre si, significa que você escolhe o efeito tachado ou tachado duplo, nunca
os dois simultaneamente. O mesmo para o efeito TODAS MAIÚSCULAS e Versalete. Sobrescrito e
subscrito
.
Por sua vez, Sombra é um efeito independente, que pode ser combinado com outros. Já as
opções de efeitos Contorno, Relevo e Baixo Relevo não, devendo ser individuais.
Para finalizar esse assunto, temos o sublinhado. Ele é um estilo simples, mas comporta-se
como efeito dentro de si mesmo. Temos, então, Sublinhado simples, Sublinhado duplo, Trace-
jado, Pontilhado, Somente palavras (sem considerar os espaços entre as palavras) etc. São os
estilos de sublinhados, que se comportam como efeitos.

Dica

As questões sobre Fontes são práticas. Portanto, se puder praticar no seu computador,
será melhor para a memorização do tema. As questões são independentes da versão, por-
tanto poderá usar o Word 2007 ou Word 365, para testar as questões de Word 2016.

COLUNAS

O documento inicia com uma única coluna. Em Layout da Página podemos escolher outra
configuração, além de definir opções de personalização.
As colunas poderão ser definidas para a seção atual (divisão de formatação dentro do
documento) ou para o documento inteiro. Assim como os cadernos de provas de concursos,
que possuem duas colunas, é possível inserir uma “Linha entre colunas”, separando-as ao
longo da página.

CONHECIMENTOS GERAIS

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MARCADORES SIMBÓLICOS E NUMÉRICOS

• Usados por parágrafos, apresentam símbolos no início de cada, do lado esquerdo;


o Podem ser círculos preenchidos (linha acima), ou círculos vazios, como esta;
 Outra forma de apresentação são os quadrados, ou então...
O desenho do Office;
 Um símbolo neutro;
 Setas;
 Check ou qualquer símbolo que o usuário deseja personalizar.

Biblioteca de Marcadores

Nenhum

Marcadores de Documento

Alterar Nível de Lista

Definir Novo Marcador...

Ao pressionar duas vezes “Enter”, sairá da formatação dos marcadores simbólicos, retor-
nando ao Normal.
Os marcadores numéricos são semelhantes aos marcadores simbólicos, mas com núme-
ros, letras ou algarismos romanos. Podem ser combinados com os Recuos de parágrafos, sur-
gindo o formato Múltiplos Níveis.

NÚMEROS LETRAS
1. Exemplo a. Exemplo
2. Exemplo b. Exemplo
3. Exemplo c. Exemplo
4. Exemplo d. Exemplo
ROMANOS MÚLTIPLOS NÍVEIS
i. Exemplo 1) Exemplo
ii. Exemplo a) Exemplo
iii. Exemplo 2) Exemplo
iv. Exemplo a) Exemplo

Para trabalhar com a formatação de marcadores Múltiplos níveis, o digitador poderá usar
a tecla “TAB” para aumentar o recuo, passando os itens do primeiro nível para o segundo
nível. E também pelo ícone “Aumentar recuo”, presente na guia Página Inicial, grupo Pará-
grafo. Usando a régua, pode-se aumentar o recuo também.
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Ao teclar “Enter” em uma linha com marcador ou numeração, mas sem conteúdo, você sai
do recurso, voltando à configuração normal do parágrafo. Se forem listas numeradas, itens
excluídos dela provocam a renumeração dos demais itens.

TABELAS

As tabelas são estruturas de organização muito utilizadas para um layout adequado do


texto, semelhante a colunas, com a vantagem que estas não criam seções exclusivas de
formatação.
As tabelas seguem as mesmas definições de uma planilha de Excel, ou seja, têm linhas, colu-
nas, é formada por células, podendo conter, também, fórmulas simples.
Ao inserir uma tabela, seja ela vazia, a partir de um desenho livre, ou convertendo a partir
de um texto, uma planilha de Excel, ou um dos modelos disponíveis, será apresentada a barra
de ferramentas adicional na Faixa de Opções.
Um texto poderá ser convertido em Tabela, e voltar a ser um texto, se possuir os seguintes
marcadores de formatação: ponto e vírgula, tabulação, enter (parágrafo) ou outro específico.
Algumas operações são exclusivas das Tabelas, como Mesclar Células (para unir células adja-
centes em uma única), Dividir células (para dividir uma ou mais células em várias outras), ali-
nhamento do texto combinando elementos horizontais tradicionais (esquerda, centro e direita)
com verticais (topo, meio e base).
O editor de textos Microsoft Word oferece ferramentas para manipulação dos textos organiza-
dos em tabelas.
O usuário poderá organizar as células nas linhas e colunas da tabela, mesclar (juntar), divi-
dir (separar), visualizar as linhas de grade, ocultar as linhas de grade, entre outras opções.
E caso a tabela avance em várias páginas, temos a opção Repetir Linhas de Cabeçalho,
atribuindo no início da tabela da próxima página, a mesma linha de cabeçalho que foi usada
na tabela da página anterior.
As tabelas do Word possuem algumas características que são diferentes das tabelas do
Excel. Geralmente esses itens são aqueles questionados em provas de concursos.
Por exemplo, no Word, quando o usuário está digitando em uma célula, ocorrerá mudan-
ça automática de linha, posicionando o cursor embaixo. No Excel, o conteúdo “extrapola”
os limites da célula, e precisará alterar as configurações na planilha ou a largura da coluna
manualmente.

CONHECIMENTOS GERAIS

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Confira, na tabela a seguir, algumas das diferenças do Word para o Excel.

WORD EXCEL
Somente o conteúdo da primeira
Tabela, Mesclar Todos os conteúdos são mantidos
célula será mantido
Em inglês, com referências Em português, com referências
Tabela, Fórmulas
direcionais =SUM(ABOVe) posicionais =SOMA(A1:A5)
Recalcula automaticamente e
Tabelas, Fórmulas Não recalcula automaticamente
manualmente (F9)
Tachado Texto Não tem atalho de teclado Atalho: Ctrl+5
Quebra de linha
Shift+Enter Alt+Enter
manual
Pincel de Copia apenas a primeira formatação
Copia várias formatações diferentes
Formatação da origem
Duplica a informação da célula
Ctrl+D Caixa de diálogo Fonte
acima
Ctrl+E Centralizar Preenchimento Relâmpago
Ctrl+G Alinhar à Direita (parágrafo) Ir para...
Duplica a informação da célula à
Ctrl+R Repetir o último comando
esquerda
Atualizar os campos de uma mala
F9 Atualizar o resultado das fórmulas
direta
F11 - Inserir gráfico
Finaliza a entrada na célula e
Ctrl+Enter Quebra de página manual
mantém o cursor na célula atual
Alt+Enter Repetir digitação Quebra de linha manual
Finaliza a entrada na célula e
Shift+Enter Quebra de linha manual posiciona o cursor na célula acima
da atual, se houver
Alternar entre maiúsculas e
Shift+F3 Inserir função
minúsculas

IMPRESSÃO

Disponível no menu Arquivo e pelo atalho Ctrl+P (e também pelo Ctrl+Alt+I, Visualizar
Impressão), a impressão permite o envio do arquivo em edição para a impressora. A impres-
sora listada vem do Windows, do Painel de Controle.
Podemos escolher a impressora, definir como será a impressão (Imprimir Todas as Pági-
nas, ou Imprimir Seleção, Imprimir Página Atual, imprimir as Propriedades), quais serão as
páginas (números separados com ponto e vírgula/vírgula indicam páginas individuais, sepa-
radas por traço uma sequência de páginas, com a letra s uma seção específica, e com a letra
p uma página específica).
Havendo a possibilidade, serão impressas de um lado da página, ou frente e verso automá-
tico, ou manual. O agrupamento das páginas permite que várias cópias sejam impressas uma
a uma, enquanto Desagrupado, as páginas são impressas em blocos.
As configurações de Orientação (Retrato ou Paisagem), Tamanho do Papel e Margens,
podem ser escolhidas no momento da impressão, ou antes, na guia Layout da Página. A
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última opção em Imprimir possibilita a impressão de miniaturas de páginas (várias páginas
por folha) em uma única folha de papel.

Imprimir

EPSON8D025B(L5190 SERIES)
Pronto

Imprimir Todas as Páginas


Tudo
Imprimir

Imprimir em Um Lado
Apenas imprimir um lado d..

Agrupado
1;2;3 1;2;3; 1;2;3;

Orientação Retrato

A4
21cm x 29,7 cm

Margens Personalizadas

1 Página por Folha

Configurar Página

CONTROLE DE QUEBRAS E NUMERAÇÃO DE PÁGINAS

As quebras são divisões e podem ser do tipo Página ou de Seção.


Além disso, elas podem ser automáticas, como quando formatamos um texto em colunas,
todavia, elas também podem ser manuais, como Ctrl+Enter para quebra de página, Shift+En-
ter para quebra de linha, Ctrl+Shift+Enter para quebra de coluna, e outras.
CONHECIMENTOS GERAIS

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Quebras

Dica
Se envolve configurações diferentes, temos Quebras.
Cabeçalhos diferentes... quebras inseridas. Colunas diferentes... quebras inseridas. Tama-
nho de página diferente... quebra inserida.

Numeração de Páginas

Disponível na guia Inserir permite que um número seja apresentado na página, informan-
do a sua numeração em relação ao documento.
Combinado com o uso das seções, a numeração de página pode ser diferente em formata-
ção a cada seção do documento, como no caso de um TCC.

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Conforme observado na imagem acima, o número de página poderá ser inserido no Início
da Página (cabeçalho), ou no Fim da página (rodapé), ou nas margens da página, e na posição
atual do cursor.

LEGENDAS

Uma legenda é uma linha de texto exibida abaixo de um objeto para descrevê-lo. Podem
ser usadas em Figuras (que inclui Ilustrações) ou Tabelas.
Disponível na guia Referências (índices), as legendas podem ser inseridas na configuração
padrão ou personalizadas. Depois, podemos criar um índice específico para elas, que será o
Índice de Ilustrações.
No final do grupo Legendas, da guia Referências, no Word, encontramos o ícone “Refe-
rência Cruzada”. Em alguns textos, é preciso citar o conteúdo de outro local do documento.
Assim, ao criar uma referência cruzada, o usuário poderá ir para o local desejado pelo autor
e a seguir retornar ao ponto em que estava antes.

Inserir
Legenda

Legenda

Legenda
Figura 1
Opção
Rótulo: Figura
Posição: Abaixo do item selecionado

Excluir rótulo da legenda

Novo rótulo Excluir Rótulo Numeração...


CONHECIMENTOS GERAIS

Auto Legenda... OK Cancelar

ÍNDICES

Basicamente, é todo o conjunto disponível na guia Referências.


Os índices podem ser construídos a partir dos Estilos usados na formatação do texto, ou
posteriormente por meio da adição de itens manualmente.

z Sumário: principal índice do documento;


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z Notas de Rodapé: inseridas no final de cada página, não formam um índice, mas ajudam
na identificação de citações e expressões;
z Notas de Fim: inseridas no final do documento, semelhante a Notas de Rodapé;
z Citações e Bibliografia: permite a criação de índices com as citações encontradas no tex-
to, além das Referências Bibliográficas segundo os estilos padronizados;
z Legendas: inseridas após os objetos gráficos (ilustrações e tabelas), podem ser usadas para
criação de um Índice de Ilustrações;
z Índice: para marcação manual das entradas do índice;
z Índice de Autoridades: formato próprio de citação, disponível na guia Referências.

Os índices serão criados a partir dos Estilos utilizados durante o texto, como Título 1, Títu-
lo 2, e assim por diante. Se não forem usados, posteriormente o usuário poderá “Adicionar
Texto” no índice principal (Sumário), Marcar Entrada (para inserir um índice) e até remover
depois de inserido.
Os índices suportam Referências Cruzadas, que permitem o usuário navegar entre os links
do documento de forma semelhante ao documento na web. Ao clicar em um link, o usuário
vai para o local escolhido. Ao clicar no local, retorna para o local de origem.

Dica
A guia Referências é uma das opções mais questionadas em concursos públicos por dois
motivos: envolvem conceitos de formatação do documento exclusivos do Microsoft Word e
é utilizado pelos estudantes na formatação de um TCC (Trabalho de Conclusão de Curso).

INSERÇÃO DE OBJETOS

Disponíveis na guia Inserir, os objetos que poderiam ser inseridos no documento estão
organizados em categorias:

z Páginas: objetos em forma de página, como a capa (Folha de Rosto), uma Página em Branco
ou uma Quebra de Página (divisão forçada, quebra de página manual, atalho Ctrl+Enter);
z Tabela: conforme comentado anteriormente, organizam os textos em células, linhas e
colunas;
z Ilustrações: Imagem (arquivos do computador), ClipArt (imagens simples do Office), For-
mas (geométricas), SmartArt (diagramas), Gráfico e Instantâneo (cópia de tela ou parte da
janela).

Na sequência dos objetos para serem inseridos em um documento, encontramos:

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z Links: indicado para acessar a Internet via navegador ou acionar o programa de e-mail ou
criação de referência cruzada;
z Cabeçalho e Rodapé;
z Texto: elementos gráficos como Caixa de Texto, Partes Rápidas (com organizador de ele-
mentos do documento), WordArt (que são palavras com efeitos), Letra Capitular (a primei-
ra letra de um parágrafo com destaque), Linha de Assinatura (que não é uma assinatura
digital válida, dependendo de compra via Office Marketplace), Data e Hora, ou qualquer
outro Objeto, desde que instalado no computador;
z Símbolos: inserção de Equações ou Símbolos especiais.

CAMPOS PREDEFINIDOS

Estes campos são objetos disponíveis na guia Inserir que são predefinidos. Após a configu-
ração inicial, são inseridos no documento.
Além da configuração da Linha de Assinatura, existem outras opções, como Data e Hora,
Objeto e dentro do item Partes Rápidas, no grupo Texto, da guia Inserir, a opção Campo.
Entre as categorias disponíveis, encontramos campos para automação de documento, data
e hora, equações e fórmulas, índices, informação sobre o documento, informações sobre o
usuário, mala direta, numeração, vínculos e referências.

CONHECIMENTOS GERAIS

CAIXAS DE TEXTO

Possibilita a inserção de caixas de textos pré-formatadas, ou desenhar no documento, acei-


tando configurações de direção de texto (semelhante a uma tabela) e também configurações
de bordas e sombreamento, semelhante a uma Forma. 25
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Qualquer forma geométrica composta poderá ser caixa de texto.
Uma nova guia de opções será apresentada após a última, denominada Ferramentas de
Caixa de Texto, permitindo Formatar os elementos de Texto e do conteúdo da Caixa de Texto.
Nas opções disponibilizadas, será possível controlar o texto (direção do texto), definir esti-
los de caixa de texto (preenchimento da forma, contorno da forma, alterar forma, estilos
predefinidos), efeitos de sombra e efeitos 3D.

Atalhos de Teclado — Word 2016 ou Superior

ATALHO AÇÃO
Ctrl+A Abrir: carrega um arquivo da memória permanente para a memória RAM
Salvar: grava o documento com o nome atual, substituindo o anterior. Caso não
Ctrl+B
tenha nome, será mostrado “Salvar como”
Ctrl+C Copiar: o texto selecionado será copiado para a Área de Transferência
Ctrl+D Formatar Fonte
Ctrl+E Centralizar: alinhamento de texto entre as margens
Ctrl+F Limpar formatação do parágrafo.
Ctrl+G Alinhar à direita: alinhamento de texto na margem direita
Ctrl+I Estilo Itálico
Justificar: alinhamento do texto distribuído uniformemente entre as margens es-
Ctrl+J
querda e direita.
Ctrl+L Localizar: procurar uma ocorrência no documento
Ctrl+M Aumentar recuo
Ctrl+N Estilo Negrito
Ctrl+O Novo documento
Ctrl+P Impressão rápida (imprimir na impressora padrão)
Ctrl+Q Alinhar à esquerda: alinhamento de texto na margem esquerda
Ctrl+R Refazer
Ctrl+S Estilo Sublinhado simples
Ctrl+Shift+ > Aumentar o tamanho da fonte
Ctrl+Shift+ < Reduzir o tamanho da fonte
Pincel de Formatação: para copiar a formatação de um local e aplicá-la a outro,
Ctrl+Shift+C seja no mesmo documento ou outro aberto. Para colar a formatação copiada,
use Ctrl+Shift+V

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ATALHO AÇÃO
Ctrl e = Formatação de Fonte = Subscrito
Ctrl e Shift
Formatação de Fonte = Sobrescrito
e+
Ctrl+T Selecionar tudo: seleciona todos os itens
Ctrl+U Substituir: procurar uma ocorrência e trocar por outra
Ctrl+V Colar: o conteúdo da Área de Transferência é inserido no local do cursor
Ctrl+X Recortar: o selecionado será movido para a Área de Transferência
Ctrl+Z Desfazer
F1 Ajuda
F5 Ir para (navegador de páginas, seção etc.)
Verificar ortografia e gramática: procurar por erros ou excesso de digitação no
F7
texto
Shift+F1 Revelar formatação
Shift+F3 Alternar entre maiúsculas e minúsculas

PLANILHAS (EXCEL)

As planilhas de cálculos são amplamente utilizadas nas empresas para as mais diferentes
tarefas. Desde a criação de uma agenda de compromissos, passando pelo controle de ponto
dos funcionários e folha de pagamento, ao controle de estoque de produtos e base de clientes.
Diversas funções internas oferecem os recursos necessários para a operação.
O Microsoft Excel apresenta grande semelhança de ícones com o Microsoft Word. O Excel
“antigo” usava os formatos XLS e XLT em seus arquivos, atualizado para XLSX e XLTX, além
do novo XLSM contendo macros. A atualização das extensões dos arquivos ocorreu com o
Office 2007, e permanece até hoje.
O Microsoft 365 é o pacote de aplicações para escritório que possui a versão online acessada
pelo navegador de Internet e a versão de instalação no dispositivo. O Microsoft 365, ou Office
365 como era nomeado até pouco tempo atrás, é uma modalidade de aquisição da licença de
uso mediante pagamentos recorrentes. O usuário assina o serviço, disponibilizado na nuvem
da Microsoft, e enquanto perdurarem os pagamentos, poderá utilizar o software.
CONHECIMENTOS GERAIS

Importante!
As planilhas de cálculos não são bancos de dados. Muitos usuários armazenam informa-
ções (dados) em uma planilha de cálculos como se fosse um banco de dados, porém o
Microsoft Access é o software do pacote Microsoft Office desenvolvido para esta tarefa.
Um banco de dados tem informações armazenadas em registros, separados em tabelas,
conectados por relacionamentos, para a realização de consultas.

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Guias – Excel

BOTÃO/GUIA LEMBRETE
Arquivo Comandos para o documento atual: salvar, salvar como, imprimir, Salvar e enviar
Tarefas iniciais: o início do trabalho, acesso à Área de Transferência (Colar Especial), formatação de fontes, células,
Página Inicial
estilos etc.
Tarefas secundárias: adicionar um objeto que ainda não existe. Tabela, Ilustrações, Instantâneos, Gráficos, Minigráficos,
Inserir
Símbolos etc.
Layout da Página Configuração da página: formatação global da planilha, formatação da página
Fórmulas Funções: permite acesso à biblioteca de funções, gerenciamento de nomes, auditoria de fórmulas e controle dos cálculos
Dados Informações na planilha: possibilitam obter dados externos, classificar e filtrar, além de outras ferramentas de dados
Correção do documento: ele está ficando pronto... Ortografia e gramática, idioma, controle de alterações, comentários,
Revisão
proteger etc.
Exibição Visualização: podemos ver o resultado de nosso trabalho. Será que ficou bom?

Atalhos de teclado – Excel

Os atalhos de formatação (Ctrl+N para negrito, Ctrl+I para itálico, entre outros) são os mes-
mos do Word.

ATALHO AÇÃO ÍCONE


Ctrl+1 Formatar células
CTRL+PgDn Alternar entre guias da planilha, da direita para a esquerda
CTRL+PgUp Alternar entre guias da planilha, da esquerda para a direita
Ctrl+R Repetir o conteúdo da célula que está à esquerda
Ctrl+G “Ir para”, o mesmo que F5, tanto no Word quanto no Excel

Ctrl+J Mostrar fórmulas (guia Fórmulas, grupo Auditoria)

F2 Editar o conteúdo da célula atual

F4 Refazer

F9 Calcular planilha manualmente

MS-EXCEL - ESTRUTURA BÁSICA DAS PLANILHAS

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A planilha em Excel, ou folha de dados, poderá ser impressa em sua totalidade, ou apenas
áreas definidas pela Área de Impressão, ou a seleção de uma área de dados, ou uma seleção de
planilhas do arquivo, ou toda a pasta de trabalho.
Ao contrário do Microsoft Word, o Excel trabalha com duas informações em cada célula: dados
reais e dados formatados.
Por exemplo, se uma célula mostra o valor 5, poderá ser o número 5 ou uma função/fór-
mula que calculou e resultou em 5 (como =10/2)

CONCEITOS DE CÉLULAS, LINHAS, COLUNAS, PASTAS E GRÁFICOS

z Célula: unidade da planilha de cálculos, o encontro entre uma linha e uma coluna. A sele-
ção individual é com a tecla CTRL e a seleção de áreas é com a tecla SHIFT (assim como no
sistema operacional);
z Coluna: células alinhadas verticalmente, nomeadas com uma letra;
z Linha: células alinhadas horizontalmente, numeradas com números;

Barra de Acesso Rápido Coluna

Barra de Fórmulas
Faixa
de Opções

Célula

Linha

z Planilha: o conjunto de células organizado em uma folha de dados.


Na versão Microsoft Office 365 (2022) são 16.384 colunas (nomea-
das de A até XFD) e 1.048.576 linhas (numeradas de 1 a 1.048.576).
CONHECIMENTOS GERAIS

A quantidade de linhas e colunas podem variar, de acordo com o software e a versão. Exis-
tem planilhas com 256, 1.024, 16.384 ou 65.536 colunas. Existem planilhas com 65.536 ou
1.048.576 linhas;
z Pasta de Trabalho: arquivo do Excel (extensão XLSX) contendo as planilhas, de 1 a N (de
acordo com quantidade de memória RAM disponível, nomeadas como Planilha1, Plani-
lha2, Planilha3);
z Alça de preenchimento: no canto inferior direito da célula, permite que um valor seja
copiado na direção em que for arrastado. No Excel, se houver 1 número, ele é copiado. Se
houver 2 números, uma sequência será criada. Se for um texto, é copiado, mas texto com
números é incrementado. Dias da semana, nome de mês e datas são sempre criadas as
continuações (sequências); 29
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z Mesclar: significa simplesmente “Juntar”. Havendo diversos valores para serem mescla-
dos, o Excel manterá somente o primeiro destes valores, e centralizará horizontalmente
na célula resultante.

E após a inserção dos dados, caso o usuário deseje, poderá juntar as informações das
células.
Existem 4 opções no ícone Mesclar e Centralizar, disponível na guia Página Inicial:

z Mesclar e Centralizar: une as células selecionadas a uma célula maior e centraliza o con-
teúdo da nova célula; Este recurso é usado para criar rótulos (títulos) que ocupam várias
colunas;
z Mesclar através: mesclar cada linha das células selecionadas em uma célula maior;
z Mesclar células: mesclar (unir) as células selecionadas em uma única célula, sem
centralizar;
z Desfazer Mesclagem de Células: desfaz o procedimento realizado para a união de células.

ELABORAÇÃO DE TABELAS E GRÁFICO

A tabela de dados, ou folha de dados, ou planilha de dados, é o conjunto de valores arma-


zenados nas células. Estes dados poderão ser organizados (classificação), separados (filtro),
manipulados (fórmulas e funções), além de apresentar em forma de gráfico (uma imagem
que representa os valores informados).
Para a elaboração, poderemos:

z Digitar o conteúdo diretamente na célula. Basta iniciar a digitação, e o que for digitado é
inserido na célula;
z Digitar o conteúdo na barra de fórmulas. Disponível na área superior do aplicativo, a linha
de fórmulas é o conteúdo da célula. Se a célula possui um valor constante, além de mostrar
na célula, este aparecerá na barra de fórmulas. Se a célula possui um cálculo, seja fórmula
ou função, esta será mostrada na barra de fórmulas;
z O preenchimento dos dados poderá ser agilizado através da Alça de Preenchimento ou
pelas opções automáticas do Excel;
z Os dados inseridos nas células poderão ser formatados, ou seja, continuam com o valor
original (na linha de fórmulas) mas são apresentados com uma formatação específica;
z Todas as formatações estão disponíveis no atalho de teclado Ctrl+1 (Formatar Células);
z Também na caixa de diálogo Formatar Células, encontraremos o item Personalizado, para
criação de máscaras de entrada de valores na célula.

Formatos de Números, Disponível na Guia Página Inicial

Geral
123 Sem formato específico
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Número
12 4,00

Moeda
R$4,00

Contábil
R$4,00

Data Abreviada
04/01/1900

Data Completa
quarta-feira, 4 de janeiro de 1900

Hora
00:00:00

Porcentagem
400,00%

1 Fração
2 4

102 Científico
4,00E+00

Texto
ab 4

Dica
As informações existentes nas células poderão ser exibidas com formatos diferentes.
Uma data, por exemplo, na verdade é um número formatado como data. Por isto consegui-
mos calcular a diferença entre datas.

Os formatos Moeda e Contábil são parecidos entre si, mas possuem exibição diferenciada.
No formato de Moeda, o alinhamento da célula é respeitado e o símbolo R$ acompanha o
valor. No formato Contábil, o alinhamento é ‘justificado’ e o símbolo de R$ fica posicionado
na esquerda, alinhando os valores pela vírgula decimal.

Moeda Contábil
R$4,00 R$4,00
CONHECIMENTOS GERAIS

Moeda CONTÁBIL

R$ 150,00 R$ 150,00

R$ 170,00 R$ 170,00

R$ 200,00 R$­ 200,00

R$ 1.000,00 R$ 1.000,00

R$ 10,54 R$ 10,54

O ícone é para mostrar um valor com o formato de porcentagem. Ou seja, o número é


multiplicado por 100. Exibe o valor da célula como percentual (Ctrl+Shift+%) 31
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VALOR FORMATO PORCENTAGEM % PORCENTAGEM E 2 CASAS % ß,0
,0 0

1 100% 100,00%
0,5 50% 50,00%
2 200% 200,00%
100 10000% 10000,00%
0,004 0% 0,40%

O ícone 000 é o Separador de Milhares. Exibir o valor da célula com um separador de milhar.
Este comando alterará o formato da célula para Contábil sem um símbolo de moeda.

VALOR FORMATO CONTÁBIL SEPARADOR DE MILHARES 000


1500 R$1.500,00 1.500,00
16777418 R$16.777.418,00 16.777.418,00
1 R$1,00 1,00
400 R$400,00 400,00
27568 R$27.568,00 27.568,00

,00
Os ícones ß,0
,00 à,0 são usados para Aumentar casas decimais (Mostrar valores mais precisos
exibindo mais casas decimais) ou Diminuir casas decimais (Mostrar valores menos precisos
exibindo menos casas decimais).
Quando um número na casa decimal possui valor absoluto diferente de zero, ele é mostra-
do ao aumentar casas decimais. Se não possuir, então será acrescentado zero.
Quando um número na casa decimal possui valor absoluto diferente de zero, ele poderá
ser arredondado para cima ou para baixo, de ao diminuir as casas decimais. É o mesmo que
aconteceria com o uso da função ARRED, para arredondar.

Simbologia Específica

Cada símbolo tem um significado, e nas tabelas a seguir, além de conhecer o símbolo,
conheça o significado e alguns exemplos de aplicação.

OPERADORES ARITMÉTICOS OU MATEMÁTICOS


Símbolo Significado Exemplo Comentários
+ (mais) Adição = 18 + 2 Faz a soma de 18 e 2
- (menos) Subtração = 20 – 5 Subtrai 5 do valor 20
* Multiplica 5 (multiplicando) por 4
Multiplicação =5*4
(asterisco) (multiplicador)
Divide 25 por 10, resultando em
/ (barra) Divisão = 25 / 10
2,5
% Faz 20 por cento, ou seja, 20 divi-
Percentual = 20%
(percentual) dido por 100
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OPERADORES ARITMÉTICOS OU MATEMÁTICOS
Faz 3 elevado a 2, 3 ao quadrado
^(circunfle- Exponenciação Cálculo de =3^2=8^(1 =9
xo) raízes /3) Faz 8 elevado a 1/3, ou seja, raiz
cúbica de 8

Ordem das Operações Matemáticas

z ( ) – parênteses;
z ^ – exponenciação (potência, um número elevado a outro número);
z * ou / – multiplicação (função MULT) ou divisão;
z + ou - – adição (função SOMA) ou subtração.

Importante!
Como resolver as questões de planilhas de cálculos?
Leitura atenta do enunciado (português e interpretação de textos);
Identificar a simbologia básica do Excel (informática);
Respeitar as regras matemáticas básicas (matemática);
Realizar o teste, e fazer o verdadeiro ou falso (raciocínio lógico).

OPERADORES RELACIONAIS, USADOS EM TESTES


Símbolo Significado Exemplo Comentários
= SE (A1 > 5 ; 15 ; Se o valor de A1 for maior que 5, então
> (maior) Maior que
17 ) mostre 15, senão mostre 17
= SE (A1 < 3 ; 20 ; Se o valor de A1 for menor que 3, então
< (menor) Menor que
40 ) mostre 20, senão mostre 40
>= (maior ou Maior ou = SE (A1 >= 7 ; 5 ; Se o valor de A1 for maior ou igual a 7,
igual) igual a 1) então mostre 5, senão mostre 1
<= (menor ou Menor ou = SE (A1 <= 5 ; 11 Se o valor de A1 for menor ou igual a 5,
igual) igual a ; 23 ) então mostre 11, senão mostre 23
<> (menor e = SE (A1 <> 1 ; 100 Se o valor de A1 for diferente de 1, então
Diferente
maior) ;8) mostre 100, senão mostre 8
= SE (A1 = 2 ; 10 ; Se o valor de A1 for igual a 2, então
= (igual) Igual a
50 ) mostre 10, senão mostre 50
CONHECIMENTOS GERAIS

Princípios dos Operadores Relacionais

z Um valor jamais poderá ser menor e maior que outro valor ao mesmo tempo;
z Uma célula vazia é um conjunto vazio, ou seja, não é igual a zero, é vazio;
z O símbolo matemático ≠ não poderá ser escrito diretamente na fórmula, use <>;
z O símbolo matemático ≥ não poderá ser escrito diretamente na fórmula, use >=;
z O símbolo matemático ≤ não poderá ser escrito diretamente na fórmula, use <=.

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OPERADORES DE REFERÊNCIA
Símbolo Significado Exemplo Comentários
=$A1 Trava a célula na coluna A
Travar uma
$ (cifrão) =A$1 Trava a célula na linha 1
célula
=$A$1 Trava a célula A1, ela não mudará
! Obtém o valor de A3 que está na
Planilha = Planilha2!A3
(exclamação) planilha Planilha2
Pasta de =[Pasta2] Informa o nome de outro arquivo do
[ ] (colchetes)
Trabalho Planilha1!$A$2 Excel, onde deverá buscar o valor
=’C:\novaconcursos\ Informa o caminho de outro arquivo
‘ (apóstrofe) Caminho [pasta2.xlsx] do Excel, onde deverá encontrar o
Planilha1’!$A$2 arquivo para buscar o valor
; (ponto e
Significa E = SOMA (15 ; 4 ; 6 ) Soma 15 e 4 e 6, resultando em 25
vírgula)
: (dois Soma de A1 até B4, ou seja, A1, A2,
Significa ATÉ = SOMA (A1:B4)
pontos) A3, A4, B1, B2, B3, B4
Intersecção Executa uma operação sobre as
Espaço =SOMA(F4:H8 H6:K10)
($) células em comum nos intervalos

Princípios dos Operadores de Referência

z O símbolo de cifrão transforma uma referência relativa ( A1 ) em uma referência mista (


A$1 ou $A1 ) ou em referência absoluta ( $A$1 );
z O símbolo de exclamação busca o valor em outra planilha, na mesma pasta de trabalho ou
em outro arquivo. Ex.: =[Pasta2]Planilha1!$A$2.

Importante!
O símbolo de cifrão é um dos mais importantes na manipulação de fórmulas de planilhas
de cálculos. Todas as bancas organizadoras questionam fórmulas com e sem eles nas
referências das células.

SÍMBOLOS USADOS NAS FÓRMULAS E FUNÇÕES


Símbolo Significado Exemplo Comentários
Início de = 15 + 3 Faz a soma de 15 e 3
fórmula, = SOMA ( 15 ; 3 ) Compara o valor de A1 com 5, e caso
= (igual)
função ou =SE ( A1 = 5 ; 10 ; seja verdadeiro, mostra 10, caso seja
comparação 11 ) falso, mostra 11
Identifica uma
Retorna a data atual do computador.
função ou os = HOJE ( )
Faz a soma de A1 e B1.
( )parênteses valores de = SOMA (A1;B1)
Faz a soma de 3 e 5 antes de dividir por
uma operação = (3+5) / 2
2
prioritária
; (ponto e Separador de =SE ( A1 = 5 ; 10 ; A função SE tem 3 partes, e estas estão
vírgula) argumentos 11 ) separadas por ponto e vírgula
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SÍMBOLOS USADOS NAS FÓRMULAS E FUNÇÕES
Símbolo Significado Exemplo Comentários
=SOMA(F4:H8 Executa uma operação sobre as células
Espaço Intersecção
H6:K10) em comum nos intervalos

As fórmulas e funções começam com o sinal de igual. Outros símbolos podem ser usados,
mas o Excel substituirá pelo sinal de igual.

SÍMBOLOS PARA TEXTOS


Símbolo Significado Exemplo Comentários
“ (aspas Apresenta o texto Nova
Texto exato = “Nova”
duplas) Se usado em testes, é “igual a”
Número como Exibe os zeros não significativos, 0001
‘ (apóstrofe) ‘0001
texto como texto (ex: placa de carro)
Exibe “Nova Concursos” (sem as as-
& (“E” = “Nova”&”
Concatenar pas), o resultado da junção dos textos
comercial) Concursos”
individuais

O símbolo & é usado para concatenar dois conteúdos, como por exemplo: =”15”&”A45”
resulta em 15A45. Poderemos usar a função CONCATENAR, ou a função CONCAT, para obter
o mesmo resultado do símbolo &.

CORRESPONDÊNCIA DE SÍMBOLOS E FUNÇÕES NO EXCEL


Símbolo Função Operação Exemplos

+ (sinal de mais) SOMA Adição =15+7 é o mesmo que =SOMA(15;7)

* (asterisco) MULT Multiplicação =12*3 é o mesmo que =MULT(12;3)

^ (circunflexo) POTÊNCIA Exponenciação =2^3 é o mesmo que =POTÊNCIA(2;3)

RAIZ Raiz quadrada =4^(1/2) é o mesmo que =RAIZ(4)

& (E comercial) CONCATENAR Juntar textos =A1&A2&A3 é igual a =CONCATENAR(A1;A2;A3)

“ (aspas) TEXTO Converte em texto =”150144” é o mesmo que =TEXTO(150144)

Erros

Quando trabalhamos com planilhas de cálculos, especialmente no início dos estudos, é


CONHECIMENTOS GERAIS

comum aparecerem mensagens de erros nas células, decorrente da falta de argumentos nas
fórmulas, referências incorretas, erros de digitação, entre outros. Vamos ver algumas das men-
sagens de erro mais comuns que ocorrem nas planilhas de cálculos.
As planilhas de cálculos oferecem o recurso “Rastrear precedentes”, dentro do conceito de
Auditoria de Fórmulas. Com este recurso, muito questionado em concursos, o usuário poderá
ver setas na planilha indicando a relação entre as células, e identificar a origem das mensa-
gens de erros.
A seguir, os erros mais comuns que podem ocorrer em uma planilha de cálculos no Micro-
soft Excel:

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z #DIV/0! indica que a fórmula está tentando dividir um valor por 0;
z #NOME? indica que a fórmula possui um texto que o Excel 2007 não reconhece;
z #NULO! a fórmula contém uma interseção de duas áreas que não se interceptam;
z #NUM! a fórmula apresenta um valor numérico inválido;
z #REF! indica que na fórmula existe a referência para uma célula que não existe;
z #VALOR! indica que a fórmula possui um tipo errado de argumento;
z ##### indica que o tamanho da coluna não é suficiente para exibir seu valor.

USO DE FÓRMULAS, FUNÇÕES E MACROS

Funções Básicas

z SOMA(valores): realiza a operação de soma nas células selecionadas.

No Microsoft Excel, a função SOMA efetua a adição dos valores numéricos informados em seus argumentos. Se
existirem células com textos, elas serão ignoradas. Células vazias não são somadas.

=SOMA(A1;A2;A3) Efetua a soma dos valores existentes nas células A1, A2 e A3;
=SOMA(A1:A5) Efetua a soma dos 5 valores existentes nas células A1 até A5;
=SOMA(A1;34;B3) Efetua a soma dos valores da célula A1, com 34 (valor literal) e B3;
=SOMA(A1:B4) Efetua a soma dos 8 valores existentes, de A1 até B4. O Excel não faz ‘trian-
gulação’, operando apenas áreas quadrangulares;
=SOMA(A1;B1;C1:C3) Efetua a soma dos valores A1 com B1 e C1 até C3;
=SOMA(1;2;3;A1;A1) Efetua a soma de 1 com 2 com 3 e o valor A1 duas vezes.

z SOMASE(valores;condição): realiza a operação de soma nas células selecionadas, se uma


condição for atendida.

A sintaxe é =SOMASE(onde;qual o critério para que seja somado):

=SOMASE(A1:A5;”>15”) Efetuará a soma dos valores de A1 até A5 que sejam maiores que 15;

=SOMASE(A1:A10;”10”) Efetuará a soma dos valores de A1 até A10 que forem iguais a 10.

z MÉDIA(valores): realiza a operação de média nas células selecionadas e exibe o valor


médio encontrado.

=MEDIA(A1:A5) Efetua a média aritmética simples dos valores existentes entre A1 e A5. Se forem 5 valores,
serão somados e divididos por 5. Se existir uma célula vazia, serão somados e divididos por 4. Células vazias não
entram no cálculo da média.

z MED(valores): informa a mediana de uma série de valores.

Mediana é o ‘valor no meio’. Se temos uma sequência de valores com quantidade ímpar, eles serão ordenados
e o valor no meio é a sua mediana. Por exemplo, para os valores (5,6,9,3,4), ordenados são (3,4,5,6,9) e a mediana
é 5.

Se temos uma sequência de valores com quantidade par, a mediana será a média dos valores que estão no
meio. Por exemplo, para os valores (2,13,4,10,8,1), ordenados são (1,2,4,8,10,13), e no meio temos 4 e 8. A média de
36 4 e 8 é 6 ((4+8)/2).

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z MÁXIMO(valores): exibe o maior valor das células selecionadas.

=MAXIMO(A1:D6) Exibe qual é o maior valor na área de A1 até D6. Se houver dois valores iguais, apenas um
será mostrado.

z MAIOR(valores;posição): exibe o maior valor de uma série, segundo o argumento


apresentado.

Valores iguais ocupam posições diferentes.

=MAIOR(A1:D6;3) Exibe o 3º maior valor nas células A1 até D6.

z MÍNIMO(valores): exibe o menor valor das células selecionadas.

=MINIMO(A1:D6) Exibe qual é o menor valor na área de A1 até D6.

z MENOR(valores;posição): exibe o menor valor de uma série, segundo o argumento


apresentado.

Valores iguais ocupam posições diferentes.

=MENOR(A1:D6;3) Exibe o 3º menor valor nas células A1 até D6.

z SE(teste;verdadeiro;falso): avalia um teste e retorna um valor caso o teste seja verdadei-


ro ou outro caso seja falso.

Esta função é muito solicitada em todas as bancas. A sua estrutura não muda, sendo sempre o teste na primei-
ra parte, o que fazer caso seja verdadeiro na segunda parte, e o que fazer caso seja falso na última parte. Verda-
deiro ou falso. Uma ou outra. Jamais serão realizadas as duas operações, somente uma delas, segundo o resultado
do teste.

A função SE usa operadores relacionais (maior, menor, maior ou igual, menor ou igual,
igual, diferente) para construção do teste. As aspas são usadas para textos literais.

„ =SE(A1=10;”O valor da célula A1 é 10”;”O valor da célula A1 não é 10”)


„ =SE(A1<0;”O valor da célula A1 é negativo”;”O valor não é negativo”)
„ =SE(A1>0;”O valor da célula A1 é positivo”;”O valor não é positivo”)
CONHECIMENTOS GERAIS

É possível encadear funções, ampliando as áreas de atuação. Por exemplo, um número


pode ser negativo, positivo ou igual a zero. São 3 resultados possíveis.

„ =SE(A1=0;”Valor é igual a zero”;SE(A1<0;”Valor é negativo”;”Valor é positivo”))

Neste exemplo, se for igual a zero (primeiro teste), exibe a mensagem e finaliza a função,
mas se não for igual a zero, poderá ser menor do que zero (segundo teste), e exibe a mensa-
gem “Valor é negativo”, encerrando a função. Por fim, se não é igual a zero, e não é menor que
zero, só poderia ser maior do que zero, e a mensagem final “Valor é positivo” será mostrada.
Obs.: o sinal de igual, para iniciar uma função, é usado somente no início da digitação da
célula. 37
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As funções CONT são usadas para informar a quantidade de células, que atendem às condi-
ções especificadas.

z CONT.NÚM: para contar quantas células possuem números;


z CONT.VALORES: quantidade de células que estão preenchidas;
z CONTAR.VAZIO: quantidade de células que não estão preenchidas;
z CONT.SE: quantidade de células que atendem à uma condição específica;
z CONT.SES: quantidade de células que atendem a várias condições simultaneamente.

„ CONT.VALORES(células): esta função conta todas as células em um intervalo, exceto


as células vazias.

=CONT.VALORES(A1:A10) Informa o resultado da contagem, informando quantas células estão preenchidas


com valores, quaisquer valores.

„ CONT.NÚM (células): conta todas as células em um intervalo, exceto células vazias e


células com texto.

=CONT.NÚM(A1:A8) Informa quantas células no intervalo A1 até A8 possuem valores numéricos.

„ CONT.SE(células;condição): esta função conta quantas vezes aparece um determina-


do valor (número ou texto) em um intervalo de células (o usuário tem que indicar qual
é o critério a ser contado)

=CONT.SE(A1:A10;”5”) Efetua a contagem de quantas células existem no intervalo de A1 até A10 contendo o
valor 5.

„ CONT.SES(células1;condição1;células2;condição2): esta função conta quantas vezes


aparece um determinado valor (número ou texto) em um intervalo de células (o usuá-
rio tem que indicar qual é o critério a ser contado), atendendo a todas as condições
especificadas.

=CONT.SES(A1:A10;”5”;B1:B10;”7”) Efetua a contagem de quantas células existem no intervalo de A1 até A10


contendo o valor 5 e ao mesmo tempo, quantas células existem no intervalo de B1 até B10 contendo o valor 7.

„ CONTAR.VAZIO (células): conta as células vazias de um intervalo.

=CONTAR.VAZIO(A1:A8) Informa quantas células vazias existem no intervalo A1 até A8.

„ SOMASE(células para testar;teste;células para somar)

Efetua um teste nas células especificadas, e soma as correspondentes nas células para
somar.
Os intervalos de teste e de soma podem ser os mesmos.

=SOMASE(A1:A10;”>6”;A1:A10) somará os valores de A1 até A10 que sejam maiores que 6.

=SOMASE(A1:A10;”<3”;B1:B10) somará os valores de B1 até B10 quando os valores de A1 até A10 forem meno-
38 res que 3.

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„ SOMASES (células para somar; células1; teste1;células2;teste2)

Verifica as células que atendem aos testes e soma as células correspondentes.


Os intervalos de teste e de soma podem ser os mesmos.

„ MÉDIASE(células para testar; teste; células para calcular a média)

Efetua um teste nas células especificadas, e calcula a média das células correspondentes.
Os intervalos de teste e de média podem ser os mesmos.

„ PROCV(valor_procurado; matriz_tabela; núm_índice_coluna;


[intervalo_pesquisa])

A função PROCV é utilizada para localizar o valor_procurado dentro da matriz_tabela, e


quando encontrar, retornar a enésima coluna informada em núm_índice_coluna. A última
opção, que será VERDADEIRO ou FALSO, é usada para identificar se precisa ser o valor exato
(F) ou pode ser valor aproximado (V).

Por exemplo: =PROCV(105;A2:C7;2;VERDADEIRO) e =PROCV(“Monte”;B2:E7;2;FALSO)

A função PROCV é um membro das funções de pesquisa e Referência, que incluem a função PROCH.

Use a função TIRAR ou a função ARRUMAR para remover os espaços à esquerda nos valo-
res da tabela.

„ ESQUERDA(texto;quantidade)

Extrai de uma sequência de texto, uma quantidade de caracteres especificados, a partir do início (esquerda).

=ESQUERDA(“Nova Concursos”;8) exibe “Nova”

„ DIREITA(texto;quantidade)

Extrai de uma sequência de texto, uma quantidade de caracteres especificados, a partir do


final. CONHECIMENTOS GERAIS

=DIREITA(“Nova Concursos”;7) exibe “Concursos”.

„ CONCATENAR(texto1;texto2; ... )

Junta os textos especificados em uma nova sequência.

Esta função foi mantida por compatibilidade com as versões anteriores. Ela concatena apenas células indivi-
duais.

=CONCATENAR(“Apostila “;”Nova “;”Concursos”) exibe “Apostila Nova Concursos”.

„ CONCAT(intervalo) 39
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Junta os textos especificados em um intervalo de células para uma nova sequência.

=CONCAT(A1:A5) junta o conteúdo das células A1 até A5 em uma nova célula. Esta função não funciona nas
versões antigas do Office.

„ NÚM.CARACT(célula)

Informa a quantidade de caracteres existentes em uma célula.


Datas contém 5 caracteres, pois o Microsoft Excel armazena datas como números.

=NÚM.CARACT(“Nova Concursos”) resultado 14

=NÚM.CARACT(HOJE()) resultado 5 (a função HOJE retorna a data de hoje registrada no computador)

=NÚM.CARACT(AGORA()) resultado 15 (a função AGORA retorna a data de hoje registrada no computador e a


hora atual, como 01/08/2021 09:51)

„ INT(valor)

Extrai a parte inteira de um número.

