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CURSO SUPERIOR LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

PROJETOS E PRÁTICAS DA AÇÃO PEDAGÓGICA- PPAP

ANDRESSA EVELYN MENDES ALMEIDA UP19213838


MARIA DIRCE BARBOSA DOS SANTOS UP19221354
MARIA LUIZA MAGALHÃES SANTOS UP19221357
TANIA CRISTINA SOUZA MADUREIRA UP19208146
VANDERLEI ERICK CONCEIÇÃO DA SILVA UP19226834

GESTÃO ESCOLAR EM AMBIENTES NÃO ESCOLAR


A PEDAGOGIA HOSPITALAR
ILHÉUS - BAHIA

Ilhéus / BA
2021

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

ANDRESSA EVELYN MENDES ALMEIDA UP19213838


MARIA DIRCE BARBOSA DOS SANTOS UP19221354
MARIA LUIZA MAGALHÃES SANTOS UP19221357
TANIA CRISTINA SOUZA MADUREIRA UP19208146
VANDERLEI ERICK CONCEIÇÃO DA SILVA UP19226834

GESTÃO ESCOLAR EM AMBIENTES NÃO ESCOLAR


A PEDAGOGIA HOSPITALAR
ILHÉUS - BAHIA

Projeto e Prática de Ação Pedagógica – PPAP


apresentado à Universidade Paulista, como
requisito parcial para obtenção do grau de
Licenciatura em Pedagogia.

Orientadora: Profªa: Fabiana Vieira.

Ilhéus / BA
2021
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1. TEMA: Gestão escolar em ambientes não escolar
1.1. TÍTULO: Trabalhando a prática do lúdico e ensino no ambiente
hospitalar

2. SITUAÇÃO-PROBLEMA
Qual a importância de trabalhar a pedagogia no ambiente hospitalar e quais as
dificuldades podemos encontrar no percurso? E como trabalhar o lúdico com as
crianças nesse ambiente? E qual o papel da família nesse momento de
internação?

3. JUSTIFICATIVA
Trabalhar o ensino – aprendizagem em qualquer lugar é difícil, e quando
falamos desse ensino em ambientes hospitalares não é diferente. O
profissional da educação precisa procurar meios para auxiliar e ensinar a
criança no seu período de internação, sabemos que existe vários
obstáculos que o aluno enfrenta nesse tempo, o isolamento do mundo
exterior, a saudade dos amigos e parentes, a falta da escola, são alguns
exemplos e sobre isso, o educador precisa fazer com que o aluno se sinta
à vontade mesmo estando nesse ambiente.
O lúdico é uma forma da criança aprender de maneira mais prazerosa e
divertida, e colocar em prática essa metodologia no ensino em hospital é
muito mais agradável para as crianças em situação de internação, pois
com esse modo elas se distraem da rotina dentro desse ambiente e
conseguem aprender e interagir com mais facilidade.

É na infância que ocorre o momento de descobertas, pelo qual as crianças


querem se sentir livres para brincar, imaginar, enfim interagir com o mundo e a
relação com a educação é ligada a esta fase, porém uma enfermidade abala
significativamente não só suas rotinas diárias como também aspectos de seu
desenvolvimento. Nos hospitais a criança internada se sente presa e solitária
não consegue se divertir e nem brincar com os amigos ou ir para a escola, isso
faz com que seu rendimento escola e sua interação com o mundo exterior fique

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desgostosa. Então, quando acontece isso o profissional da educação entra em
cena e ajuda esse paciente-aluno a ver o mundo dentro das paredes do
hospital de uma outra forma, mostrando a essa criança que mesmo nesse
ambiente, ela consegue aprender, interagir e se divertir ainda que seja em
âmbito hospitalar.
A família tem um papel importante enquanto o paciente-aluno está internado,
pois quando os familiares estão presentes junto a essas crianças elas sentem
uma sensação de conforto, compreendemos que quando o paciente fica
internado passa por um momento de solidão e quando essa criança consegue
ter um familiar junto nesse período a uma sensação de alivio por meio do
paciente é mais satisfatória.
O presente projeto se justifica pela possibilidade de compreender o ensino
nesse ambiente e trabalhando suas dificuldades, comparação a escolas
convencionais, diferenças, aprendizado e os obstáculos enfrentados no método
de ensino e a capacitação desses profissionais.

4. OBJETIVOS

4.1. OBJETIVO GERAL: Trabalhar dificuldades e buscar soluções no


ensino e aprendizado de crianças no âmbito hospitalar.
4.2. OBJETIVO ESPECIFICO:
 Planejar práticas e atividades lúdicas que influenciem no
desenvolvimento cognitivo das crianças;
 Discutir com eles quais os maiores desafios enfrentados sobre
o ensino em hospitais;
 Conversar e trabalhar práticas de ensino que auxiliem na
melhoria do aprendizado nesse ambiente;
 Identificar os possíveis problemas e buscar saídas junto
hospital/casa/escola;
 Inserir atividade com plataformas digitais, jogos educativos,
brincadeiras e leituras;
 Promover o ensino e a aprendizagem em conjunto da
coordenação hospitalar/família/escola.

