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Trabalho Vulnerabilidade MC
Trabalho Vulnerabilidade MC
DELEGAÇÃO DE CHIMOIO
TEMA:
Resoluçāo de exrcicíos
CURSO:
LICENCIATURA EM GESTÃO AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTO
RURAL
III° Ano/II° Semestre de 2023
TEMA:
Resoluçāo de exrcicíos
DOCENTE:
Msc: ALEXADRE TIQUE
REALIZADO POR:
JOÃO FILIPE
CURSO:
LICENCIATURA EM GESTÃO AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTO
RURAL
III° Ano/II° Semestre de 2023
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Índice
Conteudos
Pag
1.0 Introdução..................................................................................................................................4
1.1. Objectivos.............................................................................................................................5
1.2. Objectivo geral......................................................................................................................5
1.3. Objectivos específicos:.........................................................................................................5
1.4. Metodologia..........................................................................................................................5
1.Problemas Ambientais Globais (PAG) são uma preocupação crescente para a humanidade......6
Destruição da Camada de Ozônio............................................................................................6
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a) Apresente algumas evidências da Mudanças climáticas no mundo e nosso País...................13
7.0 O dióxido de carbono (CO2) é o maior gás que contribui com mais de 50% para o efeito de
estufa..............................................................................................................................................14
8.0 O Desflorestamento é um problema ambiental mais observado nos países em vias de
desenvolvimento............................................................................................................................15
9.0 Apresente fenómenos de natureza climática que conheces, suas características, distribuição
no mundo e no país........................................................................................................................15
10. O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) é um
órgão composto por delegações de 130 governos para prover avaliações regulares sobre a
mudança climática. Nasceu em 1988, da percepção de que a acção humana poderia estar
exercendo uma forte influência sobre o clima do planeta e que é necessário acompanhar esse
processo.........................................................................................................................................16
12- Apresente e explique as oito áreas estratégicas de intervenção adaptadas por Moçambique. 17
13.0 Com base nos conhecimentos adquiridos, faça um comentário sobre as melhores práticas de
adaptação as MC para Moçambique..............................................................................................19
14.0 Conclusāo..............................................................................................................................19
15.0 Referências bibliográficas.....................................................................................................21
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1.0 Introdução
O presente trabalho visa o estudo de vários conteúdos relacionados com Vulnerabilidade as
mundacas Climaticas. As Mudanças Climáticas são actualmente uma realidade global
incontestável e politicamente urgente, tendo como principal causa os gases de efeito de estufa
(GEE) em resultado da acção humana. Constituem não apenas um problema ambiental, mas uma
emergência humanitária e de desenvolvimento com proporções globais, afetando de forma
desproporcional os países do Hemisfério Sul e os sectores da população mais pobres e
vulneráveis.
As MC, com origem nas actividades antropogénicas 3 de alteração do uso do solo, da agricultura,
do tratamento de resíduos e dos processos produtivos, incluindo a queima de combustíveis
fósseis, constituem um dos grandes problemas que ameaçam a humanidade e o desenvolvimento,
incluindo como consequências a degradação de ecossistemas essenciais e a destruição dos
recursos naturais, que são a base de produção da economia. Moçambique é especialmente
vulnerável às MC devido à sua localização geográfica na zona de convergência inter-tropical e a
jusante de bacias hidrográficas partilhadas, à sua longa costa e à existência de extensas áreas com
altitude abaixo do actual nível das águas do mar. Por outro lado, contribuem para a sua
vulnerabilidade e baixa capacidade adaptativa, entre outros factores, a pobreza, os limitados
investimentos em tecnologia avançada e a fragilidade das infra-estruturas e serviços sociais com
destaque para a saúde e o saneamento.
1.1. Objectivos
1.4. Metodologia
Para a realização do presente estudo foi efetuada revisão bibliográfica em livros, teses, sites,
artigos e trabalhos de conclusão de curso, com o objetivo de analisar e selecionar as informações
de maior relevância, e reuní-las de forma ordenada a evidenciar aos temas efeito estufa,
aquecimento global, mundaças Climaticas e balanço energético global. O processo de revisão da
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literatura é uma parte muito importante na investigação acerca do tema, que vai desde o
levantamento bibliográfico até a redação final do texto do estudo.