=INT(PI()) parte inteira do valor de PI – valor 3,14159 exibe 3.

„ TRUNCAR(valor;casas decimais)

Exibe um número com a quantidade de casas decimais, sem arredondar.

=TRUNCAR(PI();3) exibir o valor de PI com 3 casas decimais – valor 3,14159 exibe 3,141.

„ ARRED(valor;casas decimais)

Exibe um número com a quantidade de casas decimais, arredondando para cima ou para baixo.

=ARRED(PI();3) exibir o valor de PI com 3 casas decimais – valor 3,14159 exibe 3,142.

„ HOJE() Exibe a data atual do computador;


„ AGORA() Exibe a data e hora atuais do computador;
„ DIA(data)Extrai o número do dia de uma data;
„ MÊS(data) Extrai o número do mês de uma data;
„ ANO(data) Extrai o número do ano de uma data;
„ DIAS(data1;data2) Informa a diferença em dias entre duas datas;
„ DIAS360(data1;data2) Informa a diferença em dias entre duas datas (ano contábil, de
360 dias);
„ POTÊNCIA(base;expoente).

Eleva um número (base) ao expoente informado.

=POTÊNCIA(2;4) 2 elevado à 4, 24, 2 · 2 · 2 · 2 = 16


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„ MULT(número;número;número; ... ) Multiplica os números informados nos
argumentos.

FUNÇÕES LÓGICAS
Retorna VERDADEIRO se todos os seus argumentos forem
E (Função E)
VERDADEIROS
Retorna VERDADEIRO se um dos argumentos for
OU (Função OU)
VERDADEIRO
NÃO (Função NÃO) Inverte o valor lógico do argumento
FALSO (Função FALSO) Retorna o valor lógico FALSO
VERDADEIRO (Função
Retorna o valor lógico VERDADEIRO
VERDADEIRO)
Retornará um valor que você especifica se uma fórmula for
SEERRO (Função SEERRO) avaliada para um erro; do contrário, retornará o resultado da
fórmula

Importante!
Foram apresentadas muitas funções neste material, não é verdade? Existem milhares de
funções no Microsoft Excel e LibreOffice Calc. Em concursos públicos, estas são as mais
questionadas.

IMPRESSÃO

A impressão no Excel é semelhante ao Word. Difere-se ao oferecer o item Área de Impres-


são, que permite ao usuário escolher uma área de uma planilha para ser impressa.
Outro item que o Excel oferece que é exclusivo, corresponde a possibilidade de imprimir
os títulos das colunas e linhas, fazendo com que a impressão seja muito parecida com a tela
que está sendo visualizada.
Ambos estão na guia Layout da Página.
E na caixa de diálogo de impressão (Ctrl+P) temos o ajuste da impressão (zoom), permitindo
ajustar para caber em uma página, ajustar apenas as linhas, apenas as colunas, e mudar as que-
bras de páginas arrastando a divisão na tela.
CONHECIMENTOS GERAIS

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INSERÇÃO DE OBJETOS

A inserção de objetos contém os mesmos itens do Microsoft Word, mas o destaque são os
Gráficos.

A tabela e o gráfico dinâmico possibilitam resumir os dados rapidamente, a partir de cri-


térios padronizados no Excel.

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Os gráficos são representações visuais de dados da planilha. De acordo com a opção esco-
lhida, teremos uma forma de apresentação. Alguns gráficos são indicados para situações
específicas. Outros gráficos são generalistas.

Gráficos

Além da produção de planilhas de cálculos, o Microsoft Excel (e o LibreOffice Calc) produz


gráficos com os dados existentes nas células.
Gráficos são a representação visual de dados numéricos, e poderão ser inseridos na plani-
lha como gráficos ‘comuns’ ou gráficos dinâmicos.
Os gráficos dinâmicos, assim como as tabelas dinâmicas, são construídos com dados exis-
tentes em uma ou várias pastas de trabalho, associando e agrupando informações para a
produção de relatórios completos.

z Os gráficos de Colunas representam valores em colunas 2D ou 3D. São opções do gráfico de


Colunas: Agrupada, Empilhada, 100% Empilhada, 3D Agrupada, 3D Empilhada, 3D 100%
Empilhada, e 3D.

z Os gráficos de Linhas representam valores com linhas, pontos ou ambos. São opções do
gráfico de Linhas: Linha, Linha Empilhada, 100% Empilhada, com Marcadores, Empilhada
com Marcadores, 100% Empilhada com Marcadores, e 3D.

z Os gráficos de Pizza representam valores proporcionalmente. São opções do gráfico de


CONHECIMENTOS GERAIS

Pizza: Pizza, Pizza 3D, Pizza de Pizza, Barra de Pizza, e Rosca.

z Os gráficos de Barras representam dados de forma semelhante ao gráfico de Colunas, mas


na horizontal. São opções dos gráficos de Barras: Agrupadas, Empilhadas, 100% Empilha-
das, 3D Agrupadas, 3D Empilhadas, e 3D 100% Empilhadas.

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z Os gráficos de Área representam dados de forma semelhante ao gráfico de Linhas, mas
com preenchimento até a base (eixo X). São opções dos gráficos de Área: Área, Área Empi-
lhada, Área 100% Empilhada, Área 3D, Área 3D Empilhada, e Área 3D 100% Empilhada.

z Os gráficos de Dispersão representam duas séries de valores em seus eixos. São opções dos
gráficos de Dispersão: Dispersão, com Linhas Suaves e Marcadores, com Linhas Suaves,
com Linhas Retas e Marcadores, com Linhas Retas, Bolhas e Bolhas 3D.

z O gráfico do tipo Mapa exibe a informação de acordo com cada região. Sua única opção é
o Mapa Coroplético.

z Os gráficos de Ações necessitam que os dados estejam organizados em preço na alta, preço
na baixa e preço no fechamento. Datas ou nomes das ações serão usados como rótulos. São
exemplos de gráficos de Ações: Alta-Baixa-Fechamento, Abertura-Alta-Baixa-Fechamento,
Volume-Alta-Baixa-Fechamento, e Volume-Abertura-Alta-Baixa-Fechamento.

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z Os gráficos de Superfície parecem com os gráficos de Linhas, e preenchem a superfície
com cores. São exemplos de gráficos de Superfície: 3D, 3D Delineada, Contorno e Contorno
Delineado.

z Os gráficos de Radar são usados para mostrar a evolução de itens. São exemplos de gráficos
de Radar: Radar, Radar com Marcadores, e Radar Preenchido.

z O gráfico do tipo Mapa de Árvore é usado para mostrar proporcionalmente a hierarquia


dos valores.

z O gráfico do tipo Explosão Solar se assemelha ao gráfico de Rosca, mas o maior valor será
o primeiro da série de dados.

z Os gráficos do tipo Histograma são usados para séries de valores com evolução, como
idades da população. São exemplos de gráficos do tipo Histograma: Histograma e Pareto.

z O gráfico do tipo Caixa Estreita é usado para projeção de valores. CONHECIMENTOS GERAIS

z O gráfico do tipo Cascata exibe e destaca as variações dos valores ao longo do tempo.

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z O gráfico do tipo Funil alinha os valores em ordem decrescente.

z Os gráficos do tipo Combinação permitem combinar dois tipos de gráficos para a exibição
de séries de dados. São exemplos de gráficos do tipo Combinação: Coluna Clusterizada-Li-
nha, Coluna Clusterizada-Linha no Eixo Secundário, Área Empilhada-Coluna Clusterizada,
e a possibilidade de criação de uma Combinação Personalizada.

CAMPOS PREDEFINIDOS

Semelhante ao Word, o Excel poderá operar com os mesmos campos. Campos são variáveis
inseridas na planilha de dados, que serão atualizadas segundo a necessidade.
Data e Hora, Linha de Assinatura, Cabeçalho e Rodapé, entre muitos.
Uma das principais diferenças entre o editor de textos e o editor de planilhas, é o Cabe-
çalho e Rodapé. Enquanto no editor de textos eles são únicos, no Excel estão divididos em 3
partes.

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CONTROLE DE QUEBRAS E NUMERAÇÃO DE PÁGINAS

O Excel é mais simples em relação ao Word, quando o assunto são as Quebras.

E para habilitar esta visualização, basta ativar o item na guia Exibição.

A numeração de páginas está associada ao Cabeçalho e Rodapé.

CONHECIMENTOS GERAIS

OBTENÇÃO DE DADOS EXTERNOS

O Excel poderá trabalhar com as informações inseridas pelo usuário na planilha, e com
dados provenientes de outros locais. Disponível na guia Dados, o grupo ‘Obter Dados Exter-
nos’, apesar de figurar no edital de alguns concursos, nunca foi questionado em provas de
Noções de Informática, tanto nível médio como nível superior.

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De Arquivo

De banco de
dados

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Do Azure

De serviços
online

De outras fontes

CONHECIMENTOS GERAIS

CLASSIFICAÇÃO DE DADOS

A classificação de dados é uma parte importante da análise de dados.


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Você pode classificar dados por texto (A a Z ou Z a A), números (dos menores para os
maiores ou dos maiores para os menores) e datas e horas (da mais antiga para a mais nova e
da mais nova para a mais antiga) em uma ou mais colunas. Você também poderá classificar
por uma lista de clientes (como Grande, Médio e Pequeno) ou por formato, incluindo a cor
da célula, a cor da fonte ou o conjunto de ícones. A maioria das operações de classificação é
identificada por coluna, mas você também poderá identificar por linhas.
Disponível na guia Dados, e na guia Página Inicial, a classificação poderá ser de texto,
números, datas ou horas, por cor da célula, cor da fonte ou ícones, por uma lista personaliza-
da, linhas, por mais de uma coluna ou linha, ou por uma coluna sem afetar as demais.

CLASSIFICAÇÃO COMENTÁRIOS
A classificação de dados alfanuméricos poderá se ‘Classificar de
A a Z’ em ordem crescente, ou ‘Classificar de Z a A’ em
Classificar texto
ordem decrescente. É possível diferenciar letras maiúsculas e
minúsculas
Quando a coluna possui números, podemos ‘Classificar do menor
Classificar números
para o maior’ ou ‘Classificar do maior para o menor’
Se houver datas ou horas, podemos ‘Classificar da mais antiga para
Classificar datas ou horas
a mais nova’ ou ‘Classificar da mais nova para a mais antiga’
Se você tiver formatado manual ou condicionalmente um interva-
lo de células ou uma coluna de tabela, por cor de célula ou cor de
Classificar por cor de célula,
fonte, poderá classificar por essas cores. Também será possível
cor de fonte ou ícones
classificar por um conjunto de ícones criados ao aplicar uma for-
matação condicional
Você pode usar uma lista personalizada para classificar em uma
Classificar por uma lista ordem definida pelo usuário. Por exemplo, uma coluna pode con-
personalizada ter valores pelos quais você deseja classificar, como Alta, Média
e Baixa
Na caixa de diálogo Opções de Classificação, em Orientação, cli-
Classificar linhas que em Classificar da esquerda para a direita e, em seguida, cli-
que em OK
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CLASSIFICAÇÃO COMENTÁRIOS
Classificar por mais de uma Na caixa de diálogo Classificar, adicione mais de um critério para
coluna ou linha ordenação
Classificar uma coluna em
Basta selecionar a coluna desejada, e na janela de diálogo, manter
um intervalo de células sem
o item “Continuar com a seleção atual”
afetar as demais

GERENCIADORES DE EMAIL (OUTLOOK)

O Microsoft Outlook é um cliente de e-mail do pacote Microsoft Office. Ao instalar o pacote


de aplicativos, o cliente de e-mail estará disponível para configuração e utilização.
Assim como outros clientes de e-mail, ao acessá-lo pela primeira vez, é necessário configu-
rar uma conta, com nome de usuário e senha, para acessar sua caixa de mensagens. A confi-
guração é simples e rápida, e poderá ser revisada em Arquivo, Opções, Conta.
As versões 2013, 2016 e 2019 são semelhantes, porém com novidades exclusivas para
recursos integrados.

OUTLOOK 2013

Com interface redesenhada em relação ao Outlook 2010, o cliente de e-mails do pacote


Microsoft Office passou a oferecer recursos para manter a sua caixa de entrada organiza-
da. As mensagens poderão ser visualizadas na forma de lista de e-mails ou como conversas
(agrupando as mensagens com o mesmo Assunto).
Outra novidade incorporada foi a integração com o Microsoft Lync 2013. O Lync é um comu-
nicador instantâneo para uso corporativo, que, semelhantemente ao programa Skype, permi-
te a troca de mensagens e chamadas de áudio e vídeo, restritas a um domínio empresarial.
As ações mais comuns de sinalização e exclusão de mensagens ganharam ícones na lista
de mensagens, e esta por sua vez, poderá ser organizada em “Todas” as mensagens e apenas
“Não lidos”.
O recurso “Espiar” está disponível no 2013, e permite que o usuário aponte em um item
para ver informações associadas a ele. Por exemplo, podemos ver os compromissos do dia
apenas apontando no item Calendário, sem precisar abrir o conjunto completo.
CONHECIMENTOS GERAIS

OUTLOOK 2016

A versão 2016 do Microsoft Outlook trouxe integração com o OneNote (anotações) e a troca
do Lync 2013 pelo Skype for Business (como comunicador instantâneo).
Outra novidade foram os e-mails secundários. Com os “clutters”, endereços de e-mail secun-
dário, as mensagens começam a ser avaliadas de acordo com as nossas reações. Se deixamos
de lado uma mensagem ou ignoramos o seu remetente, as próximas mensagens começaram
a ser armazenadas na pasta de e-mails secundários. O usuário poderá adicionar manualmen-
te mensagens que deseja ignorar. Observe que elas não serão apagadas ou bloqueadas, mas
apenas armazenadas fora da caixa de entrada principal.
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Se, até o Outlook 2013, enviar anexos grandes era um problema por causa do limite de tama-
nho, no Outlook 2016 o usuário tem a opção de armazenamento de anexos na nuvem OneDrive.
Ao invés de enviar o anexo com a mensagem, os arquivos serão armazenados na nuvem e ape-
nas um link será enviado para o destinatário.
Existe, ainda, a disponibilização de um app para smartphones, o que permite levar o
Outlook em seu bolso, literalmente.

OUTLOOK 2019

O Outlook 2019 pertence ao pacote Microsoft Office 2019, que é a versão de instalação dos
aplicativos no computador. O Office 2019 é adquirido com o pagamento de uma licença de uso,
e não recebe atualizações de certos recursos. O Outlook 365 pertence ao Office 365, que tem
pagamento recorrente de uma assinatura, e recebe atualizações de novidades mensalmente.
O Outlook 2019 trouxe o Verificador de Acessibilidade, para verificar a mensagem quanto aos
padrões internacionais e recomendações úteis para tornar os e-mails acessíveis para portadores
de necessidades especiais.
A Caixa de Entrada ganhou a opção Destaques, para armazenar as mensagens importan-
tes (que foram enviadas com prioridade alta, de remetentes da organização, ou que foram
respondidas pelo usuário). As mensagens que não possuem essas características serão arma-
zenadas na nova pasta Outros, dentro da Caixa de Entrada.
Na versão 2016, o usuário conseguiu enviar arquivos anexos gigantes através do armaze-
namento na nuvem. Na versão 2019, aqueles anexos armazenados na nuvem serão baixados
com a mensagem, sem necessidade de clicar nos links do OneDrive, como ocorria na versão
anterior.
Apesar dos novos recursos, os concursos públicos questionam de forma predominante os
conceitos e funcionalidades básicas do correio eletrônico.
Para quem utiliza o Outlook como cliente de e-mail, as novidades sempre adicionam recur-
sos úteis para as tarefas cotidianas, otimizando a sua produtividade

ORGANIZAÇÃO DE PASTAS/DIRETÓRIOS

No Windows 10, os diretórios são chamados de pastas e algumas pastas são especiais, con-
tendo coleções de arquivos que são chamadas de Bibliotecas. Ao todo são quatro Bibliotecas:
Documentos, Imagens, Músicas e Vídeos. O usuário poderá criar Bibliotecas para sua organiza-
ção pessoal, uma vez que elas otimizam a organização dos arquivos e pastas, inserindo apenas
ligações para os itens em seus locais originais.

Pasta com Pasta sem Pasta vazia


subpasta subpasta
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O sistema de arquivos NTFS (New Technology File System) armazena os dados dos arqui-
vos em localizações dos discos de armazenamento. Por sua vez, os arquivos possuem nome
e podem ter extensões.
O sistema de arquivos NFTS suporta unidades de armazenamento de até 256 TB (terabytes,
trilhões de bytes).
O FAT32 suporta unidades de até 2 TB.
Antes de prosseguir, vamos conhecer estes conceitos.

TERMO SIGNIFICADO OU APLICAÇÃO


Unidade de disco de armazenamento permanente, que possui um
Disco de armazenamento
sistema de arquivos e mantém os dados gravados

Estruturas lógicas que endereçam as partes físicas do disco de


Sistema de Arquivos armazenamento. NTFS, FAT32, FAT são alguns exemplos de sis-
temas de arquivos do Windows

Circunferência do disco físico (como um hard disk HD ou unida-


Trilhas
des removíveis ópticas)

Setores São “fatias” do disco, que dividem as trilhas

Unidades de armazenamento no disco, identificado pela trilha e


Clusters
setor onde se encontra

Estrutura lógica do sistema de arquivos para organização dos da-


Pastas ou diretórios
dos na unidade de disco

Arquivos Dados. Podem ter extensões

Pode identificar o tipo de arquivo, associando com um software


Extensão que permita visualização e/ou edição. As pastas podem ter ex-
tensões como parte do nome

Arquivos especiais, que apontam para outros itens computa-


cionais, como unidades, pastas, arquivos, dispositivos, sites na
Atalhos
Internet, locais na rede etc. Os ícones possuem uma seta, para
diferenciar dos itens originais

O disco de armazenamento de dados tem o seu tamanho identificado em bytes. São milhões,
bilhões e até trilhões de bytes de capacidade. Os nomes usados são do Sistema Internacional
de Medidas (SI) e estão listados na escala a seguir.

Exabyte
Petabyte (EB)
Terabyte (PB)
Gigabyte (TB)
Megabyte (GB) trilhão
Kilobyte (MB) bilhão
(KB) mil milhão
Byte
(B)
CONHECIMENTOS GERAIS

Ainda não temos discos com capacidade na ordem de Petabytes (PB — quatrilhão de bytes)
vendidos comercialmente, mas quem sabe um dia... Hoje estas medidas muito altas são usa-
das para identificar grandes volumes de dados na nuvem, em servidores de redes, em empre-
sas de dados etc.
Vamos falar um pouco sobre bytes: 1 byte representa uma letra, ou número, ou símbolo.
Ele é formado por 8 bits, que são sinais elétricos (que valem zero ou um). Os dispositivos eletrô-
nicos utilizam o sistema binário para representação de informações.
A palavra “Nova”, quando armazenada no dispositivo, ocupará 4 bytes. São 32 bits de
informação gravada na memória.
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A palavra “Concursos” ocupará 9 bytes, que são 72 bits de informação.
Os bits e bytes estão presentes em diversos momentos do cotidiano. Um plano de dados de
celular oferece um pacote de 5 GB, ou seja, poderá transferir até 5 bilhões de bytes no período
contratado. A conexão Wi-Fi de sua residência está operando em 150 Mbps, ou 150 megabits
por segundo, que são 18,75 MB por segundo, e um arquivo com 75 MB de tamanho levará 4
segundos para ser transferido do seu dispositivo para o roteador wireless.

Importante!
O tamanho dos arquivos no Windows 10 é exibido em modo de visualização de Detalhes,
nas Propriedades (botão direito do mouse, menu de contexto) e na barra de status do
Explorador de Arquivos. Poderão ter as unidades KB, MB, GB, TB, indicando quanto espaço
ocupam no disco de armazenamento.

Quando os computadores pessoais foram apresentados para o público, a árvore foi usa-
da como analogia para explicar o armazenamento de dados, criando o termo “árvore de
diretórios”.

Documentos
Imagens
Folhas
Músicas
Flores
Vídeos
Frutos

Pastas e Subpastas Tronco e Galhos

Diretório Raiz Raiz

Árvore de diretórios

No Windows 10, a organização segue a seguinte definição:

z Pastas

„ Estruturas do sistema operacional: Arquivos de Programas (Program Files), Usuários


(Users), Windows. A primeira pasta da unidade é chamada raiz (da árvore de diretó-
rios), representada pela barra invertida: Documentos (Meus Documentos), Imagens
(Minhas Imagens), Vídeos (Meus Vídeos), Músicas (Minhas Músicas) — bibliotecas;
„ Estruturas do Usuário: Documentos (Meus Documentos), Imagens (Minhas Imagens),
Vídeos (Meus Vídeos), Músicas (Minhas Músicas) — bibliotecas;

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„ Área de Trabalho: desktop, que permite acesso à Lixeira, Barra de Tarefas, pastas,
arquivos, programas e atalhos;
„ Lixeira do Windows: armazena os arquivos de discos rígidos que foram excluídos,
permitindo a recuperação dos dados.

z Atalhos

„ Arquivos que indicam outro local: extensão LNK, podem ser criados arrastando o
item com ALT ou CTRL+SHIFT pressionado.

z Drivers

„ Arquivos de configuração: extensão DLL e outras, usadas para comunicação do soft-


ware com o hardware.

O Windows 10 usa o Explorador de Arquivos (que antes era Windows Explorer) para o
gerenciamento de pastas e arquivos. Ele é usado para as operações de manipulação de infor-
mações no computador, desde o básico (formatar discos de armazenamento) até o avançado
(organizar coleções de arquivos em Bibliotecas).
O atalho de teclado Windows+E pode ser acionado para executar o Explorador de Arquivos.
Como o Windows 10 está associado a uma conta Microsoft (e-mail Live, ou Hotmail, ou
MSN, ou Outlook), o usuário tem disponível um espaço de armazenamento de dados na
nuvem Microsoft OneDrive. No Explorador de Arquivos, no painel do lado direito, o ícone
OneDrive sincroniza os itens com a nuvem. Ao inserir arquivos ou pastas no OneDrive, eles
serão enviados para a nuvem e sincronizados com outros dispositivos que estejam conecta-
dos na mesma conta de usuário.
Os atalhos são representados por ícones com uma seta no canto inferior esquerdo, e podem
apontar para um arquivo, pasta ou unidade de disco. Os atalhos são independentes dos obje-
tos que os referenciam, portanto, se forem excluídos, não afetam o arquivo, pasta ou unidade
de disco que estão apontando.
Podemos criar um atalho de várias formas diferentes:

z arrastar um item segurando a tecla Alt no teclado, e ao soltar, o atalho é criado;


z no menu de contexto (botão direito) escolha “Enviar para... Área de Trabalho (criar atalho);
z um atalho para uma pasta cujo conteúdo está sendo exibido no Explorador de Arquivos
CONHECIMENTOS GERAIS

pode ser criado na área de trabalho arrastando o ícone da pasta, mostrado na barra de
endereços e soltando-o na área de trabalho.

Arquivos ocultos, arquivos de sistema, arquivos somente leitura... Os atributos dos


itens podem ser definidos pelo item Propriedades no menu de contexto. O Explorador de
Arquivos pode exibir itens que tenham o atributo oculto, desde que ajuste a configuração
correspondente.

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IMPRESSÃO/DIGITALIZAÇÃO

IMPRESSORAS

As impressoras são periféricos de saída conectados na CPU.


Os dispositivos computacionais são construídos com componentes internos, instalados no
gabinete, e dispositivos conectados em portas de conexão, denominados periféricos.
No gabinete, além da fonte de alimentação, encontraremos a placa motherboard (placa
mãe), processador, memória RAM e placas ou chips de expansão. As placas possuem conecto-
res, que permitem a conexão de dispositivos denominados periféricos.
Os periféricos são classificados como entrada, saída ou mistos/híbridos:

z A impressora, os projetores, os monitores de vídeo simples e as caixas de som são


exemplos de periféricos de saída de dados;
z O teclado, o mouse, o escâner (scanner), a webcam e o microfone são exemplos de peri-
féricos de entrada de dados;
z Alguns periféricos, como os dispositivos de impressão multifuncionais e o monitor tou-
chscreen, são denominados mistos ou híbridos, uma vez que realizam tarefas relaciona-
das à entrada e à saída de dados processados.

As impressoras poderão ser conectadas através de uma porta de conexão (como USB —
Universal Serial Bus) ou conexão wireless (Wi-Fi e Bluetooth).

z Modelos de Impressoras

É comum classificarmos as impressoras de acordo com a sua tecnologia de impressão.


Confira na tabela a seguir:

IMPRESSO- TECNOLO-
CARACTERÍSTICA
RA GIA
Um disco giratório posiciona o caractere e pressiona uma fita de
Disco e impressão
Margarida fita de Um dos modelos mais antigos, usado em máquinas de escre-
impressão ver elétrica Oferecia uma opção de cor por fita de impressão
(monocromática)
Uma cabeça de impressão formada por agulhas pressiona uma
fita de impressão
Impacto
Caracteres e gráficos são desenhados ponto a ponto no papel
Matricial e fita de
Aceita impressão em várias vias e é lembrada pelo barulho en-
impressão
quanto está operando
Existiram modelos com fitas coloridas, porém eram raras

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IMPRESSO- TECNOLO-
CARACTERÍSTICA
RA GIA
Cabeças de impressão alimentadas com tinta líquida dispersam
Jato de tinta pequenas gotículas de tinta na superfície de impressão
Cartuchos Atualmente, os modelos com tanque de tinta são os mais
InkJet
ou tanque populares
de tinta As cores das tintas nos cartuchos são Preto (Black), Amarelo (Yel-
low), Magenta e Ciano (Cyan)
O toner é disperso na superfície de impressão e, através de rea-
Tinta em pó
Laser ções elétricas, registra o que deve ser impresso
(toner)
Impressão monocromática ou colorida
Aqueci- Com a utilização de papel térmico reativo, a impressora térmica
Térmica mento da emprega o calor para registrar as informações na superfície de
superfície impressão
Polímeros Através da impressão em camadas, pequenas fatias de polímeros
3D e outros de impressão são depositadas até a construção da impressão em
materiais 3D (três dimensões)
Através da sublimação (passagem do estado físico sólido direta-
mente para o estado físico gasoso), a cera ou tinta sólida é deposi-
Cera ou tin- tada na superfície de impressão
Sublimação
ta sólida Como as partículas gasosas são menores que as partículas líqui-
das ou sólidas, a qualidade da impressão é altíssima
Usada em impressões fotográficas

As impressoras permitem a utilização de superfícies de impressão de diferentes medidas,


de acordo com a sua construção. Impressoras térmicas utilizam desde bobinas de papel, que
podem ter alguns centímetros de largura, (como nas “maquininhas de cartão’”), até papéis
tamanho A4.
A medida do papel é outro elemento importante para classificar a impressora. Confira, a
seguir, algumas medidas (Largura x Altura) de tamanho de papel:

TAMANHO MEDIDA (LXA) UTILIZAÇÃO


Maioria das impressoras
A4 21 cm x 29,7 cm
Tamanho mais popular
Dobro das medidas do papel A4 Impressoras laser podem ter
A3 29,7 cm x 42 cm
bandejas para este tamanho CONHECIMENTOS GERAIS
O tamanho Carta tem quase as mesmas dimensões do tama-
21,59 cm x 27,94
Carta nho A4 e é aceito pela maioria das impressoras existentes no
cm
mercado
Usado em documentos oficiais do poder judiciário, poderá ser
Ofício ou 21,59 cm x 35,56
impresso em impressoras comuns que aceitem papel tama-
Legal cm
nho A4 com alimentação contínua (sem bandeja de entrada)

Outra forma de classificação das impressoras relaciona-se à tecnologia de conexão e trans-


missão dos dados, determinada pelos conectores utilizados. Vejamos alguns exemplos de
conectores de alguns modelos de impressoras:

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CONEXÃO CARACTERÍSTICAS
Transmissão de dados por conectores LPT, usados nas primeiras impressoras matri-
Paralela ciais e jato de tinta
Velocidade baixa
Transmissão de dados por conectores COM, usados em impressoras e escâneres
Serial
Velocidade média
Transmissão de dados por conectores USB, que permitem troca de dados em alta
velocidade e foram padrão para muitos modelos de impressoras jato de tinta, la-
USB
ser, térmicas e 3D
Altas velocidades de transmissão
Transmissão de dados por wireless, responsável por permitir a instalação do dis-
Wi-Fi positivo de impressão distante do dispositivo computacional
Altas velocidades de transmissão
Algumas impressoras oferecem conexão por Bluetooth, responsável por dispen-
Bluetooth sar configurações de rede, como nome e endereço IP, bastando “emparelhar” o
dispositivo para imprimir o que desejar
Transmissão por cabos de rede
Muitas impressoras permitem a instalação em uma rede de dados, para que seja
RJ-45
acessada por vários dispositivos Impressoras corporativas e impressão laser ofe-
recem este tipo de conector

Existem questões de concursos que abordam a classificação das impressoras de acordo


com o nível de compartilhamento entre usuários. Confira alguns destes termos:

IMPRESSO-
CONEXÃO UTILIZAÇÃO
RA
Instalada em um dispositivo computacional, a impressora local po-
Direta,
Local derá atender apenas 1 usuário ou ser compartilhada
local
Para impressão, o dispositivo também deverá estar ligado
Instalada em um dispositivo computacional ou na rede de dados,
a impressora compartilhada poderá ser usada por vários usuários
Direta,
Comparti- que estejam na mesma rede de dados e tenham autorização para
local ou
lhada impressão
remota
Ao instalar a impressora, ela receberá um nome para ser informado
aos demais usuários da rede
O computador poderá ter várias impressoras instaladas, e uma de-
Local ou las será definida como padrão ou preferencial
Padrão
remota Nas telas de impressão, ela será o nome marcado
“automaticamente”
Conectada diretamente na rede, atende vários usuários com autori-
zação para imprimir
Rede Remota
A impressora receberá um número de IP para ser acessada por ou-
tros dispositivos na mesma rede

Finalmente, as impressoras podem ser classificadas em relação à sua velocidade de impres-


são. São consideradas impressoras rápidas aquelas que imprimem a maior quantidade de
páginas por minuto (ppm). Impressoras modernas podem imprimir até 60 páginas por minu-
tos em alta resolução.
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Além disso, a resolução é uma medida de qualidade da impressão. A primeira, definida
pela sigla DPI ou PPP (dot per inch — pontos por polegada), informa qual é a quantidade de
pontos de impressão que serão realizados em 1 polegada linear na superfície de impressão.
Impressoras jato de tinta operam com resolução entre 150 e 300 dpi, e as impressoras laser,
com resoluções acima de 600 dpi.
As impressoras 3D, por sua vez, usam a definição de densidade de impressão para definir
a qualidade da resolução da impressão da peça 3D. Quanto maior a densidade de impressão,
melhor será a construção e acabamento da peça produzida pela impressora 3D.

DIGITALIZAÇÃO DE DOCUMENTOS

Digitalizar um documento é transformar um registro contido em uma mídia física em uma


informação armazenada no meio digital. Um texto pode ser digitalizado para uma imagem
(foto), uma duplicata (arquivo PDF) ou, ainda, se tornar editável com o uso de OCR. Já uma
fotografia pode ser armazenada digitalmente ou passar por algum programa de reconheci-
mento de textos para leitura de informações.
O site de pesquisas Microsoft Bing possui reconhecimento de textos em imagens. Carregue
uma imagem na página www.bing.com e veja o recurso de reconhecimento “ler” (as infor-
mações da fotografia). O conteúdo que foi identificado poderá ser copiado para a Área de
Transferência e colado em um editor de textos.
Entre as vantagens da digitalização de documentos, podemos citar:

z Facilidade de acesso às informações contidas nos documentos;


z Distribuição rápida pelas redes de computadores;
z Redução do tempo de atividades relacionadas à análise de documentos;
z Redução dos custos de recuperação, duplicação e armazenamento de dados;
z Preservação do acervo físico contra mau uso e manuseio;
z Integração de dados ativos e históricos com índices (metadados).

Etapas para a escolha da forma como será realizada a digitalização de documentos:

„ Escolha de um equipamento de digitalização compatível com o tamanho dos originais;


„ Definição do formato de leitura e gravação dos dados digitalizados, se serão em ima-
gens, PDFs, arquivos editáveis etc.;
„ Definição da resolução de leitura dos dados originais, que definirá a quantidade de
CONHECIMENTOS GERAIS

espaço necessário para o armazenamento digital. Quanto maior a resolução, melhor o


registro e maior o espaço necessário para o arquivo;
„ Formato da imagem: colorido, escala de cinza ou monocromático (preto e branco).

BUSCAS E INSTALAÇÕES DE PROGRAMAS

Existem algumas formas de instalar programas, que vão depender do tipo de programa,
do sistema operacional e da preferência do usuário.

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z Site oficial: essa é a forma mais segura de se instalar um programa, pois garante que será
obtida a versão mais atualizada e livre de malwares. Para instalar um programa através
de seu site oficial, basta acessá-lo, procurar por “download” e seguir os passos que o site
for instruindo;
z Loja de aplicativos: essa é muitas vezes a forma mais prática e conveniente de se instalar
um programa, pois lá é possível ver avaliações de outros usuários antes de instalar o pro-
grama desejado. Além disso, é uma maneira prática de encontrar diversos programas em
um só lugar. A loja de aplicativo utilizada vai depender do sistema operacional do compu-
tador, Microsoft Store para Windows 10 e Windows 11, a App Store para macOS e Google
Play Store para Android;
z Gerenciador de pacotes: essa é uma forma prática de instalar programas, pois permite que
se selecione diversos programas e crie um pacote que realize o download e a instalação de
vários aplicativos sem a necessidade da intervenção humana.

NOÇÕES DE SEGURANÇA

O que é Segurança da Informação?


Essa é uma pergunta curta, que exige conhecimentos diversos, para que possa ser respon-
dida. Neste tópico, você encontrará as informações necessárias para isso.
As redes de computadores tornaram-se cada vez mais interligadas e complexas. Elas inte-
gram, atualmente, muitos dispositivos, que, talvez, você não conheça, mas que estão ali,
promovendo a troca de dados entre o seu equipamento e o servidor remoto o qual está aces-
sando. No entanto, é sabido que os criminosos virtuais podem acessar redes de qualquer
lugar do mundo.
Neste sentido, os profissionais de Segurança da Informação procuram proteger os dados
armazenados e trafegados entre os dispositivos por meio de equipamentos, programas e téc-
nicas direcionadas. Para isso, o treinamento dos usuários também é importante, conside-
rando que eles compreendem o elo mais fraco e vulnerável no que se refere à Segurança da
Informação.

Usuário final Servidor remoto

Figura 1. A conexão entre o usuário cliente e o servidor é realizada por diferentes equipamentos, que são
transparentes para o usuário final.

Entre o servidor remoto e o usuário final, as informações solicitadas passarão por vários
dispositivos de conexão (roteadores, repetidores de sinal, switches, bridges, gateways) antes
de serem apresentadas no dispositivo do usuário.

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Dica

Paradigma cliente-servidor: Nós somos clientes e acessamos informações em servidores


remotos. As redes de computadores, em concursos públicos, são abordadas, seguindo
esse paradigma. Usamos cliente web (browser ou navegador) para acessar um servidor
web. Usamos cliente de e-mail para acessar um servidor de e-mail. Usamos um cliente FTP
para acessar um servidor FTP.

Ataques e ameaças à Segurança da Informação

Invasor Software
Vírus de
computador malicioso

Usuário final Servidor remoto

Figura 2. O tráfego de dados, em uma conexão, é um ativo interessante para invasores, vírus de computadores e
softwares maliciosos.

Invasores tentarão acessar a conexão e capturar os dados trafegados. Os vírus de compu-


tador procuram infectar os arquivos e causar danos aos sistemas. Esses softwares maliciosos
podem infectar dispositivos e sequestrar arquivos.

Protocolo seguro

Atualizações
Usuário final
Servidor remoto
Firewall Senha forte
Antivírus

Figura 3. Um protocolo seguro protege o tráfego de dados em uma conexão insegura, criptografando as
informações que são enviadas e recebidas.

O usuário deverá utilizar um protocolo seguro para acessar os dados, manter o seu disposi-
tivo atualizado e protegido, utilizar uma senha forte de acordo com as políticas de segurança e
práticas recomendadas, entre outras ações. Além disso, deverá utilizar conexões seguras, como
as VPNs – Virtual Private Network –, para acesso aos serviços remotos (Computação na Nuvem);
proteger-se das ameaças e ataques à Segurança da Informação, utilizando medidas de proteção CONHECIMENTOS GERAIS
em seu dispositivo, como antivírus, firewall e anti-spyware).
Iniciaremos nossos estudos sobre Segurança da Informação com o tópico VPN. Elas são
muito importantes para a comunicação segura e tornaram-se destaque nos últimos anos,
por causa do trabalho remoto (home office). Empresas e usuários que não utilizavam uma
conexão remota segura precisaram adaptar-se aos novos tempos. Em concursos, a tendência
é que aumente a frequência de questões sobre esse tema, pois se tornou popular devido à
pandemia.
A seguir, conheceremos como é a Computação na Nuvem, suas características, os tipos de
nuvem, os serviços oferecidos e as vantagens e desvantagens. Vale ressaltar que esse tópico
já foi bastante abordado em alguns concursos, em provas de diversos cargos.

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Vírus de computador e softwares maliciosos: quem nunca foi vítima, não é mesmo?
Esse será o terceiro tópico sobre Segurança da Informação, no qual abordaremos os ataques
e ameaças, com destaque para os principais e mais comuns em provas de concursos. Assim
como Computação na Nuvem, o tópico “Noções de Vírus, Worms e Pragas Virtuais” também é
muito questionado em concursos públicos.
Finalizando o conteúdo de Segurança da Informação, estudaremos os mecanismos de pro-
teção e defesa contra os ataques e ameaças. Existem equipamentos de proteção, no entanto,
em concursos públicos, geralmente, são questionados os aplicativos para segurança (antiví-
rus, firewall, anti-spyware etc.).
Apesar de existirem soluções integradas e avançadas para os problemas de Segurança da
Informação, que até usamos em nossos dispositivos, nos concursos públicos, são questiona-
das as definições oficiais e as configurações padrão dos programas.

NOÇÕES DE REDES PRIVADAS VIRTUAIS (VPN)

As redes privadas virtuais, popularmente identificadas pela sigla VPN (do inglês Virtual
Private Network), são criadas pelas empresas e usuários, para estabelecer uma conexão segu-
ra entre dois pontos.
Antes de iniciarmos nosso estudo sobre elas, vamos conhecer alguns dos conceitos básicos
das redes de computadores, de acordo com as suas características de uso e nível de segurança.

REDE CARACTERÍSTICAS BÁSICAS


Local Area Network é uma denominação rela-
LAN cionada ao alcance de uma rede, restrita a um
prédio ou pequena região
É uma rede local (pelo seu alcance, é uma LAN),
interna de uma organização, segura, com aces-
Intranet
so restrito aos usuários cadastrados no servidor
da rede
É o acesso remoto seguro, de um ambiente inse-
Extranet
guro, à intranet da organização
Rede mundial de computadores de acesso pú-
Internet blico e considerada insegura. A Internet é comu-
mente representada por uma nuvem

Intranet
Intranet
Extranet
Conexão segura

Matriz Internet Filial

Figura 4. A Extranet é uma conexão segura através de um ambiente inseguro (Internet) para redes internas
protegidas (Intranet).

É importante destacar que, toda Intranet é uma LAN, mas nem toda LAN é uma Intranet.
Por que usar uma VPN?
Porque é importante e necessário. A Internet é a rede mundial de computadores, que
62 conecta diversos dispositivos entre si, utilizando uma estrutura pública e insegura oferecida
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pelos governos e operadoras de telefonia. O acesso à Internet é oferecido para todos e, por
isso, usuários mal-intencionados conseguem interceptar a comunicação de outros usuários,
monitorando o tráfego de dados e roubando informações.
Com uma VPN estabelecida entre os dispositivos, o risco na transmissão é muito pequeno.
Lembrando que nada é 100% seguro em Informática, independentemente da quantidade de
sistemas e proteções implementadas.

Usuário mal-intencionado

Conexão Tráfego sendo


insegura monitorado
Conexão
Usuário remoto insegura
Empresa
Internet

Figura 5. Usuários mal-intencionados procuram “escutar” uma conexão insegura em busca de dados que possam
comprometer a privacidade do usuário ou empresa.

As empresas utilizam softwares de terceiros para estabelecer a conexão segura entre os dispo-
sitivos de seus colaboradores. Existem vários softwares que possibilitam a conexão segura, como a
Área de Trabalho Remota (Windows) e soluções de empresas de segurança digital (Forticlient VPN,
Citrix Metaframe, TeamViewer, LogMeIn etc.).
Os protocolos são padrões de comunicação. Para estabelecer uma conexão segura, protoco-
los seguros serão usados, criando um túnel seguro entre o emissor e o receptor, por meio de
um ambiente vulnerável. Eles procuram encapsular os dados transmitidos, para que, em caso
de monitoramento, a leitura do conteúdo torne-se impossível, uma vez que os dados se tornam
criptografados.

Usuário mal-intencionado

Protocolo Tráfego não


seguro será monitorado

Conexão Conexão
segura segura
Usuário remot o Internet Empresa
CONHECIMENTOS GERAIS

Figura 6. Usuários mal-intencionados não conseguem monitorar o conteúdo de uma conexão que esteja protegida
com um protocolo seguro.

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TIPO DE VPN CARACTERÍSTICA
� Um usuário pode conectar-se a uma rede, para
acessar seus serviços e recursos remotamente
VPN de acesso remoto � A conexão é segura e ocorrerá por meio de
(VPN client to site) uma rede pública, como a Internet
� Será uma conexão (cliente) para um servidor
remoto que aceita várias conexões
� Dois roteadores estabelecem uma conexão
segura para a troca de dados, sendo que um
deles opera como cliente VPN e o outro, como
servidor VPN
� É o modelo mais usado no âmbito empresa-
VPN site a site
rial, para conectar com segurança a rede interna
de uma filial com a rede interna de uma matriz
� Serão várias conexões (filial), acessando um ser-
vidor remoto que aceita várias conexões (matriz)
� Também conhecida como VPN LAN to LAN

Protocolos

Quando uma navegação na Internet é realizada, os protocolos transferem os dados de um


servidor para o cliente de acordo com o paradigma Cliente-Servidor. O servidor oferece os
dados e provê a conexão e, então, o cliente acessa as informações e solicita serviços.
Em uma conexão, para evitar que os dados sejam acessados por pessoas não autorizadas,
protocolos de segurança e proteção poderão ser implementados, utilizando-se de chaves e
certificados digitais para a garantia da transferência segura dos dados.
Muitas siglas de protocolos estão relacionadas com este tópico. Confira algumas delas:

PROTOCOLO SIGNIFICADO CARACTERÍSTICAS SEGURO?


GRE Generic Routing Encapsulation Desenvolvido pela CISCO, prioriza a velocidade Não
SSL Secure Sockets Layer Camada adicional de segurança para a conexão Sim
TLS Transport Layer Security Camada de transporte seguro para a conexão Sim
Orientar o servidor para criação de uma conexão segura com
SSH Secure Shell Sim
o cliente
Extensão do protocolo IP para suprir a falta de segurança de
IPsec IP Security Protocol Sim
informações que trafegam em uma rede pública
Protocolo para facilitar a comunicação bidirecional, basea-
Telnet da em texto interativo (comandos), usando uma conexão de Não
terminal virtual
Atualização dos protocolos L2F (Protocolo de Encaminha-
L2TP Layer 2 Tunnelling Protocol mento da Camada 2) e PPTP (Protocolo de Tunelamento Não
Ponto-a-Ponto)
O PPTP adiciona um canal seguro ao TCP e utiliza um túnel
PPTP Point-to-Point Tunneling Protocol GRE Sim
� Algumas questões o apresentam com a sigla PPP
Criar conexões ponto a ponto (point to point) e site a site
OpenVPN VPN de Código aberto (site to site), usando um protocolo personalizado baseado Sim
no TLS e SSL

Dica
Protocolos seguros costumam mostrar a letra S na sua sigla, como em HTTPS.

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Um protocolo seguro procura estabelecer uma conexão segura entre os dispositivos, possi-
bilitando a troca de informações. Antes do envio de dados, a conexão segura será negociada
entre os dispositivos e aprovada após a confirmação do certificado digital.

Usuário remoto Empresa


A conexão é segura?
Sim, ela é. Segue o certificado digital.
OK. Conexão segura estabelecida?
Criptografando o caminho, para envio de dados.

Figura 7. A criptografia é usada para garantir a autenticidade e a integridade das conexões.

A conexão remota poderá ser uma simples conexão direta entre os dispositivos (ponto a
ponto, túnel de conexão, sem criptografia dos dados trafegados) ou uma conexão entre os
dispositivos com segurança, utilizando protocolos seguros, para criptografar o conteúdo tra-
fegado no túnel de conexão.

Programas

Após conhecer as definições de uma VPN e os protocolos que podem ser utilizados, é comum
surgir uma dúvida: quais são os programas que usamos para transformar o nosso dispositivo
em um cliente VPN?
A resposta é: depende. Cada dispositivo possui um sistema operacional e, de acordo com a
origem (cliente) e o destino (servidor), existem programas mais adequados para cada cenário.

EXEMPLO DE PROGRAMA
ORIGEM (CLIENTE) DESTINO (SERVIDOR)
PARA VPN
Windows Windows Área de Trabalho Remota
Windows Linux PuTTy
Linux Windows OpenVPN
Linux Linux Network-Manager

A utilização de um software de VPN, a fim de acessar a rede interna de uma organização


(no modelo VPN client to site), implementa segurança aos dados trafegados na forma de crip-
tografia, para garantir a autenticidade e a integridade das conexões. No entanto, onde a VPN
será “iniciada”?
CONHECIMENTOS GERAIS

Nas redes de computadores, o firewall é um item especialmente importante em relação à


segurança da informação. Ele é um filtro de portas TCP, que permite ou bloqueia o tráfego de
dados. Logo, se uma conexão deseja enviar e receber dados, precisa ter a porta correspon-
dente liberada, em ambos os lados, tanto no cliente como no servidor.
Se existe um firewall na rede, a VPN poderá ser instalada (e configurada) no firewall (mais
comum), em frente ao firewall (para autenticar o que está chegando), atrás do firewall (para
autenticar o que chegou), paralelamente ao firewall (para acompanhar o envio e recebimento
dos pacotes) ou na interface dedicada do firewall (na conexão VPN site to site, para atender a
vários dispositivos da rede).

