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9261 — O1NVd OVS ean Ove (AON SOd OLI91a O¥lFTVAVO) 6 amvuso od IV Mttea “dS ‘o|NDY Obs ep sojueuinv0g @ SO{NY] BP OLDYO gg Ou 9 “4°q ‘Dijisosg ap sojusin[oq = SO|N| BP OYO oZ% OU poIpyNT DOSsey CIOS OpDujsiBey MUSvVua O VuVd ofE V ov SAaS3900S4 SNVu¥d SOG OHTASNOOS OWSe8dNs SUPREMO CONSELHO DOS GRAUS ESCOCESES 4. A 33.° PARA O BRASIL Registrado como Pessoa Juridica no 2. Oficio de Titulos = Documentos de Brasilia, D.F., e no 2, Oficio de Titules ‘e Documentos de Sdo Paulo, S.P. RITUAL DO GRAU 9 (CAVALEIRO ELEITO DOS NOVE) Garantimos a autenticidade deste exemplar, proj do Supremo Conselho dos Graus Escoceses 4.° a 33° o Brasil, e destinado aos trabaihos das RResp.". e As LLoj.. de Perfeicdo jurisdicionadas. do Sacro Colégio Gr.*. Chane.". do Sacro Colégio NO Ordenamento e supervisdy yeral do Ir”, dr. Teobaldo Va- roli Filho 33.:. — Obras consultadas: 1 — “Manual de la Masoneria” (antiga ed. 1875) — An- drés Cassard. 2 — “La Symbolique Maconnique” (1953) — J. Boucher. 3 — “Freemasons Guide and Compendium” (1951, parte) — Bernard Jones. (Nesta obra o autor trata mais d2 as- suntos do Rito de York, mas oferece subsidios que muito importam 4 Maconaria e ao R.”. E.’. A.’. A.:. de um modo geral). 4 — “Mackey'’s Masonic Encyclopoedia”. 5 — Rituais escoceses (México, Uruguai, antigos de Es- panha e Portugal e, principalmente, da Bélgica — Rituais franceses). 6 — Rituais anteriores do Supr.". Conselho do Gr.-. 33.". do Rito E.". A.". e A". para os Estados Unidos do Brasil (hoje Repiblica Federativa'do Brasil). — (Antigo Supre- mo Conselho da Rua do Carmo, Rio de Janeiro). 1 — Resolugdes e Anais do Supremo Conselho, Reunido em Lausanne, Suica. (Revisdo tipografica: Oswaldo L. Faria 33." By INDICE Pags. -A PARTE - INTRODUCAO AO GRAU 9.° I-A Camara a II - Os titulos 5 III - Moral do Grau ........ IV - Variedade de Rituais V - Cobridor do Grau . ‘VI - Indumentaria ... VII - Proibi¢éio sobre avental .... Plano da Camara e descricéo do Plano VIII - Uso das espadas IK - As Sessdes ... % - Tolerancia de murcha XI - Recomendagio XII - Exames obrigatorios . SEGUNDA PARTE - RITUALISTICA E CA’ DO GRAU XII - Abertura dos trabalhos (em qualquer sessio) seh ae eeeenenes -- : Sessbes ordindrias: XIV - Aprovacio de ata. XV - Expediente XVI - Propostas e informacées ... XVII - Ordem do dia. XVIII - ‘Tronco de benef XIX - Escrutinios secretos. KX - Pala- vra a bem do Rito, etc. XXI - Encerramento de Sesséo ordinéria . Sessdes de Iniciacio: XXII - Preparacio (Procedimentos preliminares) XXIII - Ritual de Iniciagio (1° ato) Intervalo entre os dois atos .... 22 ato - Julgamento, perddo e consagra- 0 ae Encerramento da Iniciacdéo Primeira Parte INTRODUGAO AO GRAU 9.° (CAVALEIRO ELEITO DOS NOVE) I A CAMARA © local de iniciagio e dos trabalhos representa uma das salas de audiéncias do palacio real de Salomao. co- berta de Iuto, simbolicamente, para o que se pode apro- veitar 0 Templo Macdnico usual, cobrindo-se as paredes de cortinado preto salpicado de lagrimas de prata e, fa- cultativamente, pintado de chamas vermelhas no centro das paredes Norte e Sul, entre as lagrimas. As mesas dos oficiais que ficam aquém da Grade podem ter, & frente, uma coluna simples de cada lado; & da direita ‘de cada titular é vermelha (0 Sol, 0 masculine e ativo, Inteligéncia, Vigor e Gloria); a da esquerda € branca (a Lua, o feminino e passivo, Sabedoria e Vitéria). Tal simbolismo, derivado da magia medieval, exprime os respectivos conceitos sobre as colunas “J” (vermelha) © “B” (branca), respectivamente. Como isso nfo serve nem mesmo de hipétese para o Templo ou o Palacio de Salo- mao, interpretam-se 0s conceitos apenas no sentido ético e para respeitar uma tradicao do Rito. Ainda, as referidas colunas podem reduzir-se a duas, colocadas entre os Iuea— res comuns do 1° e 2° Vigilantes e ambas pintadas de listras alternadamente brancas e vermelhas, verticals om com uma cOr em cada aresta, se forem prisméticas © lon- gas, como obeliscos. Se as duas colunas forem rolieas. as listras brancas e vermelhas sao obliquas e espiraladas, & maneira saloménica. Nao ha esquecer que, no legitime — STOLKIN — A ignorancia e seus tos, 0 tanatismo, o-dogmatismo © tuas wedir que a Luz penetre na Consciémeis SALOMAO — Abairam esti realmente ets Sse! tam para inham as Espadas e as apon' os ee nso estiverem armados, simulam essa @eess carta. para contemplagao). —- 9 - SALOMAO — Embainhai vossas espadas. (Qs Irmaos cumprem a ordem e se mantém com a mao direita na regizo cordial SALOMAO — A mim, Inmdos ela Bateriat gumprem 2 bateria, com ‘palmas ‘ou com 0 SALOMAO — Esta tem abOMaO io abertos os nossos tral NOTA (x) — “HIRAM € IMORTAL!” é a no legitimo escocismo. ee ae XIV Leitura e aprovacio da ata da sessio © de ocorréncias apostiladas no livro do SALOMAO — Cavaleiro Secretarlo dos Ele} 0 ® bondade de nos dar conta de nossos ultimos nn das ocorréncias lancadas em vosso livro e ainde eldas pelos Irmaos deste Capitulo dos Bleitos da Q Seeretério cumpre a order. contades SALUMAO — Cavaleitos El algo a observar sobre o balaust Podeis manifestar-vos, GRetmando ‘sténeio): IN — Reina silénci Muito Poderoso Mestre. ee ;ALOMAO — Cavaleiro Orador, ORADOR (sentado) — Pela apro (Se houver observacdes, 0 Orado aprovagio com as emendes) AO — O, sinal ayOMAO — Os que aprovam, manifestem-se pelo (O Mestre do Cerimoni: fi openness ‘onial levanta-se, faz a verificacdio data) Por unanimidade ou maioria abso- manifestai-vos, vacéo, r se manifestara pela SALOMAO — emendag “0 — Esté aprovado o balaustre (ou com as xv EXPEDIENTE SALOMAO — Cayaleiro Secretar Nove, informai-nos se ha expediente, ee cae do ~ 20 — leitos dos Nove, se tendes Te que acaba de ser lido, iS regides Norte e Sul, io i imbolismo. Se hou- Secretério informa, como no simbolismo. 