1.Problemas Ambientais Globais (PAG) são uma preocupação crescente para a
humanidade.
a) Identifique pelo menos três (3) PAG estudados e apresente algumas características que
justifiquem que sejam PAG.
R% Alguns problemas ambientais adquirem uma dimensão global, tais como o Efeito Estufa, a
destruição da Camada de Ozônio e a ocorrência das Chuvas Ácidas.
Apesar de não ser consenso em toda a comunidade científica, a destruição da Camada de Ozônio
é colocada como um dos principais problemas da atualidade. A afirmação é a de que existe uma
camada composta pelo elemento Ozônio (O 3) na estratosfera terrestre, de forma que a emissão de
gases poluentes estaria destruindo essa camada, cuja função é proteger a superfície terrestre dos
Raios Ultravioletas emitidos pelo sol. (Attenborough, 2020).
O efeito estufa é um fenômeno natural de conservação do calor na Terra. Quando os raios solares
atingem a superfície terrestre, eles são em parte absorvidos e em parte refletidos para a atmosfera
que reflete novamente esses raios para a superfície. Esse fenômeno recebe esse nome por ser
semelhante à ação de uma estufa de vidro, quando o calor entra com facilidade, mas tem
dificuldade em se dispersar.
O principal problema é que a ação humana sobre o espaço natural e geográfico vem contribuindo
para a intensificação desse fenômeno, o que estaria contribuindo para a elevação das
temperaturas do planeta. A emissão de gás carbônico (CO 2) na atmosfera contribui para que os
raios solares não se dispersem para fora da atmosfera, retendo toda a sua energia em nosso
ambiente, fato que se agrava com o processo de desmatamento, uma vez que a vegetação tem a
função de absorver parte desse calor. (Attenborough, 2020).
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Intensificação das Chuvas Ácidas
Em regra, toda chuva é ácida. No entanto, os níveis comuns dessa acidez não representam uma
ameaça para os locais que recebem essas chuvas. Apesar disso, alguns fatores podem contribuir
para a elevação desse índice, como a presença de alguns elementos na atmosfera, a exemplo do
dióxido de enxofre (SO2) e do dióxido de nitrogênio (NO2).
Esses elementos químicos reagem com a água da chuva, tornando-se mais ácida do que o
normal. A emissão desses na atmosfera está relacionada com fatores naturais (como erupções
vulcânicas, por exemplo) e, principalmente, com a ação humana. A fumaça emitida pelas
chaminés de algumas fábricas possui uma elevada concentração de poluentes que prejudicam a
qualidade do ar.
Em função disso, vários prejuízos já foram causados pela ação da Chuva Ácida ocasionada pela
ação humana, como a contaminação de rios e lagos, a destruição de patrimônios, alterações na
agricultura e na pecuária, entre outros inúmeros casos. A combinação desses problemas
ambientais acima elencados contribui para a ocorrência de inúmeros outros fenômenos, tais
como o Aquecimento Global e a alteração dos ecossistemas e da vida na Terra. (Attenborough,
2020).
Atualmente, a questão ambiental é um dos temas mais debatidos pelos profissionais de educação.
A razão dessa discussão é devido à importância desse tema na vida escolar, para o meio
ambiente e sua interferência direta na qualidade de vida. Deste modo, faz-se necessário à
implantação de programas abrangentes para a informação de educadores que orientem as práticas
metodológicas adequadas na vida escolar.
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2.0 Explique a abordagem antropogénica e naturalista dos PAG e porquê a 1ª
(antropogénica) é a mais evocada nos organimos regionais e internacionais.
