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António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 2 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 4 / 521
Índice Índice
3 Cálculo diferencial em R
4 Cálculo integral em R
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 5 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 7 / 521
2 Funções reais de variável real: limites e continuidade – uma multiplicação, que a cada par (a, b) associa um número
representado por a.b (ou a × b ou simplesmente ab).
3 Cálculo diferencial em R
4 Cálculo integral em R
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 6 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 8 / 521
§1.1 O conjunto dos números reais §1.1 O conjunto dos números reais
Propriedades da adição
A1) Para cada a, b, c ∈ R,
a + (b + c) = (a + b) + c (associatividade)
A2) Para cada a, b ∈ R,
Distributividade da multiplicação em relação à adição
a+b=b+a (comutatividade) D1) Para cada a, b, c ∈ R,
A3) Existe um elemento 0 ∈ R, designado por "zero", tal que para cada a(b + c) = (b + c)a = ab + ac (distributividade)
a∈R
a+0=0+a=a (elemento neutro)
A4) Para cada a ∈ R, existe um elemento −a ∈ R tal que
a + (−a) = (−a) + a = 0 (simétrico)
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 9 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 11 / 521
§1.1 O conjunto dos números reais §1.1 O conjunto dos números reais
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 10 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 12 / 521
§1.1 O conjunto dos números reais §1.1 O conjunto dos números reais
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 13 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 15 / 521
§1.1 O conjunto dos números reais §1.1 O conjunto dos números reais
a+c=b+c
Casos notáveis da multiplicação
se e só se Se a e b são números reais, então
a = b.
i) (a + b)2 = a2 + 2ab + b2 ;
ca = cb
se e só se
a = b.
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 14 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 16 / 521
§1.1 O conjunto dos números reais §1.1 O conjunto dos números reais
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 17 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 19 / 521
§1.1 O conjunto dos números reais §1.1 O conjunto dos números reais
a 6 b, se a < b ou a = b.
a > b, se b 6 a.
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 18 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 20 / 521
§1.1 O conjunto dos números reais §1.1 O conjunto dos números reais
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 21 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 23 / 521
§1.1 O conjunto dos números reais §1.1 O conjunto dos números reais
Z = N ∪ {0} ∪ {m ∈ R : −m ∈ N} .
[a, b] [a, +∞[
a b a
Um número racional é um número real que pode ser representado
como o quociente entre dois números inteiros, isto é, o conjunto dos
[a, b[ ] − ∞, b[ números racionais é o conjunto
a b b
m
Q= : m ∈ Z, n ∈ Z \ {0} .
n
]a, b] ] − ∞, b]
a b b
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 22 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 24 / 521
§1.1 O conjunto dos números reais Índice
Os números racionais também podem ser definidos através da 1 Funções reais de variável real: generalidades e exemplos
representação decimal. Um número real é racional se no sistema O conjunto dos números reais
decimal tiver uma dízima finita ou uma dízima infinita periódica. Domínio, contradomínio e gráfico de uma função
Domínio e contradomínio de uma função
Gráfico de uma função
Assim, o número Funções polinomiais e funções racionais
0, 3333333... Função módulo
Função inversa e composição de funções
é um número racional, que também se representa por Função exponencial e função logarítmica
Funções trigonométricas e suas inversas
Funções hiperbólicas
0, 3(3)
2 Funções reais de variável real: limites e continuidade
Além disso, este número também pode ser representado por
3 Cálculo diferencial em R
1
.
3 4 Cálculo integral em R
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 25 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 27 / 521
N ⊂ Z ⊂ Q ⊂ R. 3 Cálculo diferencial em R
4 Cálculo integral em R
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 26 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 28 / 521
§1.2.1 Domínio e contradomínio de uma função §1.2.1 Domínio e contradomínio de uma função
f (A) = {f (x) ∈ B : x ∈ A} .
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 29 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 31 / 521
§1.2.1 Domínio e contradomínio de uma função §1.2.1 Domínio e contradomínio de uma função
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 30 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 32 / 521
§1.2.1 Domínio e contradomínio de uma função Índice
4 Cálculo integral em R
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 33 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 35 / 521
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 34 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 36 / 521
§1.2.2 Gráfico de uma função §1.2.2 Gráfico de uma função
Exemplo Exemplo
As funções f, g, h : R → R definidas por As função dada por
f (x) = 1/x
f (x) = x, g(x) = 2x + 1 e h(x) = −x − 1
tem os seguintes gráficos: cujo domínio é R \ {0} tem o seguinte gráfico
y y
g(x) = 2x + 1 1
f (x) = x f (x) =
x
h(x) = −x − 1
1 1
−1 1 −1
x 1 x
−1 −1
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 37 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 39 / 521
4 Cálculo integral em R
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 38 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 40 / 521
Índice §1.3.1 Funções afim
1 Funções reais de variável real: generalidades e exemplos Quando b = 0, a expressão da função afim reduz-se a
O conjunto dos números reais
Domínio, contradomínio e gráfico de uma função
Funções polinomiais e funções racionais
f (x) = ax
Funções afim
Funções quadráticas e exprime que as variáveis entre x e y = f (x) existe proporcionalidade
Funções polinomiais
Funções racionais
directa, visto que o quociente dos dois valores correspondentes é
Função módulo constante:
Função inversa e composição de funções
y
= a.
Função exponencial e função logarítmica x
Funções trigonométricas e suas inversas
Funções hiperbólicas Dizemos então a função definida é linear.
2 Funções reais de variável real: limites e continuidade Quando a = 0, a expressão da função afim reduz-se a
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 41 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 43 / 521
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 42 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 44 / 521
§1.3.1 Funções afim §1.3.2 Funções quadráticas
b2
# #
b
Os casos de inequações de primeiro grau com 6, > ou > são análogos. −∞, f − = −∞, c −
2a 4a
se a < 0.
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 45 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 47 / 521
3 Cálculo diferencial em R
4 Cálculo integral em R
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 46 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 48 / 521
§1.3.2 Funções quadráticas §1.3.2 Funções quadráticas
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 49 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 51 / 521
Inequações de segundo grau (continuação) Fazendo ∆ = b2 − 4ac, a figura seguinte ajuda-nos a resolver as
Consideremos a inequação inequações de segundo grau.
1 Funções reais de variável real: generalidades e exemplos 1 Funções reais de variável real: generalidades e exemplos
O conjunto dos números reais O conjunto dos números reais
Domínio, contradomínio e gráfico de uma função Domínio, contradomínio e gráfico de uma função
Funções polinomiais e funções racionais Funções polinomiais e funções racionais
Funções afim Funções afim
Funções quadráticas Funções quadráticas
Funções polinomiais Funções polinomiais
Funções racionais Funções racionais
Função módulo Função módulo
Função inversa e composição de funções Função inversa e composição de funções
Função exponencial e função logarítmica Função exponencial e função logarítmica
Funções trigonométricas e suas inversas Funções trigonométricas e suas inversas
Funções hiperbólicas Funções hiperbólicas
2 Funções reais de variável real: limites e continuidade 2 Funções reais de variável real: limites e continuidade
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 53 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 55 / 521
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 54 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 56 / 521
Índice §1.4 Função módulo
3 Cálculo diferencial em R
1
4 Cálculo integral em R
1 x
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 57 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 59 / 521
|y| |x|
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 58 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 60 / 521
§1.4 Função módulo §1.4 Função módulo
|a − b| .
Geometricamente,
a b
|a − b|
|a + b| 6 |a| + |b|
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 61 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 63 / 521
4 Cálculo integral em R
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 62 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 64 / 521
Índice §1.5.1 Injectividade, sobrejectividade e bijectividade
Exemplo
1 Funções reais de variável real: generalidades e exemplos
O conjunto dos números reais
Seja f : R → R a função definida por
Domínio, contradomínio e gráfico de uma função
Funções polinomiais e funções racionais f (x) = 2x + 3.
Função módulo
Função inversa e composição de funções
Injectividade, sobrejectividade e bijectividade Como
Função inversa
Composição de funções f (a) = f (b) ⇔ 2a + 3 = 2b + 3
Função exponencial e função logarítmica
Funções trigonométricas e suas inversas ⇔ 2a = 2b
Funções hiperbólicas
⇔ a = b,
2 Funções reais de variável real: limites e continuidade
b−3
a função f é injectiva. Além disso, dado b ∈ R, fazendo a =
3 Cálculo diferencial em R 2
temos
b−3 b−3
4 Cálculo integral em R f (a) = f =2 + 3 = b − 3 + 3 = b,
2 2
o que mostra que f é sobrejectiva.
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 65 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 67 / 521
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 66 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 68 / 521
Índice §1.5.2 Função inversa
Exemplo
1 Funções reais de variável real: generalidades e exemplos A função f : {1, 2, 3, 4} → R definida por
O conjunto dos números reais
Domínio, contradomínio e gráfico de uma função f (1) = 9, f (2) = 8, f (3) = 7 e f (4) = 6
Funções polinomiais e funções racionais
Função módulo
Função inversa e composição de funções é injectiva e pode ser representada da seguinte forma:
Injectividade, sobrejectividade e bijectividade f
Função inversa 4 b
f −1 b
6
Composição de funções
Função exponencial e função logarítmica
Funções trigonométricas e suas inversas 3 b b
7
Funções hiperbólicas
2 b b
8
2 Funções reais de variável real: limites e continuidade
1 b b
9
3 Cálculo diferencial em R
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 69 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 71 / 521
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 70 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 72 / 521
§1.5.2 Função inversa §1.5.2 Função inversa
3 3
√
2 2 y= x
1 1
x 3
y= −
2 2
−4 −3 −2 −1 1 2 3 −4 −3 −2 −1 1 2 3
−1 −1
−2 −2
−3 −3
−4 −4
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 73 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 75 / 521
Exemplo
1 Funções reais de variável real: generalidades e exemplos
Seja f : R → R a função definida por O conjunto dos números reais
Domínio, contradomínio e gráfico de uma função
f (x) = x2 . Funções polinomiais e funções racionais
Função módulo
Função inversa e composição de funções
Esta função não é injectiva porque, por exemplo,
Injectividade, sobrejectividade e bijectividade
Função inversa
f (−1) = f (1) = 1. Composição de funções
Função exponencial e função logarítmica
Assim, a função f não tem inversa. No entanto, se pensarmos na restrição Funções trigonométricas e suas inversas
desta função a [0, +∞[, ou seja, se usarmos a função g : [0, +∞[→ R definida Funções hiperbólicas
por g(x) = x2 , esta função já é injectiva pelo que podemos pensar na sua
√ 2 Funções reais de variável real: limites e continuidade
inversa. Como o seu contradomínio é [0, +∞[ e y = x2 ⇒ x = y, a função
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 74 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 76 / 521
§1.5.3 Composição de funções §1.5.3 Composição de funções
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 77 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 79 / 521
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 78 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 80 / 521
Índice §1.6.1 Função exponencial
2 Funções reais de variável real: limites e continuidade Repare-se que quando a = 1 temos a função constante
3 Cálculo diferencial em R f (x) = 1x = 1.
4 Cálculo integral em R
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 81 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 83 / 521
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 82 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 84 / 521
§1.6.1 Função exponencial §1.6.1 Função exponencial
1 x
y y= y
3 1 x
y=
1 x 4
0<a<1 a>1 y= 2
1
a=1
x x
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 85 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 87 / 521
A A
1
x y = A e−kx y = A 1 − e−kx
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 86 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 88 / 521
§1.6.1 Função exponencial §1.6.2 Função logarítmica
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 89 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 91 / 521
3 Cálculo diferencial em R
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 93 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 95 / 521
3 Cálculo diferencial em R
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 94 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 96 / 521
§1.7.1 Funções seno e coseno §1.7.1 Funções seno e coseno
E BE CD
=
AE AD
• coseno:
comprimento do cateto adjacente AB AC
cos α = = =
comprimento da hipotenusa AE AD
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 97 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 99 / 521
1
α em radianos
y
cos α 1
x
sen α −2π − 3π −π −π π π 3π 2π
2 2 2 2
α 1
−1
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 98 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 100 / 521
§1.7.1 Funções seno e coseno §1.7.2 Funções tangente e cotangente
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 101 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 103 / 521
y
1 Funções reais de variável real: generalidades e exemplos
O conjunto dos números reais
Domínio, contradomínio e gráfico de uma função
Funções polinomiais e funções racionais
Função módulo
Função inversa e composição de funções
Função exponencial e função logarítmica
Funções trigonométricas e suas inversas
Funções seno e coseno
Funções tangente e cotangente x
Funções secante e cosecante −2π − 3π −π −π π π 3π 2π
2 2 2 2
Propriedades das funções trigonométricas
Funções trigonométricas inversas
Funções hiperbólicas
3 Cálculo diferencial em R
4 Cálculo integral em R
Gráfico da função tangente
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 102 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 104 / 521
§1.7.2 Funções tangente e cotangente §1.7.2 Funções tangente e cotangente
cos x
= cotg x
1 sen x
A função cotangente é dada pela expressão
cos x
cotg x = . sen x
= tg x
sen x cos x
{x ∈ R : x 6= kπ, k ∈ Z}
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 105 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 107 / 521
3 Cálculo diferencial em R
4 Cálculo integral em R
Gráfico da função cotangente
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 106 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 108 / 521
§1.7.3 Funções secante e cosecante §1.7.3 Funções secante e cosecante
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 109 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 111 / 521
y y
1 1
x x
−π π π 2π −2π − 3π −π −π π π 2π
−2π − 3π
2
−π
2 2
3π
2 2 2 2
3π
2
−1 −1
4 Cálculo integral em R
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 113 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 115 / 521
§1.7.4 Propriedades das funções trigonométricas §1.7.4 Propriedades das funções trigonométricas
π π π π 3π sen(−x) = − sen x
0 π
6 4 3 2 2 cos(−x) = cos x
√ √ 1
1 2 3
seno 0 1 0 -1 sen(π/2 − x) = cos x
2 2 2
√ √ cos(π/2 − x) = sen x
3 2 1 xx
coseno 1 0 -1 0
2 2 2 sen(π/2 + x) = cos x x x 1
√ x x
3 √ cos(π/2 + x) = − sen x
tangente 0 1 3 n.d. 0 n.d.