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No Windows 10, a definição da VPN poderá ser realizada por meio da Central de Ações
(atalho de teclado Windows + A) ou em Configurações, Rede e Internet, VPN. O acesso Home
Office é um tipo de conexão externa que deverá utilizar uma VPN, para proteger os dados
trafegados com o uso de criptografia implementada por protocolos seguros.

ARMAZENAMENTO NAS NUVENS

Computação em nuvem (em inglês, cloud computing) refere-se ao processamento de dados


remotos. O usuário envia informações inseridas em seu dispositivo local e os programas, na
nuvem, executam as operações solicitadas, devolvendo para o periférico de saída do dispositi-
vo local do usuário os resultados obtidos.
A expressão “nuvem” é usada para designar a Internet, porém, na prática, pode, também,
referenciar um processamento remoto dentro da rede interna da empresa. Vale ressaltar que
existem nuvens privadas, públicas, híbridas e comunitárias.
A Computação em Nuvem é a evolução do princípio da Computação em Grade. Na Compu-
tação em Grade, uma grande quantidade de clusters computacionais (servidores conectados
entre si dentro de uma infraestrutura compartilhada) aliada à disseminação da conexão de
banda larga facilitaram a adoção da Computação nas Nuvens por diferentes empresas.

Usuário
Smartphone
Videogame Android

Internet

Desktop Linux
Impressora
Portátil Windows
Tablet

Figura 8. Os diferentes dispositivos acessarão os recursos disponibilizados na nuvem (Internet)

A Computação na Nuvem pode ser vista como uma evolução e, também, uma convergên-
cia das tecnologias de virtualização e das arquiteturas (como os clusters computacionais)
orientadas a serviços. Atualmente, a Computação nas Nuvens é o ponto de partida para o
desenvolvimento de soluções computacionais que necessitem de rapidez, flexibilidade e
acesso facilitado, oferecendo, instantaneamente, a nível global, uma solução para problemas
do dia a dia.
Quem nunca pediu uma refeição ou solicitou um meio de transporte através de um aplicati-
vo? O sistema de processamento dos pedidos, distribuição das demandas, localização dos pres-
tadores de serviços e controle fiscal das vendas é realizado na nuvem, em servidores que estão
distribuídos ao redor do mundo, conectados em tempo real para o atendimento das demandas.
A computação na nuvem oferece tudo como um serviço: armazenamento de dados, pla-
taforma para execução de aplicações, infraestrutura para o desenvolvimento de sistemas,
espaço para testes de aplicativos etc. “Webware” ou “software” baseado na Internet é a deno-
minação para esses programas que operam como serviços na rede.
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Importante!
Tudo que é oferecido pela nuvem é um serviço escalável e personalizável.

Armazenamento em nuvem é uma opção de armazenamento remoto que usa o espaço


em um provedor de data center e é acessível de qualquer computador com acesso à Inter-
net. Google Drive, Microsoft OneDrive, Apple iCloud e Dropbox são exemplos de serviços de
armazenamento em nuvem.

Tecnologias de Serviços na Nuvem

Existem várias opções que poderão ser contratadas como serviços, sendo as principais em
concursos públicos: IaaS, PaaS e SaaS. Vejamos cada uma delas:

z Infrastructure as a Service (IaaS): fornece recursos de computação virtualizados pela


Internet. O provedor hospeda o hardware, o software, os servidores e os componentes de
armazenamento;
z Platform as a Service (PaaS): proporciona acesso às ferramentas e aos serviços de desen-
volvimento usados para entregar os aplicativos;
z Software as a Service (SaaS): permite aos usuários o acesso aos bancos de dados e soft-
ware de aplicativo. Os provedores de nuvem gerenciam a infraestrutura. Os usuários
armazenam dados nos servidores do provedor de nuvem.

Obs.: novas definições são criadas por empresas com propósitos de marketing. Em concur-
sos públicos, as definições mais questionadas são SaaS, PaaS e IaaS.
Um sistema de computação legado, ou dedicado, é aquele em que a empresa é responsável
por todos os itens do projeto, desde o fornecimento de energia para a operação dos servido-
res adquiridos por ela, até a disponibilização de aplicações que foram compradas, por meio
de Licenças, para sua utilização.
Na computação em nuvem, é possível contratar de uma operadora de nuvem, data centers,
rede de dados, armazenamento, servidores e sistemas de virtualização. Essa é uma Infraes-
trutura como um Serviço (IaaS).
Desenvolvedores podem contratar de uma operadora de nuvem, data centers, rede de
dados, armazenamento, servidores, sistemas de virtualização, sistema operacional, banco de
dados e segurança digital. Essa é uma Plataforma como um Serviço (PaaS). CONHECIMENTOS GERAIS
Usuários podem contratar de uma operadora de nuvem tudo, desde os data centers até as
aplicações. Esse é um Software como um Serviço (SaaS).

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Computação Local Computação na Nuvem

Figura 9. Na computação local, tudo precisa ser adquirido e mantido pelo usuário. Na computação na nuvem, o
usuário precisará apenas de um acesso à rede.

Como é possível observar, a Computação nas Nuvens é uma forma de disponibilização de


recursos equivalente à Computação Local, mas remotamente. Na tabela a seguir, vamos com-
parar esses dois formatos e suas responsabilidades.

COMPUTAÇÃO LOCAL
Entrada de Dados Teclado, mouse, scanner, monitor touch screen

Processamento de Dados Processador do computador

Monitor, impressora, placa de modem, placa de rede, USB, HD


Saída de Dados
etc.

Programas (softwares) Instalados no computador

Serviços (backup) Responsabilidade do usuário

Serviços (desfragmentador) Responsabilidade do sistema operacional local

Antivírus Responsabilidade do usuário

Firewall Responsabilidade do usuário

Permissões de acesso Responsabilidade do usuário

Gerenciamento da estrutura Responsabilidade do usuário

COMPUTAÇÃO NAS NUVENS


Entrada de Dados Enviado para um serviço na rede

Processamento de Dados Computadores remotos, distribuídos na rede

Disponibilizado um link para download, visualização ou


Saída de Dados
compartilhamento

Programas (softwares) Disponíveis na Internet

Serviços (backup) Responsabilidade da empresa

Serviços (desfragmentador) Responsabilidade da empresa

Antivírus Responsabilidade da empresa

Firewall Responsabilidade da empresa

Permissões de acesso Oferecido pela empresa, definido pelo usuário

Gerenciamento da estrutura Responsabilidade da empresa

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Benefícios dos Serviços na Nuvem

Ao contratar Infraestrutura como um Serviço (IaaS), o usuário obtém economia de custo


(pois não há necessidade de comprar e manter hardwares), tempo de colocação no mercado
(pois poderá iniciar suas operações imediatamente, sem esperar pela instalação de um data
center na empresa), disponibilidade em tempo integral e escalabilidade sob demanda (pela
expansão ou contração da empresa de acordo com o dia a dia da operação).
Plataforma como um Serviço (PaaS) gera para o usuário uma economia de gastos (nova-
mente, relacionada ao hardware que não precisa ser adquirido), desenvolvimento simplifica-
do de aplicativos (por conta dos ambientes de desenvolvimento para diferentes plataformas),
colaboração (pela comunicação on-line com outros desenvolvedores) e ambiente integrado
(para teste, implementação e gerenciamento).
Software como um Serviço (SaaS) oferecerá economia de gastos (menor custo das licenças
de softwares), compartilhamento de arquivos (de forma fácil e rápida), portabilidade (na tro-
ca de dispositivos pessoais, o acesso ao serviço não será impactado com novas instalações e
configurações) e independência do sistema operacional (a troca de dados será realizada pelo
protocolo TCP, que tem suporte em todos os sistemas operacionais).

Software como
um Serviço

Consome
Usuário final

SaaS
Fornece Suporta Fornece

Fornece Consome
Provedor Plataforma como um Serviço Desenvolvedor
PaaS
Fornece Suporta Consome

Infraestrutura como um Serviço


IaaS

Figura 10. Os provedores, desenvolvedores e usuários finais, fornecem, suportam ou consomem recursos da
nuvem.

Os softwares são desenvolvidos na Plataforma (PaaS), utilizando os recursos da estrutura


na Infraestrutura (IaaS), para serem utilizados pelos usuários finais como um serviço (SaaS).
Na tabela a seguir, vamos associar os itens da computação local com os itens da computação CONHECIMENTOS GERAIS
na nuvem, a fim de mostrar que, na Nuvem, ocorre uma adaptação do nosso computador de
casa.

COMPUTAÇÃO LOCAL COMPUTAÇÃO NA NUVEM


Software Microsoft Office (instalado) Microsoft Office (on-line)
Microsoft
Plataforma Microsoft Windows 10
Windows Azure
Hardware e energia elétrica do Hardware e energia elétrica da
Infraestrutura
usuário empresa provedora

Vantagens da Computação em Nuvem


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O usuário não precisará se preocupar com atualizações de softwares e hardwares, pois
serão realizadas pela empresa contratada. Elas serão automáticas e disponibilizadas em tem-
po real para todos.
O compartilhamento de informações será facilitado, bastando que outros usuários tenham
acesso à Internet, para que possam acessar os dados compartilhados. Os serviços serão dispo-
nibilizados durante 24 horas por dia, pelos sete dias da semana, com sistemas de redundân-
cia e recuperação de falhas sob responsabilidade da empresa contratada.
Assim, a necessidade de manutenção da infraestrutura física da rede local diminui, bastan-
do para o usuário o fornecimento de energia elétrica e conexão de rede para acesso aos servi-
ços remotos. Além disso, por ter menos equipamentos na infraestrutura local, o consumo de
energia elétrica, refrigeração e espaço físico serão reduzidos, o que, indiretamente, contribui
para a preservação e uso racional dos recursos naturais.
Ainda, a Computação em Nuvem traz flexibilidade para o uso e contratação de serviços. O
usuário pode contratar um pacote básico de serviços e, de acordo com a sua necessidade, pode
ampliar parâmetros do contrato, alterando, de forma dinâmica, os limites de utilização.
Por fim, é preciso citar, como uma vantagem, a elasticidade rápida. Os recursos são provi-
sionados dinamicamente, atendendo às necessidades pontuais da operação do cliente (uma
loja virtual pode aumentar a quantidade de acessos simultâneos ao site apenas na Black Fri-
day por exemplo). Essa é a sua característica mais marcante.

Desvantagens da Computação em Nuvem

Quanto mais aplicações forem acessadas na nuvem, mais velocidade de transferência de


dados será necessária. Portanto, a principal desvantagem da Nuvem é inerente ao propósito
dela mesma.
O tempo de inatividade é outra desvantagem. Quando todos os sistemas estão em uma
plataforma, se ela ficar indisponível, a empresa e os usuários não terão acesso a nada. Feliz-
mente, isso tem mudado e, hoje, as empresas fornecedoras de serviços na nuvem conseguem
oferecer up-time (tempo de uso disponível) acima de 99,9999%.
A dificuldade de migração é, sem dúvidas, a principal desvantagem. Quanto mais utilizamos
uma determinada empresa fornecedora, mais nos tornamos dependente dela. Caso exista a
necessidade de migração dos dados, ela poderá ser dificultada ou até impossibilitada.
Para minimizar essa desvantagem, a replicação de servidores é uma alternativa quando
os dados são replicados entre um servidor local e um servidor na nuvem.

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1. Tudo está na nuvem

2. Tudo está duplicado

CONHECIMENTOS GERAIS

3. A interface é na nuvem, os dados


estão armazenados localmente

Figura 11. Diferentes apresentações para a nuvem

Principais Características da Computação em Nuvem


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On Demand Self Service, ou Autoatendimento sob Demanda, significa que o usuário pode
usar os serviços, aumentar ou diminuir as capacidades computacionais alocadas, como o tem-
po de servidor e armazenamento de rede, sem a intervenção humana com o provedor de ser-
viços. O limite de crédito do seu cartão de crédito virtual é um exemplo dessa característica.
Ubiquitous Network Access, ou Amplo Acesso à Rede, significa que os serviços são acessíveis
a partir de qualquer plataforma. O usuário pode acessar um sistema desenvolvido para Win-
dows, armazenado em um servidor Linux, a partir de seu smartphone Apple. Quase todos os
serviços disponíveis na nuvem são assim.
Resource Pooling, ou Pool de Recursos, significa que os serviços são armazenados em ser-
vidores distribuídos globalmente e seus recursos virtuais são dinamicamente atribuídos ou
retribuídos pelo cliente, conforme a sua demanda. É o modelo multi-inquilino (multi-tenancy),
que possibilita a adesão de novos clientes, em detrimento da oferta, pelos clientes atuais. Um
usuário em São Paulo pode contratar e acessar um serviço ofertado por uma empresa em
Belo Horizonte, que mantém os servidores em uma cidade na Índia.
Rapid Elasticy, ou Elasticidade Rápida, significa que a alocação de mais ou menos recursos
da nuvem ocorrerá com agilidade, provisionando e liberando, elasticamente, as demandas
solicitadas pelo usuário. Ao contratar um armazenamento de dados na nuvem, o espaço dis-
ponível para uso será imediatamente ajustado após a confirmação do pagamento.
Measured Service, ou Serviços Mensuráveis, significa que todos os serviços são controlados
e monitorados automaticamente pela nuvem, de maneira transparente para o usuário, sem
a necessidade de conhecimento técnico sobre a sua operação. É transparente para o usuário,
pois ele não precisa conhecer onde estão alocados os recursos computacionais contratados,
acessando apenas a interface para acesso.

Tipos de Nuvem

Conforme mencionado anteriormente, podemos classificar as nuvens, de acordo com a


infraestrutura ou seus usuários, em: privada, pública, híbrida ou comunidade (comunitária).
No modelo de Nuvem Privada, a infraestrutura é proprietária ou alugada por uma única
organização, para ser operada exclusivamente por ela mesma, podendo ser local ou remota.
A empresa aplica políticas de acesso aos serviços para os usuários cadastrados e autorizados.
A definição de Nuvem Pública indica que a infraestrutura pertence a uma organização
que vende serviços para o público em geral, podendo ser acessada por qualquer usuário que
conheça a localização do serviço, não sendo admitidas técnicas de restrição de acesso ou
autenticação.
No formato de Nuvem Híbrida, a infraestrutura é composta por, pelo menos, duas nuvens
que preservam as características originais do seu modelo, as quais estão interligadas por
uma tecnologia que possibilita a portabilidade de informações e de aplicações. Esse é o tipo
mais comum encontrado no mercado.
Na Nuvem Comunidade (Comunitária), a infraestrutura é compartilhada por diversas
organizações que, normalmente, possuem interesses comuns, como requisitos de segurança,
políticas, aspectos de flexibilidade e/ou compatibilidade.

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Organização FNA Pública
Híbrida
Privada

Comunitária

Organização X Organização Y Organização Z

Figura 12. De acordo com a natureza do acesso e dos interesses envolvidos, uma nuvem poderá ser do tipo
Pública, Privada, Híbrida ou Comunitária.

CONEXÕES

As conexões em informática visam estabelecer a troca de informações, dados e arquivos


através da comunicação entre computadores, ou entre computadores e outros dispositivos,
ou entre computadores e alguma rede. Essas conexões podem acontecer de algumas formas:

z Conexão paralela: comunicação entre computadores e periféricos, como, por exemplo,


uma impressora. Esse tipo de conexão vem sendo substituído pela conexão USB que é mais
rápida e versátil;
z Conexão USB (Universal Serial Bus): é o modelo de conexão mais comum atualmente pela
sua versatilidade, pois permite conectar diversos tipos de dispositivos, como mouses,
teclados e impressoras.
z Conexão wi-fi: é um modelo de conexão sem fio que permite e conexão à redes locais
(LAN) ou à internet, e é estabelecida dentro de uma área de cobertura que é liberada por
um roteador.

VIDEOCONFERÊNCIA (PRINCIPAIS APLICAÇÕES PARA REUNIÕES/


PALESTRAS/CURSOS REMOTOS)
CONHECIMENTOS GERAIS

Com a alta integração entre os dispositivos computacionais proporcionada pelas redes de


comunicação, a videoconferência tornou-se uma ferramenta essencial para reuniões e trei-
namentos remotos. Aproveitando-se dos recursos existentes nos dispositivos (como câmera
e microfone nos smartphones), qualquer usuário com um portátil poderá participar de uma
reunião remota ou criar as próprias transmissões.
Diferentes serviços e softwares oferecem recursos semelhantes para a realização de uma
videoconferência, que é essencialmente uma forma de comunicação síncrona. Nesse tipo de
comunicação, o emissor e o receptor estão conectados no mesmo canal e momento, para que
a troca de dados ocorra entre eles.
Uma videoconferência ou chamada de vídeo é a forma de comunicação mais completa
entre as possíveis nos aparelhos dos usuários.
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FORMA DE
TEXTOS ÁUDIO VÍDEO ARQUIVO TELAS SÍNCRONA
COMUNICAÇÃO
Chat X - - - - X
Chamada de áudio - X - - - X
Chamada de vídeo X X X X X X
Videoconferência X X X X X X
Reunião X X X X X X
Webinar X X X X X X
Aula ao vivo X X X - X X
Vídeo gravado X X X - X -

Podemos observar, na tabela anterior, que uma reunião e um webinar possuem as mesmas
características de uma chamada de vídeo ou videoconferência. A definição dessas formas de
comunicação varia de um fornecedor de software para outro, geralmente por critérios comer-
ciais. Vejamos a definição do Zoom, um dos mais populares softwares de videoconferências:

z Chamada de vídeo: formato que envolve um usuário como emissor e outro, como recep-
tor. É uma conexão ponto a ponto pela qual eles trocam informações entre si;
z Videoconferência: uma transmissão realizada por um ou mais apresentadores (anfi-
trião), além do público convidado, contando com alguns participantes (geralmente, algu-
mas dezenas);
z Reunião: apresenta as mesmas características de uma videoconferência, porém os partici-
pantes poderão assumir o destaque, apresentando suas telas e compartilhando arquivos. É
o formato mais comum para uso dentro de empresas entre os colaboradores;
z Webinar: transmissão para 100, 500, 1.000, 3.000, 5.000 ou 10.000 participantes, os quais
poderão apenas visualizar. O anfitrião ou palestrante poderá compartilhar tela, vídeo e
áudio em um webinar e os participantes podem usar as opções de chat ou de perguntas e
respostas para interagirem;
z Aula ao vivo: semelhante ao webinar, geralmente usa uma plataforma como Youtube,
Zoom ou Eduzz (Nutror), para interação síncrona entre professor e aluno;
z Vídeo gravado: armazenado na nuvem, permite o acesso assíncrono dos espectadores,
mas sem interação com o apresentador.

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A videoconferência é essencialmente uma transmissão streaming (como a Netflix), mas
com data e horário agendados. Quando a transmissão da chamada, da reunião ou da aula
permanece armazenada para acesso posterior, irá operar como uma streaming on demand,
que entregará o conteúdo solicitado pelos usuários a qualquer momento.
Ainda, vale mencionar que os áudios também podem ser entregues no formato streaming,
como é o caso dos podcasts e das transmissões de rádios AM/FM que migraram para a Internet.
Cada software de videoconferência utiliza uma forma de armazenamento para as trans-
missões que foram salvas. O Microsoft Teams armazena no OneDrive ou SharePoint, o Google
Meet armazena no Google Drive, o Zoom armazena em nuvem própria e assim por diante.
Vamos conhecer, a seguir, alguns dos principais recursos disponíveis para a realização das
chamadas e transmissões.

SKYPE

É um aplicativo capaz de realizar chamadas com áudio e vídeo entre dois computadores,
usando a Internet. Além disso, é capaz de realizar chamadas com áudio para telefones fixos
e celulares.
Após o fim do MSN Messenger, outros aplicativos passaram a oferecer recursos de comuni-
cação. O Skype, por exemplo, adquirido pela Microsoft, permite conversação de texto, bate-pa-
po com áudio, videoconferências, chamadas telefônicas de Skype para Skype gratuitamente
e realizar ligações telefônicas para aparelhos convencionais. Para a utilização de todos esses
recursos disponíveis, será necessário comprar créditos, o que possibilita, por exemplo, a rea-
lização de ligações internacionais para aparelhos convencionais.
Atualmente há várias opções para instalação do Skype em nosso dispositivo. Vejamos:

z Aplicativo para computador – Skype (pessoal);


z Aplicativo para computador – Skype for Business (integrante do Office 365);
z Aplicativo para smartphone e tablet.

Suas funcionalidades foram somadas ao Microsoft Lync e, atualmente, estão disponíveis


no Microsoft Teams.

Importante!
Os usuários desse software estão sendo migrados para o Microsoft Teams. Ainda apare-
CONHECIMENTOS GERAIS

cerá em editais de concursos, porém cada vez com menor frequência.

CISCO WEBEX

O Cisco Webex (anteriormente WebEx) é uma aplicação que existe desde 1995 e foi adqui-
rida pela Cisco em 2007. Cumpre destacar que seu software de web e videoconferência foi,
posteriormente, renomeado como Cisco Webex Meetings.
Organizar uma reunião no Cisco Webex é simples. Na página de perfil de usuário, sele-
cione Agendar e, em seguida, insira o título, a data e a hora da reunião, além dos endereços
de e-mail dos participantes. Depois disso, o aplicativo gera automaticamente um link e uma
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senha de ID da reunião e enviará um convite de calendário que inclui um número de dis-
cagem para os participantes que se juntam por telefone, além de um link para números de
discagem internacional para aproximadamente 50 (cinquenta) países.
Vale dizer que participar de uma reunião no Webex é menos intuitivo que em outros apli-
cativos de vídeo. O anfitrião poderá definir um lobby (sala de espera) e a transmissão será
no formato de reunião. Todos os participantes da reunião podem compartilhar suas telas;
no entanto, o anfitrião tem a opção de controlar quem pode ou não compartilhar arquivos e
telas durante a chamada. As transmissões serão armazenadas na nuvem da Cisco, para serem
acessadas posteriormente a partir de links compartilhados.

Importante!
Cisco Webex é um aplicativo corporativo pouco usado no Brasil. Você pode conhecer suas
funcionalidades por meio da página web do programa e sua interface pelo navegador.

WHATSAPP

O WhatsApp é um comunicador instantâneo incorretamente conhecido como rede social, ape-


sar de apresentar alguns princípios em comum com as redes sociais. O aplicativo pode ser aces-
sado de várias formas:

z WhatsApp aplicativo no smartphone;


z WhatsApp Web acessado pelo navegador de Internet (espelhamento);
z WhatsApp Desktop instalado no computador do usuário (espelhamento).

Por ser um aplicativo de mensagens, o espelhamento das mensagens, no WhatsApp Web


ou WhatsApp Desktop, está condicionado ao aplicativo do smartphone, que precisará conti-
nuar ativo enquanto estiver utilizando o navegador de Internet ou o programa instalado. Nas
próximas atualizações, essa restrição de sincronismo poderá ser eliminada.
Na versão WhatsApp Web, é possível ativar notificações na área de trabalho, para exibir
balões com o título da mensagem e remetente quando algum conteúdo é recebido. A notifi-
cação aparecerá na Área de Notificações do computador, próximo da data e hora na Barra
de Status.
O WhatsApp tem duas opções de instalação no smartphone: comum e Business. Vale men-
cionar que a versão Business oferece alguns recursos específicos para pequenas empresas,
como: catálogo de produtos, mensagens de respostas automatizadas, mensagens predefini-
das etc.
Ao enviar uma mensagem sem que o dispositivo esteja conectado à Internet, aparecerá um
relógio ao lado dela até que seja estabelecida uma conexão para o envio. Após alguns segun-
dos de tentativas, a mensagem poderá aparecer como “não enviada”, permitindo a tentativa
de reenvio. Arquivos enviados pelo WhatsApp possuem limite de 100MB, podendo-se enviar
PDFs, DOCX, imagens e vídeos. Além disso, mensagens e arquivos podem ser encaminhados
para até 5 (cinco) contatos ou grupos. Todavia, se a mensagem ou arquivo já foi recebido a
partir de um encaminhamento, poderá ser enviado para um novo contato, porém aparecerá
com o título “Encaminhada com frequência”. Nas mensagens, o usuário poderá digitar textos,
76 formatar (com símbolos como * * para negrito e _ _ para itálico), usar emojis (figurinhas de
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sentimentos, como emoticons J), figurinhas (animadas ou estáticas, a partir de arquivos GIF)
ou anexos .
Cabe destacar que o programa Telegram, comunicador instantâneo semelhante ao What-
sApp, oferece alguns recursos adicionais, como acesso aos arquivos e mensagens anteriores
de um grupo, além da opção para ocultar o número do celular do usuário na descrição do
perfil.
Tanto o WhatsApp como o Telegram permitem ligações de vídeo e pequenas reuniões. As
salas de vídeo podem compartilhar imagens da galeria de fotos do aparelho e possibilitam a
interação direta entre os poucos participantes conectados.

Importante!
O WhatsApp pode aparecer em três tipos de conteúdo programático: redes sociais, comu-
nicadores instantâneos e videoconferência. Como ele oferece recursos que atendem às
características básicas de cada categoria, possui grandes chances de ser alvo de questio-
namento pela banca examinadora.

GOOGLE TALK E GOOGLE HANGOUTS

Google Talk (GTalk) foi um serviço de mensagens instantâneas e de VoIP desenvolvido pela
empresa Google e baseado no protocolo aberto Jabber (também conhecido por XMPP). A ver-
são beta do Google Talk foi lançada no dia 24 de agosto de 2005, sendo, em 2013, substituído
pelo Google Hangouts.
O Google Hangouts era uma opção do G Suite, um pacote de produtividade dos produtos
Google comercializado para empresas. Permitia a conexão com as pessoas por meio de vídeo
HD, voz e texto. As transmissões poderiam ocorrer para várias pessoas simultaneamente,
semelhante ao Skype.
Participantes externos poderiam participar de um Hangout mesmo se não tivessem uma
conta do G Suite. Todos os streams de vídeo e áudio, no Hangouts, eram criptografados. Porém,
as interfaces pouco intuitivas do Talk e Hangout acabaram sendo melhoradas no Google Meet.

GOOGLE MEET

Google Meet é a junção dos outros softwares do Google que eram usados anteriormente
CONHECIMENTOS GERAIS

para chat, áudio e vídeo. Até 30 de setembro de 2020, os recursos avançados de videoconfe-
rência do Google Meet, como reuniões maiores (até 250 participantes), transmissão ao vivo e
gravação estavam gratuitos para todos os clientes do G Suite.
O número máximo de participantes em uma videochamada depende da edição do G Suite,
podendo variar de 100 a 250 participantes simultâneos.

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A ideia por trás dos softwares do Google era a de separar as chamadas de áudio no Talk,
as chamadas de vídeo no Hangout e as reuniões no Meet. Entretanto, essas funcionalidades
individuais acabaram sendo reunidas no aplicativo Google Meet.
No Google Meet, que é muito popular nas escolas que adotam a solução Google Education,
professores/apresentadores podem compartilhar vídeos do Youtube, áudios, vídeos de sua
câmera, arquivos de seu dispositivo e interagir com os alunos por meio de recursos multi-
mídia ou chat. As transmissões poderão ser gravadas e serão armazenadas no Google Drive.

Google Drive

O Google Drive, que antes se chamou Google Disco, incorporou as funcionalidades do Goo-
gle Docs e mais o armazenamento de arquivos na nuvem.
Para acesso aos aplicativos, é exigida uma senha de conta Google, como o Gmail. O endere-
ço de acesso é http://drive.google.com.
É possível instalar aplicativos no computador (link para o Google Drive) e nos smartphones
e tablets. Na opção instalada no smartphone ou tablet, temos os recursos de compartilhamento
de arquivos na nuvem, visualização de arquivos acessados pelo dispositivo e transferência de
dados para outros aplicativos.
Usuários de contas Google corporativas ou educacionais possuem recursos extras, assim
como o Microsoft Teams. Em concursos públicos, as bancas costumam abordar os conceitos
básicos válidos para as contas Google comuns.

YOUTUBE

Outro produto do Google, o site de vídeos Youtube é muito popular, porém não é o único.
Existem outras opções, como o Vimeo, que é muito usado para videoaulas de cursos online.
O Youtube permite a criação de um perfil, canais de vídeos, listas de reprodução e trans-
missões ao vivo. Associado a uma conta Google, assim como no Google Drive, o usuário pode-
rá navegar no site e acessar vídeos que estejam com alguma restrição específica quando
possível. Ainda, poderá criar um canal e publicar os seus vídeos, tendo acesso a ferramentas
de edição online, permitindo a personalização do conteúdo.
Na página inicial, aparecerão as propagandas de canais, os últimos vídeos dos canais que
você está inscrito, além de canais recomendados (sugeridos a partir dos canais nos quais
você se inscreveu).
Os vídeos poderão ser programados pelo usuário para serem postados:

z Imediatamente: após o carregamento do vídeo, ele é disponibilizado publicamente para


os visitantes da página;
z Programado: o vídeo poderá ser programado, com horários escolhidos em data e a cada
15 minutos;
z Programado com estreia: o vídeo será programado e uma prévia será disponibilizada no
canal com contagem regressiva para o horário que ele será disponibilizado;
z Privado: o vídeo será publicado, mas apenas quem estiver inscrito no canal com permis-
sões de acesso (como os membros) poderão visualizar o vídeo;
z Não listado: o vídeo é publicado na plataforma e apenas quem possui o link poderá aces-
78 sá-lo. O vídeo não aparecerá nas buscas do Youtube e na página do canal;
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z Ao vivo: a transmissão será realizada simultaneamente com a sua gravação, ou seja, o
Youtube acessa a câmera do dispositivo, transmite o vídeo e armazena a transmissão quan-
do finalizada.

O usuário do Youtube poderá organizar, em seu canal, uma playlist. Como usuário comum,
os vídeos que ele der “gostei” são adicionados na playlist “Vídeos que eu gostei”. Ainda como
usuário comum, poderá criar novas playlists e, nos vídeos que Salvar, escolher o destino. Já
como produtor do canal, os vídeos que direcionar para montagem de uma playlist facilitarão
a divulgação do conteúdo relacionado.

Vídeo sendo reproduzido: barra de progresso

Pré-carregado
Atual (0:59) Tempo total (16:50)

Tela inteira (f)


Pausa (k)
Modo Teatro (t)
Próximo vídeo (Shift+N) Atual/Total
Miniplayer (i)
Detalhes
Volume (ativo)
pressionar (m) para mundo
Reprodução automática

Nos controles do vídeo, temos:

z Pausa (atalho tecla k): pausa temporariamente a reprodução do vídeo. Quando pausado,
o ícone muda para Reproduzir;
z Próximo vídeo (atalho Shift+N): interrompe a reprodução do vídeo atual e inicia o pró-
ximo vídeo que foi definido na playlist do criador do conteúdo, ou um vídeo relacionado
sugerido pelo Youtube;
z Sem áudio (atalho tecla m): o vídeo continuará sendo reproduzido, porém sem áudio.
Para “reproduzir o som”, acione novamente o ícone. Quando a barra de controle possui
espaço para exibição, é mostrada a escala de volume (controle deslizante);
z Atual/Total: exibe o tempo atual da reprodução e o total de tempo do vídeo;
z Reprodução automática: quando ativado (para a direita), o próximo vídeo será reprodu-
zido ao terminar a exibição do atual. Se estiver desativado, ao término do vídeo, não será
executado um novo vídeo e apenas miniaturas de vídeos serão exibidas para o usuário
CONHECIMENTOS GERAIS

escolher.

INSTAGRAM

Rede social destinada ao compartilhamento de fotos, vídeos e outros conteúdos, sendo,


atualmente, posse do Facebook. Para participar da rede, o usuário pode criar um perfil inde-
pendente ou associá-lo a uma conta Facebook. Várias contas podem ser criadas pelo mesmo
usuário e, quando for utilizar, ele pode escolher o perfil que deseja para aquela sessão.
Os posts poderão ser realizados na timeline, nos stories ou por meio de transmissões.
As transmissões poderão ser na forma “ao vivo”, ou no formato de vídeos curtos (Reels),
79
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disponibilizadas tanto no feed do perfil como na página do IGTV (Instagram TV). Conforme se
pode observar, o Instagram compartilha vários conceitos de outras redes sociais, porém com
nomes próprios, para se diferenciar.
Em uma das últimas atualizações, integrou o sistema de mensagens com a plataforma
Facebook Messenger, facilitando a comunicação com clientes pelos perfis de empresas. Todas
as mensagens recebidas em páginas de Facebook, Facebook Messenger e Instagram Messen-
ger foram reunidas em um hub na página de mensagens do Facebook Business.
Vejamos, com mais detalhes, aspectos relativos às suas funcionalidades:

z : criação de vídeos curtos para Reels. Eles são exibidos com destaque no
Explorar para outros usuários;
z Reels: vídeos curtos são postados nesta categoria;

z : criação de postagem que permanecerá armazenada no IGTV (Insta-


gram TV);

z : transmissão ao vivo do perfil do usuário, que poderá ter outros participan-


tes autorizados pelo dono do perfil a compartilhar a transmissão. Durante a transmissão,
selos podem ser usados, além de uma funcionalidade que permite comentários. Os comen-
tários podem ser fixados ou ocultados;
z IGTV: vídeos longos e transmissões ao vivo que foram salvas e disponibilizadas no IGTV.

PESQUISA NA WEB (CONFIABILIDADE, BUSCADORES)

Os navegadores de Internet reconhecem os protocolos da família TCP/IP, os quais permitem


a comunicação entre os dispositivos nas redes de computadores. São exemplos de protocolos de
transferência de dados: HTTP (hipertextos), HTTPS (hipertextos de forma segura), FTP (arquivos),
SMTP (mensagens de correio eletrônico), NNTP (grupos de discussão e notícias), entre outros.
Ao navegar na Internet com um navegador ou browser, o usuário está em uma sessão de
navegação. A sessão de navegação poderá ser em janelas ou em guias dentro das janelas.
As guias ou abas podem ser iniciadas com o clique em links das páginas visitadas, ou cli-
que no link enquanto mantém a tecla CTRL pressionada, ou atalho de teclado Ctrl+T para
nova guia em branco, ou clique no link com o botão direito do mouse para acessar o menu de
contexto e escolher a opção “Abrir link em nova guia”. As guias ou abas podem ser fechadas
com o atalho de teclado Ctrl+W ou Ctrl+F4.
A janela de navegação “normal” é aberta com o atalho de teclado Ctrl+N, ou clique no link
enquanto mantém a tecla SHIFT pressionada, ou clique no link com o botão direito do mouse
para acessar o menu de contexto e escolher a opção “Abrir link em nova janela”. A janela
poderá ser fechada com o atalho de teclado Alt+F4. Se houver várias guias abertas na janela,
com o atalho de teclado Alt+F4 todas serão fechadas.
Para reabrir uma guia ou janela que foi fechada, pressione o atalho de teclado Ctrl+Shift+T.
Os navegadores de Internet permitem a continuação da navegação nas guias que estavam
abertas na última sessão. Alterando as configurações do navegador, na próxima vez que ele
for executado, exibirá as últimas guias que foram acessadas na última sessão.
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Os navegadores de Internet não permitem a edição de arquivos PDF de forma nativa. O
formato PDF é o mais popular para distribuição de conteúdo na Internet e pode ser editado
por aplicativos específicos, como o Microsoft Word.
Os navegadores de Internet possuem mecanismos internos que procuram proteger a
navegação do usuário por sites, alertando sobre sites que tenham conteúdo malicioso, down-
load automático de códigos, arquivos que são potencialmente perigosos se executados, entre
outras medidas.

Importante!
Os navegadores possuem mais recursos em comum do que diferenças. As bancas costumam
perguntar os itens que são diferentes ou exclusivos.

Microsoft Edge

Navegador multiplataforma da Microsoft, padrão no Windows 10, atualmente é desenvolvido


sobre o kernel (núcleo) Google Chromium, o que traz uma série de itens semelhantes ao Google
Chrome. Integrado com o filtro Microsoft Defender SmartScreen, permite o bloqueio de sites que
contenham phishing (códigos maliciosos que procuram enganar o usuário, como páginas que
pedem login/senha do cartão de crédito).
Outro recurso de proteção é usado para combater vulnerabilidades do tipo XSS (cross-
-site-scripting), que favorecem o ataque de códigos maliciosos ao compartilhar dados entre
sites sem permissão do usuário. Ele substituiu o aplicativo Leitor, tornando-se o visualizador
padrão de arquivos PDFs no Windows 10. Foram adicionados recursos que permitem “Dese-
nhar” sobre o conteúdo do PDF.
Além disso, mantém as características dos outros navegadores de Internet, como a possi-
bilidade de instalação de extensões ou complementos, também chamados de plugins ou add-
-ons, que permitem adicionar recursos específicos para a navegação em determinados sites.
As páginas acessadas poderão ser salvas para acessar off-line, marcadas como preferidas
em Favoritos, consultadas no Histórico de Navegação ou salvas como PDF no dispositivo do
usuário.
Coleções, no Microsoft Edge é um recurso exclusivo que permite que a navegação inicie
em um dispositivo e continue em outro dispositivo logado na mesma conta Microsoft. Seme-
lhante ao Google Contas, mas nomeado como Coleções, no Edge, permite adicionar sugestões
do Pinterest.
CONHECIMENTOS GERAIS

Outro recurso específico do navegador é a reprodução de miniaturas de vídeos ao pesqui-


sar no site Microsoft Bing (buscador da Microsoft).

Internet Explorer

Foi o navegador padrão dos sistemas Windows e encerrou na versão 11. Alguns concursos
ainda o questionam. Suas funcionalidades foram mantidas no Microsoft Edge, por questões
de compatibilidade.
A compatibilidade é um princípio no desenvolvimento de substitutos para os programas,
que determina que a nova versão ou novo produto terá os recursos e irá operar como as ver-
sões anteriores ou produtos de origem. 81
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O atalho de teclado para abrir uma nova janela de navegação InPrivate é Ctrl+Shift+P.
As Opções de Internet, disponível no menu Ferramentas, podem ser acessadas pelo Painel
de Controle do Windows, devido à alta integração do navegador com o sistema operacional.

Mozilla Firefox

O Mozilla Firefox é o navegador de Internet que, como os demais browsers, possibilita o


acesso ao conteúdo armazenado em servidores remotos, tanto na Internet como na Intranet.
É um navegador com código aberto, software livre, que permite download para estudo e
modificações. Possui suporte ao uso de applets (complementos de terceiros), que são instala-
dos por outros programas no computador do usuário, como o Java.
Oferece o recurso Firefox Sync, para sincronização de dados de navegação, semelhante ao
Microsoft Contas e Google Contas dos outros navegadores. Entretanto, caso utilize o modo de
navegação privativa, esses dados não serão sincronizados.
Assim como nos outros navegadores, é possível definir uma página inicial padrão, uma
página inicial escolhida pelo usuário (ou várias páginas) e continuar a navegação das guias
abertas na última sessão.
No navegador Firefox, o recurso Captura de Tela permite copiar, para a Área de Trans-
ferência do computador, parte da imagem da janela que está sendo acessada. A seguir, em
outro aplicativo o usuário poderá colar a imagem capturada ou salvar diretamente pelo
navegador.
Snippets fazem parte do navegador Firefox. Eles oferecem pequenas dicas para que você
possa aproveitar ao máximo o Firefox. Também pode aparecer novidades sobre produtos
Firefox, missão e ativismo da Mozilla, notícias sobre integridade da internet e muito mais.

Google Chrome

O navegador mais utilizado pelos usuários da Internet é oferecido pela Google, que man-
tém serviços, como Buscas, E-mail (Gmail), vídeos (Youtube), entre muitos outros. Uma das
pequenas diferenças desse navegador em relação aos outros navegadores é a tecla de atalho
para acesso à Barra de Endereços, que, nos demais, é F4 e, nele, é F6. Outra diferença é o aces-
so ao site de pesquisas Google, que oferece a pesquisa por voz se você acessar pelo Google
Chrome.
Outro recurso especialmente útil do Chrome é o Gerenciador de Tarefas, acessado pelo
atalho de teclado Shift+Esc. Quando guias ou processos do navegador não estiverem respon-
dendo, o gerenciador de tarefas poderá finalizar, sem finalizar todo o programa.
Alguns recursos do navegador são “emprestados” do site de buscas, como a tradução auto-
mática de páginas pelo Google Tradutor.
É possível compartilhar o uso do navegador com outras pessoas no mesmo dispositivo, de
modo que cada uma tenha as próprias configurações e arquivos. O navegador Google Chro-
me possui níveis diferentes de acessos, que podem ser definidos quando o usuário conecta
ou não em sua conta Google.

z Modo Normal: sem estar conectado na conta Google, o navegador armazena localmente
as informações da navegação para o perfil atual do sistema operacional. Todos os usuários
82 do perfil poderão consultar as informações armazenadas;
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z Modo Normal conectado na conta Google: o navegador armazena localmente as infor-
mações da navegação e sincroniza com outros dispositivos conectados na mesma conta
Google;
z Modo Visitante: o navegador acessa a Internet, mas não acessa as informações da conta
Google registrada;
z Modo de Navegação Anônima: o navegador acessa a Internet e apaga os dados acessados
quando a janela é fechada.

O navegador Google Chrome, quando conectado em uma conta Google, permite que a exclu-
são do histórico de navegação seja realizada em todos os dispositivos conectados. Essa funcio-
nalidade não estará disponível caso não esteja conectado na conta Google.
Um dos atalhos de teclado diferente no Google Chrome, em comparação aos demais nave-
gadores, é F6. Para acessar a barra de endereços nos outros navegadores, pressione F4. No
Google Chrome, o atalho de teclado é F6.
Para verificar a versão atualmente instalada do Chrome, acesse no menu a opção “Ajuda”
e, depois, “Sobre o Google Chrome”. Se houver atualizações pendentes, elas serão instaladas.
Se as atualizações foram instaladas, o usuário poderá reiniciar o navegador. Caso o navega-
dor seja reiniciado, ele retornará nos mesmos sites que estavam abertos antes do reinício,
com as mesmas credenciais de login.
O Google Chrome permite a personalização com temas, que são conjuntos de imagens e
cores combinadas para alterar a visualização da janela do aplicativo

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

TÍTULO I — DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º O Município de São Paulo, parte integrante da República Federativa do Brasil e do Esta-
do de São Paulo, exercendo a competência e a autonomia política, legislativa, administrativa
e financeira, asseguradas pela Constituição da República, organiza-se nos termos desta Lei.
Parágrafo único. São símbolos do Município a bandeira, o brasão e o hino.

A lei orgânica é a Lei Maior do município, responsável pela estruturação e organização


do respectivo ente federativo, prevendo normas acerca dos Poderes Executivo e Legislativo,
organização administrativa, servidores públicos, dentre outros diversos temas de competên-
CONHECIMENTOS GERAIS

cia da cidade.
A Constituição da República Federativa do Brasil prevê no caput, do seu respectivo art. 29,
que o município será regido por sua lei orgânica, documento em que também deverão estar
previstos os princípios estabelecidos no Texto Constitucional.
O art. 1º, da Lei Orgânica do Município de São Paulo, introduz esse referido ente dentro
da Federação brasileira, além de conferir autonomia política, legislativa, administrativa e
financeira.
Autonomia significa a liberdade que possui o ente federativo para exercer suas compe-
tências, porém dentro dos limites estabelecidos pela Constituição da República Federativa do

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Brasil. Deste modo, a autonomia se difere da soberania, significando esta última o poder de
autodeterminação pleno — soberania essa que não cabe ao município de São Paulo.
O parágrafo único estabelece que a bandeira, o brasão e o hino são os símbolos do município
de São Paulo.

Art. 2º A organização do Município observará os seguintes princípios e diretrizes:


I - a prática democrática;
II - a soberania e a participação popular;
III - a transparência e o controle popular na ação do governo;
IV - o respeito à autonomia e à independência de atuação das associações e movimentos
sociais;
V - a programação e o planejamento sistemáticos;
VI - o exercício pleno da autonomia municipal;
VII - a articulação e cooperação com os demais entes federados;
VIII - a garantia de acesso, a todos, de modo justo e igual, sem distinção de origem, raça, sexo,
orientação sexual, cor, idade, condição econômica, religião, ou qualquer outra discriminação,
aos bens, serviços, e condições de vida indispensáveis a uma existência digna;
IX - a acolhida e o tratamento igual a todos os que, no respeito da lei, afluam para o Município;
X - a defesa e a preservação do território, dos recursos naturais e do meio ambiente do
Município;
XI - a preservação dos valores históricos e culturais da população.
XII - a moralidade administrativa;
XIII - a idoneidade dos agentes e dos servidores públicos.

Os princípios são a base de todo sistema; por meio deles, são representados valores a serem
observados pela Administração Pública. Por sua vez, as diretrizes apontam o caminho a ser
perseguido, estabelecendo as estratégias para que sejam alcançados os objetivos.

Art. 3º Esta lei estabelece normas auto-aplicáveis, excetuadas aquelas que expressamente
dependam de outros diplomas legais ou regulamentares.

Normas autoaplicáveis são aquelas executadas imediatamente, sem a necessidade da cria-


ção de outra lei posterior para produzir efeitos.
O art. 3º estabelece que, a rigor, as normas estabelecidas na presente lei orgânica são
autoaplicáveis. Além disso, prevê como exceções exatamente aquelas que dependam de
outros diplomas, o que encerra o próprio conceito de norma autoaplicável.

Art. 4º O Município, respeitados os princípios fixados no art. 4º da Constituição da República,


manterá relações internacionais, através de convênios e outras formas de cooperação.

No art. 4º, temos a previsão de relações internacionais com o município de São Paulo,
seguindo os princípios estabelecidos no art. 4º, da Constituição da República Federativa do
Brasil.

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TÍTULO II — DO PODER MUNICIPAL

Art. 5º O Poder Municipal pertence ao povo, que o exerce através de representantes eleitos
para o Legislativo e o Executivo, ou diretamente, segundo o estabelecido nesta Lei.
§ 1º O povo exerce o poder:
I - pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto;
II - pela iniciativa popular em projetos de emenda à Lei Orgânica e de lei de interesse específico
do Município, da cidade ou de bairros;
III - pelo plebiscito e pelo referendo.
§ 2º Os representantes do povo serão eleitos através dos partidos políticos, na forma prevista
no inciso I do parágrafo anterior.

