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CÓDIGO: 11065
CURSO: Educação
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TRABALHO / RESOLUÇÃO:
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dos alunos sem comparação com padrões externos, ipsativa, centrada no
aluno, comparando o próprio desempenho em diferentes contextos (“era
uma ajuda seja para os alunos seja para os professores para conseguir
entender melhor e em conjunto os diferentes pontos de vista que podem
concorrer durante uma abordagem a uma situação ou um problema. Acho
que trabalhar em conjunto foi sempre uma maneira de expandir os
horizontes e de aprender (…)”); e formadora ao aplicar a interação crítica
entre o aluno consigo mesmo, com os pares e o mundo, promovendo-se o
desenvolvimento e a autorregulação. O conceito de "avaliar para aprender"
é uma estratégia de avaliação usada pelos professores. A entrevista
evidencia a implementação de um paradigma construtivista, no qual o aluno
é considerado um agente ativo na construção do conhecimento, da
orientação do professor (“… grupos de trabalho que tinham de encenar uma
determinada situação e os colegas que ficavam de fora tinham de avaliar o
decorrer da cena e atribuir possíveis hipóteses para ajudar as pessoas que
estavam a representar um determinado papel” ), (“era também uma
possibilidade de aprender juntamente com os outros sendo um pouco mais
cooperativos). Por tudo isto, verifica-se que a avaliação ocorre com
características sumativas, mas mais marcadamente, formativas, adotando a
perspetiva holística (Peralta (2017) apud Amante & Oliveira) na avaliação
educacional, a qual considera o aluno de maneira integral, indo além da
mera análise de conhecimentos curriculares. Ela abrange aspetos como
desenvolvimento pessoal, competências sociais e emocionais, promovendo
uma visão completa do indivíduo no processo de ensino-aprendizagem
(“eram realmente uma mais-valia para o meu desenvolvimento como
profissional, mas também como ser humano que se relaciona todos os dias
com outros seres humanos que precisam de sentir uma certa estabilidade e
confiança na figura do educador que os ajuda ao longo do percurso”). Essa
abordagem reconhece a interconexão entre diferentes dimensões da
aprendizagem, valorizando não apenas o domínio de conteúdo, mas
também o desenvolvimento de competências sociais, emocionais e práticas.
No âmbito educacional, a avaliação é percebida como fundamental,
permitindo que professores e alunos reflitam sobre o progresso,
identifiquem obstáculos e implementem estratégias inovadoras para o
sucesso no ensino/aprendizagem.
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2.2) O feedback, o feed up e o feed forward representam elementos
cruciais no processo educativo contemporâneo. O feedback desempenha um
papel incontornável no contexto educacional, sendo essencial para
compreender e delinear um desempenho educativo eficaz (Fernandes, p.4).
Ao oferecer informações sobre o desempenho passado, não apenas avalia,
mas também guia os alunos no entendimento dos objetivos educacionais.