3
√ sen(π − x) = sen x
√ 3
cotangente n.d. 3 1 0 n.d. 0 cos(π − x) = − cos x
3
sen(π + x) = − sen x
cos(π + x) = − cos x
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 114 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 116 / 521
§1.7.4 Propriedades das funções trigonométricas §1.7.4 Propriedades das funções trigonométricas
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 117 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 119 / 521
§1.7.4 Propriedades das funções trigonométricas §1.7.4 Propriedades das funções trigonométricas
Fórmulas trigonométricas
Reduções ao primeiro quadrante (continuação)
sen(x + y) = sen x cos y + sen y cos x
tg(−x) = − tg(x)
sen(x − y) = sen x cos y − sen y cos x
cotg(−x) = − cotg(x) cos(x + y) = cos x cos y − sen x sen y
tg(π/2 − x) = cotg x cos(x − y) = cos x cos y + sen x sen y
cotg(π/2 − x) = tg x sen(2x) = 2 sen x cos x
tg(π/2 + x) = − cotg x cos(2x) = cos2 x − sen2 x = 2 cos2 x − 1 = 1 − 2 sen2 x
cotg(π/2 + x) = − tg x x+y x−y
sen x + sen y = 2 sen cos
2 2
tg(π − x) = − tg x x−y x+y
sen x − sen y = 2 sen cos
cotg(π − x) = − cotg x 2 2
x+y x−y
tg(π + x) = tg x cos x − cos y = −2 sen sen
2 2
cotg(π + x) = cotg x x+y x−y
cos x + cos y = 2 cos cos
2 2
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 118 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 120 / 521
Índice §1.7.5 Funções trigonométricas inversas
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 121 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 123 / 521
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 122 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 124 / 521
§1.7.5 Funções trigonométricas inversas §1.7.5 Funções trigonométricas inversas
y
Considerando a restrição da função coseno ao intervalo [0, π], ou seja, a
função b π
g : [0, π] → [−1, 1]
definida por
g(x) = cos x,
π
tem-se que g é uma função injectiva. A inversa desta função 2
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 125 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 127 / 521
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 126 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 128 / 521
§1.7.5 Funções trigonométricas inversas §1.7.5 Funções trigonométricas inversas
x arc tg x
0 0
π À inversa da restrição ao intervalo ]0, π[ da função cotangente
1 chamamos arco cotangente e representamos essa função por arc cotg.
4
π Assim,
−1 − arc cotg : R → R
4
√ é a função definida por
3 π
3 6
√ arc cotg x = y se e só se x = cotg y e y ∈ ]0, π[ .
3 π
− −
3 6
√ π
3
3
√ π
− 3 −
3
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 129 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 131 / 521
x arc cotg x
π
y 0
2
π
π
2
1
4
3π
x −1
4
√
3 π
3 3
− π2 √
3 2π
−
3 3
Gráfico da função arco tangente √ π
3
6
√ 5π
− 3
6
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 130 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 132 / 521
§1.7.5 Funções trigonométricas inversas Índice
3 Cálculo diferencial em R
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 133 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 135 / 521
arc cos [−1, 1] [0, π] arc cos x = y ⇔ x = cos y ∧ y ∈ [0, π] ex − e−x ex + e−x
senh x = e cosh x =
2 2
π π π π
i h i h
arc tg R − , arc tg x = y ⇔ x = tg y ∧ y ∈ − , designam-se por seno hiperbólico e por coseno hiperbólico,
2 2 2 2
respectivamente.
arc cotg R ]0, π[ arc cotg x = y ⇔ x = cotg y ∧ y ∈ ]0, π[
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 134 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 136 / 521
§1.8 Funções hiperbólicas §1.8 Funções hiperbólicas
y
y = cosh x
ex − e−x
senh x = y ⇔ =y
2
⇔ ex − e−x = 2y
1
⇔ ex − e−x −2y = 0
⇔ e2x −2y ex −1 = 0
x
4y 2 + 4 2✘
❳ ✘
2y + 4y✘
❳❳2y − ✘ +4
p p
x
⇔e = ∨ ex✘
=✘✘✘
❳❳✘❳❳
2 ✘ 2 ❳❳❳
q
⇔ ex = y + y2 + 1
q
⇔ x = ln y + y2 + 1 y = senh x
Logo o contradomínio do seno hiperbólico é R. Gráfico das funções seno e coseno hiperbólico
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 137 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 139 / 521
ex + e−x
cosh x = y ⇔ =y
2
Associada a estas funções está a função tangente hiperbólica. A
⇔ ex + e−x = 2y tangente hiperbólica é a função
⇔ ex + e−x −2y = 0
tgh : R → R
⇔ e2x −2y ex +1 = 0
2y +
p
4y 2 − 4 2y − 4y 2 − 4
p definida por
⇔e = x
∨ ex = senh x ex − e−x e2x −1
2 2 tgh x = = x = .
q q cosh x e + e−x e2x +1
⇔ ex = y + y 2 − 1 ∨ ex = y − y2 − 1
q q
⇔ x = ln(y + y 2 − 1) ∨ x = ln y − y2 − 1
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 138 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 140 / 521
§1.8 Funções hiperbólicas §1.8 Funções hiperbólicas
e2x −1
tgh x = y ⇔ =y
e2x +1 É fácil mostrar que as seguintes igualdades são válidas:
2x 2x
⇔e −1 = y e +y a) cosh2 x − senh2 x = 1
⇔ (1 − y) e2x = y + 1 1
b) 1 − tgh2 x =
y+1 cosh2 x
⇔ e2x = c) senh(x + y) = senh x cosh y + senh y cosh x
1−y
1 y+1 d) cosh(x + y) = cosh x cosh y + senh x senh y
⇔ x = ln
2 1−y
y+1
Assim, temos de ter > 0, o que é equivalente a −1 < y < 1. Logo
1−y
o contradomínio da tangente hiperbólica é o intervalo ] − 1, 1[.
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 141 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 143 / 521
3 Cálculo diferencial em R
4 Cálculo integral em R
Gráfico da função tangente hiperbólica
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 142 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 144 / 521
Índice §2.1 Breves noções de topologia em R
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 145 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 147 / 521
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 146 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 148 / 521
§2.1 Breves noções de topologia em R §2.1 Breves noções de topologia em R
Exemplos
a) Para o intervalo A =]0, 1] temos Um ponto a ∈ R diz-se aderente a um subconjunto A ⊆ R
int I =]a, b[, ext I =] − ∞, a[ ∪ ]b, +∞[ e fr I = {a, b} . Das definições resulta que
A = int A ∪ fr A
c) Os intervalos ]a, b], [a, b[ e [a, b], onde a < b, têm o mesmo interior,
o mesmo exterior e a mesma fronteira que o intervalo ]a, b[. e
int A ⊆ A ⊆ A.
d) int R = R, ext R = ∅, fr R = ∅.
e) int ∅ = ∅, ext ∅ = R, fr ∅ = ∅.
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 149 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 151 / 521
Exemplos
a) Se A =]0, 1[, então A = [0, 1].
a) Da definição resulta imediatamente que int A, ext A e fr A são b) Dado I = [a, b], com a < b, temos
conjuntos disjuntos dois a dois e que
I = [a, b].
R = int A ∪ ext A ∪ fr A.
c) Os intervalos ]a, b[, [a, b[ e ]a, b], onde a < b, têm a mesma aderência
b) Outra consequência imediata da definição é o seguinte que o intervalo [a, b].
d) Seja A = [1, 2[ ∪ {3, 4}. Então
ext A = int (R \ A) e fr A = fr (R \ A) .
A = [1, 2] ∪ {3, 4} .
e) Obviamente, R = R e ∅ = ∅.
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 150 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 152 / 521
§2.1 Breves noções de topologia em R §2.1 Breves noções de topologia em R
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 153 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 155 / 521
Exemplos Exemplos
a) O derivado do intervalo I = [a, b[, com a < b, é o conjunto a) Como
I ′ = [a, b]. int ]0, 1[=]0, 1[,
b) Os intervalos ]a, b[, ]a, b] e [a, b], onde a < b, têm o mesmo derivado temos que ]0, 1[ é um conjunto aberto. Por outro lado,
que o intervalo [a, b[.
]0, 1[ = [0, 1]
c) Seja A =]0, 2] ∪ {3}. Então
int A =]0, 2[, e, por conseguinte, ]0, 1[ não é fechado.
b) O intervalo [0, 1] é um conjunto fechado porque
ext A =] − ∞, 0[ ∪ ]2, 3[ ∪ ]3, +∞[,
[0, 1] = [0, 1]
fr A = {0, 2, 3},
A = [0, 2] ∪ {3} e e não é um conjunto aberto porque
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 154 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 156 / 521
Índice §2.2 Limites: definição, propriedades e exemplos
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 157 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 159 / 521
§2.2 Limites: definição, propriedades e exemplos §2.2 Limites: definição, propriedades e exemplos
y
Sejam D um subconjunto de R, f : D → R uma função, a um ponto de
acumulação de D e b ∈ R. Diz-se que b é o limite (de f ) quando x
f (a) b
b−ε
|f (x) − b| < ε para qualquer x ∈ D tal que 0 < |x − a| < δ.
b−ε
Simbolicamente, tem-se o seguinte
a−δaa+δ
a−δa−δa−δ a+δa+δa+δ x
lim f (x) = b ⇔ ∀ε > 0 ∃δ > 0 ∀x ∈ D (0 < |x − a| < δ ⇒ |f (x) − b| < ε)
x→a
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 158 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 160 / 521
§2.2 Limites: definição, propriedades e exemplos §2.2 Limites: definição, propriedades e exemplos
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 161 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 163 / 521
§2.2 Limites: definição, propriedades e exemplos §2.2 Limites: definição, propriedades e exemplos
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 162 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 164 / 521
§2.2 Limites: definição, propriedades e exemplos §2.2 Limites: definição, propriedades e exemplos
Provemos que
Outro limite bastante importante é o seguinte:
arc sen x arc tg x
sen x lim =1 e lim =1.
lim = 1. x→0 x x→0 x
x→0 x
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 165 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 167 / 521
Vejamos que
1 − cos x 1
lim 2
= . 1 Funções reais de variável real: generalidades e exemplos
x→0 x 2
De facto, 2 Funções reais de variável real: limites e continuidade
Breves noções de topologia em R
1 − cos x (1 − cos x)(1 + cos x) Limites: definição, propriedades e exemplos
lim 2
= lim Limites infinitos e limites no infinito
x→0 x x→0 x2 (1 + cos x) Limites laterais
1 − cos2 x 1 Assímptotas
= lim Funções contínuas: definição, propriedades e exemplos
x→0 x2 (1 + cos x) Propriedades fundamentais das funções contínuas
sen2 x 1
= lim 2
3 Cálculo diferencial em R
x→0 x (1 + cos x)
2
sen x 1 4 Cálculo integral em R
= lim
x→0 x (1 + cos x)
1 1
= 12 = .
2 2
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 166 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 168 / 521
§2.3 Limites infinitos e limites no infinito §2.3 Limites infinitos e limites no infinito
Sejam D um subconjunto de R, f : D → R uma função e a um ponto Sejam D um subconjunto de R não majorado, f : D → R uma função e
de acumulação de D. Diz-se que b ∈ R. Dizemos que
f tende para +∞ quando x tende para a, f tende para b quando x tende para +∞,
e escreve-se e escreve-se
lim f (x) = +∞, lim f (x) = b,
x→a x→+∞
se para cada L > 0, existe δ > 0 tal que se para cada ε > 0, existe M > 0 tal que
f (x) > L para qualquer x ∈ D tal que 0 < |x − a| < δ. |f (x) − b| < ε para qualquer x ∈ D tal que x > M .
