Você está na página 1de 42

Relatório de estágio

__________________________

Maria Inês Silva da Fonseca Barbosa

Orientado por: Dr. Fernando Pichel

Coorientado por: Professor Doutor Pedro Moreira

Centro Hospitalar do Porto

FCNAUP

1.º Ciclo em Ciências da Nutrição

Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto

Porto, 2015
i

Agradecimentos

Dr. Fernando Pichel, meu orientador de estágio, por me ter concedido a

oportunidade de estagiar num sitio tão privilegiado; pela dedicação e

disponibilidade sempre demonstradas no esclarecimento das minhas dúvidas,

pelos seus sábios conselhos e ensinamentos, e pelo apoio na elaboração do

presente relatório.

Professor Doutor Pedro Moreira, meu coorientador de estágio, por me permitir

fazer parte da equipa de investigação, pela constante partilha de ideias

sugestões inovadoras, pelos conhecimentos transmitidos e palavras motivadoras,

e na orientação para a elaboração do trabalho complementar.

Drª Carla Gonçalves e Drª Maria João Pena, que tiveram um papel fundamental

na orientação do estágio na FCNAUP e na elaboração do trabalho complementar;

quer pela motivação e sabedoria demonstradas, quer pela amabilidade e

disponibilidade a que sempre se dispuseram para me ajudar e apoiar em todas as

dúvidas e inseguranças. Foram incansáveis em todos os momentos e, sempre

com um sorriso, contribuíram para a minha aprendizagem e crescimento pessoal

e profissional.

Alison, Rita e Mariana, colegas de estágio do CHP, pela interajuda e partilha de

ideias, e por tornarem cada dia de estágio mais alegre e motivante.

Alexandra, amiga e colega de estágio na FCNAUP, por me ter mais uma vez

demostrado que quando o trabalho se faz com gosto e com quem se gosta, a

recompensa é enorme; pela companhia e solidariedade, e pelo apoio

incondicional sempre demonstrado.


ii

Índice

Agradecimentos....................................................................................................i

Lista de Abreviaturas...........................................................................................v

1. Introdução.....................................................................................................1

2. Objetivos.......................................................................................................1

3. Local de estágio, duração e orientação........................................................2

4. Atividades realizadas....................................................................................4

5. Atividades complementares........................................................................12

6. Conclusões.................................................................................................13

7. Comentários e Sugestões...........................................................................13

8. Anexos....................................................................................................... 14

Índice de Anexos...............................................................................................15
iii

Lista de Abreviaturas

o AF- Atividade Física

o CB - Cirurgia Bariátrica

o CEN - Consulta Externa de Nutrição

o CHP - Centro Hospitalar do Porto

o CIN – Consulta Interna de Nutrição

o CMIN - Centro Materno Infantil do Norte

o CTED - Consulta de Terapêutica Educacional da Diabetes

o DG - Diabetes Gestacional

o DM – Diabetes Mellitus

o DM1 – Diabetes Mellitus tipo 1

o DM2 - Diabetes Mellitus tipo 2

o IH - Ingestão Hídrica

o NE - Nutrição Entérica

o NP - Nutrição Parentérica

o PAE - Plano Alimentar estruturado

o PCE – Processo Clínico Eletrónico

o PT – Patologia Tiroidea

o TI - Trânsito Intestinal

o TN- Terapia Nutricional


iv
1

1. Introdução

No âmbito da licenciatura em Ciências e Nutrição, o presente relatório visa a

exposição dos objetivos inicialmente delineados, bem como a descrição e

refleção de todas as atividades realizadas durante o período de estágio

académico.

O período de estágio permite estabelecer a ponte entre a formação académica

e a atividade profissional, permitindo colocar em prática os conhecimentos

teóricos adquiridos ao longo da licenciatura. Tive a oportunidade de escolher

dois locais de estágio diferentes, de modo a que pudesse aprender e

aprofundar conhecimentos em mais do que uma área da Nutrição: a

Investigação e a Nutrição Clínica.

