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Orientação pedagógica: Delineando relatórios de avaliação

A partir das ideias trabalhadas nos capítulos anteriores, percebe-se que a avaliação assume
papel relevante nessa primeira etapa da educação básica, a Educação Infantil, buscando uma
melhor efetivação do desenvolvimento das crianças e da sua aprendizagem. O professor
também tem um papel fundamental nesse processo, visto que é quem estará mais próximo das
crianças e quem observará o seu desenvolvimento, suas conquistas, mas também suas
dificuldades.
Neste capítulo será abordada a questão dos relatórios de registro como uma prática da
Educação Infantil que requer um redimensionamento do fazer do professor a partir do dia a
dia infantil, que estará aos poucos sendo descoberto e ressignificado. Partindo desse
pressuposto, é necessária a preocupação em registrar a história da criança, não como uma
memória, mas pensando o registro como um momento em que se está reorganizando o
pensamento de forma reflexiva.
Os relatórios terão a finalidade de reconstituir as experiências vivenciadas pela criança
quando em interação com o professor, além de se mostrarem como um momento de percepção
do professor a partir de suas intenções pedagógicas e do desenvolvimento do educando. Eles
também auxiliarão no momento em que o professor fará a socialização dos resultados das
avaliações às famílias, que são colaboradores e parceiros importantes para contribuir no
desenvolvimento da criança.

Para que fazer relatórios de avaliação?


O registro como parte do processo avaliativo na Educação Infantil é um momento do qual o
professor deve lançar mão com o intuito de, além de coletar dados ou informações a partir da
observação da criança, refletir acerca do andamento de seu trabalho e do desenvolvimento do
sujeito avaliado.

Hoffmann (2007, p. 55) aponta o seguinte questionamento:


Porque é importante registrar? Vygotsky valoriza a linguagem
escrita, porque é mais reflexiva que a linguagem oral. Através
da fala, organizamos o nosso pensamento. A escrita, representando
a nossa fala, exige uma reorganização do pensamento,
uma maior reflexão e conexão entre as ideias defendidas.

Nesse sentido, realizar relatórios de avaliação é necessário, visto que eles possuirão a análise
do professor a partir de situações de aprendizagem da criança, além de significar também o
reflexo e a reflexão do processo de ensino e de aprendizagem.
Dessa forma, o professor se sentirá um ator do processo pedagógico, assumindo seu papel de
forma compromissada e consciente, além de buscar outros parceiros nesse processo, como os
pais, outros professores e a própria criança.
Sabe-se que a observação é um processo fundamental na Educação Infantil, no entanto, ela
não atingirá sua finalidade se não houver o registro desse momento tão precioso. O relatório
de avaliação terá esse papel de registrar a historicidade do processo de construção do
conhecimento da criança, o que mais tarde poderá ser a base de sua identidade.
Esse relatório desafiará o professor a criar um olhar reflexivo a partir dos interesses, das
conquistas, limites e possibilidades da criança, fazendo com que se torne parte ativa das
conquistas realizadas por ela.
Os relatórios se tornam, também, instrumentos de socialização do desenvolvimento das
crianças para que outras pessoas e profissionais possam lançar olhares reflexivos, procurando
contextualizar o processo natural de desenvolvimento. Eles devem servir como documento
para que novos professores que venham a trabalhar com a criança tomem conhecimento do que
se passou com ela em anos anteriores e de como seu desenvolvimento vem acontecendo.

O que é necessário ao realizar relatório de avaliação


Ressalta-se que os relatórios não devem ter a função de cumprir um procedimento
burocrático para a instituição como forma de satisfação aos pais em controlar o trabalho
desenvolvido com os seus filhos.
Seu significado vai além dessa função burocrática, deve ultrapassar esse objetivo e
expressar com detalhes o caminho seguido pela criança e por seu professor durante o
processo educativo. Sua profundidade se dá a partir do cotidiano do educando, que
acompanhado pelo professor por meio de
suas anotações, traduzirá as descobertas realizadas, as falas vivenciadas e as conquistas
concretizadas em seu desenvolvimento nas diferentes áreas. Os relatórios, como parte do
processo avaliativo, exigem uma sistematização para que os registros sejam significativos e
traduzam de fato o que está ocorrendo com a criança. Eles deverão ser organizados de forma
a permitir uma real avaliação do desenvolvimento da criança.