Simbolicamente, Simbolicamente,
lim f (x) = +∞ ⇔ ∀L > 0 ∃δ > 0 ∀x ∈ D (0 < |x − a| < δ ⇒ f (x) > L) . lim f (x) = b ⇔ ∀ε > 0 ∃M > 0 ∀x ∈ D (x > M ⇒ |f (x) − b| < ε) .
x→a x→+∞
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 169 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 171 / 521
§2.3 Limites infinitos e limites no infinito §2.3 Limites infinitos e limites no infinito
y y
L b+ε
L b+ε
b+ε
L b
b−ε
L b−ε
f (a) b b−ε
a−δa−δa−δa−δ a a+δa+δa+δa+δ x M M M M M M M x
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 170 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 172 / 521
§2.3 Limites infinitos e limites no infinito §2.3 Limites infinitos e limites no infinito
f (x) > L para qualquer x ∈ D tal que x > M . • lim f (x) = +∞ se lim f (−x) = +∞
x→−∞ x→+∞
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 173 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 175 / 521
§2.3 Limites infinitos e limites no infinito §2.3 Limites infinitos e limites no infinito
L
L
Nos limites infinitos podemos usar a regra do limite da soma desde que
se adoptem as convenções
L
(+∞) + a = +∞ = a + (+∞)
(−∞) + a = −∞ = a + (−∞)
L
(+∞) + (+∞) = +∞
(−∞) + (−∞) = −∞
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 174 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 176 / 521
§2.3 Limites infinitos e limites no infinito §2.3 Limites infinitos e limites no infinito
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 177 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 179 / 521
§2.3 Limites infinitos e limites no infinito §2.3 Limites infinitos e limites no infinito
Exemplos (continuação)
Outros limites importantes são os seguintes
c) Seja f : R → R definida por
x−1
se x > 0, +∞ se a > 1
2x + 1 lim ax =
f (x) = x→+∞ 0 se 0 < a < 1
2
−2x + 3 se x < 0.
3x2 + 8
e
Então
0 se a > 1
1 1 lim ax =
1−x 1− .
x−1 x x = 1 x→−∞ +∞ se 0 < a < 1
lim f (x) = lim = lim = lim
x→+∞ 2x + 1 1 1 2
x→+∞ x→+∞ x→+∞
x 2+ 2+
x x Destes limites resulta que
e
3
3 lim ln x = +∞ e lim ln x = −∞ .
2 x2 −2 + −2 + 2 x→+∞ x→0
−2x + 3 x 2
x = −2.
lim f (x) = lim = lim = lim
x→−∞ 3x2 + 8 8 8 3
x→−∞ x→−∞ x→−∞
x2 3 + 2 3+ 2
x x
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 181 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 183 / 521
Vejamos
x
1
lim 1+ =e.
x→+∞ x 1 Funções reais de variável real: generalidades e exemplos
Comecemos por observar que 2 Funções reais de variável real: limites e continuidade
Breves noções de topologia em R
1 Limites: definição, propriedades e exemplos
1
x
1
ln 1 + x
lim ln 1+ = lim x ln 1 + = lim Limites infinitos e limites no infinito
x→+∞ x x→+∞ x x→+∞ 1/x Limites laterais
Assímptotas
Funções contínuas: definição, propriedades e exemplos
e que fazendo a mudança de variável y = 1/x temos Propriedades fundamentais das funções contínuas
x
1 ln (1 + y)
lim ln 1+ = lim = 1. 3 Cálculo diferencial em R
x→+∞ x y→0 y
4 Cálculo integral em R
Assim,
x
lim ln[(1+ x1 ) ]
x
1
x
ln[(1+ x1 ) ] = ex→+∞
lim 1+ = lim e = e1 = e .
x→+∞ x x→+∞
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 182 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 184 / 521
§2.4 Limites laterais §2.4 Limites laterais
Exemplo
Consideremos a função f : R → R definida por
Sejam A um subconjunto de D ⊆ R, a um ponto de acumulação de A e (
1 se x ∈ Q,
f : D → R. f (x) =
0 se x ∈ R \ Q.
Chama-se limite de f no ponto a relativo a A (ou limite quando Então
x tende para a no conjunto A) ao limite em a (quando exista) da lim f (x) = 1
restrição de f a A e usa-se a notação x→a
x∈Q
e
lim f (x).
x→a lim f (x) = 0
x∈A x→a
x∈R\Q
lim f (x).
x→a
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 185 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 187 / 521
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 186 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 188 / 521
§2.4 Limites laterais §2.4 Limites laterais
Exemplo
Seja f : R → R a função dada por
Também existem limites laterais para limites infinitos:
(
1 se x > 0, lim f (x) = +∞
f (x) = x→a−
0 se x < 0.
⇔ ∀L > 0 ∃δ > 0 ∀x ∈ D (−δ < x − a < 0 ⇒ f (x) > L)
Esta função é conhecida por função de Heaviside. É óbvio que caso a seja um ponto da acumulação de Da− e
lim f (x) = +∞
lim f (x) = lim f (x) = 1 x→a+
x→0 x→0+
x∈]0,+∞[ ⇔ ∀L > 0 ∃δ > 0 ∀x ∈ D (0 < x − a < δ ⇒ f (x) > L)
e quando a é um ponto de acumulação de Da+ .
lim f (x) = lim f (x) = 0.
x→0 x→0−
x∈]−∞,0[
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 189 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 191 / 521
Observações
∀ε > 0 ∃δ > 0 ∀x ∈ A (0 < |x − a| < δ ⇒ |f (x) − b| < ε) . Usando os limites anteriores podemos definir os seguintes limites:
b) Como
x ∈ Da− e 0 < |x − a| < δ • lim f (x) = −∞ se lim −f (x) = +∞;
x→a− x→a−
é equivalente a
x∈D e −δ <x−a<0 • lim f (x) = −∞ se lim −f (x) = +∞.
x→a+ x→a+
e, portanto, lim− f (x) = b é equivalente a
x→a
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 190 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 192 / 521
§2.4 Limites laterais §2.4 Limites laterais
Vejamos que
lim tg x = +∞ e lim tg x = −∞ .
+
Propriedade dos limites laterais x→ π2 − x→ π
2
lim tg x = −∞ e lim tg x = +∞ .
x→− π2 + x→− π
2
−
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 193 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 195 / 521
Exemplos
a) É evidente que
1 1 De
lim+ = + = +∞ lim tg x = +∞ e lim tg x = −∞
x→0 x 0 x→ π −
x→− π +
e que 2 2
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 194 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 196 / 521
Índice §2.5 Assímptotas
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 197 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 199 / 521
y = f (x)
Assímptotas não verticais à direita
Sejam D um subconjunto de R não majorado e f : D → R uma função.
Para que o gráfico de f tenha uma assímptota não vertical à direita é
necessário e suficiente que existam e sejam finitos os limites
d y = mx + b f (x)
a) lim
x→+∞ x
(que designaremos por m),
b) lim [f (x) − mx].
x→+∞
Verificadas estas condições, e designando por b o segundo limite, a
assímptota à direita do gráfico de f tem a equação
d = f (x) − (mx + b)
y = mx + b.
lim [f (x) − (mx + b)] = 0
x→+∞
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 198 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 200 / 521
§2.5 Assímptotas §2.5 Assímptotas
y = mx + b.
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 201 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 203 / 521
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 202 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 204 / 521
§2.5 Assímptotas §2.5 Assímptotas
Exemplos (continuação)
Exemplos
a) Consideremos a função definida por a) (continuação) Por outro lado, atendendo a que
f (x) x2 + x + 1 1
2
x x
x2 + x + 1 lim = lim = lim + +
f (x) = . x→−∞ x x→−∞ x2 x→−∞ x2 x2 x2
x
1 1 1 1
= lim 1 + + 2 = 1 + + =1+0+0=1
O domínio de f é o conjunto R \ {0} e para qualquer a ∈ R \ {0} x→−∞ x x −∞ (−∞)2
temos e
x2 + x + 1 a2 + a + 1
lim f (x) = lim = , x2 + x + 1 x2 + x + 1 − x2
x→a x→a x a lim [f (x) − x] = lim − x = lim
x→−∞ x→−∞ x x→−∞ x
pelo que a única possibilidade a assímptota vertical ao gráfico de f x+1
x 1
1
é a recta de equação x = 0. De facto, como = lim = lim + = lim 1+
x→−∞ x x→−∞ x x x→−∞ x
1 1 1
lim f (x) = = +∞ e lim f (x) = = −∞, = 1+ = 1 + 0 = 1,
x→0+ 0+ x→0− 0− −∞
também se verifica que a recta de equação y = x + 1 é uma assímptota
a recta de equação x = 0 é uma assímptota vertical ao gráfico de f .
não vertical à esquerda do gráfico de f .
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 205 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 207 / 521
Exemplos (continuação)
a) (continuação) Como
f (x) x2 + x + 1
2
x x 1
Exemplos (continuação)
lim = lim = lim + +
x→+∞ x x→+∞ x2 x→+∞ x2 x2 x2 a) (continuação) Assim, as assímptotas da função dada por
1 1 1 1
= lim 1 + + 2 = 1 + + =1+0+0=1
x→+∞ x x +∞ (+∞)2 x2 + x + 1
f (x) =
e x
x2 + x + 1 x2 + x + 1 − x2 são as rectas de equação
lim [f (x) − x] = lim − x = lim
x→+∞ x→+∞ x x→+∞ x y =x+1
x+1 x 1 1
= lim = lim + = lim 1+ e
x→+∞ x x→+∞ x x x→+∞ x
x = 0.
1
= 1+ = 1 + 0 = 1,
+∞
concluímos que a recta de equação y = x + 1 é uma assímptota não
vertical à direita do gráfico de f .
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 206 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 208 / 521
§2.5 Assímptotas §2.5 Assímptotas
Exemplos (continuação)
a) (continuação) Vejamos o gráfico da função f .
Exemplos (continuação)
y
b) (continuação) Também só faz sentido calcular a assímptota não
y = x+1
vertical à direita pois o gráfico de f é o intervalo ]0, +∞[. Como
f (x) ln x
lim = lim =0
x→+∞ x x→+∞ x2
e
ln x
x lim f (x) = lim = 0,
x→+∞ x→+∞ x
a recta de equação y = 0 é uma assímptota não vertical (horizontal)
à direita ao gráfico de f .
x2 + x + 1
y=
x
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 209 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 211 / 521
Exemplos (continuação)
Exemplos (continuação)
b) Calculemos as assímptotas da função dada por
b) (continuação) Vejamos o gráfico da função.
ln x y
f (x) = .
x
O domínio desta função é o intervalo ]0, +∞[ e para qualquer a ∈ ]0, +∞[ ln x
y=
temos x
ln x ln a
lim f (x) = lim = ,
x→a x→a x a x
o que mostra que a única possibilidade de assímptota vertical é a recta de
equação x = 0. Obviamente, atendendo a que o domínio de f é ]0, +∞[,
apenas devemos fazer x → 0+ . Assim,
ln x −∞
lim f (x) = lim+ = + = −∞,
x→0+ x→0 x 0
pelo que x = 0 é assímptota vertical ao gráfico de f .
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 210 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 212 / 521
§2.5 Assímptotas §2.5 Assímptotas
Exemplos (continuação)
Exemplos (continuação) c) (continuação) Vejamos o gráfico de f .
c) Seja f a função dada por y
sen x
f (x) = .
x
O domínio desta função é R \ {0} e como para qualquer a ∈ R \ {0} y=
sen x
temos x
sen x sen a
lim f (x) = lim =
x→a x→a x a x
e
sen x
lim f (x) = lim = 1,
x→0 x→0 x
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 213 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 215 / 521
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 214 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 216 / 521
§2.6 Funções contínuas: definição, propriedades e exemplos §2.6 Funções contínuas: definição, propriedades e exemplos
Observações
Sejam D um subconjunto de R, f : D → R uma função e a ∈ D. Diz-se a) Ao contrário do que acontece na definição de limite, só faz sentido
que f é contínua no ponto a se para cada ε > 0, existir δ > 0 tal que considerar pontos do domínio D quando estamos a investigar a
continuidade de uma função.
|f (x) − f (a)| < ε para qualquer x ∈ D tal que |x − a| < δ.
b) Se a é um ponto isolado de D, então a função f : D → R é contínua
Simbolicamente, em a. De facto, dado ε > 0, basta escolher δ > 0 tal que
f é contínua em a ]a − δ, a + δ[ ∩ D = {a} .
