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Assistente familiar e de apoio á comunidade

Aula 2- Tipo de acidentes


Comportamento perante o sinistrado

UFCD: 3564 – 25 horas


Formadora: Sofia Cardante
CONTEÚDO DA AULA 2
Tipos de acidente

Comportamento perante o sinistrado


- Prevenção do agravamento do acidente
- Alerta dos serviços de socorros públicos
- Exame do sinistrado
- Socorros de urgência
- Primeiros socorros e conselhos de prevenção nos diferentes casos de dificuldade
respiratória;
PRIMEIROS SOCORROS
 Os primeiros socorros são a resposta rápida e inicial a uma emergência médica, através da
aplicação de técnicas simples e eficazes para reduzir a gravidade da situação, melhorando
as hipóteses de sobrevivência de uma vítima e diminuindo o seu grau de sofrimento.

 São a primeira ajuda a prestar a uma pessoa para impedir o agravamento do seu estado de
saúde, antes de poder receber cuidados especializados. Saber o que fazer e (especialmente) o
que não fazer pode significar a diferença nestes casos.
URGÊNCIA/
EMERGÊNCIA
Emergência: Constatação médica de condições de agravo a saúde que impliquem sofrimento intenso
ou risco iminente de morte, exigindo portanto, tratamento médico imediato.
São exemplos de emergência:
Cortes profundos, acidentes de ordem elétrica, picada ou mordida de animal venenoso, queimaduras,
afogamentos, enfarto do miocárdio, entre outros.

Urgência: Ocorrência imprevista de agravo a saúde como ou sem risco potencial a vida, cujo portador
necessita de assistência médica imediata melhora com antitérmicos, mas não cede.
Casos de urgência são:
Fraturas, luxações, entorses, febres com temperatura maior que 38 graus há pelo menos 48h que
SBV SAV
SBV / SAV
 O SBV tem por objetivo manter a ventilação, e a circulação suficientes até conseguir meios
para reverter a paragem. “ É uma situação de suporte”.
 Se a falência circulatória durar mais que 3-4 min ( ou se o doente já está hipoxémico), o dano
cerebral pode ser irreversível, sendo que, o atraso em iniciar SBV limita as hipóteses de
sucesso.
 Na maioria dos casos de paragem cardíaca, o coração deixa de bater de modo eficaz devido a
uma alteração na condução elétrica chamada Fibrilhação Ventricular(FV). O único tratamento
eficaz para a FV é a aplicação de um choque elétrico (desfibrilhar).
 O sucesso de uma desfibrilhação diminui ± 10% por cada minuto após a ocorrência da
paragem cardíaca, a menos que sejam executadas manobras de SBV eficazes.
CADEIA DE
SOBREVIVÊNCIA

Cadeia de sobrevivência e procedimentos de suporte básico de v


ida - RTP Ensina
CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA
 A avaliação do local do acidente é a primeira etapa básica na prestação de primeiros socorros;
 Avaliar o estado da vítima;
 Permeabilizar a via aérea;
 Avaliar Ventilação – VOS (Ver; Ouvir; Sentir);
 Ligar o 112;
 Realizar compressões torácicas;
 Realizar insuflações/ventilações;
 Manter SVB
RECONHECIMENTO PRECOCE E
PEDIDO DE AJUDA
 A suspeita de um ataque cardíaco deve ser colocada se a vítima tem uma dor
esmagadora e persistente no centro do peito e não apresenta sinais de alívio,
mesmo em repouso;

 A dor pode estender-se para o braço, mandíbula ou pescoço. A vítima


frequentemente refere-se fraca e com tonturas podendo suar
abundantemente;

 Se suspeitar de um ataque cardíaco ou se ocorrer mesmo a situação de


paragem cardíaca, deve chamar de imediato uma ambulância;
ALGORITMO DE SUPORTE
BÁSICO DE VIDA
1. Aproximação com segurança;
2. Verificar estado de consciência;
3. Gritar por ajuda (1º pedido de ajuda)
4. Permeabilizar a via aérea;
5. Verificar a respiração “VOS”, durante 10 segundos,
para se certificar se está a respirar normalmente;
6. Se respira : PLS
7. Se a respiração não é normal ou está ausente ( 2º
pedido de ajuda); Se está sozinho (abandone a
vítima, se necessário); Se tem alguém perto de si
( peça par ligar 112);
8. Compressões torácicas (30)
9. Ventilações (2)
EXAME DO SINISTRADO
Avaliar o estado da vítima
 Coloque-se lateralmente em relação à vítima, se possível.
 Abane os ombros com cuidado e pergunte em voz alta: “Está-me a ouvir?”