Ao longo do relatório serão descritos de forma sucinta os objetivos propostos, o

local de estágio, as atividades desenvolvidas nos dois locais bem como

atividades complementares em que pude participar.

2. Objetivos

2.1. Objetivos Gerais:

o Promover a articulação entre os conhecimentos adquiridos durante a

licenciatura em diferentes áreas de intervenção da Nutrição;

o Pôr em prática conhecimentos teóricos adquiridos ao longo da licenciatura;

o Adquirir experiência e conhecimentos através do contacto com

profissionais da área de Nutrição;

o Desenvolver e aperfeiçoar a capacidade de trabalho individual e

autonomia;

o Aprimorar capacidades de comunicação e relações interpessoais;


2

o Assegurar uma aprendizagem contínua através de pesquisa e participação

em atividades;

2.2. Objetivos específicos:

Nutrição Clínica:

o Conhecer as funções do nutricionista no meio hospitalar e compreender a

importância da sua integração em equipas multidisciplinares;

o Aprender estratégias de abordagem ao doente em contexto de consulta

externa e interna;

o Assistir e colaborar em consultas internas e externas, promovendo

aconselhamento alimentar e/ou prescrição de um plano alimentar

estruturado (PAE) e a Terapia Nutricional (TN);

o Aperfeiçoar a linguagem inerente à prática clínica.

Investigação:

o Compreender a metodologia inerente à preparação de um trabalho de

investigação: pesquisa bibliográfica e elaboração de um protocolo;

o Analisar de forma crítica artigos científicos sobre o tema a investigar;

o Aprender e executar de forma autónoma técnicas e procedimentos

laboratoriais;

o Aperfeiçoar a capacidade de trabalho em equipa;

o Adquirir competências no tratamento de dados com recurso a SPSS;

o Desenvolvimento do trabalho complementar “Potássio em refeições

servidas em cantinas universitárias”

3. Local de estágio, duração e orientação

O estágio curricular decorreu no período compreendido entre 18 de Fevereiro e

23 de Julho, com a carga horária de 35 horas semanais, perfazendo um total

de 700 horas. O estágio decorreu em duas instituições, sendo elas o Centro


3

Hospitalar do Porto, sob orientação do Dr. Fernando Pichel, e a FCNAUP, sob

coorientação do Professor Doutor Pedro Moreira.

O CHP é um Hospital Central e Escolar constituído pelo Hospital de Santo

António, Hospital Joaquim Urbano, Centro Materno Infantil do Norte (CMIN) e

Centro de Genética Médica Jacinto de Magalhães, que visa a excelência em

todas as suas atividades, numa perspetiva global e integrada de saúde. Possui

diversas áreas assistenciais que se dividem em serviços/departamentos e

centros de responsabilidade, aos quais pertence o Serviço de Nutrição e

Alimentação resultante da fusão de duas unidades distintas: Unidade de

Nutrição que desenvolve a sua atividade na área da Nutrição Clínica em todo o

Hospital, com instalações contíguas à consulta multidisciplinar do pé diabético;

e a Unidade de Alimentação, sediada junto à cozinha do Hospital.

A FCNAUP, uma das mais recentes unidades orgânicas da Universidade do

Porto, é a única faculdade pública nacional a conferir o grau de licenciado em

Ciências da Nutrição. A FCNAUP possui atualmente uma forte ligação às

instituições e empresas nacionais às quais presta serviços assegurando

investigação, desenvolvimento e inovação em diversas áreas onde se incluem,

entre outras, a clínica, a saúde comunitária, o desporto, a restauração, a

indústria, ou as autarquias e permite desde o início e integração dos seus

alunos em diversos projetos, promovendo a proatividade dos estudantes. Neste

âmbito, pude integrar um projeto de investigação, descrito no ponto 4.2.


