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Disserta o Afonso
Disserta o Afonso
Escola de Música
Universidade Federal de Minas Gerais
Junho de 2004
Antônio Afonso Gonçalves
Escola de Música
Universidade Federal de Minas Gerais
Junho de 2004
Aos meus pais Ivan Afonso (in memorian) e Maria Sebastiana que,
cristão.
incondicional.
Agradecimentos
Ao Prof. Dr. Cláudio Urgel Pires Cardoso que, com paciência e dedicação, me
Aos amigos Ricardo Rodrigues, Washington Vitalino, Haiffi Dantas pelas opiniões,
deste trabalho.
desta dissertação.
“Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo
de queixa contra outrem. Assim como o Senhor nos perdoou, assim também
ELLEN G. WHITE
SUMÁRIO
RESUMO ............................................................................................................. vi
INTRODUÇÃO .................................................................................................... 1
CONCLUSÃO ...................................................................................................... 54
BIBLIOGRAFIA .................................................................................................. 57
LISTA DE ABREVIATURAS
c. - Compasso
Concl. - Conclusivo
D - Dominante
Da - Anti-relativo da dominante
Dr - Relativo da dominante
Ed. - Edição
MB - Motivo básico
MP - Melodia principal
S - Sub-dominante
Sa - Anti-relativo da sub-dominante
Séc. - Século
Sr - Relativo da sub-dominante
Susp. - Suspensivo
T - Tônica
Ta - Anti-relativo da tônica
Tr - Relativo da tônica
LISTA DE TABELAS
RESUMO
escrita em 1979 e 1981. Elas são consideradas o primeiro método brasileiro para
para o violoncelo. Ela compõe-se de uma análise de cada uma das valsas
para a performance das valsas no violoncelo. Nela também está incluído um breve
ABSTRACT
The 16 valzes for bassoon solo by Francisco Mignone were written in 1979 and
1981. They are considered the first Brazilian method to the bassoon. This musical
This research is about the transcription of the three valtzes from this collection to
the cello. It presents a musical analysis of the selected valtzes, discussions about
technichal aspects, bows suggestion and a special performance edition for cello of
the mentioned valtzes. It presents also the historical background of the composer,
some aspects of the musical transcriptions and a short historical background of the
referred instruments.
1
INTRODUÇÃO
(DEVOS, 1982). Sua fase como “Chico Bororó”1 e suas melodias cantabiles
(MEDEIROS,1995).
musicais diferentes em cada uma delas. “As valsas para fagote solo vieram
1
Pseudônimo sugerido pelo editor A. de Franco, e usado devido ao preconceito contra a música popular
na época.
2
elaboração deste trabalho, que tem como finalidade aumentar o repertório solo
CAPÍTULO 1
1897. Filho de imigrantes italianos, iniciou seus estudos musicais aos cinco
anos de idade com seu pai, o flautista e violinista Alfério Mignone. Quando
aos seis anos de idade, na companhia de seu pai, assistiu à ópera La Bohème,
o que o marcou profundamente, pois aos oitenta anos de idade ainda lembrava
mudos. Foi nesse mesmo período de sua vida que surgiu Chico Bororó para
recebeu, aos 15 anos de idade, o segundo prêmio por concurso realizado pelo
1
CHIAFFARELLI, Liddy. 1ª esposa do compositor Francisco Mignone falecida em acidente aéreo em
1962.
5
movimentado e a música popular era de fácil aceitação, o que fazia com que
(IKEDA, 1986).
Essa experiência ajudou Mignone a criar peças com uma temática nacional
2
O rádio na década de 20 passou de mero instrumento de curiosidade a meio de comunicação e diversão
em escala mundial. O primeiro programa de rádio foi transmitido em 1920 pela KDKA de Pittsburgh
(USA).
6
(KIEFER, 1983).
Bororó”, experiência essa que o acompanhou a vida toda. Influenciado que foi
pela música produzida pelos chorões e seresteiros, essa fase marca sua
Em 1920, aos vinte e três anos de idade, Francisco Mignone seguiu para Itália
1997).
Mignone durante sua estadia na Itália mostram grande influência italiana, razão
pela qual Mignone foi duramente criticado pelo escritor Mário de Andrade, que
(AZEVEDO, 1997).
8
críticas de Mário de Andrade surtiram efeito, pois nesse mesmo ano estreava
a Primeira Fantasia Brasileira, obra para piano e orquestra que traz de volta os
Mignone compôs quatro Fantasias, todas elas lembram Chico Bororó (Idem).