25S Geeretos do Supremo Conselho, pediré a0 Mes- ‘Cerimonias que encaminhe os respectivos textos Orador, que os lera, diante de todos postados de ‘om a mao direita levada ao coracao. No mais, pro- = como no simbolismo) XVI BOLSA DE PROPOSTAS E INFORMACOES LOMAO — Irmo Stolkin, ordenai que se cumpra “da Bolsa de Propostas e Informacoes. c Ga RIN. Itmao Mestre do Cerimonial, cumpri 0 ever. "5 Mestre de Ceriménias comeca o giro sem mais Qos partinds do Oriente e do Multo Poderoso © se- a pelo Sul, Ocidente e Norte. Terminado 0 giro, con- > Orador e 0 Secretaério a acompanha-lo ao Trono. saito Poderoso Mestre, como no simbolismo, esvazia a ~ mostrando-lhe 0 avesso e anuncia se o giro produ- —S; hao colunas gravadas, do mesmo modo que no sim- bolismo, No gfaU, COMO sé Hota, O giro é muito Mais pido, por se tratar de uma Camara Circular). XVII ORDEM DO DIA A Ordem do Dia é anunciada diretamente pelo to Poderoso Mestre, Em havendo iniciacio, esta sera unica na Ordem do Dia, Na iniciacao é tambem sado o giro da Bolsa de Propostas e Informacoes. SALOMAO — Cavaleiros Eleitos dos Nove, a Ordem Dia 6 a seguinte: (comunica). (Ou anunciaré que o mio tal ira descrever o contetido de uma peca de Arguil tura). XVI TRONCO DE BENEFICENCIA SALOMAO — Irmfo Stolkin, ordenai que se cum © giro para o Tronco de Beneficéncia. STOLKIN — Irmao Hospitaleiro dos Eleitos dos N enmpri 0 vasso dever. (O Hospitaleiro cumpre a ordem, sem antncios = retamente, procedendo como o M. de CerimOnias no da Bolsa de Propostas e Informacées. Cumpride o Jeva a sacola ao Orador, para conferéncia. O Orador an == ciara, sentado, o resultado da coleta. O Muito Poderoso, diretamente do Trono, confirmara a coleta e ordenaré ao Hospitaleiro que entregue os metais ao Tesoureiro. NAo ha, no grau, as formalidades co simbolismo. Tudo cum- prido, 0 Hospitaleiro volta ao seu lugar). xIx ESCRUTINIOS SECRETOS © 1 ou 0 2° Experto sao encarregados da distribui- edo das esferas. O Mestre de Ccriménias se encarregara go recolhimento dos votos e das esferas restantes. Pro- ceder-se-& como no giro da Bolsa de Propostas e Infor- macées, com assisténcia do Secretario e do Orador e com a final comunicacdo do Muito Poderoso. Substitui-se a palavra Boisa de Propostas e Informacées por “Escruti- nio Secreto”. xx PALAVRA A BEM DO RITO ETC. SALOMAO — (T) — Cavaleiros Eleitos dos Nove. Di- retamente do Trono eu vos concedo a Palayra a BEM DA ORDEM, DO RITO E DESTE CAPITULO. (A comecar do Sul, os Irmaos pedem a palavra, er- guendo a mao direita em esquadria. Stolkin, que governa as regides Sul e Norte, anuncia ao Muito Poderoso que um Cavaleiro pede a palavra. Ao que o Muito Poderoso res- ponde: — Podeis concedé-la. Ao que Stolkin, dirigindo-se ao Irmao que deseja falar. bate uma vez o Malhete e pro- clama: — “Tendes a Palavra, Cavaleiro”. O Irmao que pediu a palavra levanta-se. coloca a mao direita sobre o coracio e manifesta-se). (Terminado o uso da palavra nas duas regides, Stol- kin, se quiser falar, bate uma vez o Malhete e se mani- festa, sentado. Se nao quiser falar): STOLKIN — Reina siléncio em ambas as regides, Mui- to Poderoso Mestre. (O Veneravel dirige, como de costume, a palavra do Oriente. Terminadas as manifestages, dara a palayra ao Orador, para as conclusdes ou para o encerramento). XXI ENCERRAMENTO PARA OS TRABALHOS COMUNS (Nao vale para a sessao de iniciacio). == SALOMAO —-(T) — Irméo Stolkin, que ideg= 2 i ses" STOLKIN — Oito ¢ um anos completos, Multe tre Salomaio. - fs 708 ALOMAO A que -horas terminam os os seus trabalhos? * we TOLKIN — Ao anoitecer out quando os. Cai ‘Nove nada mais tem a fazer. Heltg KOMAO — Qual é o tempo de trabalho dos Car i itos dos Nove? ereS OLIN — Do amanhecer 20 anoltecer. sALOMAO — Que horas sao? STOLKIN — Anoitece. # hora de partirmos. SALOMAO — (Bate TTTTTT TT-T). STOLKIN — (Bate TTTTITTT-T).._— aa (Todos se levantam e Jevam a.mao direita 2 “ Stolkin sai do seu lugar_e val ao Trono trocar Sinais. ques € Palavras com o Muito Poderoso, como ss deses ho item V deste ritual. Terminada essa passagem, ! vi lugar). 7 volte ALOMAO Irm&os Eleitos dos Nove! Pela Luz deve iluminar a Consciéncia ‘Humana! Pelo te {gnorancia e em defesa da Ciénela e do Ensino em os graus! Pelo reino da Verdade e da Justia! EM GUARDA! (Todos desembainham as Espadas ¢ as apontam o Trono, Os que no estiverem armados simulam atitude) sa curta, para contemplacao). _ Sar Oeao — Embainhai vossas espadas, re (Os Irmaos cumprem a onan 5 se mantém de Et ireita na regiao cordial). com SATOMAO A mim, Irméos, pela Bateria! acompanham, com palmas, a batetia comandada por Jomao e seguida por Stolkin — Tires ie £ ‘SALOMAO — (T) — Esto encerrados os nossos Retiremo-nos (T). Se pan et oaos se retiram cm ordem inversa A da em XXIT PREPARACAO a ta do item E Prepara-se a Camara como cons‘ ritual, mas o Painel é coberto de pano preto. Ume = na € colocada ao Sul da Porta da Camara. A principio, a iluminac&o da Camara e da antecAmara ou dtrio é reduzi- da, limitando-se, quando possivel, a velas acesas e aos focos ou quebra-luzes que apenas iluminam as superfi- cies dos altares. Na oportunidade, somente ficardo ace- sas as velas do Octogono e a de cera natural. Sobre a mesa do Trono deve haver uma urna artisti- ca. Os candidatos & iniclacdo, todos -simbolicamente de- nominados Joaben (Iahoben, um qualquer filho de Deus), devem ja ter sido aprovados em sess%o anterior. Perma~ necem no trio ou antecdmara, acompanhados do 1.° Ex- Perto e revestidos de suas insignias de Mestre de Israel. A um deles (mesmo que seja o unico), no momento pre- ciso indicado no ritual, seré confiada’ uma ligeira parte na representacdo da tragédia, razdo pelo qual o 1° Ex- perto. logo na preparacao, entregar-lhe-4 um punhal, que © escolhido embainharé a sua direita na cintura do pré- prio avental, ‘Toda a preparac&o e instrugdo preventiva dos candi- datos sera cumprida pelos dois Expertos, no trio, Um dos Expertos, preferivelmente 0 2.