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Conteudista:
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SUMÁRIO
SUMÁRIO
4. AVALIAÇÃO
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4. AVALIAÇÃO
Olá, professor/a! Que bom ter você por aqui novamente!
Desejo que esse eixo seja bom e proveitoso para a nossa
construção de aprendizado. Vamos lá?
Vamos começar?
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A avaliação deve ser vista, portanto, como um ponto de partida, de
apoio, um elemento a mais para repensar e planejar a ação pedagógica
e a gestão educacional, ancorada em objetos e expectativas que
buscam ajustá-las à aprendizagem dos estudantes. Os pontos de
chegada são o direito de aprender e o avanço na melhoria da qualidade
do ensino. E para que isso ocorra é importante que todos os
profissionais envolvidos no processo educativo compreendam os dados
e informações produzidas pelas avaliações de tal modo, que, além de
utilizá-los para a elaboração e implementação de ações, desmistifiquem
a ideia de que a avaliação é apenas um instrumento de controle, ou
ainda, que a sua função é comparar escolas ou determinar a promoção
ou retenção dos estudantes. (GERAIS, 2018, p. 23, grifo nosso).
Por que esse modelo é acometido de falhas? Quais são as implicações que
justificam ser esse modelo passível de vícios? Vamos expor
uma situação que pode contribuir para a compreensão do quanto essa
avaliação incorre em prejuízos à aprendizagem:
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Então, poderíamos deixar passar, e
esperar que o estudante se recupere
nas próximas avaliações, ignorando
todo o seu processo de aprendizagem ?
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Outro ponto que precisa ser enfatizado consiste em uma questão
bem importante: um único momento não pode ser definidor da
aprendizagem dos estudantes. Uma prova, em um ambiente atípico, em
que o estudante está submetido aos mais variados tipos de
pressão psicológica, em busca por resultados, pode ser uma forma
adequada de avaliação ? A pergunta tem uma resposta óbvia e clara:
não.
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A avaliação é concebida como um processo que implica diagnóstico,
acompanhamento, busca de superação das dificuldades através de
intervenções pedagógicas, ao longo do ano letivo, para garantir a
aprendizagem no tempo certo e não apenas provas e testes para medir
o desempenho final dos estudantes. Isso significa compreender a
avaliação como parte do próprio processo de aprendizagem,
constituindo-se num grande desafio não só para os professores de
História, mas para o conjunto dos professores de uma mesma escola.
(GERAIS, 2018, p. 841, grifo nosso)
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Exemplo - 1
Uma possibilidade é que o professor se utilize da metodologia de
fichamento dos textos. Uma vez que a linguagem poderá ser rebuscada
ou diferente do habitual modelo didático. Assim, é possível
desenvolver uma leitura mais atenta ao texto, identificando palavras e
até mesmo detalhando o acontecimento apresentado. Desse modo,
você pode identificar como determinados estudantes compreendem o
que o texto propõe e se atentar às dificuldades de outros estudantes.
Exemplo - 2
Outra atitude que você poderá ter é se utilizar da metodologia de
discussão do trecho em sala de aula. Perguntando para cada
estudante como entende e interpreta o texto. Nesse sentido, o
diálogo é uma metodologia interessante na construção da
argumentação e do horizonte teórico que cada um dispõe. Neste caso,
podemos considerar uma avaliação bem vinda.
Sobre o fórum acima, qual exemplo você acrescentaria
a esse problema? Reflita sobre essas possibilidades.
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Primeiramente, precisamos lembrá-las(os) que as
temáticas abordadas na história devem favorecer o
despertar da consciência. Nesse ponto, já podemos até
mesmo responder ao segundo momento, composto no
subtítulo desse conteúdo: “por que?”.
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O que o CRMG tenta abordar nesse sentido
é que a História foge às tais alcunhas. O
foco da história é refletir a experiência
humana, refletir a vida, a realidade e
intervir nela criticamente, dando sentido
ao tempo e aos acontecimentos que o
sucedem nesse limiar de “estratos do
tempo” (com várias durações, com
inúmeras experiências e baseando-se em
infinitas expectativas), como diria o
historiador alemão Reinhart Koselleck
(2014).
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O fator importante na avaliação tampouco será a nota. Sua
atribuição valorativa não é o ponto fundamental da avaliação.