R% O PAG a 1ª (antropogénica) Esta influência antropogénica deriva, principalmente, das
alterações na exploração e uso da terra (desflorestação, urbanização, desertificação, irrigação) e
da crescente combustão de combustíveis fósseis (libertação de aerossóis e gases de estufa), com
consequências diretas nos equilíbrios radiativo e energético terrestres, às escalas local, regional e
global. A alteração da natureza da cobertura da superfície afeta o seu albedo e a radiação por ela
emitida (efeito regional), a sua rugosidade e, consequentemente, os regimes do vento, assim
como os componentes do ciclo hidrológico (efeitos, sobretudo, à escala local e regional); a
adição de materiais provenientes de fontes artificiais potencia o efeito de estufa pela alteração da
composição atmosférica daí resultante (efeitos local a global).
A preocupação com a preservação do meio ambiente apareceu com mais força nas últimas
décadas em consequência da conduta irresponsável do homem diante da natureza. O homem em
sua sanha desenvolvimentista e tecnológica está acabando com o meio natural. Será preciso lutar
contra essa obstinação para preservar a manutenção de nossa espécie. A ação humana atual é o
prolegômeno do fim dos tempos. Ao longo dessa exposição discorrer-se-á acerca de fatores em
escala global e local que vêm contribuindo para um quadro de desajuste ambiental. (CRUZ,
2000).
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Portanto, a atmosfera é aquecida principalmente de baixo para cima, e o balanço energético
global do sistema terrestre é equilibrado pela radiação de onda longa reemitida para o espaço,
principalmente a partir do topo da cobertura de nuvens. As radiações incidente e emergente são,
portanto, intimamente equilibradas para toda a Terra, mas isso não significa que elas estejam em
equilíbrio para uma determinada região, ou intervalo de latitudes. A curva sólida mostra a
quantidade média diária de energia solar absorvida pela Terra e pela atmosfera em função da
latitude. Como as temperaturas na parte superior da cobertura de nuvens não variam muito com a
latitude, tampouco o faz a intensidade da radiação de onda longa emitida para o espaço: isso
pode ser visto por meio da curva tracejada na
b) Questão: Supondo o sistema como um corpo negro radiativo, calcule as 4 componentes (em
Wm-2) individualmente a partir apenas de: 𝑆𝑜 = 1380 Wm-2, α = 0,30 R: Si = 345 ; Sr = 104; Le
= 241; Li = 0.
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funções, como proteger a
Terra dos raios
ultravioletas, nocivos aos
seres vivos, e manter a
temperatura média da
Terra, evitando grandes
amplitudes térmicas entre o
dia e a noite.
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força o ar mais quente e menos denso a subir. O ar mais frio é então aquecido pela superfície e o
processo é repetido.
4.0 O aquecimento global é um tema que tem sido discutido nos últimos anos em quase
todos paises do mundo.
a) Explique o que é aquecimento global e apresente as principais causas.
R% O aquecimento global é um fenômeno climático de larga extensão, ou seja, um aumento da
temperatura média superficial global, provocado por fatores internos e/ou externos. Fatores
internos são complexos e estão associados a sistemas climáticos caóticos não lineares, isto é,
inconstantes, devido a variáveis como a atividade solar, a composição físico-química
atmosférica, o tectonismo e o vulcanismo.
As principais causas são antropogénicos e relacionados a emissões de gases-estufa por queima de
combustíveis fósseis, principalmente carvão e derivados de petróleo, indústrias, refinarias,
motores, queimadas etc. (IPCC 2007)
b) Apresente as consequências do aquecimento global nas escalas mundial e local.
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a) Identifique e explique o fenómeno acima ilustrado.