°, fara o papel do Des- conhecido, no momento preciso, em que também sera uma Pessoa qualquer, um filho de Deus ou Iahoben. Os trabalhos sio abertos como consta do item XIII deste ritual, mas a ata anterior referente 4 aprovacdo dos candidatos deve ser lida apenas no topico que interessar 20s presentes, e sé néo devera ser admitida a votacdo se J& aprovada anteriormente. Cumpridas as missdes indicadas no ritual, ou as or- dens do M. Poderoso, cada Obreiro, por via de regra, vol- tara ao seu lugar, independentemente de qualquer deter- minacao. A iniciac&o requer dos Obreiros iniciativa, liber- dade de acdo e suficiente conhecimento do ritual. Certas Passagens devem ser proferidas de cér. Além disso, a cada um dos presentes 4 Sesséo Magna devera ser fornecido um ritual XXII RITUAL DA INICIACAO MUITO PODEROSO MESTRE (SALOMAC) — Meus Irmaos, a Ordem do Dia é a iniciacao, no grau de Cava- —4— leito dos Nove, dos Mestres de Israel (cita os endo uma por umé a8 cédulas individuals. adrede cadas sobre 0 altar ou mesa do Trono). Pela ata aus foi lida, tendes conhecimento de que esses Irm&os for regularmente examinados e aprovados para aleancarem grau 9° do Rito Bscocés Antigo e Aceito. (1) = in Mestre de CerimOnias, ide a0 encontro dos candida rificar se estao devidamente preparados e perguntar~ ie desejam. . ° ONO M, de Cerimonias sat para cumprir 4 ordem, © o que o Guarda da Camara Ihe abre a Porta, sue loz fechada. No interior da Camara deve reinar absolut: lencio ¢ os presentes devem manter uma atitude de te teza, o que se faz com a cabeca baixa a pender pai direita, posicdo essa que deve ser conservada ainda quam do os candidatos entrarem). (Tudo cumprido, 0 M. de UC Mestre de Israel). MESTRE DE CERIMONIAS — (De fora, bate TET GUARDA DA CAMARA (Interno) — Ir. olkit mo Mestre de Israel batem 4 Porta. ‘ ° STOLKIN — Muito Poderoso Mestre, batem 4 Port como Mestre de Israel. . | ri e te e 0 que SALOMAO — Verifical quem assim bate e 0 que dé +. pate a Purla cui SOO STOLIKIN — Irmao Guarda da Camara, verificai quel i jue deseja. | be *GUARDA DA CAMARA (entreabrindo a von i Quem vos acompanha Ir.". M.°. de Ceriménias? a MESTRE DE CERIMONIAS (de fora) — Sao os ¥ Bes Abence os homes, enguanto o Muito Poderoso’ Ma tre val colocando as respectivas pads na Urna, ¢ modo a excluir os candidatos ausentes). | GUARDA DA CAMARA (ao M. de CC.-.) — Que dj seiam eles? . = CERIMONIAS — Pedem eleicio. GUARDA DA CAMARA (sem fechar a porta e voltal do-se para Stolkin) — Irm&o Stolkin, é nosso imtoo tre de Ceriménias conduzindo os Irméos Mestres de rael sess (nomes) . : os quais pedem eleicao. — 25 — STOLKIN — Muito Poderoso Mestre, nossos Irmaos Mestres de Israel... <... (nomes)’ ...., Conduzidos pelo nosso Irmio Mestre de Ceriménias, peder 0. SALOMAO — Que venham nossa presenga. (Com o M. de Ceriménias a esquerda, os candidatos eqtram formalmente, com os cinco passos iguals de seu SALOMAO — (Aos candidatos) — Mestres de Israel, de ha muito tomais parte nos trabalhos do ‘Templo, Fieis aos vossos compromissos, auxiliastes-nos com lealdade. Tendes aprendido que os primeiros cuidados de um cons trutor da Grande Obra é libertar a propria inteligéncia. Estais convencidos dessa Verdade? CANDIDATOS — Sim. SALOMAO — Irmo Stolkin, por que estamos aqui rounidos? STOLKIN — Hiram Abit, a inteligéncia que ni o Va, estd morto, por obra de traidores. Os trabaihos ds fer. plo estao abandonados, por taltar-Ihes a direcdo do Mes— tre, o Elevado, 0 Génio, o Espirito que nos gulava. B como. Se matassem o Espirito do Homem, 0 que nunce seria pos, sivel, pois 0 Espirito é imortal. SALOMAO — Se o Espirito é imortal, que razio have- vla para interrompermos os trabalhos do Templo? STOLKIN — & que enquanto estiverem vivos e A sol- fa os matadores de Hiram Abif, os trabalhos do Templo nao podem prosseguir. Ha sempre o risco de sofrermos as conseqtléncias perpetradas por traidores que perseguem ¢ chegam a matar os mais competentes arquitetos da Gran- de Obra, SALOMAO — (Aos candidatos) — Irmaos .. (nomes), ouvistes € creio que entendestes. Desde que estais entre nés, continuais sofrendo ao peso do trabalho interrompi- Go. Apesar de nossos esforeos, a Humanidade continua sufocada pela ignorancia, pela corrupedo, pelos vielos pelo erie. Nao hos importa saber até quando deveremos ee Bele poe do Reino da Sabedoria. Continua- lutar e jamais desanii Tembs a Jufar jan imaremos, Compartilhais de CANDIDATOS — Sim. SALOMAO — Pedistes eleicao? — 26 CANDIDATOS — Sim. SALOMAO — Ainda nao podemos saber se vosso sejo sera satisfeito. Devereis ser escolhidos entre noven! dos que pediram eleic&o. Se fordes sorteados, ficareis jeitos ao cumprimento de missdes muito mais severas que aquelas que vindes cumprindo até agora. Por i: devemos conhecer as vossas tendéncias e se tendes a dispensavel bravura para cumprir as nossas resolucdes _ nossos altos designios. Cavaleiro Mestre de Ceriméniaj examinai detidamente os candidatos. : (OM, de CC.:. toma da lanterna, que Iré aproximan do do rosto de cada candidato, sem exce¢ao). : SALOMAO — Ir.-. Mestre de Ceriménias, respondel me, com seguranc¢a. Vistes nas fisionomias desses cant datos sinais de temor ou de insinceridade, de paixdes de servidao as conveniéncias de interesse pessoal, de sub missao aos preconceitos e as falsas convencdes ou @ qualquer estigma denunciador da estupidez que engendz o fanatismo e as supersticGes? M. DE CERIMONIAS — Nada consegui notar nos cam didatos sobre tais defeitos. SALOMAO — Estais seguro de que esses candidat tem confianca em si mesmos? Garantis que ndo sfo s peitos de aprovarem, em siléncio, o assassinio de no: Mestre? Continuarao eles sempre limpos e puros, de m@ do a merecerem a nossa confianca? | 'M. DE CERIMONIAS — Muito Poderoso Mestre, p: que demonstraram nos trabalhos do Templo ¢ pelo co portamento que sempre revelaram, s6 posso afirmar ay revelam Inocéncia e Sinceridade e que sao dignos @ nossa confianca. Jamais poderiamos’ julgar esses cant datos sendo pelos seus proprios atos, pois as aparénci: enganam e a Consciéneia é impenetravel. SALOMAO — (Larga o Malhete ou 0 cetro sobre mesa e assume um ar contristado) — Realmente! Qu: to é dificil penetrar na Consciéncia Humana e quant vezes ela € presa de circunslancias que # urrastam a tacOes condenaveis e a paixdes igndbels! (Pausa) miéos Cavaleiros Eleitos dos Nove, se confirmai as pal vran sinceras de nosso Irmao Mestre de Ceriménias estais -certos de que esses candidatos sio dignos ‘da s&io que lhes. sera. confiada, manifestai-vos pelo sinal costume. et sii =a (Todos estendem o braco horizontalmente e para a frente e, se houver oposi¢io, a Camara sera coberta aos ‘Candidatos, para discuss4o e resolucao final). (Havendo aprovacio): M. DE CERIMONIAS = Aprovado, M. Poderoso Mes- tre. (NOTA — Quando nao houver oposi¢ao, a aprovacdo Pode ser proclamada diante dos candidatos). SALOMAO — (Aos candidatos) — Irmaos .. (nomes), persistis no desejo de vos tornardes Cavaleiros Eleitos dos Nove? CANDIDATOS — Sim. SALOMAO — Cavaleiro Orador, explicai aos candida- tos o juramento que deverao prestar. ORADOR — (sentado) — Eis o juramento que deve- reis prestar: — Juro por minha fé de Macom, perante esla asseibléla e em presenca do Supremo