Você está na página 1de 77
Quinta-feira, 28 de Dezembro de 2023 I Série - N2 246 <# DIARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA Prego deste niimero - Kz: 3.400,00 Assembleia Nacional Lei n.2 13/23 -sreeeern De Autorizacao Legislativa para Legislar sobre 3 Pauta Aduan Exportacao, fa dos Direitos de Importacdo e Lein.e 14/23. 8519 De Aiteragio a0 Cédigo do Imposto sobre o Valor Acrescentado. — Revoga a alfnea ©) do artigo 2.°, 0 1.° 2 do artigo 3.%, 0 n.¢ 5 do artigo 10.*, as alineas a) ¢ g) do n.2 1 do artigo 12.2, 0 ponto iv da alinea b) do n.£ 3 co artigo 222, 0 n. 4 do artigo 44.2, 0 12 7 do artigo 49.8, 0 n.2 4 do artigo $4.2 € a alinea a) do n.° 2 do artigo 55.° do Cédigo do Imposto sobre o Valor Acrescentado, adita os artigos 69.°-A, 69.°-B, 69.°-C, 69.°-D, 74.°, 75.9, 762, 77.26 782, @ republica 0 Cédigo do Imposto sobre o Valor Acrescentado. DIARIO DAREPOBLICA DE 28 DE DEZEMBRO DE 2023 I SERIE, N.2 246 | 8519 ASSEMBLEIA NACIONAL Lei n.2 14/23 de 28 de Dezembro Considerando que © Cédigo do Imposto sobre o Valor Acrescentado aprovado pela Lei n2 7/19, de 24 de Abril, sofreu alteragdes pontuais por meio de diversos diplomas, de modo a adequé-lo as vicissitudes até entdo vivenciadas; Havendo a necessidade de se introduzir ajustes substanciais 20 Cédigo do IVA, visando conferir maior flexibilidade, eficiéncia e justiga ao imposto, tanto para os contribuintes, no pro- cesso de liquidagdo, declaragao, pagamento e do reembolso dos créditos do IVA, como para a Administragio Tributéria, no ambito do controlo e fiscalizag’o do imposto; A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo, nos termos das disposicdes combi- nadas da alinea 0) do n.2 1 do artigo 165.2 ¢ da alinea d) do n.2 2 do artigo 166.2, ambos da Constituigaio da Republica de Angola, a seguinte: LEI DE ALTERACAO AO CODIGO DO IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO PRIMEIRA ALTERACAO/2023 ARTIGO 12 {Alteragdes ao Codigo do Imposto sobre o Valor Acrescentado) Sho alterados os artigos 2.9, 3.9, 5.°, 6.9, 7.2, 9.9, 10.2, 11.9, 12.9, 13.2, 14.9, 15.2, 17.2, 18.9, 19.2, 21.2, 22.8, 23.9, 24.2, 25.2, 26.2, 27.2, 29.2, 31.2, 32.2, 34.2, 37.2, 44.2, 45.2, 48.2, 49.2, 50.2, 51.8, 52.2, 54.2, 55.9, 56.2, 57.2, 60.2, 61.%, 62.2, 63.2, 64.2, 65.2, 66.2, 67.2, 68.2, 69.2, 70.2@ 712 do Cédigo do Imposto sobre o Valor Acrescentado, que passam a ter a seguinte redacedio: SARTIGO 2.8 (Definigées) Para efeitos do presente Codigo, salvo se expressamente indicado em contrario, as pala- vras e expressdes nela usadas tém o seguinte significado: a) DIARIO DA REPUBLICA DE 28 DE DEZEMBRO DE 2023 i sERIE, #246 | 8520 |) Volume de negécios — a globalidade do volume anual de facturac%io ou importa- (fo efectuada pelo sujeito passivo em determinado exercicio econémico; DLT K) Servicos médicos estéticos — os que visam a restauragdo, manuteng3o e pro- moo da estética, sem que Ihe esteja associada a finalidade de diagnéstico, prevengiio e tratamento de patologias; 1) Bonus — beneficio ou prémio atribuido ao cliente por ter adquirido bens ou servigos; m) Desconto de Rapel — desconto atribuldo ao cliente por ter atingido um determi- nado volume de compras, previamente estabelecido; 1n) Servico de Transporte colectivo de passageiros — servico de transporte de pas- sageiros, realizado segundo itinerSrios, paragens, hordrios ¢ precos previamente definidos por entidade publica competente, em que a capacidade global do veiculo é posta a disposigao de todo o piblico, indistintamente. ARTIGO 3.2 {Incid@ncia objectiva} ARTIGO 5.2 {Transmisséo de bens) 4, Presumem-se transmitidos os bens adquirides, importados ou produzidos que nao se encontrem nos locais em que o sujeito passivo exerce a sua actividade, bem como os que tenham sido consumides em quantidades que, tendo em conta o volume de produgio, devam considerar-se excessivas. Presumem-se também adquiridos pelo sujeito passivo os bens que se encontrarem em qualquer dos locais referidos no ntimero anterior. DIARIO DAREPOBLICA DE 28 DE DEZEMBRO DE 2023 | SERIE, N.2 246 | 8521 5. [ule 6. No so consideradas transmissdes de bens as cessdes, a titulo oneroso ou gratuito, do estabelecimento comercial, da totalidade de um patriménio ou de uma parte dele, que seja susceptivel de constituir um ramo de actividade independente, quando o adquirente seja, ou venha a ser pelo facto da aquisi¢ao, um sujeito passivo do imposto, nos termos da alinea a) do n.° 1 do artige 4.2, que pratique exclusivamente operagdes que confiram direito a deducao. 7. Excluem-se do disposto na alinea e) do n.