4

4. Atividades realizadas

4.1 CENTRO HOSPITALAR DO PORTO

4.1.1 Consulta Interna de Nutrição (CIN).

Durante este período, pude participar na CIN nos serviços de Ortopedia,

Endocrinologia, Gastroenterologia, Urologia, Medicina A, Medicina B, e

Medicina C. Cada nutricionista atua nos serviços consignados à sua

responsabilidade. Nos serviços de ortopedia e endocrinologia a CIN é realizada

por rotina, sendo que nos restantes serviços a CIN se efetua mediante pedido

do serviço em questão. O pedido é feito informaticamente através da

plataforma da Agência de Interoperação, Difusão e Arquivo, que assegura a

comunicação entre serviços, ou do Processo Clínico Eletrónico (PCE), um

registo longitudinal que reúne toda a informação clínica.

Procedimento da CIN

o Antes de iniciar a consulta, o nutricionista tem acesso ao PCE do doente,

tendo a possibilidade de consultar os dados bioquímicos mais recentes, bem

como os dados de admissão ao serviço e o seu historial clínico.

o De seguida, desloca-se ao serviço, onde é feita a anamnese, e avalia o

estado nutricional, através de medições antropométricas e exame físico

(observação). Caso o doente não seja colaborante, solicita-se o apoio do

pessoal de enfermagem ou familiares presentes.

o Com base nos parâmetros descritos, são calculadas as necessidades

energéticas, e faz-se a prescrição da dieta, através do manual de dietas do

hospital ou de um plano alimentar estruturado (PAE), ou de Nutrição Entérica

(NE) (oral ou por sonda, total ou suplementar) ou Nutrição Parentérica (NP). A


5

prescrição é realizada no Circuito do Medicamento e, sempre que possível, a

TN é dialogada com o doente.

o No final da consulta é feito o registo de todos os procedimentos da mesma no

PCE.

o Durante o tempo de internamento no serviço, é feita uma monitorização do

PCE, do Registo de Enfermagem e das informações cedidas pelos

enfermeiros e pelo próprio doente. Avalia-se a execução das indicações

nutricionais propostas e acompanha-se a evolução clínica e nutricional. Caso

se justifique, altera-se a TN prescrita inicialmente.

No serviço de Ortopedia, tive oportunidade de integrar um projeto de rastreio e

avaliação do risco nutricional através de critérios subjetivos, utilizando a

Ferramenta Universal para Rastreio da Malnutrição (espaço) - MUST1 em ??

doentes cujo motivo de internamento tivesse sido a fratura do colo do fémur.

Tive a oportunidade de participar ativamente em 231 consultas internas, das

quais 65% no serviço de Ortopedia, 16% em Endocrinologia, 9% em

Gastroenterologia, 6% em Medicina A, 3% em Urologia e 1 % nos serviços de

Medicina B e Medicina C. Os doentes tinham idades compreendidas entre os

20 e os 100 anos e eram maioritariamente do sexo feminino (65%). (ANEXO D)

No serviço de Ortopedia, participei em 152 consultas, das quais 69 (45%)

foram primeiras consultas (avaliação). Pude observar 100 doentes,

maioritariamente do sexo feminino (80 tira espaço%), cuja idade média foi de

78 ±13,4 anos. Pela aplicação do MUST, concluí que 47tira espaço% dos

doentes observados tinham baixo risco de malnutrição, 31tira espaço % tinham

moderado risco e 22% tinham elevado risco de malnutrição no momento de


1
BAPEN, Malnutrition Advisory Group. Malnutrition Universal Screaning Tool. 2006. Disponível

em: http://www.bapen.org.uk/pdfs/must/must_full.pdf
6

admissão hospitalar. Neste serviço, as dietas hospitalares mais prescritas

foram a Dieta Ligeira (28%) e a Dieta Geral (27%), seguindo-se a Dieta ligeira

de consistência mole (20%). (ANEXO E).