Arquiteto do Universo, que jamais revelarei os segredos de um Cavalei- to Eleito dos Nove, a nao ser quando deva comunicar-me com Irmao ja colado e jurado nesse grau, mas isso para fins de reconhecimento e com a condicao de jamais reve- lar os assuntos sigilosos da Camara dos Eleitos dos Nove 4 qual eu vier a pertencer. Juro cumprir fielmente todas as obrigacdes deste grau e sacrificar aos manes de Hiram Abif toda e qualquer infidelidade, infracio ou transgres- so. A segunda e Ultima parte do juramento 6 de signifi- ado puramente simbélico e simplesmente obedece a uma tradi¢o. Exprime o vosso sacrificio que consiste em man- ter-vos afastados de nés para sempre, esquecido, eis que, se vierdes a enveredar no caminho da ignorancia, serels como um cego de alma e a vossa presenga entre nds sera imitil, como a de um corpo morto entregue aos abutres. Nao devereis emprestar outros significados as palavras que ireis proferir. SALOMAO — (Aos candidatos) — Ouvistes do Ir.-. Orador as explicaydes sobre 9 juramento que deverels prestar, se quiserdes alcancar o grau de Cavalelro Eleito dos Nove. Estais dispostos a prestar esse juramento? CANDIDATOS.— (Respondem. Quem se negar seré retirado' delicadamente da Camara). SALOMAO — Cavaleiro Mestre de Ceriménias. | os candidatos ante o Altar de Juramentos e fazei-os ajoe— Thaz, de acordo com os nossos costumes. (© M. de CC.:. cumpre a ordem e faz com que candidatos se ajoelhem — com os dois joelhos e que primeiro coloque a mio direita sobre 0 Pentateuco e, con & mao esquerda, o punhal sobre o coracdo. Os demai pousar&o a mao direita sobre 0 ombro direito do candida. to que estiver A sua frente e todos formarao uma fil ajoelhados. Isto cumprido): . 'SALOMAO — (T) — De pé e pelo sinal cordial, me Irmaos! | (Toda a Camara se levanta e todos levam a mao 0 coracao) ! se SALOMAO —~ (Aos candidates ) — Repel as pala ‘vosso jitramento, conforme eu vos ditar: ] oe Ne ee a. cnome) -., SURO, POR MINHA FS DE MACOM, PERANTE ESTA ASSEMBLEIA E EM PRE] SENCA DO SUPREMO ARQUITETO DO UNIVERSO, QU JAMAIS REVELAREI OS SEGREDOS DE CAVALEIR: ELEITO DOS NOVE, A NAO SER QUANDO DEVA COMU- NICAR-ME COM IRMAO JA COLADO E JURADO NESS! GRAU, MAS ISSO PARA FINS DE RECONHECIMENTO COM A CONDICAO DE JAMAIS REVELAR OS ASSUN: TOS DA CAMARA DOS ELEITOS DOS NOVE A QUAL VIER A PERTENCER. JURO CUMPRIR FIELMENTE Ti DAS AS OBRIGACOES DESTE GRAU E SACRIFICAR ‘AOS MANES DE HIRAM ABIF TODA E QUALQUER IN- FIDELIDADE, INFRACAO O' TRANSGRESSAO; SE = FALTAR A ESTE MEU JURAMENTO, CONSINTO EM S) IMOLADO E QUE MEUS OLHOS, VAZADOS POR FERRG EM BRASA, SEJAM PRIVADOS DA LUZ; QUE MEU COR+ PO SEJA ENTREGUE AOS ABUTRES; QUE MINHA MORIA SEJA EXECRADA POR MEUS IRMAOS. ASS SETA og — A va! | — Assim seja! SRLOMAO ~~ Podeis levantar-vos. (T) — Os dema Irmaos podem sentar-se. (Aos candidatos) — Ouvi, ago+ ra, a Lenda do grau de Cavaleiro Eleito dos Nove. Irm! Orador, tendes a palavra. (O'M. de Ceriménias descobre o Painel do Grau, Se g Loja nao possuir o Painel, os candidatos se limitarao ouvir a Lenda): | — 29 — ORADOR — Morto Hiram Abif por obra os trabalhos do Templo foram coopers 3 Obreiros nao puderam receber os seus salarios. que ja havia mandado prestar as homenagens fi a Hiram Abif, seu principal intendente vitimado © pelos traidores, desgostou-se ainda mais com tal dos Obreiros. Reuniu, entao, uma assembléia, a q pareceram noventa Mestres de Israel, para com berarem a ,maneira de descobrir o principal morte de Hiram Abif e os dois camplices desse er Na reuniao, Salom4o relembrou aos Mestres de um édito que mandara publicar para conhecimen todos os habitantes de seu reino, com a ordem 4 rigorosa busca dos traidores, mediante recompensa = 98 encontrasse e os prendesse, a fim de cond e . uzi- mara Real, para o devido julgamento. a Durante a reuniao surgiu um Desconhecido, que mava haver encontrado o esconderijo de Jubel 24 jcomhecido por Abi-Ramah ou Abairam apelid juer dizer “o matad i" Me quer ai lor do pai”, ou melhor, 0 “assa Surpreenderam-se os Mestres de Israel pel Salom&o haver admitido a presenca do Desconihecs plena Camara, mas logo compreenderam a resoluez Rei Sabio. O Desconhecido falou que partira de gada e que percorrera caminhos escabrosos, até trar uma Caverna encoberta por um Espinheiro, s perto das costas de Jopa, e na qual vira entrar mem, cujas caracteristicas e sinais coincidiam com Jubelum Akirob, conforme constava do édito real. ‘Ofereceu-se 0 Desconhecido para acompanhar e até a Caverna os que quisessem prender Jubelum A Ordenou 0 rei, entio, que de uma Urna em que es Sem encerradas pecas gravadas com os nomes o ta Mestres, fossem sorteados NOVE BLEITOS. Bete ceberam com alegria a ordem de prender Jubelum € arrast4-lo ao julgamento. Entre os Nove Eleitos Joaben ou IAHOBEN, nome que quer dizer simplesme! “filho de Deus”, como que a desi; . ignar um homem quer ou um Obreiro modesto e sem senfio a de servir ao Criador. nena Os Nove Eleitos partiram, acompanhados do D nhecido, 4 primeira hora da nolte, logo depois de p = Percorreram caminhos dificeis e perigosos, que os wam constantemente a caminhar cautelosamente e ndo as pernas, para n&o cairem. Muitas vezes tam- eram obrigados a protegerem seus rostos com as “ss, para no serem feridos por plantas cheias de espi- ou de abrolhos e ramos contundentes Ao chegarem perto da Caverna, Joaben, entusiasma- pressou-se, para adiantar-se de seus companheiros. ‘trar na Caverna, depois de afastar os ramos do Es- iro que,a encobriam, percebeu, 2 Luz de uma Lan- que 14 estava, o cintilar das aguas que saiam de 2 Fonte e o brilho de um punhal aos pés de um ho- deitado, que dormia serenamente, como se fosse um cente. Joaben apanhou o punhal, ao que o homem levantou- srontamente, para tomar-Ihe a arma. Entao, Joaben “= reconhecer 0 Companheiro assassino de Hiram Abif dignado, entrou em luta com ele. Jubelum Akirob. mais forte, estava a ponto de dominar Joaben até ‘oi ferido no rosto. Knto, o assassino de Hiram leva ios 4s faces e, vendo as palmas das propraas maos enguentadas, exclama, indignado: — NEKAN! (Vin- ‘ea!); mas o intrépido Joaben, encolerizado, continaou solpeé-lo com 0 punhal, e, a cada ferimento, o seu com- Sor voltava a exclamar: — NEKAN!, até cair morta, sndo apunhalado no corac&o. ‘Ainda sedento de vinganca, Joaben cortou a cabeca Abi-Ramah, Abairam ou Abiram. Nio