° 3 as amostras ¢ as ofertas efectuadas em conformidade com os usos comerciais, desde que, em qualquer dos casos, os bens nao se destinem a posterior comercializagio e o respective valor unitdrio seja igual ou inferior a Kz: 32,000, 00 (trinta e dois mil Kwanzas) ¢ o valor global anual ndo exceda o montante de Kz: 2,000 000,00 (dois milhes de kwanzas). 8. A exclusdo a que se refere o ntimero anterior ¢ também aplicdvel 4s transmisses de bens destinadas a ofertas para atenuar os efeitos das calamidades naturais, tais como epidemias, pandemias, cheias, tempestades, secas, ciclones, sismos, terramotos ¢ outros de idéntica natureza, desde que devidamente autorizado pelo Titular do Poder Executivo. ARTIGO 6.2 {Prestacao de servicos) a) [...]5 b) As que tenham sido efectuadas a titulo gratuito pela propria empresa com vista as necessidades particulares dos drgios sociais, do pessoal ou, em geral, a fins alheios & mesma. 3. [ule 4. [od 5. [ule ARTIGO 7.2 (Vales) 5. Sem prejuizo do disposto no ntimero anterior, considera-se operaco tributavel a nao-utilizacao do vale de finalidade miltipla no prazo de 1 ano, devendo o sujeito passivo emitir a respectiva factura pelo adiantamento. ARTIGO 9.2 (Localizagao das transmissées de bens) DIARIO DA REPUBLICA DE 28 DE DEZEMBRO DE 2023 | SERIE, N.2 246 | 8522 nal, consideram-se localizadas em territério nacional, sempre que o adquirente tenha nele sede, domicilio ou estabelecimento estavel ou © pagamento tenha origem no territério nacional, ou seja intermediado por instituigao financeira nele estabelecida. ARTIGO 10.2 (Local das prestacées de servigos) Le we zg 2 S g & 2 ARTIGO 11.2 {Facto gerador e exigibilidade) x Noyey ol 9. Sem prejuizo do disposto nos nuimeros anteriores, o imposto torna-se exigivel com a emissdo da factura, nos termos da alinea b) do n.2 1do artigo 32.9, nas transmissdes de bens e prestagdes de servigos: a) b) fal. DIARIO DA REPOBLICA DE 28 DE DEZEMBRO DE 2023 1 SERIE, Ne 246 | 0523 10. [1 11. [.u). ARTIGO 12.2 {Transmissdes de bens e prestagdes de servicos isentos) a) Revogado; b) [ls ¢) As transmissées de cadeiras de rodas e veiculos semelhantes, aceionados manual- mente ou através de motor, para portadores de deficiéncia, aparelhos, maquinas de escrever com caracteres braille e os artefactos que se destinam a ser utilizados por invisuais, bem como os artefactos destinados & correcc3o da visdo ou audi¢30; d) Atransmissao de livros, incluindo em formato digital, com excepgao dos que con- tenham conteuido pornografico; e) A locacaio de bens imoveis, com excepcdo das prestacées de servicos de aloja- mento efectuadas no ambito da actividade hoteleira ou similares; f) Atransmissao de bens iméveis; g) Revogado; 1h) O servigo de transporte colectivo de passageiros; leds Dhol i) Lal; 1) A prestacio de servicos de ensino, efectuada por estabelecimentos enquadrados na Lei de Base do Sistema de Educaco e Ensino; m) A prestagiio de servico médico sanitario, efectuada por estabelecimentos hospi- talares, clinicas, dispensdrios ¢ similares, excepto os que se destinam a estética; ap [Ty 0) Os equipamentos e materiais médicos, conforme Anexo IV ao presente Cédigo. 2. Os sujeitos passivos que beneficiem das isenges constantes das alineas b) e d) do numero anterior podem renunciar a isen¢ao, optando pela aplicagao do imposto as trans- missdes de bens e prestacdes de servigos ai previstas. ARTIGO 13.2 {Reniineia a isenco) 7. Na passagem ou retorno ao regime de isencdo referido no n.° 4, os sujeitos passivos devem regularizar a favor do Estado 0 imposto contido nas existéncias a data da passagem. DIARIO DA REPUBLICA DE 28 DE DEZEMBRO DE 2023 | SERIE, ARTIGO 14.2 (Importagées isentas) a) b) [als ¢) A importacao de bens destinados a ofertas para fins filantrépicos ou para ate- nuar os efeitos das calamidades naturais, tais como cheias, tempestades, secas, ciclones, sismos, terramotos, epidemias, pandemias e outros de idéntica natu- rez, desde que os fins a que se destinem sejam devidamente reconhecidos pela Administragao Tributaria; ) [5 e) f) As importagdes de bens destinados a doagaio ao Estado e seus organismos, bem como as Autarquias Locais. aL. b) [ule ARTIGO 15.2 {Exportagdes, operacées assimiladas e transportes internacionais) Lik a) As transmiss6es de bens expedidos ou transportados com destino ao estrangeiro pelo exportador; 2. As isengées a que se referem as alineas f), g) eh) so operacionalizadas através da restitui¢ao do imposto, nos termos definidos em regulamento préprio. ARTIGO 17.2 (Valor tributavel nas operagées internas) DIARIO