No serviço de Endocrinologia, colaborei em 36 consultas, divididas em 18

primeiras e 18 de seguimento (reavaliação). Contabilizei 29 doentes, dos quais

59% eram do sexo masculino. A idade foi, em média, 63,6 ±13,4 anos. O pé

diabético infetado corresponde à maior causa de internamento neste serviço

(72%), seguindo-se a cetoacidose diabética (14%). A dieta hospitalar mais

prescrita foi a Dieta Ligeira (38%), seguindo-se a Dieta Geral (31%). A restrição

à dieta mais frequente foi a restrição em sacarose. (ANEXO F)

No serviço de Gastroenterologia, participei em 20 consultas, das quais 16

(80%) foram consultas de seguimento. A idade média dos 14 doentes

observados (9 do sexo masculino e 5 do sexo feminino) foi de 46,6±20,6

espaçosanos. A patologia que mais motivou o internamento destes doentes foi

a Doença de Chron (58%) e a TN mais vezes instituída foi a Dieta Hospitalar

(43%) ou Dieta Hospitalar e Nutrição Entérica (43%). (ANEXO G)

4.1.1. Consulta externa de Nutrição (CEN)

A CEN realiza-se no CICAP e apoia as especialidades de Endocrinologia,

Pediatria, Gastroenterologia, Nefrologia, Cardiologia, Hematologia, Oncologia

Médica e Departamento de Infância e Adolescência.

Na primeira consulta, ! o nutricionista pode ter acesso, através do Serviço de

apoio médico (SAM), ao motivo do pedido da consulta e a especialidade

requerente, historial clínico do doente, antecedentes familiares, informação

sobre profissão e agregado familiar, dados analíticos recentes, medicação

atual, peso habitual, alergias e intolerâncias alimentares e outros dados que

possam ser relevantes. A avaliação é feita também através do peso atual, ! do


7

cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC) e respetiva classificação, segundo a

Organização Mundial de Saúde2 , e ainda de um inquérito alimentar de 24h

anteriores e um de frequência alimentar. São questionadas também a prática

de atividade física (AF) , TIRA ESPAÇOo trânsito intestinal (TI) e a ingestão

hídrica (IH). Após a recolha destas informações, procede-se ao cálculo das

necessidades energéticas do doente, seguindo-se a elaboração de um plano

alimentar estruturado. O PAE é explicado ao doente com maior clareza

possível, realçando-se a importância do cumprimento do número e horário das

refeições, da hidratação e da prática de atividade física. Juntamente com o

plano é entregue uma lista de equivalentes de alimentos, pela qual o doente

deve aprender a gerir e trocar os alimentos da forma que lhe for mais

conveniente.

Nas consultas subsequentes, a reavaliação é feita através dos dados analíticos

do doente (quando disponíveis), do peso atual, do inquérito de 24h anteriores e

de frequência alimentar, que permitem avaliar a adesão ao PAE e identificar as

principais dificuldades na sua execução. Quando necessário, fazem-se

alterações ao PAE prescrito.

O agendamento de nova consulta é feito no final da mesma, sendo o tempo de

seguimento em consulta dependente da patologia do doente. A alta é dada

quando os objetivos são cumpridos e o doente adquire competências para

continuar a terapia nutricional tira virgula de forma autónoma.

Durante o meu estágio, estive presente em 79 consultas externas de Nutrição,

das quais 15 foram primeiras consultas e 64 foram consultas de seguimento.

Dos 76 doentes observados, 61 tira espaço% eram do sexo feminino e a média

de idades foi 48,7 ± 14,1 anos. A consulta cujo motivo foi obesidade representa
2
Obesity: preventing and managing the global epidemic. Report of a WHO consultation. World

Health Organization technical report series. 2000; 894:i-xii, 1-253


8

a maior parcela de consultas efetuadas (36%), seguindo-se a consulta de

Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2). O IMC dos doentes foi em média 32,6 Kg/m 2.

(ANEXO H)

4.1.2. Consulta Multidisciplinar de Patologia Endócrina da Gravidez

Esta consulta é realizada no CMIN e é constituída por uma equipa

multidisciplinar que engloba profissionais das áreas de endocrinologia, nutrição,

obstetrícia e enfermagem. As consultas são efetuadas a grávidas, em período

de pré-conceção ou no pós-parto, e têm o diagnóstico de Diabetes Gestacional

(DG), diabetes prévia à gravidez ( tira espaçoDiabetes Mellitus tipo 1 (DM1) e

DM2), patologia tiroidea (PT) ou obesidade corrigida (após cirurgia bariátrica

(CB)). O nutricionista não intervém apenas nas consultas de PT.