O primeiro ponto importante a ser identificado nesse artigo é a menção de que o poder
pertence ao povo, ou seja, o conceito de democracia.
O segundo ponto importante diz respeito à forma de exercer essa democracia, podendo
ser direta (participativa) ou indireta (representativa).
Em geral, os países escolheram o modelo de democracia indireta — por meio da qual os repre-
sentantes são eleitos pelo povo para exercer o poder em seu nome.
Excepcionalmente, ainda existem modelos de democracia direta, ou seja, o povo fazendo
as escolhas políticas diretamente, sem intermediários. No Brasil, a democracia direta é exer-
cida por meio da iniciativa popular, pelo plebiscito e pelo referendo, conforme previsto na
República Federativa do Brasil.
No presente art. 5º, o inciso I, do § 1º, estabelece a democracia indireta, ao passo que os
incisos II e III preveem os institutos de democracia direta.
Por sua vez, o § 2º repete norma da CF, de 1988: a de que os representantes deverão ser
filiados a partido político.

Art. 6º Os poderes Executivo e Legislativo são independentes e harmônicos, vedada a delega-


ção, de poderes entre si.
Parágrafo único. O cidadão investido na função de um dos poderes não poderá exercer a de
outro, salvo as exceções previstas nesta Lei.

No art. 6º, temos previsão de independência e harmonia entre os Poderes, refletidas pelo sis-
tema de freios e contrapesos, por meio do qual um Poder não interfere na função típica do outro,
cabendo o controle mútuo, dentro dos limites estabelecidos pela CF, de 1988.
CONHECIMENTOS GERAIS

O detalhe fica por conta da ausência do Poder Judiciário nos municípios brasileiros, exis-
tindo apenas o Executivo e o Legislativo.

Art. 7º É dever do Poder Municipal, em cooperação com a União, o Estado e com outros Muni-
cípios, assegurar a todos o exercício dos direitos individuais, coletivos, difusos e sociais esta-
belecidos pela Constituição da República e pela Constituição Estadual, e daqueles inerentes às
condições de vida na cidade, inseridos nas competências municipais específicas, em especial
no que respeita a:
I - meio ambiente humanizado, sadio e ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
povo, para as presentes e futuras gerações;
II - dignas condições de moradia;
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III - locomoção através de transporte coletivo adequado, mediante tarifa acessível ao usuário;
IV - proteção e acesso ao patrimônio histórico, cultural, turístico, artístico, arquitetônico e
paisagístico;
V - abastecimento de gêneros de primeira necessidade;
VI - ensino fundamental e educação infantil;
VII - acesso universal e igual à saúde;
VIII - acesso a equipamentos culturais, de recreação e lazer.
Parágrafo único. A criança e o adolescente são considerados prioridade absoluta do Município.

O art. 7º impõe ao município assegurar a todos o exercício dos direitos previstos na Consti-
tuição Federal. Para isto, estabelece a cooperação entre o município de São Paulo e os demais
entes federativos.

Art. 8º O Poder Municipal criará, por lei, Conselhos compostos de representantes eleitos ou
designados, a fim de assegurar a adequada participação de todos os cidadãos em suas decisões.
Parágrafo único. É vedado o exercício da função de representante ou conselheiro por pessoas
que incidam nos casos de inelegibilidade, nos termos da legislação federal, inclusive nos Con-
selhos Tutelares e Municipais.

Os conselhos municipais são instrumentos de participação ativa dos cidadãos na elabo-


ração de políticas públicas. Têm previsão no inciso XII, art. 29, da CF, de 1988, em que está
prevista a cooperação das associações representativas no planejamento municipal.
Esses referidos conselhos são compostos por representantes da Prefeitura Municipal de
São Paulo e da sociedade civil.

Art. 9º A lei disporá sobre:


I - o modo de participação dos Conselhos, bem como das associações representativas, no pro-
cesso de planejamento municipal e, em especial, na elaboração do Plano Diretor, do Plano
Plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual;
II - a fiscalização popular dos atos e decisões do Poder Municipal e das obras e serviços
públicos;
III - a participação popular nas audiências públicas promovidas pelo Legislativo ou pelo
Executivo.

A lei criará os mencionados Conselhos Municipais e disporá sobre o modo de participação


deles no planejamento municipal.
Além disso, a legislação também irá prever o modo por meio do qual será realizada a
fiscalização exercida pela população sobre os atos do município, bem como a participação
popular nas audiências públicas.

Art. 10 O Legislativo e o Executivo tomarão a iniciativa de propor a convocação de plebiscitos


antes de proceder à discussão e aprovação de obras de valor elevado ou que tenham significa-
tivo impacto ambiental, segundo estabelecido em lei.

O plebiscito é instrumento de participação direta da vontade popular. Trata-se de uma


consulta prévia à população sobre a tomada de alguma decisão.
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Por meio do art. 10, ambos os Poderes municipais deverão convocar plebiscitos antes de
discutir e de aprovar obras de valor elevado ou de significativo impacto ambiental.

Art. 11 Qualquer munícipe, partido político, associação ou entidade é parte legítima para
denunciar irregularidades à Câmara Municipal ou ao Tribunal de Contas, bem como aos
órgãos do Poder Executivo.

No art. 11, temos previsão de denúncia de irregularidades à Câmara Municipal, ao Tribu-


nal de Contas e aos órgãos do Executivo, que poderá ser realizada por qualquer munícipe,
partido político, associação ou entidade.

TÍTULO III — DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

Capítulo I — Do Poder Legislativo

z Seção I — Da Câmara Municipal

Art. 12 O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal, composta de 55 (cinquenta e


cinco) Vereadores eleitos dentre os cidadãos maiores de 18 (dezoito) anos e no exercício dos
direitos políticos.

O Legislativo do município é unicameral, composto por apenas uma única casa legislativa,
que é a Câmara Municipal, composta por 55 vereadores.
O número de vereadores é calculado tendo como base o tamanho da população no muni-
cípio. Assim, de acordo com a alínea “x”, inciso IV, art. 29, da CF, de 1988, nos municípios com
mais de oito milhões de habitantes, existirão 55 vereadores, sendo este o número máximo
previsto no Texto Constitucional.

Art. 13 Cabe à Câmara, com sanção do Prefeito, não exigida esta para o especificado no artigo
14, dispor sobre as matérias de competência do Município, especialmente:
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
II - suplementar a legislação federal e estadual, no que couber;
III - legislar sobre tributos municipais, bem como autorizar isenções, anistias fiscais e remis-
são de dívidas;
IV - votar o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual, bem como
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autorizar a abertura de créditos suplementares e especiais;


V - deliberar sobre obtenção e concessão de empréstimos e operações de crédito, bem como
sobre a forma e os meios de pagamento;
VI - autorizar a concessão de auxílios e subvenções;
VII - autorizar a concessão de serviços públicos;
VIII - autorizar a concessão do direito real de uso de bens municipais;
IX - autorizar a concessão administrativa de uso de bens municipais;
X - autorizar a alienação de bens imóveis municipais, exceptuando-se as hipóteses previstas
nesta Lei Orgânica;
XI - autorizar a aquisição de bens imóveis, salvo quando se tratar de doação sem encargos;

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XII - criar, organizar e suprimir distritos e subdistritos, observadas as legislações estadual e
municipal;
XIII - criar, alterar, e extinguir cargos, funções e empregos públicos e fixar a remuneração da
administração direta, autárquica e fundacional;
XIV - aprovar as diretrizes gerais de desenvolvimento urbano, o Plano Diretor, a legislação de
controle de uso, de parcelamento e de ocupação do solo urbano;
XV - dispor sobre convênios com entidades públicas, particulares e autorizar consórcios com
outros municípios;
XVI - criar, estruturar e atribuir funções às Secretarias e aos órgãos da administração pública;
XVII - autorizar, nos termos da lei, a alteração de denominação de próprios, vias e logradou-
ros públicos.
XVIII - legislar sobre a criação, organização e funcionamento de Conselhos e Comissões;
XIX - delimitar o perímetro urbano e o de expansão urbana;
XX - aprovar o Código de Obras e Edificações;
XXI - denominar as vias e logradouros públicos, obedecidas as normas urbanísticas aplicáveis.

O art. 13 traz temas que serão objetos de leis mediante deliberações da Câmara Municipal,
uma vez que seu caput exige a sanção do prefeito.
É importante ressaltar que os temas abordados são de competência do município, não
invadindo as demais competências estadual e federal.

Art. 14 Compete privativamente à Câmara Municipal:


I - eleger sua Mesa, bem como destituí-la, na forma regimental;
II - elaborar o seu Regimento Interno;
III - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extin-
ção dos cargos, empregos e funções de seus serviços e fixação da respectiva remuneração,
observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;
IV - dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito, conhecer de sua renúncia e afastá-los, definitiva-
mente, do exercício do cargo, nos termos desta Lei;
V - conceder licença, para afastamento, ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos Vereadores;
VI - fixar, por lei de sua iniciativa, para cada exercício financeiro, os subsídios do Prefeito,
Vice-Prefeito e Secretários Municipais, limitados a 90,25% (noventa inteiros e vinte e cinco
centésimos por cento) do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, bem
como, para viger na legislatura subsequente, o subsídio dos Vereadores, observada para estes
a razão de no máximo 75% (setenta e cinco por cento) daquele estabelecido, em espécie, para
os Deputados Estaduais, respeitadas as disposições dos arts. 37, incisos X e XI e § 12, 39, § 4º e
57, § 7º, da Constituição Federal, assegurados, independentemente de lei específica, os direitos
previstos nos incisos VIII e XVII do art. 7º da Constituição Federal, considerando-se mantido o
subsídio vigente, na hipótese de não se proceder à respectiva fixação na época própria, atuali-
zado o valor monetário conforme estabelecido em lei municipal específica;
VII - autorizar o Prefeito a ausentar-se do Município por mais de 15 (quinze) dias consecutivos;
VIII - criar Comissões Parlamentares de Inquérito, nos termos do art. 33;
IX - convocar os Secretários Municipais ou responsáveis pela administração direta e indireta
para prestar informações sobre matéria de sua competência, sem prejuízo do disposto no art.
32, § 2º, inciso IV, sob pena de censura pública e outras penalidades vigentes no ordenamento
em caso de ausência sem justificação adequada;
88 X - autorizar a convocação de referendo e plebiscito, exceto os casos previstos nesta Lei;
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XI - decidir sobre a perda do mandato de Vereador, ressalvado o disposto no art. 18, § 3º;
XII - tomar e julgar as contas do Prefeito, da Mesa da Câmara Municipal e do Tribunal de
Contas do Município;
XIII - zelar pela preservação de sua competência legislativa, sustando os atos normativos do
Executivo que exorbitem do poder regulamentar;
XIV - julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores, nos casos previstos nesta Lei;
XV - fiscalizar e controlar diretamente os atos do Poder Executivo, incluídos os da administra-
ção indireta, acompanhando sua gestão e avaliando seu resultado operacional, com o auxílio
do Tribunal de Contas do Município, sempre que solicitado;
XVI - escolher 3 (três) dos membros do Tribunal de Contas do Município, após arguição em
sessão pública;
XVII - aprovar previamente, após arguição em sessão pública, a escolha dos titulares dos car-
gos de Conselheiros do Tribunal de Contas, indicados pelo Prefeito;
XVIII - exercer a fiscalização financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Municí-
pio, auxiliada, quando solicitado, pelo Tribunal de Contas do Município;
XIX - conceder título de cidadão honorário ou qualquer outra honraria ou homenagem à pes-
soa que reconhecidamente tenha prestado serviço ao Município, mediante decreto legislativo
aprovado pelo voto de, no mínimo 2/3 (dois terços) de seus membros;
XX - proceder à tomada de contas do Prefeito por meio de Comissão Especial quando não apre-
sentadas à Câmara no prazo e forma estabelecidas na Lei;
XXI - criar, organizar e disciplinar o funcionamento dos Conselhos e Comissões da Câmara
Municipal;
XXII - votar moção de censura pública aos Secretários Municipais e aos Subprefeitos em rela-
ção ao desempenho de suas funções.

Por sua vez, diferentemente do artigo anterior, o art. 14 enumera temas que serão discuti-
dos pela Câmara Municipal, mas que não irão demandar a sanção do prefeito.
Nesse caso, do resultado dessas referidas deliberações serão extraídas resoluções expedi-
das diretamente pela câmara, e não de leis, conforme especificado no citado art. 13.

z Seção II — Dos Vereadores

Art. 15 No primeiro ano de cada legislatura, no dia 1º de janeiro, às 15 (quinze) horas, em ses-
são de instalação, independente de número, sob a presidência do Vereador mais idoso dentre
os presentes, os Vereadores prestarão compromisso e tomarão posse.
§ 1º No ato da posse os Vereadores deverão desincompatibilizar-se e, na mesma ocasião, bem
CONHECIMENTOS GERAIS

como ao término do mandato, deverão fazer a declaração pública de seus bens, a ser transcri-
ta em livro próprio, constando de ata o seu resumo, e publicada no Diário Oficial do Município,
no prazo máximo de 30 (trinta) dias.
§ 2º O Vereador que não tomar posse, na sessão prevista neste artigo, deverá fazê-lo no prazo
de 15 (quinze) dias, ressalvados os casos de motivo justo e aceito pela Câmara.

A posse dos vereadores eleitos ocorrerá no dia 1º de janeiro, às 15h.


É importante registrar que a sessão de posse não é presidida pelo presidente da câmara,
até porque essa figura ainda não existe, tendo em vista ser o primeiro ano de mandato dos

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vereadores eleitos. Sendo assim, a sessão de posse será presidida pelo vereador mais idoso,
conforme deixa claro o caput, do art. 15.
No ato de posse, os mandatários entregam declarações de bens, sendo publicadas em até
30 dias após a data da posse. No final do mandato, farão outra declaração. A finalidade é
acompanhar a evolução patrimonial do vereador, que deve ser compatível com seus ganhos,
sob pena de enriquecimento ilícito.
Além disso, se o vereador não comparecer à sessão de posse, ainda o poderá fazer em até
15 dias após a data. Após esse prazo, deverá justificar perante a câmara a sua inércia.

Art. 16 Os Vereadores gozam de inviolabilidade por suas opiniões, palavras e votos no exercí-
cio do mandato, na circunscrição do Município.
Parágrafo único. Os Vereadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebi-
das ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram
ou deles receberam informações.

O art. 16 trata da imunidade parlamentar do vereador, que será inviolável por suas opi-
niões, palavras e votos.
No entanto, essa imunidade não é absoluta, devendo ser circunscrita à área territorial do
município de São Paulo, além de limitada à atuação parlamentar do vereador.
O parágrafo único retira do vereador a obrigatoriedade de testemunhar sobre fatos acerca
dos quais tomou conhecimento em razão de sua atuação parlamentar.

Art. 17 O Vereador não poderá:


I - desde a expedição do diploma:
a) firmar ou manter contrato com órgãos da administração direta, autarquia, empresa pública,
sociedade de economia mista, fundação instituída ou mantida pelo Poder Público, ou empresa
concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer à cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que seja demissí-
vel “ad nutum”, nas entidades constantes da alínea anterior, ressalvado o disposto na Consti-
tuição da República e nesta Lei;
II - desde a posse:
a) ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contra-
to com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que seja demissível “ad nutum”, nas entidades referidas no inciso
I, alínea “a”, deste artigo, ressalvado o disposto na Constituição da República e nesta Lei;
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I,
alínea “a”, deste artigo;
d) ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo em qualquer nível.

O art. 17 trata de vedações aplicáveis ao vereador. A atenção do candidato deve estar foca-
da nos respectivos incisos, pois as proibições contidas no inciso I se iniciarão da expedição do
diploma; as demais, previstas no inciso II, terão início a partir da data da posse.

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Dica
Diplomação é formalidade existente no processo legislativo. Assim, após a declaração
oficial dos eleitos, eles serão diplomados perante a Justiça Eleitoral antes da posse.
Assim, a diplomação ocorre no mês de dezembro do ano eleitoral, significando que o pro-
cesso eleitoral aconteceu de maneira lícita.

Art. 18 Perderá o mandato o Vereador:


I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;
II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;
III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordiná-
rias, salvo licenças ou missão autorizada pela Câmara;
IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
V - quando o decretar a Justiça Eleitoral;
VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado, que implique em res-
trição à liberdade de locomoção.
§ 1º É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no Regimento Inter-
no, o abuso das prerrogativas asseguradas a membros da Câmara Municipal ou a percepção
de vantagens indevidas.
§ 2º Nos casos dos incisos I, II e VI deste artigo, acolhida a acusação pela maioria absoluta dos
Vereadores, a perda do mandato será decidida pela Câmara, por quórum de 2/3 (dois terço),
assegurado o direito de defesa.
§ 3º Nos casos dos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa, de ofício ou mediante
provocação de qualquer dos membros da Câmara ou de partido político nela representado,
assegurado o direito de defesa.
§ 4º A Câmara Municipal disporá sobre o procedimento a ser obedecido nos processos de per-
da de mandato decididos pela Câmara, e sobre a aplicação de outras penalidades, assegurado
o contraditório.

As causas da perda do mandato do vereador estão aqui previstas.


Mas atenção: nos casos dos incisos I, II e VI, a perda dependerá de votação pela câmara,
mediante aprovação de 2/3 de seus membros. Além disso, o vereador que está em processo
de perda do mandato por tais motivos terá garantido seu direito de defesa.
Por sua vez, nos incisos III, IV e V, a perda do mandato não demandará votação pela câma-
ra, mas apenas uma formalidade por parte de sua Mesa, que poderá ocorrer de ofício ou ser
provocada por qualquer um dos membros. O fato é que, nesses referidos incisos, o vereador
CONHECIMENTOS GERAIS

já terá tecnicamente perdido seu mandato, bastando apenas uma declaração formal de uma
situação já ocorrida. Apesar disso, também cabe o direito de defesa por parte do vereador.
Por decoro parlamentar, compreende-se os princípios e normas que orientam o compor-
tamento parlamentar. Torna-se importante ressaltar o § 1º, que estabelece que o abuso das
prerrogativas asseguradas a membros da Câmara Municipal ou a percepção de vantagens
indevidas são contrários ao decoro parlamentar, cabendo sanção.

Art. 19 A Câmara Municipal instituirá o Código de Ética dos Vereadores.

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Código de ética é o documento que prevê as diretrizes que orientam os agentes quanto
às suas posturas e atitudes moralmente aceitas ou toleradas pela sociedade, regulando seu
comportamento.

Art. 20 O Vereador poderá licenciar-se:


I - por motivo de doença devidamente comprovada;
II - em face de licença-gestante ou paternidade;
III - para desempenhar missões temporárias de interesse do Município;
IV - para tratar, com prejuízo dos seus vencimentos, de interesses particulares, por prazo
determinado, não superior a 120 (cento e vinte) dias por sessão legislativa, não podendo reas-
sumir o exercício do mandato antes do término da licença.
§ 1º Para fins de remuneração considerar-se-á como em exercício o Vereador:
I - licenciado nos termos dos incisos I e II do “caput” deste artigo;
II - licenciado na forma do inciso III, se a missão decorrer de expressa designação da Câmara
ou tiver sido previamente aprovada pelo Plenário.
§ 2º A licença-gestante e paternidade será concedida segundo os mesmos critérios e condições
estabelecidos para os funcionários públicos municipais.

As licenças constituem afastamentos legais, que poderão ocorrer por motivos diversos.
Exemplo disso são os casos de doença, gravidez e cumprimento de missões. Além disso, existe
a possibilidade de uma licença apenas para o vereador tratar de seus assuntos particulares,
com prazo determinado de 120 dias.
Nos casos de doença e de gestação, as remunerações serão percebidas integralmente. Na
hipótese de missão, o vereador fará jus à sua remuneração apenas se tal fato ocorrer mediante
expressa designação da câmara ou previamente aprovado pelo Plenário. Já a licença para tratar
de assuntos particulares não será remunerada.

Art. 21 Não perderá o mandato, considerando-se automaticamente licenciado, o Vereador


investido na função de Ministro de Estado, Secretário de Estado, Secretário Municipal ou chefe
de missão diplomática temporária, devendo optar pelos vencimentos do cargo ou pela remu-
neração do mandato.

Vereador que é designado como ministro, secretário ou chefe de missão diplomática não
perderá seu mandato. Assim, após o cumprimento dessas respectivas funções, ele retomará
suas atividades como vereador até o fim do seu mandato.

Art. 22 No caso de vaga, de investidura prevista no artigo anterior ou de licença de Vereador


superior a 30 (trinta) dias, o Presidente convocará imediatamente o suplente.
§ 1º O suplente convocado deverá tomar posse dentro de 15 (quinze) dias, salvo motivo justo
aceito pela Câmara.
§ 2º Em caso de vaga, não havendo suplente, o Presidente comunicará o fato, dentro de 48
(quarenta e oito) horas, diretamente ao Tribunal Regional Eleitoral.

O suplente do vereador assumirá o mandato quando o afastamento do titular ocorrer por


período superior a 30 dias, devendo ser empossado dentro de 15 dias após a convocação.

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Não existindo suplente, o presidente da câmara encaminhará ofício à Justiça Eleitoral (Tri-
bunal Regional Eleitoral), que tomará as providências que entender cabíveis.

Art. 23 No exercício de seu mandato, o Vereador terá livre acesso às repartições públicas
municipais, podendo diligenciar pessoalmente junto aos órgãos da administração direta e
indireta, inclusive junto ao Tribunal de Contas do Município, devendo ser atendido pelos res-
pectivos responsáveis, na forma da Lei.

O art. 23 trata da liberdade de locomoção do vereador dentro de repartições públicas


municipais, tendo em vista sua função fiscalizatória.

z Seção III — Da Mesa da Câmara

Art. 24 Imediatamente após a posse, os Vereadores reunir-se-ão sob a presidência do mais


idoso dos presentes e, havendo maioria absoluta dos membros da Câmara, elegerão os com-
ponentes da Mesa, que ficarão automaticamente empossados.
Parágrafo único. Não havendo número legal, o Vereador mais idoso dentre os presentes per-
manecerá na Presidência e convocará sessões diárias, até que seja eleita a Mesa.

A Mesa da câmara é órgão de administração da Casa, responsável pela organização dos


trabalhos legislativos e dos serviços administrativos.
Dentre seus componentes, existem o presidente, vice-presidente, secretários, entre outros,
que serão eleitos pela maioria absoluta dos membros da câmara, imediatamente após a pos-
se, em sessão presidida pelo vereador mais idoso.
Se não houver número legal, os trabalhos da câmara continuarão sendo presididos pelo
vereador mais idoso, até que os componentes da Mesa sejam efetivamente eleitos.

Art. 25 A eleição para renovação da Mesa realizar-se-á no dia 15 de dezembro e a posse dos
eleitos dar-se-á no dia 1º de janeiro do ano subsequente.
Parágrafo único. O Regimento Interno disporá sobre a eleição e as atribuições dos membros
da Mesa, que será composta por 5 ( cinco) membros titulares e 2 (dois) suplentes.

O mandato dos membros da Mesa será de um ano, ocorrendo a escolha de novos membros
sempre no dia 15 de dezembro de cada ano, com posse no dia 1º de janeiro do ano seguinte.
Além disso, o parágrafo único prevê que a composição da Mesa será de cinco titulares e de
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dois suplentes, porém não define mais detalhes, preferindo deixá-los a critério do regimento
interno da Casa.

Art. 26 O mandato da Mesa será de 1 (um) ano, permitidas duas reeleições para o mesmo
cargo.
Parágrafo único. Pelo voto de 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara, qualquer componente
da Mesa poderá ser destituído, quando negligente ou omisso no desempenho de suas atribui-
ções regimentais, elegendo-se outro Vereador para completar o mandato.

Atenção ao caput, do art. 26, porque ele foi alterado pela Emenda nº 42, de 2022, sendo
um texto relativamente novo, o que é muito cobrado em concurso público. Ele determina o 93
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mandato de um ano dos componentes da Mesa, cabendo até duas reeleições para o mesmo
cargo.
Além disso, o parágrafo único prevê as situações em que o componente da Mesa poderá ser
destituído. Assim, ele continuará como vereador, mas não fará mais parte da referida Mesa.

Art. 27 À Mesa, dentre outras atribuições compete:


I - tomar a iniciativa nas matérias a que se refere o inciso III do art. 14, nos termos do Regi-
mento Interno;
II - suplementar, mediante ato, as dotações do orçamento da Câmara, observado o limite da
autorização constante da Lei Orçamentária, desde que sejam provenientes de anulação total
ou parcial de suas dotações orçamentárias;
III - apresentar projetos de lei dispondo sobre abertura de créditos suplementares ou especiais,
através de anulação parcial ou total da dotação da Câmara;
IV - devolver à Tesouraria da Prefeitura o saldo de caixa existente na Câmara no final do
exercício;
V - enviar ao Tribunal de Contas do Município, até o dia 31 de março, as contas do exercício
anterior;
VI - nomear, promover, comissionar, conceder gratificações e licenças, pôr em disponibilidade,
exonerar, demitir, aposentar e punir servidores da Câmara Municipal, nos termos da lei;
VII - declarar a perda do mandato de Vereador na forma do § 3º do art. 18 desta Lei;
VIII - instalar na forma do Regimento Interno, Tribuna Popular, onde representantes de enti-
dades e movimentos da sociedade civil, inscritos previamente, debaterão com os Vereadores
questões de interesse do Município.

O artigo enumera as atribuições da Mesa da câmara. Atenção ao inciso V, pois tem sua
redação pela Emenda nº 41, de 2021, e ao inciso VI, cuja redação foi dada pela Emenda nº 42,
de 2022. Redações mais recentes costumam ser mais cobradas em concurso.

Art. 28 Ressalvados os projetos de lei de iniciativa privativa, a matéria constante de projeto


de lei rejeitado somente poderá ser reapresentada, na mesma sessão legislativa, mediante
proposta da maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal.

O art. 28 trata de tema relacionado ao processo legislativo, que é aquele determinado para
a criação das leis.
Determina que os projetos de lei rejeitados pela câmara somente poderão ser novamente
apresentados na sessão legislativa posterior.
Porém, esse mesmo texto rejeitado poderá ser reapresentado ainda na mesma sessão legis-
lativa, se for proposto pela maioria absoluta dos membros da Casa.

Importante!
A sessão legislativa é o período de atividade normal da câmara naquele determinado ano.

z Seção IV — Das Sessões

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Art. 29 A Câmara Municipal reunir-se-á anualmente em sua sede, em sessão legislativa ordi-
nária, de 1º de fevereiro a 30 de junho, e de 1º de agosto a 15 de dezembro.
§ 1º A sessão legislativa ordinária não será interrompida sem a aprovação dos projetos de leis
de diretrizes orçamentárias e do orçamento.
§ 2º A Câmara se reunirá em sessões ordinárias, extraordinárias ou solenes, conforme dispu-
ser o seu Regimento Interno.
§ 3º As sessões extraordinárias serão convocadas, na forma regimental, em sessão ou fora
dela, e, neste caso, mediante comunicação pessoal e escrita aos Vereadores, pelo Presidente da
Câmara, com antecedência mínima de 24 (vinte e quatro) horas.
§ 4º As sessões extraordinárias e solenes não serão, em hipótese alguma, remuneradas.
§ 5º As sessões da Câmara Municipal, bem como as reuniões das Comissões, poderão ocorrer
com a participação remota dos Vereadores, conforme dispuser o seu Regimento Interno.

A sessão legislativa ordinária acontecerá entre as datas determinadas no caput, do art. 29.
Trata-se do calendário anual de trabalho legislativo.
Perceba que entre 30 de junho e 1º de agosto acontece a interrupção da sessão legislativa,
que é um pequeno recesso nos trabalhos. No entanto, não ocorrerá sua interrupção caso a Lei
de Diretrizes Orçamentárias (LDO) não seja aprovada, momento em que os vereadores deve-
rão continuar trabalhando, mesmo durante o recesso, até a respectiva aprovação da LDO.
Atenção! A Lei de Diretrizes Orçamentárias é um dos instrumentos de planejamento orça-
mentário que deve ter seu texto aprovado ainda no primeiro semestre de cada ano.
As sessões extraordinárias serão aquelas que poderão ocorrer fora do período normal de
trabalho, normalmente em situações de urgência, devendo ser convocadas pelo prefeito ou
por meio do voto da maioria absoluta dos vereadores (art. 31). Já as sessões solenes serão
destinadas a eventos e comemorações. É importante notar que ambas as sessões não serão
remuneradas.
A participação remota do vereador está prevista no § 5º, cuja redação é estabelecida pela
Emenda nº 42, de 2022.

Art. 30 As sessões da Câmara serão públicas, salvo deliberação em contrário, tomada por 2/3
(dois terços) de seus membros, quando ocorrer motivo relevante.

A rigor, as sessões serão públicas, cabendo a realização de sessões sigilosas, mediante a


aprovação de 2/3 dos membros da câmara. No entanto, deverá existir um motivo relevante
para que tal exceção ocorra, tendo em vista se tratar da casa do povo. CONHECIMENTOS GERAIS

Art. 31 No período de recesso, a Câmara poderá ser extraordinariamente convocada:


I - pelo Prefeito;
II - pela maioria absoluta dos Vereadores.
§ 1º A convocação será feita mediante ofício ao Presidente da Câmara, para reunir-se, no míni-
mo, dentro de 2 (dois) dias.
§ 2º Durante a sessão legislativa extraordinária, a Câmara deliberará exclusivamente sobre a
matéria para a qual foi convocada.

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O art. 31 trata das sessões extraordinárias e do modo de sua convocação, sendo que as deli-
berações que nela ocorrerem serão exclusivamente referentes aos temas anunciados para
que aconteçam.

z Seção V — Das Comissões

Art. 32 A Câmara terá Comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as


atribuições previstas no respectivo Regimento ou no ato de que resultar a sua criação.
§ 1º Em cada Comissão será assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional
dos partidos que participam da Câmara.
§ 2º Às Comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:
I - estudar proposições submetidas ao seu exame, na forma do Regimento;
II - fiscalizar, inclusive efetuando diligências, vistorias e levantamentos “in loco”, os atos da
administração direta e indireta, nos termos da legislação pertinente, em especial para veri-
ficar a regularidade, a eficiência e a eficácia dos seus órgãos no cumprimento dos objetivos
institucionais, recorrendo ao auxílio do Tribunal de Contas, sempre que necessário;
III - solicitar ao Prefeito informações sobre assuntos inerentes à administração;
IV - convocar os Secretários Municipais, os responsáveis pela administração direita e indireta
e os Conselheiros do Tribunal de Contas para prestar informações sobre assuntos inerentes
às suas atribuições; (Ação Direta de Inconstitucionalidade 11.754-0/6 – O Tribunal de Justiça
julgou procedente em parte a demanda para o fim de declarar a inconstitucionalidade do final
do inciso IV do parágrafo 2º, do art. 32, a partir de “e os Conselheiros do Tribunal de Contas
para prestar informações sobre assuntos inerentes às suas atribuições”.)
V - acompanhar, junto ao Executivo, os atos de regulamentação, velando por sua completa
adequação;
VI - acompanhar, junto ao Executivo, a elaboração da proposta orçamentária, bem como a sua
posterior execução;
VII - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do Regimento, a competência do
Plenário, salvo com recurso de 1/10 (um décimo) dos membros da Casa;
VIII - realizar audiências públicas;
IX - solicitar informações ou depoimentos de autoridade ou cidadãos;
X - receber petições, reclamações, representações ou queixas de associações e entidades comu-
nitárias ou de qualquer pessoa contra atos e omissões de autoridades municipais ou entidades
públicas;
XI - apreciar programas de obras, planos regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles
emitir parecer;
XII - requisitar, dos responsáveis, a exibição de documentos e a prestação dos esclarecimentos
necessários;
XIII - solicitar ao Presidente do Tribunal de Contas informações sobre assuntos inerentes à
atuação administrativa desse órgão.
§ 3º As Comissões permanentes deverão, na forma estabelecida pelo Regimento Interno, reu-
nir-se em audiência pública especialmente para ouvir representantes de entidades legalmente
constituídas, ou representantes de no mínimo 1.500 (um mil e quinhentos) eleitores do Muni-
cípio que subscrevam requerimento sobre assunto de interesse público, sempre que essas enti-
dades ou eleitores o requererem.
§ 4º A Câmara Municipal de São Paulo deverá criar uma Comissão Permanente voltada especi-
96 ficamente para o exercício da fiscalização e do controle dos atos do Poder Executivo, incluídos
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os da Administração Indireta, sem prejuízo das competências constitucionais atribuídas ao
Plenário da Câmara e ao Tribunal de Contas do Município.

As comissões são órgãos administrativos de deliberações coletivas, que possuem funções


determinadas. Além disso, elas podem ser permanentes, isto é, sempre existirão, mudando
apenas os seus membros, ou temporárias, criadas para exercerem determinada função, sen-
do extintas após esse cumprimento.
Podemos citar, como exemplo, a Comissão de Constituição e Justiça, que é permanente,
com a função de verificar a constitucionalidade dos projetos de lei encaminhados ao Plená-
rio da Casa, bem como as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), que são temporárias,
destinadas a investigação de caso específico por tempo determinado.
As funções das comissões estão previstas no § 2º. Além disso, o § 3º determina que as
comissões permanentes deverão realizar audiências públicas, a fim de ouvir a sociedade civil
nas suas tomadas de decisões.

Importante!
Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 11.754-0/6: o Tribunal de Justiça julgou proceden-
te em parte a demanda para o fim de declarar a inconstitucionalidade do final do inciso IV,
do § 2º, do art. 32, a partir de “e os Conselheiros do Tribunal de Contas para prestar infor-
mações sobre assuntos inerentes às suas atribuições”.

Art. 33 As Comissões Parlamentares de Inquérito terão poderes de investigação próprios das


autoridades judiciais, além de outros previstos no Regimento Interno, em matéria de interesse
do Município, e serão criadas pela Câmara, mediante requerimento de 1/3 (um terço) de seus
membros, para apuração de fato determinado, em prazo certo, adequado à consecução dos
seus fins, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que
promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
§ 1º As Comissões Parlamentares de Inquérito, no interesse da investigação, além das atribui-
ções previstas nos incisos II, IV, IX e XII do § 2º do art. 32 e daquelas previstas no Regimento
Interno, poderão:
I - tomar depoimento de autoridade municipal, intimar testemunhas e inquirí-las sob compro-
misso, nos termos desta Lei;
II - proceder as verificações contábeis em livros, papéis e documentos de órgãos da adminis-
tração direta, indireta e fundacional.
CONHECIMENTOS GERAIS
§ 2º O Regimento Interno preverá o modo de funcionamento das Comissões Parlamentares de
Inquérito.

O art. 33 trata especificamente das Comissões Parlamentares de Inquérito, destinadas à inves-


tigação de fato determinado e por período previamente estipulado.
Sua criação necessitará do requerimento de 1/3 dos membros da câmara e suas conclusões
serão encaminhadas ao Ministério Público.
É importante ressaltar que a CPI não julga, ou seja, não condena nem absolve, mas apenas
investiga. O objeto da investigação ficará com o Ministério Público que, se entender cabível,
oferecerá a denúncia ou não, dentro da sua independência funcional.

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Atenção! Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 055.218.0/2: o Tribunal de Justiça julgou
procedente a demanda, declarando a inconstitucionalidade da expressão “aprovados por
maioria absoluta”, constante no art. 33.

z Seção VI — Do Processo Legislativo

Art. 34 O Processo Legislativo compreende a elaboração de:


I - emendas à Lei Orgânica;
II - leis;
III - decretos legislativos;
IV - resoluções.

Processo legislativo é o modo por meio do qual as espécies legislativas são criadas pelo
Parlamento. Além disso, o art. 34 especifica que espécies legislativas são essas, que não são
apenas a lei.

Art. 35 As deliberações da Câmara Municipal de São Paulo e das suas Comissões se darão
sempre por voto aberto.

O voto dos vereadores sempre será aberto, ou seja, do conhecimento de todos sobre a esco-
lha que cada vereador fizer.

Art. 36 A Lei Orgânica poderá ser emendada mediante proposta:


I - de 1/3 (um terço), no mínimo, dos membros da Câmara Municipal;
II - do Prefeito;
III - de cidadãos, mediante iniciativa popular assinada por, no mínimo 5% (cinco por cento)
dos eleitores do Município.
§ 1º A Lei Orgânica não poderá ser emendada na vigência de estado de defesa, estado de sítio
ou intervenção.
§ 2º A proposta será discutida e votada em 2 (dois) turnos, considerando-se aprovada quando
obtiver, em ambas as votações, o voto favorável de 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara
Municipal, com um intervalo mínimo de 48 (quarenta e oito) horas entre um turno e outro,
obrigatoriamente.
§ 3º A emenda aprovada será promulgada pela Mesa da Câmara Municipal, com o respectivo
número de ordem.
§ 4º A matéria constante de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não poderá ser objeto
de nova proposta na mesma sessão legislativa.

O art. 36 preocupa-se com o processo legislativo para criação de emendas à lei orgânica,
que ocorrerá mediante proposta de 1/3 dos membros da câmara, do prefeito ou de cidadão,
na forma prevista nos incisos, do caput.
A aprovação ocorrerá pela votação em dois turnos na Casa, com aprovação de 2/3 de seus
membros, em cada uma delas, sendo proibidas emendas durante a vigência de estado de
defesa, estado de sítio ou intervenção.
A promulgação ocorrerá diretamente pela Mesa da câmara, não havendo sanção do
prefeito.
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Não sendo aprovada, nova proposta somente poderá ocorrer na próxima sessão legislativa.

Art. 37 A iniciativa das leis cabe a qualquer membro ou Comissão permanente da Câmara
Municipal, ao Prefeito e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica.
§ 1º Compete exclusivamente à Câmara Municipal a iniciativa das leis que disponham sobre os
Conselhos de Representantes, previstos na seção VIII deste capítulo.
§ 2º São de iniciativa privativa do Prefeito as leis que disponham sobre:
I - criação, extinção ou transformação de cargos, funções ou empregos públicos na adminis-
tração direta, autárquica e fundacional;
II - fixação ou aumento de remuneração dos servidores;
III - servidores públicos, municipais, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade
e aposentadoria;
IV - organização administrativa e matéria orçamentária;
V - desafetação, aquisição, alienação e concessão de bens imóveis municipais.

Iniciativa é o ato pelo qual se propõe ao Legislativo a criação de uma lei. O art. 37 trata das
iniciativas da câmara municipal (§ 1º) e do prefeito (§ 2º).

Importante!
O art. 44 prevê a iniciativa popular dos projetos de lei.

Art. 38 O Prefeito poderá solicitar que os projetos de sua iniciativa tramitem em regime de
urgência.
§ 1º Se a Câmara Municipal não deliberar em até 30 (trinta) dias, o projeto será incluído na
Ordem do Dia, sobrestando-se a deliberação quanto aos demais assuntos, até que se ultime a
votação.
§ 2º Os prazos do parágrafo anterior não correm nos períodos de recesso, nem se aplicam aos
projetos de código.

O art. 38 trata do regime de urgência na votação solicitada pelo prefeito. Nesse caso, o pro-
jeto que tenha esse tipo de solicitação deverá ser deliberado em até 30 dias.
Se isso não ocorrer, ele será incluído na ordem do dia, suspendendo as tramitações dos
demais projetos, a fim de que a câmara delibere aquele determinado projeto que possui pedi-
do de urgência.
CONHECIMENTOS GERAIS

Art. 39 O Regimento Interno da Câmara Municipal disciplinará os casos de decreto legislativo


e de resolução.

Quanto à tramitação e aprovação do decreto legislativo e da resolução, a lei orgânica deter-


mina que serão disciplinados pelo regimento interno da câmara.

Art. 40 A discussão e votação de matéria constante da Ordem do Dia só poderá ser efetuada
com a presença da maioria absoluta dos membros da Câmara.
§ 1º A aprovação da matéria em discussão, salvo as exceções previstas nesta Lei Orgânica,
dependerá do voto favorável da maioria dos Vereadores presentes à sessão.
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§ 2º Os projetos de lei e a aprovação e alteração do Regimento Interno serão apreciadas em 2
(dois) turnos de discussão e votação.
§ 3º Dependerão do voto favorável da maioria absoluta dos membros da Câmara a aprovação
e as alterações das seguintes matérias:
I - matéria tributária;
II - Código de Obras e Edificações e outros Códigos;
III - Estatuto dos Servidores Municipais;
IV - criação de cargos, funções e empregos da administração direta, autárquica e fundacional,
bem como sua remuneração;
V - concessão de serviço público;
VI - concessão de direito real de uso;
VII - alienação de bens imóveis;
VIII - autorização para obtenção de empréstimo de particular, inclusive para as autarquias,
fundações e demais entidades controladas pelo Poder Público;
IX - lei de diretrizes orçamentárias, plano plurianual e lei orçamentária anual;
X - aquisição de bens imóveis por doação com encargo;
XI - criação, organização e supressão de distritos e subdistritos, e divisão do território do
Município em áreas administrativas;
XII - criação, estruturação e atribuição das Secretarias, Subprefeituras, Conselhos de Repre-
sentantes e dos órgãos da Administração Pública;
XIII - realização de operações de crédito para abertura de créditos adicionais, suplementares
ou especiais com finalidade precisa;
XIV - rejeição de veto;
XV - Regimento Interno da Câmara Municipal;
XVI - alteração de denominação de próprios, vias e logradouros públicos;
XVII - isenções de impostos municipais;
XVIII - todo e qualquer tipo de anistia;
XIX - concessão administrativa de uso.
§ 4º Dependerão do voto favorável de 3/5 (três quintos) dos membros da Câmara as seguintes
matérias:
I - disciplina do Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo;
II - Plano Diretor.
III - Zoneamento geo-ambiental.
§ 5º Dependerão do voto favorável de 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara a aprovação e
alterações das seguintes matérias:
I - rejeição do parecer prévio do Tribunal de Contas, referido no art. 48, inciso I;
II - destituição dos membros da Mesa;
III - emendas à Lei Orgânica;
IV - (Revogado pela Emenda nº 42/2022)
V - moção de censura pública aos Secretários e Subprefeitos referida no inciso XXII do art. 14.

O caput, do art. 40, estabelece o quórum de instalação da sessão, que será pela maioria
absoluta dos membros da câmara. Assim, as sessões somente serão iniciadas com a presença
mínima desse quórum respectivo.
Outra coisa é a previsão contida no § 1º, que determina o quórum de aprovação da lei, que
será pela maioria dos vereadores que estiverem presentes na sessão (maioria simples), daí
100 extraindo-se uma lei ordinária.
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Por sua vez, o § 3º estabelece os assuntos que serão aprovados mediante maioria absoluta,
ou seja, pela maioria dos membros da Casa, daí extraindo-se uma lei complementar.
Em resumo, todas as sessões somente terão “início” com a presença da maioria absoluta. No
entanto, uma vez iniciada, os projetos poderão ser “aprovados” por maioria simples (lei ordi-
nária) ou maioria absoluta (lei complementar), a depender do assunto que será deliberado.

Art. 41 A Câmara Municipal, através de suas Comissões Permanentes, na forma regimen-


tal e mediante prévia e ampla publicidade, convocará obrigatoriamente pelo menos 2 (duas)
audiências públicas durante a tramitação de projetos de leis que versem sobre:
I - Plano Diretor;
II - plano plurianual;
III - diretrizes orçamentárias;
IV - orçamento;
V - matéria tributária;
VI - disciplina do Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo e zoneamento ambiental.
VII - Código de Obras e Edificações;
VIII - política municipal de meio-ambiente;
IX - plano municipal de saneamento;
X - sistema de vigilância sanitária, epidemiológica e de saúde do trabalhador.
XI - atenção relativa à Criança, ao Adolescente e ao Jovem.
§ 1º A Câmara poderá convocar uma só audiência englobando dois ou mais projetos de leis
relativos à mesma matéria.
§ 2º Serão realizadas audiências públicas durante a tramitação de outros projetos de leis
mediante requerimento de 0,1% (um décimo por cento) de eleitores do Município.

Os assuntos delineados no art. 41 somente poderão ser deliberados na câmara após a rea-
lização de duas audiências públicas.

Art. 42 Aprovado o projeto de lei, na forma regimental, será enviado ao Prefeito que, aquies-
cendo, o sancionará e promulgará.
§ 1º Se o Prefeito julgar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao inte-
resse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de 15 (quinze) dias úteis contados da
data do recebimento, e comunicará, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, ao Presidente da
Câmara Municipal os motivos do veto.
§ 1º-A O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de
alínea. (Incluído pela Emenda nº 42/2022)
CONHECIMENTOS GERAIS

§ 2º Sendo negada a sanção, as razões do veto serão comunicadas ao Presidente da Câmara


Municipal e publicadas.
§ 3º Decorrido o prazo de 15 (quinze) dias, sem a sanção do Prefeito, observar-se-á o disposto
no § 7º deste artigo.
§ 4º Esgotado, sem deliberação, o prazo estabelecido no parágrafo anterior, o veto será incluí-
do na Ordem do Dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação
final.
§ 5º A Câmara Municipal deliberará sobre o veto, em um único turno de votação e discussão, no
prazo de 30 (trinta) dias de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria abso-
luta dos vereadores.
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§ 6º Se o veto não for mantido, será o projeto enviado ao Prefeito para, em 48 (quarenta e oito)
horas, promulgá-lo.
§ 7º Se a lei não for promulgada pelo Prefeito, nos casos dos §§ 3º e 5º, o Presidente da Câmara
Municipal a promulgará e, se este não o fizer em igual prazo, caberá aos demais membros da
Mesa, nas mesmas condições, fazê-lo, observada a precedência dos cargos.

O art. 42 trata da sanção ou veto do projeto por parte do chefe do Executivo.


Os projetos aprovados pela câmara seguem para análise do prefeito. Se ele sancionar,
haverá a promulgação e o projeto se tornará lei. Por outro lado, se ele vetar, esse referido veto
retornará à câmara, podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos vereadores.
O veto total é relativo à totalidade do projeto. Já o veto parcial se refere a apenas partes dele.
Ademais, o veto parcial somente poderá abranger texto integral de artigo, de parágrafo, de inci-
so ou de alínea, não cabendo o veto de apenas algumas palavras ou expressões.

Art. 43 O projeto de lei que receber parecer contrário, quanto ao mérito, de todas as Comis-
sões, será tido como rejeitado, salvo com recurso para o Plenário, nos termos do Regimento
Interno.

Antes de chegar ao Plenário da câmara, o projeto passa pela aprovação das comissões res-
pectivas. Recebendo parecer contrário, será considerado rejeitado, salvo a possibilidade de
um recurso endereçado ao Plenário, conforme previsto no regimento interno.