DA REPOBLICA DE 28 DE DEZEMBRO DE 2023 1 SERIE, Ne 246 | 9825 6) [al ad) [3 @) [1 A) boli g) Nas operagdes de seguros, é 0 valor total dos prémios de seguro pagos pelo adquirente, do destinatario ou de um terceiro, a seguradora ou resseguradora; h) Nos jogos de fortuna ou azar e de divers%o social, corresponde ao montante entregue para 0 acesso ou participacaio no jogo, com excepgao do prémio; i) Nos condominios, corresponde & comiss’o ou taxa de gest%io ou administracio do condominio, com excepgiio da parcela destinada 4 cobertura de despesas de manutengao e conservagiio do condominio. b) Os descontos comerciais ou abatimentos, constantes da factura emitida que comprova a transmissdo de bens ou prestagio de servico; lal 8. Lu) 9. Os descontos a que se refere a alinea b) do n.° 7 ndo abrangem os bénus ou descon- tos de rapel. ARTIGO 18.2 (Valor tributavel nas importacdes) 3. Nos casos de reimportacao de bens exportados temporariamente e que no estran- geiro tenham sido objecto de trabalhos de reparagaio, transformagaio ou complemento de fabrico, o valor tributavel é 0 que corresponde a operacio efectuada no estrangeiro, determinado de acordo com o disposto no n.2 1. ARTIGO 19.2 (Taxas do imposto) 1. As taxas do imposto so as seguintes: a) 14%, como taxa geral, para as importagdes, transmissdes de bens e prestagdes de servigos; DIARIO DA REPUBLICA DE 28 DE DEZEMBRO DE 2023 i sERIE, b) 7% para o regime simplificado; ¢) 7% para as prestagbes de servigos de hotelaria e restauracéo; d) 5% para as importagées e transmissbes de bens alimentares de amplo consumo @ insumos agricolas constantes dos Anexos |e Il do presente Codigo; @) 1%, para as importagdes e transmisses de bens sujeitas a0 regime tributério especial aplicdvel Provincia de Cabinda, com excepgio dos bens constantes do Anexo Ill a0 presente Codigo, aos quais se aplica a taxa geral. 2. A taxa referida na alinea ¢) do numero anterior apenas ¢ aplicada pelos prestadores dos referidos servigos que cumpram cumulativamente as seguintes obrigagdes: a) Efectuem a inscrigao de todos os imévels que sejam de sua propriedade ou por si utilzados para o desenvolvimento da actividade; b) Efectuem a inscrigao de todos os velculos motorizados que sejam de sua proprie~ dade ou por si utilizados para o desenvolvimento da actividade; c) Efectuem a emissdo de facturas por via de sistemas de facturagio electronicos; d) Entreguem as declaragSes tributarias dos exercicios anteriores. 3. Nos casos de adiantamento, em que o bem a adquirir nao esteja determinado, aplica- -se a taxa geral. 4. A taxa aplicavel & a que vigora no momento em que o imposto se torna exigivel. ARTIGO 21.8 {Imposta cativo) Le fnk 2, 0 Banco Nacional de Angola, os bancos comercials, as seguradoras ¢ resseguradoras © as operadoras de telecomunicagdes com titulo global unificado devem cativar 50% do imposto contido em facturas. 3. [.]. 7. Sem prejuizo do vertido nos nuimeros anteriores, as entidades puiblicas, com excep- 80 das empresas pUiblicas, podem efectuar 0 cativo do IVA nas operagées de importacio por elas efectuadas. 8. A obrigacao de cativar o imposto a que se refere o presente artigo nao ¢ aplicdvel as operagées realizadas entre as entidades previstas no n.° 2. DIARIO DAREPOBLICA DE 28 DE DEZEMBRO DE 2023 I SERIE, N.2 246 | 8527 ARTIGO 22.2 {Ambito do direito 4 dedugao} i. Exportagdes e operagées isentas nos termos dos artigos 15.° ¢ 16.9 ft Loo J iv, Revogado. bul 6. O imposto cativo nos termos do artigo 21.° é deduzide ao valor do imposte liquidado, devendo constar da declaragao do periodo em que se tiver verificado a emissao da factura. ARTIGO 23.2 {Condigées para o exercicio do direita a deducao) Le fuk 2. A deducio deve ser efectuada na declaracao desse periodo ou do period seguinte aquele em que se tiver verificado a emissao da factura ou recibo de pagamento do imposto na importago, desde que a declaragaio seja submetida até 12 (doze) meses apds a emis- so da factura ou recibo de pagamento do imposto na importacao. 3. Sé confere direito & dedugdo 0 imposto mencionado nos seguintes documentos, que estejam em nome, em posse e com o nlimero de identificagao fiscal do sujeito passive: a) Facturas emitidas pelos sujeitos passivos do regime geral do IVA€ nos termos do Regime Juridico das Facturas; b) Recibo de pagamento do imposte suportado na importacao; fal. ARTIGO 24.2 (ExclusBes do direito 4 dedugo) Lf. a) A aquisicao, fabrico ou importacdo, locagao, incluindo a locagao financeira, segu- os, 2 utilizacao, transformacdo e reparagao de viaturas de turismo, barcos de reereio, helicépteros, aviées, motos e motociclos; DIARIO DAREPUBLICA DE 28 DE DEZEMERO DE 2023 | SERIE, N.2 246 | 8528 b) [ls Dll. 2. No se verifica, contudo, a exclusdo ou limitago do direito 4 dedugdo do imposto incorrido relativamente as operagées mencionadas no numero anterior, quando respei- tem a bens ou servicos cujo imposto tenha sido liquidado na venda, com excepgao dos bens ou servigos adquirides para o consumo proprio ou dos seus colaboradores. 