Por outro lado, o feed up tem o propósito de esclarecer metas e direções,
proporcionando uma compreensão clara dos objetivos instrucionais. Por sua
vez, o feed forward, direcionado para o futuro, oferece orientações sobre
como aprimorar o desempenho, transformando a avaliação numa
ferramenta de desenvolvimento contínuo. Nesta entrevista, a par de uma
avaliação essencialmente formativa, o feedback é descritivo, pois além de
informar sobre o processo de aprendizagem, o estimula a reflexão crítica,
preenchendo a lacuna entre o desempenho atual e o desejado (“Eram uma
prova do facto se eu estava ou não a interiorizar a matéria e os conceitos
explicados durante as aulas”). A relação dialógica entre alunos e
professores, mediada pelo feedback, enriquece a compreensão mútua e
motiva os estudantes para o aprimoramento contínuo e permite aos
professores obter dados acerca da evolução e também orientar os alunos,
dando-lhes ainda autonomia no seu estudo (“claramente que também
podem existir outros aspetos que podem ser considerados para o
desenvolvimento do aluno e aí também se encontra a capacidade do
professor de o ajudar e acompanhar numa maneira alternativa e dedicada
ao indivíduo”). A entrevista destaca que avaliação vai além de simples
testes, incluindo atividades colaborativas, como trabalhos em grupo, e
análises de situações do cotidiano profissional. O feedback, aliado ao feed
up e feedforward, transcende a atribuição de notas (“Era raro os
professores escreverem comentários em testes com nota, o que mais
acontecia era eles deixarem comentários nos relatórios e nos textos que
tínhamos de redigir”), elaborando-se comentários seletivos, específicos,
contextualizados, equilibrados, orientadores e transferíveis (Amante &
Oliveira, 2019) para evidenciar as capacidades dos alunos e apontar áreas
de melhoria na interação com os utentes, aquando do exercício da profissão
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no futuro.( “Os comentários salientavam a capacidade do aluno de
conseguir tomar posse do caso e da pessoa x e também assinalavam em
que áreas é que eu podia ainda melhorar a minha capacidade de ação para
com os utentes”). O feedback emerge como elemento central nos processos
avaliativos pedagógicos, desempenhando papel fundamental na
comunicação de metas aos alunos, na avaliação de seu status atual e na
orientação para os esforços necessários a fim de atingir os objetivos
delineados. A avaliação formativa, pautada pela utilização sistemática e
criteriosa do feedback, tem como propósito principal oferecer orientações de
qualidade elevada aos alunos. É importante destacar que, dentro dessa
perspetiva, a avaliação formativa não guarda relação com a atribuição de
notas (Amante & Oliveira, 2019). Por tudo isto, sublinha-se que a avaliação
formativa e o feedback desempenham papéis centrais no processo
educativo e que investir em estratégias avaliativas sólidas, não só
impulsiona os resultados de aprendizagem, mas também eleva a satisfação
tanto dos estudantes quanto dos professores. Essa prática não apenas
contribui para o aprimoramento contínuo dos alunos, mas também cria um
ambiente educacional mais eficiente e enriquecedor, sendo essencial para o
êxito educativo.
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ANEXO: ENTREVISTA A
Sempre tentei tirar o máximo que podia dos comentários porque estes
eram realmente uma mais-valia para o meu desenvolvimento como
profissional, mas também como ser humano que se relaciona todos os dias
com outros seres humanos que precisam de sentir uma certa estabilidade e
confiança na figura do educador que os ajuda ao longo do percurso.
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relatórios e textos que se debruçavam sobre casos específicos do trabalho
social. Um outro método de avaliação era também aquele do role-playing
em que se formavam grupos de trabalho que tinham de encenar uma
determinada situação e os colegas que ficavam de fora tinham de avaliar o
decorrer da cena e atribuir possíveis hipóteses para ajudar as pessoas que
estavam a representar um determinado papel. Isto era uma ajuda seja para
os alunos seja para os professores para conseguir entender melhor e em
conjunto os diferentes pontos de vista que podem concorrer durante uma
abordagem a uma situação ou um problema. Acho que trabalhar em
conjunto foi sempre uma maneira de expandir os horizontes e de aprender
a considerar a opinião de quem está ao nosso lado e o facto dos professores
nos darem a possibilidade de trabalhar em conjunto não era só uma
maneira de testar as nossas capacidades e os nossos limites, mas era
também uma possibilidade de aprender juntamente com os outros sendo
um pouco mais cooperativos.
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f) Durante uma apresentação oral era claro que a colega se encontrava
menos preparada sobre a matéria e sobre o texto a apresentar. Eu de vez
em quando para a não deixar em apuros ou em silêncio tentava intervir se
calhar completando umas frases ou adicionando umas explicações ao que
ela já tinha dito. No final durante o momento de avaliação esta minha
intervenção não foi apreciada pelo professor porque ele achava que teria
sido uma boa ocasião para a minha colega poder desenvolver a sua
capacidade de apresentação à frente de um público. De certa forma senti-
me avaliada um pouco incorretamente porque a minha intenção era aquela
de ajudar e não de a bloquear e para além disso também tinha medo de
que a minha nota fosse mais baixa por causa da preparação da outra
pessoa.
Bibliografia:
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