satisfelto, larzou abeca € 0 punhal ensanguentados aos proprios pés. 20 aproximar da fonte, da qual bebeu avidamente a agua. ca aplacar a sede intensa que sentia. Entdo, exausto & solento, deitou-se e adormeceu profundamente. Os oito outros Eleitos chegaram atrasados, com o Des- hecido e, ao verem Joaben adormecido. com a cabeca ‘Abi-Ramah e o punhal aos pés, gritaram: — NEKAN! KAN! Ao que Joaben despertou, sobressaltado e gritan- — NEKAN! Perturbados com a inesperada tragédia, pois tinham > ao local apenas para prender Abi-Ramah, os eleitos suraram Joaben, exprobando-lhe o crime e a desobe- neia as ordens do Rei, mas, também aflitos pela sorte exaltado companheiro, que teria de ser preso e levado julgamento presidido por Salomao, resolveram cumprir aniSiae esse dever, comprometendo-se a solicitar o perdio real para o infeliz, Assim, Joaben foi levado & presenca do Rel, com a cabeca de Abairam em sua mio esquerda, suspensa pelos cabelos ¢ 9 punhal homicida, instrumento de vin- ganca, na mao direita. Durante 0 julgamento, Joaben foi severamente acusa- do e censurado, pois deveria ser condenado A pena capital, mas, gracas ao seu passado de lealdade e fidelidade, de Seus bons préstimos como Obreiro do Templo e do zelo que finalmente demonstrara, embora com excesso, fol per- doado por Salomao. SALOMAO — (Aos candidatos) — Ouvistes a lenda dos Eleitos dos Nove. Como todas lendas macOnicas, ela é pu- ramente simbélica. Jamais aconteceu, mas a sua narrac3o € sugestiva, para lembrar-vos que doravante vossos deve- res de Macom passam a ampliar-se, envolvendo maiores responsabilidades. Até agora aprendestes mais a elevar o vosso espirito, mantendo a vossa mente disposta a combater os vicios paixoes que flagelam a Humanidade, e construindo 0 vosso ‘Templo intimo, tornando-vos um exemplo moral para os que vos ceream. Aprendestes a usar dos vossos instrumen- tos de Trabalho e a empregar os vossos conhecimentos em beneficio do Templo Social. Jubelum Akirob, apelidado Abi Ramah ou “o matador do Mestre”, também conhecido por Abairam, Abiram ou Abibala, foi um dos trés infieis Obreiros que empregaram 0s seus incipientes conhecimentos e os proprios instru- mentos de trabalho para agredir e, finalmente, matar Hi- ram. Fol ele, Abi Ramah, o autor do golpe ultimo e mortal desferido na cabeca do Mestre, seu superior na Arte de Construir e mais avancado na Via do Conhecimento. Inve- Joso, ambicioso ¢ vaidoso, porque sua mente era mais liga- da ao proprio corpo, isto é, a0 mesquinho interesse pes- soal a materialidade, do que & Sabedoria. Por isso, a sua cabeca fol separada do corpo, como sugere a alegoria. ‘Nos, Macons, sobrelevamos a Inteligéncia e a Sabedo- ria, sempre atacadas pelos ignorantes, pelas mentalidades inferiores ou mediocres que invertem os valores humanos. Quantos outros se assemelham a Abi-Ramah, assas- sino da Inteligéncla, a comecar pelos déspotas que, em defesa das proprias posicées ou de seus falsos principios a t—. ow dogmas, sufocam as liberdades e os direitos human entravando o progresso do Conhecimento e 0 desenvoly! mento das coletividades para um mundo melhor. Ow que se aproveitam da Ciéncia para destruir e matar. os ate arrastam as multiddes ignaras & demagogia, a nos dos melos de comunicagao, que exploram em provel proprio e se enriquecem, mentindo, caluniando, sugestio- nando as turbas e enveredando-as para todos os erros viclos, para a infidelidade, para a decadéncia moral. Ou fabricantes de guerras. Ou os que se aproveitam da igno rancia para incutir nas almas inocentes a supersticio 0: a imitacio dos piores vicios, Ou os que se engrandecem se tornam chefés ou aureolados de injusta fama, as cust da exploracsio das vaidades humanas, da corrupgdo e di todos os meios de enganar Impunemente as massas. os que, mesmo inconscientemente, ofendem a Natures: poluindo os ambientes ou exterminando as espécies ant mais e vegetais, com prejuizo do equilibrio ecolégico, da diva do Supremo Arquiteto do Universo. Ou os que ocul tam ou deturpam a Verdade, em detrimento da Liberdad: do Progresso, da Paz e da verdadeira Justica. Nos, Macons, buseamos a verdadeira formula de con- ciliar o homem considerado isoladamente, com o home: social, certos de que ndo ha individuo capaz de viver, di modo absoluto, fora de uma coletividade. Somos constru tores sociais e sucessores dos que ergulam Templos e Pa. ldelos, que construiam pontes e estradas, que produzia’ Beleza e Bem Estar para a Humanidade. Sabemos que Histéria pode ser como uma série de iniciacdes desordena: das dos seres humanos e, por isso, assumimos a obrigacai de encontrar uma Ordem mais estavel para todo es Caos, O mundo que buseamos é aquele construido de t: modo que nao havera proveito algum em fazer mal, e guerrear, em explorar 0 proximo. Sera o mundo do Amor da Fraternidade, da Tgualdade e da verdadeira Justica. ‘A Verdade pode estar oculta, por ignorancia de que: a busca ou por obra de seus detratores. Nem todos os cri mes contra a Humanidade sao revelados ou efetivamel te demonstrados. Quanta m4 intencfo pode residir_n: consciéncias humanas, a despelto dos esforcos dos mai habeis psicanalistas e psicOlogos! Quantos merecem per: — ant) dao, por ingenuidade ou ignorancia e quantos lograram fugir & devida correo! Os Eleitos partiram em busca da Verdade e da Jus- tica, & primeira hora do anoitecer. Preferiram o sigilo e por isso investigaram mesmo durante a noite, em compa- nhia do Incognito. Andaram por caminhos dificeis, pe- dregosos e cheios de abrolhos. Chegaram @ Caverna, isto 6, & Consciéncia, que lamentavelmente estava coberta por um Espinheiro. Encontraram a triste verdade por cami- nhos desconhecidos. Quantos caminhos para a Verdade sio desconhecidos pelo Homem! O Macom Eleito deve ser um bravo capaz de lutar pela Verdade e enfrentar os caminhos mais dificeis. Deve lutar pela Liberdade, pcla qual sempre podera curgir, de alguém até ent&o Desconhecido, uma idéia nova ou uma desco- perta aproveitavel para o Bem da Humanidade. Deve ex- terminar a Ignorancia, contribuindo, com todas as suas forcas, para a causa do Ensino e da Instrucdéo a todas as criaturas, sem distingdo de classe, de raca, de sexo ou de nacionalidade. Deve estimular 0 desenvolvimento das Ciencias e das Artes. Deve lutar pelos Direitos do Homem, impondo a Tolerancia para todas as idéias bem intencio- nadas. Deve enfrentar as massas envenenadas por falsos conceitos e arrastadas a violéncias. Deve exigir a mais per- feita Justica, como nao deve esquecer a Importancia do Perdéio para aqueles que sAo arrastados a erros, por ne- gligéncia ou omisséo de outros, ou por engodos perpetra- dos por solertes e supostos donos da verdade. Deve evitar, sempre, que a Técnica esteja a servico da decadéncia, da destruicio e da morte. Deve, enfim, fazer triunfar os im- pereciveis postulados da Maconaria. Contudo, a luta de um Macom Eleito jamais sera a da violéncia contra a violéncia, o que seria um propésito {to abominavel como o da vinganca. O verdadciro Magom tem por armas a Palavra e a Inteligéncia, Hiram Abif conhecia a Palavra e representava a Inteligéncia. Era a Perfeicao que todos nés, Magons, buscamos Avidamente. Pela Palavra e pela Inteligéncia ressuscitamos Hiram Abif, O Mestre sempre revivera! 