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Curso: Ensino Primário

Cadeira: Pedagogia Geral I


1º Ano
Aula nº 3
AVALIAÇÃO PEDAGÓGICA

Docente: Almeida Evaristo

Novembro de 2022
A avaliação pedagógica
A avaliação pedagógica é uma componente
fundamental do currículo do ensino
primário, cada vez mais entendida como um
conceito e uma prática complexa, que envolve
professores, alunos e saberes disciplinares e
que vai muito para além dos testes e dos
exames. Ela não vem depois da
aprendizagem, mas constitui-se como uma
forma determinante de contribuir para a
própria aprendizagem.
Sant’anna (1995, p. 31): A avaliação é um
processo pelo qual se procura
identificar, aferir, investigar e analisar as
modificações do comportamento e
rendimento do aluno, do educador, do
sistema, confirmando se a construção do
conhecimento se processou, seja este
teórico (mental) ou prático).
Concepções de avaliação tomando
por base de alguns autores:

Firme (apud Sant’anna, 2002, p. 28) “a avaliação é essencialmente um
processo centralizado em valores”;


• Marques (apud Sant’anna, 2002, p. 29) “a avaliação é um processo
contínuo, sistemático, compreensivo, comparativo, cumulativo,
informativo e global que permite avaliar o conhecimento do aluno”;


• Bloom, Hastings e Madaus (apud Haydt, 2002, p. 13) “a avaliação é um
método, um instrumento, portanto ela não tem um fim em si mesma, mas
é sempre um meio, um recurso, e como tal deve ser usada”;
Hoffman (2003, p. 120) “a avaliação significa o
controle permanente exercido sobre o aluno no
intuito de ele chegar a demonstrar
comportamentos definidos como ideais pelo
professor”;

Daniel Stufflebeam (apud Haydt, 2002, p. 12)


“a avaliação é o processo de delinear, obter e
fornecer informações úteis para o julgamento
de decisões alternativas”
Esses autores dão ênfase à avaliação
como um instrumento para aprimorar
o processo de ensino-aprendizagem,
com foco no desempenho do aluno.
Enquanto a avaliação estiver
direccionada ao aluno, quer dizer, não
houver uma conscientização para a
necessidade de uma nova metodologia
a favor do aluno e a adesão da escola ao
processo avaliativo, haverá um
comprometimento da qualidade do
ensino.
Princípios básicos da avaliação
Segundo Haydt (2000) É um processo
contínuo e sistemático, por essa razão
não deve ser realizada de forma
esporádica, nem de maneira
improvisada e sim de maneira constante
e planejada. A avaliação se integra no
processo ensino-aprendizagem fazendo
parte de um sistema mais amplo.
Funcional. Ela consiste em verificar se os alunos
estão atingindo os objetivos previstos e estes
norteiam a avaliação.
Orientadora por não ter intenção de eliminar os
alunos e sim de orientá-los no processo de
aprendizagem alcançando assim os objetivos
previstos, permitindo que eles conheçam seus erros
e acertos, contribuindo para fixar as respostas
corretas e corrigir possíveis falhas.
Integral por analisar e julgar as dimensões do
comportamento, vendo o aluno como um todo,
incidindo não apenas sobre os elementos
cognitivos, mas também nos aspectos afetivo e
domínio psicomotor.
A avaliação na prática pedagógica
A avaliação não deve ser compreendida
como uma actividade muito complexa,
nem tampouco fácil demais. A avaliação
deve ser vista como um instrumento
escolar que requer habilidade,
compromisso e responsabilidade, para
tanto seus aspectos qualitativos devem
ser valorizados.
O professor, no exercício do seu
papel, precisa saber que ensinar exige
dele respeito pelo saber que os
educandos possuem.

Freire (2000, p. 30) questiona:


“porque não discutir com os alunos a
realidade concreta a que se deva
associar a disciplina cujo conteúdo se
ensina”.
Segundo Freire (2000, p. 47), “ensinar não é
transferir conhecimento, mas criar as
possibilidades para a sua própria produção ou a
sua construção”

A prática pedagógica que o docente assume tem


papel fundamental para que a avaliação do
processo de ensino-aprendizagem torne-se em
momentos fecundos de construção do
conhecimento. O autor Paulo Freire fornece uma
resposta objectiva quando diz que a função do
professor é ser o mediador do diálogo que
provoque sujeitos pró-activos e autónomos
capazes de exercer o pensar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo, 15.
ed. São Paulo: Paz e Terra, 2000.

HAYDT, R. C. C. Avaliação do processo ensino-aprendizagem. São Paulo: Ática, 2002.

HOFFMANN. Jussara. Avaliação mediadora: uma prática em construção da préescola à
universidade. 21. ed. Porto Alegre: Mediação, 2003.

LIBÂNEO, José Carlos; TOSCHI, Mirza Seabra; OLIVEIRA, João Ferreira de. Educação escolar:
política, estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2003.

LIMA, Adriana de Oliveira. Avaliação escolar: julgamento ou construção? 8. ed. Petrópolis: Vozes,
2002.

SANT’ANNA. I. M. Por que avaliar? Como avaliar?: critérios e instrumentos. Petrópolis, RJ: Vozes,
1995.

Tomem nota:
“Trabalhe duro, de o melhor si, busque a
excelência nada vem do nada. Lembra-se que a
única coisa que caí dos céus é a penas a chuva e
mesmo a chuva também tem o seu tempo de
cair”. A.J.E

Obrigado a todos

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