3. [). ARTIGO 25.2 {Exclusdo do direito 4 deducao das operagées petroliferas) h) Aluguer de viaturas e servico de transporte; Dal ARTIGO 26.2 {Regime de reembolsos) Le fnk 2. Se, passados mais de 3 meses relativos ao periodo em que se verificou o excesso, se mantiver 0 crédito a favor do sujeito passivo em montante superior a Kz: 700.000,00 (setecentos mil Kwanzas), este pode, se nao desejar manter, no todo ou em parte, o pro- cedimento referido no numero anterior, solicitar o correspondente reembolso. DIARIO DA REPOBLICA DE 28 DE DEZEMBRO DE 2023 1 SERIE, Ne 246 | 9528 9. O prazo a que se refere o n.° 4 deste artigo pode ser prorrogado por um periodo no superior a seis meses, sempre que haja indicios de que os créditos decorreram de pratica de crimes tributérios. 10. Os sujeitos passivos do Regime Simplificado podem solicitar o reembolso do crédito aseu favor, passados mais de 12 meses relativos a0 periodo em que se verificou 0 excesso. 11. A Administragao Geral Tributéria pode, sempre que julgar necessdrio, efectuar a analise dos documentos que originaram o crédito de imposto que deu lugar 20 pedido de reembolso, ou fiscalizar 0 sujelto passive. ARTIGO 27.2 (Dedugo parcial) 3. fuk: a) No numerador, 0 volume total de negécios efectuados no ano, excluido o valor do imposto, das actividades que conferem o direito & dedugo nos termos do artigo 22.2; b) No denominador, 0 volume total de negécios efectuados no ano, excluido o valor do imposto de todas as actividades efectuadas pelo sujeito passivo. 6. Os sujeitos passivos que iniciem a actividade ou que a alterem substancialmente podem praticar a dedugao do imposta com base numa percentagem proviséria estimada por si, a inscrever na primeira declaracio periédica. 7. [ule 8. Apercentagem provisdria a que se refere o n.2 6 deve ser regularizada nos termos do n.25 do presente artigo. 9. 0 método de afectagio real referido no n.® 2 do presente artigo € aplicdvel apenas quando os bens adquiridos sejam destinados a vendas. 10. Aquando do cdlculo da percentagem de dedugo efectuado nos termos dos n."* 3 © 6 do presente artigo, os sujeitos passivos podem deduzir a totalidade do imposto supor- tado na aquisigdo de bens e servigos, sempre que o resultado da fraceao seja Igual ou superior a 98% (noventa € oito por cento), sem prejulzo do disposto no n.° 5. ARTIGO 29.2 (Responsabilidade pelo pagamento do imposto) DIARIO DA REPUBLICA DE 28 DE DEZEMBRO DE 2023 I SERIE, N.2 248 | 8530 5, Sempre que o imposto nao seja cativo nos termos do artigo 21.°, a responsabilidade de entrega do tributo reverte-se para 0 emitente da factura, até ao Ultimo dia Util do més seguinte ao do recebimento. 6. Nos casos de operacdes realizadas através de plataformas electrénicas, a responsabi- lidade de entrega do imposto é das entidades referidas no n.° 2 do artigo 20.9, ARTIGO 31.2 {Pagamento do imposto cativo) 1. As entidades referidas no n.° 2 do artigo 21.2 sao obrigadas a submeter, por trans- missdo electronica de dados, a declaracao periédica e seus anexos, correspondente a tais operagdes, que gera automaticamente a Nota de Liquida¢3o e a entregar o montante do imposto cativo que consta das facturas emitidas pelos seus fornecedores de bens e servi- G05, até a0 Ultimo dia ttil do més seguinte ds operacdes cujo imposto fol cativo. 6. Todas as entidades publicas que nao executam as suas despesas no Sistema Integrado de Gestdo Financeira do Estado devem efectuar a entrega do imposto cativo mediante submissdo da declarac3o nos termos do artigo 44.° do presente Codigo. ARTIGO 32.2 {Ambito das obrigaces) e) Entregar os anexos de regularizagdes, bem como os demais anexos da decla- ragdo periédica, sempre que houver rectificages a fazer nos termos dos artigos 48.° © 49.° do presente Cédigo. ARTIGO 34.2 {Emissao de facturas) 1. A factura referida na alinea b) do n.° 1 do artigo 32.° deve ser emitida nos termos do disposto no Regime Juridico das Facturas. DIARIO DAREPOBLICA DE 28 DE DEZEMBRO DE 2023 I SERIE, N.2 246 | 8531 2. Os documentos emitidos pelas operagées assimiladas a transmissdo de bens pelas alineas e) ef] do n.