Na primeira consulta de DG, é dada uma explicação sobre a doença e as

possíveis complicações para a mãe e para o feto. São também efetuadas

medições antropométricas (peso e altura), calculado o IMC prévio à gravidez,

de forma a melhor avaliar o ganho ponderal da grávida (anexo I) e calcular as

suas necessidades. É prescrito um PAE, realçando-se a importância do

número e horário de refeições para a manutenção de um bom controlo

glicémico e de uma boa evolução ponderal. O mesmo acontece nos casos de

diabetes prévia à gravidez e na obesidade corrigida, sendo que neste último, a

principal preocupação é o controlo do peso e a correção de potenciais défices

nutricionais. Nos casos de pré-conceção, é igualmente feito o controlo de

ganho ponderal e glicémico tira a virgula e instituído um PAE. Nas consultas

subsequentes são revistos os valores de glicemia registados pela grávida (nos

casos de Diabetes) e o ganho ponderal. …os valores de glicemia (nos casos de

Diabetes) e o ganho ponderal registados pela grávida Se necessário, procedem-se a

alterações no plano. As consultas têm uma periocidade de 15 dias,


9

excetuando-se alguns casos e a partir das 35 semanas, cuja periocidade é de 1

semana.

Colaborei em 242 consultas, tendo sido 46 primeiras e 200 subsequentes,

sendo que 90 tira espaço% das consultas foram realizadas enquanto as

pacientes se encontravam em período de gestação. A média de idades das

mulheres foi de 31,5 ± 5,0 e o principal motivo da consulta foi a existência de

Diabetes Gestacional (49%). (Anexo J) vê todos os anexos. Tens uns a

maiúsculas e outros nao

4.1.3. Consulta de Terapêutica Educacional da Diabetes (CTED)

A consulta de CTED funciona nas instalações da consulta multidisciplinar do pé

diabético e tem como objetivo ministrar todas as informações sobre a Diabetes

Mellitus (DM), fornecendo aos diabéticos estratégias para uma maior

autonomia na gestão da doença. Esta é uma consulta multidisciplinar dividida

em 4 sessões tira virgula e conta com as especialidades de Nutrição,

Endocrinologia, Podologia, Enfermagem, Psicologia, Risco Cardiovascular e

Assistência Social. O nutricionista colabora nas 4 sessões.

A 1º sessão é uma sessão em grupo, onde é feita uma breve apresentação

sobre a doença, a TN na DM e quais os cuidados que um indivíduo com DM

deve ter.

Na 2ª sessão é realizada uma consulta individual, onde é prescrito um PAE

adequado às necessidades nutricionais do doente. Para issovirgula é utilizado

o peso registado no próprio dia pela enfermagem, os dados analíticos

disponíveis e o registo dos tira “registo”talvez os valores da glicemia capilar. É

também aplicado um inquérito alimentar de 24h anteriores e um de frequência

alimentar, questionando-se a IH, AF e TI.


10

A 3ª sessão é também uma sessão individual sem virgula que serve

essencialmente para registar a evolução do doente e monitorizar a adesão ao

plano. Para issovirgula recorre-se aos registo de glicemia capilar, peso atual,

inquérito alimentar de 24h anteriores e questionário de frequência alimentar. Se

necessário, o plano é reajustado.

A 4ª sessão é novamente uma sessão em grupo que tem como objetivo

esclarecer as dúvidas e ajudar os doentes a ultrapassar as dificuldades

sentidas na execução do plano, fomentando a discussão e a partilha de ideias

entre todos.