R% Esquema do efeito estufa na Terra, explicando Os gases responsáveis pelo efeito estufa,
como vapor de água, clorofluorcarbono (CFC), ozônio (O3 ), metano (CH4 ), óxido nitroso
(N2 O) e o dióxido de carbono (CO2 ), absorvem uma parte da radiação infravermelha
emitida pela superfície da Terra e irradiam, por sua vez, uma parte da energia de volta para a
superfície (Fig.1). Como resultado, a superfície recebe quase o dobro de energia da atmosfera
em comparação com a energia recebida do Sol, resultando em um aquecimento da superfície
terrestre em torno de 30°C. Sem esse aquecimento, a vida, como a conhecemos, não poderia
existir. O principal gás responsável pela geração do efeito estufa é o vapor de água
troposférico. Sua concentração atmosférica provém unicamente de fontes naturais, tais como
evapotranspiração e atividade vulcânica (IPCC 1990). Os principais gases antrópicos são o
CO2 , o CH4 ( 20 vezes mais potente que o CO2 como gás-estufa), e o N2 O. O Painel
Intergovernamental para as Mudanças Climáticas (IPCC), descreve no seu relatório de 2007
que a concentração atmosférica global de CO2 aumentou de 280 ppm em 1750 para 379 ppm
em 2005, significando um aumento de 35,35%. A concentração atmosférica global de CH4
aumentou de 715 ppb em 1750 para 1732 ppb no início da década de 1990, e 1774 ppb em
2005, significando um aumento de 148%, e a concentração atmosférica global de N2 O
aumentou de 270 ppb em 1750 para 319 ppb em 2005, significando um aumento de 18,15%.
Grande parte do aquecimento observado durante os últimos 50 anos se deve a um aumento
nas concentrações de gases-estufa de origem antro pogênica. Em um período de 100 anos
houve um aumento médio da temperatura global dos continentes de 0,85°C, da temperatura
global do oceano de 0,55°C e da temperatura global da Terra de 0,7°C (IPCC 2007).
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R% Efeito estufa é um fenômeno atmosférico natural responsável pela manutenção da vida na
Terra. Sem a presença desse fenômeno, a temperatura na Terra seria muito baixa, em torno de -
18ºC, o que impossibilitaria o desenvolvimento de seres vivos. (IPCC 2007).
c) Apresente o papel dos governos face aos problemas ambientais globais e das mudanças
climáticas.
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promover a educação, sensibilização e divulgação em matérias relacionadas com as
Mudanças Climáticas;
desenvolvimento e transferência de tecnologias de adaptaçao e mitigaçao;
promover a participação do público em acções das Mudanças Climáticas e o acesso de
informação pelo público;
preparar a comunicação nacional e tornar disponível a COP.
Para a realização dos compromissos assumidos pelo país com a ratificação da CQNUMC,
Moçambique conta com recursos disponíveis internamente, com destaque para o Orçamento de
Estado, assim como outros acessíveis externamente, como o mecanismo financeiro estabelecido
no âmbito da Convenção que visam ajudar os países em desenvolvimento a suportarem os custos
de adaptação e mitigação.
7.0 O dióxido de carbono (CO 2) é o maior gás que contribui com mais de 50% para o efeito
de estufa.
a) Quais são os quatro principais sectores de actividades que mais contribuem para efeito
de estufa?
R% Os setores se destacam como as fontes que mais crescem nas emissões de gases de efeito
estufa: os processos industriais cresceram 174%, o transporte (subsetor de energia), 71%, e a
fabricação e construção (também subsetor de energia), 55%.
b) Quais são os outros gases de efeito de estufa?
R% Os principais gases do efeito estufa são o dióxido de carbono, o metano e o óxido nitroso.
c) Apresente duas consequências da intensificação do efeito de estufa.
R% As Consequências do efeito estufa são: agravamento da segurança alimentar, prejudicando
as colheitas e a pesca. → Extinção de espécies e danos a diversos ecossistemas. → Perdas de
terras em decorrência do aumento do nível do mar, que provocará também ondas migratórias. →
Escassez de água em algumas regiões.
d) Apresente quatro (4) medidas mundialmente aceites para mitigação dos impactos do
efeito de estufa.
R% As medidas práticas que governos precisam tomar contra mudanças climáticas
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8.0 O Desflorestamento é um problema ambiental mais observado nos países em vias de
desenvolvimento.
a) Apresente duas (2) consequências directas e duas (2) indirectas deste fenómeno.
R% Perda da biodiversidade, degradação de habitat, alterações climática efeito estufa.
b) Explique por que razões o mesmo fenómeno é mais verificado nos países em vias de
desenvolvimento.