Os relatórios, como parte do processo avaliativo, exigem uma sistematização para que os
registros sejam significativos e traduzam de fato o que está ocorrendo com a criança. Eles
deverão ser organizados de
forma a permitir uma real avaliação do desenvolvimento da criança.

Para Hoffmann (2007, p. 56) algumas questões são essenciais para tal sistematização:
De onde a criança partiu? Quais foram suas conquistas? Que
caminhos percorreu para fazer as descobertas? Quais as suas
perguntas, dúvidas, comentários? Como reagiu diante de conflitos
emocionais ou cognitivos? Qual o papel do professor
nesses diferentes momentos? Essas e muitas outras perguntas
fazem parte do processo avaliativo no cotidiano.
Assim, o professor deve estar atento quanto a essas questões para que, a partir das
respostas evidenciadas, possa refletir sobre a criança e seu desenvolvimento. Hoffmann
(2007, p. 56) complementa que
“à observação, a reflexão teórica e a intervenção pedagógica são ações que, articuladas,
acabam por se configurar nos relatórios de avaliação”.
Portanto, o avaliador deve ter como meta essa articulação do trabalho para uma ação
pedagógica efetiva e que traduza o desenvolvimento e aprendizagem da criança.
Outra questão que se deve ter como prioridade é que o relatório de avaliação tem como
natureza as atitudes da criança, seus hábitos na instituição em que está matriculada, para
posterior verificação e classificação das capacidades apontadas. Em momento algum se deve
apontar unicamente aquilo que ela é capaz ou não de fazer, pois dessa forma reflete-se um
embasamento em uma concepção de avaliação com um objetivo mais classificatório. Os
objetivos dos relatórios de avaliação são os de fazer a historicidade dos momentos e das
formas com que a criança se apropria do conhecimento de mundo, além
do desenvolvimento de valores, fazendo com que sua ação de conhecer se torne mais dinâmica
e concreta. Eles devem se configurar em um álbum que retrate a história de vida da criança,
permitindo
aos adultos com os quais ela convive melhor entendimento de seu desenvolvimento, como
forma de ajudá-la e compreende-la para que supere seus limites e aumente suas
possibilidades.
Dessa forma, não existe espaço para comportamentos listados em um “rol”, ou critérios
homogêneos
de desempenho em que serão realizados relatórios com roteiros fixos nos quais serão
apontadas classificações dos comportamentos apresentados pela criança avaliada. A partir
das interações realizadas com o objeto do conhecimento e com o professor, as crianças
mostrarão o caminho a ser seguido para a constituição do relatório de avaliação.
O professor, ao proceder ao relatório de avaliação, poderá se basear em algumas questões a
fim de delinear seu trabalho. A partir das ideias de Hoffmann (2007, p. 56), são apontados
alguns desses pontos norteadores como forma de exemplificar.
● Em que áreas do conhecimento/desenvolvimento a criança apresenta avanços?
● Quais os fatos que levam o professor a contextualizar tais avanços?
● Apresenta alguma área a ser mais bem trabalhada?
● Como pode o professor intervir nesse sentido?
● Qual a contribuição possível da família?
● Como a criança vem se desenvolvendo em relação às questões socioafetivas?
● Qual a postura do professor diante dos seus conflitos?
● Existe alguma sugestão que possa ser dada à família?
● Como os pais se referem ao desenvolvimento das crianças e ao trabalho da instituição?
● Como as crianças se referem quanto aos próprios avanços e ao trabalho que desenvolvem?

Partindo do entendimento dessas questões, o professor tem como possibilidade o


aprimoramento de um olhar mais diferenciado para proceder aos relatórios de avaliação,
buscando, portanto, um comprometimento maior em seu trabalho e tendo, como meta, a
aprendizagem e o desenvolvimento da criança.

A família e o processo de avaliação

Partindo do pressuposto de que os relatórios têm a finalidade de acompanhar o processo


educativo da criança quando em interação com o professor e com outras crianças e que o
objetivo dessa etapa é o seu desenvolvimento integral, não se pode trabalhar de forma
fragmentada, é preciso lembrar-se da importância da participação da família nesse processo.
A presença da família na instituição de Educação Infantil pode ser muito interessante. O
compartilhamento da avaliação realizada pelo professor e o acompanhamento do
desenvolvimento e aprendizagem
da criança são de grande importância para as famílias, pois muitas vezes elas não sabem como
proceder diante das mais diversas situações do cotidiano, e nem sempre estão informadas
sobre as características do desenvolvimento infantil ou sobre questões pedagógicas mais
específicas.
Cabe à instituição de Educação Infantil promover momentos em que as dúvidas das famílias
possam ser esclarecidas, informações sejam trocadas, debates e orientações sejam
promovidos sempre com o objetivo maior, que é o processo educativo da criança.
Para conhecer mais sobre o trabalho desenvolvido na Educação Infantil em Reggio Emilia,
acesse os sites:
<http://www.educacional.com.br/entrevistas/interativa_adultos/entrevista002.asp>,
<http://revistaescola.abril.com.br/educacaoinfantil/4-a-6-anos/cada-crianca-individuo-
422938.shtml>.