Tira espaço Durante o estágio assisti a 14 sessões, 2 primeiras, 4 segundas, 4

terceiras e 4 quartas, num total de 45 doentes. A média de idades foi 57,5 ±

11,3 anos, tendo sido a distribuição entre sexos homogénea tira espaços( 22

indivíduos do sexo feminino e 23 do sexo masculino). A maioria dos doentes

tinha DM2, e apenas 7% tinha DM1. (ANEXO K)

4.1.4. Outras participações:

o Tive oportunidade de assistir a uma sessão de Jornal Club, cujo tema foi o

“IMC em doentes tratados dieteticamente para a fenilcetonúria”

(anexoMaiúsculas L).

o Assisti também a uma reunião de obesidade, uma? destinada a todos os

doentes propostos para a CB, com o objetivo de fornecer informação sobre a

doença em si, ao procedimento cirúrgico, ao período pós-operatório, e às

mudanças alimentares obrigatórias a ser instituídas após a cirurgia. Esta

reunião está inserida na consulta de avaliação multidisciplinar do tratamento

cirúrgico da obesidade (AMTCO) e conta com a colaboração das

especialidades de Cirurgia, Endocrinologia; Anestesia; Nutrição e Psicologia.


11

o Colaborei na inserção de respostas, numa base de dados em Excel, referentes

a um inquérito de satisfação sobre a alimentação hospitalarsem virgula

realizado a doentes internados em vários serviços do hospital,.

o Acompanhei uma das nutricionistas da empresa responsável pela produção

das refeições do CHP durante um dia, onde pude observar as suas funções e

melhor perceber a logística da produção de refeições e a sua ligação com a

prática clínica.

4.2. FCNAUP

Durante este período, participei também num projeto de investigação na

FCNAUP que teve como principal objetivo estudar o contributo das refeições

servidas em cantinas universitárias para a ingestão de sódio e potássio. Neste

projeto participaram 7 faculdades e ainda uma escola primária, contando com a

colaboração dos serviços de ação social da universidade em estudo.

4.2.1. Preparação do estudo:

Colaborei na elaboração do inventário do material, procedimento de lavagem

do material, codificação para cada faculdade e preparação do kit de recolhas

(anexo M).

4.2.2. Recolha das amostras:

As amostras foram recolhidas em 5 dias aleatórios em cada faculdade/escola,

sempre à hora do almoço. Em cada dia recolheu-se uma sopa e um prato,

sendo que na quinta visita a cada cantina também se recolheu um pão. Após

terem sido cedidas as amostras pelo responsável da unidade, procedeu-se, no

próprio local, à pesagem e preenchimento das fichas de recolhas devidamente


12

codificadas para cada faculdade, onde foi registado o peso de cada

componente da refeição. De seguida, as amostras foram guardadas nos sacos

codificados de acordo com a unidade em questão e colocados na mala térmica,

onde foram transportadas para o laboratório da FCNAUP.

4.2.3. Aplicação dos questionários aos manipuladores:

No quinto dia de visita a cada unidade, foi aplicado um questionário ao

manipulador responsável pelo tempero da refeição. No caso de haver mais do

que um manipulador responsável por essa tarefa, foram aplicados 2? Dois (não

sei..verifica se tens de por por extenso ou não. Tens mais números noutros

sítios) questionários.

4.2.4. Preparação e armazenamento das amostras:

No laboratório, as amostras foram preparadas no próprio dia da recolha. A

preparação consistiu na trituração das amostras. De seguida, cada amostra

(sopa e prato) foi distribuída por 6 frascos de 60 mL cada e guardados no

congelador.

4.2.5. Análise das amostras e tratamento de dados:

As amostras foram preparadas para análise por Espectrofotometria de Emissão

Atómica (fotometria de chama) que é um método rápido, eficaz e acessível

economicamente. Foi previamente elaborada um curva de calibração. Após

doseadas as concentrações de sódio e potássio, os dados foram introduzidos e

tratados estatisticamente em SPSS.

5. Atividades complementares

o 13ª Mostra da Universidade do Porto; (anexo N)


13

o “Nutrição em oncologia em Debate - SUPLEMENTAÇÂO NUTRICIONAL

“ no Instituto Português de Oncologia do Porto” ; (anexo O)

o Congresso científico da XXV Semana da Nutrição ”Alimentação e

Nutrição, um saber em movimento…”. (anexo P)

6. Conclusões

Durantes os meses de estágio, o contacto com a realidade profissional

permitiu-me, não só por em prática e articular os conceitos adquiridos ao longo

da licenciatura, como também adquirir novas competências para o meu futuro

profissional.