⇔ ∀ε > 0 ∃δ > 0 ∀x ∈ D (|x − a| < δ ⇒ |f (x) − f (a)| < ε) . Assim, a condição x ∈ D ∧ |x − a| < δ é equivalente a x = a e, por
conseguinte,
Dizemos que a ∈ D é um ponto de descontinuidade de f se f não é
contínua em a. |f (x) − f (a)| = 0 < ε.
c) Se a ∈ D é um ponto de acumulação de D, então f : D → R é
Uma função f : D → R é contínua se for contínua em todos os pontos
contínua em a se e só se
de D.
lim f (x) = f (a).
x→a
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 217 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 219 / 521
§2.6 Funções contínuas: definição, propriedades e exemplos §2.6 Funções contínuas: definição, propriedades e exemplos
y
Propriedades da continuidade
a) Sejam f, g : D ⊆ R → R duas funções contínuas em a ∈ D. Então
g ◦ f é contínua em a.
Interpretação geométrica do conceito de função contínua num ponto
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 218 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 220 / 521
§2.6 Funções contínuas: definição, propriedades e exemplos §2.6 Funções contínuas: definição, propriedades e exemplos
§2.6 Funções contínuas: definição, propriedades e exemplos §2.6 Funções contínuas: definição, propriedades e exemplos
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 222 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 224 / 521
§2.6 Funções contínuas: definição, propriedades e exemplos §2.7 Propriedades fundamentais das funções contínuas
Propriedade Então para qualquer valor k entre f (a) e f (b), existe um ponto
Sejam f : D ⊆ R → R e a ∈ D. Então f é contínua em a se e só se é c ∈ [a, b] tal que
contínua à esquerda e à direita em a. f (c) = k.
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 225 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 227 / 521
Limites laterais
Assímptotas f (a) b
3 Cálculo diferencial em R a c b x
4 Cálculo integral em R
Interpretação geométrica do Teorema de Bolzano
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 226 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 228 / 521
§2.7 Propriedades fundamentais das funções contínuas §2.7 Propriedades fundamentais das funções contínuas
f : [a, b] → R πx
f (x) = cos − x2
2
uma função contínua tal que
tem (pelo menos) um zero em [0, 1]. Obviamente, esta função é
f (a).f (b) < 0. contínua pois é a composição de funções contínuas. Como
π
Então existe
2 2
f (0)f (1) = cos (0) − 0 cos −1 = 1(−1) = −1,
c ∈]a, b[ 2
tal que pelo (Corolário do) Teorema de Bolzano, f tem de ter pelo menos um
f (c) = 0. zero no intervalo ]0, 1[.
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 229 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 231 / 521
§2.7 Propriedades fundamentais das funções contínuas §2.7 Propriedades fundamentais das funções contínuas
Exemplos (continuação)
Consideremos uma função polinomial
y
f (b) b
p(x) = an xn + an−1 xn−1 + · · · + a1 x + a0 ,
e
se an > 0,
an−1 a1 a0 −∞
lim p(x) = lim xn an + + · · · + n−1 + n =
x→−∞ x→−∞ x x x +∞ se an < 0,
Interpretação geométrica do Corolário do Teorema de Bolzano
existem números reais a e b tais que p(a) < 0 e p(b) > 0. A
continuidade de p implica, pelo Teorema de Bolzano, que p tem de ter
um zero entre a e b. Assim, todos os polinómios de grau ímpar têm
pelo menos um zero (real)!
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 230 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 232 / 521
§2.7 Propriedades fundamentais das funções contínuas §2.7 Propriedades fundamentais das funções contínuas
Como
lim f (x) = lim− x − 1 = 2
Quando x→3− x→3
f (x) > f (a) para todo o x ∈ D, e
e2x−6 −1 e2(x−3) −1
dizemos que f tem um mínimo (absoluto) no ponto a ∈ D ou que lim+ f (x) = lim+ = lim+ 2 = 1 · 2 = 2,
x→3 x→3 x−3 x→3 2(x − 3)
f (a) é um mínimo (absoluto) de f .
temos lim f (x) = 2 = f (3). Assim, f é contínua no ponto x = 3. Além disso,
x→3
Os máximos e mínimos (absolutos) de f dizem-se extremos em [1, 5] \ {3} a função é contínua pois é a composição de funções contínuas.
absolutos de f . Pelo Teorema de Weierstrass, f tem máximo e mínimo absolutos em [1, 5].
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 233 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 235 / 521
Teorema de Weierstrass
Sejam D ⊆ R um conjunto não vazio, fechado e limitado e
1 Funções reais de variável real: generalidades e exemplos
f: D →R
2 Funções reais de variável real: limites e continuidade
f : [a, b] → R
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 234 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 236 / 521
Índice §3.1.1 Definição, interpretação geométrica e primeiros exemplos de derivada
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 237 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 239 / 521
4 Cálculo integral em R
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 238 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 240 / 521
§3.1.1 Definição, interpretação geométrica e primeiros exemplos de derivada §3.1.1 Definição, interpretação geométrica e primeiros exemplos de derivada
O quociente
f (a + h) − f (a)
h
representa o declive da recta que passa pelos pontos Exemplos – função constante
(a, f (a)) e (a + h, f (a + h)) . Seja f : R → R a função definida por
Fazendo h tender para zero, a recta que passa nos pontos f (x) = c,
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 241 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 243 / 521
§3.1.1 Definição, interpretação geométrica e primeiros exemplos de derivada §3.1.1 Definição, interpretação geométrica e primeiros exemplos de derivada
y = f (a) + f ′ (a)(x − a)
Exemplos – função identidade
Consideremos a função f : R → R definida por
f (a
f (a +
+ h)
b
h) b b
f (a + h) b
f (x) = x.
f (a) b
f (x + h) − f (x) x+h−x h
f ′ (x) = lim = lim = lim = lim 1 = 1
h→0 h h→0 h h→0 h h→0
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 242 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 244 / 521
§3.1.1 Definição, interpretação geométrica e primeiros exemplos de derivada §3.1.1 Definição, interpretação geométrica e primeiros exemplos de derivada
f (x) = ex . f (x + h) − f (x)
f ′ (x) = lim
h→0 h
Então sen (x + h) − sen x
= lim
′ f (x + h) − f (x) h→0 h
f (x) = lim x+h−x x+h+x
h→0 h 2 sen cos
ex+h − ex = lim 2 2
= lim h→0 h
h→0 h
sen h/2 2x + h
e h −1 = lim cos
= lim ex h→0 h/2 2
h→0 h = cos x,
= ex .
o que mostra que (sen x)′ = cos x.
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 245 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 247 / 521
§3.1.1 Definição, interpretação geométrica e primeiros exemplos de derivada §3.1.1 Definição, interpretação geométrica e primeiros exemplos de derivada
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 246 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 248 / 521
Índice §3.1.2 Derivadas laterais
2 Funções reais de variável real: limites e continuidade Da+ = {x ∈ D : x > a} = D ∩ ]a, +∞[,
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 249 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 251 / 521
Exemplos
Seja f : R → R a função definida por
Sejam f : D → R e a ∈ D tal que a é ponto de acumulação de
f (x) = |x| .
Da− = {x ∈ D : x < a} = D ∩ ] − ∞, a[.
Então
Diz-se que f é derivável (ou diferenciável) à esquerda em a se
existe e é finito o limite f (x) − f (0) |x| x
fe′ (0) = lim = lim = lim − = lim −1 = −1
x→0− x−0 x→0− x x→0− x x→0−
f (x) − f (a) f (a + h) − f (a)
lim = lim = fe′ (a). e
x→a− x−a h→0− h
f (x) − f (0) |x| x
fd′ (0) = lim = lim = lim = lim 1 = 1,
x→0+ x−0 x→0+ x x→0+ x x→0+
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 250 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 252 / 521
§3.1.2 Derivadas laterais Índice
x sen 1
se x 6= 0, 3 Cálculo diferencial em R
f (x) = x Derivadas, regras de derivação e exemplos
0 se x = 0. Definição, interpretação geométrica e primeiros exemplos de derivada
Derivadas laterais
Esta função não é diferenciável à direita, nem à esquerda do ponto 0, Regras de derivação
Derivada da função composta
pois não existe Derivada da função inversa
x sen (1/x) 1 Tabela de derivadas
lim = lim sen , Derivadas de ordem superior à primeira
x→0 + x x→0 + x Teoremas fundamentais do cálculo diferencial
nem Aplicações do cálculo diferencial
x sen (1/x) 1
lim = lim sen .
x→0 − x x→0 − x 4 Cálculo integral em R
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 253 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 255 / 521
Regras de derivação
Propriedades Sejam f, g : D → R funções deriváveis em a ∈ D e k ∈ R. Então
Se f : D → R é uma função derivável em a ∈ D, então f é contínua
i) f + g é derivável em a e
nesse ponto.
(f + g)′ (a) = f ′ (a) + g′ (a);
ii) kf é derivável em a e
Observação
(kf )′ (a) = kf ′ (a);
O recíproco desta propriedade é falso. A função
iii) f.g é derivável em a e
f :R→R
(f.g)′ (a) = f ′ (a) g(a) + g′ (a) f (a);
dada por f
f (x) = |x| iv) se g(a) 6= 0, é derivável em a e
g
é contínua no ponto 0, mas não é derivável nesse ponto. f ′ f ′ (a) g(a) − g′ (a) f (a)
(a) = .
g g2 (a)
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 254 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 256 / 521
§3.1.3 Regras de derivação §3.1.3 Regras de derivação
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 258 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 260 / 521
§3.1.3 Regras de derivação §3.1.3 Regras de derivação
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 261 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 263 / 521
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 262 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 264 / 521
§3.1.4 Derivada da função composta §3.1.4 Derivada da função composta
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 265 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 267 / 521
Exemplos
100
Seja f : R → R a função definida por f (x) = 2x2 + 5 . Então, Exemplos – função exponencial e função logarítmica
usando a derivada da função composta, temos Para a função exponencial temos
99 ′ x)
′ ′
(ax )′ = eln(a
= ex ln a
f ′ (x) = 100 2x2 + 5 2x2 + 5 = ex ln a ln a = ax ln a.
99
= 100 2x2 + 5
4x Para a função logarítmica usando a igualdade
99
= 400x 2x2 + 5
. loge x = loga x loge a
Consideremos a função g : R → R dada por g(x) = sen (ex +1). A sua temos
(ln x)′
′
ln x 1/x 1
derivada é dada por (loga x) = ′
= = = .
ln a ln a ln a x ln a
g′ (x) = cos (ex +1) (ex +1)′ = cos (ex +1) ex = ex cos (ex +1) .
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 266 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 268 / 521
§3.1.4 Derivada da função composta §3.1.5 Derivada da função inversa
Exemplos
Derivada da função inversa
Se f é uma função real de variável real diferenciável, então
Sejam f uma função diferenciável e injectiva definida num intervalo
h i′
I ⊆ R e a ∈ I. Se
ef (x) = f ′ (x) ef (x) ,
f ′ (a) 6= 0,
então f −1 é diferenciável em b = f (a) e
[sen (f (x))]′ = f ′ (x) cos (f (x))
′ 1 1
e f −1 (b) = = .
′ ′ f ′ (f −1 (b)) f ′ (a)
[cos (f (x))] = −f (x) sen (f (x)) .
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 269 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 271 / 521
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 270 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 272 / 521
§3.1.5 Derivada da função inversa §3.1.5 Derivada da função inversa
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 273 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 275 / 521
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 274 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 276 / 521
§3.1.5 Derivada da função inversa §3.1.6 Tabela de derivadas
Tabela de derivadas
[αu(x)]′ = α u′ (x), α ∈ R [u(x) + v(x)]′ = u′ (x) + v ′ (x)
Exemplos – arco cotangente ′
u′ (x) v(x) − u(x) v ′ (x)
u(x)
Do mesmo modo tem-se ′
[u(x) v(x)] = u (x) v(x) + u(x) v (x)
′ ′
= 2
v(x) [v(x)]
1
(arc cotg x)′ = − . i′ u′ (x)
1 + x2
hp
[(u(x))α ] = α u′ (x) [u(x)]α−1 , α ∈ R
′
u(x) = p
2 u(x)
u(x) ′ u′ (x)
e = u′ (x) eu(x) [ln (u(x))] =
′
u(x)
u(x) ′ u′ (x)
= u′ (x)au(x) ln a [loga (u(x))] =
′
a
u(x) ln a
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 277 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 279 / 521
3 Cálculo diferencial em R
Derivadas, regras de derivação e exemplos u′ (x) u′ (x)
[tg (u(x))] =
′
[cotg (u(x))] = −
′
Definição, interpretação geométrica e primeiros exemplos de derivada cos2 [u(x)] sen2 [u(x)]
Derivadas laterais
Regras de derivação
Derivada da função composta u′ (x) u′ (x)
Derivada da função inversa [arc sen (u(x))]′ = q [arc cos (u(x))]′ = − q
2 2
Tabela de derivadas 1 − [u(x)] 1 − [u(x)]
Derivadas de ordem superior à primeira
Teoremas fundamentais do cálculo diferencial u′ (x) u′ (x)
[arc tg (u(x))] =
′
[arc cotg (u(x))] = −
′
Aplicações do cálculo diferencial 2 2
1 + [u(x)] 1 + [u(x)]
4 Cálculo integral em R
[senh (u(x))] = u′ (x) cosh [u(x)]
′
[cosh (u(x))] = u′ (x) senh [u(x)]
′
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 278 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 280 / 521
Índice §3.1.7 Derivadas de ordem superior à primeira
4 Cálculo integral em R
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 281 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 283 / 521
§3.1.7 Derivadas de ordem superior à primeira §3.1.7 Derivadas de ordem superior à primeira
f ∈ C ∞ (D).