R% As razões de desmatamento e degradação florestal são complexas e actuam de forma
combinada nos países em vias de desenvolvimento. A procura de alimentos e energia para a
satisfação de uma população nacional sempre crescente, bem como a pressão dos mercados
internacionais de produtos agrícolas e florestais têm sido referidos como as causas fundamentais
do desmatamento em Moçambique. A crescente actividade mineira bem como infraestrutura
associada também poderá contribuir para a conversão das florestas em outros usos da terra. O
alto crescimento populacional (2.5% anual a nível nacional), incluindo uma rápida urbanização,
associado a baixa escolaridade e falta de oportunidades de emprego, contribui para o aumento da
pobreza urbana, trazendo habitantes com modos de vida ruraisa cidades não preparadas para o
efeito. Esta situação leva por exemplo a contínua e crescente construção de habitações precárias
com uso de estacas e lacalacas e consumo de energia de biomassa.
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11.0 Moçambique possui uma Estratégia Nacional de Mudanças Climáticas.
a) Defina os seguintes conceitos: Sequestro de carbono, Vulnerabilidade Climática,
Adaptação, Mitigação e Resiliência.
Sequestro de carbono: é um processo de remoção de dióxido de carbono da atmosfera que
ocorre principalmente nos oceanos, florestas e outros sistemas onde os organismos por meio da
fotossíntese capturam o dióxido de carbono.
Adaptação: ajuste num sistema em resposta às mudanças actuais ou futuras no clima e aos seus
impactos. Inclui alterações e ajustamentos desenhados para moderar ou compensar potenciais
danos ou tirar vantagens das MC. Assim, a capacidade adaptativa é a capacidade potencial ou
habilidade de um sistema, região ou comunidade de se adaptar aos efeitos ou impactos das MC.
Mitigação: qualquer intervenção antropogénica que tanto pode reduzir, como controlar e/ou
prevenir as fontes (emissões) de GEE bem como aumentar a capacidade de sumidouro
(sequestro).
12.0“Em resposta aos principais factores de vulnerabilidade Climática, Moçambique reitera que
a prioridade nacional é a adaptação e redução de riscos climáticos e assume o compromisso de
promover um desenvolvimento integrado e resiliente às MC e reduzir a vulnerabilidade das
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pessoas e comunidades, do capital natural e edificado, bem como os compromissos assumidos a
nivel internacional”.
Grande parte das acções para garantir a disponibilidade de água na quantidade e com os padrões
de qualidade requeridos pelos vários usos passa pela construção e reabilitação infraestruturas
para gestão de recursos hídricos como diques naturais, açudes, canais, minihídricas, represas
comunitárias, sistemas de captação de água pluvial (caleiras e cisternas), sistemas de drenagem e
sistemas de transvase. Estas mesmas infra-estruturas deverão ser dimensionadas para acomodar
os leitos de cheia, que poderão ser exacerbados pela ocorrência de fenómenos extremos de
precipitação, e as dimensões da gestão de bacias hidrográficas transfronteiriças. O conhecimento
local deve ser utilizado e integrado, tendo sido referido como exemplo a divulgação e promoção
das técnicas locais de purificação de água.
3-Protecção social
4-Biodiversidade
Os impactos das MC nas florestas ainda não são bem conhecidos. Contudo 70% da população
Moçambicana vive em zonas rurais, numa dependência directa sobe os recursos florestais, cuja
gestão sustentável irá trazer impactos positivos aumentando as comunidades rurais a capacidade
de adaptação contra as mudanças climáticas. Desde o ano 2009 foi lançada em Moçambique a
iniciativa presidencial “Um Aluno uma árvore, uma líder comunitário uma floresta nova”. Esta
iniciativa tem estado a ser promovida como campanha nacional de plantação de árvores e
regeneração da floresta natural. Esta iniciativa tem sido implementada com a colaboração directa
do MICOA, MINAG, MINED assim como o sector privado nacional.
Moçambique, apesar das suas baixas emissões de GEE, reconhece o potencial para mitigação e
desenvolvimento de baixo carbono em determinadas áreas, as quais dão oportunidade de orientar
desde o começo, um desenvolvimento sustentável, e de aceder a fontes adicionais de ENAMMC
24 financiamento de iniciativas orientadas para o desenvolvimento sustentável.