® 3 do artigo 5.° e a prestagao de servigos do n.° 2 do artigo 6.2 devem conter os elementos aplicdveis 4s facturas, nos termos do respectivo Regime Juridico. 3. As facturas emitidas pelos representantes fiscais dos sujeitos passivos que nao dispo- nham de domicilio, sede ou estabelecimento estavel no territério nacional devem conter, além dos elementos previstos no Regime Juridico das Facturas, o Numero de Identificacao Fiscal, domicilio, sede ou estabelecimento estavel do respectivo representante. 4, Aliquidaco do imposto na factura compete exclusivamente aos sujeitos passives do regime geral do IVA. ARTIGO 37.2 {Conservacao de documentas) Os sujeitos passivos so obrigados a arquivar e conservar todas as facturas e outros documentos fiscalmente relevantes, conforme disposto no Cédigo Geral Tributario. ARTIGO 44.2 {Declaracao periédica) Lfok 2. Quando for apurado imposto a entregar ao Estado na declaragao a que se refere o numero anterior, 6 sistema informatica em uso na Administragio Geral Tributaria deve gerar automaticamente a Nota de Liquidagao. 3. [ule 4, Revogado. 5. Lu). ARTIGO 45.2 {Declarago de alteragio de actividade) 1, Sempre que se verifique alterac%io de qualquer dos elementos constantes da decla- aco relativa ao inicio de actividade, com exclusdo dos relatives ao volume de negécios, deve 0 sujeito passivo submeter a respectiva declarago de alteracdo de actividade. fale ARTIGO 48.2 (Rectificagdes do imposto) 1. Sempre que o valor tributdvel de uma operagao ou o respectivo imposto sejam rectificados, por qualquer motivo, apés a emissao da factura, aplicam-se as disposigdes constantes no Regime Juridico das Facturas e Documentos Equivalentes. 2. Se, depois de efectuado o registo das aperagdes activas, for anulada a operacdio ou reduzido o seu valor tributavel, o fornecedor do bem ou prestador de servico pode regu- larizar a seu favor o correspondente imposto até ao final do periodo seguinte aquele em que se verificarem as circunstancias que determinam a anulacao da liquidacao ou a redu- 0 do seu valor tributével. DIARIO DA REPUBLICA DE 28 DE DEZEMBRO DE 2023 | SERIE, N.2 246 | 8532 3. No caso de reetificago nas facturas do imposto que ja tenha dado lugar ao registo referido no némero anterior, a regularizagao € obrigatéria quando houver imposto liqui- dado a menos, o qual pode ser efectuado sem qualquer penalidade até ao final do periodo seguinte aquele a que respeite a factura a rectiticar, ¢ é facultativa quando houver imposto liquidado a mais, mas apenas pode ser efectuada no prazo de um ano. al 7. Acorrecco de erros nos registos a que se referem os artigos 38.° a 42.9, e na decla- ragao mencionada no artigo 44.2, € obrigatéria quando houver imposto entregue a menos © podera ser efectuada sem qualquer penalidade, desde que a substituigéo ocorra até a0 final do periodo seguinte ao da submissdo da primeira declaracao. 8. O disposto no numero anterior s6 € aplicével quando a primeira declaragéo tenha sido submetida dentro do prazo. 9. Oincumprimento do disposto no n.° 4 determina a regularizacao oficiosa do imposto pela Administragao Tributéria. ARTIGO 49,2 {Créditos de cobranca duvidosa e incobravels) 4, A Administracao Geral Tributaria pronuncia-se, no prazo de 6 meses, sobre o pedido referido no numero anterior, sem prejuizo da prévia fiscalizacao. 5. A regularizacio a que se refere o ntimero anterior determina a notificacaio do adqui- rente pela Administracao Tributéria, pare que efectue a correspondente regularizaco a favor do Estado, no prazo de 15 dias a contar da data da notificagao. 6. Oincumprimento do disposto no numero anterior determina a regularizacio oftciosa do imposto. 7. Revogado. 8 [1 ARTIGO 50.2 {Responsabilidade solidaria) 1, So solidariamente responsavels com o fornecedor pelo pagamento do imposto os intermediarios, incluindo plataformas digitais, os quais sejam sujeltos passivos do imposto, quando se verifique prova de que o intermediadrio teve conhecimento, ou deveria ter tido, de que a fraude ou evasao ao imposto estaria a ser cometida relativamente & operacio em causa. 2. Osujeito passivo adquirente do bem ou do servico € solidariamente responsavel com © fornecedor pelo pagamento do imposto, quando a factura cuja emissdo seja obrigaté- DIARIO DA REPOBLICA DE 28 DE DEZEMBRO DE 2023 I SERIE, 2 248 | 8533 ria nos termos da alinea b) do n.° 1 do artigo 32.° no tenha sido emitida ou, tendo sido emitida, inclua informago inexacta relativamente a natureza ou 4 quantidade dos bens transmitidos ou servigos fornecidos, ao preco ou ao montante do imposto devido. 