O facto de ter escolhido dois locais de estágio e de o trabalho realizado em

cada um deles ser tão diferente,sem virgula permitiu-me ter consciência da

multiplicidade das funções do nutricionista. A integração nestas duas equipas,

igualmente motivantes, possibilitou-me o aperfeiçoamento de capacidades

pessoais, como a autonomia, responsabilidade, espírito crítico e capacidade de

trabalho em equipa.

É com grande satisfação que termino esta etapa,SEM VIRGULA e que observo

que cumpri os objetivos a que me propus no início do estágio. Anseio assim,

num futuro que espero próximo, por novas oportunidades a nível profissional,

onde possa demonstrar tudo aquilo que aprendi ao longo destes 4 anos.

7. Comentários e Sugestões

O período de estágio é uma etapa essencial no processo de formação

académica, pelo que enfatizo a necessidade de alargar este período. As

Ciências da Nutrição têm um vasto campo de atuação, sendo impossível

desenvolver competências práticas em todas elas. Assim, torna-se importante


14

permitir aos alunos mais tempo de formação prática ao longo dos 4 anos de

licenciatura e não só na etapa final da mesma.


15

8.Anexos
16

REVÊ A FORMATAÇAO DOS ANEXOS (ESPAÇAMENTOS IGUAIS

ENTRE TÍTULOS DE PAGINAS, ESPAÇOS ENTRE OS GRÁFICOS,

ETC..)

Índice de Anexos

Anexo A – Declaração de duração e carga horária do estágio no CHP e parecer

do orientador..................................................................................................... 16

Anexo B – Declaração de duração e carga horária do estágio na FCNAUP....17

Anexo C – Parecer do coorientador de estágio.................................................18

Anexo D – Casuística Geral da CIN..................................................................19

Anexo E – Casuística da CIN no serviço de Ortopedia.....................................20

Anexo F – Casuística da CIN no serviço de Endocrinologia.............................21

Anexo G -Casuística da CIN no serviço de Gastroenterologia..........................22

Anexo H – Casuística da CEN..........................................................................23

Anexo I – Ganho ponderal aconselhado durante a Gravidez............................24

Anexo J – Casuística da Consulta Multidisciplinar de Patologia Endócrina na

Gravidez............................................................................................................25

Anexo K – Casuística da CTED........................................................................26

Anexo L – Artigo para a sessão de Jornal Club................................................27

Anexo M – Kit de recolhas................................................................................29

Anexo N – Certificado de participação na 13ª Mostra da UP...........................30

Anexo O – Certificado de participação no evento “Nutrição e Oncologia e

Debate”..............................................................................................................31

Anexo P – Certificado de Participação na XXV Semana de Nutrição..............32


17

Anexo A – Declaração de duração e carga horária do estágio no CHP e

parecer do orientador
18

Anexo B – Declaração de duração e carga horária do estágio na FCNAUP


19

Anexo C – Parecer do coorientador de estágio


20

Anexo D – Casuística Geral da CIN


21

Total Primeiras Consultas de Intervalo de Sexo Sexo


Consultas consultas seguimento idades Feminino Masculino

231 96 135 20-100 151 80


(42%) (58%) (65%) (35%)

Consulta Interna de Nutrição

6% 1%
3%

9% Ortopedia

Endocrinologia

Gastroenterologia
16%
Urologia

65% Medicina A

Medicina B e C
22

Anexo E – Casuística da CIN no serviço de Ortopedia

Total Primeiras Consultas de Doentes Idade média Sexo Sexo


Consultas consultas seguimento observados (anos) Feminino Masculino

152 69 83 100 78,0 ±13,4 80 20


(45%) (55%) (80%) (20%)

Risco de Malnutrição no momento de admissão


hospitalar - MUST

22%
Baixo
Moderado
47% Elevado

31%
23

Dieta hospitalar
Geral Geral Mole Geral Pastosa
Ligeira Ligeira Mole Ligeira Pastosa

7%

27%
20%

16%
28% 2%

Quando necessário, foram efetuadas restrições às dietas.