4 At idatastes & Respondel-me, Irmaos que vas candidetas dos Biewtos, quereis estar entre os Escolhidos da Ma naria? sel CANDIDATOS — Sim! (O 2° Experto sai da Camara ¢, na antecamara, vesti do de balandrau, despe-se de seu avental e cobre 0 Tos: com um capuz ou mascara). . SALOMAO — (Retirando as cédulas da urna) — Voss desejo foi satisfeito. Irmao Mestre de Ceriménias, condu zi os Irmaos - (vai lendo os nomes escritos 1m: cédulas) ao Oriente e & minha presenci (NOTA IMPORTANTE - Todos 0s candidatos so Elet tos, mas nove, apenas, tomardo parte na tragédia a gulr, ¢ os demais simplesmente assistirao 4 cerimOnia, bao houver nove candidatos, 0 1.° Experto, que neste m Tiento devera aproximar-se des reciplendirios, escolhes ren @ Mestre de Ceriménias, os restantes, entre Irma: presentes. Somente nove serao levagos ao Oriente. & Bitnais recipiendarios ficaréo de pé, aquém da Grad Gnade estavam. Terminada essa composieao 0 Guarda @Amara baterd levemente A Porta, no grau, sinal_ ps que o 2° Experto se prepare para entrar como o Desi nhecido). ; ‘0 DESCONHECIDO — (De fora, bate irregular e for temente) GUARDA DA CAMARA — Irméo Stolkin, batem modo estranho & Porta da Camara. STOLKIN — Muito Poderoso Mestre, batem de 4 i a Porta da Camara. 2M OMAG —- Hm guarda, Irmios! (T) (Todos se vantam, de espada em punho, mas Salomao e Stoll permanecem sentados). (Breve pausa), - a SALOMAO — (T) — Irmao Stolkin, mandai verifi ue assim bate. . aan dec TOLKIN — Irmo Guarda da Camara, verificai q @ o estranha que bate & Porta. (O Guarda abre a Porta e pergunta): GUARDA — Quem sois? © DESCONHECIDO — Sou um homem qualquer, ai goube do édito do Rei e que conseguiu encontrar 0 ese derijo do assassino de Hiram Abit. — 35 - GUARDA — (voltando-se para 0 interior da-Camara) __ trmao Stolkin, é um Desconhecido que afirma ter en Gontrado o esconderijo do assassino de Hiram Abit. STOLKIN — Muito Poderoso Mestre, é um Desconhe- cido que afirma ter encontrado 0 esconderijo do assassino de Hiram Abit. SALOMAO — Dai-lhe ingresso imediatamente e con- duzi_o & minha presenga. Irmaos, embainhal vossas ¢spa- das e sentai-vos, (Todos se sentam e assumem um ar perplexo, enca- randose uns aos outros, O M. de Ceriménias conduz 0 Reonhecide a0 Oriente, diante do Trono, do qual Salo- indo desce, pelo Sul, para aproximar-se do recém-chega~ Te sobre cujos ombros e de frente pousa as duas milos). SALOMAO (Ao Desconhecido, a quem segura pelos om- pros) — Quem sois? ‘© DESCONHECIDO — Sou um Ishoben, um filho de Deus um homem qualquer. Sabendo do vosso édito, inves- Higuel por toda a parte, para encontrar 0 esconderlio de ver feamah, o matador de Hiram Abif. Certa vez, partindo gbifndrugada, tive de percorrer caminhos dificeis, até te ontrar, perto das costas de Jopa, uma Caverna, ocul- ta por um Espinheiro. Vi entrar na Caverna alguém que, pelos tracos fisiondmicos, se assemethava a AbI-R&ma ¢ Foui vim para servit-vos. Estou pronto a acompanhar até avcaverna os que forem por vos escolnidos entre 08 ex” a mpanheiros do indigitado assassino do Mestre-Constru= for, para que seja reconhecido e preso, de acordo com as vossas ordens reais. SALOMAO — Esperai. (Deixa 0 Desconhecido e volta ao Trono). (entado no seu trono, Salomio, de mio direlta & testa, pde-se a pensar, por um instante © pergunta) SALOMAO — Irmao Stolkin, que horas sao? (A Camara se escurece ainda mais, com o apagar das juzes mals intensns). STOLKIN — O Sol acaba de se ocultar no Poente. Comecou a noite. % hora de partir, SALOMAO — (T) — Bleitos, podeis partir com 0 vosso guia para encontrar Abi-Raman, prendé-lo e trazé-lo & minha presenga, para julgamento. (silencio, ou misica adequada. O Mestre de Cerimd= 6 nias ¢ 0 Experto organizam 0 préstito dos Bleitos, com 0 Daseonhecido A frente. Acompanham 0 préstito, descen- Go pelo Sul, ao lado do Circulo, mas, ao ser este transpose to tacem os Itinerantes cobrir as faces com as maos ¢ to sar com passos cruzados, como quem, caminhando s0- Bre pedrougos, deva também proteger 0 rosto, contra es. pinhos, galhos e salléncias contundentes, prestito, desse aaa ee tara uma eircunvoluctio comum — Ocidente, Norte. modo, {io Oriente, Sul, contornando o Circulo; val até a pimite que por sua vez’é aberta pelo Guarda para permit vomitial dos Eleitos com os dols Expertos, els que 0, M. de Bee ago sai e volta para o seu lugar. Fechada a Porta): SALOMAO — (T) — Irmao Stolkin, anunclal que va~ mos suspender os nossos trabalhos até a volta dos Nove Eleitos. STOLKIN — (1). — Cavaleiros Bleitos dos Nove das vegies Norte ¢ Sul. De ordem do M. Poderoso Mestre, ov seu Mhuncio que vamos Suspender OS nussos trabalhos ate yFolta dos Nove Bleltos. Anunciado, M. Poderoso Mestre, ). SALOMAO -— (Bate TTTTTITT-T). STOLKIN — (Bate TITTTTTT-T). SALOMAO — (T) — Est&o suspensos os nossos tra- balhos. (Todos se levantam e se retiram em ordem, pelo Sul, rodeando o Circulo, quando necessario, isto é, para os que estiverem no Norte ha cireunvolucao). INTERVALO Ha uma breve reereacio para os Irmfos, que devem dirigir-se para a Sala dos PP.’. PP. ou para outros fagares do Edificlo Magénico, onde ficaréo a espera do Wearado do M,". de CC.°., por ordem de Stolkin. OS Candidates, porém, devem permanecer na antecdmara ou ‘Airio, com os Expertos, o M. de CC.~. e Stolkin, para on= iilarem rigorosamente 0 2.