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 282 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 284 / 521
§3.1.7 Derivadas de ordem superior à primeira §3.1.7 Derivadas de ordem superior à primeira
Exemplos
a) A função f : R → R definida por
f (x) = ex
m−n
m (m − 1) . . . (m − (n − 1)) x se n < m;
f (n) (x) = m! se n = m;
temos
0 se n > m. f (n) (x) = ex .
é de classe C ∞ .
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 285 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 287 / 521
§3.1.7 Derivadas de ordem superior à primeira §3.1.7 Derivadas de ordem superior à primeira
Exemplos (continuação)
Exemplos (continuação)
b) Se
p, q : R → R d) A função seno é uma função de classe C ∞ . De facto, fazendo
D = {x ∈ R : q(x) 6= 0} temos
cos x se n = 4k − 3, k ∈ N;
tem-se que a função f : D → R definida por
− sen x
se n = 4k − 2, k ∈ N;
f (n) (x) =
p(x) − cos x se n = 4k − 1, k ∈ N;
f (x) =
q(x) sen x
se n = 4k, k ∈ N;
e, portanto, o que mostra que a função seno pertence a C ∞ (R).
∞
f ∈ C (D).
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 286 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 288 / 521
§3.1.7 Derivadas de ordem superior à primeira §3.1.7 Derivadas de ordem superior à primeira
Exemplos (continuação)
f ) (continuação) Vimos que
Exemplos (continuação)
2x sen 1 − cos 1
e) Do mesmo modo, a função coseno é uma função de classe C ∞. De ′ se x 6= 0;
f1 (x) = x x
facto, se
0 se x = 0.
f (x) = cos x,
Como não existe
temos 1
− sen x se n = 4k − 3, k ∈ N; lim cos ,
x
x→0
− cos x
se n = 4k − 2, k ∈ N;
f (n) (x) = a função f1′ não é contínua. Assim, f1 é diferenciável, mas não é de
sen x se n = 4k − 1, k ∈ N; classe C 1 . Mais geral, a função fk : R → R definida por
cos x se n = 4k, k ∈ N.
x2k sen 1
se x 6= 0;
fk (x) = x
0 se x = 0;
§3.1.7 Derivadas de ordem superior à primeira §3.1.7 Derivadas de ordem superior à primeira
f1′ (x) = x x onde f (0) = f e g(0) = g. Esta igualdade é conhecida por fórmula
0 se x = 0. de Leibnitz.
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 290 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 292 / 521
Índice §3.2.1 Teorema de Rolle
Teorema de Rolle
1 Funções reais de variável real: generalidades e exemplos
Sejam a e b números reais tais que a < b e seja
2 Funções reais de variável real: limites e continuidade
f : [a, b] → R
3 Cálculo diferencial em R
Derivadas, regras de derivação e exemplos uma função contínua em [a, b] e diferenciável em ]a, b[. Se
Teoremas fundamentais do cálculo diferencial
Teorema de Rolle
Teorema do valor médio de Lagrange f (a) = f (b),
Teorema de Taylor
Aplicações do cálculo diferencial então existe
c ∈ ]a, b[
4 Cálculo integral em R
tal que
f ′ (c) = 0.
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 293 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 295 / 521
3 Cálculo diferencial em R b
Teorema de Taylor b
4 Cálculo integral em R
x
a c c′ b
Interpretação geométrica do Teorema de Rolle
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 294 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 296 / 521
§3.2.1 Teorema de Rolle §3.2.1 Teorema de Rolle
Sejam I um intervalo e
f: I →R Assim,
ex = 3x
tem exactamente duas soluções. Para isso consideremos a função f : R → R 2 Funções reais de variável real: limites e continuidade
definida por
f (x) = ex −3x. 3 Cálculo diferencial em R
Derivadas, regras de derivação e exemplos
A função f é contínua pois é a diferença de duas funções contínuas. Como Teoremas fundamentais do cálculo diferencial
f (0) = e0 −3 · 0 = 1 > 0 e f (1) = e1 −3 · 1 = e −3 < 0, Teorema de Rolle
Teorema do valor médio de Lagrange
o Teorema de Bolzano permite-nos concluir que f tem pelo menos um zero em Teorema de Taylor
]0, 1[. Por outro lado, como Aplicações do cálculo diferencial
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 298 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 300 / 521
§3.2.2 Teorema do valor médio de Lagrange §3.2.2 Teorema do valor médio de Lagrange
§3.2.2 Teorema do valor médio de Lagrange §3.2.2 Teorema do valor médio de Lagrange
tem-se
1 √ 1
< 101 − 10 < ,
x 22 20
a c b
ou seja,
1 √ 1
Interpretação geométrica do Teorema de Lagrange 10 + < 101 < 10 + .
22 20
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 302 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 304 / 521
§3.2.2 Teorema do valor médio de Lagrange §3.2.2 Teorema do valor médio de Lagrange
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 305 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 307 / 521
Exemplos
A
1) Seja f a função exponencial. Atendendo a que f (n) (x) = ex para cada
n ∈ N e, portanto, f (n) (0) = e0 = 1, o polinómio de Mac-Laurin de grau n
f ′′ (a) f (n) (a)
pn (x) = f (a) + f ′ (a) (x − a) + (x − a)2 + · · · + (x − a)n é dado por
2! n!
f ′′ (0) 2 f (n−1) (0) n−1 f (n) (0) n
pn (x) = f (0) + f ′ (0) x + x + ···+ x + x
chamamos polinómio de Taylor de grau n da função f em torno de 2! (n − 1)! n!
x=aea x2 xn−1 xn
= 1+x+ + ··· + +
f (n+1) (c) 2! (n − 1)! n!
Rn (x) = (x − a)n+1
(n + 1)!
e, por conseguinte, temos a seguinte aproximação linear
resto de Lagrange de ordem n da função f em torno de x = a.
ex ≈ 1 + x
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 310 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 312 / 521
§3.2.3 Teorema de Taylor Índice
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 313 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 315 / 521
Exemplos (continuação)
1 Funções reais de variável real: generalidades e exemplos
3) Se f é a função coseno, então
2 Funções reais de variável real: limites e continuidade
(−1)k
(
(n) se n = 2k, k ∈ N;
f (0) =
0 se n = 2k − 1, k ∈ N; 3 Cálculo diferencial em R
Derivadas, regras de derivação e exemplos
Teoremas fundamentais do cálculo diferencial
e, consequentemente, Aplicações do cálculo diferencial
Regra de Cauchy
x2 x4 x2n Monotonia e extremos locais
cos x = 1 − + + · · · + (−1)n + R2n (x) Convexidade e pontos de inflexão
2! 4! (2n)! Estudo e esboço do gráfico de uma função
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 314 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 316 / 521
§3.3.1 Regra de Cauchy §3.3.1 Regra de Cauchy
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 317 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 319 / 521
Observações Observação
a) O resultado continua válido se substituirmos O resultado continua válido se substituirmos
lim lim
x→a+ x→+∞
por por
lim− . lim ,
x→b x→−∞
b) O resultado também é válido quando calculamos o limite em pontos sendo neste caso o domínio das funções um intervalo do tipo ] − ∞, a[.
interiores do domínio das funções.
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 318 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 320 / 521
§3.3.1 Regra de Cauchy §3.3.1 Regra de Cauchy
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 321 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 323 / 521
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 322 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 324 / 521
§3.3.1 Regra de Cauchy §3.3.1 Regra de Cauchy
podemos usar a regra de Cauchy e temos podemos aplicar a regra de Cauchy. Assim,
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 325 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 327 / 521
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 326 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 328 / 521
§3.3.1 Regra de Cauchy Índice
Neste caso temos uma indeterminação do tipo 00 . Atendendo a que 3 Cálculo diferencial em R
x
Derivadas, regras de derivação e exemplos
lim (sen x)x = lim eln[(sen x) ]
= lim ex ln(sen x) , Teoremas fundamentais do cálculo diferencial
x→0+ x→0+ x→0+ Aplicações do cálculo diferencial
Regra de Cauchy
basta calcular lim x ln (sen x). Como Monotonia e extremos locais
x→0+ Convexidade e pontos de inflexão
Estudo e esboço do gráfico de uma função
ln (sen x) ∞
lim+ x ln (sen x) = lim+ = ,
x→0 x→0 1 ∞ 4 Cálculo integral em R
x
podemos aplicar a regra de Cauchy.
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 329 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 331 / 521
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 330 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 332 / 521
§3.3.2 Monotonia e extremos locais §3.3.2 Monotonia e extremos locais
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 333 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 335 / 521
Teorema de Fermat
Seja
b
b
b
f: D ⊆R→R
uma função diferenciável num ponto a interior a D. Se f (a) é um
b
x
extremo local de f , então
x0 x1 x2 x3 x4 x5 f ′ (a) = 0.
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 334 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 336 / 521
§3.3.2 Monotonia e extremos locais §3.3.2 Monotonia e extremos locais
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 337 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 339 / 521
Exemplo
Sejam I um intervalo de R e
Uma bateria de voltagem fixa V e resistência interna fixa r está ligada
f :I→R a um circuito de resistência variável R. Pela lei de Ohm, a corrente I
no circuito é
V
uma função m vezes diferenciável, m > 1, num ponto a interior ao I= .
intervalo I. Suponhamos que R+r
Se a potência resultante é dada por P = I 2 R, mostre que a potência
′ (m−1) (m)
f (a) = · · · = f (a) = 0 e f (a) 6= 0. máxima ocorre se R = r.
Então 2
V V 2R
i) se m é ímpar, f não tem qualquer extremo local no ponto a; De P = I 2 R, temos P = R= . Assim, o que temos
R+r (R + r)2
ii) se m é par, f tem em a um ponto de máximo local ou um ponto de de fazer é calcular os extremos locais da função
mínimo local, consoante
V 2R
P (R) = .
f (m) (a) < 0 ou f (m) (a) > 0. (R + r)2
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 338 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 340 / 521
§3.3.2 Monotonia e extremos locais Índice
Exemplo (continuação)
V 2R 1 Funções reais de variável real: generalidades e exemplos
Derivando a função P (R) = temos
(R + r)2
2 Funções reais de variável real: limites e continuidade
2 (R 2 2R
V + r) − 2 (R + r) V
P ′ (R) = 3 Cálculo diferencial em R
(R + r)4 Derivadas, regras de derivação e exemplos
Teoremas fundamentais do cálculo diferencial
V 2 (R + r) − 2V 2 R Aplicações do cálculo diferencial
=
(R + r)3 Regra de Cauchy
Monotonia e extremos locais
V 2r − V 2R Convexidade e pontos de inflexão
= Estudo e esboço do gráfico de uma função
(R + r)3
V 2 (r − R) 4 Cálculo integral em R
=
(R + r)3
e, portanto,
P ′ (R) = 0 ⇔ R = r.
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 341 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 343 / 521
Exemplo (continuação) b
(b, f (b))
que
V 2 (r − R)
P ′ (R) = ,
(R + r)3
função convexa
podemos fazer o seguinte quadro
Sejam I um intervalo de R e f : I → R uma função. Dizemos que f é
R r convexa ou que tem a concavidade voltada para cima em I se
P ′ (R) + 0 − para quaisquer a, b ∈ I, com a < b, o gráfico de f em [a, b] está abaixo
da secante que une os ponto (a, f (a)) e (b, f (b)), isto é,
P (R) ր M ց
f (b) − f (a)
f (x) 6 f (a) + (x − a)
b−a
para qualquer x ∈ [a, b].
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 342 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 344 / 521
§3.3.3 Convexidade e pontos de inflexão §3.3.3 Convexidade e pontos de inflexão
b
(b, f (b))
(a, f (a)) b
Sejam I um intervalo de R e f : I → R uma função diferenciável.
Então as seguintes afirmações são equivalentes:
a) f é convexa;
função côncava b) a derivada de f é monótona crescente;
c) para quaisquer a, x ∈ I temos
A função f diz-se côncava ou que tem a concavidade voltada para
baixo em I se para quaisquer a, b ∈ I, com a < b, o gráfico de f em f (x) > f (a) + f ′ (a) (x − a) ,
[a, b] está acima da secante que une os ponto (a, f (a)) e (b, f (b)), isto é,
ou seja, o gráfico de f está acima das suas rectas tangentes.
f (b) − f (a)
f (x) > f (a) + (x − a)
b−a
para qualquer x ∈ [a, b].