24

Anexo F – Casuística da CIN no serviço de Endocrinologia

Total Primeiras Consultas de Doentes Idade média Sexo Sexo


Consultas consultas seguimento observados (anos) Feminino Masculino

36 18 18 29 63,6 ±13,4 12 17
(50%) (50%) (41%) (59%)

Motivo do internamento

4% 3%
7%
Pé diabético infetado
Cetoacidose diabética
14% DM descompensada
DM inaugural
Patologia Tiroidea

72%

Dieta hospitalar
Geral Geral Mole Geral pastosa
Ligeira Ligeira mole Obstipante
3%

12%
31%

38%
12%

4%

Quando necessário, foram efetuadas restrições às dietas. A restrição


mais comum foi a restrição em sacarose.
25

Anexo G -Casuística da CIN no serviço de Gastroenterologia

Total Primeiras Consultas de Doentes Idade média Sexo Sexo


Consultas consultas seguimento observados (anos) Feminino Masculino

20 4 16 14 46,6 ±20,6 5 9
(20%) (80%) (36%) (64%)
26

Anexo H – Casuística da CEN

Motivo do internamento
Doença de Chron Colite Cirrose hepática
Neoplasia gástrica Gastroenterite

7%
7%

14%

58%

14%

Total Primeiras Consultas de Doentes Idade média Sexo Sexo


Consultas consultas Terapia
seguimento Nutricional
observados (anos) Feminino Masculino

79 15 64 76 48,7±14,1 46 30
(19%) (81%) 7% (61%) (39%)
7% Dieta Hopitalar

Dieta Hospitalar + Nutrição


Entérica
43%
Nutrição Entérica

Nutrição Parentérica
43%

Média IMC ( 32,6±10,6) Kg/m2


27

Motivo da Consulta

Obesidade DM1 DM2 Pós- Cirurgia Bariátrica DM + obesidade Baixo peso Excesso de peso

4% 3%
4%

36%
16%

6%
30%
28

Anexo I – Ganho ponderal aconselhado durante a Gravidez

Quadro I- Ganho ponderal aconselhado durante a gravidez3

Fonte: Relatório de Consenso Diabetes e Gravidez. Disponível em:

https://www.dgs.pt/documentos-e-publicacoes/relatorio-de-consenso-sobre-diabetes-e-gravidez.aspx

3
Institute of Medicine, National Research Council , Committee to Reexamine IOM, Pregnancy

Weight Guidelines,. The National Academies Collection: Reports funded by National Institutes

of Health. Washington (DC): National Academies Press (US). 2009.


29

Anexo J – Casuística da Consulta Multidisciplinar de Patologia Endócrina

na Gravidez

Total Primeiras Consultas de Doentes Idade média


Consultas consultas seguimento observadas (anos)
246 46 200 200 31,5 ±5,0
(19%) (81%)

Consultas

90%

6% 4%

Durante a gravidez Pós-parto Pré-conceção

Motivo da consulta

3% 2%
5%

Diabetes Gestacional
Patologia Tiroidea
Pós Cirurgia Bariátrica
Patologia Tiroidea + Diabetes
49% Gestacional
DM prévia
41%
30

Anexo K – Casuística da CTED

Total de Idade média Sexo Sexo


doentes (anos) Feminino masculino

45 57,5±11,3 22 23
(49%) (51%)

Número de sessões

1ª sessão 2ª sessão 3ª sessão 4ª sessão Total

2 4 4 4 14

Tipo de Diabetes Mellitus

93%

7%

DM1 DM2
31

Anexo L – Artigo para a sessão de Jornal Club


32
33

Anexo M – Kit de recolhas

o Uma mala térmica;

o 2 placas de gelo;

o Fichas de recolhas;

o Uma balança digital;

o Sacos com fecho hermético;

o Bata, touca e pés descartáveis.


34

Anexo N – Certificado de participação na 13ª Mostra da UP


35

Anexo O – Certificado de participação no evento “Nutrição e Oncologia e

Debate”
36

Anexo P – Certificado de Participação na XXV Semana de Nutrição


37

Você também pode gostar