1983).
efeitos rítmicos e sonoros. Maracatu de Chico Rei é a primeira obra cujo tema
1939 Mignone escreveu A Suíte Sinfônica Festa das Igrejas, que foi
1987).
gravadas por Arthur Moreira Lima, entre janeiro de 1980 e julho de 1982, na
Bandeira. Essa foi a primeira coleção de valsas escritas por Mignone. Todas
Aos 50 anos de idade Francisco Mignone escreveu o livro A parte do anjo com
Em 1950 chegou ao Brasil o fagotista Nöel Devos, que foi convidado pelo
b
Na década de 60, a partir de um profundo estudo da Missa em Si de
recitais por todo o Brasil. Maria Josephina (1923) foi a segunda esposa do
inspiração da música de Igor Stravinsky, entre elas estão as Sonatas nº2 e nº3
inclusive estudou várias de suas obras com o intuito de aprender mais sobre a
Brasileiras para piano. Oito valsas dessa coleção foram dedicadas à sua
Existem hoje três gravações das 16 valsas para o fagote solo. A primeira
12
gravação foi interpretada pelo fagotista Noël Devos, citada na introdução desta
Infelizmente Mignone não escreveu nenhuma valsa para o violoncelo solo. Seu
Já o fagote foi bastante agraciado pelo compositor devido à sua amizade com o
fagotista Nöel Devos. Essa parceria rendeu bons frutos ao fagote, que tem em
Para uma interpretação mais fiel das valsas para fagote solo é importante
Mignone ao compor essa obra. Em seus últimos anos de vida Mignone buscou
sua vida, uma peça para clarineta, a pedido de uma enfermeira, mãe de um
próprio compositor, experimentou quase tudo, só não fez música eletrônica por
falta de instrumentos para realizá-la, mas deixou claro que qualquer empenho
1.2 - O Violoncelo
essa extensão foi aumentada com acréscimo de uma quarta corda afinada
utilizada para sua construção é o pinho europeu. Seu arco é feito de pau-brasil
crina do arco, sua produção sonora é feita através da fricção das cerdas do
XVII, porém, no início desse mesmo século ainda foi referido em vários
(MARX, 1980).
assim como os cantores fazem com seu repertório solo hoje em dia (PLEETH,
1982).
então inexpressivo.
No séc. XVlll Bach escreveu as seis suítes para violoncelo solo tocadas e
A primeira gravação dessas suítes foi feita pelo grande violoncelista Pablo
escreveram peças solo para esse instrumento. Podemos citar alguns dos
1.3 – O Fagote
junções. Sua produção sonora é através de uma paleta dupla feita de bambu
mais recursos sonoros, ele tem maior quantidade de harmônicos que o fagote
18
O uso mais antigo do fagote era reforçar a linha do baixo, e devido a essa
fagote como instrumento solista: J.S. Bach, Telemann, Boyce, Boismortier, J.C.
(WATERHOUSE, 2001).
19
CAPÍTULO 2
Isso sugere que a própria composição musical seja uma forma de transcrição,
baixo.
“ (de Meados do séc. XIII até final do séc. XVI) - período em que a
música vocal é mais importante que a instrumental - os instrumentos
eram executados tendo como modelo a voz humana, limitando-se muitas
vezes a dobrá-la; os seus âmbitos sonoros eram reduzidos por
comparação aos instrumentos mais tardios, uma vez que não havia
necessidade de produzir notas impossíveis de cantar” (HENRIQUE
1994: 16).
escrito.
1
Instrumentos que ressoam em tom diferente daquele que corresponde à nota escrita.
21
(KREITNER, 2001).
musicais (BORÉM, 1998). Foi neste período que Monteverdi compôs a ópera
A intabulação era uma pratica amplamente difundida nos séculos XV e XVI, ela
foi uma das heranças que deram origem aos arranjos de J. S. Bach para
BORÉM 1998).
realidade audível e visível. Não se trata apenas de uma decifração, mas sim de
2
HINSON, Maurice. The pianist’s guide to transcriptions, arrangements, and paraphrases. Bloomington:
Indiana University Press, 1990.
23
a obra viver. Pareyson sugere que o intérprete tenha autonomia diante de uma
obra de arte, que sua interpretação não seja meramente a maneira como está
prefixada em uma gravação de alguém famoso, mas, sim que cada intérprete
obra. A obra de arte tem autonomia e sua forma guarda a autenticidade, porém
efeito operativo deve ser aplicado também para a transcrição musical, pois ela
experimentação musical.
várias formas de leituras de uma mesma peça caracterizam essa relação entre
físico e material, a obra não pode existir a não ser como objeto físico e material
novo idioma interpreta essa obra numa nova linguagem. A recriação do idioma
(Idem).