O quê e quando registrar?

Quando fotografamos um aniversário, por exemplo, tiramos fotos dos momentos mais
significativos da festa, aqueles que sintetizam, da melhor forma possível, o evento que
queremos registrar, para relembrar o acontecido, para organizarmos nosso álbum de
memórias.

Assim também, na sala de aula, registros devem marcar etapas importantes de um projeto ou
sequência de situações de aprendizagem. Podem ser solicitados registros ao se dar início a um
novo projeto, com função de diagnóstico; nesse caso, o professor poderá perceber o
repertório artístico e estético de seus alunos, tendo, assim, melhor clareza de como orientar
seu planejamento a partir das noções e conceitos que a classe já possui, desvelando e
ampliando conhecimentos, corrigindo possíveis distorções e atendendo às necessidades e
interesses individuais e coletivos.

Registros também podem e devem ser feitos ao final de uma aula, etapa ou momento
significativo de um projeto ou sequência didática, quando se pretende verificar o que de fato
foi apropriado pela classe até então, observando suas dificuldades e progressos, verificando
como se dá a articulação entre o repertório dos alunos e os novos conteúdos trabalhados,
pensar intervenções, replanejar ações.

Ao final de um projeto, registros mostram a sistematização do conhecimento, o que de fato


foi significativo, quais mudanças ocorreram, se os objetivos propostos foram atingidos, de que
forma os aprendizes articularam seu fazer artístico à apreciação estética e ao conhecimento
da produção artística da humanidade em seus contextos conceitual, histórico e cultural.

Os registros dos alunos podem ser feitos de forma individual, grupal ou com todo o coletivo
da classe, sempre mediados pelo professor, cujo encaminhamento deverá visar sempre a busca
daquilo que o aluno aprendeu em arte, não se atendo a questões como “você gostou do que
fez?’ “como você se sentiu?’…

Vale relembrar que toda produção dos alunos é uma forma de registro: desenhos, pinturas,
gráficos, charges, quadrinhos, tabelas, música, poemas, teatro, esculturas… E, é claro,
também fotos e gravações! O importante é que estes registros, todos, tenham legendas,
datas, que sejam contextualizados. Nada mais intrigante (e frustrante!) do que uma foto
antiga que ninguém mais se lembra de onde foi tirada, em que época, que pessoas são aquelas
ali retratadas… Assim, se o professor faz uma gravação de uma apresentação musical de seus
alunos ou os fotografa em uma atividade de pintura, é fundamental garantir todos os créditos:
a data, quem são as pessoas ali presentes, qual a etapa do projeto, qual o projeto… Alunos e
professores precisam adquirir o hábito de datar suas anotações, suas produções, de
contextualizá-las.

Exemplo: Relatório Pedagógico


Aluno: João Paulo D.N: 21/03/1998

O aluno frequenta atualmente a 4ª série E do Ensino Fundamental do ciclo I, na E.E “General


Otaviano F. Souza”

A família é bastante participativa na escola.

Frequenta a escola desde o primeiro semestre.

Quanto ao seu desempenho e atuação, observados em sala de aula, pudemos constatar que:

● Interage com os colegas e adultos, porém irrita-se com facilidade apresentando


desorganização de atitudes verbais com os colegas. Quando repreendido Igor
compreende e suas desculpas são imediatas, prefere interagir com os adultos;
● Tem conhecimento de dados de sua identidade (nome, endereço, idade) e os nomes dos
pais e dos dois irmãos mais velhos;
● No momento o aluno apresenta dificuldades acentuadas quanto ao pensamento lógico em
situações que fujam de sua realidade imediata.;
● Presta atenção à proposta do adulto, na maioria das vezes, e se interessa peãs
atividades, porém, não consegue se ater por muito tempo, ficando ansioso e perdendo a
concentração no que está fazendo. Finaliza a tarefa proposta se houver interferência
do adulto;
● Tem iniciativa e é curioso.