No caso de vítima reativa


 Mantenha-a na posição encontrada;
 Identifique situações causadoras da aparente alteração do estado da vítima;
 Solicite ajuda (ligue 112), se necessário;
 Reavalie com regularidade;

No caso de vítima não reativa:


• Permeabilize a Via Aérea (VA).
PERMEABILIDADE DA
VIA AÉREA
 Numa vítima inconsciente a língua pode cair
posteriormente e bloquear a via aérea.

 A via aérea pode ser desobstruída através da inclinação


da cabeça para trás e da elevação do queixo,
permitindo que a língua se afaste da porção posterior
da faringe, permitindo uma desobstrução da via aérea
- garantindo uma ventilação eficaz – fundamental
na RCP.
CONTACTAR A EMERGÊNCIA
MÉDICA
 Em caso de doença súbita ou de acidente grave deve contactar os serviços de emergência médica através
do número 112 (número europeu de socorro). Tome nota de algumas informações importantes a transmitir
ao telefone.
 Informar claramente sobre o número de vítimas, discriminar se é homem, mulher, grávida, criança e
fornecer estimativa de idades.
 Dar indicações precisas sobre o estado da vítima e relatar de forma simples o tipo de acidente: queda,
desmaio, atropelamento, eletrocussão, etc.
 Descrever o local da emergência (se possível a morada exata) acompanhada de pontos de referência.

 Pedir ao interlocutor que repita a mensagem a fim de ver se esta foi devidamente entendida.

 Procurar um documento e contatar a família da vítima. Acalmar e, se possível, pedir informações à vítima
sobre o sucedido.
 Promover um ambiente calmo, afastando curiosos e evitando comentários.

 Os primeiros socorros consistem, conforme a situação, na aplicação de técnicas simples e eficazes como
proteção de feridas, imobilização de fraturas, controlo de hemorragias externas, desobstrução das vias
respiratórias e realização de manobras de suporte básico de vida.
POSIÇÃO LATERAL DE
SEGURANÇA
A colocação de uma vítima inconsciente em posição lateral de segurança evita por um lado que a língua impeça a
passagem do ar e garante também a drenagem pela boca, de saliva ou outros fluídos, que poderiam contribuir
para a obstrução, causando pneumonia ou asfixia.

 Ajoelhe-se e alinhe o corpo da vítima, que deve ficar com os braços estendidos ao longo do corpo. Retire-lhe
óculos e objetos volumosos dos bolsos.
 Coloque o braço da vítima que está junto a si dobrado, com a palma da mão virada para cima e ao nível da
cabeça.
 Permaneça onde está e pegue na outra mão da vítima. Dobre-lhe o braço por forma a cruzar o peito e a colocar
as costas da mão na face da vítima do seu lado. Após este movimento, segure do lado oposto ao seu a perna da
vítima na zona do joelho, levante-a e dobre-a.
 Utilize a perna dobrada para ajudar a rolar a vítima para o seu lado. Durante este movimento mantenha uma
mão a apoiar a cabeça da vítima enquanto a faz rolar.
 Certifique-se que a vítima está a respirar.
 Ligue 112 e fique atento a alterações do estado da vítima enquanto aguarda pelo socorro
TIPOS DE ACIDENTES
 Afogamento
 Desmaio/perda súbita de consciência
 Golpe de calor/Insolação
 Estado de Choque
 Feridas
 Fraturas
 Acidente de viação
 Intoxicação/envenenamento
AFOGAMEN
TO
O que fazer?
1. Retirar imediatamente a vítima de dentro de água( evitar acumulo de líquido nos pulmões).
2. Verificar se está consciente, se respira e se o coração bate.
3. Colocar a vítima de barriga para baixo e com a cabeça virada para um dos lados.
4. Comprimir a caixa torácica 3 a 4 vezes, para fazer sair a água.
AFOGAM
ENTO
 Se a vítima não respira, deitá-la de costas e iniciar de imediato os procedimentos do algoritmo do
Suporte Básico de Vida.
 Logo que a vítima respire normalmente, colocá-la em Posição Lateral de Segurança e mantê-la
confortavelmente aquecida.

Se o afogamento se deu no mar ou num rio, não deve:


 Lançar-se à água se não souber nadar muito bem.
 Procurar salvar um afogado que está muito longe de terra.
 Deixar-se agarrar pela pessoa que quer salva.
DESMAIO/PERDA SÚBITA DE CONSCIÊNCIA