° Ato da Inielacdo, que é 0 jul- famento de Joaben, um dos iniclandos, o qual, na oca- Ho devida, deverd entrar na Camara, preso pelos Ex- pertos (ou por um sO Experto, se ndo houver 0 outro), Romo punhal sangrento na méo direita e a cabega de ‘Abairam, suspensa pelos cabelos, na mao esquerda, O Ex- perto que fizera o papel de Desconhecido volta a apte> Aehtarcse normalmente, sem a venda e com avental ¢ @ -—37- Joia do Grau. Cingiré Joaben com um avental de aprendiz manchado de vermelho (sangue). Se no houver uma ca- peca de Abairam, Joaben levaré ostensivamente, na mao esquerda, um avental do grau, recurvado e de modo a mostrar 0 rosto do decapitado. Esse avental servir-lhe-4 de vestido, quando consagrado Eicito. Os demais candida- tos também entrar’io com Joaben (os Oito restantes, ou os restantes e os Irmaos que completarem esse nitmero e que serao dispensados da Instrucdo). Cada iniciado ¢ também um TAHOBEN, ou Joaben, simples “filho de Deus”, expresso iniciatica, revelada pelo Desconhecido, cuja personagem, embora representado por um dos Expertos, ndo mais aparece no 2° Ato. Quando Joaben, preso, devera entrar na Camara, 0 Le Experto ficaraé 4 sua esquerda, segurando-lhe 0 braco esquerda e o 2° & direita, segurando-lhe 0 braco direito com a mAo esquerda, numa atitude de ter de arrastar o acusado, como de fato ocorrera. ‘Até serem consagrados, os demais candidatos conser- varao o ayental de Mestre de Israel. Este ritual, a maneira dos melhores rituais usados por outros Corpos, nao sujeita os candidatos a didlogos que no poderiam’ decorar em poucos instantes, a nao ser a expressiio “Vinganca", dispensavel e facultativa, para cles Joaben permanecera em siléncio, pois tera o seu defensor ha pessoa de Stolkin, ou de outro Irmao indicado pelo M. Poderoso Mestre. Terminada a instrucdo dos candidatos, Stolkin deter- minara a volta aos trabalhos. Todos, menos os candidatos 1s dois Expertos (ou um s6, & direita de Joaben), entra~ ‘Ao em ordem, permanecendo de pé junto aos respectivos lugares, até que o M. Poderoso Mestre ingresse, por wlti- mo, assuma o Trono e bata uma vez o Malhete ou o Cetro, para sentarem-se todos. 2° ATO JULGAMENTU, PERDAO E CONSAGRACAO SALOMAO — (TTTTTTTT-T) — Irmao Stolkin, que horas sio? STOLKIN — (TTTTTTTT-T) — O Sol comeca a des~ pontar no Nascente. A Luz e a Verdade vém voltando. & hora de 0s Nove Bleitos voltarem de sua missfio. =e SALOMAO — Mandai verificar se os Nove Eleitos vol- taram de sua missao. STOLKIN — Irméo Guarda da Camara, verifical se os Nove Eleitos voltaram de sua misséo. GUARDA (Abrindo o postigo ou entreabrindo a Porta e voltando-se para o interior da Camara) — Irmao Stol- kin, os Nove Eleitos voltaram e estao com nossos Irméos, Expertos, na antecimara. STOLKIN — Muito Poderoso Mestre, os Eleitos vol~ taram e se encontram na antecamara, com os Irmios Ex- pertos. SALOMAO — Dai-lhes ingresso imediatamente. STOLKIN — Irmfo Guarda da Camara, fazei entrar os Nove Eleitos. © M. de Ceriménias encaminha-se para a Porta. ‘Ao abrir a Porta, o Guarda da Camara é afastado pelo Experto (que estiver & direita de Joaben), com um ligeiro empurrao dado com o antebraco direito. Joaben, o pre- so, entra com os demais a segui-lo, mas a todos o M, de CC.*, intercepta os passos e conduz o séquito 4 pre- senga de Stolkin. STOLKIN (levantando-se, assustado) — Que acon- teceu? Que desfecho abomindvel! (Salomo levanta-se e Stolkin prossegue): — Muito Poderoso Mestre, mataram Abi-Ramah e 0 degolaram, contra as vossas ordens! SALOMAO — (T) — (enérgico) — Que surpresa abo- minavel! Conduzi imediatamente 4 minha presenga 0s que desacataram as minhas ordens! (Senta-se). (Stolkin vai a frente, para postar-se ao Sul do Oriente e de frente para o Norte. O séquito 0 acompanha, com Joaben preso e um tanto arrastado pelos dois Expertos, estes seguidos dos demais Eleitos e 0 M, de CC.:. — O séquito caminha pelo Norte, mas para diante da Grade do Oriente, no meio e diante do Orador, com Joaben € 08 Expertos a frente). SALOMAO — Rleitos, que fizestes? Quem vos autori~ zou a praticar esse crime? ELEITOS — (Nao respondem). (Pausa). SALOMAO — Fale o principal condutor e diga tudo quanto pode saber! 2° EXPERTO (ou 0 ‘inico) — Muito Poderoso Mestre, como determinais, passo a relatar-vos tudo quanto me = disseram os Eleitos, quando os inquiri, antes de Ingressa- rem nesta Camara. SALOMAO — Dizei logo tudo quanto sabeis. EXPERTO (o mesmo) — Estavam os Bleitos a cami- nho do local indicado pelo Desconhecido. Quando, de jonge, avistaram a Caverna oculta por um Espinheiro, Joaben nao quis obedecer a decisio de todos repousarem por alguns instantes e se prepararem para prender Abi- Ramah Joaven quis cer o primeiro(x) a chegar & Ca~ yerna e, assim, ocultamente, deixou o acampamento, adiantando-se na caminhada para o local. Ao chegarem os Fleitos 4 Caverna viram Joaben adormecido, com um pu- hhal e a cabeca cortada de Abi-Ramah a seus pés. ‘Perceberam os Eleitos que Joaben se vingara e entdo gritaram: “Vinganga!” Ao que Joaben despertou e tam- bem exclamou: — “Vinganga!” Interrogado, cunfessou que entrara em luta com Abi-Rémah, a quem atingiu com 0 punhal varias vezes, a primeira vez no rosto do conten- Gor que gritou: — “Vinganca”, palavra que a vitima vol- tou a exclamar sempre que golpeava em outras partes do corpo, até cair morta, ao ser ferida no coragao. ‘Nao contente com isso e ainda enfurecido, Joaben cortou a cabeca do traidor. A seguir, saciou a propria séde numa fonte ¢, cansado, largou a seus pés a cabeca de ‘Abi-Ramah e 0 punhal, passando a adormecer profunda- Mmente, até ser despertado por seus companheiros com a exclamacao: — “Vinganca!”