7-Energia
Nesta categoria são apresentadas acções estratégicas de mitigação que estão relacionadas com o
uso, produção e transporte de energia.
13.0 Com base nos conhecimentos adquiridos, faça um comentário sobre as melhores
práticas de adaptação as MC para Moçambique.
R% Apesar de várias políticas sectoriais reconhecerem as MC como uma questão importante, de
vários actores (públicos, privados e sociedade civil) contribuírem com acções concretas quer de
adaptação quer de mitigação, bem como o facto de existir um Programa no qual se pretende
promover políticas e estratégias de mitigação e adaptação às MC no Plano Económico Social ao
nível central e distrital (PES e PESOD ) do Sector do Ambiente, as acções correspondentes são
ainda muito parcas devido à fraca coordenação entre sectores e fraca capacidade de integração
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das questões das MC nos documentos de planificação e de orçamentação e na implementação
concreta, o que resulta em acções independentes e esporádicas pouco eficazes.
14.0 Conclusāo
As Mudanças Climáticas são actualmente uma realidade global incontestável e politicamente
urgente, tendo como principal causa os gases de efeito de estufa (GEE) em resultado da acção
humana. Constituem não apenas um problema ambiental, mas uma emergência humanitária e de
desenvolvimento com proporções globais, afetando de forma desproporcional os países do
Hemisfério Sul e os sectores da população mais pobres e vulneráveis. Estes países são os que
têm menores responsabilidades históricas nas Mudanças Climáticas e são também os que têm
menor capacidade de resposta e adaptação.
O tema mudanças climáticas é um dos grandes desafios da humanidade para o século XXI.
Análises científicas compiladas pelo Painel Intergovernamental para Mudanças do Clima (IPCC,
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sigla em inglês) ressaltam que existe probabilidade de mais de 95% de que as mudanças no clima
sejam ocasionadas pelo aumento de Gases de Efeito Estufa (GEE) provenientes de ações
humanas. As mudanças climáticas já afetam a disponibilidade de recursos naturais, impactando o
acesso à água, a produção de alimentos e a saúde1 . Os impactos oriundos das mudanças
climáticas podem gerar grandes perdas econômicas. Só no Brasil, estima-se perdas anuais de 7
bilhões até 20202 . Centenas de milhões de pessoas poderão passar fome, sofrer com a falta de
água, enfrentar eventos climáticos extremos e inundações costeiras, à medida que o clima no
mundo vai se alterando. A questão das emissões dos Gases de Efeito Estufa (GEE) começou a
ser analisada pela sua dimensão ambiental, mas atualmente qualquer política relacionada à
redução de emissões está diretamente relacionada com a produção e o consumo da economia
mundial.
O acordo combina o financiamento público e privado, incluindo promessas de doadores e de
países em desenvolvimento. Do setor privado destacam-se instituições financeiras, fundos de
pensão e seguradoras, bem como os bancos de desenvolvimento e comerciais, que nunca tinham
atuado em iniciativas sobre mudanças climáticas em tão larga escala.
2-Referência Item 2.1 Goosse et al (2010) Introduction to climate dynamics and climate
modelling. Chapter 2: The energy balance, hydrological and carbon cycles.
3-BARCELLOS, F.C.; OLIVEIRA, S.M.M.C. de. Novas Fontes de Dados sobre Risco
Ambiental e Vulnerabilidade Social. In IV ENANPPAS – Encontro da Associação Nacional de
Pesquisa e Pós-graduação em Ambiente e Sociedade – “Mudanças Ambientais Globais”: A
contribuição da ANPPAS ao debate. Brasília, 4 a 6 de junho de 2008.
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4-INPE, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Mudanças Climáticas, Extremos e Desastres
Naturais. Conferencia Nacional de Mudanças Climáticas, 2012.
5-MIN, Ministério da Integração Nacional. Plano Nacional da Defesa Civil. Brasília, 2007.
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