1995).
O método de análise utilizado nesta pesquisa foi trabalhado à luz dos conceitos
seu conteúdo essencial é concentrado em uma única voz, que possui uma
Francisco Mignone, a gravação feita pelo fagotista Noel Devos e seus textos
referidas valsas.
O critério de escolha dessas valsas foi: primeiro, aquelas com que mais me
realizada por Bach (Suíte V para violoncelo solo), e Kodaly (Sonata OP. 8 para
grafar suas partituras Mignone é muito claro, cada melodia tem sentido e suas
Uma ligadura de arco longa para esse tipo de repertório não é a mais
“Moderadamente”.
31
acordo com o final de cada uma. Esta definição do final de cada frase, em
definição de frases.
32
CAPÍTULO 3
SELECIONADAS
(TAB. 1).
TABELA 1
Unidade estrutural da Valsa Mistério
NOTA: A Segunda frase de cada período, por terminarem uma na terça da tônica e a outra na quinta da tônica, dão a impressão de prosseguimento, o
que deixa em aberto a definição das frases, podendo serem do ponto de vista melódico suspensivas e do ponto de vista harmônico conclusivas.
34
EXEMPLO 3 – Melodia principal (MP) e Motivo básico (MB), legato na partitura original.
Para dar a idéia de som legato na melodia principal da valsa, é necessário que
o violoncelista tenha uma boa técnica de arco; as mudanças de arco devem ser
realizadas com leveza para que não haja acento e a interrupção sonora seja
As figuras rítmicas dessa frase são construídas com a figura do motivo básico.
nos na colocação das arcadas, que sugerimos para baixo em cada início de
cada compasso.
36
mudanças de posições, que, neste trecho, são dois saltos de oitava na corda
técnica de m.e. (mão esquerda), já que o movimento do arco para baixo ajuda
Seção A’
arco para baixo em todas as vezes que ela aparece (EX. 8, 54 a 61).
se conclui em F#m no compasso setenta. A nota Sib–1 tocada nesse trecho foge
1
Tônica Mediântica: são todos os acordes que mantém uma relação de Terça, maior ou menor,
ascendente ou descendente, com algum eixo tonal ou tônica.
2
Observação: nas valsas Mistério e Quase Modinheira não utilizamos a scordatura por se tratar de
alteração em apenas uma nota fora da extensão do violoncelo.
39
(MEDEIROS 1995).
O próprio nome dessa valsa já diz muito sobre ela. Sua melodia principal
1º membro 47 a 53 T - S F Largamente
conclusivo
Frase
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Menor cadência p
suspensivos
D - T
Codeta extensão 67 a 72 T PP, f Largamente, brusco
conclusiva
41
Seção A
1
A primeira frase é construída com uma tessitura que vai do ré ao mi 4 (c. 1 a
16), nela está contida a MP A (c. 1 a 8). O motivo básico dessa seção é
motivo está contido no âmbito de duas oitavas com dois saltos sucessivos. As
duas frases da seção são iniciadas com esse motivo básico (EX. 12).
realização no violoncelo.
Podemos tocar no violoncelo o Mi2 nas cordas Ré, Sol ou Dó. A realização do
frase perderia seu brilho, pois a mesma nota tocada em posição diferente
também muda o timbre. A melhor opção foi tocar o Mi2 na corda Ré, assim
ficamos numa mesma região, apesar de saltar a corda Sol provocando uma
desenho seguinte não tem salto e não requer a mudança de corda, nesse caso
em salto sugerimos tratinas e arcadas para cima. Quando esse motivo aparece
42
c.1 a 8).
da frase 2 (c. 25 a 32) foi a estabelecida para o motivo básico e uma arcada
Seção B
EXEMPLO 13 – MP da seção B e seu motivo básico (c. 33 a 36). Si (1) adaptado (c. 35)
reproduzido por uma variação elaborada uma oitava acima, trata-se do terceiro
Seção A’
um arco para cada compasso com exceção do compasso 56, onde sugerimos
Para finalizar, Mignone constrói uma pequena cadência concluindo a valsa com
finalização com uma codeta, que vai do compasso 67 ao 72. Nos compassos
capa CD). Nessa valsa fizemos duas versões para sua adaptação ao
afinação da quarta corda para uma segunda maior inferior, aumentando assim
Escreve-se: soa:
violoncelo, quando surgiu, como já citado nesta pesquisa, tinha como padrão
violoncelo. Com a afinação padrão alguns dos acordes nela contidos não são
outra com a afinação padrão. A scordatura feita por Bach proporcionou novo
Bach (EX.16).