Desta forma, precisamos reproduzir um trecho de
Marcus Leonardo Bomfim Martins (2020, p. 10, grifos do autor):
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A proposta de avaliação considera as habilidades a serem
desenvolvidas em cada ano de escolaridade. O desenvolvimento do
raciocínio histórico, da perspectiva temporal e da investigação
servirão de parâmetro para a avaliação do desenvolvimento
cognitivo dos estudantes. No entanto, é necessário que o professor
esteja atento ao fato de que muitas das capacidades requeridas
para o desenvolvimento do raciocínio histórico e da cidadania só
serão consolidadas no decorrer de um período maior, exigindo
persistência no trabalho com um núcleo comum de habilidades e
atitudes por meio de estratégias de ensino e de avaliação, que
estabeleçam diferentes graus de complexidade ao longo do Ensino
Fundamental. (GERAIS, 2018, p. 841)
Mas, claro, devemos ter cuidado e leveza, isso não pode e nem deve ser
guiado de forma puramente aleatória. Você, como professor, deve
sempre estar atento ao seu método e a forma como você vai incentivar
os estudantes a emitirem suas opiniões. A possibilidade do debate deve
ser sempre acompanhada de questionários e de outros recursos que
os auxiliem a construir reflexões sobre esses determinados
processos.
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Nesse sentido, o diagnóstico, para Circe Bittencourt (2008, p. 241):
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Fórum 2: desafio do enriquecimento
Exemplo - 1
Procuraria saber se fui compreendido com relação aos meus objetivos.
Se eles foram nitidamente claros nas competências e habilidades
necessárias para atender ao que foi planejado previamente. O primeiro
passo seria dialogar com os estudantes sobre o método avaliativo
utilizado, com o intuito de encontrar a dificuldade que me aponte
quais foram as falhas. Para, a partir disso, examinar quais as
possibilidades de reverter a situação e promover uma avaliação com
mais eficiência e clareza.
Exemplo - 2
O primeiro passo é investigar se a falha aconteceu isoladamente ou se
tal dificuldade pode ser verificada com outros estudantes. Procurar o
erro é uma das possibilidades que podem nos ajudar a encontrar o
caminho, sempre considerando todas as possibilidades. Como o
planejamento pode me ajudar com situações adversas, eu poderia
buscar outro instrumento avaliativo imediato, por exemplo: caso a
prova escrita com questões objetivas viesse com erros de
digitalização, eu poderia aplicá-la oralmente. Moldando a dinâmica,
antes individual, podendo ser em trio ou em um grupo maior, sem
comprometer o principal objetivo: a percepção das habilidades.
Com a sua concepção a partir dos exemplos descritos, crie um outro
exemplo de abordagem para resolver um problema de avaliação:
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4.3. EXEMPLOS DE AVALIAÇÃO
Chegamos ao tópico final desse eixo, que bom
caminhar com você até aqui! Essa seção será
destinada a traçar alguns modelos que podem e
devem ser utilizados na sala de aula como
possibilidades de avaliação da aprendizagem no
ensino de História.
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A exigência fundamental é que as formas de avaliação contenham na
sua essência o que é esperado dos estudantes e o que foi materializado
pela escola. Tudo isso deve estar devidamente registrado, de modo
claro, justo e condizente com as habilidades que se pretende
despertar.
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A avaliação formativa parte do princípio de que o professor
já tenha explicitado os objetivos a serem alcançados e a
metodologia escolhida. Nesse caso, o exercício prático já
estaria em curso.
Dica de leitura:
Link: https://www.uel.br/revistas/uel/index.php/histensino/
article/view/11843
Fonte:
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Portanto, caso aconteça alguma falha, a experiência não é de todo
reprovável. Ao contrário: ela é a sua oportunidade para tentar novos
instrumentos, para dialogar mais com os estudantes, para construir e
aprimorar sua metodologia didática. É nesse sentido que podemos
construir e agregar à reflexão cognitiva de jovens e crianças,
dimensões além das quais alcançaram.
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E, por fim, podemos dizer que esse é o objetivo que o
Currículo Referência de Minas Gerais busca para a
criação de um sistema de educação público de qualidade:
o constante aperfeiçoamento teórico-metodológico de
vocês, professoras e professores.
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Pois é, a nossa educação não é estática, nossa sala de aula também
não, e como muda não é mesmo? Basta olhar os últimos dois anos, os
desafios que enfrentamos e como tivemos que nos reinventar.
Um grande abraço,
Professor Roberto
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REFERENCIAS
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