 O desmaio é provocado por falta de oxigénio no cérebro, à qual o


organismo reage de forma automática, com a perda de consciência
e queda brusca e desamparada do corpo.
 Normalmente, o desmaio dura 2 a 3 minutos.
 Tem diversas causas: excesso de calor, fadiga, jejum prolongado,
permanência de pé durante muito tempo, etc.
 Sintomas/Sinais: Palidez, suores frios, falta de força e pulso
fraco.
DESMAIO/PERDA SÚBITA DE CONSCIÊNCIA
 O que fazer?
 Se nos apercebermos de que a pessoa está prestes a desmaiar:
 Sentá-la
 Colocar-lhe a cabeça entre as pernas
 Molhar-lhe a testa com água fria
 Dar-lhe de beber chá ou café açucarados
 Se a pessoa já estiver desmaiada:
 Deitá-la com a cabeça de lado e as pernas elevadas
 Desapertar-lhe as roupas
 Mantê-la confortavelmente aquecida, mas, sempre que possível, em local arejado.
 Logo que recupere os sentidos, dar-lhe uma bebida açucarada
 Consultar posteriormente o médico
GOLPE DE CALOR-
INSULAÇÃO
 O golpe de calor ou insolação é uma situação resultante da exposição prolongada ao calor,
num local fechado e sobreaquecido (por ex., dentro duma viatura fechada, ao sol) ou da
exposição prolongada ao sol, nomeadamente na praia.

 Sintomas/Sinais: dores de cabeça, tonturas, vómitos, excitação e inconsciência são alguns dos
sintomas.

 A insolação é sempre grave, em especial nas crianças, e pode provocar hemorragia cerebral.
 Esta situação necessita de transporte urgente para o Hospital.
GOLPE DE CALOR-
INSULAÇÃO
O que fazer?
1. Deitar a vítima em local arejado e à sombra.
2. Elevar-lhe a cabeça.
3. Desapertar-lhe a roupa.
4. Colocar-lhe compressas frias na cabeça.
5. Dar-lhe a beber água fresca, se a vítima estiver consciente.
6. Se estiver inconsciente, colocá-la em posição lateral de segurança
ESTADO DE
CHOQUE
 O estado de choque caracteriza-se por insuficiência circulatória aguda com deficiente
oxigenação dos órgãos vitais.
 As causas podem ser muito variadas: traumatismo externo ou interno, perfuração súbita de
órgãos, emoção, frio, queimadura, intervenções cirúrgicas, etc.
 Não tratado, o estado de choque pode conduzir à morte.

Sinais/Sintomas: Palidez, olhar apagado, suores frios, prostração (imobilidade e ausência de


reação) e náuseas são alguns dos sintomas. Num estado mais avançado, o pulso está fraco, a
respiração superficial e pode levar à inconsciência.
 Se a vítima não estiver consciente deve colocá-la na Posição Lateral de Segurança. Deve
aguardar a chegada dos serviços de emergência para que a vítima seja transportada para o
hospital.
 Nunca deve tentar dar de beber à vítima.
 O que fazer?
 Se a vítima estiver consciente:
 Deitá-la em local fresco e arejado.
 Desapertar as roupas, não esquecendo gravatas, cintos e soutiens
 Tentar manter a temperatura normal do corpo.
 Levantar as pernas a 45º
 Ir conversando para acalmá-la.
 Ligar para o 112.
FERIDAS
Uma ferida tem quase sempre origem traumática, que além da pele (ferida superficial) pode atingir o
tecido celular subcutâneo e muscular (ferida profunda).

O que fazer?
 Antes de tudo, lavar as mãos e calçar luvas descartáveis.
 Proteger provisoriamente a ferida com uma compressa esterilizada.
 Lavar, do centro para os bordos da ferida, com água e sabão.
 Secar a ferida com uma compressa através de pequenos toques, para não destruir qualquer coágulo de
sangue.
 Desinfetar com antisséptico, por ex. Betadine em solução dérmica. Depois de limpa, se a ferida for
superficial e de pequenas dimensões, deixá-la preferencialmente ao ar, ou então aplicar uma
compressa esterilizada.
FERID
AS
Se a ferida for mais extensa ou profunda, com tecidos esmagados ou infetados (ou se
contiver corpos estranhos)
 Deverá proteger apenas com uma compressa esterilizada e encaminhar para tratamento por
profissionais de saúde.
 É uma situação grave que necessita transporte urgente para o Hospital.

Se houver hemorragia:
 Se as compressas ficarem saturadas de sangue, colocar outras por cima, sem nunca retirar as
primeiras.
 Fazer durar a compressão até a hemorragia parar (pelo menos 10 minutos).
 Se a hemorragia parar, aplicar um penso compressivo sobre a ferida.
FERID
AS
Se se tratar de uma ferida dos membros, com hemorragia abundante, pode ser necessário
aplicar um garrote.
O garrote pode ser de borracha ou improvisado com uma tira de pano estreita ou uma gravata.

