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Questões - Sexualidade e Gênero
Questões - Sexualidade e Gênero
“Esses atos, gestos e realizações são performativos no sentido de que a essência ou a identidade
que pretendem afirmar são invenções fabricadas e preservadas mediante signos corpóreos e outros
meios discursivos. O fato de que o corpo com gênero seja performativo mostra que não tem uma
posição ontológica distinta dos diversos atos que conformam sua realidade”.
Adaptado de BUTLER, J. El género en disputa. El feminismo y la subversión de la identidad. Barcelona: Paidós, 2007, p. 266.
( ) Questiona a suposição de existir uma essência para os gêneros e refuta a adoção de modelos
substancialistas de identidade.
( ) Sustenta a edificação do gênero mediante a repetição de atos regulados por uma normatividade
que pressupõe uma continuidade entre gênero, sexo e desejo.
( ) Afirma que homens e mulheres se comportam de modo específico em função de sua natureza
masculina e feminina, para marcar a própria subjetividade por gestos, falas e comportamentos.
A) V – V – V.
B) V – F – V.
C) F – V – V.
D) F – V – F.
E) V – V – F.
2. (Instituto OACP - 2022) Judith Butler é reconhecida como uma das mais importantes autoras
sobre os estudos de gênero. Assinale a alternativa que corresponde às proposições teóricas dessa
autora.
3. (Unisc RS/2015) “Gênero é o conceito corrente utilizado para designar os modos de classificar
as pessoas como pertencentes a mundos sociais, a princípio, organizados pelas diferenças de sexo. A
expressão identidade de gênero alude à forma como um indivíduo se percebe e é percebido pelos
outros como masculino ou feminino, de acordo com os significados que estes termos têm na cultura
a que pertence. (…). Possuir um sexo biológico, no entanto, não implica automaticamente uma
identificação com as convenções sociais de um determinado contexto, no que concerne a ser
homem ou mulher. ”
(ZAMBRANO, E; HEILBORN, M.L. Identidade de gênero. In: LIMA, Antonio Carlos de Souza (Coord.). Antropologia & direito: temas
antropológicos para estudos jurídicos. Rio de Janeiro: ABA, 2012. p. 412)
Considerando a citação acima analise as afirmativas abaixo.
I. A identidade de gênero é definida pelo sexo biológico.
II. Os tipos de roupa que deve vestir, os comportamentos e sentimentos de pertencimento
associados a um determinado gênero definem a identidade de gênero.
III. Possuir um sexo biológico não implica automaticamente uma identificação com as convenções
sociais de ser homem ou mulher.
IV. A partir da citação acima podemos inferir que a identidade de gênero não é construída
socialmente.
Assinale a alternativa correta.
4. (UFU MG/2016) Até a noite de 28 de junho, lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais
(LGBT) eram, sistematicamente, acuados e sofriam todo tipo de preconceitos, agressões e
represálias por parte do departamento de polícia de Nova Iorque. Mas nesta noite, a população
LGBT, presente no bar Stonewall Inn, se revoltou contra as provocações e investidas da polícia e,
munida de coragem, deu um basta àquela triste realidade de opressão. Por três dias e por três noites,
pessoas LGBT, e aliadas, resistiram ao cerco policial e a data ficou conhecida como a Revolta de
Stonewall. Surgiu o Gay Pride e a resistência conseguiu a atenção de muitos países, em especial a
do governo estadunidense, para os seus problemas.
Disponível em: http://www.cepac.org.br/agentesdacidadania/?page_id=185>.
5. (ENEM MEC/2022)
TEXTO I
A primeira grande lei educacional do Brasil, de 1827, determinava que, nas “escolas de primeiras
letras” do Império, meninos e meninas estudassem separados e tivessem currículos diferentes. No
Senado, o Visconde de Cayru foi um dos defensores de que o currículo de matemática das garotas
fosse o mais enxuto possível. Nas palavras dele, o “belo sexo” não tinha capacidade intelectual para
ir muito longe: – Sobre as contas, são bastantes [para as meninas ] as quatros espécies, que não
estão fora do seu alcance e lhes podem ser de constante uso na vida.
TEXTO II
No Senado, o único a defender publicamente que as meninas tivessem, em matemática, um
currículo idêntico aos dos meninos foi o Marquês de Santo Amaro (RJ). Ele argumentou: – Não me
parece conforme, às luzes do tempo em que vivemos, deixarmos de facilitar às brasileiras a
aquisição desses conhecimentos [mais aprofundados de matemática]. A oposição que se manifesta
não pode nascer senão do arraigado e péssimo costume em que estavam os antigos, os quais nem
queriam que suas filhas aprendessem a ler.
WESTIN, R. Senado Notícias. Disponível em: http://www.12.senado.leg.br. Acesso em: 20 out. 2021. (Adaptado)