Toca-se Soa
soltas soa: Lá, Ré, Fa#, Si, ou seja, um acorde de Sim7. Este procedimento
3
BACH, J. S. Suíte V, BWV 1011. Editado por August Wenzinger. Londres. New York. Prag BA 320.
4
KODÁLY, Zoltán. Sonata op. 8 Violoncelo Solo. Universal Edition. 1952 Londres.
47
Assim, as notas tocadas nas respectivas cordas alteradas soam uma segunda
Toca-se Soa:
No repertório sinfônico podemos citar como exemplo Igor Stravinsky com sua
nota Sol, porém com a scordatura, a nota tocada nessa região soará uma
5
STRAVINSKY, Igor. Sagração da Primavera. Edwin F. Kalmus, Publisher of Music, New York, N. Y.
48
nessa valsa fizemos duas versões, uma com o uso da scordatura, e outra
tonalidade menor, não dão à valsa um caráter triste. A segunda parte que é a
melodia.
Seção Tom Período e frases Compasso Região harmônica Dinâmica Indicação de andamento
1º frase 01 a 08 T - D mp, p, mp Moderadamente
suspensiva
A Ré menor Período D - T
2º frase 08 a 16 mp Fim
conclusiva
1º frase 17 a 24 _______D mp
B Ré menor suspensiva -----------
Período 2º frase 25 a 32 _______ T P Poco rit. Devagar
conclusiva
1º frase 01 a 08 T - D mp, p, mp Moderadamente
suspensiva
A Ré menor Período 2º frase 08 a 16 D - T mp Fim
“conclusiva”
1º frase 33 a 40 T - D P ----------
suspensiva
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1ª período 2º frase 41 a 49 T -D - S - T
(motivo a) conclusivo ------- ----------
3º frase 50 a 57 (D)Sr ___(D)Tr
C Ré Maio suspensiva ------- ----------
4º frase 58 a 65 S ____T Rall.
conclusiva -------
1º frase 66 a 73 T - D A tempo
2º Período suspensiva
(motivo b) 2º frase 74 a 81 T - D Dal seno al fim
suspensiva
Da capo A e fim
51
EXEMPLO 20 – Elaboração da MP A
52
Seção B
EXEMPLO 21 – MP da seção B.
Seção C
CONCLUSÃO
Fizemos uma entrevista com o mesmo, e ele nos contou sobre a escassez de
Francisco Mignone escreveu em uma carta dirigida a Vasco Mariz dizendo que
sua vida ele revela que só não fez música eletrônica por falta de instrumentos
câmara.
violoncelo solo.
57
BIBLIOGRAFIA
BOYDEN, David D. et al. The Violin Family. 1ª ed. Stanley Sadie, 1989, Nova
Yorque W. W. Norton and Company, 315 p. (The New Grove Musical
Instruments Series).
COWLING, Elizabeth. The cello. New York : Charles Scribner’s Sons 1975.
224p.
KREITNER, Kenneth et al. Orquestration: In: SADIE, Stanley ed. The new
Grove Dictionary of Music and Musicians. New york; Macmillan & Co., 2001. V.
12 . p. 405-418.
MARX, Klaus. The Violoncello. In: BOYDEN. The Violins Family. The New
Grove Musical Instruments Series. 1ª ed. Londres: Papermac, 1989. Capítulo
VI, p. 153-155.
PLEETH, Willian. The Cello . 1ª ed. Great Britain: Mcdonald e Co Ltd. 1982.
290p.
WATERHOUSE, Wiliam. Bassoon In: SADIE, Stanley ed. The new Grove
Dictionary of Music and Musicians. New york; Macmillan & Co., 2001. V.2,
p.873-893.
WOLF, Janet. A produção Social da Arte. Rio de Janeiro 1982. Zahar Editores,
tradução Waltensir Dutra.
ANEXO A
Transcrição e edição das valsas selecionadas
61
MISTÉRIO
(Quanto amei-a!)
Transcrição Violoncelo solo Francisco Mignone
Afonso Gonçalves
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Valsa sentimental e doentia
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Violoncelo Solo
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Do ao fim
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69
ANEXO B
Manuscrito das valsas selecionadas
77
ANEXO C
Capa com indicação instrumental
79
ANEXO D
Programas de recitais apresentados durante o curso