Art. 44 A iniciativa dos cidadãos prevista nos arts. 5º, 36 e 37 desta Lei, será exercida obede-
cidos os seguintes preceitos:
I - para projetos de emendas à Lei Orgânica e de lei de interesse específico do Município, da
cidade ou de bairros, será necessária a manifestação de pelo menos 5% (cinco por cento) do
eleitorado;
II - para requerer à Câmara Municipal a realização do plebiscito sobre questões de relevante
interesse do Município, da cidade ou de bairros, bem como para a realização de referendo
sobre lei, será necessária a manifestação de pelo menos 1% (um por cento) do eleitorado.
§ 1º O Regimento Interno da Câmara Municipal assegurará tramitação especial e urgente às
proposituras previstas nos incisos I e II deste artigo, garantindo a defesa oral a representante
dos seus respectivos responsáveis.
§ 2º A Câmara emitirá parecer sobre o Requerimento de que trata o inciso II deste artigo e
encaminhará, num prazo não superior a 30 (trinta) dias, o pedido de realização do plebisci-
to ou do referendo ao Tribunal Regional Eleitoral, assegurada a divulgação dos argumentos
favoráveis e contrários à lei ou à proposta a ser submetida à consulta popular.

O art. 44 trata dos projetos de iniciativa popular. As bancas costumam cobrar muito esse
tema em concurso — atente-se para os requisitos que essa iniciativa popular demandará.

Art. 45 As questões relevantes aos destinos do Município poderão ser submetidas a plebiscito
ou referendo por proposta do Executivo, por 1/3 (um terço) dos vereadores ou por pelo menos
2% (dois por cento) do eleitorado, decidido pelo Plenário da Câmara Municipal.

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O plebiscito e o referendo são instrumentos de democracia direta (juntamente com a ini-
ciativa popular), por meio da qual a escolha política será realizada diretamente pelo povo.
O plebiscito é a escolha realizada diretamente pelo povo, antes da matéria ser aprovada
pelo parlamento.
Por sua vez, o referendo é a escolha realizada diretamente pelo povo após a matéria ter
passado pelo parlamento, cabendo a decisão popular sobre a manutenção ou a retirada
daquilo que foi deliberado pela Casa.

Art. 46 A legislação referente ao Plano Diretor e ao zoneamento urbano poderá ser alterada
uma vez por ano, observado o disposto no art. 41 desta lei.
§1º Para os efeitos do presente artigo será considerado o ano em que a lei tenha sido aprovada
pela Câmara Municipal.
§2º Ficam excluídas do disposto no «caput» deste artigo as alterações constantes de leis espe-
cíficas que atendam às seguintes condições:
a) sejam aprovadas com o quórum estabelecido para a alteração da Lei Orgânica do Municí-
pio; e
b) contenham dispositivo que autorize a exclusão do previsto no “caput” deste artigo.

Plano Diretor e zoneamento urbano são temas ligados ao adequado desenvolvimento e


ocupação do território do município. De acordo com o art. 46, eles somente poderão ser alte-
rados uma vez por ano.

z Seção VII — Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária

Art. 47 A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Muni-


cípio e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade,
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pela Câmara
Municipal, mediante controle externo e pelo sistema de controle interno dos Poderes Executi-
vo e Legislativo.

O controle externo, relativo ao Poder Executivo, é realizado pelo Poder Legislativo por
força da Constituição Federal. Nos termos da Carta Magna, o controle externo será exerci-
do pelo Poder Legislativo, correspondendo, exatamente, à fiscalização contábil, financeira e
orçamentária.
Frisa-se que a fiscalização é uma atividade típica do Poder Legislativo, assim como a edi-
CONHECIMENTOS GERAIS

ção de leis. Deste modo, as funções típicas do Poder Legislativo são: legislar e fiscalizar (con-
trole externo).

Art. 47 […]
§ 1º Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, de direito público ou de direito priva-
do, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores públicos ou
pelas quais o Município responda, ou que, em nome deste, assuma obrigações de natureza
pecuniária.
§ 2º As contas do Município ficarão disponíveis, inclusive por meios eletrônicos, durante todo
o exercício, na Câmara Municipal e no órgão técnico responsável pela sua elaboração, para

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consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade, os quais poderão questionar-
-lhe a legitimidade, nos termos da lei.

A prestação de contas será obrigatória a qualquer pessoa, física ou jurídica, de direito


privado ou público, que administre ou receba verbas públicas do município de São Paulo. A
prestação de contas não é realizada apenas por autoridades públicas — qualquer empresa
que gerenciar ou receber valores do município deverá prestar contas ao Poder Legislativo.

Art. 48 O controle externo, a cargo da Câmara Municipal, será exercido com o auxílio do Tri-
bunal de Contas do Município de São Paulo, ao qual compete:
I - apreciar contas prestadas anualmente pelo Prefeito, pela Mesa da Câmara e pelo pró-
prio Tribunal, que serão apresentadas obrigatoriamente até 31 de março de cada exercício,
mediante parecer prévio informativo, que deverá ser elaborado e enviado à Câmara Municipal
no prazo máximo de 120 (cento e vinte) dias, contados da data de seu recebimento, já incluídos
nesse prazo eventuais diligências e apreciação definitiva de recursos administrativos.
II - (Ação Direta de Inconstitucionalidade 11.754-0/6 – O Tribunal de Justiça julgou procedente
em parte a demanda para o fim de declarar a inconstitucionalidade dos incisos II e XII do art.
48.)
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer
título, na administração direta e indireta, excetuadas as nomeações para cargo de provimento
em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias e pensões, ressalvadas as melho-
rias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;
IV - realizar, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo e Executivo e nas demais
entidades referidas no inciso II, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orça-
mentária, operacional e patrimonial, por iniciativa própria e, ainda, quando forem solicitadas;
a) pela Câmara Municipal, por qualquer de suas Comissões;
b) por cidadãos que subscreverem requerimento de pelo menos 1% (um por cento) do eleito-
rado do Município;
V - fiscalizar a aplicação de recursos de qualquer natureza, repassados ao Município, pela
União, pelo Estado, ou qualquer outra entidade, mediante convênio, acordo, ajuste e outros
instrumentos congêneres;
VI - manifestar-se, no prazo de 30 (trinta) dias, sobre os empréstimos a serem contraídos pelo
Município quando for solicitado pela Câmara Municipal;
VII - prestar informações solicitadas pela Câmara Municipal por suas Comissões ou lideran-
ças partidárias, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patri-
monial e sobre os resultados de auditorias e inspeções que tenham sido realizadas;
VIII - aplicar aos responsáveis as sanções previstas em lei, em caso de ilegalidade de procedi-
mento no que tange às receitas, despesas ou irregularidades das contas;
IX - assinalar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato
cumprimento da lei, sob pena de incidir nas sanções legais cabíveis pela desobediência.
X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara
Municipal, em prazo não superior a 15 (quinze) dias, ressalvado o disposto no § 1º, deste
artigo;
XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados;
XII - (Ação Direta de Inconstitucionalidade 11.754-0/6 – O Tribunal de Justiça julgou proceden-
te em parte a demanda para o fim de declarar a inconstitucionalidade dos incisos II e XII do
104 art. 48.)
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O controle externo pode ser direto, quando exercido pelo Poder Legislativo (Câmara Muni-
cipal), ou indireto, quando exercido com auxílio do Tribunal de Contas. Chama-se atenção
para o fato de que apenas os municípios do Rio de Janeiro e São Paulo possuem Tribunal de
Contas municipais.
A Constituição Federal vedou a criação de novos tribunais de contas municipais, perma-
necendo em atividade apenas os que já existiam antes da Constituição, de 1988. Atualmente,
há os tribunais de contas dos municípios, mas são órgãos estaduais que exercem apoio aos
tribunais de contas do estado.
Portanto, tribunais de contas municipais — órgãos municipais — não podem mais ser
criados, permanecendo apenas os dos municípios de São Paulo e Rio de Janeiro. Todavia, é
permitida a criação de órgãos estaduais responsáveis pela fiscalização dos municípios do
respectivo estado, o qual presta apoio apenas aos tribunais de contas estaduais.
As competências do Tribunal de Contas do Município (TCM) de São Paulo, listadas acima,
são similares às do Tribunal de Contas da União (TCU) listadas na Constituição Federal. Muita
atenção nos três primeiros incisos, principalmente nos verbos “apreciar” e “julgar”.
Quanto às contas do chefe do Executivo, o TCM apenas aprecia, pois quem realiza o jul-
gamento é o Poder Legislativo, ou seja, a Câmara Municipal de Vereadores. O inciso II foi
julgado inconstitucional, pois o verbo “apreciar” encontra-se em desacordo com a Consti-
tuição Federal, de 1988, uma vez que, nos casos narrados no inciso II, o TCM não apenas irá
apreciar, como também julgará tais contas.
Quanto ao inciso III, o verbo “apreciar” encontra-se em acordo com a Carta Magna: de fato
o Tribunal de Contas aprecia as nomeações e as concessões de aposentadoria ou pensões.
Esses três incisos são os mais cobrados em prova, merecendo máxima atenção quanto aos
verbos, pois a alteração de “apreciar” e “julgar” torna errada a questão.
Nesses termos, mesmo que o inciso II tenha sido declarado inconstitucional, é correto afir-
mar que o TCM irá julgar as contas dos responsáveis pela administração de valores públicos,
assim como daqueles que causarem prejuízo ao erário. Tal afirmação decorre do princípio
da simetria, pois a Constituição Federal determina tal comando, de modo que o Tribunal de
Contas do Município de São Paulo julgará tais contas, mesmo que o dispositivo não exista na
lei orgânica.

Art. 48 […]
§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pela Câmara Municipal
que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo, as medidas cabíveis.
§ 2º Para efeito da apreciação prevista no inciso II, as entidades nele referidas deverão enca-
CONHECIMENTOS GERAIS

minhar ao Tribunal os seus balanços e demais demonstrativos até 5 (cinco) meses seguintes
ao término do exercício financeiro.
§ 3º Para os fins previstos no inciso III, os órgãos e entidades nele referidos encaminharão ao
Tribunal de Contas, semestralmente, seus quadros gerais de pessoal, bem como as alterações
havidas, no prazo máximo de 30 (trinta) dias a contar da data em que as mesmas ocorrerem.
§ 4º As decisões do Tribunal de que resultem imputação de débito ou multa terão eficácia de
título executivo.
§ 5º O Tribunal encaminhará à Câmara Municipal relatório de suas atividades, trimestral-
mente e, anualmente, as suas contas para julgamento.
§ 6º Decorrido o prazo de 120 (cento e vinte) dias, contados da data do recebimento do parecer
prévio do Tribunal, sem que tenha havido deliberação, as contas referidas no inciso I serão
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incluídas na Ordem do Dia, sobrestando-se a deliberação quanto aos demais assuntos, até que
se ultime a votação.

O inciso X, do art. 48, prevê a possibilidade de o Tribunal de Contas “sustar” os atos impug-
nados. Nos termos do § 1º, caso a impugnação seja em relação a contratos públicos, apenas a
Câmara Municipal poderá sustar tal contrato. Memorize a informação, pois é extremamente
cobrada em provas: o Tribunal de Contas pode sustar atos, mas não contratos.
Em que pese receba o nome de “tribunal”, a corte de contas não é um órgão do Poder
Judiciário, possuindo natureza administrativa. Suas decisões que impliquem multa ou débito
possuem natureza de título executivo extrajudicial. As bancas costumam alterar o termo
para “título executivo judicial”, induzindo o candidato ao erro.
A informação do § 5º pode parecer irrelevante, todavia já foram cobradas questões sobre a
periodicidade dos relatórios. Nesses casos, as bancas costumam alterar de “trimestralmente”
para “semestralmente” (fique atento).

Art. 49 O Tribunal de Contas, órgão de auxílio da Câmara Municipal, integrado por 5 (cinco)
conselheiros, tem sede no Município de São Paulo e quadro próprio de pessoal, exercendo
as atribuições previstas na Constituição da República, no que couber, e nesta Lei, em todo o
Município.
Parágrafo único. Os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo serão
nomeados dentre brasileiros que satisfaçam os seguintes requisitos:
I - mais de 35 (trinta e cinco) e menos de 65 (sessenta e cinco) anos de idade;
II - idoneidade moral e reputação ilibada;
III - notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administra-
ção pública;
IV - mais de 10 (dez) anos de exercício de função ou de formação profissional que exija os
conhecimentos mencionados no inciso anterior.
V - não incidam nos casos de inelegibilidade, nos termos da legislação federal.

Atente-se para o número de membros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo:


serão cinco conselheiros. Perceba que a nomenclatura é “conselheiros”, e não “juízes”, pois,
conforme já dito, não se trata de órgão do Judiciário. Muita atenção quanto ao número de
conselheiros, pois, aqui, há divergência em relação à Constituição Federal, a qual determina
nove ministros para compor o TCU.
Os requisitos para a nomeação dos conselheiros seguem as regras constitucionais e tam-
bém são alvos constantes de provas de concurso.

Art. 50 Os Conselheiros do Tribunal de Contas serão escolhidos, obedecidas as seguintes


condições:
I - 2 (dois) pelo Prefeito, com aprovação da Câmara Municipal;
II - 3 (três) pela Câmara Municipal.

Conforme estabelece o art. 50, o prefeito escolherá dois conselheiros, com aprovação da
Câmara Municipal, enquanto a Câmara Municipal escolherá três conselheiros.

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Esse tema diferencia-se da Constituição Federal, a qual prevê 1/3 para o presidente da
República e 2/3 escolhidos pelo Congresso Nacional — muito cuidado para a banca não mis-
turar, em sua cabeça, o disposto na Constituição Federal com o disposto na lei orgânica.

Art. 52 A Câmara Municipal, por suas Comissões Permanentes, diante de despesas não autori-
zadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou subsídios não aprovados,
poderá solicitar à autoridade municipal responsável que, no prazo de 5 (cinco) dias, preste os
esclarecimentos necessários.
§ 1º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados insuficientes, solicitará ao Tribunal
parecer sobre a matéria, no prazo de 30 (trinta) dias.
§ 2º Entendendo o Tribunal irregular a despesa, as Comissões Permanentes, se julgarem que o
gasto possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporão à Câmara
sua sustação.

Ao utilizar a expressão “autoridade municipal”, a lei orgânica se refere ao prefeito muni-


cipal. Por tal motivo, caberá ao Tribunal de Contas apenas propor a sustação da despesa à
Câmara Municipal, pois, conforme visto anteriormente, quanto às contas envolvendo o chefe
do Executivo, compete à corte de contas apenas apreciar, já que o julgamento fica a cargo do
Poder Legislativo.

Art. 53 Os Poderes Executivo e Legislativo manterão, de forma integrada, sistema de contro-


le interno, com a finalidade de:
I - avaliar o adequado cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos
programas de governo e dos orçamentos do Município;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados quanto à eficácia e à eficiência da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial dos órgãos da administração direta e indireta, bem
como de aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e
haveres do Município;
IV - apoiar o controle externo, no exercício de sua missão institucional, o qual terá acesso a
toda e qualquer informação, documentos ou registro que repute necessários para o cumpri-
mento de sua função;
V - organizar e executar, por iniciativa própria ou por solicitação do Tribunal de Contas do
Município, programação trimestral de auditorias contábil, financeira, orçamentária, opera-
cional e patrimonial nas unidades administrativas sob seu controle. CONHECIMENTOS GERAIS
§ 1º Para fins do disposto neste artigo, a Câmara Municipal e o Tribunal de Contas do Municí-
pio terão acesso direto, através de sistema integrado de processamento de dados, às informa-
ções processadas em todos os órgãos da administração direta e indireta do Município.
§ 2º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregula-
ridade, ilegalidade ou ofensa ao art. 37 da Constituição da República, deverão representar
à autoridade competente, dando ciência à Câmara Municipal, sob pena de responsabilidade
solidária.

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Controle interno é aquele exercido pelo próprio Poder, portanto, em que pese o texto da
lei seja confuso, o controle interno exercido pelo Poder Executivo abarca apenas o Executi-
vo, enquanto o controle interno do Poder Legislativo acontecerá no âmbito do Legislativo,
apenas.
Os responsáveis pelo controle interno que tomarem conhecimento de irregularidades, ile-
galidade ou ofensa ao art. 37, da Constituição Federal, deverão apresentá-las às autoridades
competentes. A não observância do dispositivo implicará em responsabilidade solidária.
Destaca-se o termo “solidária”, pois a banca poderá trocá-lo por “subsidiária”, tornando a
questão incorreta e confundindo o candidato que porventura estiver desatento.

z Seção VIII — Dos Conselhos de Representantes

Art. 54 A cada área administrativa do Município, a ser definida em lei, corresponderá um


Conselho de Representantes, cujos membros serão eleitos na forma estabelecida na referida
legislação.
Art. 55 Aos Conselhos de Representantes compete, além do estabelecido em lei, as seguintes
atribuições:
I - participar, em nível local, do processo de Planejamento Municipal e em especial da elabora-
ção das propostas de diretrizes orçamentárias e do orçamento municipal bem como do Plano
Diretor e das respectivas revisões;
II - participar, em nível local, da fiscalização da execução do orçamento e dos demais atos da
administração municipal;
III - encaminhar representações ao Executivo e à Câmara Municipal, a respeito de questões
relacionadas com o interesse da população local.

Trata dos órgãos criados para as atribuições previstas no art. 55, que serão compostos por
membros eleitos.

Importante!
Os arts. 54 e 55 foram declarados inconstitucionais por decisão unânime do Tribunal de
Justiça do Estado de São Paulo, através da ADIN 0000.302.59.2005.8.26.0000.

Capítulo II — Do Poder Executivo

z Seção I — Do Prefeito e do Vice-Prefeito

Art. 56 O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito, auxiliado pelos Secretários Municipais e
pelos Subprefeitos.

O prefeito é o chefe do executivo no município, auxiliado pelos secretários municipais e


subprefeitos (art. 75). Todos eles serão nomeados pelo prefeito.

Art. 57 O Prefeito e o Vice-Prefeito serão eleitos simultaneamente, dentre brasileiros maiores


de 21 (vinte e um) anos e no exercício de seus direitos políticos.
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§ 1º Será considerado eleito Prefeito o candidato que obtiver maioria absoluta de votos, não
computados os brancos e os nulos.
§ 2º Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova elei-
ção até 20 (vinte) dias após a proclamação do resultado, concorrendo os 2 (dois) candidatos
mais votados e considerando-se eleito aquele que tiver a maioria dos votos válidos.
§ 3º Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal
do candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.
§ 4º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de um
candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso.

O processo legislativo para escolha do prefeito e do vice-prefeito segue a determinação da


Constituição Federal e das leis eleitorais de caráter nacional.
Assim, o art. 57 apenas reproduz o que já é previsto nesses referidos diplomas, como os
requisitos de idade para a candidatura e sobre o método de escolha em dois turnos de vota-
ção, entre outros.

Art. 58 O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse e assumirão o exercício na sessão solene


de instalação da Câmara Municipal, no dia 1º de janeiro do ano subsequente à eleição e pres-
tarão compromisso de cumprir e fazer cumprir a Constituição da República, a Constituição
Estadual, a Lei Orgânica do Município e a legislação em vigor, defendendo a justiça social, a
paz e a igualdade de tratamento a todos os cidadãos.
§ 1º Se, decorridos 10 (dez) dias da data fixada para a posse, o Prefeito ou o Vice-Prefeito, salvo
motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.
§ 2º No ato da posse e ao término do mandato, o prefeito e o Vice-Prefeito farão declaração
pública, circunstanciada, de seus bens, a qual será transcrita em livro próprio, constando de
ata o seu resumo e publicada no Diário Oficial do Município, no prazo máximo de 30 (trinta)
dias.
§ 3º O Prefeito e o Vice-Prefeito deverão desincompatibilizar-se no ato da posse.

As posses do prefeito e do vice-prefeito serão realizadas no dia 1º de janeiro do ano seguin-


te ao da eleição. Ultrapassados 10 dias após essa data, se qualquer um deles não tomar posse,
o cargo será declarado vago. Caberá exceção a isso se houver um motivo de força maior com-
provado, por exemplo, internação hospitalar, entre outros.
Esses agentes públicos também farão declaração de bens na data da posse e no término do
mandato. CONHECIMENTOS GERAIS

Art. 59 O Prefeito não poderá sob pena de perda do mandato:


I - desde a expedição do diploma:
a) firmar ou manter contrato com órgãos da administração direta, autarquias, empresas
públicas, sociedades de economia mista, fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público
e concessionárias de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que seja demis-
sível “ad nutum”, nas entidades constantes no inciso anterior, ressalvada a posse em virtude
de concurso público e observado, no que couber, o disposto no art. 38 da Constituição da
República;
II - desde a posse:
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a) ser titular de mais um cargo ou mandato eletivo;
b) patrocinar causas em que seja interessado o Município ou qualquer das entidades referidas
no inciso I deste artigo;
c) ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contra-
to com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;
d) fixar domicílio fora do Município.

Impedimentos cabíveis ao prefeito, desde a expedição do diploma (inciso I) e desde a posse


(inciso II).

Art. 60 Será de 4 (quatro) anos o mandato do Prefeito e do Vice-Prefeito, a iniciar-se no dia 1º


de janeiro do ano subsequente ao da eleição.

Mandato de quatro anos.

Art. 61 São inelegíveis para os mesmos cargos, no período subsequente, o Prefeito e quem o
houver sucedido ou substituído nos 6 meses anteriores à eleição.

Esse artigo contraria a previsão contida no § 5º, art. 14, da Constituição Federal de 1988,
que prevê a possibilidade de reeleição do prefeito para um único período subsequente.

Importante!
Constituição Federal, de 1988:
Art. 14 [...]
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Pre-
feitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser
reeleitos para um único período subsequente.

Art. 62 O Vice-Prefeito substitui o Prefeito em caso de licença ou impedimento e o sucede no


caso de vaga ocorrida após a diplomação.

A substituição ocorre em situações momentâneas, por exemplo, quando o prefeito estiver


viajando ou doente. Já a sucessão acontece caso o cargo seja declarado vago, momento em
que o vice-prefeito assumirá como prefeito, cumprindo o mandato até o final.

Art. 63 Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito, ou vacância dos respectivos


cargos, será chamado ao exercício da Prefeitura o Presidente da Câmara Municipal ou seu
substituto legal.
Art. 64 Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, far-se-á eleição 90 (noventa) dias depois
de aberta a última vaga.
§ 1º Ocorrendo a vacância nos 2 últimos anos de mandato, a eleição para ambos os cargos
será feita pela Câmara Municipal, 30 (trinta) dias depois de aberta a última vaga, na forma
da Lei.
§ 2º Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período dos seus antecessores.
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O presidente da câmara entra na ordem de substituição do prefeito, após o vice-prefeito,
em situações momentâneas. Entretanto, ele não entra na ordem de sucessão do prefeito.
Havendo dupla vacância, ou seja, estando vagos os cargos de prefeito e de vice-prefeito, o
presidente da câmara será chamado, porém, deverá convocar novas eleições, seguindo o rito
estabelecido no art. 64.
Se a dupla vacância ocorrer nos dois primeiros anos do mandato, as eleições serão em 90
dias; mas se a dupla vacância acontecer nos dois últimos anos do mandato, as eleições serão
em 30 dias.
Nesse caso, os novos eleitos apenas deverão completar o tempo de mandato que ainda
resta.

Art. 65 O Prefeito, ou o Vice-Prefeito quando em exercício, não poderá ausentar-se do Muni-


cípio ou afastar-se do cargo, sem licença da Câmara Municipal, sob pena de perda do cargo,
salvo por período não superior a 15 (quinze) dias consecutivos.

O prefeito somente poderá se ausentar do município ou afastar-se do cargo até 15 dias


consecutivos, nos termos do que prevê o art. 65. Para que isso ocorra em tempo maior do que
o previsto, deverá solicitar licença à câmara municipal.
Ao vice-prefeito caberão as mesmas restrições, quando em exercício no cargo de prefeito.

Art. 66 O Prefeito poderá licenciar-se:


I - quando a serviço ou em missão de representação do Município;
II - quando impossibilitado do exercício do cargo, por motivo de doença devidamente compro-
vada ou em licença gestante e paternidade, observado quanto a estas o art. 20, § 2º desta Lei.
§ 1º O pedido de licença, amplamente justificado, indicará as razões, e, em casos de viagem,
também o roteiro e as previsões de gastos, devendo a prestação de contas ser publicada no
Diário Oficial do Município até 10 (dez) dias após o retorno.
§ 2º Nos casos previstos neste artigo, o Prefeito licenciado terá direito aos vencimentos.

Esse artigo prevê as licenças que poderão ser solicitadas pelo prefeito, desde que indique
as razões e demais requisitos previstos no § 1º.
O detalhe é que o prefeito continua recebendo seus vencimentos normalmente, mesmo
enquanto estiver licenciado.

Art. 67 O Prefeito deverá residir no Município de São Paulo.


CONHECIMENTOS GERAIS

Determinação obrigatória de residência no território do município.

Art. 68 A extinção ou a perda do mandato do Prefeito e do Vice-Prefeito ocorrerão na forma e


nos casos previstos na Constituição da República e nesta Lei.

Remição feita pelo art. 68, às normas da Constituição Federal, no que tange à extinção ou
perda do mandato de prefeito e de vice-prefeito.

z Seção II — Das Atribuições do Prefeito


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Art. 69 Compete privativamente ao Prefeito, além de outras atribuições previstas nesta Lei:
I - iniciar o processo legislativo na forma e nos casos nela previstos;
II - exercer, com os Secretários Municipais, os Subprefeitos e demais auxiliares a direção da
administração municipal;
III - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como, no prazo nelas estabelecido, não
inferior a trinta nem superior a cento e oitenta dias, expedir decretos e regulamentos para sua
fiel execução, ressalvados os casos em que, nesse prazo, houver interposição de ação direta de
inconstitucionalidade contra a lei publicada.
IV - vetar projetos de leis, total ou parcialmente, na forma prevista;
V - nomear e exonerar os Secretários Municipais e demais auxiliares;
VI - convocar extraordinariamente a Câmara Municipal, no recesso, em caso de relevante
interesse municipal;
VII - subscrever ou adquirir ações, realizar ou aumentar o capital de sociedades de economia
mista ou empresas públicas, na forma da lei;
VIII - dispor, a qualquer título, no todo ou em parte, de ações ou capital que tenha subscrito,
adquirido, realizado ou aumentado, mediante autorização expressa da Câmara Municipal;
IX - apresentar à Câmara Municipal projeto de lei dispondo sobre o regime de concessão ou
permissão de serviços públicos;
X - propor à Câmara Municipal projetos de leis relativos ao plano plurianual, diretrizes orça-
mentárias, orçamento anual, dívida pública e operações de crédito;
XI - encaminhar ao Tribunal de Contas, até o dia 31 de março de cada ano, a sua prestação de
contas, bem como o balanço do exercício findo;
XII - encaminhar aos órgãos competentes os planos de aplicação e as prestações de contas
exigidas em lei;
XIII - apresentar à Câmara Municipal, até 45 (quarenta e cinco) dias após a sua sessão inau-
gural, mensagem sobre a situação do Município, solicitando as medidas de interesse público
que julgar necessárias;
XIV - propor à Câmara Municipal a contratação de empréstimos para o Município;
XV - apresentar, anualmente, à Câmara Municipal, relatório sobre o andamento das obras e
serviços municipais;
XVI - propor à Câmara Municipal projetos de leis sobre criação, alteração das Secretarias
Municipais e Subprefeituras, inclusive sobre suas estruturas e atribuições;
XVII - nomear Conselheiros do Tribunal de Contas do Município, observado o disposto nesta
Lei Orgânica, em especial o prazo fixado no § 3º do art. 42;
XVIII - propor à Câmara Municipal a criação de fundos destinados ao auxílio no financiamen-
to de serviços e/ou programas públicos.

Competências privativas do prefeito. Porém, o próprio art. 69 deixa claro que outras atri-
buições também são previstas nesta lei. Assim, o rol do mencionado art. 69 é meramente
exemplificativo, isto é, não esgotam o tema.

Art. 69-A O Prefeito, eleito ou reeleito, apresentará o Programa de Metas de sua gestão, até
noventa dias após sua posse, que conterá as prioridades: as ações estratégicas, os indicadores
e metas quantitativas para cada um dos setores da Administração Pública Municipal, Subpre-
feituras e Distritos da cidade, observando, no mínimo, as diretrizes de sua campanha eleitoral
e os objetivos, as diretrizes, as ações estratégicas e as demais normas da lei do Plano Diretor
112 Estratégico.
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§ 1º O Programa de Metas será amplamente divulgado, por meio eletrônico, pela mídia
impressa, radiofônica e televisiva e publicado no Diário Oficial da Cidade no dia imediatamen-
te seguinte ao do término do prazo a que se refere o «caput» deste artigo.
§ 2º O Poder Executivo promoverá, dentro de trinta dias após o término do prazo a que se
refere este artigo, o debate público sobre o Programa de Metas mediante audiências públicas
gerais, temáticas e regionais, inclusive nas Subprefeituras.
§ 3º O Poder Executivo divulgará semestralmente os indicadores de desempenho relativos à
execução dos diversos itens do Programa de Metas.
§ 4º O Prefeito poderá proceder a alterações programáticas no Programa de Metas sempre em
conformidade com a lei do Plano Diretor Estratégico, justificando-as por escrito e divulgando-
-as amplamente pelos meios de comunicação previstos neste artigo.
§ 5º Os indicadores de desempenho serão elaborados e fixados conforme os seguintes critérios:
a) promoção do desenvolvimento ambientalmente, socialmente e economicamente sustentável;
b) inclusão social, com redução das desigualdades regionais e sociais;
c) atendimento das funções sociais da cidade com melhoria da qualidade de vida urbana;
d) promoção do cumprimento da função social da propriedade;
e) promoção e defesa dos direitos fundamentais individuais e sociais de toda pessoa humana;
f) promoção de meio ambiente ecologicamente equilibrado e combate à poluição sob todas as
suas formas;
g) universalização do atendimento dos serviços públicos municipais com observância das con-
dições de regularidade; continuidade; eficiência, rapidez e cortesia no atendimento ao cida-
dão; segurança; atualidade com as melhores técnicas, métodos, processos e equipamentos; e
modicidade das tarifas e preços públicos que considerem diferentemente as condições econô-
micas da população.
§ 6º Ao final de cada ano, o Prefeito divulgará o relatório da execução do Programa de Metas,
o qual será disponibilizado integralmente pelos meios de comunicação previstos neste artigo.

O art. 69-A foi incluído na lei orgânica através da Emenda nº 30, de 2008. Através dele, foi
estabelecida a obrigatoriedade de o prefeito apresentar o programa de metas de sua gestão
no prazo de 90 dias, a contar da data de sua posse.
No dia seguinte ao término desse prazo, o programa será publicado no diário oficial, além
de ser promovida ampla divulgação através de outros meios previstos no § 1º.
Dentro de 30 dias após a publicação, o Executivo promoverá debate do programa, através
de audiências públicas gerais, temáticas e regionais.
Além disso, os indicadores de desempenho relativos à execução do programa deverão ser
publicados a cada seis meses, para conhecimento público de seu respectivo cumprimento.
CONHECIMENTOS GERAIS

Além disso, ao final de cada ano ainda haverá um relatório da execução do programa, deven-
do ser publicado pelo prefeito.

Art. 70 Compete ainda ao Prefeito:


I - representar o Município nas suas relações jurídicas, políticas e administrativas;
II - prover cargos e funções públicas e praticar atos administrativos referentes aos servidores
municipais, na forma da Constituição da República e desta Lei Orgânica;
III - indicar os dirigentes de sociedades de economia mista e empresas públicas na forma da
lei;

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IV - aprovar projetos de edificação e planos de loteamento e arruamento, obedecidas as nor-
mas municipais;
V - prestar à Câmara Municipal as informações solicitadas, no prazo de 30 (trinta) dias, na
forma estabelecida por esta Lei Orgânica;
VI - administrar os bens, a receita e as rendas do Município, promover o lançamento, a fiscali-
zação e arrecadação de tributos, autorizar as despesas e os pagamentos dentro dos recursos
orçamentários e dos créditos aprovados pela Câmara Municipal;
VII - colocar à disposição da Câmara Municipal, dentro de 15 (quinze) dias de sua requisição,
as quantias que devem ser dispendidas de uma só vez, e, até o dia 20 (vinte) de cada mês, a
parcela correspondente ao duodécimo de sua dotação orçamentária;
VIII - propor à Câmara Municipal alterações da legislação de parcelamento, uso e ocupação
do solo, bem como de alterações nos limites das zonas urbanas e de expansão urbana;
IX - aplicar multas previstas em leis e contratos, bem como cancelá-las quando impostas
irregularmente;
X - propor à Câmara Municipal o Plano Diretor;
XI - oficializar e denominar as vias e logradouros públicos, obedecidas as normas urbanísticas
aplicáveis;
XII - solicitar o auxílio da polícia do Estado, para garantia de seus atos;
XIII - expedir decretos, portarias e outros atos administrativos, bem como determinar sua
publicação;
XIV - dispor sobre a estrutura, a organização e o funcionamento da administração municipal,
na forma estabelecida por esta Lei Orgânica;
XV - propor a criação, a organização e a supressão de distritos e subdistritos, observada a
legislação estadual e critérios a serem estabelecidos em lei.
Parágrafo único. As competências definidas nos incisos VIII e XI deste artigo não excluem a
competência do Legislativo nestas matérias.

Estabelece outras competências do prefeito, além daquelas já previstas no art. 69.

Art. 71 O Prefeito poderá, por decreto, delegar a seus auxiliares funções administrativas que
não sejam de sua competência exclusiva.

Possibilidade de delegação pelo prefeito aos seus auxiliares de funções administrativas,


referentes às suas competências privativas. É vedada a delegação de competências exclusivas.

z Seção III — Da Responsabilidade do Prefeito

Art. 72 O Prefeito e o Vice-Prefeito serão processados e julgados:


I - pelo Tribunal de Justiça do Estado nos crimes comuns e nos de responsabilidade, nos termos
da legislação federal aplicável;
II - pela Câmara Municipal nas infrações político-administrativas nos termos da lei, assegura-
dos, dentre outros requisitos de validade, o contraditório, a publicidade, ampla defesa, com os
meios e recursos a ela inerentes, e a decisão motivada que se limitará a decretar a cassação
do mandato do Prefeito.
§ 1º Admitir-se-á a denúncia por Vereador, por partido político e por qualquer munícipe eleitor.

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§ 2º A denúncia será lida em sessão até 5 (cinco) dias após o seu recebimento e despachada
para avaliação a uma Comissão especial eleita, composta de 7 (sete) membros, observadas,
tanto quanto possível, a proporcionalidade da representação partidária.
§ 3º A Comissão a que alude o inciso anterior deverá emitir parecer no prazo de 10 (dez) dias,
indicando se a denúncia deve ser transformada em acusação ou não.
§ 4º Admitida a acusação, por 3/5 (três quintos) dos membros da Câmara Municipal, será
constituída Comissão Processante, composta por 7 (sete) Vereadores.
§ 5º A perda do mandato do Prefeito será decidida por, pelo menos, 2/3 (dois terços) dos mem-
bros da Câmara Municipal.
§ 6º Não participará do processo, nem do julgamento o Vereador denunciante.
§ 7º Se decorridos 90 (noventa) dias da acusação e o julgamento não estiver concluído, o pro-
cesso será arquivado.
§ 8º O Prefeito, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos
ao exercício de suas funções.
§ 9º A lei definirá os procedimentos a serem observados desde o acolhimento da denúncia.

O inciso I trata da competência para julgamento do prefeito e do vice-prefeito pela justiça


comum, cabendo o processamento diretamente perante o Tribunal de Justiça, sem passar
pelos órgãos de primeira instância.
Por sua vez, o inciso II trata da competência da câmara municipal para julgá-los pelo
cometimento de infrações político-administrativas, que poderão gerar a cassação do manda-
to, devendo seguir o procedimento previsto nos respectivos parágrafos, sempre obedecendo
o contraditório, a publicidade e a ampla defesa. A acusação será admitida por 3/5 dos mem-
bros da câmara e a condenação ocorrerá mediante aprovação por 2/3 dos membros da Casa.

Art. 73 O Prefeito perderá o mandato, por cassação, nos termos do inciso II e dos parágrafos
do artigo anterior, quando:
I - infringir qualquer das proibições estabelecidas no art. 59;
II - infringir o disposto no art. 66;
III - residir fora do Município;
IV - atentar contra:
a) a autonomia do Município;
b) o livre exercício da Câmara Municipal;
c) o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
d) a probidade na administração;
e) a lei orçamentária;
CONHECIMENTOS GERAIS

f) o cumprimento das leis e das decisões judiciais.

Esse artigo determina quais são as infrações político-administrativas que poderão gerar
a cassação do mandato do prefeito e do vice-prefeito, seguindo o procedimento previsto no
art. 72.

Art. 74 O Prefeito perderá o mandato, por extinção, declarada pela Mesa da Câmara Munici-
pal quando:
I - sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado, nos termos da legislação
federal;
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II - perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
III - o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos na Constituição da República;
IV - renunciar por escrito, considerada também como tal o não comparecimento para a posse
no prazo previsto nesta Lei Orgânica.

As previsões contidas no art. 74 são outras formas de extinção do mandato do prefeito,


além da cassação pela câmara. São elas a condenação criminal, decisão que suspende seus
direitos políticos, decretação pela Justiça Eleitoral e renúncia por escrito, considerada como
tal o não comparecimento na posse.

z Seção IV — Dos Auxiliares do Prefeito

Art. 75 São auxiliares diretos do Prefeito:


I - os Secretários Municipais;
II - os Subprefeitos.

Os auxiliares do prefeito também são previstos no art. 56.

Art. 76 Os Secretários Municipais e os Subprefeitos serão nomeados pelo Prefeito, entre cida-
dãos maiores de 18 (dezoito) anos, no pleno exercício de seus direitos políticos.
§ 1º São vedados a nomeação e o exercício das funções constantes do ‘caput’ deste artigo, por
pessoas que incidam nos casos de inelegibilidade, nos termos da legislação federal.
§ 2º O número e a competência das Secretarias Municipais serão definidos em lei, que também
determinará os deveres e as responsabilidades dos Secretários.
§ 3º Os Secretários Municipais e Subprefeitos deverão comprovar que estão em condições de
exercício do cargo, nos termos do § 1º, por ocasião da nomeação, bem como ratificar esta con-
dição, anualmente, até 31 de janeiro.
§ 4º Aplicam-se as disposições contidas no § 1º às pessoas que vierem a substituir os Secretá-
rios Municipais ou os Subprefeitos, em seus afastamentos temporários.

Os auxiliares serão nomeados pelo prefeito, devendo ser pessoas maiores de 18 anos e que
estejam na plenitude dos seus direitos políticos, devendo fazer tal comprovação por ocasião
da nomeação e ratificada anualmente.
O número de secretarias municipais e de subprefeituras, bem como suas respectivas com-
petências, serão definidas em lei.

Art. 77 A administração municipal será exercida, em nível local, através de Subprefeituras,


na forma estabelecida em lei, que definirá suas atribuições, número e limites territoriais, bem
como as competências e o processo de escolha do Subprefeito.

As subprefeituras terão atuação limitada às suas respectivas circunscrições, dentro do ter-


ritório do município, na forma da lei.

Art. 78 Ao Subprefeito compete, além do estabelecido em legislação, as seguintes atribuições:


I - coordenar e supervisionar a execução das atividades e programas da Subprefeitura, de
acordo com as diretrizes, programas e normas estabelecidas pelo Prefeito;
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II - sugerir à administração municipal, com a aprovação do Conselho de Representantes, dire-
trizes para o planejamento municipal;
III - propor à administração municipal, de forma integrada com os órgãos setoriais compe-
tentes e aprovação do Conselho de Representantes, prioridades orçamentárias relativas aos
serviços, obras e atividades a serem realizadas no território da Subprefeitura.

Atribuições cabíveis aos subprefeitos. Trata-se de rol meramente exemplificativo, uma vez
que o próprio preceito prevê que a lei também estabelece outras atribuições.

Art. 79 As Subprefeituras contarão com dotação orçamentária própria.

O orçamento público do Município é apenas um único documento legal. No caso, o fato de


a Subprefeitura contar com dotação orçamentária própria, significa dizer que esses referidos
órgãos terão verbas destinadas especificamente para eles, conforme fixado no respectivo
orçamento.

TÍTULO IV — DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL

Capítulo I — Da Administração Municipal

Art. 80 A Administração Pública Municipal compreende:


I - administração direta, integrada pelo Gabinete do Prefeito, Secretarias, Subprefeituras e
demais órgãos auxiliares, previstos em lei;
II - administração indireta, integrada pelas autarquias, fundações, empresas públicas e socie-
dades de economia mista, e outras entidades dotadas de personalidade jurídica.
Parágrafo Único. Os órgãos da administração direta e as entidades da administração indire-
ta, serão criados por lei específica, ficando estas últimas vinculadas às Secretarias ou órgãos
equiparados, em cuja área de competência estiver enquadrada sua principal atividade.

Trata da organização administrativa do município, dividida entre órgãos da administra-


ção pública direta e entidades da administração pública indireta.
As entidades da indireta são dotadas de personalidade jurídica própria, diversa do muni-
cípio, composto pelas autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de eco-
nomia mista.
Atenção ao parágrafo único, uma vez que a Constituição Federal estabelece que as autar-
CONHECIMENTOS GERAIS

quias e fundações públicas são criadas por lei específica, porém, as empresas públicas e socie-
dades de economia mista são criadas com o registro de seus respectivos atos constitutivos,
mediante autorização em lei.

Importante!
Constituição Federal:
Art. 37 [...]
XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei comple-
mentar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; 117
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Art. 81 A administração pública direta e indireta obedecerá aos princípios e diretrizes da
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência, razoabilidade, unidade, indi-
visibilidade e indisponibilidade do interesse público, descentralização, democratização, parti-
cipação popular, transparência e valorização dos servidores públicos.
§ 1º As entidades sem fins lucrativos que mantiverem contratos ou receberem verbas públicas
deverão comprovar que seus dirigentes não incidem nas hipóteses de inelegibilidade, previstas
na legislação federal.
§ 2º Cabe ao Município promover a modernização da administração pública, buscando assi-
milar as inovações tecnológicas, com adequado recrutamento e desenvolvimento dos recursos
humanos necessários.

O art. 81 busca os princípios contidos no art. 37, da CRFB, de 1988, além de prever outros
princípios de maneira expressa, todos na busca do melhor interesse da coletividade.
Além disso, ainda estabelece no § 1º que as entidades sem fins lucrativos que receberem
verba pública deverão ter seus dirigentes na plenitude dos direitos políticos, não incidindo em
hipóteses de inelegibilidade.

Art. 82 Todos os órgãos da administração direta e indireta, inclusive o Prefeito e o Tribunal de


Contas do Município, ficam obrigados a fornecer informações, de qualquer natureza, quando
requisitadas, por escrito e mediante justificativa, pela Câmara Municipal através da Mesa, das
Comissões ou dos Vereadores.
§ 1º É fixado o prazo máximo de 30 (trinta) dias para que o Executivo e o Tribunal de Contas do
Município prestem as informações requisitadas pelo Poder Legislativo, na forma do disposto
no «caput» deste artigo.
§ 2º É cabível recurso judicial para o cumprimento do «caput» deste artigo, se não observado
o prazo estipulado no parágrafo anterior, sem prejuízo das sanções previstas em lei.

A câmara municipal poderá requisitar informações aos órgãos da administração direta e indire-
ta, ao prefeito e ao Tribunal de Contas, fixando-se prazo de 30 dias para que tais informações sejam
efetivamente prestadas.

Art. 83 Para a organização da administração pública direta e indireta é obrigatório, além do


previsto nos arts. 37 e 39 da Constituição da República, o cumprimento das seguintes normas:
I - participação de representantes dos servidores públicos e dos usuários nos órgãos diretivos,
na forma da lei;
II - nas entidades da administração indireta, os órgãos de direção serão compostos por um
colegiado, com a participação de, no mínimo, um diretor eleito entre os servidores e empre-
gados públicos, na forma da lei, sem prejuízo da constituição de Comissão de Representantes,
igualmente eleitos entre os mesmos;
III - são considerados cargos de confiança na administração indireta exclusivamente aqueles
que comportem encargos referentes à gestão do órgão;
IV - na administração direta e fundacional, junto aos órgãos de direção, serão constituídas, na
forma da lei, Comissões de Representantes dos servidores eleitos dentre os mesmos;
V - é obrigatória a declaração pública de bens, no ato da posse e no desligamento de todo diri-
gente da administração direta e indireta;

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VI - os órgãos da administração direta, indireta e fundacional ficam obrigados a constituir,
nos termos da lei, comissões internas visando à prevenção de acidentes e, quando assim o
exigirem suas atividades, o fornecimento de equipamento de proteção individual e o controle
ambiental, para assegurar a proteção da vida, do meio ambiente e de adequadas condições de
trabalho de seus servidores;
VII - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso
público de provas ou provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração.
§ 1º A participação na Comissão de Representantes ou nas Comissões previstas no inciso VI
não poderá ser remunerada a nenhum título.
§ 2º Os servidores e os empregados públicos gozarão, na forma da lei, de estabilidade no cargo
ou emprego desde o registro da candidatura para o exercício de cargo de representação sindical
ou nos casos previstos no inciso II deste artigo, até 1 (um) ano após o término do mandato, se
eleito, ainda que suplente, salvo se cometer falta grave definida em lei.
§ 3º Para fins de preservação da probidade pública e moralidade administrativa, é vedada a
admissão e nomeação, para cargo, função ou emprego público, de pessoas que incidam nas
hipóteses de inelegibilidade, previstas na legislação federal.
§ 4º Para fins da aplicação das disposições contidas no § 3º deste artigo, serão observadas as
peculiaridades e a forma constitutiva dos órgãos da administração pública indireta.
§ 5º Os servidores ocupantes de cargos em comissão deverão comprovar, por ocasião da
nomeação, que estão em condições de exercício do cargo ou função, nos termos do § 3º, bem
como ratificar esta condição anualmente, até 31 de janeiro.
§ 6º No caso de servidores efetivos e dos empregados públicos, a comprovação das condições
de exercício do cargo e função pública, a que se refere o § 3º, será feita no momento da posse
ou admissão.
§ 7º Aplicam-se as disposições previstas nos §§ 3º, 5º e 6º aos órgãos da administração direta
e indireta, inclusive à Câmara Municipal e ao Tribunal de Contas do Município.