● Percebe e vê notando as diferenças, dentro de seu campo visual: cores, formas,


tamanhos e semelhanças. É capaz de perceber e diferenciar os sons e sua intensidade.
● Tem noção do espaço e do tempo, causa e efeito em ações concretas, nas situações
cotidianas.
● Apresenta memória auditiva e visual, isto é reconhecido através de suas ações e
comunicação, para as situações que envolvam o uso de imagem e acompanhamento oral.
● Possui noção temporal para as situações de suas vivências e para situações mais
complexas ou novas necessita apoio do adulto.

Quanto ao seu desempenho pedagógico, verificamos que:

● Linguagem e comunicação oral: expressa-se oralmente, mas apresenta dificuldades


verbais para expressar seus pensamentos com coerência, coesão e contextualização em
muitas vezes.;
● Linguagem e comunicação escrita: NO momento o aluno tem dificuldades para as
representações mentais e apresentou dificuldades também em reconhecer as
representações simbólicas por não possuir, no momento, a capacidade de abstração.
● Realiza cópia de seu nome, palavras e frase e em alguns momentos arrisca algumas
letras para expressar espontaneamente sua escrita.;
● Raciocínio lógico matemático. Apresenta sequência numérica de 01 a 20 de forma
concreta;
● Resolve situações de operações matemáticas mais simples, desde que venham
acompanhadas de material concreto.

SUGESTÕES DE PALAVRAS E EXPRESSÕES PARA USO EM RELATÓRIOS

Você pensa Você escreve

O aluno não adquiriu os conceitos desejáveis para o


O aluno não sabe momento de aprendizado planejado neste
bimestre/mês...
Apresenta dificuldades de auto regulação, pois...
Não tem limites
Apresenta extrema resistência aos comandos...

Ainda não desenvolveu habilidades para convívio no


É nervoso
ambiente escolar, pois apresenta...

Seu interesse em alguns objetos faz com que


Tem o costume de roubar
algumas vezes os leve consigo.
Em situações de conflito costuma usar meios
É agressivo físicos para alcançar o que deseja ou fazer valer
sua opinião.
É bagunceiro, relaxado, Necessita de atenção especial nos hábitos próprios
porco de higiene e nos cuidados com seus pertences.
Aprendeu algumas noções, mas necessita
Não sabe nada
desenvolver…
Sugiro que a família lhe ofereça maior assistência
É largado da família
no aspecto ____, pois…
Costuma não aceitar e compreender as solicitações
É desobediente dos adultos;
Tem dificuldades e resistência em cumprir regras.
Demonstra baixo interesse em participar das
atividades propostas; Muitas vezes parece se
É apático, distraído
desligar da realidade, permanecendo longo tempo
em seus pensamentos.
Costuma utilizar inverdades para justificar seus
É mentiroso atos ou apontar as atitudes dos colegas para se
justificar/explicar.
Sua preocupação com as atitudes dos colegas é
É fofoqueiro
uma constante e já provocou desentendimentos.
É muito afetuoso; demonstra constantemente seu
É chiclete
carinho desejando a atenção só para si…
Em situações de conflito coloca-se como
É sonso e dissimulado expectador, mesmo quando está clara a sua
participação.
Não realiza as tarefas, aparentando desânimo e
É preguiçoso cansaço. Porém logo parte para as brincadeiras e
outras atividades lúdicas.
Aparenta desejar atenções diferenciadas para si,
É mimado solicitando que sejam feitas todas as suas
vontades.
É deprimido, isolado, Evita o contato e o diálogo com colegas e
antissocial professores preferindo permanecer sozinho; Ainda
não desenvolveu hábitos e atitudes próprias do
convívio social.
Costuma falar sem cessar, não respeitando os
É tagarela momentos em que o grupo necessita de silêncio e
atenção as aulas.
Utiliza-se de palavras pouco cordiais (“palavrões”)
Tem a boca suja
para repelir ou afrontar.
Possui distúrbio de Apresenta comportamento pouco comum para sua
comportamento faixa etária e para o convívio em grupo, tais como…
Ainda não sabe dividir o espaço e os materiais de
É egoísta
forma coletiva.