3. O sujeito passivo adquirente ou destinatario que prove ter pago ao seu fornecedor, devidamente identificado, todo ou parte do imposto devido, é desonerade da responsabili- dade solidéria prevista no numero anterior, pelo montante correspondente ao pagamento efectuado. 4. 0 direito & dedugo, nos termos do artigo 22.2, ¢ excluido quando o sujeito passive tenha ou deveria ter conhecimento de que, através da operacao invocada para fundamen- tar o direito em causa, participava em fraude ou evasdo ao imposto. 5. Para efeitos do disposto no niimero anterior, presume-se que 0 sujeito passivo tenha ou deveria ter conhecimento de que, através da operagao invocada, participava em fraude ou evasio ao imposto, quando o prego por ele devido pelos bens ou servigos em causa seja inferior ao valor normal dos mesmos. 6. A presungdo referida no nimero anterior ¢ ilidivel se 0 sujeito passivo provar que prego aplicado nao resulta de pratica de fraude ou evasdo ao imposto. ARTIGO 51.2 {Criagao e gestdo da conta de reembolso} 1. Para assegurar os reembolsos correspondentes aos pedidos legalmente autorizados dos sujeitos passivos, so eriadas contas bancdrias de reembolso cuja competéncia de ges- to é da Direcgo da Administracdo Tributéria. 2. Aconta mencionada no numero anterior serve, dniea ¢ exclusivamente, para assegu- rar 0s pagamentos correspondentes aos pedides de reembolsos legalmente autorizados, nao podendo ser usada para fins diversos. 3. Os saldos ociosos podem ser aplicados em instrumentos financeiros sem riscos de racionalidade econémica e financeira, devendo os juros resultantes ser utilizados para melhoria da performance da conta de reembolso. ARTIGO 52.2 (Arrecadacao e afectacao de receitas) 1. As receitas didrias resultantes da cobranga do Imposto sobre o Valor Acrescentado s80 distribuidas nos seguintes termos: a) 75% para a Conta Unica do Tesouro; e b) 25% para as contas de reembolso mencionadas no artigo anterior. 2, Podem ser fixadas percentagens diferentes das referidas no numero anterior, com base nas projeccées anuais para o Orcamento Geral do Estado para cada exercicio econd- mico, desde que, para a conta de reembolso, nunca seja destinado um valor inferior a 20% das receitas arrecadadas, para a salvaguarda da liquidez necessaria a satisfacao dos pedi- dos de reembolso. DIARIO DA REPUBLICA DE 28 DE DEZEMBRO DE 2023 I SERIE, N.2 246 | 534 ARTIGO 54.2 {Liquidaco oficiosa do imposto) 1. A Administragao Tributdria procede, nos termos do Cédigo Geral Tributdrio, a liqui- dago oficiosa do imposto sempre que a declarago periddica prevista no artigo 44.° ndo seja submetida no respective prazo legal. 2. A liquidago oficiosa a que se refere o numero anterior deve ser efectuada tendo como base, designadamente, os seguintes elementos: a) Declaracées de periodos anteriores; b) Operages declaradas pelo sujeito passivo constantes do ficheiro SAF-T (A); ¢) Imposto suportado, declarado por outro sujeito passivo; a) Volume de vendas declarados pelo sujeito passivo; ¢) Imposto declarado por contribuintes inseridos no mesmo ramo de negécios que o sujeito passivo; f) Outros elementos de que a Administracao Tributéria disponha. 3. Cimposto liquidado nos termosdo n.° 1, adicionado dos respectivos acréscimos legais, deve ser pago no prazo de 15 (quinze) dias a contar da data da recepcao da notificacao. 4, Revogado. 5. A liquidacao referida no n.° 1 fica sem efeito, sempre que o sujeito passivo submete a declaragao em falta dentro do prazo de 15 (quinze) dias a contar da data da notificacio, sem prejuizo da penalidade que ao caso couber, 6. Nos casos em que o imposto apurado nos termos do n.° 1 é pago, o respectivo mon- tante 6 tomado em conta no pagamento das liquidacdes previstas no numero anterior, cobrando-se ou ereditando-se a diferenga, se houver. ARTIGO 55.2 {Correcsao das declaracdes} 1. A Administraco Tributaria procede & correcgdo das declaragSes dos sujeitos passi- vos quando fundamentadamente considere que nelas figure um imposto inferior ou uma dedugo superior aos devidos, liquidando-se adicionalmente a diferenga e notificando-se em conformidade 0 sujeito passivo. 2. a) Revogado. ») ¢ ARTIGO 56.2 {Liquidagao Adicional) 1. Nos casos em que tenha sido apurado o imposto por montante inferior ao devido, deve-se proceder a liquidagao adicional que se mostre necessaria, sem prejuizo dos res- pectivos acréscimos legais. DIARIO DA REPOBLICA DE 28 DE DEZEMBRO DE 2023 I SERIE, 2 248 | 8535 2. Nos casos de a liquidacao adicional prevista no n.