. ‘Disseram-me os Eleitos que trouxeram Joaben preso e que para ele pedem o perdio real. SALOMAO — (a Joaben) — Dizei-me Joaben. ® ver~ dade o que acabo de ouvir? Confessais a vossa desobe- diéncia e vosso abominavel ato de vinganca? JOABEN — Sim. SALOMAO — Que vos arrastou a pretensao de ser 0 primeiro e wnico a enfrentar Abi-Ramah e por que co- metestes esse crime tao abomindvel? ‘0S DO NORTE, OS DO SUL E OS ACOMPANHAN- ‘TES (aqueles levantando-se e todos de punho direito er- guido, com o polegar para cima): — Vinganca! () — Na iniciatica tradicional é censurdvel a vaidade de imitar "ARKEU" (derivagao do grego APKH = 0 principal, © primeiro, (© superior, © que chega antes, etc.) 40 = SALOMAO — (Bate fortemente (I), e com energia): — Galai-vos todos e sentem-se os que se levantaram! Desde quando aprendestes a apolar a Vinganca? Quantas vezes vos temos ensinado que nao se pune um crime com Outro crime? (Sentam-se os que se levantaram e todos se calam). (Breve pausa). SALOMAO — Cavaleiro Orador, tendes a Palavra. ORADOR — (levantando-se e apontando para Joa— ben) — A Lei diz: — Nao mataras! Joaben matou o seu semelhante. Confessou o seu crime e, além disso, exibe-nos as provas de seu abominavel delito. Em sua mio esquerda esta a cabeca da vitima e em sua mao direita o punhal homicida. Jubelum Akirob era de fato um criminoso. Matou a Inteligéneia que nos guiava na construcéo do Templo. Po" yém, nao seria um arrependido, disposto a pagar por seu trime? Lembrai-vos que ele féta pressentido por um dos hhossos a exelamar: — “Quisera antes que me dividissem 0 corpo ao meio, sendo uma parte lancada ao melo-dia e ‘Sutra ao setentrido, do que ter sido o infame assassino de Hiram Ab‘f!". ‘fubelum Akirob podia ser um covarde, por temer a punicio que sabia merecida. Por isso, talver, ocultou-se na Gaverna, sofrendo os dramas de sua Consciéncia, mas sa~ bia perfeitamente que teria de ser julgado regularmente. Soaben matou Jubelum, impedindo o pronunciamento da verdadcira Justiga, que no admite a punicio de um erime por outro crime. T1a outras agravantes contra o acusado. A primeira é ‘que desobedeceu A ordem real e cometeu 0 delito em misséo oficial. A segunda é a de ter sido arrastado ao cri ime pela propria vaidade, eis que desejou ser 0 primetro Pinico a enfrentar Jubelum Akirob. A terceita ¢ ter agido contra um homem ja desarmado e apanhado de surpresa. ‘Yedes esse punhal sangrento? O punhal, durante sé- culos, tem zervido de instrumento homicida, principal mente para o assassinio a trai¢éo. Com ele, os poderosos Teriram suas vitimas e grandes rels por ele foram mortos, ao comando de ambiciosos que desejavam o poder. ‘isse punhal empunhado por Joaben nao foi um sim- ples simbolo de luta, como o consideramos. Muito a0 con- frario, fot o instrumento de negacio de Justica. Jamais Ale apoiariamos a vinganca privada, assim como jamais po- deriamos admitir a substitui¢io da vinganea privada pela Vinganca de Estado. & isso que nés. construtores sociais, jamais devemos esquecer. Que mais nos ensinou 0 nosso Cédigo de Moral? Ensi- nou-nos que a vida do homem pertence ao Supremo Ar- quiteto do Universo, Do incégnito Eterno surgimos como um étomo insignificante, para voltarmos & mesma condi cdo. Somos pd e ao po voltaremos a ser. Nosso destino, pela Lei Maior, nao é outro. Alguém tera o direito de antecipar o destino de outrém? & claro que nao! ‘Nada, mais me resta a dizer. Joaben deve ser punido com a peha maxima prevista em nossa Lel. (Senta-se) STOLKIN — Muito Poderoso Mestre, pego-vos a pa- lavra, em defesa do acusado. SYOLKLN — Muito Poderoso Mestre, tudos nés ouvi- mos a narragdo dos fatos e a confissio do acusado. Deve- mos concluir que ninguém viu a luta entre o acusado ¢ 0 assassino de Hiram Abif. Joaben, Mestre de Israel e hu- milde filho de Deus, foi aqui recebido e admitido a elei- clio, com estas palavras: — “De ha muito tomais parte nos. trabalhos do Templo. Piel aos vossos compromissos, auxiliaste-nos com lealdade". Reconhecido esta que Joaben ¢é sincero ¢ leal. Por conseguinte, devemos acreditar que disse a verdade aos seus companheiros, ao afirmar que lutou contra quem era muito mais forte do que ele. ‘Todos nés conhecemos Jubelun Akirob e sua forca, Foi ele quem matou nosso Mestre, vibrando-Ihe fortemen- te 0 Malho na testa. © assassino de Hiram poderia subjugar Joaben © ma~ ta-lo, se Ihe tomasse o punhal. Jouben defendeu-se como pode, lutando valentemente, até ser obrigado a matar 0 seu feroz contendor. Lutou também por nossos ideais contra aquele que representava o mal, a traigho aos nossos principios de fraternidade, a violagao de nossos sa~ grados juramentos, enfim © destino quis que Jubelum, mau companheiro, so- fresse 0 castigo reservado a um aprendiz. Joaben, exces- sivamente zeloso, talvez, Jembrou-se de seu proprio_jura~ mento, ao se intciar na Construeao do Templo. Devemos castigi-lo, por nao ter bem entendido as nossas Leis? Tal- ae vez tivesse entendido que deveria trazer Jubelum & nossa presenca, vivo ou morto, mas todo esse raciocinio, todas essas hipdteses, mesmo em se invocando que ninguém se escusa por ignorancia da Lei, nio importam ao seu caso. ‘Até agora demonstrado esté que Joaben defendeu-se de um contendor mais agressive e mais forte © com 0 ante- cedente de perigoso ¢ traigoeiro homicida, Por outro lado, nao ha que censurar 0 acusado por ter sido o primeiro a enfrentar Abi Ramah. Joaben quis dar um exemplo aos seus companheiros, para lembra-los que ainda podem surgir outros traidores em nosso meio. Quem nos livrara dos dissimulados, dos ambiciosos de poder, daqueles que pretendem ocupar, sem merecimen- tos, 0 Trono, ao qual todos devemos obedecer? # certo que Joaben descumpriu a ordem real? Nao teria entendido mal a essa ordem? Entendo que o acusado deva ser absolvido. Nao po- demos considerar nada além do que o seu suposto ato de desobediéncia, pelo qual mereceria o perdido real, diante de seu passado de Obreiro fiel e zeloso. Assim, em nome de seus companheiros, dos quais sou representante, como imediato do Muito Poderoso Mestre, espero que 0 acusa~ do seja absolvido ou perdoado. (Breve pausa) SALOMAO — Os fatos dos quais resultou a morte de Abi Ramah estio plenamente esclareeidos ¢ definido esta que Joaben foi o unico autor desse trgico desfecho. Quanto aos Eleitos que acompanharam 0 acusado, nao hé negar que faltaram ao dever de vigilancia, Estavam todos juntos para a missio de que tinham sido incumbi- dos. Deveriam zelar por essa unio, de modo a nao per- mitir que qualquer deles se afastasse do conjunto de Obreiros da Justica. (Aos candidatos) — Respondel-me, cleitos, estaveis distraidos quando 0 acusado se afastou de vos? CANDIDATOS — (Um por um) — Sim, SALOMAO — Cavaleiro Orador, tendes novamente a palavra. ORADOR — Os Eleitos que acompanharam Joaben acabam de confessar a propria negligéncia. Isso vale di- ver que faltaram aos nossos principios de solidariedade. (istrairam-se, deixande de cumprir o dever de vigilancia. s certo que ndo participaram do abominavel delito prati- ois

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