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5. EMBASAMENTO TEORICO

Ensinar em ambientes hospitalares requer uma participação do hospital, da


família e principalmente do paciente. Quando crianças ou adolescentes em
processo de educação por algum motivo são hospitalizadas e não conseguem
ir até a escola, o profissional da educação vai ao encontro dessas crianças,
fazendo com que elas consigam acompanhar o ensino aplicado na escola
mesmo no hospital. (FIGHERA, Tiziane Muniz,2015)
A família e o hospital devem concordar se o paciente está apto para receber
esse ensino sem que prejudique o seu tratamento no hospital, a família precisa
estar presente o tempo todo com esse paciente-aluno, o educador deve
acompanhar o desenvolvimento da criança até mesmo depois da alta hospitalar
para avaliar se o aluno conseguiu aprender o ensino empregado durante o seu
tempo no hospital. (MATOS, Elizete Lúcia Moreira,2009)
A realidade do ambiente hospitalar envolve não somente o profissional
docente, mas toda uma equipe de profissionais da área da saúde e da
educação. Por isso, esta nova realidade engloba uma educação
multi/inter/transdisciplinar e o pedagogo tem a função de operar atividades
racionais nas quais potencializa os hábitos da educação intelectual do enfermo
em um contexto que lida diariamente com a incerteza em relação a própria
vida, conforme Matos e Mugiatti (2012).

A oportunidade dada à criança de brincar no hospital desenvolve efeitos


positivos. Além de ser um meio de recreação, ajuda a amenizar o sofrimento,
favorece a comunicação e a expressão dos sentimentos. A maioria dos
hospitais que utilizam esse método com as crianças hospitalizadas visa a
ocupação do tempo ocioso. Entretanto, a partir de pesquisas que estão sendo
realizadas nessa área, tem-se notado que a recreação é um instrumento
terapêutico que acalma as crianças e possibilita a intervenção médica com

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mais facilidade (BERSCH, 2005; DRUMMOND et al., 2009; MOTTA; ENUMO,
2004; SAGGESE; MACIEL, 1996).

(Segundo Fonseca 2008, p. 29 e p. 32), uma educação de qualidade se dá


quando o que acontece na sala de aula, através das mediações professor-
aluno e aluno-aluno sobre os conhecimentos do mundo, do dia-a-dia, das
experiências e da realidade de cada um, é sistematizado. O conhecimento não
está na sala de aula; ele nela chega conosco: professores, alunos, equipe,
comunidade, e, com as trocas nela vivenciadas, ele se constrói. O profissional
da área da educação que atua em ambiente hospitalar é o mediador do
paciente-aluno e com as suas interações com esse ambiente, esse educador
precisa estar capacitado para lidar com esses alunos nesse período e saber
trabalhar planos e programas que sejam de ensino e aprendizado para cada
criança.

(MATOS; MUGIATTI, 2012, p. 83), o ensino em hospitais é uma área de


grande crescimento no mundo e está se tornando mais visível pela sua
importância na sociedade. O aluno quando está hospitalizado tem o direto à
educação independente da sua condição física ou mental, o educando não
deve ter o seu direto silenciado, e para que isso seja efetivo é necessário criar
condições nos hospitais para crianças e adolescentes em idade de
escolarização, que sejam ensinados mesmo dentro de grandes hospitais
pediátricos e outros hospitais.

6. PÚBLICO ALVO
Crianças e/ou adolescentes em situação de internação hospitalar.

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7. PERCURSO METODOLOGICO
A presente pesquisa é baseada em teóricos que dizem a respeito sobre como o
trabalho em ambientes hospitalares tem as suas dificuldades e o aprendizado
que é oferecido nesses espaços. Sua eficiência exige competência teórica e
profissionais capacitados para que a parte prática seja satisfatória para os
educandos.
Nesse projeto participarão: coordenadores do âmbito hospitalar, profissionais
da educação capacitados para atuar nessa área, crianças/adolescentes em
situação de internação e a participação ativa e importante da família do
paciente-aluno.
A execução do projeto será organizada por momentos distintos e cada
momento possui um pré-requisito diferente para cada etapa.
Esse projeto requer a autorização de cada criança, pois é ela que decide se
deseja participar do projeto ou não, considerando seu ponto de vista e sua
visão sobre os assuntos apresentados pelo educador e essa proposta trabalha
o cognitivo das crianças como leitura, interpretação, trabalho e a interação em
conjunto.
Em parceria com os alunos buscar atividades, técnicas e práticas adequadas
ao aprendizado de cada criança mostrando que até mesmo dentro do hospital
é possível aprender, se socializar e trabalhar o lúdico, fazendo o uso de sites e
aplicativos, observando a dificuldade de cada aluno propondo abordagens
individualistas, buscando recursos escolares e levando para dentro do hospital,
procurando criar um ambiente descontraído para essas crianças.