° 1 decorrer de acco de inspeccio, © imposto e os respectivos acréscimos legais devem ser entregues no prazo previsto no Cédigo Geral Tributario, apés a recepsio da notificagao. 3. Sempre que o imposto liquidado e cativo nos termos do artigo 21.° nao tenha sido declarado, o sujeito passivo ¢ obrigado a repor o crédito gerado pela falta de declaracio do imposto, mediante correcgéio, nos termos dos numeros anteriores, ARTIGO 57.2 {Agregacao das liquidacdes} As liquidacdes referidas no artigo 54.2, quando reportadas 2 mais de um periodo, podem ser agregadas numa $6, de forma a corresponder a um Gnico documento de cobranga, sem prejuizo da aplicag30 do principio segundo 0 qual cada periodo de imposto deve respeitar 2. um valor de imposto e respectivos acréscimos. ARTIGO 60.2 {Requisitos para o Regime de Exclusio) 1. Enquadram-se no regime de exclustio os sujeitos passives cujo volume de negécios ou operagbes de importagdo seja inferior @ Kz: 25 000 000,00 (vinte e cinco milhdes de kwanzas). 2. Os sujeitos passivos referidos no numero anterior estdo excluidos do dmbito de aplicagiio do Imposto sobre o Valor Acrescentado, sem prejuizo de poderem suportar © imposto quando liquidado pelos seus fornecedores. 3. Os sujeitos passivos enquadrados neste regime devem ter cadastro actualizado nos termos do presente Cédigo. ARTIGO 61.2 {Passagem para o regime geral) 1. Os sujeitos enquadrados no regime simpliticado ou de exclusdo podem optar pela adesio ao regime geral do imposto, através de submissdo da declaraco de alteractio de actividade, mediante aprovacao da Administracao Tributaria. 2. Adeclaracao a que se refere 0 ntimero anterior produz efeitos a partir do primeiro dia do més seguinte ao da aprovagio. 3. Apés enquadramento no regime geral, o sujeito passivo deve nele permanecer por um periodo minimo de 5 anos. 4, Na passagem para o regime geral, 0 sujeito passive do regime simplificado pode deduzir 90% do imposto suportado na aquisi¢ao de bens de capital e de mercadorias contidas nas existéncias destinadas a venda, adquiridas nos 12 meses anteriores Aquela passagem, mediante autoriza¢o da Administracao Tributdria, desde que reportadas no mapa de fornecedores. 5. Na passagem para o regime geral, o sujeito passivo do regime de exclusdo pode dedu- 2ir a totalidade do imposto suportado na aquisi¢ao de bens de capital e de mercadorias contidas nas existéncias destinadas a venda, adquiridas nos 12 meses anteriores Aquela passagem, mediante autorizacao da Administragao Tributdria, desde que reportadas no mapa de fornecedores ou no livro de registos. DIARIO DA REPUBLICA DE 28 DE DEZEMBRO DE 2023 ISERIE, N.2 248 | 8536 6. O imposto a deduzir a que referer os n.*'4.¢ 5 no inclu os servigos adquiridos incor- porados no custo dos bens de capital e das mercadorias destinadas 4 venda. 7. Nas situagdes em que exista variagdo positiva do volume de negécios ou opera- Ges de importagdo, ultrapassando os limiares previstos non. 1 do artigo 60.2 € n.° 1do artigo 69.9-A, a Administracio Tributdria pode efectuar a alteragio oficiosa do regime de tributagdio do sujeito passive, devendo este ser notificado do acto, o qual produz efeitos a partir do més seguinte ao da notificagao. ARTIGO 62.2 (Requisitos para adesdo ao regime geral) 1. Enquadram-se no regime geral: a) Os sujeitos passivos que no exercicio econérnico anterior tenham tido um volume de negécios ou operacées de importagao igual ou superior a Kz: 350 000 000,00 (trezentos € cinquenta milhdes de Kwanzas); b) Os sujeitos passivos da industria transformadora que, nos 12 meses anteriores, tenham tido um volume de negécios ou operagées de importacao superior a kz: 25 000 000,00 [vinte e cinco milhBes de Kwanzas); ¢) Os sujeitos passivos que optem pelo enquadramento voluntario neste regime de tributagao. 2. Os sujeitos passivos do regime geral devem, cumulativamente, preencher os seguin- tes requisitos: a) Possuir contabilidade e cadastro actualizado no sistema da Administragao Tributaria; b) Possuir um sistema de facturagao validado pela Administracio Tributaria, nos termos da legislacao propria; ¢) Possuir 0 meios adequados para a submissio, por transmissio electrénica de dados, das declaragdes fiscais a que se encontre sujeito, bem como os elementos da sua facturacao e contabilidade, nos termos da legislagao aplicavel. ARTIGO 63.2 (Passagem do regime geral para o regime de exclusdo) 1. Os sujeitos passivos enquadrados no regime geral de tributacdo do imposto que passem a satisfazer as condi¢es previstas no artigo 60.2 e que optem pela aplicacao do regime de exclusio devem submeter a declarac3o de alteracao da actividade, a qual pro- duz efeitos a partir de 1 de Janeiro do ano civil. 