O art. 83 traz mais detalhes sobre a organização administrativa do município de São Paulo,
seguindo as determinações estabelecidas na Constituição Federal, além de outras previstas
no ordenamento jurídico.

Art. 84 Todo órgão ou entidade municipal prestará aos interessados, no prazo de lei e sob
pena de responsabilidade, as informações de interesse particular, coletivo ou geral, ressalva-
das aquelas cujo sigilo seja imprescindível, nos casos referidos na Constituição da República.
Parágrafo Único. Independerá do pagamento de taxa o exercício do direito de petição em defe-
CONHECIMENTOS GERAIS

sa de direitos contra ilegalidade ou abuso de poder, bem como a obtenção de certidões junto
a repartições públicas para a defesa de direitos e esclarecimentos de situações de interesse
pessoal.

Trata do princípio da publicidade, por meio do qual deve ser conferida a transparência
necessária para o conhecimento de todos sobre a atuação da Administração Pública.
Apesar disso, esse princípio não é absoluto, existindo situações em que o sigilo será impres-
cindível para a segurança da sociedade, de interesse do Estado ou para preservar a intimida-
de da pessoa.

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Além disso, o direito de petição e a obtenção de certidões independerão do pagamento de
taxas, previsão também contida na Constituição Federal.

Art. 85 A publicidade das atividades, programas, obras, serviços e campanhas da adminis-


tração pública direta, indireta, fundacional e órgão controlado pelo Poder Municipal, inde-
pendente da fonte financiadora, deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação
social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem propaganda
partidária, promoção pessoal de autoridade ou servidores públicos.

As informações da administração pública não poderão conter os nomes dos agentes públi-
cos envolvidos, devendo servir apenas de caráter educativo, informativo ou de orientação
social, sob pena de violação do Princípio da Impessoalidade.

Art. 86 A criação, transformação, fusão, cisão, incorporação, privatização ou extinção das


sociedades de economia mista, das empresas públicas, e, no que couber, das autarquias e fun-
dações, bem como a alienação das ações das empresas nas quais o Município tenha participa-
ção depende de prévia aprovação, por maioria absoluta, da Câmara Municipal.
Parágrafo Único. Depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias
das entidades mencionadas neste artigo, assim como a participação de qualquer delas em
empresas privadas.

A aprovação dos atos previstos no art. 86 deverão ocorrer mediante aprovação por maio-
ria absoluta da câmara municipal.
No entanto, a criação de subsidiárias previstas no parágrafo único não estabelece que a
autorização legislativa deve ser mediante maioria absoluta.

Art. 87 A Procuradoria Geral do Município tem caráter permanente, competindo-lhe as ati-


vidades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo, e, privativamente, a
representação judicial do Município a inscrição e a cobrança judicial e extra-judicial da dívida
ativa e o processamento dos procedimentos relativos ao patrimônio imóvel do Município, sem
prejuízo de outras atribuições compatíveis com a natureza de suas funções.
Parágrafo Único. Lei de organização da Procuradoria Geral do Município disciplinará sua
competência, dos órgãos que a compõe e, em especial, do órgão colegiado de Procuradores e
definirá os requisitos e a forma de designação do Procurador Geral.

A procuradoria-geral do município é órgão de advocacia pública do município de São Pau-


lo, cabendo sua representação judicial e extrajudicial, consultoria jurídica, cobrança da dívi-
da ativa, entre outras funções.
Suas competências e organização administrativa são objeto de lei específica.

Art. 88. O Município manterá sua Guarda Municipal, a qual se denomina Guarda Civil Metro-
politana, destinada à proteção da população da cidade, dos bens, serviços e instalações muni-
cipais, e para a fiscalização de posturas municipais e do meio ambiente.
§ 1º Os integrantes da Guarda Civil Metropolitana serão aposentados, voluntariamente, nos
termos do art. 40, § 4º, inciso II, da Constituição Federal, sem limite de idade, com proventos

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correspondentes à integralidade da remuneração do cargo em que se der a aposentadoria,
desde que comprovem:
I - 25 (vinte e cinco) anos de contribuição, contando com, no mínimo, 15 (quinze) anos de efeti-
vo exercício em cargo da carreira da Guarda Civil Metropolitana, se mulher;
II - 30 (trinta) anos de contribuição, contando com, no mínimo, 20 (vinte) anos de efetivo exer-
cício em cargo da carreira da Guarda Civil Metropolitana, se homem.
§ 2º A Guarda Civil Metropolitana poderá exercer dentro de suas funções a segurança e prote-
ção nas escolas públicas municipais, no âmbito da cidade de São Paulo.

A criação das guardas municipais pelos municípios é prevista no § 8º, art. 144, da Consti-
tuição Federal, que prevê: “Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à
proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.”
Quanto ao presente art. 88, é importante ressaltar que seu § 1º foi acrescentado pela Emen-
da nº 35, de 2015. No entanto, essa mesma emenda foi declarada inconstitucional, através da
Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 2260166-24.2016.8.26.0000, o que também acarretou,
via de consequência, a inconstitucionalidade de todo o referido § 1º.

Capítulo II — Dos Servidores Municipais

Art. 89 É função do Município prestar um serviço público eficiente e eficaz, com servidores
justamente remunerados e profissionalmente valorizados.
§ 1º Para fins de preservação da probidade pública e moralidade administrativa, é vedada a
nomeação ou admissão de pessoas que incidam nas hipóteses de inelegibilidade, previstas na
legislação federal.
§ 2º Os servidores ocupantes de cargos em comissão deverão comprovar, por ocasião da
nomeação, que estão em condições de exercício do cargo, nos termos do § 1º, bem como ratifi-
car esta condição, anualmente, até 31 de janeiro.

O Princípio da Eficiência é exigência constitucional de cumprimento obrigatório por parte


da administração pública.
Os §§ 1º e 2º estabelecem que os agentes públicos não possuam inelegibilidade, no ato de
nomeação e enquanto permanecerem exercendo função pública.

Art. 90 A administração pública municipal, na elaboração de sua política de recursos humanos,


atenderá ao princípio da valorização do servidor público, investindo na sua capacitação, no seu
CONHECIMENTOS GERAIS
aprimoramento e atualização profissional, preparando-o para seu melhor desempenho e sua
evolução funcional.

Previsão para investimento e medidas de valorização do servidor público.

Art. 91 A lei fixará o limite máximo e a relação entre a maior e menor remuneração dos ser-
vidores públicos municipais, observado o disposto no art. 37, inciso XI, da Constituição da
República.

Fixação de teto remuneratório para os servidores públicos do município, seguindo o texto


da Constituição Federal.
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Art. 92 A remuneração dos servidores públicos será estabelecida com vistas a garantir o aten-
dimento de suas necessidades básicas de moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, ves-
tuário, higiene, transporte e previdência social e obedecerá aos seguintes critérios:
I - piso salarial definido em comum acordo entre a administração e a representação sindical
dos servidores municipais;
II - será assegurada a proteção da remuneração, a qualquer título, dos servidores públicos con-
tra os efeitos inflacionários, inclusive com a correção monetária dos pagamentos em atraso;
III - os vencimentos dos servidores públicos municipais, ativos, inativos ou aposentados são
irredutíveis;
IV - o reajuste geral da remuneração dos servidores far-se-á sempre na mesma data, sem dis-
tinção de índices entre a administração direta, autárquica e fundacional.

Fixação de piso salarial para os servidores públicos do município, de maneira que contem-
ple as garantias estabelecidas no caput, do art. 92.

Art. 93 É garantido ao servidor público municipal o direito à livre associação sindical, nos
termos do art. 8º da Constituição da República.
Parágrafo Único. Às entidades de caráter sindical, que preencham os requisitos estabelecidos
em lei, será assegurado desconto em folha de pagamento das contribuições dos associados,
aprovadas em assembleia geral.

Direito de sindicalização por parte do servidor público, direito já estabelecido no art. 8º,
da Constituição Federal.

Art. 94 As vantagens de qualquer natureza só poderão ser instituídas por lei e quando atendam
efetivamente ao interesse e às exigências do serviço público.

As vantagens podem ser de cunho pecuniário, estabelecidas por lei e destinadas aos servi-
dores públicos, tais como adicionais, gratificações e indenizações.

Art. 95 Será concedida aos servidores municipais, na forma da lei, gratificação de distância
pelo exercício de cargo ou função em unidades de trabalho consideradas de difícil acesso.

Gratificação destinada ao servidor público, devida em função da distância pelo exercício


do cargo ou função, e que deverá compor sua remuneração.

Art. 96 Os servidores e empregados da administração pública municipal direta, indireta e


fundacional terão plano de carreira.
Parágrafo único. Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público da administração dire-
ta, das autarquias e das fundações o disposto no artigo 7º, incisos IV, VII, VIII, IX, X, XII, XIII,
XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII, XXIII, XXV, XXVI, XXVII, XXVIII, XXX e XXXI, relativos aos
direitos sociais, bem como o disposto nos artigos 40 e 41, todos da Constituição da República.

Determinação para estabelecimento de planos de cargos e salários para os servidores e


empregados públicos do município.

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Art. 97 Ao servidor público municipal é assegurado o percebimento do adicional por tempo
de serviço público, concedido por quinquênio, bem como a sexta-parte dos vencimentos inte-
grais, concedida aos vinte anos de efetivo exercício no serviço público, que se incorporarão
aos vencimentos para todos os efeitos, não sendo computados nem acumulados para fins de
concessão de acréscimos ulteriores sob o mesmo título ou idêntico fundamento.

Concessão de vantagens ao servidor público do município.

Art. 98 Ficam asseguradas à servidora e à empregada gestante, sem prejuízos de vencimentos


e demais vantagens do cargo ou emprego:
I - mudança de função, pelo tempo necessário, por recomendação médica;
II - dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para realização de, no mínimo, seis
consultas médicas e demais exames complementares.

Direitos concedidos à servidora gestante.

Art. 99 Ficam assegurados o ingresso e o acesso das pessoas com deficiência na forma da lei,
aos cargos, empregos e funções administrativas da administração direta e indireta do Muni-
cípio, garantindo-se as adaptações necessárias para sua participação nos concursos públicos.

Acesso aos cargos, empregos e funções administrativas para as pessoas com deficiência

Art. 100 Os servidores e empregados da administração direta e indireta que incorrerem na


prática do racismo ou de qualquer outro tipo de discriminação atentatória aos direitos e liber-
dades fundamentais, serão punidos na forma da lei, podendo ser demitidos a bem do serviço
público, sem prejuízo de outras penalidades a que estiverem sujeitos.

A prática de racismo por parte de servidor ou de empregado público acarretará sua demis-
são, além de outras penalidades cabíveis.

Art. 101 O pedido de aposentadoria voluntária bem como as pendências respectivas deverão
ser apreciados no prazo máximo de 60 (sessenta) dias após o seu protocolamento, na forma
da lei.

Requerimento de aposentadoria voluntária analisado dentro de 60 dias a contar da data de


CONHECIMENTOS GERAIS

seu protocolo.

Art. 101-A. Os servidores vinculados ao Regime Próprio de Previdência Social – RPPS do Muni-
cípio serão aposentados com as idades mínimas previstas para os servidores vinculados ao
Regime Próprio de Previdência Social da União no inciso III do § 1º do art. 40 da Constituição
Federal, com a redação da Emenda à Constituição Federal nº 103, de 12 de novembro de 2019,
observada a redução de idade mínima para os ocupantes de cargo de professor de que trata
o § 5º do art. 40 da Constituição Federal e os demais requisitos e critérios estabelecidos nesta
Emenda à Lei Orgânica.

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Esse artigo foi acrescentado pela Emenda nº 41, de 2022, em consonância com a reforma
previdenciária ocorrida na Constituição Federal, através da Emenda Constitucional nº 103,
de 2019.

Art. 102 Cabe ao Município assegurar uma estrutura previdenciária e de assistência médico-
-hospitalar que viabilize os princípios previstos na Constituição da República, garantindo a
participação dos segurados na sua gestão.
Parágrafo Único. A direção e o gerenciamento dos recursos destinados a assegurar os direitos
relativos à previdência do servidor serão exercidos por órgãos colegiados que terão sua com-
posição, organização e competência fixadas em lei, garantida a participação dos servidores
municipais, eleitos pelos segurados.

Determinação para que o município cumpra com a prestação dos princípios constitucio-
nais no tocante aos direitos previdenciários e de assistência médico-hospitalar.

Art. 103 Os recursos provenientes dos descontos compulsórios dos servidores públicos muni-
cipais, bem como a contrapartida do Município, destinados à formação de fundo próprio de
previdência, deverão ser postos, mensalmente, à disposição da entidade municipal responsá-
vel pela prestação do benefício, na forma que a lei dispuser.

Trata das contribuições previdenciárias dos servidores públicos municipais, que deverão
ser destinadas a fundo próprio de previdência.

Art. 104 É vedado ao Município de São Paulo proceder ao pagamento de mais de um bene-
fício da previdência social, a título de aposentadoria, a ocupantes de cargos e funções públi-
cas, inclusive de cargos eletivos, salvo os casos de acumulação permitida na Constituição da
República.

Os proventos de aposentadoria somente serão acumuláveis se forem provenientes de car-


gos que possam ser igualmente acumuláveis. Do contrário, não havendo acumulação de car-
gos, não ocorrerá acumulação de proventos de aposentadoria.

Art. 105 É vedada ao Município de São Paulo a criação ou manutenção, com recursos públicos
de carteiras especiais de previdência social para ocupantes de cargos eletivos.
Parágrafo Único. Os vereadores poderão se vincular à previdência municipal, observadas
as normas aplicáveis aos servidores públicos e o disposto no art. 202 da Constituição da
República.

É proibido criar previdência social para ocupantes de cargos eletivos.

Art. 106 É vedada a estipulação de limite de idade para ingresso por concurso público na
administração direta e indireta, respeitando-se apenas o limite constitucional para aposenta-
doria compulsória.

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Proibição para estipulação de limite de idade para ingresso ao cargo público efetivo, res-
peitando-se o limite de idade referente à aposentadoria compulsória, estabelecida na Cons-
tituição Federal.

Art. 107 Os concursos públicos de ingresso de servidores serão realizados por entidades dis-
sociadas da administração e, para a composição das comissões organizadoras, deverão ser
previamente ouvidas as entidades de classe do funcionalismo.

Determinações para contratação de bancas para a realização de provas de concursos


públicos, bem como para formação das comissões de concurso, dentro dos órgãos públicos.

Art. 108 As contratações por tempo determinado a serem efetuadas na forma da lei para aten-
der a necessidades temporárias, de excepcional interesse público, não serão superiores a 12
(doze) meses, e obedecerão, obrigatoriamente, a processo seletivo prévio.

Normas para a contratação de temporários, em situações excepcionais de interesse públi-


co, que não poderão exceder o prazo de 12 meses.

Art. 109 Lei definirá a responsabilidade e penalidades cabíveis aos servidores e empregados
da administração direta e indireta, que, por ação ou omissão:
I - tendo conhecimento de atos e práticas que contrariem os princípios previstos nesta Lei, em
especial no art. 81, não tomarem as providências cabíveis ao seu nível hierárquico;
II - contribuírem com atos que impliquem na degradação ambiental e da qualidade de vida.

Determinação para que a lei estabeleça responsabilidades e penalidades aplicáveis aos


servidores públicos. Na verdade, essa lei é o Estatuto dos Servidores Públicos do município
de São Paulo.

REGIMENTO INTERNO DA CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO

NOÇÕES GERAIS SOBRE O PODER LEGISLATIVO E OS AGENTES PÚBLICOS MUNICIPAIS

Aqueles que desejam ingressar nos cargos públicos da Câmara Municipal de São Paulo CONHECIMENTOS GERAIS
precisam conhecer a legislação mais específica que dispõe sobre assuntos como a estrutura
organizacional desse órgão, quais são os tipos de comissões a serem criadas pelos parlamen-
tares, o procedimento para a elaboração da legislação municipal, entre outros assuntos. Para
tanto, torna-se imprescindível conhecer o Regimento Interno da Câmara Municipal de São
Paulo.
Antes de adentrarmos na análise do Regimento Interno, convém fazer uma contextualiza-
ção sobre a matéria.
Por ordem expressa do Texto Constitucional, os municípios devem garantir sua autono-
mia política dentro do seu território, como parte do esquema federativo adotado pelo Brasil.
Ao contrário da União e dos estados, aos municípios somente serão conferidos dois Poderes

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políticos para manifestar essa autonomia. Cada município somente poderá contar com um
Poder Legislativo e um Poder Executivo.
A Câmara Municipal, dessa forma, é o órgão responsável pela elaboração de toda a legis-
lação a ser aplicável ao município (no caso, o município de São Paulo). Esse órgão, portanto,
integra o Poder Legislativo do município, e possui como suas funções típicas a elaboração
do processo legislativo (função legislativa), bem como a atividade de controle administrati-
vo, contábil e financeiro dos atos praticados pelos demais membros do outro Poder (função
fiscalizadora).
Em relação aos seus membros, a Câmara conta com vereadores para deliberar, votar e
aprovar todo o processo originário da legislação municipal. Essas pessoas devem representar
a vontade do povo, motivo pelo qual serão escolhidas por ele durante as eleições municipais,
as quais devem ocorrer uma vez a cada quatro anos, durante a metade (dois anos) do man-
dato presidencial vigente.
Os vereadores, dessa forma, são considerados agentes políticos. São os agentes que exer-
cem uma função pública de alta direção do Estado. Seu ingresso é feito mediante eleições,
atuando em mandatos fixos, os quais têm o condão de extinguir a relação destes com o Estado
(no sentido de governo) de modo automático pelo simples decurso do tempo. O que difere um
agente político dos demais funcionários públicos é a sua vinculação com o Estado, que não é
profissional, mas institucional.
Podemos citar como outros exemplos de agentes políticos os parlamentares, o presidente
da República, os prefeitos e os governadores, bem como seus respectivos vices, ministros de
Estado e secretários.
Para o exercício de atividades administrativas (função atípica), a Câmara também conta
com o apoio de servidores públicos, integrantes de cargos públicos, cujo ingresso depende
exclusivamente da sua aprovação nas etapas de exame de concurso público. O cargo de técni-
co legislativo, por exemplo, somente pode ser ocupado por um servidor público previamente
aprovado no exame de concurso público.
Mesmo que o Regimento Interno não atribua grande ênfase a esses agentes da Câmara
Municipal, é importante o candidato saber, ao menos, que servidor público é o agente nomea-
do pelo governo sob o regime estatutário; ele é selecionado, mediante concurso público, para
ocupar cargos públicos, possuindo vinculação com o poder público de natureza estatutária e
não contratual.
A ideia do servidor público é que ele deve exercer suas funções com profissionalismo e
eficiência, evitando favorecimentos e evitando também a prática de atos com finalidades
pessoais, dele próprio ou de terceiros.

Dica
O vínculo estabelecido entre o técnico legislativo e a Câmara Municipal é de natureza esta-
tutária. Isso significa que seu regime jurídico é disciplinado por uma lei especial (chamada
estatuto), e não se confunde com o regime jurídico dos vereadores, que ocupam cargos
políticos.

Agora que o candidato possui uma maior noção sobre o que é a Câmara Municipal e quais
são os tipos de agentes públicos que atuam dentro desse órgão, podemos finalmente adentrar
no conteúdo de seu Regimento Interno.
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É importante estabelecer que o conteúdo do Regimento Interno é bastante denso e amplo.
Por isso, veremos apenas os assuntos que possuem maiores chances de cair em questão de
prova.

TÍTULO I — DA CÂMARA MUNICIPAL

Capítulo I — Disposições Preliminares

Em seu Título I, o Regimento Interno inicia-se dispondo sobre assuntos gerais a respeito
da própria Câmara Municipal.
No art. 1º, o Regimento Interno trata da sede da Câmara Municipal de São Paulo, isto é,
o local no qual deverão ocorrer as sessões legislativas.
Em regra, as sessões legislativas da Câmara ocorrerão no Palácio Anchieta, na capital do
estado de São Paulo. Porém, conforme expõe o § 2º, do citado art. 1º, as reuniões da Câmara
Municipal poderão ocorrer em outro prédio situado em outra localidade do município, desde
que haja motivo relevante ou motivo de força maior. Será o caso, por exemplo, se a rua onde
se situa o Palácio Anchieta estiver alagada devido às fortes chuvas que causam enchentes em
diversos locais da capital paulista, evento que ocorre com bastante frequência nessa região
metropolitana.

Art. 1º A Câmara Municipal de São Paulo tem sua sede no Palácio Anchieta, na Capital do
Estado de São Paulo.
§ 1º Reputam-se nulas as sessões da Câmara realizadas fora de sua sede, à exceção das sessões
solenes ou comemorativas.
§ 2º Havendo motivo relevante ou de força maior, a Câmara poderá, por deliberação da Mesa,
“ad referendum” da maioria absoluta dos Vereadores, reunir-se em outro edifício ou em ponto
diverso na cidade de São Paulo.
§ 3º Na sede da Câmara não se realizarão atos estranhos à sua função, sem prévia autorização
da Mesa.

O § 3º busca proibir a prática de outras atividades que não sejam relacionadas com o pro-
cesso legislativo dentro da Câmara Municipal. Atos considerados ilícitos (tráfico de substân-
cias entorpecentes) ou imorais (casa de apostas, boca de fumo) jamais serão admitidos dentro
do recinto da Câmara.
Entretanto, outras atividades que não possuem relação com o processo legislativo poderão
CONHECIMENTOS GERAIS

ser realizadas no perímetro da Câmara, desde que haja prévia autorização da Mesa. Mesmo
que o dispositivo não seja elucidativo sobre essa exceção, entendemos que essas atividades
devem estar alinhadas com o interesse público, como, por exemplo, uma campanha de vaci-
nação, a realização de palestras, enfim, atividades que não sejam nem ilícitas nem imorais.
O exercício da legislatura é disciplinado pelo art. 2º. Segundo o referido dispositivo, a
legislatura da Câmara é dividida em quatro sessões legislativas, ocorrendo duas sessões a
cada ano.
As sessões terão duração de cinco meses cada, período computado da seguinte forma:

z a primeira sessão tem início no dia 1º de fevereiro e término no dia 30 de junho;


z a segunda sessão tem início no dia 1º de agosto e término no dia 15 de dezembro. 127
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Art. 2º Para os efeitos regimentais, a legislatura é dividida em 4 (quatro) sessões legislativas.
Parágrafo único. Cada sessão legislativa será contada de 1º de fevereiro a 30 de junho e de 1º
de agosto a 15 de dezembro.

Capítulo II — Da Instalação

A instalação da legislatura da Câmara deve ocorrer no dia 1º de janeiro, às 15h. Haverá


a realização de sessão solene, sob a presidência do vereador mais idoso dentre os presentes.
É nessa data que ocorre o ato de posse dos vereadores recém-eleitos para exercerem seus
respectivos mandatos.
O procedimento para a realização da posse desses vereadores é regulamentado pelo art.
3º.

Art. 3º A Câmara Municipal de São Paulo instalar-se-á, no primeiro ano de cada legislatura,
no dia 1º de janeiro, às 15:00 (quinze) horas, em sessão solene, independentemente de número,
sob a presidência do Vereador mais idoso dentre os presentes.
§ 1º Os Vereadores presentes serão empossados pelo Presidente dos trabalhos, após a leitura
do compromisso nos seguintes termos:
“Prometo exercer com dedicação e lealdade o meu mandato, cumprindo e fazendo cumprir a
Constituição da República, a Constituição Estadual, a Lei Orgânica do Município e a legislação
em vigor, defendendo a justiça social, a paz e a igualdade de tratamento a todos os cidadãos”.
§ 2º Ato contínuo, feita a chamada, cada Vereador, de pé, a ratificará dizendo: “Assim o prometo”,
permanecendo os demais Vereadores sentados e em silêncio.

Após o compromisso de posse dos vereadores eleitos, nessa data solene também será esta-
belecida a composição da Mesa da Câmara Municipal. Analisaremos esse órgão em maiores
detalhes posteriormente, mas por ora o candidato deve saber que a Mesa é o órgão incumbi-
do de dirigir os trabalhos referentes à sessão legislativa da Câmara Municipal.
A composição da Mesa será feita mediante votação, contando com a presença do vereador
mais velho e todos os demais vereadores (votação por maioria absoluta).
O § 1º, do art. 4º, estabelece que, não havendo quórum suficiente nessa data, o presidente da
sessão (o vereador mais velho) permanecerá na presidência e convocará sessões diárias, até que a
Mesa seja finalmente eleita.

Art. 4º Ainda com o Vereador mais idoso na direção dos trabalhos e havendo maioria absolu-
ta dos membros, observando-se o disposto nos artigos 10 e 11, passar-se-á à eleição da Mesa
que regerá os trabalhos da Câmara durante a primeira sessão legislativa, iniciando-se pela do
Presidente.
§ 1º Não havendo número legal, o Vereador mais idoso dentre os presentes permanecerá na
presidência e convocará sessões diárias, até que seja eleita a Mesa.
§ 2º Declarado eleito e empossado o Presidente, este assumirá a direção dos trabalhos, pas-
sando-se à eleição dos demais membros da Mesa.

Uma vez eleito o presidente da Mesa, será apurada a votação dos demais membros desse
órgão. A Mesa é um dos órgãos mais importantes para a manutenção dos trabalhos da Câma-
ra, motivo pelo qual todos os seus membros devem ser devidamente eleitos e empossados
antes mesmo do início da sessão legislativa.
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TÍTULO II — DA MESA DA CÂMARA

Capítulo I — Disposições Preliminares

Uma das matérias mais importantes apresentadas pelo Regimento Interno da Câma-
ra Municipal de SP diz respeito a sua estrutura organizacional. É certo que, nas suas rela-
ções externas, a Câmara apresenta-se como um órgão uno e singular, e seus membros não
atuam segundo seus próprios interesses, mas como verdadeiros representantes da Câmara
Municipal.
Entretanto, nada impede que a Câmara Municipal se subdivida em órgãos, unidades meno-
res e que representam um núcleo de pessoas as quais exercem uma fração do conjunto total
de competências atribuídas a esse órgão público.
Seria inconcebível imaginar que todos os funcionários pudessem realizar todas as ativi-
dades de alçada da Câmara, incluindo não apenas as funções legislativas, como também as
atividades administrativas, a gestão de pessoas, a gestão do orçamento e demais atividades
de apoio, tudo junto e ao mesmo tempo. Evidentemente, isso geraria muita confusão sobre as
atribuições de cada pessoa que trabalha em prol da Câmara Municipal. É por isso que esses
funcionários são agrupados em órgãos, e cada órgão apresenta um rol de competências pró-
prio que não se confunde com as competências dos demais.
A importância do estudo da estrutura organizacional da Câmara Municipal advém do fato
de que há alguns órgãos cujas deliberações afetam o trabalho de todos os membros da Câma-
ra; são órgãos que possuem grande poder de decisão, e mesmo que esses órgãos não compor-
tem servidores públicos, ainda assim suas deliberações podem inferir no regime de trabalho
desses servidores concursados.

Dica

A Câmara Municipal é considerada um órgão público, na sua plenitude, considerando a


ausência de personalidade jurídica (não possui CNPJ). A sua divisão em múltiplos órgãos
possui natureza meramente funcional, e é feita apenas para garantir um funcionamento
interno mais eficiente.

Como a Câmara Municipal de São Paulo se estrutura? O Regimento Interno não traz um
dispositivo em específico detalhando todos os órgãos que fazem parte do “esqueleto” da
Câmara. Porém, vemos que o instrumento legislativo dá grande ênfase a três órgãos distin-
tos: a Mesa, as Comissões e o Plenário. Com isso, a análise dos dispositivos da estrutura da
CONHECIMENTOS GERAIS

Câmara Municipal deve ter como destaque esses três órgãos especiais.
A Mesa é, sem dúvidas, um dos órgãos mais importantes para a Câmara Municipal, sendo
a responsável por conduzir os trabalhos atinentes ao processo legislativo municipal, além de
exercer outras atividades administrativas igualmente importantes para a manutenção e o
funcionamento da Câmara.
A composição da Mesa encontra-se prevista no art. 5º. Segundo o referido dispositivo, a
Mesa conta com sete membros: o caput prevê um presidente, dois vice-presidentes e dois
secretários. O parágrafo único do dispositivo acrescenta a essa composição dois suplentes,
para atuarem em conjunto com cada secretário, totalizando os sete membros.

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Art. 5º A Mesa eleita, com mandato de 1 (um) ano, será composta do Presidente, do 1º Vice-
-Presidente, do 2º Vice-Presidente, do 1º Secretário e do 2º Secretário.
Parágrafo único. Após a eleição do 2º Secretário, serão eleitos os 1º e 2º Suplentes da Mesa.

Considerando que os membros da Mesa exercem mandatos eletivos, as hipóteses de vacân-


cia dessas posições são bastante limitadas. O normal é que o membro da Mesa deixe de exer-
cer suas funções com o término de seu mandato.
Contudo, o art. 6º determina algumas exceções que podem resultar no término antecipado
do mandato. É o caso da morte do vereador, da posse da nova Mesa, da renúncia e, desde que
apresentada por escrito, da destituição do cargo, ou ainda da perda do mandato pela prática
de alguma infração disciplinar.

Art. 6º As funções dos membros da Mesa somente cessarão:


I - pela morte;
II - com a posse da nova Mesa na forma do artigo 9º;
III - pela renúncia, apresentada por escrito;
IV - pela destituição do cargo;
V - pela perda do mandato.

A principal diferença entre a destituição do cargo e a perda do mandato é a presença do


elemento sancionador no último. A perda do mandato sempre pressupõe que o vereador
cometeu alguma infração, e ela tem caráter punitivo. A destituição do cargo pode ocorrer por
diversas razões, como a perda da sua capacidade, ou para acompanhar o cônjuge, ou ainda
para o exercício de mandato em outro órgão.
Quando o cargo vago é o do presidente, há uma linha sucessória para assumir essa posi-
ção. O § 1º, do art. 7º, expõe que, de forma interina (leia-se temporária), deverão assumir o
cargo da presidência da Mesa: o primeiro-vice-presidente, o segundo-vice-presidente, o pri-
meiro-secretário, o segundo-secretário, o primeiro-suplente, o segundo-suplente e, por fim, o
vereador mais velho.

Art. 7º Vago qualquer cargo da Mesa, a eleição respectiva deverá realizar-se na fase do Expe-
diente da primeira sessão subsequente à vaga ocorrida, ou em sessão extraordinária para esse
fim convocada.
§ 1º Vaga a Presidência, assumirá a função em caráter interino, sucessivamente:
I - o 1º Vice-Presidente;
II - o 2º Vice-Presidente;
III - o 1º Secretário;
IV - o 2º Secretário;
V - o 1º Suplente;
VI - o 2º Suplente;
VII - o Vereador mais idoso.
§ 2º Até que se proceda à eleição prevista neste artigo, o Presidente interino ficará investido na
plenitude das funções do cargo.

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Capítulo II — Da Eleição da Mesa

As eleições para os cargos da Mesa serão realizadas em primeiro escrutínio secreto, por
maioria absoluta de votos para cada um dos cargos, obedecida a linha sucessória exposta
anteriormente.
Caso nenhum candidato consiga o quórum desejado (50% + 1 voto de todos os membros),
será aberto segundo escrutínio, no qual só concorrerão os dois candidatos mais votados no
primeiro.
Havendo empate técnico entre os dois candidatos mais votados, o § 2º, do art. 10, dá pre-
ferência para o candidato mais velho. Se ambos os candidatos possuírem a mesma idade, o
desempate será feito por sorteio.

Art. 10 A eleição da Mesa será feita em primeiro escrutínio, por maioria absoluta de votos,
cargo por cargo, obedecendo-se à ordem constante do artigo 5º e seu parágrafo único.
§ 1º Se qualquer dos candidatos não alcançar a maioria absoluta, proceder-se-á a segundo
escrutínio, ao qual só concorrerão os dois candidatos mais votados no primeiro, para o cargo
em votação, considerando-se eleito o que obtiver maioria simples.
§ 2º Se ocorrer empate, será considerado eleito o mais idoso dos concorrentes, e, se persistir o
empate, disputarão o cargo por sorteio.
§ 3º Não sendo possível, por qualquer motivo, efetivar-se ou completar-se a eleição da Mesa na
primeira sessão para esse fim convocada, o Presidente convocará sessão para o dia seguinte e,
se necessário, para os dias subsequentes, até plena consecução desse objetivo.

Capítulo III — Das Atribuições da Mesa

Em relação às competências da Mesa, o Regimento Interno busca fazer uma simples divi-
são: as atribuições gerais da Mesa estão previstas nos incisos e alíneas do art. 13; entretanto,
o Regimento Interno também dedica alguns dispositivos para designar algumas competên-
cias mais específicas para alguns de seus membros.

Art. 13 À Mesa compete, dentre outras atribuições estabelecidas em lei e neste Regimento ou
deles implicitamente resultantes, a direção dos trabalhos legislativos e dos serviços adminis-
trativos da Câmara, especialmente:
I - No setor legislativo:
a) convocar sessões extraordinárias;
CONHECIMENTOS GERAIS

b) propor privativamente à Câmara:


1) projetos que disponham sobre criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e
funções de seus serviços e fixação da respectiva remuneração;
2) projetos de lei que disponham sobre abertura de créditos suplementares ou especiais, atra-
vés de anulação parcial ou total de dotação da Câmara;
3) projeto de decreto legislativo sobre a remuneração do Prefeito e Vice-Prefeito;
4) projeto de resolução que disponha sobre a remuneração dos Vereadores.
c) tomar as providências necessárias à regularidade dos trabalhos legislativos;
d) declarar a perda do mandato de Vereador, de ofício ou mediante provocação de qualquer
dos membros da Câmara ou de partido político nela representado, assegurado o direito de
defesa nos casos previstos nos incisos III, IV e V do artigo 18, da Lei Orgânica do Município;
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e) instalar Tribuna Popular, na forma prevista no Capítulo VII do Título VI.
II - No setor administrativo:
a) superintender os serviços administrativos da Câmara e elaborar seu regulamento, interpre-
tando conclusivamente, em grau de recurso, os seus dispositivos;
b) suplementar, mediante ato, as dotações do orçamento da Câmara, observado o limite da
autorização constante da lei orçamentária, desde que sejam provenientes de anulação total
ou parcial de suas dotações orçamentárias;
c) devolver à Tesouraria da Prefeitura o saldo de caixa existente na Câmara no final do
exercício;
d) enviar ao Tribunal de Contas do Município, até o dia 31 de março, as contas do exercício
anterior;
e) nomear, promover, comissionar, conceder gratificações e licenças, pôr em disponibilidade,
exonerar, demitir, aposentar e punir servidores da Câmara Municipal, nos termos da lei;
f) regulamentar o processo de licitações, observando-se o disposto no artigo 129 e parágrafos
da Lei Orgânica do Município;
g) permitir sejam divulgados os trabalhos da Câmara no Plenário ou nas Comissões, observan-
do-se o disposto no artigo 85 da Lei Orgânica do Município, sem ônus para os cofres públicos.
h) determinar abertura de sindicâncias e inquéritos administrativos.

As competências gerais da Mesa dividem-se em dois subgrupos:

z competências legislativas;
z competências administrativas.

As competências legislativas são, como o próprio nome aduz, atribuições da Mesa volta-
das para a realização do processo legislativo, isto é, para a criação das leis, de força cogente
máxima e eficácia geral erga omnes. Essas competências legislativas representam a vontade
geral da população que elegeu os vereadores como seus representantes e, por isso, tais atri-
buições não podem ser delegadas.
Todas as etapas referentes ao processo legislativo, que vai desde a convocação dos mem-
bros até a proposição de projeto de lei para a Câmara, são responsabilidades dos membros
da Mesa.
Conforme depreende-se pela leitura do dispositivo citado, no setor legislativo a Mesa é
competente para:

z convocar sessões extraordinárias;


z propor à Câmara:

„ projetos de lei que determinem a criação e extinção dos cargos públicos e suas respec-
tivas remunerações;
„ projetos de lei que disponham sobre abertura de créditos suplementares ou especiais;
„ projetos que disponham sobre a remuneração dos vereadores, do prefeito e do
vice-prefeito.

z tomar providências necessárias para permitir a condução dos trabalhos legislativos den-
tro da Câmara;
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z declarar a perda do mandato do vereador, de qualquer outro membro da Câmara ou de
partido político nela representado;
z instaurar a Tribuna Popular, nos termos do art. 207, do Regimento Interno.

Mas a Mesa também possui competência de natureza administrativa, devendo realizar


as seguintes atribuições:

z superintender os serviços administrativos praticados na Câmara e elaborar seu regula-


mento na forma de estatuto (porque seu regime jurídico é estatutário, e não celetista);
z suplementar as dotações do orçamento da Câmara, respeitando os valores-limite (ou “teto
de gastos”) expostos na legislação orçamentária vigente;
z enviar as contas da Câmara Municipal referentes ao exercício financeiro anterior para
que o Tribunal de Contas do Município possa emitir parecer;
z praticar atos atinentes aos servidores da Câmara, como a nomeação, dar posse, conce-
der gratificação, conceder férias, conceder licença, colocá-lo em disponibilidade, exonerar,
e também aplicar a sanção disciplinar correspondente à infração praticada pelo servidor;
z regulamentar os procedimentos licitatórios de interesse da Câmara Municipal;
z determinar a abertura de sindicância e de inquéritos administrativos para investigar
a conduta apurada como transgressão disciplinar.

Para deliberar sobre todas essas matérias, a Mesa reunir-se-á uma vez a cada 15 dias. O quó-
rum para aprovar as deliberações realizadas na Mesa é por maioria simples (50% + 1 voto dos
membros presentes).
Todas as decisões da Mesa serão assinadas e publicadas no meio adequado, o qual pode ser
o Diário Oficial do município ou o próprio endereço eletrônico da Câmara Municipal.

Capítulo IV — Do Presidente

Como mencionamos, o Regimento Interno também se dedica a disciplinar sobre alguns


membros da Mesa. É o caso do presidente, o vereador eleito para dirigir todos os trabalhos
realizados pela Mesa.
O presidente não é apenas o “chefe” da Mesa, mas é também o seu representante judicial
(relação com alguma lide processual em que a Mesa configura em um dos polos da ação) e
extrajudicial (nas relações da Mesa com outros órgãos da Câmara, ou com outros órgãos e
entidades públicas).
CONHECIMENTOS GERAIS

As competências do presidente da Mesa estão previstas nos incisos, do art. 17.

Art. 17 São atribuições do Presidente, além das que estão expressas neste Regimento ou decor-
ram da natureza de suas funções e prerrogativas:
I - Quanto às sessões:
a) anunciar a convocação das sessões, nos termos deste Regimento;
b) abrir, presidir, suspender e encerrar as sessões;
c) passar a presidência a outro Vereador, bem como convidar qualquer deles para secretariá-
-la, na ausência de membros ou suplentes da Mesa;
d) manter a ordem dos trabalhos, interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno;
e) mandar proceder à chamada e à leitura dos papéis e proposições; 133
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f) transmitir ao Plenário, a qualquer momento, as comunicações que julgar convenientes;
g) conceder ou negar a palavra aos Vereadores, nos termos regimentais;
h) interromper o orador que se desviar da questão em debate ou falar sem o respeito devido
à Câmara ou a qualquer de seus membros, advertindo-o, chamando-o à ordem e, em caso de
insistência, cassando-lhe a palavra, podendo, ainda, suspender a sessão, quando não atendido
e as circunstâncias o exigirem;
i) chamar a atenção do orador, quando se esgotar o tempo a que tem direito;
j) anunciar a Ordem do Dia e submeter à discussão e votação a matéria dela constante;
l) anunciar o resultado das votações;
m) estabelecer o ponto da questão sobre o qual deva ser feita a votação;
n) determinar, nos termos regimentais, de ofício ou a requerimento de qualquer Vereador, que
se proceda à verificação de presença;
o) anotar, em cada documento, a decisão do Plenário;
p) resolver qualquer questão de ordem e, quando omisso o Regimento, estabelecer precedentes
regimentais, que serão anotados para solução de casos análogos;
q) organizar a Ordem do Dia, ouvidas as lideranças, atendendo aos preceitos legais e
regimentais;
r) anunciar o término das sessões, convocando, antes, a sessão seguinte.
II - Quanto às proposições:
a) receber as proposições apresentadas;
b) distribuir proposições, processos e documentos às Comissões;
c) determinar, a requerimento do autor, a retirada de proposições, nos termos regimentais;
d) declarar prejudicada a proposição, em face da rejeição ou aprovação de outra com o mesmo
objetivo;
e) devolver ao autor, quando não atendidas as formalidades regimentais, proposição em que
se pretenda o reexame de matéria anteriormente rejeitada ou vetada, e cujo veto tenha sido
mantido;
f) recusar substitutivos ou emendas que não sejam pertinentes à proposição inicial;
g) determinar o desarquivamento de proposição, nos termos regimentais;
h) retirar da pauta da Ordem do Dia proposição em desacordo com as exigências regimentais;
i) despachar requerimentos verbais ou escritos, processos e demais papéis submetidos à sua
apreciação;
j) observar e fazer observar os prazos regimentais;
l) solicitar informações e colaborações técnicas para estudo de matéria sujeita à apreciação
da Câmara, quando requerido pelas Comissões;
m) devolver proposição que contenha expressões antirregimentais;
n) determinar a entrega obrigatória de cópias de projetos de lei a todos os Vereadores em
exercício;
III - Quanto às Comissões:
a) designar os membros das Comissões Temporárias, nos termos regimentais;
b) designar substitutos para os membros das Comissões em caso de vaga, licença ou impedi-
mento ocasional, observada a indicação partidária;
c) declarar a destituição de membros das Comissões, quando deixarem de comparecer a 5
(cinco) reuniões ordinárias consecutivas ou a 10 (dez) intercaladas, sem motivo justificado.
IV - Quanto às reuniões da Mesa:
a) convocar e presidir as reuniões da Mesa;
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b) tomar parte nas suas discussões e deliberações, com direito a voto e assinar os respectivos
atos e decisões;
c) distribuir as matérias que dependerem do parecer da Mesa;
d) encaminhar as decisões da Mesa, cuja execução não for atribuída a outro de seus membros.
V - Quanto às publicações;
a) determinar a publicação de todos os atos da Câmara, da matéria de expediente, da Ordem
do Dia e do inteiro teor dos debates;
b) revisar os debates, não permitindo a publicação de expressões e conceitos antirregimentais
ou ofensivos ao decoro da Câmara, bem como de pronunciamentos que envolverem ofensas
às instituições nacionais, propaganda de guerra, de preconceito de raça, de religião ou de
classe, configurarem crime contra a honra ou contiverem incitamento à prática de crimes de
qualquer natureza;
c) determinar a publicação de informações, notas e documentos que digam respeito às ativida-
des da Câmara e devam ser divulgados.
d) determinar que, em toda publicação em que houver menção ao nome do Vereador, seja
incluída a sigla do partido a que pertença, independentemente da legislatura;
e) determinar a inclusão do nome do proponente, bem como da sigla do partido a que perten-
ça, todas as vezes em que a publicação faça referência a qualquer projeto de sua iniciativa.
VI - Quanto às atividades e relações externas da Câmara:
a) manter, em nome da Câmara, todos os contatos de direito com o Prefeito e demais
autoridades;
b) agir judicialmente, em nome da Câmara, “ad referendum” ou por deliberação do Plenário;
c) determinar lugar reservado aos representantes credenciados da imprensa escrita, falada e
televisionada;
d) zelar pelo prestígio da Câmara e pelos direitos, garantias e respeito devido aos seus membros.

O dispositivo também faz uma divisão das competências do presidente, colocando-as nos
seguintes grupos:

z Quanto às sessões: o presidente é o responsável por abrir, presidir e coordenar os traba-


lhos das sessões da Mesa. O presidente deve sempre manter o decoro dentro das sessões e
praticar todos os atos essenciais para o seu prosseguimento de forma pacífica e sem mui-
tas interrupções (conceder a palavra para o vereador, anunciar a Ordem do Dia, determi-
nar a verificação da presença dos demais membros etc.);
z Quanto às proposições: o presidente deverá receber todas as proposições apresenta-
das à Mesa, ficando encarregado de realizar todos os atos que facilitem a movimenta-
CONHECIMENTOS GERAIS

ção, a análise e a votação dessas proposições. Esses atos são de distribuição, de retirada
de proposições que estejam em desacordo com as exigências regimentais, de solicitação
de informações para estudo de matéria sujeita à apreciação da Câmara, de despacho de
requerimentos sobre processos e outros papéis submetidos à sua apreciação, entre outros;
z Quanto às Comissões: o presidente possui competências voltadas principalmente para as
Comissões Temporárias (que possuem prazo fixo para seu funcionamento). O presidente é
responsável por designar todos os membros que deverão integrar as Comissões Temporá-
rias e seus respectivos substitutos em caso de vacância, licença ou impedimento ocasional,
bem como destituir os membros dessas Comissões;

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z Quanto às reuniões da Mesa: o presidente é o membro encarregado de convocar e pre-
sidir as reuniões quinzenais da Mesa, além de encaminhar todas as matérias sujeitas à
apreciação de todos os membros da Mesa. Essa apreciação será instrumentalizada por um
parecer;
z Quanto às publicações: o presidente é responsável pela publicação de todas as delibera-
ções e demais atos discutidos e votados pela Câmara Municipal, incluindo os instrumen-
tos advindos do processo legislativo (projeto de lei, resoluções etc.) e as demais matérias
designadas para Ordem do Dia, e fruto do resultado dos debates e da votação da Mesa. Em
toda publicação em que houver menção ao nome do vereador, o presidente deverá encar-
regar-se de designar a sigla do partido a que pertença, independentemente da legislatura;
z Quanto às atividades e relações externas: é certo que a Mesa da Câmara possui uma
relação bastante intrínseca com o chefe do Poder Executivo municipal, isto é, o prefeito.
Quem mantém esse contato direto entre esses dois Poderes é, justamente, o presidente da
Mesa. Além disso, o Presidente também deverá representar a Câmara Municipal em juí-
zo, zelando pela defesa dos direitos, garantias e interesses conferidos à Câmara e a todos
os seus membros. Por fim, o dispositivo também aduz como competência do Presidente
designar lugar reservado aos representantes credenciados da imprensa escrita, falada e
televisionada.