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8. CRONOGRAMA

CRONOGRAMA
1º Aula No primeiro momento começar com uma roda de
conversa, sobre como é estar nesse ambiente
hospitalar, as dificuldades enfrentadas pelos pais e
pelas crianças e as diferenças dentro desse ambiente.
2º Aula Apresentar as crianças aplicativos e sites que auxiliem
no desenvolvimento deles enquanto estão
hospitalizados, debater de acordo com a visão das
crianças se o mundo fora do hospital muda para eles ou
se continua o mesmo.
3º Aula Trabalhar brincadeiras e jogos educativos que
estimulem a interação um com o outro como: leitura de
livros, quebra-cabeça, passa bola, etc., oferecendo aos
pais/responsáveis interagir junto.
4º Aula Criar pinturas, desenhos com lápis de cor, giz de cera,
pequenos textos, poesias, etc., que mostrem como as
crianças acham que a vida no hospital.
5º Aula Com as artes criadas pelos alunos fazer um mural com
as pinturas e desenhos feitos pelas crianças, com o
auxílio dos responsáveis elaborar mensagens positivas
que representem as artes dos alunos.

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Obs: Esse cronograma depende de quanto tempo o aluno-paciente está no
hospital podendo variar o seu período.

9. RECURSOS

 Aplicativos e sites online;


 Brinquedos educativos;
 Lápis de cor, giz de cera, tintas, etc.;
 Folhas de ofício;
 Cartolinas.

10. AVALIAÇÃO

Será feita mediante a observação da participação, interação e o


desenvolvimento do paciente-aluno sobre as atividades que foram aplicadas.
Analisando se a criança conseguiu interagir e se desenvolver dentro do âmbito
hospitalar. Registrando as atividades aplicadas, considerando os avanços e as
dificuldades apresentadas pelas crianças nesse período de hospitalização.

11. PRODUTO FINAL

A educação é importante para qualquer aluno mesmo que esse aluno esteja
em uma situação hospitalar.
Realizaremos junto com a coordenação hospitalar e o auxílio da família uma
exposição dos trabalhos feitos pelas crianças e apresentando as avaliações
feitas pelos alunos, mostrando como foi o seu desempenho ao logo das
atividades realizadas.

12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

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Ministério da Educação. Classe Hospitalar e Atendimento Pedagógico
Domiciliar: estratégias e orientações. Secretaria de Educação Especial.
Brasília: MEC. 2012.

FIGHERA, Tiziane Muniz. Pedagogia Hospitalar: O paciente frente a uma


nova abordagem de ensino. Disponível em: . Acesso em: 28 de novembro
de 2015.

Atendimento pedagógico-educacional para crianças e jovens


hospitalizados: realidade nacional. MEC - Série Documental. Textos para
Discussão. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais, 1999.

MATOS, Elizete Lúcia Moreira; MUGIATTI, Margarida Maria Teixeira de


Freitas. Pedagogia Hospitalar: a humanização integrando educação e
saúde. 6 Edição – Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.

FARFUS, Daniele. Espaços educativos: um olhar pedagógico. Curitiba:


Intersaberes, 2012.

MATOS. Elizete l. M. Diante dos desafios tecnológicos a pedagogia


hospitalar vem apontando novos olhares para o educador. (Artigo cientifica
publicado em 2006-PUCPR). Disponível em:
http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2006/anaisEvento/docs/PL-
339.pdf. Acesso em 10 fev. 2016.

MATOS, Elizete Lúcia Moreira. Escolarização Hospitalar: educação e


saúde de mãos dadas para humanizar. Petrópolis: Vozes, 2009.

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MATOS, Elizete Lúcia Moreira; MUGIATTI, Margarida M. Teixeira de
Freitas. Pedagogia Hospitalar: a humanização integrando Educação e
Saúde. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2007.

CALDIN, Clarice Fortkamp. A leitura como função terapêutica: biblioterapia.


Revista Eletrônica de Biblioteconomia e Ciência da Informação, v. 6, n. 12,
p. 32-44, 2001.

CECCIM, Ricardo Burg. Classe hospitalar: encontros da educação e da


saúde no ambiente hospitalar. Pátio, ano 3, n. 10, p. 41-44, 1999. CECCIM,
Ricardo Burg; CARVALHO, Paulo R. Antonacci (Org.). Criança
Hospitalizada: atenção integral como escuta à vida. Porto Alegre: UFGRS,
1997.

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