Dicas de como escrever relatórios melhores:

Uma vez alguns jovens músicos perguntaram a um famoso músico da África ocidental que
conselho ele daria a eles para que eles fossem tão talentosos quanto o músico. - "Eu posso dar
três conselhos," disse ele. "Meu primeiro conselho é: Pratiquem. Meu segundo conselho é:
Pratiquem. E meu terceiro conselho é: Pratiquem."

O mesmo conselho serve para qualquer tipo de escrita: Escreva vários rascunhos. Releia ao
final de cada rascunho. Peça a um amigo para lê-lo (revê-lo e oferecer sugestões). Peça
retorno e conselho: seja o seu próprio professor. As três dicas são: "Reescreva! Reescreva. E
reescreva!"

Você pode achar que a reescrita do seu documento seja uma perda de esforço e tempo. Longe
disso. Escritores profissionais escrevem até sete rascunhos antes de deixar que um
documento vá a público. Você deve escrever pelo menos três rascunhos: o rascunho inicial, o
segundo rascunho, e sua versão final.

Esteja preparado para reescrever até mesmo a versão final. A reescrita permite que, entre
rascunhos, você tenha tempo de ter uma visão mais objetiva e crítica do seu documento, de
remover muitos dos erros óbvios e de evitar que você se arrependa da elaboração de um
documento.

Outra dica é elaborar primeiro um esboço. Antes de começar a primeira frase, escreva um
esboço com os tópicos que deseja tratar. Faça uma lista com anotações de três palavras.
Apenas use papel-rascunho; é apenas para você.

Você pode querer reorganizar a ordem de tópicos assim que você os ver no papel. Você pode
usar esse esboço como seu guia pessoal enquanto estiver escrevendo o primeiro rascunho

Exemplo 2: EDUCAÇÃO INFANTIL – 1º SEMESTRE


EVOLUÇÃO DO (A) ALUNO (A) NO CONTEXTO ESCOLAR
SARA PEREIRA MARTINS
Seu processo de adaptação à nova turma foi tranquilo uma vez que continuou com a mesma
turma e a mesma professora. Seu convívio com os demais adultos presentes na escola é
excelente. Relaciona-se muito bem com todos os colegas. É uma criança muito tranquila,
independente e criativa sendo muito organizada com seu material individual e coletivo.

Respeita as regras e combinados (da escola e da sala de aula). Têm um ótimo comportamento.
Participa de todas as atividades propostas com prazer. Em alguns momentos apresenta
timidez. É assídua e pontual.

Revela habilidades motoras, coordenação motora fina, sequência lógica, percepção visual e
capacidade de análise síntese adequados à sua idade.

Quanto à assimilação e fixação dos conteúdos é excelente, independente e realiza todas as


atividades. Apresenta atenção e concentração em sala de aula e é participativa.

Faz leitura de palavras, frases e pequenos textos assim, como o registro dos mesmos, sem
auxílio da professora. Seria e classifica objetos. Reconhece e registra os numerais fazendo o
uso adequado dos mesmos no dia a dia.

Participa com interesse dos projetos interdisciplinares, têm noção de si mesma, família,
escola, alimentação e profissão.

Outros tópicos para considerações:


Em relação à assimilação e fixação dos conteúdos;
Concentração e atenção às explicações em sala de aula/desempenho do aluno em sala de
aula;
Quanto à correção;
Quanto ao relacionamento do aluno com os colegas;
Quanto à grafia / Quanto à Leitura/ Quanto à interpretação;
Quanto ao raciocínio lógico-matemático;
Quanto à disciplina / Em relação à assiduidade do aluno / Quanto a
pontualidade /Hábitos e Atitudes;
Necessita de atenção paralela;
Quanto ao material usado em sala e lição de casa / Em relação a seus materiais
pessoais;
Quanto ao uso de óculos/ aparelho dentário / botas ortopédicas/ aparelho auditivo;
Desenvolvimento Cognitivo /Desenvolvimento Psicomotor;
Em relação aos responsáveis:
- São participativos.
- São criteriosos, indagam bastante e acompanham o desenvolvimento do filho.
- Sinto necessidade de parceria e de maior participação no quesito: leitura da agenda, ...