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 345 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 347 / 521
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 346 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 348 / 521
§3.3.3 Convexidade e pontos de inflexão §3.3.3 Convexidade e pontos de inflexão
para qualquer x ∈ I.
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 349 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 351 / 521
b
b
b
b
Função côncava x
a0 a1 a2
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 353 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 355 / 521
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 354 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 356 / 521
§3.3.4 Estudo e esboço do gráfico de uma função §3.3.4 Estudo e esboço do gráfico de uma função
(x2 )′ (x − 1) − x2 (x − 1)′
h i′
′ 2 2
x2 − 2x (x − 1) − (x − 1) x2 − 2x
!′
′
f (x) = x − 2x
2
(x − 1)2 f ′′ (x) = 2 = 4
(x − 1) (x − 1)
2x (x − 1) − x2
= 2
(2x − 2) (x − 1) − 2 (x − 1) x − 2x
2 2
2 (x − 1) − 2 x2 − 2x
(x − 1)2 = 4 = 3
(x − 1) (x − 1)
2x2 − 2x − x2
= 2x2 − 4x + 2 − 2x2 + 4x 2
(x − 1)2 = 3 =
(x − 1) (x − 1)3
x2 − 2x
= e, portanto, f não tem pontos de inflexão já que a segunda derivada não tem
(x − 1)2
zeros.
x(x − 2)
= .
(x − 1)2
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 357 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 359 / 521
§3.3.4 Estudo e esboço do gráfico de uma função §3.3.4 Estudo e esboço do gráfico de uma função
x 0 1 2 o que nos permite concluir que f tem a concavidade voltada para baixo
em ] − ∞, 1[ e tem a concavidade voltada para cima em ]1, +∞[.
f ′ (x) + 0 − ND − 0 +
f (x) ր M ց ND ց m ր
f (x) x2 x2 1
lim = lim 2 = lim 2 = lim =1
x→+∞ x x→+∞ x − x x→+∞ x (1 − 1/x) x→+∞ 1 − 1/x
4
e
x2 x2 − x2 + x
lim f (x) − x = lim − x = lim
x→+∞ x→+∞ x − 1 x→+∞ x−1
x 1 1
= lim = lim =1
x→+∞ x(1 − 1/x) x→+∞ 1 − 1/x −1
1 2
a recta de equação y = x + 1 é uma assímptota não vertical à direita do
gráfico de f . Do mesmo modo se conclui que esta recta também é
assímptota não vertical à esquerda do gráfico de f .
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 361 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 363 / 521
de f .
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 362 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 364 / 521
Índice §4.1 Integral de Riemann: definição, propriedades e exemplos
Seja
1 Funções reais de variável real: generalidades e exemplos
f : [a, b] → R
2 Funções reais de variável real: limites e continuidade uma função limitada. Para cada partição
3 Cálculo diferencial em R P = {x0 , x1 , . . . , xn−1 , xn }
4 Cálculo integral em R
Integral de Riemann: definição, propriedades e exemplos
de [a, b], usa-se a notação
Teorema Fundamental do Cálculo
Primitivas imediatas mi = mi (f, P ) = inf {f (x) : x ∈ [xi−1 , xi ]}
Aplicações do Cálculo Integral
Técnicas de primitivação e de integração
Integrais impróprios e
Mi = Mi (f, P ) = sup {f (x) : x ∈ [xi−1 , xi ]} ,
i = 1, . . . , n.
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 365 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 367 / 521
§4.1 Integral de Riemann: definição, propriedades e exemplos §4.1 Integral de Riemann: definição, propriedades e exemplos
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 366 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 368 / 521
§4.1 Integral de Riemann: definição, propriedades e exemplos §4.1 Integral de Riemann: definição, propriedades e exemplos
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 369 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 371 / 521
§4.1 Integral de Riemann: definição, propriedades e exemplos §4.1 Integral de Riemann: definição, propriedades e exemplos
y
Exemplos de somas superiores e de somas inferiores (continuação)
b) Seja f : [0, 1] → R a função definida por
b
(
0 se x ∈ [0, 1] ∩ Q,
b f (x) =
1 se x ∈ [0, 1] ∩ (R \ Q) .
x mi (f, P ) = 0 e Mi (f, P ) = 1,
a x1 x2 x3 x4 x5 x6 x7 b
q q
x0 x8
temos que
Interpretação geométrica das somas superiores s(f, P ) = 0 e S(f, P ) = 1.
de uma função f : [a, b] → R
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 370 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 372 / 521
§4.1 Integral de Riemann: definição, propriedades e exemplos §4.1 Integral de Riemann: definição, propriedades e exemplos
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 373 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 375 / 521
§4.1 Integral de Riemann: definição, propriedades e exemplos §4.1 Integral de Riemann: definição, propriedades e exemplos
e b) Se λ é um número real e
c (b − a) f : [a, b] → R
é o único número real que verifica as estas desigualdades. Logo f é
é uma função integrável em [a, b], então λ f é integrável em [a, b] e
integrável à Riemann em [a, b] e
Z b
Z b Z b
f (x) dx = c (b − a). λ f (x) dx = λ f (x) dx.
a a a
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 374 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 376 / 521
§4.1 Integral de Riemann: definição, propriedades e exemplos Índice
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 377 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 379 / 521
§4.1 Integral de Riemann: definição, propriedades e exemplos §4.2 Teorema Fundamental do Cálculo
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 378 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 380 / 521
§4.2 Teorema Fundamental do Cálculo §4.2 Teorema Fundamental do Cálculo
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 381 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 383 / 521
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 382 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 384 / 521
§4.2 Teorema Fundamental do Cálculo §4.2 Teorema Fundamental do Cálculo
Exemplos
Exemplos (continuação)
a) Calculemos
Z 1 d) Z 2 1
Z 2
2
x dx. dx = x−3 dx
0 1 x3 1
#2
Pelo que vimos anteriormente, para calcularmos o integral dado,
"
x−2
basta descobrir uma função cuja derivada seja a função =
−2 1
f (x) = x2 .
1
2
= − 2
Como a derivada da função dada por 2x 1
x3 1 1
F (x) = , =− 2
− −
3 2.2 2 . 12
é a função f , temos 1 1
=− +
#1 8 2
1 13 03
"
x3 1 3
Z
2
x dx = = − = . =
0 3 0
3 3 3 8
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 385 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 387 / 521
Exemplos (continuação)
f) √
3 √
3 √
3 Sejam I um intervalo e
2 x2 1 2 x2 1 2 x2
Z Z Z
dx = dx = dx f :I→R
4+x 6 4 6
1 + x /4 4 1 + (x3 /2)2
0 0 0
uma função. Chama-se primitiva de f em I a toda a função
√
3 #√
3
2
3x2 /2
2
"
12 1 x3
Z
= dx = arc tg F :I→R
43 0 1 + (x3 /2)2 6 2 0
√ tal que
( 3 2)3 03
" #
1 F ′ (x) = f (x) para qualquer x ∈ I.
= arc tg − arc tg
6 2 2
1
= [arc tg 1 − arc tg 0] Diz-se que f é primitivável em I quando f possui pelo menos uma
6
primitiva.
1 π π
= −0 =
6 4 24
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 389 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 391 / 521
Exemplos
a) Uma primitiva da função f : R → R dada por
1 Funções reais de variável real: generalidades e exemplos
f (x) = x
2 Funções reais de variável real: limites e continuidade
3 Cálculo diferencial em R
é a função F : R → R definida por
Cálculo integral em R
x2
4 F (x) = .
Integral de Riemann: definição, propriedades e exemplos 2
Teorema Fundamental do Cálculo
Primitivas imediatas b) Dum modo mais geral, dado n ∈ N, uma primitiva da função
Aplicações do Cálculo Integral f : R → R definida por
Técnicas de primitivação e de integração
Integrais impróprios f (x) = xn
é a função F : R → R definida por
xn+1
F (x) = .
n+1
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 390 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 392 / 521
§4.3 Primitivas imediatas §4.3 Primitivas imediatas
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 393 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 395 / 521
O conjunto das primitivas de uma função f : I → R representa-se por Nem todas as funções são primitiváveis. Por exemplo, a função
f : R → R definida por
Z
f (x) dx.
(
Tendo em conta o que vimos anteriormente, se F : I → R é uma primitiva de 1 se x > 0,
f (x) =
f temos Z 0 se x < 0,
f (x) dx = {F (x) + c : c ∈ R} .
não é primitivável em R, pois se F fosse uma primitiva de f , a
Por uma questão de simplicidade de escrita escrevemos apenas restrição de F ao intervalo ]0, +∞[ seria uma função da forma x + c e a
Z
restrição de F ao intervalo ] − ∞, 0[ seria da forma d. Assim a restrição
f (x) dx = F (x) + c.
de F a R \ {0} seria
Assim, (
Z
x2 x+c se x > 0;
x dx = +c F (x) =
2 d se x < 0;
e de um modo mais geral
e independentemente do valor que se dê a F (0), a função F não é
xn+1
Z
xn dx = + c. derivável em x = 0, o que contradiz o facto de F ser uma primitiva de
n+1
f.
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 394 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 396 / 521
§4.3 Primitivas imediatas §4.3 Primitivas imediatas
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 397 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 399 / 521
1 u′ (x)
Z Z
Por uma questão de simplicidade passamos a representar todas as dx = tg x + c dx = tg [u(x)] + c
cos2 x cos2 [u(x)]
funções da forma (
ln x + c1 se x > 0; 1 u′ (x)
Z Z
dx = − cotg x + c dx = − cotg [u(x)] + c
ln (−x) + c2 se x < 0. sen2 x sen2 [u(x)]
por
Z Z
senh x dx = cosh x + c u′ (x) senh [u(x)] dx = cosh [u(x)]+c
ln |x| + c,
ou seja,
Z Z
cosh x dx = senh x + c u′ (x) cosh [u(x)] dx = senh [u(x)]+c
1
Z
dx = ln |x| + c.
x Z
u′ (x) u(x)
1 x
Z
√ dx = arc sen + c q dx = arc sen +c
a 2 a
2
a −x 2 a2 − [u(x)]
O que foi feito para esta função será feito relativamente a todas as
funções cujo domínio é a reunião de dois ou mais intervalos e o fecho de 1 1 u′ (x) 1 u(x)
Z
x
Z
dx = arc tg + c dx = arc tg +c
cada um desses intervalos não intersecta o(s) outro(s) intervalo(s). a2 + x2 a a a2 + [u(x)] 2 a a
a ∈ ]0, +∞[
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 398 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 400 / 521
Índice §4.4.1 Áreas de regiões planas
Seja f : [a, b] → R uma função integrável tal que f (x) > 0 para
1 Funções reais de variável real: generalidades e exemplos
qualquer x ∈ [a, b].
2 Funções reais de variável real: limites e continuidade
y
3 Cálculo diferencial em R
f (x) b
4 Cálculo integral em R
Integral de Riemann: definição, propriedades e exemplos
b
Teorema Fundamental do Cálculo
Primitivas imediatas
Aplicações do Cálculo Integral
Áreas de regiões planas Z b
Volume e área de superfície de um sólido de revolução
Comprimento de curvas planas A= f (x) dx
Técnicas de primitivação e de integração a
Integrais impróprios
x
a b
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 401 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 403 / 521
Integrais impróprios
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 402 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 404 / 521
§4.4.1 Áreas de regiões planas §4.4.1 Áreas de regiões planas
Seja f : [a, b] → R uma função integrável tal que existe c ∈]a, b[ tal que Sejam f, g : [a, b] → R funções integráveis tais que existe c ∈]a, b[ tal
f (x) > 0 para qualquer x ∈ [a, c] e f (x) 6 0 para qualquer x ∈ [c, b]. que f (x) > g(x) para qualquer x ∈ [a, c] e f (x) 6 g(x) para qualquer
y x ∈ [c, b].
y
f (x)
b g(x)
c b b b
x
a b
x
a c b
Z c Z b Z c Z b
A= f (x) dx − f (x) dx A= f (x) − g(x) dx + g(x) − f (x) dx
a c a c
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 405 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 407 / 521
2 b A= 2 − x − x dx 4 b
x2 x3
2
0 = + 2x −
Z 1 2 3 −1
= 2 − 2x dx 22 23
0 = + 2.2−
1 b h i1 2 3
= 2x − x2
(−1)2 (−1)3
0 − + 2(−1) −
y =x+2 b
1
y = 2−x
= 2 . 1 − 12 − (2 . 0 − 02 ) 2 3
8 1 1
b
1 x = 1. -1 2 x = 2+4− − +2−
3 2 3
9
= .