Sobre as atividades externas, o presidente da Mesa não é o único membro que possui for-
tes relações com o prefeito e o vice-prefeito: o Plenário também possui algumas atribuições
que surtem efeitos no mandato desses indivíduos, podendo inclusive julgá-lo nos crimes de
responsabilidade e até mesmo julgar as suas contas. Veremos as atribuições do Plenário em
momento posterior.
Esse não é o único dispositivo que apresenta competências exclusivas do presidente da
Mesa. O art. 18 também acrescenta algumas atribuições voltadas para os outros vereadores.
Observe o texto do dispositivo legal:

Art. 18 Compete, ainda, ao Presidente:


I - dar posse aos Vereadores e Suplentes;
II - declarar a extinção do mandato de Vereador;
III - exercer a chefia do Executivo Municipal, nos casos previstos em lei;
IV - justificar a ausência de Vereador às sessões plenárias, quando motivada pelo desempenho
de suas funções em Comissões Temporárias, em caso de doença, nojo ou gala, mediante reque-
rimento do interessado;
V - executar as deliberações do Plenário;
VI - promulgar as resoluções e decretos legislativos, bem como as leis com sanção tácita ou
nos casos previstos no artigo 369;
VII - manter correspondência oficial da Câmara nos assuntos que lhe são afetos;
VIII - rubricar os livros destinados aos serviços da Câmara, podendo designar funcionário
para tal fim;
IX - nomear e exonerar o chefe e os auxiliares do Gabinete da Presidência:
X - autorizar a despesa da Câmara e o seu pagamento, dentro dos limites do orçamento, obser-
vando as disposições legais e requisitando da Prefeitura o respectivo numerário, e aplicando
as disponibilidades financeiras no mercado de capitais.

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XI - dar andamento legal aos recursos interpostos contra seus atos, de modo a garantir o
direito das partes;
XII - providenciar a expedição, no prazo de 20 (vinte) dias úteis, das certidões que lhe forem
solicitadas, bem como atender às requisições judiciais;
XIII - despachar toda matéria do expediente;
XIV - dar conhecimento à Câmara, na última sessão ordinária de cada ano, da resenha dos
trabalhos realizados durante a sessão legislativa.

O presidente da Mesa não comanda apenas os membros da Mesa e os servidores que atuam
dentro da Câmara: ele comanda todos os seus membros, incluindo os outros vereadores. É
por isso que o dispositivo prevê como parte de suas atribuições a capacidade de dar posse,
bem como declarar extinto o mandato dos demais vereadores ou de seus suplentes.
As demais competências dispostas no art. 18 não trazem conteúdo bastante inovador, isso
porque tais atos são apenas consequências lógicas das demais atribuições previstas no art.
17.
Se o presidente é competente para deliberar sobre as matérias postas em Mesa, é evidente
que ele também é competente para executar essas deliberações. Se o presidente é competen-
te para julgar recursos sobre matéria de sua alçada, é evidente que ele também deve promo-
ver o devido andamento legal desse recurso.

Capítulo V — Dos Vice-Presidentes

Os primeiros e segundos vice-presidentes não possuem um dispositivo próprio com


competências exclusivas. Isso é assim pois esses membros da Mesa possuem uma única fun-
ção: substituir o presidente quando este não puder comparecer à reunião da Mesa, por qual-
quer motivo. É isso o que dispõe o texto do art. 24.

Art. 24 Sempre que o Presidente não se achar no recinto à hora regimental de início das ses-
sões, o 1º Vice-Presidente o substituirá no desempenho de suas funções, cedendo-lhe o lugar à
sua presença.
§ 1º O mesmo fará o 2º Vice-Presidente em relação ao 1º Vice-Presidente.
§ 2º Quando o Presidente deixar a presidência, durante a sessão, as substituições serão proces-
sadas segundo as mesmas normas.

O art. 25 apresenta um conteúdo interessante: caso haja a substituição do presidente por


CONHECIMENTOS GERAIS

motivo de impedimento de exercer a função, ou por motivo de licença, os vice-presidentes


ficarão investidos na plenitude das respectivas funções, podendo realizar todas as atividades
de competência do antigo presidente. Não ocorrendo essas duas hipóteses, a substituição
ocorrerá apenas de forma temporária.

Art. 25 Obedecida a ordem estabelecida no artigo anterior, os Vice-Presidentes substituirão


o Presidente em suas faltas, ausências, impedimentos ou licenças, ficando, nas duas últimas
hipóteses, investidos na plenitude das respectivas funções.

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Capítulo VI — Dos Secretários

Os secretários deverão exercer as atividades de auxílio para garantir maior fluidez aos
trabalhos realizados pelo presidente ou vice-presidentes.
O Regimento Interno apresenta algumas competências exclusivas para o primeiro-secre-
tário, apenas. Elas estão dispostas nos incisos, do art. 26.

Art. 26 São atribuições do 1º Secretário:


I - proceder à chamada, nos casos previstos neste Regimento, assinando as respectivas folhas;
II - ler todos os papéis sujeitos ao conhecimento ou à deliberação da Câmara;
III - determinar o recebimento e zelar pela guarda de proposições e papéis entregues à Mesa,
para conhecimento e deliberação da Câmara;
IV - receber e determinar a elaboração de toda a correspondência oficial da Câmara, sujeitan-
do-se ao conhecimento, apreciação e assinatura do Presidente;
V - encerrar, com as necessárias anotações, as folhas de presença ao final de cada sessão;
VI - secretariar as reuniões da Mesa, redigindo, em livro próprio, as respectivas atas;
VII - redigir as atas das sessões secretas;
VIII - substituir o Presidente, na falta dos Vice-Presidentes.
Parágrafo único. O 2º Secretário substituirá o 1º Secretário em suas faltas, ausências, impe-
dimentos ou licenças, ficando, nas duas últimas hipóteses, investido na plenitude das respec-
tivas funções.

Todas as atribuições do primeiro-secretário podem ser descritas como funções típicas de


secretaria. São exemplos de funções típicas de secretaria: secretariar as reuniões da Mesa,
redigir ata das sessões secretas, ler os papéis e demais documentos para deliberação da
Câmara Municipal, entre outras.
O dispositivo faz uma pequena menção ao segundo-secretário, na hipótese em que o pri-
meiro-secretário não esteja disponível devido à falta, ausência, licença ou se por qualquer
motivo se encontrar impedido de exercer suas funções.
Também devem atuar como substitutos do primeiro-secretário os dois suplentes, confor-
me expõe o texto do art. 27.

Art. 27 O primeiro Suplente da Mesa e, na sua falta, o segundo, serão chamados a substituir
interinamente o 2º Secretário e, sucessivamente, o 1º Secretário, bem como o 2º Vice-Presiden-
te e o 1º Vice-Presidente, quando afastados temporariamente do cargo.
Parágrafo único. Quando o 1º e 2º Suplentes da Mesa estiverem ocupando os cargos de 1º e 2º
Vice-Presidentes, vago o cargo de Presidente, assumirá o 1º Secretário.

Capítulo VIII — Da Renúncia e Destituição da Mesa

Além do término do mandato, o membro da Mesa também poderá requerer renúncia para
o cargo que o vereador ocupa na Mesa, ou ainda ser destituído.
Segundo o texto do art. 30, a renúncia dar-se-á por ofício encaminhado para a Mesa, e será
efetivada independentemente de aprovação pelo Plenário.

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Art. 30 A renúncia do Vereador ao cargo que ocupa na Mesa dar-se-á por ofício a ela dirigido
e se efetivará, independentemente de deliberação do Plenário, a partir do momento que for
lida em sessão.
Parágrafo único. Em caso de renúncia coletiva de toda a Mesa, o ofício respectivo será levado
ao conhecimento do Plenário.

A destituição apresenta-se como um procedimento mais complexo: ela será decretada ape-
nas se o membro da Mesa exorbitar, negligenciar ou omitir-se de suas atribuições. Esses atos
serão devidamente investigados e apurados em processo instaurado especificamente para
esse fim, cujo procedimento encontra-se previsto no texto do art. 32.

Art. 32 O processo de destituição terá início por representação subscrita, no mínimo, pela
maioria absoluta da Câmara, necessariamente lida em Plenário, por qualquer de seus sig-
natários, em qualquer fase da sessão, com ampla e circunstanciada fundamentação sobre as
irregularidades imputadas.
§ 1º Oferecida a representação, nos termos do presente artigo, serão sorteados 3 (três) Verea-
dores, entre os desimpedidos, para constituírem a Comissão Processante, que se reunirá den-
tro das 48 (quarenta e oito) horas seguintes, sob a presidência do mais idoso de seus membros.
§ 2º Instalada a Comissão Processante, o acusado ou acusados serão notificados dentro de 3
(três) dias, abrindo-se-lhes o prazo de 10 (dez) dias para apresentação, por escrito, de defesa
prévia.
§ 3º Findo o prazo estabelecido no parágrafo anterior, a Comissão Processante, de posse ou
não da defesa prévia, procederá às diligências que entender necessárias, emitindo, ao final,
seu parecer.
§ 4º O acusado ou acusados poderão acompanhar todos os atos e diligências da Comissão
Processante.
§ 5º A Comissão Processante terá prazo máximo e improrrogável de 20 (vinte) dias para emitir
e dar à publicação o parecer a que alude o parágrafo 3º deste artigo, o qual deverá concluir
pela improcedência das acusações, se julgá-las infundadas, ou, em caso contrário, por projeto
de resolução propondo a destituição do acusado ou acusados.

O processo de destituição dependerá dos trabalhos de uma Comissão Processante. Essa


Comissão fica encarregada de redigir um parecer que poderá concluir pela procedência ou
improcedência das acusações.
A Comissão de Constituição e Justiça, por sua vez, receberá esse parecer da Comissão e
emitirá sua própria opinião, mediante outro parecer, determinando a acusação ou a inocên-
CONHECIMENTOS GERAIS

cia do vereador investigado.


O parecer da Comissão Processante que concluir pela improcedência das acusações resul-
tará no arquivamento do processo, se acatado pela autoridade julgadora. Se o parecer for
rejeitado, o processo continua com o seu prosseguimento à Comissão de Constituição e Justi-
ça (CCJ).

Art. 34 O parecer da Comissão Processante que concluir pela improcedência das acusações
será votado por maioria simples, procedendo-se:
I - ao arquivamento do processo, se aprovado o parecer;
II - à remessa do processo à Comissão de Constituição e Justiça, se rejeitado.
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§ 1º Ocorrendo a hipótese prevista no inciso II do presente artigo, a Comissão de Constituição
e Justiça elaborará, dentro de 3 (três) dias da deliberação do Plenário, parecer que conclua por
projeto de resolução propondo a destituição do acusado ou acusados.
§ 2º O parecer mencionado no parágrafo anterior será apreciado na mesma forma prevista no
artigo 33, exigindo-se, para sua aprovação, o voto favorável de, no mínimo, 2/3 (dois terços)
dos membros da Câmara.

Enquanto estiver sob investigação, o vereador não poderá presidir nem secretariar os tra-
balhos da Mesa. Além disso, ele também ficará impedido de participar da votação do parecer
da Comissão de Constituição e Justiça, por razões óbvias.

TÍTULO III — DAS COMISSÕES

Capítulo I — Disposições Preliminares

Mencionamos brevemente que uma das funções típicas do Poder Legislativo diz respeito
à fiscalização dos atos e dos gastos realizados pelos demais membros de outros Poderes. O
Poder Legislativo, nesse sentido, realiza trabalhos de investigação para garantir que algumas
matérias sejam passíveis de deliberação pela Câmara, bem como que nenhuma autoridade
pública pratique atos ilícitos, imorais ou abusivos.
As atividades deliberativas sobre essas matérias relevantes serão objeto de trabalho das
Comissões Permanentes, enquanto o controle dos atos das autoridades públicas será exerci-
do mediante os trabalhos investigativos realizados pelas Comissões Temporárias, em espe-
cial a Comissão Parlamentar de Inquérito (ou CPI).
A Câmara Municipal de São Paulo também possui competência para instaurar essas
Comissões. O ponto mais característico dessas Comissões é o fato de que cada um desses
órgãos especiais é encarregado de investigar uma matéria, um assunto ou um evento em
específico. Segundo o texto do art. 38, as Comissões Parlamentares poderão ser Permanentes
ou Temporárias.
Há dois critérios que distinguem esses dois tipos de Comissões, os quais podem ser mais
bem analisados pela presente tabela:

COMISSÕES PERMANENTES COMISSÕES TEMPORÁRIAS


Matéria: assuntos técnico-legislativos e temas Matéria: assuntos mais específicos, que devem
mais abrangentes buscar uma solução imediata (almejar uma
finalidade)
Não possuem prazo, pois são permanentes Possuem prazo para encerrar seus trabalhos

Art. 38 As Comissões serão:


I - Permanentes - as de caráter técnico-legislativo, que têm por finalidade apreciar os assuntos
ou proposições submetidas ao seu exame, assim como exercer as demais atribuições previstas
na Lei Orgânica do Município e neste Regimento;
II - Temporárias - as criadas para apreciar assunto específico, que se extinguem quando atin-
gida a sua finalidade ou expirado seu prazo de duração.

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§ 1º Além das Comissões Permanentes de caráter técnico-legislativo, ficam criadas, de cará-
ter permanente, as Comissões Extraordinárias de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania;
de Defesa dos Direitos da Criança, do Adolescente e da Juventude; do Idoso e de Assistência
Social; de Meio Ambiente e dos Direitos dos Animais; de Segurança Pública; de Relações Inter-
nacionais; e de Turismo, Lazer e Gastronomia.
§ 2º As Comissões Extraordinárias de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania; Relações
Internacionais; de Defesa dos Direitos da Criança, do Adolescente e da Juventude; do Idoso e
de Assistência Social; de Meio Ambiente e dos Direitos dos Animais; de Segurança Pública; e
a Comissão Extraordinária de Turismo, Lazer e Gastronomia, com 5 (cinco) membros cada
uma, não são consideradas para efeitos de representação numérica estabelecida pelo art. 40
do Regimento.
§ 3º Os vereadores que fizerem parte destas comissões poderão participar das demais Comis-
sões Permanentes de caráter técnico-legislativo, nos termos deste Regimento.
§ 4º Aplicam-se a estas comissões, no que couber, as disposições regimentais relativas às
Comissões Permanentes, em especial os arts. 43, 50 e 57.

Capítulo II — Das Comissões Permanentes

O Regimento Interno dedica alguns de seus dispositivos para tratar desses dois tipos de
Comissões Parlamentares, motivo pelo qual devemos realizar uma análise mais pormenori-
zada das Comissões Permanentes e das Comissões Temporárias.
Ao todo, a Câmara Municipal conta com sete Comissões Permanentes (sem contar as Comis-
sões Extraordinárias), e o seu nome já designa qual é o tipo de matéria permanente que cada
Comissão fica encarregada de deliberar sobre.
Nesse sentido, o art. 39 indica o nome de todas as Comissões Permanentes comuns (ou
ordinárias).

Art. 39 As Comissões Permanentes, em número de 7 (sete), têm as seguintes denominações e


composição:
I - Constituição, Justiça e Legislação Participativa, com 9 (nove) membros;
II - Finanças e Orçamento, com 9 (nove) membros;
III - Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente, com 7 (sete membros);
IV - Administração Pública, com 7 (sete) membros;
V - Trânsito, Transporte, Atividade Econômica, Turismo, Lazer e Gastronomia, com 7 (sete)
membros; CONHECIMENTOS GERAIS
VI - Educação, Cultura e Esportes, com 7 (sete) membros;
VII - Saúde, Promoção Social, Trabalho, Idoso e Mulher, com 7 (sete) membros.

A composição para as Comissões Permanentes será obtida pela divisão entre o número de
vereadores de cada partido pelo número das Comissões Permanentes. O número inteiro do
quociente final, denominado quociente partidário, representará o número de vagas que cada
bancada terá nas Comissões.
As vagas remanescentes serão distribuídas aos partidos levando em consideração as fra-
ções do quociente partidário; tem preferência o partido com quociente maior, respeitada a
capacidade máxima para cada Comissão conforme exposto no dispositivo citado.

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Em caso de empate do número do quociente partidário, o § 2º, do art. 40, determina que
o partido que não tiver representação nas Comissões tem precedência sobre os demais. E se
ainda assim persistir o empate, terá precedência o partido com maior representação durante
o início da legislatura.

Art. 40 A representação numérica das bancadas nas Comissões será estabelecida dividindo-se
o número de Vereadores de cada partido, exceto os citados no artigo 8º, pelo número de Comis-
sões, sendo que o inteiro do quociente final, dito quociente partidário, representará o número
de vagas que cada bancada terá nas Comissões.
§ 1º As vagas remanescentes, uma vez aplicado o critério do “caput”, serão distribuídas aos
partidos levando-se em conta as frações do quociente partidário, da maior para a menor.
§ 2º Em caso de empate, terá sempre preferência o Partido que ainda estiver sem representa-
ção nas Comissões, levando-se em conta a ordem estabelecida no artigo 39.
§ 3º Persistindo o empate, o critério será para o Partido de maior representação partidária,
incluindo-se os impedidos citados no artigo 8º.
§ 4º Caso ainda permaneça o empate, será então considerada a maior representação partidá-
ria do início da legislatura.
§ 5º Havendo concordância entre lideranças, poderá ocorrer a permuta de vagas para preva-
lecer o critério da atividade profissional do Vereador com a competência da Comissão.

Importante! Ainda sobre a composição das Comissões Permanentes, precisamos destacar


uma importante vedação: o presidente e o 1º vice-presidente não poderão fazer parte de
nenhuma Comissão Permanente. Essa é uma vedação prevista no art. 8º. Ela é aplicada pois
o Regimento entende que esses vereadores já possuem amplos poderes deliberativos, evitan-
do-se assim uma concentração de poderes em apenas dois vereadores. Essa vedação não se
aplica às Comissões Temporárias e às Comissões Extraordinárias que possuem características
de Comissão Permanente.
Outro aspecto ao qual o Regimento Interno dá bastante destaque diz respeito às com-
petências das Comissões Permanentes. Mencionamos que essas Comissões Permanentes
ficam encarregadas de investigar fatos e eventos que ocorrem com certa frequência, e que
não necessitam de uma solução imediata para encerrar seus trabalhos (pois essas matérias
“não têm fim”).
O Regimento Interno, nesse sentido, apresenta as competências gerais aplicáveis a todas
as Comissões Permanentes no texto de seu art. 46.

Art. 46 Às Comissões Permanentes, em razão da matéria de sua competência, cabe:


I - estudar proposições e outras matérias submetidas ao seu exame:
a) dando-lhes parecer, oferecendo-lhes substitutivos ou emendas;
b) apresentando relatório conclusivo sobre as averiguações e inquéritos.
II - promover estudos, pesquisas e investigações sobre assuntos de interesse público;
III - tomar a iniciativa de elaboração de proposições ligadas ao estudo de tais assuntos ou
decorrentes de indicação da Câmara ou de dispositivos regimentais;
IV - redigir o vencido em primeira discussão ou em discussão única e oferecer redação final
aos projetos, de acordo com o seu mérito, bem como, quando for o caso, propor a reabertura
da discussão nos termos regimentais;
V - realizar audiências públicas;
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VI - convocar os Secretários Municipais, os responsáveis pela administração direta ou indireta
e os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município, para prestar informações sobre assun-
tos inerentes às suas atribuições;
VII - receber petições, reclamações, representações ou queixas de associações e entidades
comunitárias ou de qualquer pessoa contra atos e omissões de autoridades municipais ou
entidades públicas;
VIII - solicitar ao Prefeito informações sobre assuntos inerentes à administração, dentro da
competência da Comissão;
IX - fiscalizar, inclusive efetuando diligências, vistorias e levantamentos “in loco”, os atos da
administração direta e indireta, nos termos da legislação pertinente, em especial para verifi-
car a regularidade, a eficiência e a eficácia dos seus órgãos no cumprimento dos objetivos ins-
titucionais, recorrendo ao auxílio do Tribunal de Contas do Município, sempre que necessário;
X - discutir e votar projetos de lei que exigir maioria simples, dispensada a competência do
Plenário, salvo com recurso de 1/10 (um décimo) dos membros da Casa;
XI - acompanhar, junto ao Executivo, os atos de regulamentação, velando por sua completa
adequação;
XII - acompanhar, junto ao Executivo, a elaboração da proposta orçamentária, bem como a
sua posterior execução;
XIII - solicitar informações ou depoimentos de autoridades ou cidadãos;
XIV - apreciar programas de obras, planos regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre
eles emitir parecer;
XV - requisitar dos responsáveis a exibição de documentos e a prestação dos esclarecimentos
necessários;
XVI - solicitar ao Presidente do Tribunal de Contas informações sobre assuntos inerentes à
atuação administrativa desse órgão.

Todas as Comissões Permanentes são competentes para realizar os seguintes atos:

z analisar as proposições e medidas encaminhadas ao seu exame;


z realizar audiências;
z discutir e votar projetos de lei;
z acompanhar o andamento de resoluções;
z acompanhar a elaboração da proposta orçamentária;
z solicitar informações ou depoimentos de cidadãos considerados essenciais para a apura-
ção dos fatos investigados;
z requisitar a apresentação de documentos e a prestação de esclarecimentos;
CONHECIMENTOS GERAIS

z solicitar ao presidente do Tribunal de Contas informações sobre a atuação administrativa


desse órgão.

Além dessas competências gerais, o Regimento Interno também apresenta algumas com-
petências específicas para cada Comissão Permanente. São atribuições voltadas para a maté-
ria principal de que cada Comissão Permanente cuida, o que facilita distinguir o que cada um
desses órgãos delibera e vota.

Art. 47 É da competência específica:


I - Da Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa:
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a) opinar sobre o aspecto constitucional, legal e regimental das proposições, as quais não
poderão tramitar na Câmara sem o seu parecer;
b) dar encaminhamento às sugestões de proposições encaminhadas por entidades civis, como
sindicatos, órgãos de classe, associações e organizações não-governamentais (ONGs);
c) fiscalizar e acompanhar o cumprimento das leis aprovadas no Município;
d) promover estudos e debates sobre temas jurídicos, éticos, sociais, de interesse da comunidade;
e) desincumbir-se de outras atribuições que lhe confere este Regimento.
II - Da Comissão de Finanças e Orçamentos:
a) examinar e emitir parecer sobre projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais, além das contas apresentadas
anualmente pelo Prefeito, pela Mesa da Câmara e pelo Tribunal de Contas do Município;
b) examinar e emitir parecer sobre os planos e programas municipais e setoriais previstos na
Lei Orgânica do Município, e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária;
c) receber as emendas à proposta orçamentária do Município e sobre elas emitir parecer;
d) elaborar a redação final do projeto de lei orçamentária;
e) opinar sobre proposições referentes a matéria tributária, abertura de créditos, empréstimos
públicos, dívida pública e outras que, direta ou indiretamente, alterem a despesa ou a receita
do Município e acarretem responsabilidades para o erário municipal;
f) obtenção de empréstimos de particulares.
III - Da Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente:
a) opinar sobre todas proposições e matérias relativas a:
1 - cadastro territorial do Município, planos gerais e parciais de urbanização ou reurbaniza-
ção, zoneamento e uso e ocupação do solo;
2 - obras e serviços públicos, seu uso e gozo, venda, hipoteca, permuta, outorga de concessão
administrativa ou direito real de uso de bens imóveis de propriedade do Município;
3 - serviços de utilidade pública, sejam ou não de concessão municipal, planos habitacionais
elaborados ou executados pelo Município, diretamente ou por intermédio de autarquias ou
entidades paraestatais;
4 - criação, organização ou supressão de distritos e subdistritos, divisão do território em áreas
administrativas;
5 - Plano Diretor;
6 - controle da poluição ambiental em todos os seus aspectos, proteção da vida humana e pre-
servação dos recursos naturais;
b) examinar, a título informativo, os serviços públicos de concessão estadual ou federal que
interessem ao Município.
IV - Da Comissão de Administração Pública:
a) opinar sobre todas as proposições e matérias relativas a:
1 - criação, estruturação e atribuição da administração direta e indireta e das empresas onde
o Município tenha participação;
2 - normas gerais de licitações, em todas as suas modalidades, e contratação de produtos,
obras e serviços da administração direta e indireta;
3 - pessoal fixo e variável da Prefeitura, do Tribunal de Contas e da Câmara Municipal, bem
como a política de recursos humanos;
4 - serviços públicos realizados ou prestados pelo Município, diretamente ou por intermé-
dio de autarquias ou órgãos paraestatais, excluídos os de assistência médico-hospitalar e de
pronto-socorro.
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V - Da Comissão de Trânsito, Transporte e Atividade Econômica:

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a) opinar sobre todas as proposições e matérias relativas a:
1 - disciplina das atividades econômicas desenvolvidas no Município;
2 - economia urbana e rural, desenvolvimento técnico e científico aplicado à indústria e ao
comércio;
3 - turismo e defesa do consumidor;
4 - abastecimento de produtos;
5 - transportes coletivos ou individuais, frete e carga, vias urbanas e estradas municipais e a
respectiva sinalização, bem como os meios de comunicação e demais elementos pertinentes ao
sistema de circulação na cidade;
VI - Da Comissão de Educação, Cultura e Esportes:
a) opinar sobre todas as proposições e matérias relativas a:
1 - sistema municipal de ensino;
2 - concessão de bolsas de estudos com finalidade de assistência à pesquisa tecnológica e cien-
tífica para o aperfeiçoamento do ensino;
3 - programas de merenda escolar;
4 - preservação da memória da cidade no plano estético, paisagístico, de seu patrimônio histó-
rico, cultural, artístico e arquitetônico;
5 - denominação de próprios, vias e logradouros públicos;
6 - concessão de títulos honoríficos, outorga de honrarias, prêmios ou homenagens a pessoas
que, reconhecidamente, tenham prestado serviços ao Município;
7 - serviços, equipamentos e programas culturais, educacionais, esportivos, recreativos e de
lazer voltados à comunidade.
VII - Da Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher:
a) opinar sobre todas as proposições e matérias relativas a:
1 - sistema único de saúde e seguridade social;
2 - vigilância sanitária, epidemiológica e nutricional;
3 - segurança do trabalho e saúde do trabalhador;
4 - programas de proteção ao idoso, à mulher, à criança, ao adolescente e a portadores de
deficiência;
b) receber, analisar e avaliar as reclamações, consultas e denúncias relativas à questão da
discriminação racial;
c) receber, avaliar e proceder investigações e denúncias relativas às ameaças dos interesses e
direitos da mulher;
d) fiscalizar e acompanhar programas governamentais e não governamentais de políticas
públicas para as mulheres e relativos aos interesses e direitos da mulher;
e) colaborar com entidades nacionais e internacionais que atuem na defesa dos interesses e
CONHECIMENTOS GERAIS

dos direitos da mulher;


f) trabalhar em conjunto com a Comissão Extraordinária Permanente de Defesa dos Direitos
Humanos, Cidadania e de Relações Internacionais, com a Comissão Extraordinária Perma-
nente do Idoso e de Assistência Social e com a Comissão Extraordinária Permanente de Segu-
rança Pública, bem como junto à Comissão Extraordinária Permanente de Defesa dos Direitos
da Criança, do Adolescente e da Juventude na defesa dos direitos da mulher, quando houver
ameaças à violação dos direitos da mulher nas diferentes fases de sua vida;
g) pesquisar e estudar a situação das mulheres no Município de São Paulo.
VIII - Da Comissão Extraordinária Permanente de Defesa dos Direitos Humanos e
Cidadania:
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a) receber, avaliar e proceder à investigação de denúncias relativas às ameaças ou violações
de direitos humanos;
b) fiscalizar e acompanhar programas governamentais relativos à proteção dos direitos
humanos;
c) colaborar com entidades não governamentais, nacionais e internacionais, que atuem na
defesa dos direitos humanos;
d) pesquisar e estudar a situação da cidadania e dos direitos humanos no Município de São
Paulo.
IX - Da Comissão Extraordinária Permanente de Defesa dos Direitos da Criança, do
Adolescente e da Juventude:
a) receber, avaliar e proceder investigações de denúncias relativas às ameaças ou violação aos
direitos da criança e do adolescente;
b) fiscalizar e acompanhar programas governamentais relativos à proteção dos direitos da
criança e do adolescente;
c) colaborar com entidades não-governamentais, nacionais e internacionais, que atuem na
defesa dos direitos da criança e do adolescente;
d) pesquisar e estudar a situação dos direitos da criança e do adolescente no Município de São
Paulo;
e) receber, avaliar e proceder investigações de denúncias relativas às ameaças dos interesses
da juventude;
f) fiscalizar e acompanhar programas governamentais ou não-governamentais relativos aos
interesses da juventude;
g) colaborar com entidades não-governamentais, nacionais e internacionais, que atuem na
defesa dos interesses da juventude;
h) pesquisar e estudar a situação da juventude no Município de São Paulo;
i) trabalhar em conjunto com a Comissão Extraordinária Permanente de Defesa dos Direitos
Humanos, Cidadania e Relações Internacionais e com a Comissão Extraordinária Permanente
de Segurança Pública, na defesa da juventude, quando houver ameaças ou violação dos direi-
tos humanos
X - Da Comissão Extraordinária Permanente do Idoso e de Assistência Social:
a) promover a defesa dos idosos, aposentados e pensionistas;
b) promover o acompanhamento e o desenvolvimento das políticas públicas voltadas ao idoso
e a todas as questões envolvendo a Assistência Social no Município;
c) fiscalizar e acompanhar programas governamentais relativos à proteção dos direitos de
idosos, aposentados e pensionistas;
d) estudar e propor políticas públicas aptas à solução das dificuldades atinentes ao idoso e à
Assistência Social, e proporcionar a melhoria da qualidade de vida dos munícipes e a integra-
ção social dos idosos;
e) levantar dados e estatísticas que forem referentes a idosos, aposentados e pensionistas, bem
como mapear as dificuldades encontradas no âmbito da Assistência Social no Município;
f) realizar debates e seminários destinados a diagnosticar os problemas enfrentados pelos ido-
sos, aposentados e pensionistas, bem como no tocante aos problemas relativos à Assistência
Social do Município, a fim de apontar suas possíveis soluções.
XI - Da Comissão Extraordinária Permanente de Meio Ambiente e dos Direitos dos Animais:
a) promover o desenvolvimento sustentável e a defesa do meio ambiente em toda sua
abrangência;
146
b) fiscalizar e acompanhar programas governamentais relativos à proteção do meio ambiente;

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c) estudar e propor políticas públicas aptas a proporcionar a melhoria de qualidade de vida
aos munícipes e o desenvolvimento sustentável;
d) levantar dados e estatísticas que forem referentes a questões referentes ao meio ambiente;
e) realizar debates e seminários destinados a diagnosticar os problemas que envolvem o meio
ambiente, bem como a apontar suas possíveis soluções;
f) discutir medidas de preservação, recuperação ambiental e desenvolvimento sustentável;
g) apresentar propostas para instituição e aperfeiçoamento de políticas públicas voltadas ao
meio ambiente.
h) receber, avaliar e proceder investigações de denúncias de fatos que violam os direitos dos
animais, encaminhando-as aos órgãos competentes;
i) promover iniciativas e campanhas de divulgação das leis que amparam os direitos dos ani-
mais e os deveres de seus proprietários;
j) colaborar com entidades não governamentais, nacionais e internacionais, que atuem na
defesa dos direitos dos animais;
k) realizar audiências públicas em conjunto com a sociedade civil e poderes públicos, para
discutir e buscar soluções dos problemas que atingem os direitos dos animais.
XII - Da Comissão Extraordinária Permanente de Segurança Pública:
a) pronunciar-se sobre assuntos de segurança pública com implicações no âmbito do Município;
b) promover estudos e reuniões com especialistas na área de violência, juntamente com a
sociedade civil, sobre a criminalidade e a segurança pública, propondo medidas necessárias à
melhoria da prevenção e proteção da comunidade sob os mais diversos segmentos;
c) coletar regularmente notícias e opiniões veiculadas na mídia sobre a atuação da segurança
pública no Município;
d) atuar junto às esferas dos Governos Federal e Estadual, a fim de implementar a política de
segurança pública no Município;
e) apresentar sugestões para o aperfeiçoamento da legislação pertinente à segurança pública;
f) encaminhar aos órgãos competentes avaliações periódicas sobre as necessidades relativas
à segurança pública;
g) fiscalizar e acompanhar as ações do Poder Público na área de segurança;
h) sugerir, acompanhar e fiscalizar a implementação de cooperação entre a Guarda Civil
Metropolitana e as corporações policiais de outras esferas de governo;
i) sugerir políticas de integração entre a Guarda Civil Metropolitana, a Polícia Militar e a Polí-
cia Civil, dentro do âmbito de suas competências e prerrogativas constitucionais, voltadas à
eficiência da segurança pública.
XIII - Da Comissão Extraordinária Permanente de Relações Internacionais:
a) estabelecer e manter relações e parcerias com organismos multilaterais, organizações não
CONHECIMENTOS GERAIS

governamentais internacionais, fundações, representantes diplomáticos, empresas interna-


cionais, cidades-irmãs do Município de São Paulo e outras entidades afins;
b) acompanhar, sugerir e fiscalizar, junto ao Executivo, o desenvolvimento, a elaboração e a
execução de convênios e projetos de cooperação internacional;
c) assessorar a Câmara Municipal em contatos internacionais com Governos, entidades públi-
cas ou privadas, bem como nos contatos com as delegações estrangeiras;
d) participar ativamente, conforme o caso, em fóruns internacionais, de forma a partilhar
as políticas da cidade de São Paulo em áreas específicas e visando influenciar nos temas que
afetem os interesses da cidade de São Paulo;
e) realizar debates e seminários que reforcem o posicionamento da cidade como ator estratégi-
co para sua inserção internacional e que visem promover perante a comunidade internacional 147
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as políticas e os atributos setoriais da cidade de São Paulo, bem como atrair investimentos
estrangeiros estratégicos para a cidade de São Paulo, de forma a fomentar a criação de empre-
go e o aumento de renda;
f) estudar e propor políticas públicas que visem qualificar a mão de obra e preparar os cida-
dãos paulistanos para a inserção nos mercados globais, especialmente fomentando a ino-
vação, o empreendedorismo, o ensino de idiomas, a formação técnico-científica e a inclusão
social; inserir os estudantes da rede municipal de ensino no mundo internacionalizado das
Ciências (biologia, física, química, matemática); e combater redes internacionais de explora-
ção sexual de mulheres e crianças, a exploração do trabalho escravo de estrangeiros na cidade
e o tráfico de seres humanos;
g) discutir medidas para elevar o nível de participação da cidade de São Paulo no contexto da
intensificação do papel regional e global do Estado de São Paulo e do Brasil;
h) contribuir para a governança democrática e o desenvolvimento de parcerias entre os povos;
i) promover a cidade de São Paulo como destino turístico e centro de cultura.
XIV - Da Comissão Extraordinária de Apoio ao Desenvolvimento do Turismo, do Lazer
e da Gastronomia:
I - promover estudos e iniciativas no sentido do desenvolvimento do turismo, do lazer e da
gastronomia no Município de São Paulo;
II - apoiar, com ajuda de entidades governamentais e não governamentais, a indústria do
lazer e do turismo receptivo;
III - propor medidas de incentivo ao desenvolvimento da cultura da hospitalidade;
IV - promover as relações intercidades no âmbito nacional e internacional;
V - fiscalizar e acompanhar as ações do Poder Público na área do turismo, do lazer e da
gastronomia.

A Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa é a comissão permanente


encarregada de defender a legislação discutida, votada e aprovada pela Câmara, analisando-a
sob aspectos de legalidade (se ela não entra em conflito com a legislação estadual) e aspectos de
constitucionalidade (se a lei municipal é compatível com a Constituição do Estado e a Constituição
Federal).
Além disso, cabe a essa comissão realizar estudos e debates com a população sobre as
leis publicadas pela Câmara, para averiguar se elas estão alcançando o objetivo inicialmente
almejado e, de modo geral, se essas leis realmente representam a vontade geral da população
municipal.
A Comissão de Finanças e Orçamentos fica encarregada da elaboração da legislação orça-
mentária, envolvendo a produção da lei de diretrizes orçamentárias (possui o planejamento
de como deve ser elaborado o orçamento a cada ano) e a lei orçamentária anual (indica todas
as despesas a serem gastas e todas as receitas a serem arrecadadas pelo município durante o
exercício financeiro).
Assim, essa Comissão exerce a importante tarefa de fiscalizar o orçamento público do
município, além de opinar sobre proposições referentes à matéria tributária, à abertura de
créditos suplementares, aos empréstimos públicos e à dívida pública.
A Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente é a Comissão responsá-
vel por cuidar das políticas urbanas e do planejamento dos espaços urbanos, zoneamento e
do texto final do Plano Diretor. Além desses aspectos urbanísticos, compete a essa Comissão

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opinar sobre obras e serviços públicos e sobre os bens públicos, principalmente no que diz
respeito ao seu uso, gozo, hipoteca, permuta e outorga mediante concessão ou permissão.
A Comissão de Administração Pública, como seu nome aduz, é o órgão que delibera sobre
a atividade da Administração Pública municipal. Observe que essa Comissão possui uma
relação mais intrínseca com o Poder Executivo, em que temos as pessoas jurídicas que inte-
gram a administração pública direta (União, estados, municípios, Distrito Federal) e indireta
(autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista).
Toda a matéria de competência da administração pública, como os serviços públicos pres-
tados, as licitações realizadas, os contratos administrativos celebrados com particulares, será
tema de debates dessa Comissão.
A Comissão de Trânsito, Transporte e Atividade Econômica delibera sobre dois grandes
assuntos: no setor econômico, a Comissão é competente para disciplinar sobre as atividades
econômicas desenvolvidas no município (comércio, prestação de serviços, fornecimento de
produtos agrícolas), além de disciplinar sobre regras de direito do consumidor. No setor de
trânsito e transportes, é de alçada da Comissão deliberar sobre o transporte individual, o trans-
porte coletivo, as vias urbanas, as estradas intermunicipais e suas respectivas sinalizações.
A Comissão de Educação, Cultura e Esportes deverá deliberar sobre o sistema educacio-
nal do município, discutindo assuntos como a concessão de bolsas de estudos com finalidade
de assistência à pesquisa tecnológica e científica e o programa de merenda escolar.
No setor da cultura, a Comissão fica encarregada de proteger a memória histórica, cultu-
ral e paisagística do município, além da concessão de títulos honoríficos, outorga de honra-
rias, prêmios ou homenagens a pessoas que, reconhecidamente, tenham prestado serviços
ao município.
No setor esportivo, a Comissão deliberará sobre os serviços, equipamentos e programas
culturais, educacionais, esportivos, recreativos e de lazer voltados à comunidade.

Dica
É considerado um dever do governo promover a educação, a cultura, o esporte e o lazer.
Esse dever foi imposto a nossos governantes pela Constituição Federal de 1988, a qual
dedica parte de seus dispositivos para regulamentar como nossas autoridades deverão
incentivar e promover esses bens jurídicos tão importantes para a sociedade. O Regimen-
to Interno, dessa forma, permite que a Câmara atue por meio dessa Comissão para aten-
der a um comando constitucional.

A Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher possui como ponto de enfo-
CONHECIMENTOS GERAIS

que deliberar sobre as matérias típicas da Ordem Social, tal como previstas na Constituição
Federal.
No setor da saúde, a Comissão deliberará sobre o Sistema Único de Saúde e seguridade
social e as políticas de vigilância sanitária. No setor do trabalho, a Comissão deve regulamen-
tar aspectos referentes à segurança do trabalho e à saúde do trabalhador.
Sobre a proteção da mulher, a Comissão deverá realizar um trabalho pormenorizado
para garantir que os direitos, liberdades e garantias individuais das mulheres residentes no
município não sejam conturbados por políticas e ações estatais abusivas. A Comissão poderá,
inclusive, cooperar com órgãos e entidades internacionais que atuem na defesa dos interes-
ses e dos direitos da mulher.
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O Regimento Interno também disciplina sobre as Comissões Extraordinárias. Essas
Comissões foram criadas após a publicação do texto original do Regimento Interno, pois elas
foram criadas de forma excepcional. Porém, considerando a grande importância dos temas
tratados por tais comissões, elas ganham o status de Comissão Permanente, e seus trabalhos
também não possuem prazo para se encerrar.
Como pode-se depreender pela leitura do dispositivo, cada Comissão Extraordinária deli-
bera sobre:

z a proteção de certas pessoas vulneráveis, como as crianças, adolescentes e idosos;


z a proteção do meio ambiente e dos animais que nele habitam;
z a segurança pública;
z as relações internacionais travadas entre a Câmara, os organismos multilaterais e as orga-
nizações não governamentais internacionais.

Em termos de composição, cada uma das Comissões Permanentes (normais ou extraordi-


nárias) conta com um presidente e um vice-presidente.
O Regimento Interno dedica alguns dispositivos para disciplinar as competências desses
dois importantes vereadores.
As competências do presidente das Comissões Permanentes estão previstas no art. 50.

Art. 50 Ao Presidente da Comissão Permanente compete:


I - fixar, de comum acordo com os membros da Comissão, o horário das reuniões ordinárias;
II - convocar audiências públicas, ouvida a Comissão;
III - presidir as reuniões e nelas manter a ordem;
IV - convocar reuniões extraordinárias, de ofício ou a requerimento da maioria dos membros
da Comissão;
V - determinar a leitura das atas das reuniões e submetê-las a votos;
VI - dar conhecimento à Comissão da matéria recebida e distribuí-la aos relatores, designados
mediante rodízio, para emitirem parecer;
VII - advertir o orador que se exceder no decorrer dos debates ou faltar à consideração para
com seus pares;
VIII - interromper o orador que se desviar da matéria em debate;
IX - submeter a votos as questões em debate e proclamar o resultado das votações;
X - conceder vista dos processos, exceto quanto às proposituras com prazo fatal para
apreciação;
XI - assinar em primeiro lugar, a seu critério, os pareceres da Comissão;
XII - enviar à Mesa toda a matéria da Comissão destinada ao conhecimento do Plenário;
XIII - solicitar ao Presidente da Câmara providências, junto às lideranças partidárias, no sen-
tido de serem indicados substitutos para membros da Comissão em caso de vaga, licença ou
impedimento;
XIV - representar a Comissão nas suas relações com a Mesa e com outras Comissões;
XV - resolver, de acordo com o Regimento, todas as questões de ordem suscitadas nas reuniões
da Comissão;
XVI - apresentar ao Presidente da Câmara relatório mensal e anual dos trabalhos da Comissão;
XVII - encaminhar ao Presidente da Câmara as solicitações de justificação das faltas de mem-
bros da Comissão às reuniões;
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XVIII - designar os membros de Subcomissão;
XIX - fazer observar os prazos regimentais dos processos que tramitam na Comissão;
XX - providenciar a publicação da pauta das reuniões, dos extratos das atas e dos pareceres da
Comissão na Imprensa Oficial.
Parágrafo único. O Presidente da Comissão não poderá funcionar como relator nas propositu-
ras, mas terá voto em todas as deliberações internas, além do voto de qualidade, quando for
o caso.

O dispositivo citado dedica-se a expor as competências relacionadas com as audiências e


reuniões em que o presidente da Comissão realiza seus trabalhos. Suas competências muito
se assemelham com as competências do presidente da Mesa, devendo convocar as sessões
deliberativas, dar conhecimento da matéria recebida, conceder a palavra para o orador, assi-
nar os pareceres emitidos pela Comissão e também publicar todas as pautas das reuniões
realizadas.
O art. 52, por sua vez, disciplina sobre as competências do vice-presidente. É certo que
o vice-presidente é designado a essa função com o objetivo principal de substituir o presi-
dente quando ele estiver impedido de exercer suas funções normalmente. Mas o dispositivo
também apresenta algumas atribuições exclusivas para o vice-presidente da Comissão Per-
manente, como a tarefa de leitura das atas e correspondências recebidas pela Comissão e a
tarefa de redigir as atas das reuniões secretas.

Art. 52 Ao Vice-Presidente compete:


I - substituir o Presidente nos seus impedimentos, e suceder-lhe em caso de vaga, na forma
prevista no artigo 54;
II - proceder à leitura das atas e correspondências recebidas pela Comissão;
III - redigir as atas das reuniões secretas da Comissão.
Parágrafo único. O Vice-Presidente auxiliará o Presidente sempre que por ele convocado,
cabendo-lhe representar a Comissão por delegação pessoal do Presidente.

Quando tanto o presidente como o vice-presidente encontrarem-se afastados de suas fun-


ções, quem deve assumir a presidência da Comissão Permanente é o vereador mais idoso que
faz parte de sua composição.
Tão importante quanto conhecer as competências de cada Comissão é compreender como
as reuniões desses órgãos ocorrem. O Regimento Interno estabelece que as Comissões Per-
manentes comuns deverão realizar seus trabalhos em reuniões ordinárias pelo menos uma CONHECIMENTOS GERAIS
vez por semana.
As Comissões Extraordinárias Permanentes, por sua vez, terão reuniões ordinárias uma vez
a cada 15 dias.
Mas as Comissões poderão reunir-se extraordinariamente, sobretudo para tratar de assun-
to relevante e inadiável. As reuniões extraordinárias possuem um caráter de urgência, e
serão convocadas sempre por escrito quando feita de ofício pelos respectivos presidentes, ou
ainda por requerimento da maioria dos membros da Comissão.

Art. 57 As Comissões Permanentes reunir-se-ão:

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I - ordinariamente, uma vez por semana, em dia e hora por ela designados, após deliberação
tomada nos termos do art. 62, e as Comissões Extraordinárias, de caráter permanente, reunir-
-se-ão quinzenalmente;
II - extraordinariamente, sempre que necessário, mediante convocação, por escrito, quando
feita de ofício pelos respectivos Presidentes ou a requerimento da maioria dos membros da
Comissão, mencionando-se, em ambos os casos, a matéria que deva ser apreciada.
§ 1º Quando a Câmara estiver em recesso, as Comissões só poderão reunir-se em caráter
extraordinário, para tratar de assunto relevante e inadiável.
§ 2º As Comissões não poderão reunir-se durante o transcorrer de sessões ordinárias, ressal-
vadas as exceções expressamente previstas neste Regimento.

Outra característica importante a respeito das reuniões é o fato de que elas serão públicas,
salvo deliberação em contrário da maioria de seus membros. Segundo o parágrafo único, do
art. 59, somente poderão estar presentes nessas reuniões secretas os membros da Comissão
e as pessoas por ela convocadas.

Art. 59 As reuniões das Comissões Permanentes serão públicas, salvo deliberação em contrá-
rio da maioria de seus membros.
Parágrafo único. Nas reuniões secretas só poderão estar presentes os membros da Comissão
e as pessoas por ela convocadas.