Relatório Descritivo e Individual de Acompanhamento Bimestral para Educação Infantil


Sugestões Passo a Passo para fazer relatório individual na Educação Infantil. Para mim, estes
passos ajudaram bastante para descrever o comportamento de cada aluno. Espero que ajude.
INTRODUÇÃO: serve para apresentar as características da criança e ela no grupo – e o grupo
em relação a ela! Falem de seu trabalho enquanto professor – que se preocupa com o bem
estar de todos, com a aprendizagem significativa, que recebe as crianças e tudo que elas
trazem em suas vivências e experiências.
O grupo – quem é, como são, qual é a rotina deles, atividades preferidas, característica(s) do
grupo;
A criança no grupo – como ela se situa no coletivo – como se destaca e/ou como se coloca
nele; como reage frente as atividades coletivas;
As características da criança – como ela é;
A criança e as atividades – suas preferências, suas reações, suas contribuições,
A dinâmica da criança em sala – ela e a rotina – ela reclama, adere, participa do que? Seu
temperamento e escolhas;
Suas relações com os outros - ênfase na parte afetiva – seus relacionamentos fazendo uma
ligação com suas características pessoais;
Desempenho no dia-a-dia – nas atividades – como ela se envolve nas atividades, seu
progresso, seu envolvimento com as atividades e pessoas;
Curiosidades dos comportamentos das crianças que ilustram seu desenvolvimento – suas
falas, gracinhas, surpresas, insights, contribuições, perguntas, observações, etc.
Planos para futuro próximo – o que você pensa que a criança precisa para continuar se
desenvolvendo de maneira progressiva e positiva, o que em particular você planejaria para ela.
Revele o seu olhar particular para ela e suas projeções.
OBSERVAÇÕES FINAIS: servem para indicar como o professor irá continuar o trabalho com
a criança em questão, RESSALTANDO A PREOCUPAÇÃO INDIVIDUAL, MAS
INTEGRANDO-A NO GRUPO!
LEMBRE-SE:
Abordando todos estes itens, o professor estará falando tanto das áreas do desenvolvimento
infantil, como das áreas do currículo, trazendo à tona os quatro focos principais da Educação
Infantil – criança, professor, currículo/planejamento e as relações.

Importante:
O professor deve escrever como se estivesse escrevendo para alguém que não conhece as
crianças e, portanto, vão revelar as dificuldades com moderação. Neste documento é o lugar
do professor falar na sua própria voz revelando suas observações, planejamentos, reflexões e
planos futuros. A voz da criança será para exemplificar aquilo que vocês estão falando sobre
elas!
EXEMPLO 3:

Neste segundo trimestre, NOME DA CRIANÇA teve um bom desempenho, envolvendo-se com
interesse nas atividades propostas.
Continua estabelecendo um relacionamento muito amigável com seus colegas e professores. É
muito atenta em aula e procura ajudar os colegas sempre que possível. Colabora no
fortalecimento da amizade e respeito às regras de convívio na Escola. Na linguagem oral,
consegue se expressar com clareza e sequência lógica de ideias. Na linguagem escrita
consegue ler e escrever palavras e frases simples. Na área do pensamento lógico não
apresenta dificuldades, realizando com habilidade a adição e subtração.
Na maioria das vezes, sejam na realização das atividades, apresentações e outros, NOME,
mostra-se entusiasmada incentivando os colegas a participarem ativamente das atividades
propostas por mim ou por seus pares.

Com relação às tarefas escolares de casa continua demonstrando muita responsabilidade e


capricho. É necessário que a família continue incentivando-a, encorajando-a a realizar as
atividades e orientando-a no que for necessário. Da mesma forma, é necessário valorizar as
suas conquistas para que ela possa superar suas dificuldades.

Conteúdos Trabalhados:

Linguagem oral e escrita: Ampliação do vocabulário: reconto, narração e criação de novas


histórias. Produção de textos coletivos. Reconhecimento e escrita do nome (próprio e dos
colegas) e de palavras contextualizadas. Atividades envolvendo alfabeto móvel.

Matemática: Aquisição de conceitos que se constituam em elementos fundamentais da


matemática e aplicá-los sempre que necessário. Ler e escrever numerais, associando-os às
quantidades que representam. Explorar a contagem crescente e decrescente através de
brincadeiras.

História e Geografia: Desenvolvimento de sentimento de respeito e amor à família, escola,


comunidade e pátria. Pesquisas brinquedos e brincadeiras de antigamente e feito uma
comparação com os de hoje. Folclore brasileiro através de contos, pesquisas e vídeos.

Ciências: Identificação de dia e da noite e das estações do ano. Observação de fenômenos da


natureza. As Partes do Corpo/Higiene e Saúde/Órgãos do sentido. Alimentação. Plantas/.
Animais.

Avaliação da professora:

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