2
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 409 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 411 / 521
Exemplos do cálculo da área de figuras planas (continuação) Exemplos do cálculo da área de figuras planas (continuação)
b) Calculemos a área da região plana limitada pela recta de equação c) Calculemos a área da região plana limitada pelas rectas de equação
y =x+2 x
y = 2x, y= e y = −x + 3.
2
e pela parábola de equação
y = x2 . A região do plano de que queremos calcular a área é um triângulo pois é
limitada por três rectas. Calculemos os seus vértices.
Comecemos por calcular os pontos de intersecção das duas curvas:
y = 2x x/2 = 2x x = 4x −3x = 0 x=0
( ( ( ⇔ ⇔ ⇔ ⇔
y =x+2 x2 = x + 2 x2 − x − 2 = 0 y = x/2 —— —— —— y=0
⇔ ⇔
y = x2 —— —— y = 2x −x + 3 = 2x −3x = −3 x=1
⇔ ⇔ ⇔
y = −x + 3 —— —— y=2
Como
√
y = x/2 −x + 3 = x/2
−2x + 6 = x
−3x = −6 x=2
1± 1+8 1±3 ⇔ ⇔ ⇔ ⇔
x2 − x − 2 = 0 ⇔ x = ⇔x= ⇔ x = 2 ∨ x = −1, y = −x + 3 —— —— —— y=1
2 2
os pontos de intersecção são (2, 4) e (−1, 1). Assim, os vértices do triângulo são (0, 0), (1, 2) e (2, 1).
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 410 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 412 / 521
§4.4.1 Áreas de regiões planas §4.4.2 Volume e área de superfície de um sólido de revolução
Exemplos do cálculo da área de figuras planas (continuação) Seja f : [a, b] → R uma função contínua.
y
y = f (x)
c) (continuação) Representemos geometricamente o triângulo e calculemos a b
sua área.
Z 1 Z 2 b
x x
A = 2x − dx + −x + 3 − dx
0
2 1
2
y 1 2 a b x
y = 2x 3x 3x
Z Z
y = −x + 3 = dx + − + 3 dx
0
2 1
2
1 2 2
3 3
Z Z Z
x = x dx − x dx + 3 1 dx
2 b
y= 2 2
2 0 1 1
3 3
i1 i2
x2 x2
h h
2
= − +3 x 1
2 2 2 1 O volume do sólido de revolução que se obtém rodando em torno do
2 0
1 b
Primitivas imediatas
Aplicações do Cálculo Integral
Áreas de regiões planas b
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 414 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 416 / 521
§4.4.2 Volume e área de superfície de um sólido de revolução §4.4.2 Volume e área de superfície de um sólido de revolução
2πr p h2 02
p
= 2 h2 + r 2 − = πr h2 + r 2
r h 2 2
É óbvio que a equação do segmento é y = x com x ∈ [0, h]
h
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 417 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 419 / 521
§4.4.2 Volume e área de superfície de um sólido de revolução §4.4.2 Volume e área de superfície de um sólido de revolução
πr2 h 2
Z
= 2 x dx
h 0
h
πr2 x3
= 2
h 3 0
πr2 h3 03
= 2 −
h 3 3 1 b
πr2 h 1 2 x
=
3
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 418 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 420 / 521
§4.4.2 Volume e área de superfície de um sólido de revolução Índice
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 421 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 423 / 521
§4.4.2 Volume e área de superfície de um sólido de revolução §4.4.3 Comprimento de curvas planas
Z 2 q Z 2 q
AS = 2π f (x) 1 + [f ′ (x)]2 dx = 2π x3 1 + (3x2 )2 dx b
1 1
2
2 3/2
π 1/2 π 1 + 9x4
Z
36x3 1 + 9x4
= dx =
18 1 18 3/2
1
a b x
4 3/2 4 3/2
!
1+9·2 1+9·1
π
= −
18 3/2 3/2 O comprimento do gráfico de f é dado por
1453/2 − 103/2
!
π π √ √ Z bq
= = 145 145 − 10 10 . ℓ= 1 + [f ′ (x)]2 dx .
18 3/2 27 a
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 422 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 424 / 521
§4.4.3 Comprimento de curvas planas §4.4.3 Comprimento de curvas planas
x 1 3 x
1
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 425 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 427 / 521
Cálculo do comprimento de curvas planas (continuação) Cálculo do comprimento de curvas planas (continuação)
a) (continuação) Como b) (continuação) Então
3/2
′ 3 3√
x = x1/2 = x,
v " ′ #2
2 2
u
3 3
x3 1
Z q Z u
2
ℓ= 1 + [f ′ (x)] dx = t1 + + dx
temos 1 1 6 2x
Z 1q Z 1q √ 2 s
1 + (f ′ (x))2 dx = 3 2 3
r
ℓ= 1 + 3 x/2 dx x2 1 x4 1 1
Z Z
0 0 = 1+ − 2 dx = 1+ − + 4 dx
1 2 2x 1 4 2 4x
Z 1q 4
Z 1 9
= 1 + 9x/4 dx = (1 + 9x/4)1/2 dx
s
3
r 2 3
x4 1 1 x2 1
9 4
Z Z
0 0 = + + 4 dx = + 2 dx
#1 1 4 2 4x 1 2 2x
(1 + 9x/4)3/2 4 2 13 3/2 2 3/2
" !
4
= = − 1 Z 3 2
x 1
x3 1
3
9 3/2 9 3 4 3 = + 2 dx = −
0 1 2 2x 6 2x 1
√ ! √
4 2 13 13 2 13 13 8 3 3
1 1
3
1
9 1 1 1 14
= √ − = − . = − − − = − − + = .
9 3 4 4 3 27 27 6 2·3 6 2·1 2 6 6 2 3
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 426 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 428 / 521
Índice §4.5.1 Primitivação e integração por partes
Sejam I um intervalo e
f, g : I → R
1 Funções reais de variável real: generalidades e exemplos
duas funções diferenciáveis em I. Como
2 Funções reais de variável real: limites e continuidade
[f (x) g(x)]′ = f ′ (x) g(x) + f (x) g′ (x)
3 Cálculo diferencial em R
tem-se
4 Cálculo integral em R
Integral de Riemann: definição, propriedades e exemplos f ′ (x) g(x) = [f (x) g(x)]′ − f (x) g′ (x).
Teorema Fundamental do Cálculo
Primitivas imediatas Assim, f ′ g é primitivável se e só se f g′ o é e
Aplicações do Cálculo Integral Z Z Z
Técnicas de primitivação e de integração
Primitivação e integração por partes f ′ (x) g(x) dx = [f (x) g(x)]′ dx − f (x) g′ (x) dx,
Primitivação e integração por substituição
Primitivação e integração de funções racionais
Integrais impróprios
ou seja,
Z Z
f ′ (x) g(x) dx = f (x) g(x) − f (x) g′ (x) dx
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 430 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 432 / 521
§4.5.1 Primitivação e integração por partes §4.5.1 Primitivação e integração por partes
§4.5.1 Primitivação e integração por partes §4.5.1 Primitivação e integração por partes
Exemplos de primitivação por partes (continuação) Exemplos de primitivação por partes (continuação)
c) Vejamos como primitivar a função arc tg x: e) Primitivando por partes a função sen2 x temos
Z Z Z Z
arc tg x dx = 1 · arc tg x dx 2
sen x dx = sen x sen x dx
Z Z
= x arc tg x − x (arc tg x)′ dx = − cos x sen x − − cos x (sen x)′ dx
1
Z Z
= x arc tg x − x dx = − cos x sen x − − cos x cos x dx
1 + x2
x
Z Z
= x arc tg x − dx = − sen x cos x + cos2 x dx
1 + x2
1 2x
Z Z
= x arc tg x − dx = − sen x cos x + 1 − sen2 x dx
2 1 + x2
1
Z
sen2 x dx.
= x arc tg x − ln 1 + x2 + c = − sen x cos x + x −
2
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 434 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 436 / 521
§4.5.1 Primitivação e integração por partes §4.5.1 Primitivação e integração por partes
e, portanto, e, portanto,
sen x cos x x
I=− + .
2 2 Z
ex
ex sen x dx = (sen x − cos x) + c.
Assim, 2
sen x cos x x
Z
sen2 x dx = − + + c.
2 2
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 437 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 439 / 521
§4.5.1 Primitivação e integração por partes §4.5.1 Primitivação e integração por partes
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 438 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 440 / 521
§4.5.1 Primitivação e integração por partes §4.5.1 Primitivação e integração por partes
= e − (e −1) h i2
= 2 e2 − e0
= 2 ex = 2 e2 −2
0
= 1.
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 441 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 443 / 521
§4.5.1 Primitivação e integração por partes §4.5.1 Primitivação e integração por partes
Exemplos de integração por partes (continuação) Exemplos de integração por partes (continuação)
b) Z π Z π Z π/2
x cos x dx = (cos x) x dx d) Calculemos cos x ex dx:
0 0 0
h iπ Z π
= (sen x) x − (sen x) x′ dx π/2 π/2
Z Z
x
π/2
cos x e dx = sen x ex 0 sen x (ex ) dx
′
0 0 −
0 0
Z π Z π/2
= (sen π) π − (sen 0) 0 − sen x dx π π/2
= sen e − sen 0 e0 − sen x ex dx
0 2 0
π
Z " Z π/2 #
π/2
= − sen x dx = eπ/2 − − cos x ex 0 − − cos x (ex )′ dx
0 0
h iπ Z π/2
= cos x
h π i
0 = eπ/2 − − cos eπ/2 − − cos 0 e0 − cos x ex dx
2 0
= cos π − cos 0 Z π/2
= eπ/2 −1 − cos x ex dx.
= −1 − 1 = −2. 0
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 442 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 444 / 521
§4.5.1 Primitivação e integração por partes §4.5.2 Primitivação e integração por substituição
dx = ϕ′ (t)dt.
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 445 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 447 / 521
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 446 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 448 / 521
§4.5.2 Primitivação e integração por substituição §4.5.2 Primitivação e integração por substituição
§4.5.2 Primitivação e integração por substituição §4.5.2 Primitivação e integração por substituição
Exemplos de primitivação por substituição (continuação) Exemplos de primitivação por substituição (continuação)
a) (continuação) Assim,
Z p Z b) (continuação) Assim,
2 2
a2 − x2 dx =a cos t dt
1 1
Z Z
√ dx = √ cos t dt
2 sen t cos t t 2 x2 1 − x2 sen2 t 1 − sen2 t
=a +a +c
2 2
e atendendo a que 1
Z
= cos t dt
x = a sen t, sen2 t cos t
1
Z
resulta = dt
x sen2 t
t = arc sen
a
= − cotg t + c
o que dá
ax x a2 x = − cotg(arc sen x) + c
Z p
a2 − x2 dx = cos arc sen + arc sen + c √
2 a 2 a
2 1 − x2
x p 2 a x =− +c
= a − x2 + arc sen + c x
2 2 a
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 450 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 452 / 521
§4.5.2 Primitivação e integração por substituição §4.5.2 Primitivação e integração por substituição
§4.5.2 Primitivação e integração por substituição §4.5.2 Primitivação e integração por substituição
Exemplos de primitivação por substituição (continuação) Exemplos de primitivação por substituição (continuação)
e) Calculemos a seguinte primitiva
d) Calculemos
1 1
Z Z
√ dx, √ dx,
x2 x2 + 4 x2 x2 − 1
usando a substituição fazendo a substituição
x = 2 tg t.
1
Então x = sec t =
cos t
2
dx = (2 tg t)′ dt = dt. e, portanto,
cos2 t
′
Além disso, 1 sen t
dx = dt = dt.
q q cos t cos2 t
4 tg2 t + 4
p
x2 + 4 = (2 tg t)2 + 4 = Além disso,
1 2
q r
4 tg2 t + 1 = 2 1
r
= =
q
tg2 t = tg t.
p
2
cos t cos t x2 −1= −1=
cos2 t
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 454 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 456 / 521
§4.5.2 Primitivação e integração por substituição §4.5.2 Primitivação e integração por substituição
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 457 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 459 / 521
§4.5.2 Primitivação e integração por substituição §4.5.2 Primitivação e integração por substituição
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 458 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 460 / 521
§4.5.2 Primitivação e integração por substituição §4.5.2 Primitivação e integração por substituição
Exemplos de integração por substituição (continuação) Exemplos de integração por substituição (continuação)
§4.5.2 Primitivação e integração por substituição §4.5.2 Primitivação e integração por substituição
Exemplos de integração por substituição (continuação) Exemplos de integração por substituição (continuação)
1 1 Z 1
1
Z
c) Para calcularmos dx fazemos a substituição d) Calculemos dx. Para isso usamos a substituição
0 ex +1 −1 (1 + x2 )2
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 462 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 464 / 521
§4.5.2 Primitivação e integração por substituição §4.5.2 Primitivação e integração por substituição
§4.5.2 Primitivação e integração por substituição §4.5.2 Primitivação e integração por substituição
π/2
p Z
y=
iπ/2
r 2 − x2 . sen(2t)
h
rx = 2r 2 cos(2t) + 1 dt = 2r 2 +t
0 2 0
Assim, a área do círculo de raio r é dada por
sen π π sen 0 π
r
= 2r 2 + − +0 = 2r 2
Z p
A=4 r 2 − x2 dx. 2 2 2 2
0
= πr 2 .