Tanto as reuniões ordinárias como as extraordinárias, públicas ou secretas, serão regis-


tradas em atas, documentos que devem conter um resumo de tudo que ocorreu em cada
reunião.
Apenas as atas das reuniões públicas é que serão amplamente divulgadas pela Câmara
Municipal, pois as atas das reuniões secretas serão mantidas em arquivo, conforme expõe o
parágrafo único, do art. 61.

Art. 61 Das reuniões das Comissões serão lavradas atas, com o sumário do que nelas houver
ocorrido, assinadas pelos membros presentes.
Parágrafo único. As atas das reuniões secretas, uma vez aprovadas ao término da reunião,
depois de rubricadas em todas as folhas e lacradas pelo Presidente e Vice-Presidente da Comis-
são, serão recolhidas aos arquivos da Câmara.

Lembre-se de que a pessoa responsável por redigir essas atas das reuniões é o vice-presi-
dente da Comissão Permanente.
Em relação aos trabalhos realizados pelas Comissões, o Regimento Interno esmiúça alguns
detalhes referentes aos pareceres e às audiências.
O parecer é o documento que expõe a opinião final da Comissão acerca de uma matéria
ou assunto de sua competência. Ao detalhar os elementos do parecer, o art. 74, do Regimento
Interno, dispõe que tal documento contém três partes: a exposição da matéria em exame,
a conclusão do relator (vereador que elaborou o texto final do parecer) e a decisão final da
Comissão, constando os membros que votaram a favor do relatório e os que votaram contra.

Art. 74 Parecer é o pronunciamento oficial da Comissão sobre qualquer matéria sujeita ao seu
estudo.
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Parágrafo único. Salvo nos casos expressamente previstos neste Regimento, o parecer será
escrito e constará de 3 (três) partes:
I - exposição da matéria em exame;
II - conclusão do relator, tanto quanto possível sintética, com sua opinião sobre a conveniên-
cia da aprovação ou rejeição total ou parcial da matéria e, quando for o caso, oferecendo-lhe
substitutivo ou emenda;
III - decisão da Comissão, com a assinatura dos membros que votaram a favor ou contra.

Os demais membros da Comissão podem emitir voto em separado, sob três fundamentos:

z “pelas conclusões”, quando o vereador dá voto favorável ao relator, mas apresenta funda-
mentação diferente;
z “aditivo”, quando favorável às conclusões do relator, mas o membro decide acrescentar
novos argumentos;
z “contrário”, quando ele se opõe totalmente à fundamentação e à conclusão do relator.

O voto em separado passa a constar no parecer, sendo ele divergente das conclusões do
relator ou não, quando for acolhido pela maioria dos presentes. É isso o que dispõe o art. 77.

Art. 77 Poderá o membro da Comissão exarar “voto em separado”, devidamente fundamentado:


I - “pelas conclusões”, quando, embora favorável às conclusões do relator, lhes dê outra e
diversa fundamentação;
II - “aditivo”, quando, embora favorável às conclusões do relator, acrescente novos argumen-
tos a sua fundamentação;
III - “contrário”, quando se oponha frontalmente às conclusões do relator.
§ 1º O voto do relator não acolhido pela maioria dos presentes constituirá “voto vencido”.
§ 2º O “voto em separado”, divergente ou não das conclusões do relator, desde que acolhido
pela maioria dos presentes, passará a constituir seu parecer.
§ 3º Caso o voto do relator seja vencido e não havendo voto em separado, o Presidente desig-
nará um dos membros da Comissão que tenha votado contrariamente ao relator para que
redija, em 48 (quarenta e oito) horas, o voto vencedor.

Em regra, os pareceres são sempre por escrito. Porém, o art. 78 determina uma hipótese
excepcional de emitir parecer verbalmente, desde que o relator indique sempre os nomes
dos membros da Comissão ouvidos, declarando quais votaram a favor e quais votaram con-
CONHECIMENTOS GERAIS
tra o relatório da Comissão.

Art. 78 Para emitir parecer verbal, nos casos expressamente previstos neste Regimento, o
relator ao fazê-lo indicará sempre os nomes dos membros da Comissão ouvidos e declarará
quais os que se manifestaram favoráveis e quais os contrários à proposição.

No tocante às audiências públicas, essas são as reuniões em que os membros da Comissão


são convocados para discutir projetos de lei cuja matéria seja de sua alçada, ou para con-
vocar representantes de entidades legalmente constituídas e representantes dos munícipes
para realizar debates e discussões civilizadas sobre alguma matéria de relevante interesse
para ambos.
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A realização dessas audiências será requerida por qualquer membro da Comissão, mas
o Regimento também admite a instauração de audiência mediante requerimento dos repre-
sentantes mencionados.

Art. 85 As Comissões Permanentes, isoladamente ou em conjunto, deverão convocar audiên-


cias públicas sobre:
I - projetos de lei em tramitação, nos casos previstos no artigo 41 da Lei Orgânica do Município;
II - outros projetos de lei em tramitação, sempre que requeridas por 0,1% (um décimo por
cento) de eleitores do Município;
III - assunto de interesse público, especialmente para ouvir representantes de entidades legal-
mente constituídas e representantes de, no mínimo, 1.500 (um mil e quinhentos) eleitores do
Município, sempre que essas entidades ou eleitores o requererem;
IV - para atender o previsto no artigo 320 deste Regimento.
Parágrafo único. As Comissões Permanentes poderão convocar audiências públicas para ins-
truir matéria legislativa em trâmite e para tratar de assuntos de interesse público relevante,
mediante proposta de qualquer de seus membros ou a pedido de entidades interessadas.

Durante o encerramento da audiência, será lavrada a ata com todos os debates que nela
ocorreram, contendo todos os pronunciamentos escritos, todas as notas taquigráficas e os
demais documentos considerados essenciais para acompanhar tal documento.

Art. 88 Das reuniões de audiência pública serão lavradas atas, arquivando-se, no âmbi-
to da Comissão, os pronunciamentos escritos, as notas taquigráficas e documentos que os
acompanharem.
§ 1º As notas taquigráficas das audiências públicas obrigatórias, determinadas pelo artigo 41
da Lei Orgânica do Município, integrarão o processo.
§ 2º É permitido, a qualquer tempo, o translado de peças e fornecimento de cópias aos
interessados.

Essas atas, conforme expõe o caput, do art. 88, serão arquivadas no âmbito da própria
Comissão. Pelo fato de serem redigidas em audiências públicas, essas atas serão divulgadas
pela Câmara Municipal, sendo permitido o translado de peças e fornecimento de cópia desse
documento a todos os interessados.

Capítulo III — Das Comissões Temporárias

No tocante às Comissões Temporárias, elas distinguem-se das Comissões Permanentes em


dois aspectos, como já mencionamos.
O primeiro aspecto diz respeito à sua matéria: tais comissões deliberam sobre um assunto
específico ou um evento determinado. Independentemente de sua nomenclatura, é fácil de
distinguir essas duas espécies com base na matéria sobre a qual cada uma deve tratar.
Vamos exemplificar essa distinção: suponha que uma questão de concurso público deter-
mine que a Câmara Municipal fique encarregada de investigar os casos de corrupção e movi-
mentação ilícita de dinheiro público que ocorre nos seus recintos. Por ser um evento amplo,
geral e indeterminado (ela pode investigar inúmeros casos, dependendo da frequência da
constatação do crime de corrupção), é correto afirmar que a Câmara passa a deliberar sobre
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a matéria em Comissão Permanente, podendo ser uma Comissão Extraordinária com status
de permanente.
Por outro lado, considere uma questão que apresente uma hipótese em que temos um
vereador que recebeu dinheiro do prefeito como forma de suborná-lo para não tomar conhe-
cimento de ato de improbidade praticado pelo chefe do Poder Executivo. Considerando que
temos um evento específico, com um agente certo e determinado que causou esse evento, a
Câmara deverá investigar o ocorrido mediante deliberação de uma Comissão Temporária. É
por isso, também, que os trabalhos investigativos e deliberativos da Comissão Temporária
possuem um prazo máximo para se encerrar.
É certo que as Comissões Temporárias são em menor número, podendo ser de apenas três
tipos. O Regimento Interno estabelece em seu art. 89 todas as espécies de Comissões Tempo-
rárias: a Comissão Parlamentar de Inquérito, a Comissão de Representação e a Comissão de
Estudos.

Art. 89 As Comissões Temporárias são:


I - Comissão Parlamentar de Inquérito;
II - Comissão de Representação;
III - Comissão de Estudos.

Das Comissões Temporárias, daremos maior destaque para as Comissões Parlamentares


de Inquérito (CPIs) pelo fato de elas serem as Comissões Temporárias mais importantes, e
também por constarem em questões de concurso público com maior frequência.
Essas Comissões são bastante importantes não apenas para o funcionamento da Câmara
Municipal, mas também para toda a população do município. As CPIs são comissões temporá-
rias especiais pelo fato de possuírem poderes de investigação de fatos certos e determinados,
recebidos mediante denúncia formulada pela pessoa ou entidade interessada. É isso o que
dispõe o texto do art. 90.

Art. 90 As Comissões Parlamentares de Inquérito são as que se destinam à apuração de fato


determinado ou denúncia, em matéria de interesse do Município, sempre que essa apuração
exigir, além dos poderes das Comissões Permanentes e que a elas são igualmente atribuídos,
poderes de investigação próprios das autoridades judiciais.

De fato, ouvimos relatos da atuação das CPIs com bastante frequência nos telejornais e
demais meios de comunicação, sendo utilizadas com bastante frequência para apurar alguma
CONHECIMENTOS GERAIS

conduta irregular de uma autoridade pública, geralmente pessoas que fazem parte do Poder
Executivo (ministros de Estados, o presidente da República, o governador ou o prefeito).
Sobre os quóruns para instauração da CPI, o art. 91 estabelece que a Comissão Parlamen-
tar de Inquérito será instaurada mediante requerimento de 1/3 dos membros da Câmara.
O § 2º do mesmo dispositivo complementa a matéria, dispondo que poderão funcionar até
cinco CPIs, sendo cada uma instaurada para apurar um fato distinto.

Art. 91 As Comissões Parlamentares de Inquérito serão criadas mediante requerimento de


1/3 (um terço) dos membros da Câmara, para apuração de fato determinado, em prazo certo,
adequado à consecução dos seus fins, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao
Ministério Público para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
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§ 1º O requerimento a que alude o presente artigo admite pedido de preferência para alterar
a ordem de apresentação, que será votado no Prolongamento do Expediente e aprovado por
maioria absoluta.
§ 2º Poderão funcionar na Câmara até 05 (cinco) Comissões Parlamentares de Inquérito, que
serão instaladas da seguinte forma:
I - 02 (duas) concomitantemente, nos termos do “caput” deste artigo;
II - 03 (três) em caráter excepcional e por motivo relevante, mediante deliberação em Plenário
pela maioria absoluta dos Vereadores.
§ 3º Aprovado o requerimento mencionado no parágrafo anterior, no Prolongamento do Expe-
diente da Sessão Ordinária subsequente serão apreciados os requerimentos remanescentes de
constituição das Comissões Parlamentares de Inquérito, dentro do limite deliberado.
§ 4º A Comissão Parlamentar de Inquérito funcionará na sede da Câmara, sendo permitida a
realização de diligências externas.

É importante frisar um aspecto importante exposto no caput: as Comissões Parlamentares


de Inquérito possuem apenas poderes de investigação, mas elas não podem punir a autori-
dade investigada. Quem deve apurar a responsabilidade do agente infrator é o Ministério
Público. Por isso, todo o relatório final dos trabalhos feitos na CPI será encaminhado para o
Ministério Público poder apurar a responsabilidade civil ou penal do investigado.
O que a CPI pode fazer durante os seus trabalhos? O art. 92 busca detalhar o que men-
cionamos serem os “poderes de investigação da CPI”. Os vereadores que atuarem nas CPIs
poderão:

z tomar depoimento de autoridade municipal, intimar testemunhas e inquiri-las sob com-


promisso de comparecer ao local para prestar esclarecimentos;
z realizar verificações contábeis em livros, papéis e documentos de órgãos da administração
direta e indireta;
z requerer a intimação judicial de investigado ou testemunha, quando for convocado para
depor por duas vezes e não comparecer em nenhuma ocasião.

Art. 92 No interesse da investigação, as Comissões Parlamentares de Inquérito poderão:


I - tomar depoimento de autoridade municipal, intimar testemunhas e inquiri-las sob
compromisso;
II - proceder a verificações contábeis em livros, papéis e documentos de órgãos da adminis-
tração direta, indireta, fundacional e, por deliberação do Plenário, do Tribunal de Contas do
Município;
III - requerer a intimação judicial ao juízo competente, quando do não comparecimento do
intimado pela Comissão, por duas convocações consecutivas.

As Comissões Parlamentares de Inquérito são consideradas a grande garantia das mino-


rias partidárias, pois ela manifesta a sua maior e mais eficiente forma de representatividade.
Apenas com o requerimento de um terço dos membros da Câmara, temos a criação de uma
Comissão com poderes para decretar quebra de sigilo bancário e telefônico do investigado,
intimar autoridades e testemunhas para prestar depoimentos e até mesmo realizar a busca e
apreensão de bens como medidas cautelares.

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Importante!
A CPI, em regra, não poderá decretar a prisão da autoridade investigada, pois ela não pos-
sui o poder de polícia necessário para tanto, salvo se for decretada a prisão em flagrante.

Em seu art. 93, o Regimento Interno disciplina os principais tópicos que devem constar no
requerimento de formação da CPI.
Destaque para o texto do inciso III, que dispõe sobre o prazo de funcionamento da CPI:
em regra, o prazo máximo no qual a CPI deverá realizar seus trabalhos investigativos é de
120 dias, podendo ser prorrogado duas vezes pelo mesmo prazo (mais 240 dias).

Art. 93 O requerimento de formação de Comissão Parlamentar de Inquérito deverá indicar,


necessariamente:
I - a finalidade, devidamente fundamentada;
II - o número de membros;
III - o prazo de funcionamento será de 120 (cento e vinte) dias, podendo ser prorrogado em no
máximo até duas vezes, cada uma por igual período.
§ 1º A Comissão que não se instalar e iniciar seus trabalhos dentro do prazo máximo de 15
(quinze) dias estará automaticamente extinta.
§ 2º A Comissão, devidamente instalada, poderá, a critério de seus membros, desenvolver seus
trabalhos no período de recesso parlamentar.

Por outro lado, o § 1º também estabelece um prazo para dar início aos trabalhos da CPI.
Isso significa que, se a CPI não começar seus trabalhos em até 15 dias da data de sua instau-
ração, ela será automaticamente extinguida.
Todas as atividades realizadas pela CPI serão registradas em relatório, que dependerá de
votação de todos os vereadores que a compõem. O prazo final para a entrega do relatório é
de 15 dias após o encerramento de seus trabalhos.
Quem determina o encerramento dos trabalhos investigativos da CPI é o presidente da
Câmara.

Art. 95 A Comissão Parlamentar de Inquérito elaborará relatório sobre a matéria, votando-o


e enviando-o à publicação, no prazo máximo de 15 (quinze) dias após a conclusão de seus tra-
balhos, respeitado o disposto no artigo 93, III e no artigo 97, parágrafo único deste Regimento
Interno.
Parágrafo único. O Presidente da Comissão deverá comunicar, em Plenário, a conclusão de
CONHECIMENTOS GERAIS

seus trabalhos, mencionando o encaminhamento do respectivo relatório para publicação.

Se, decorrido o prazo máximo de 120 dias, a CPI ainda não tiver elaborado seu relatório
final, ela será automaticamente extinguida, salvo se o Plenário da Câmara Municipal conce-
der a prorrogação de seu prazo, que poderá ser por mais 120 ou 240 dias.
Somente será admitido um pedido de prorrogação, conforme expõe o texto do art. 97.

Art. 97 Se a Comissão deixar de concluir seus trabalhos dentro do prazo estabelecido, ficará
automaticamente extinta, salvo se o Plenário houver aprovado, em tempo hábil, prorrogação
de seu prazo de funcionamento, a requerimento de membro da Comissão.
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Parágrafo único. Só será admitido um pedido de prorrogação na forma do presente artigo,
não podendo o prazo ser superior àquele fixado originariamente para seu funcionamento.

O relatório final não aplica nenhuma sanção à autoridade investigada, mas sua parte final
deve conter a recomendação pela condenação ou absolvição dessa pessoa. Essa recomenda-
ção servirá de fundamento para que o Ministério Público possa tomar as medidas cabíveis,
uma vez recebido o documento.
O Regimento Interno não dedica muitos dispositivos para tratar das outras duas comissões
temporárias, pois são bem mais simples quanto a sua composição e matéria.
As Comissões de Representação possuem uma única finalidade: representar a Câmara
Municipal na realização de atos externos. É o caso, por exemplo, da revisão do Plano Diretor
que depende da realização de uma audiência com a participação não apenas das autoridades
públicas, mas também da população que reside nos espaços urbanos atingidos pelo Plano
Diretor.
Como essa audiência envolve pessoas que fazem parte das relações externas da Câmara
Municipal, ela precisa de um núcleo de pessoas capaz de representá-la durante a audiência.
A instauração da Comissão de Representação poderá ser elaborada por deliberação da
Mesa, do Presidente ou mediante requerimento subscrito da maioria absoluta dos vereado-
res. Não há a necessidade de deliberação do Plenário para sua instauração.
Quem deverá atuar nas Comissões de Representação são os membros escolhidos pelo pre-
sidente da Câmara Municipal. O parágrafo único, do art. 98, complementa, dispondo que tais
comissões serão presididas sempre pelo primeiro membro signatário, quando instaurada
por requerimento da maioria absoluta, caso o presidente da Câmara não faça parte dessa
Comissão.

Art. 98 As Comissões de Representação têm por finalidade representar a Câmara em atos


externos, e serão constituídas por deliberação da Mesa, do Presidente ou a requerimento subs-
crito, no mínimo, pela maioria absoluta dos membros da Câmara, independentemente de deli-
beração do Plenário.
Parágrafo único. A designação dos membros será de competência do Presidente da Câmara e,
quando constituída a requerimento da maioria absoluta, será sempre presidida pelo primeiro
de seus signatários, quando dela não faça parte o Presidente da Câmara.

Nossa interpretação desse comando legal é que o dispositivo, ainda que de forma implíci-
ta, estabelece uma preferência em instituir para ser o presidente da Comissão o presidente
da Câmara. Quando o presidente da Câmara não puder atuar dentro da Comissão de Repre-
sentação, quem a presidirá é a autoridade que solicitou sua instauração, podendo ser o pre-
sidente da Mesa ou o primeiro signatário que requereu sua instauração quando votada por
maioria absoluta.
As Comissões de Estudos serão constituídas para apurar especificamente os problemas
enfrentados pelo município e que necessitem da deliberação e pronunciamento de pelo
menos duas Comissões Permanentes. Com isso, podemos concluir que essa Comissão de Estu-
dos, na verdade, é resultado da junção de vereadores que compõem Comissões Permanentes
distintas.
Pelo menos um membro titular de cada Comissão Permanente deverá compor essa nova
Comissão de Estudos.
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Além dessa distinção quanto à matéria, o prazo para a realização de seus trabalhos é tam-
bém menor que o prazo das CPIs, sendo de apenas 60 dias. A apresentação de um relatório
sobre os trabalhos realizados pela Comissão de Estudos dá direito à prorrogação do seu prazo
de funcionamento, por igual período (por mais 60 dias).

Art. 99 A Comissão de Estudos será constituída, mediante aprovação da maioria absoluta,


para apreciação de problemas municipais cuja matéria exija que, pelo menos, duas Comissões
Permanentes pronunciem-se sobre o mérito.
§ 1º Os Presidentes das Comissões Permanentes definirão o número de componentes, desig-
nando, para integrá-la, pelo menos 1 (um) membro titular de sua Comissão.
§ 2º A Comissão de Estudos poderá elaborar relatório sobre a matéria, votando-o e enviando-o
à publicação, no prazo máximo de 15 (quinze) dias após a conclusão de seus trabalhos, respei-
tados os §§ 3º e 4º deste artigo.
§ 3º O prazo de seu funcionamento será de 60 (sessenta) dias.
§ 4º Até o término do prazo de 15 (quinze) dias para apresentação do relatório poderá a
Comissão prorrogar seu prazo de funcionamento, uma única vez, por até 60 (sessenta) dias.

O relatório, conforme expõe o texto do § 2º, deverá ser apresentado em até 15 dias após o
término dos trabalhos realizados.
Para facilitar a memorização de todos os aspectos distintivos de cada Comissão Temporá-
ria, procuramos apresentá-las na seguinte tabela:

COMISSÕES PARLAMENTAR COMISSÃO DE


COMISSÃO DE ESTUDOS
DE INQUÉRITO REPRESENTAÇÃO
Objetivo: apurar fato determi-
nado; possui amplos poderes Objetivo: tomar decisões ade-
de investigação Participação quadas para os problemas
do Ministério Público para Objetivo: representar a Câma- municipais
apurar a responsabilidade civil ra Municipal no exercício de Composição: união de
ou penal do investigado com suas atividades externas membros de duas ou mais
base no parecer votado por Composição: determinação Comissões Permanentes
seus membros do Presidente da Câmara competentes para deliberar
Composição: requerimento de Prazo: até o final do evento sobre a matéria
1/3 dos membros da Câmara externo Prazo: 60 dias, prorrogável
Prazo: até 120 dias, prorrogá- uma vez por igual período
vel até duas vezes por igual (mais 60 dias)
período (mais 240 dias) CONHECIMENTOS GERAIS

TÍTULO IV — DO PLENÁRIO

O último órgão da Câmara Municipal disciplinado pelo Regimento Interno é o Plenário.


Esse órgão possui natureza deliberativa, e sua principal característica diz respeito a sua com-
posição: o Plenário conta com a totalidade de vereadores que estejam em exercício ativo. É
isso o que dispõe o texto do art. 101.

Art. 101 Plenário é o órgão deliberativo e soberano da Câmara, constituído pela reunião dos
Vereadores em exercício, em local, forma e número estabelecidos neste Regimento.

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Considerando a sua grande composição, o Plenário poderá deliberar sobre diversos assun-
tos, utilizando de múltiplos critérios para aprovação de proposições. Esse é outro aspecto
que o distingue dos demais órgãos: o Plenário poderá votar propostas por múltiplos critérios,
como a maioria simples, a maioria absoluta, a maioria especial e a maioria qualificada.
Os parágrafos, do art. 102, explicam a principal diferença de cada um desses critérios.

Art. 102 As deliberações do Plenário serão tomadas por:


I - maioria simples;
II - maioria absoluta;
III - maioria especial;
IV - maioria qualificada.
§ 1º A maioria simples é a que representa o maior resultado de votação, dentre os presentes.
§ 2º A maioria absoluta é a que compreende mais da metade dos membros da Câmara.
§ 3º A maioria especial é a que atinge ou ultrapassa 3/5 (três quintos) dos membros da Câmara.
§ 4º A maioria qualificada é a que atinge ou ultrapassa a 2/3 (dois terços) dos membros da
Câmara.
§ 5º As deliberações do Plenário, em qualquer das partes das sessões, só poderão ser tomadas
com a presença da maioria absoluta dos membros da Câmara.

Dica para memorizar:

z Maioria simples: maioria dos membros presentes na sessão (50% + 1);


z Maioria absoluta: maioria de todos os membros (50% + 1);
z Maioria especial: atinge ou ultrapassa três quintos de todos os membros (3/5);
z Maioria qualificada: atinge ou ultrapassa dois terços de todos os membros (2/3).

Estranha-se o dispositivo fazer menção ao critério da maioria simples, considerando que


o Plenário deverá reunir-se sempre na totalidade de seus membros. Isso fica ainda mais evi-
dente quando o Regimento Interno trata das competências do Plenário.
No caso, o Regimento Interno divide suas atribuições em dois grupos. O art. 103 trata das
competências deliberativas, que são as atividades sobre as quais o Plenário deve opinar
sobre, atuando como se fosse a Mesa, ou uma das Comissões.
O art. 103 faz uma subdivisão dessas atribuições, com base no critério de apuração da con-
tagem de votos de seus membros, mas não faz menção ao critério da maioria simples.

Art. 103 O Plenário deliberará:


I - por maioria absoluta sobre:
a) matéria tributária;
b) Código de Obras e Edificações e outros Códigos;
c) Estatuto dos Servidores Municipais;
d) criação de cargos, funções e empregos da administração direta, autárquica e fundacional,
bem como sua remuneração;
e) concessão de serviço público;
f) concessão de direito real de uso;
g) alienação de bens imóveis;

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h) autorização para obtenção de empréstimo de particular, inclusive para as autarquias, fun-
dações e demais entidades controladas pelo Poder Público;
i) lei de diretrizes orçamentárias, plano plurianual e lei orçamentária anual;
j) aquisição de bens imóveis por doação com encargo;
l) criação, organização e supressão de distritos e subdistritos, e divisão do território do Muni-
cípio em áreas administrativas;
m) criação, estruturação e atribuições das Secretarias, Subprefeituras, Conselhos de Repre-
sentantes e dos órgãos da administração pública;
n) realização de operações de crédito para abertura de créditos adicionais, suplementares ou
especiais com finalidade precisa;
o) rejeição de veto;
p) Regimento Interno da Câmara Municipal;
q) alteração de denominação de próprios, vias e logradouros públicos;
r) isenções de impostos municipais;
s) todo e qualquer tipo de anistia;
t) aprovação de Conselheiros do Tribunal de Contas do Município.
II - por maioria especial sobre:
a) zoneamento urbano;
b) Plano Diretor.
III - por maioria qualificada sobre:
a) rejeição do parecer prévio do Tribunal de Contas do Município;
b) destituição dos membros da Mesa;
c) emendas à Lei Orgânica;
d) concessão de título de cidadão honorário ou qualquer outra honraria ou homenagem

Apesar do rol bastante extenso, podemos concluir o seguinte:

z as matérias sujeitas à aprovação por maioria especial (3/5) são as matérias típicas de
direito urbanístico, como o zoneamento urbano e a elaboração do Plano Diretor;
z as matérias sujeitas à aprovação por maioria qualificada (2/3) causam maiores impactos,
motivo pelo qual elas necessitam de um quórum mais rigoroso para sua aprovação. É o
caso da destituição do membro da Mesa, a possibilidade de emendar a Lei Orgânica do
Município, rejeição do parecer técnico emitido pelo Tribunal de Contas do Município e a
concessão de título de cidadão honorário ou outros títulos e honrarias;
z a utilização do quórum de maioria absoluta (50% + 1) possui caráter residual e será utili-
zada para aprovação de todas as outras matérias deliberadas. Exemplos: assuntos de direi-
CONHECIMENTOS GERAIS

to tributário; regime jurídico dos servidores públicos; a criação de cargos públicos e sua
respectiva remuneração na administração direta, autárquica e fundacional; a concessão
de serviços públicos, a utilização de bens públicos; a elaboração do Regimento Interno da
Câmara; a abertura de crédito suplementar; assuntos de orçamento público e legislação
orçamentária.

O art. 105, por sua vez, esmiúça as competências executivas do Plenário. São as atividades
que não se confundem com a deliberação e votação de matérias de seu interesse, mas que
surtem efeitos não apenas para a Câmara Municipal, mas também para o Poder Executivo

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municipal, principalmente para a figura do prefeito. Observe o texto do dispositivo legal,
primeiro.

Art. 105 São atribuições do Plenário:


I - eleger a Mesa e destituir qualquer de seus membros, na forma regimental;
II - alterar, reformar ou substituir o Regimento Interno;
III - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extin-
ção dos cargos, empregos e funções de seus serviços e fixação da respectiva remuneração,
observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;
IV - dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito, conhecer de sua renúncia e afastá-los, definitiva-
mente, do exercício do cargo;
V - conceder licença para afastamento ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos Vereadores;
VI - fixar, para viger na legislatura subsequente, a remuneração dos Vereadores, bem como a
do Prefeito e a do Vice-Prefeito;
VII - autorizar o Prefeito a ausentar-se do Município por mais de 15 (quinze) dias consecutivos;
VIII - criar Comissões Parlamentares de Inquérito;
IX - convocar Secretários Municipais ou responsáveis pela administração direta e indireta
para prestar informações sobre matéria de sua competência;
X - solicitar informações ao Prefeito sobre assuntos referentes à administração;
XI - autorizar a convocação de referendo e plebiscito, exceto os casos previstos na Lei Orgâni-
ca do Município;
XII - tomar e julgar as contas do Prefeito, da Mesa e do Tribunal de Contas do Município;
XIII - zelar pela preservação de sua competência legislativa, sustando os atos normativos do
Executivo que exorbitem do poder regulamentar;
XIV - julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores nos casos previstos em lei;
XV - aprovar, após arguição pública, os membros do Tribunal de Contas do Município;
XVI - legislar sobre a criação, organização e funcionamento de Conselhos e Comissões da
Câmara;
XVII - legislar sobre tributos municipais, bem como autorizar isenções, anistias fiscais e remis-
são de dívidas;
XVIII - votar o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual, bem como
autorizar a abertura de créditos suplementares e especiais;
XIX - deliberar sobre obtenção e concessão de empréstimos e operações de crédito, bem como
sobre a forma e os meios de pagamento;
XX - autorizar a concessão de auxílios e subvenções;
XXI - autorizar a concessão de serviços públicos;
XXII - autorizar a concessão do direito real de uso de bens municipais;
XXIII - autorizar a concessão administrativa de uso de bens municipais;
XXIV - autorizar a alienação de bens imóveis municipais;
XXV - autorizar a aquisição de bens imóveis, salvo quando se tratar de doação sem encargos;
XXVI - criar, alterar e extinguir cargos, funções e empregos públicos e fixar a remuneração da
administração direta, autárquica e fundacional;
XXVII - aprovar as diretrizes gerais de desenvolvimento urbano, o Plano Diretor, a legislação
de controle de uso, de parcelamento e de ocupação do solo urbano;
XXVIII - dispor sobre convênios com entidades públicas e particulares e autorizar consórcios
com outros municípios;
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XXIX - criar, estruturar e atribuir funções às Secretarias e aos órgãos da administração
pública;
XXX - autorizar a alteração de denominação de próprios, vias e logradouros públicos;
XXXI - delimitar o perímetro urbano e o de expansão urbana;
XXXII - aprovar o Código de Obras e Edificações;
XXXIII - conceder títulos de cidadão honorário ou qualquer outra honraria;
XXXIV - exercer outras atribuições regimentais e legais.

Podemos agrupar essas atribuições do Plenário com base na seguinte classificação:

z Atribuições regimentais: o Plenário deve praticar atividades consideradas essenciais


para os trabalhos da Câmara Municipal, como eleger e destituir os membros da Mesa,
criar as CPIs para investigar fato recebido por denúncia e dispor sobre sua organização,
funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e fun-
ções de seus serviços;
z Atribuições de gestão de pessoas: o Plenário é o órgão competente para resolver qual-
quer questão referente ao regime jurídico dos vereadores e dos funcionários públicos que
atuam dentro da Câmara Municipal. Em relação aos vereadores, o Plenário é competente
para fixar a sua remuneração, conceder licenças para afastamento do cargo, e também
julgá-los nos casos previstos em lei. Em relação aos funcionários públicos que atuam na
Câmara Municipal, o Plenário possui apenas competências voltadas para a criação, trans-
formação e extinção dos cargos, empregos e funções públicas, podendo dispor também
sobre a respectiva remuneração desses cargos. O Plenário não tem competência para apli-
car sanções disciplinares para os servidores e empregados da Câmara, pois essa é uma
tarefa da Mesa!
z Atribuições voltadas ao prefeito e vice-prefeito: apesar de essas pessoas não fazerem
parte do Poder Legislativo, o Plenário possui competências políticas, administrativas e
fiscalizadoras sobre o chefe do Poder Executivo municipal, isto é, o prefeito e o seu vice. O
dispositivo é bem claro ao dispor que o Plenário é competente para:

„ dar posse ao seu mandato;


„ fixar a sua remuneração;
„ requerer informações ao prefeito sobre assuntos referentes a sua administração;
„ conceder autorização para se ausentar por mais de 15 dias consecutivos;
„ julgar o prefeito, nas hipóteses cabíveis (crime de responsabilidade), bem como julgar
CONHECIMENTOS GERAIS

as suas contas;
„ afastá-lo de seu cargo;
„ dar conhecimento de sua renúncia.

z Atribuições legislativas: além das competências legislativas expostas no artigo anterior, o


inciso XVI prevê também como atribuição do Plenário legislar sobre os seguintes assuntos:

„ a criação, organização e funcionamento de Conselhos e Comissões da Câmara;


„ os tributos municipais e as hipóteses de isenção, anistias fiscais e remissão de dívidas.

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z Atribuições orçamentárias: é o Plenário quem vota e aprova o orçamento público da
Câmara Municipal, podendo deliberar sobre as diretrizes orçamentárias, sobre a lei orça-
mentária anual, sobre a possibilidade de abertura de créditos suplementares e especiais e
também sobre as concessões de empréstimos e operações de crédito;
z Atribuições de urbanização: o Plenário é também o órgão competente para delimitar o
perímetro urbano e o perímetro de expansão urbana, aprovar as diretrizes gerais de urba-
nização presentes no Plano Diretor, além de dispor sobre a legislação de uso e ocupação do
solo urbano. O Plenário também possui competência para autorizar a alteração de denomi-
nação de próprios, vias e logradouros públicos, e aprovar o Código de Obras e Edificações.

Observe que parte das atribuições previstas no citado art. 105 muito se assemelham com as
competências das Comissões Permanentes e Temporárias. Apesar de o Regimento Interno não
ser muito claro, entende-se que todo o trabalho de discussão de proposições obedece a uma
sequência de atos, e o Plenário deve ser a entidade que dá a palavra final sobre a matéria, em
grau de recurso. É isso o que dispõe o texto do art. 82.

Art. 82 Não se dispensará a competência do Plenário para discutir e deliberar sobre propo-
sição que possa ser votada pelas Comissões nos termos desta Seção, quando houver recurso
neste sentido de 1/10 (um décimo) dos membros da Casa, e nos casos do artigo 79, quando
acolhidos pelo Plenário.
§ 1º Os pareceres das Comissões para as quais foi distribuída a propositura, inclusive o da
Comissão de Constituição e Justiça, se favorável, serão publicados juntamente com o da última
Comissão que se manifestar, abrindo-se o prazo de 5 (cinco) sessões ordinárias para apresen-
tação do recurso mencionado no “caput”.
§ 2º Não sendo apresentado recurso, será observado o disposto no artigo 83 ou 84, conforme
o caso.

O recurso interposto contra a matéria votada pela Comissão deve conter obrigatoriamente
a assinatura de pelo menos um décimo (1/10) dos vereadores que compõem a Câmara.
A exigência de um grande número de assinaturas advém do fato de que um dos elementos
mais importantes da matéria recursal é a demonstração do inconformismo da parte vencida.
Por isso, não se admite interposição de recurso para o Plenário se for assinado por apenas
um, ou por apenas um pequeno grupo de vereadores.
O prazo para a interposição desse recurso ao Plenário não é computado em dias, mas em
número de sessões ordinárias. A propositura da Comissão será aprovada se dela não houver
recurso em até cinco sessões ordinárias.

HORA DE PRATICAR!
1. (FGV — 2023) Francisco estava utilizando o Explorador de Arquivos no Windows quando, inadver-
tidamente, excluiu um arquivo.

Assinale a combinação de teclas que Francisco pode usar imediatamente para recuperar o
arquivo.
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a) Ctrl+V
b) Alt+F4
c) Ctrl+C
d) Ctrl+X
e) Ctrl+Z

2. (FGV — 2023) Um usuário do Windows em português tem instaladas e configuradas 3 impresso-


ras, HP 3160, HP LaserJet Pro 400 e HP Deskjet Plus 6476, tendo definido a segunda delas como
impressora padrão.

Nesse cenário, e dado que há outras impressoras disponíveis, assinale a afirmativa correta.

a) Somente será possível imprimir na impressora HP LaserJet Pro 400.


b) Para utilizar qualquer impressora que não a HP LaserJet Pro 400, o usuário deverá realizar o
mesmo procedimento e alterar a impressora padrão.
c) Caso a impressora HP LaserJet Pro 400 seja removida, o usuário não conseguirá imprimir em
outra impressora.
d) No envio de material para impressão, sem designação específica da impressora, a impressora
HP LaserJet Pro 400 será selecionada automaticamente.
e) Para remover a impressora HP LaserJet Pro 400, o usuário deve, previamente, designar uma nova
impressora padrão.

3. (FGV — 2023) No Windows, há um conjunto de caracteres que não podem ser usados em nomes
de pastas e arquivos.

Faz parte dessa lista de caracteres inválidos o caractere

a) -
b) $
c) (
d) *
e) _

4. (FGV — 2022) Joana quer descobrir a capacidade, o espaço livre e o espaço usado do drive C: do
seu notebook.
CONHECIMENTOS GERAIS

Para tanto, depois de clicar com o botão direito sobre o drive no Explorador de Arquivos do Win-
dows, Joana deve usar a opção

a) Configurações.
b) Expandir.
c) Info.
d) Propriedades.
e) Recolher.

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5. (FGV — 2023) Sobre o recurso Controlar Alterações, disponível no MS Word, analise as afirmati-
vas a seguir.

I. Permite controlar alterações feitas no documento, incluindo alterações, exclusões e alterações


de formatação.
II. Permite controlar a evolução das versões de um arquivo contendo um documento Word, nomean-
do-as automaticamente com uma sequência numérica.
III. Permite o bloqueio de trechos do documento, que passam a ser editados apenas pelos usuários
autorizados.

Está correto o que se afirma em

a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) II e III, apenas.

6. (FGV — 2021) Considere um comando de localização no MS Word, onde o texto a localizar é

voluptatem
e a única opção de busca avançada escolhida foi
“Localizar apenas palavras inteiras”.
O texto objeto da busca é exibido a seguir.
Lorem ipsum dolor sit amet. Eos voluptatem dolores id mollitia dolor ad necessitatibus quia aut
libero sunt non voluptatem nisi! Et modi voluptas qui rerum voluptas eos amet dicta et consequa-
tur amet aut eligendi voluptatem ea laudantium molestias.

Assinale o número de ocorrências localizadas.

a) Zero.
b) Uma.
c) Duas.
d) Três.
e) Quatro.

7. (FGV — 2021) Ana criou e editou um documento no MS Word, e agora precisa gerar uma versão
PDF desse arquivo.

Assinale o procedimento que Ana deve seguir.

a) Acionar a opção Imagem PDF na guia Inserir.


b) Acionar o assistente de geração PDF, na guia Revisão.
c) Usar o comando Exportar na guia Arquivo e escolher o tipo de arquivo PDF.
d) Usar o comando Imprimir na guia Arquivo, pois o Word não permite a geração.
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e) Usar o comando Salvar como na guia Arquivo e escolher o tipo de arquivo PDF.

8. (FGV — 2019) Sobre as abas em pastas de trabalho do MS Excel, considere as seguintes


afirmativas.

I. Na configuração original, uma pasta de trabalho é criada com três abas de planilhas.
II. O atalho de teclado Alt+Shift+F1 resulta na deleção da guia correntemente ativa.
III. A referência a células localizadas em outras guias é feita por meio do nome da aba seguido por
uma seta como, por exemplo, “=Plan2->A4”.
Está correto somente o que se afirma em

a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.

9. (FGV — 2019) Considere uma planilha MS Excel, cujas células na região A2:C4 contêm os seguin-
tes valores inteiros:

A2, A3 e A4 contêm, respectivamente, 1, 4 e 5; B2, B3 e B4 contêm, respectivamente, 20, 40 e 60;


C2, C3 e C4 contêm, respectivamente, 9, 34 e 25.
Considere que as colunas A, B e C estejam com filtros (recurso Filtro da guia Dados) acionados,
com as seleções descritas:
Coluna A: somente os valores 4 e 5 estão selecionados;
Coluna B: somente o valor 60 está selecionado;
Coluna C: o filtro dessa coluna permanece inalterado.

Sabendo-se que todas as demais células da planilha estão em branco, é correto afirmar que
somente:

a) a linha 2 está invisível;


b) a linha 3 está invisível;
c) a linha 4 está invisível;
d) as linhas 2 e 3 estão invisíveis;
CONHECIMENTOS GERAIS

e) as linhas 3 e 4 estão invisíveis.

10. (FGV — 2022) Com relação a topologia física de uma rede em anel, analise as afirmativas a
seguir.

I. Quando uma mensagem é envida, ela circula na rede até chegar ao destino ou até voltar ao seu
emissor.
II. Os computadores estão organizados em série, formando um circuito fechado.

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III. A topologia apresenta limitações quanto ao atraso no processamento de dados. A razão deste
atraso surge em virtude das características do protocolo de controle de acesso ao meio utilizado,
o protocolo CSMA/CD.

Está correto o que se afirma em

a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) II e III, apenas.

11. (FGV — 2017) A figura a seguir ilustra o download de um arquivo da Internet com a descrição:
“784 KB/s – 61,8 MB de 1,9 GB, 41 minutos restantes”.

A velocidade de transmissão de dados, aproximada, é:

a) 61 Megabytes por minuto;


b) 2 Gigabytes por minuto;
c) 784 Kilobits por segundo;
d) 6 Megabit por segundo;
e) 19 Kilobits por minuto.

12. (FGV — 2023) No contexto dos navegadores de Internet, assinale a definição mais adequada
para o termo cookie.

a) Um arquivo armazenado no seu computador por um website, usado para registrar dados sobre a
sua utilização.
b) Um arquivo que adiciona novas funcionalidades ao browser instalado na sua máquina.
c) Um histórico de navegação na web gravado pelo browser.
d) Um item de segurança que torna sua navegação mais segura por meio de criptografia.
e) Uma funcionalidade adicional instalada pelo browser, usualmente utilizada por websites
comerciais.

13. (FGV — 2022) A empresa TekTudo quer compartilhar seus recursos computacionais entre seus
funcionários de forma segura.

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Para que os computadores e os recursos da rede, como impressoras, sejam acessíveis apenas
dentro da TekTudo, a equipe de suporte deve configurar a/um

a) Internet.
b) Intranet.
c) Extranet.
d) Firewall.
e) Antivírus.

14. (FGV — 2017) Assinale a opção que caracteriza, corretamente, extensões do Google Chrome.

a) Janelas auxiliares como histórico de páginas visitadas, downloads ou bookmarks.


b) Listas de links abertos nas várias abas do navegador.
c) Ferramentas destinadas somente aos desenvolvedores de páginas Web.
d) Tipos de arquivos que o navegador consegue manipular e/ou exibir.
e) Pequenos programas que modificam as funcionalidades do navegador.

15. (FGV — 2022) No Outlook do pacote MSOffice 2013/2016/2019 BR, Paulo começou a escrever
um e-mail com os itens de uma lista de tarefas para enviar para um Assistente de Informática
executar durante a semana, mas ainda não tinha todos os itens da lista.

Para salvar o e-mail e enviar posteriormente, Paulo deve criar

a) um evento.
b) um lembrete.
c) um rascunho.
d) uma anotação.
e) compromissos.

16. (FGV — 2022) Júlia e seus colegas de faculdade estão fazendo um trabalho em grupo e deci-
diram compartilhar seus arquivos de imagens e texto na nuvem de modo que cada integrante do
grupo possa ver e acessar as atualizações dos outros pela Internet.

Para compartilhar na nuvem os arquivos do trabalho com os colegas do grupo, Júlia deve usar o CONHECIMENTOS GERAIS

a) Dropbox.
b) Pendrive.
c) Mozilla Thunderbird.
d) Windows Explorer.
e) Infraestrutura como Serviço (IaaS).

17. (FGV — 2022) Com relação às políticas de segurança da informação, analise as afirmativas
a seguir.

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I. Política de senhas: define o conjunto de regras do uso de senhas em uma rede, bem como recursos
computacionais que fazem parte na mesma. Entre as informações contidas na política estão a perio-
dicidade da troca de senha, o tamanho mínimo e máximo e a composição.
II. Política de backup: define regras específicas da realização das cópias de segurança, como os
tipos de mídia a serem utilizado no backup, a frequência de execução (diária, semanal, mensal)
e o período de retenção das cópias.
III. Política de privacidade online: são regras sociais que não contemplam como as informações
pessoais serão tratadas, sejam elas de usuários, clientes, funcionários e fornecedores.

Está correto o que se afirma em

a) I, somente.
b) I e II, somente.
c) I e III, somente.
d) II e III, somente.
e) I, II e III.

18. (FGV — 2017) Uma frequente fraude on-line tenta fazer com que os usuários revelem informa-
ções pessoais ou financeiras por meio de uma mensagem de e-mail ou de um sítio web.

Os usuários, em uma mensagem de e-mail, são direcionados para um sítio web que se faz passar
por uma entidade de confiança do usuário, em que eles são solicitados a fornecer informações
pessoais, como um número de conta ou senha. Essas informações são então utilizadas em rou-
bos de identidade.

Esse tipo de fraude on-line é conhecido como

a) phishing.
b) vírus.
c) criptografia.
d) cavalo de Tróia.
e) spyware.

19. (FGV — 2020) No contexto da segurança em redes de computadores, o termo firewall pode ser
considerado uma espécie de:

a) mecanismo de autenticação;
b) programa de transferência de arquivos seguro;
c) mecanismo que verifica e bloqueia spam de correio eletrônico;
d) antivírus, que pesquisa os arquivos em busca de programas malignos;
e) filtro, que restringe o tráfego de mensagens com sites e outros recursos.

20. (FGV — 2018) No contexto do Windows Defender e seus componentes, a verificação de vírus e
malware pode ser acionada na forma de full ou quick scan.

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Com relação aos arquivos verificados, assinale a opção que melhor caracteriza as diferenças da
segunda forma em relação à primeira.

a) Somente arquivos executáveis são verificados.


b) Somente arquivos oriundos de fontes externas ao sistema são verificados.
c) Somente arquivos que não tenham sido verificados no período estipulado nas configurações são
verificados.
d) Somente arquivos recentemente criados são verificados.
e) Somente arquivos em locais com maior probabilidade de infecção são verificados.

9 GABARITO

1 E

2 D

3 D

4 D

5 A

6 D

7 E

8 A

9 D

10 D

11 D

12 A

13 B

14 E

15 C

16 A

17 B

18 A

19 E

20 E CONHECIMENTOS GERAIS

ANOTAÇÕES

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