Como aplicar o garrote:


 Aplicar o garrote entre a ferida e o coração, mas o mais perto possível da ferida e sempre
acima do joelho ou do cotovelo, de acordo com a localização da ferida que sangra.
 Aplicar o garrote por cima da roupa ou sobre um pano limpo bem alisado colocado entre a
pele e o garrote;
 Colocar o garrote à volta do membro ferido; se o garrote for improvisado com uma tira de
pano ou gravata, dar dois nós, entre os quais se coloca um pau, que poderá ser rodado até a
hemorragia estancar.
FERIDA
S
O que não deve fazer:
 Tocar nas feridas sangrantes sem luvas.
 Utilizar o material (luvas, compressas, etc.) em mais de uma pessoa.
 Soprar, tossir ou espirrar para cima da ferida.
 Utilizar mercurocromo ou tintura de metiolato (deve utilizar Betadine dérmico).
 Fazer compressão direta em locais onde haja suspeita de fraturas ou de corpos estranhos
encravados, ou junto das articulações.
 Tentar tratar uma ferida mais grave, extensa ou profunda, com tecidos esmagados ou
infetados, ou que contenha corpos estranhos.
FRATU
RAS
 Em caso de fratura ou suspeita de fratura, o osso deve ser imobilizado.
 Qualquer movimento provoca dores intensas e deve ser evitado.

Sinais e Sintomas
 Dor intensa no local, edema (inchaço) e perda total ou parcial dos
movimentos.
 Encurtamento ou deformação do membro lesionado.

O que fazer?
 Expor a zona da lesão (desapertar ou se necessário cortar a roupa).
 Verificar se existem ferimentos.
 Tentar imobilizar as articulações que se encontram antes e depois da fratura,
utilizando talas apropriadas ou, na sua falta, improvisada.
FRATUR
AS
 As fraturas têm de ser tratadas no Hospital.
 As talas devem ser sempre previamente almofadadas e bastante sólidas. Quando improvisadas,
podem ser feitas com barras de metal ou varas de madeira.
 Se se utilizarem talas insufláveis, estas devem ser desinsufladas de 15 em 15 minutos para aliviar a
pressão que pode dificultar a circulação do sangue.

O que não fazer:


 Tentar fazer redução da fratura, isto é, tentar encaixar as extremidades do osso partido.
 Provocar apertos ou compressões que dificultem a circulação do sangue.
 Procurar, numa fratura exposta, meter para dentro as partes dos ossos que estejam visíveis.
INTOXICAÇÃO OU
ENVENENAMENTO
 Bastante frequente em crianças, a intoxicação acontece normalmente pela ingestão de produtos
de limpeza ou medicação.
 A primeira coisa que se deve fazer é chamar ajuda, ligando no 192 e tentar identificar o que
foi ingerido. Enquanto isso, manter a vítima calma.
 Os sintomas de uma intoxicação variam de acordo com a sua causa. Podem incluir: Falta de ar;
dor de cabeça; alterações na visão; Náuseas; Vómitos; Diarreia; Batimentos cardíacos ou mais
lentos; tonturas; suor excessivo; febre; vermelhidão na pele; feridas na pele;

 Em caso de dúvida deve contactar o CIAV (centro de informação anti-venenos) – 800 250 250
ENGASGAMENTO E ASFIXIA
O engasgamento pode provocar asfixia. Ocorre de forma mais frequente quando a vítima
engole objetos pequenos.

Os procedimentos nesse caso:


 Bater no meio das costas da vítima por 5 vezes, com a mão aberta e em um movimento rápido
de baixo para cima;
 Fazer a manobra de Heimlich se continuar o engasgamento. Neste caso, a vítima deve ser
segurada por trás, com os braços em volta de seu tronco e, com o punho cerrado, deve ser feita
pressão na boca do estômago (junto ao apêndice Xifoideu).
 Chamar ajuda médica tão logo os procedimentos sejam feitos e se note que não houve
resultado.
ENGASGAMENTO E
ASFIXIA
ACIDENTES DE
VIAÇÃO
PONTOS A RETER
 Em caso de emergência, ligue 112 e colabore nas questões que lhe são colocadas; O bom
funcionamento da cadeia de sobrevivência permite salvar vidas em risco;
 Todos os elos da cadeia de sobrevivência são igualmente importantes;
 É fundamental saber como e quando pedir ajuda e iniciar precocemente o SBV;
 É fundamental garantir que o SBV é executado de forma ininterrupta e com qualidade;
 O atraso na desfibrilhação pode comprometer irremediavelmente a reanimação de uma vítima
em paragem cardiorrespiratória;
 As vítimas inconscientes que respiram devem ser colocadas em PLS, desde que não haja
suspeitas de trauma;
 A colocação em PLS permite manter a permeabilidade da via aérea;
 A obstrução da via aérea é uma situação emergente que pode levar à morte da vítima em
poucos minutos;
 Reconhecer a situação e iniciar de imediato medidas adequadas pode evitar a paragem
cardiorrespiratória e salvar uma vida.
 Hospital
Prof. Doutor Fernando Fonseca, EPE | Primeiros socorros: como agir em situações de emergên
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