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 466 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 468 / 521
§4.5.2 Primitivação e integração por substituição §4.5.2 Primitivação e integração por substituição
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 469 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 471 / 521
§4.5.2 Primitivação e integração por substituição §4.5.2 Primitivação e integração por substituição
Volume e área de superfície de uma esfera de raio r (continuação) Volume e área de superfície de uma esfera de raio r (continuação)
√ Assim,
Já sabemos que temos de a equação da semicircunferência é y = r2 − x2 , s 2
r−ε
x
Z
donde o volume da esfera de raio r é igual a
p
AS = lim+ 2π 1 + −√
r2 − x2 dx
Z r p 2 ε→0 −r+ε r2 − x2
V =π r2 − x2 dx Z r−ε p
s
−r x2
Z r = lim+ 2π r2 − x2 1 + 2 dx
ε→0 r − x2
=π r2 − x2 dx −r+ε
−r s
Z r−ε p
r2 − x2 + x2
r
x3 = lim+ 2π r2 − x2 dx
= π r2 x − ε→0 r2 − x2
3 −r −r+ε
3
(−r)3
3 r 2
Z r−ε Z r−ε
=π r − − r (−r) − = lim+ 2π r dx = lim+ 2πr 1 dx
3 3 ε→0 −r+ε ε→0 −r+ε
3
r
= π 2r3 − 2
r−ε
3 = lim+ 2πr x −r+ε = lim+ 2πr (r − ε − (−r + ε))
ε→0 ε→0
4
= πr3 . = lim+ 2πr (2r − 2ε) = 4πr2 .
3 ε→0
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 470 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 472 / 521
§4.5.2 Primitivação e integração por substituição §4.5.2 Primitivação e integração por substituição
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 473 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 475 / 521
Cálculo integral em R
s s
r 2 Z r 4
x2
x
Z
ℓ= 4 1 + −√ dx = 4 1+ 2 dx Integral de Riemann: definição, propriedades e exemplos
0 r2 − x2 0 r − x2 Teorema Fundamental do Cálculo
s Primitivas imediatas
Z r Z r Aplicações do Cálculo Integral
r2 − x2 + x2 1 Técnicas de primitivação e de integração
= 4 2 − x2
dx = 4r √ dx,
0 r 0 r 2 − x2 Primitivação e integração por partes
Primitivação e integração por substituição
1 Primitivação e integração de funções racionais
só que a função √ não está definida em x = r. Para ultrapassarmos Integrais impróprios
r − x2
2
este problema vamos calcular o integral entre 0 e r − ε onde ε é tal que
0 < ε < r e em seguida fazer ε tender para 0+ .
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 474 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 476 / 521
§4.5.3 Primitivação e integração de funções racionais §4.5.3 Primitivação e integração de funções racionais
Uma função racional é uma função f : D → R definida por Além disso, existem números reais A′ s, B ′ s e C ′ s tais que
§4.5.3 Primitivação e integração de funções racionais §4.5.3 Primitivação e integração de funções racionais
Exemplos de primitivação de funções racionais (continuação) Exemplos de primitivação de funções racionais (continuação)
a) (continuação) Então existem números reais A e B tais que b) Consideremos a função f definida por
x+1
1 1 A B f (x) = 3 2 .
= = + x (x + 1)
x2 − 1 (x − 1)(x + 1) x−1 x+1
Então temos de ter
e, portanto, x+1 A B C Dx + E
1 A(x + 1) + B(x − 1) f (x) = = 3+ 2+ + 2
= , x3 (x2+ 1) x x x x +1
x2 − 1 (x − 1) (x + 1)
e, portanto,
pelo que
A(x + 1) + B(x − 1) = 1. A x2 + 1 + Bx x2 + 1 + Cx2 x2 + 1 + (Dx + E) x3 x+1
= 3 2 ,
x (x + 1)
3 2 x (x + 1)
Fazendo x = −1 resulta que B = − 1/2 e fazendo x = 1 tem-se
A = 1/2, ou seja, o que implica
1 1/2 1/2
A x2 + 1 + Bx x2 + 1 + Cx2 x2 + 1 + (Dx + E) x3 = x + 1.
= − .
x2 −1 x−1 x+1
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 481 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 483 / 521
§4.5.3 Primitivação e integração de funções racionais §4.5.3 Primitivação e integração de funções racionais
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 482 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 484 / 521
§4.5.3 Primitivação e integração de funções racionais §4.5.3 Primitivação e integração de funções racionais
§4.5.3 Primitivação e integração de funções racionais §4.5.3 Primitivação e integração de funções racionais
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 486 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 488 / 521
§4.5.3 Primitivação e integração de funções racionais §4.5.3 Primitivação e integração de funções racionais
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§4.5.3 Primitivação e integração de funções racionais §4.5.3 Primitivação e integração de funções racionais
o que dá uma fórmula por recorrência para calcular primitivas do tipo que aparece na factorização de Q(x) e onde cada Ak , cada Bk e cada Ck é
Z
1 um número real;
dt.
(t2 + 1)k 4) primitivar cada uma das parcelas obtidas na decomposição.
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§4.5.3 Primitivação e integração de funções racionais §4.5.3 Primitivação e integração de funções racionais
Exemplo de primitivação de uma função racional Exemplo de primitivação de uma função racional (continuação)
Calculemos a primitiva Z Deste modo
3x5 + 3x4 + 6x3 + 6x2 + x + 2 Z
3x5 + 3x4 + 6x3 + 6x2 + x + 2
dx. dx
x2 (x2 + 1)2 x2 (x2 + 1)2
Pelo que vimos anteriormente temos de fazer a seguinte decomposição Z
2 1 2x + 1 2x + 1
3x5 + 3x4 + 6x3 + 6x2 + x + 2 A B Cx + D Ex + F = + + 2 + 2 dx
= 2 + + 2 + 2 . x2 x (x + 1)2 x +1
x2 (x2 + 1)2 x x (x + 1)2 x +1 Z Z
1
Z Z
1
Assim, temos =2 x−2 dx + dx + 2x(x2 + 1)−2 dx + dx
x (x2 + 1)2
A(x2 + 1)2 + Bx(x2 + 1)2 + (Cx + D)x2 + (Ex + F )x2 (x2 + 1) 2x 1
Z Z
+ dx + dx
5 4 3
= 3x + 3x + 6x + 6x + x + 2 2 x2 + 1 x2 + 1
(x2 + 1)−1 1
Z
donde x−1
=2 + ln |x| + + dx + ln |x2 + 1| + arc tg x
4 2 5 3 3 2
A(x + 2x + 1) + B(x + 2x + x) + Cx + Dx + E(x + x ) + F (x + x ) 5 3 4 2 −1 −1 (x2 + 1)2
2 1 1
Z
= 3x5 + 3x4 + 6x3 + 6x2 + x + 2 = − + ln |x| − 2 + dx + ln |x2 + 1| + arc tg x.
x x +1 (x2 + 1)2
e, portanto,
Falta calcular
(B + E)x5 + (A + F )x4 + (2B + C + E)x3 + (2A + D + F )x2 + Bx + A 1
Z
dx.
= 3x5 + 3x4 + 6x3 + 6x2 + x + 2. (x2 + 1)2
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 493 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 495 / 521
§4.5.3 Primitivação e integração de funções racionais §4.5.3 Primitivação e integração de funções racionais
Exemplo de primitivação de uma função racional (continuação) Exemplo de primitivação de uma função racional (continuação)
Assim, de Z
1
Z 2
x + 1 − x2
2 dx = 2 dx
(B + E)x5 + (A + F )x4 + (2B + C + E)x3 + (2A + D + F )x2 + Bx + A (x2 + 1) (x2 + 1)
= 3x5 + 3x4 + 6x3 + 6x2 + x + 2 x2 + 1 x2
Z Z
= 2 dx − 2 dx
resulta (x2 + 1) (x2 + 1)
B+E =3 E=2 1 1
Z Z
−2
= dx − 2x x2 + 1 x dx
A+F = 3 F =1 x +1
2 2
2B + C + E = 6 C=2
" −1 −1 #
1 x2 + 1 x2 + 1
Z
⇔
2A + D + F = 6 D=1 = arc tg x − x− 1 dx
2 −1 −1
B=1 B=1
1 1
x
Z
A=2 A=2 = arc tg x − +
− 2 dx
2 x +1 x2 + 1
pelo que
1 x 1
3x5 + 3x4 + 6x3 + 6x2 + x + 2 2 1 2x + 1 2x + 1
= arc tg x + − arc tg x + c
= 2 + + 2 + 2 . 2 x +1 2
2
x2 (x2 + 1)2 x x (x + 1)2 x +1 1 1 x
= arc tg x + +c
2 2 x2 + 1
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 494 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 496 / 521
§4.5.3 Primitivação e integração de funções racionais Índice
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 497 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 499 / 521
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 498 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 500 / 521
§4.6 Integrais impróprios §4.6 Integrais impróprios
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 502 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 504 / 521
§4.6 Integrais impróprios §4.6 Integrais impróprios
Exemplos de integrais impróprios de primeira espécie (continuação) Exemplos de integrais impróprios de primeira espécie (continuação)
Z +∞
Z +∞
1 1
b) Estudemos a natureza do integral dx, ou seja, determinemos se c) Calculemos dx:
x α −∞ 1 + x2
1
o integral é convergente ou divergente. Comecemos por supor α 6= 1. Z +∞ 1
Z u 1
Então dx = lim dx
Z +∞ Z u −∞ 1 + x2 u→+∞ t 1 + x2
1 t→−∞
α
dx = lim x−α dx
1 x u→+∞ 1 h iu
−α+1 u = lim arc tg x
x u→+∞ t
= lim t→−∞
u→+∞ −α + 1
1
−α+1
u 1
= lim (arc tg u − arc tg t)
u→+∞
= lim − t→−∞
u→+∞ −α + 1 −α + 1
1 π π
se α > 1 = − −
= α−1 2 2
+∞ se α < 1
= π.
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 505 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 507 / 521
Exemplos de integrais impróprios de primeira espécie (continuação) Exemplos de integrais impróprios de primeira espécie (continuação)
b) (continuação) Se α = 1, então c) (continuação) A igualdade
Z +∞
1
Z u
1
Z +∞ 1
dx = lim dx dx = π
1 x u→+∞ 1 x −∞ 1 + x2
u
= lim ln |x| significa que a área da região sombreada na figura seguinte é π.
u→+∞ 1
y
= lim (ln |u| − ln |1|)
u→+∞
= ln (+∞) − 0 1 1
y=
1 + x2
= +∞
+∞
1
Z
Assim, o integral α
dx é convergente apenas quando α > 1. Neste x
1 x
exemplo também podemos interpretar o integral como uma área.
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 506 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 508 / 521
§4.6 Integrais impróprios §4.6 Integrais impróprios
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 509 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 511 / 521
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 510 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 512 / 521
§4.6 Integrais impróprios §4.6 Integrais impróprios
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 513 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 515 / 521
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 514 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 516 / 521
§4.6 Integrais impróprios §4.6 Integrais impróprios
Exemplos de integrais impróprios de segunda espécie (continuação) Exemplos de integrais impróprios de segunda espécie (continuação)
a) (continuação) Quando α = 1 temos b) (continuação) Para α = 1 vem
b b
1 1 b u
Z Z
1 1
Z Z
dx = lim+ dx dx = lim− − dx −
a x−a t→a t x − a a b−x u→b a b−x
b u
= lim+ ln(x − a) t = lim − ln(b − x) a
t→a u→b−
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 517 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 519 / 521
(b − u)−α+1 (b − a)−α+1
= lim − −
u→b− −α + 1 −α + 1
(b − a)
1−α
se α < 1;
= 1−α
+∞
se α > 1
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 518 / 521 António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 520 / 521
§4.6 Integrais impróprios
Exercícios
Calcule
Z +∞ +∞
arc tg x
Z
2
a) xe−x dx b) dx
0 0 1 + x2
0 1
1
Z Z
c) dx d) x ln2 x dx
−∞ 1 + x2 0
2
1 +∞
Z
x
Z
e) dx f) dx
|x − 1| 1 + x2
p
0 −∞
π 1
sen x 1
Z Z
2
g) dx h) dx
0 1 − cos x 0 x(1 − ln x)
0 1
x
Z Z
6
i) dx j) x5 ex dx
−∞ 1 + x4 −∞
+∞ +∞
1 1
Z Z
k) dx l) √ dx
1 (1 + x2 ) arc tg x e x ln x − 1
António Bento (UBI) Cálculo I 2013/2014 521 / 521