2. Os sujeitos passivos que optem pelo regime de exclusdo nos termos do numero anterior devem efectuar a regularizago do imposto deduzido respeitante a aquisigaio de activos existentes na declaracao referente ao Ultimo perfodo de tributacao. 3. Nos casos de passagem do regime geral de tributacao para o regime de exclusao, ou inversamente, a Administragdo Geral Tributaria pode tomar medidas necessérias a fim de evitar que 0 sujeito passivo usufrua vantagens injustificadas ou sofra prejufzos igualmente injustificados, podendo nao atender a modificaces do volume de negocios que tenham ocorride em cireunstancias exeepeionais. DIARIO DA REPOBLICA DE 28 DE DEZEMBRO DE 2023 1 SERIE, 12.248 | 8537 ARTIGO 64.2 (Obrigagées declarativas e de facturacao) 1. Os sujeitos enquadrados no regime de exclusdo, nos termos do artigo 60.°, esto dis- pensados das obrigagdes previstas na presente Lei, @ excepgdo do envio das declaragdes de inicio e de cessacio de actividade. 2, Nao obstante o disposto no numero anterior, os sujeitos enquadrados naquele regime devem submeter mensalmente, por transmissdo electronica de dados, o mapa de fomecedo- res, sempre que adquiram bens e servigos a sujeitos passivos do regime geral do imposto. 3. Os sujeitos enquadrados no regime de exclusio sdo obrigados a manter em boa ordem e a exibir sempre que Ihe seja solicitado os documentos comprovativos das suas aquisigBes, bem como outros documentos comprovativos do seu volume de negécios. 4. As facturas emitidas por sujeitos enquadrados no regime de exclusdo devem conter ‘a mengaio «IVA — Regime de Excluséo». ARTIGO 65.2 (Beneficio fiscal) 1, Sempre que os sujeitos enquadrados no regime de exclusdo submeterem o mapa a que se refere o n.° 2 do artigo anterior, podem deduzir a colecta do imposto sobre o ren- dimento devido de que sejam titulares, até ao limite de 10% do imposto suportado nas suas aquisicdes de bens e servigos nas operacdes internas que constem do referido mapa de fornecedores. ARTIGO 66.2 (Pressupostos para o regime de caixa) 1. Os sujeitos passivos enquadrados no regime geral que tenham tido, no exercicio eco- némico anterior, um volume de negécios ou operagdes de importacao igual ou inferior a Kz: 2 000 000 000,00 (dois mil milhées de Kwanzas), ¢ que ndo realizem operacées isen- tas nos termos do artigo 12.2, podem optar pela liquidaco e pagamento do imposto em «regime de IVA de caixa», em fungao dos recebimentos de clientes e pagamentos a for- necedores, desde que tenham a situagio tributaria regularizada ao abrigo deste imposto. |. 3. Aadesdo ao regime de caixa faz-se através da submisséo da declaragio de alteraciode actividade, por transmissao electrénica de dados, mediante aprovacao da Administracao Tributaria, Esta declaracdo produz efeitos a partir do més seguinte 8 aprovacdo, devendo o sujeito passivo permanecer neste regime por um periodo minimo de 3 anos consecutivos. 4, Oregime de caixa aplica-se a todas as transmissées de bens e prestages de servicos efectuadas pelo sujeito passivo, com excepcdo das seguintes operacdes: a) |. DIARIO DA REPUBLICA DE 28 DE DEZEMBRO DE 2023 ISERIE, N.2 248 | 8598 o) [ali d) |). 6. Os sujeitos passivos que renunciem ao regime de caixa s6 podem nele reingressar depois de um periodo minimo de trés anos consecutivos. 7. Os sujeltos passives abrangidos no regime de caixa devem sempre submeter por transmissio electronica de dados a declaracio de alteragdo de aetividade, pare reingres- sar ao regime geral, quando passem a efectuar exclusivamente operagdes excluldas pelo numero anterior. 8. A Administractio Tributaria pode cessar, oficiosamente, a aplicacéio do regime de caixa, sempre que: a) O sujeito passivo passe a exercer, exclusivamente, uma das actividade previstas no artigo 12.2; ARTIGO 67.2 {Facto gerador e exigibilidade) 2. Nao obstante 0 disposto no ntimero anterior, © imposto incluido nas facturas relativa- mente as quais no tenha ainda ocorrido 0 recebimento total ou parcial do prego é exigivel: al. 1b) No perlodo a seguir ao més de retorno ao regime geral de tributagao ou quando deixern de se verificar as condicdes previstas no n.2 1 do artigo anterior; Dal. ARTIGO 68.2 {Direito a deducao) 1. Os sujeitos passivos enquadrados no regime de caixa esto obrigados a reportar as suas facturas relativas as suas aquisigSes de bens e servigos no anexo de fornecedores, sem deduzir 0 imposto nelas contido. 2. Aexclusdo do direito 8 dedugdo a que se refere © numero anterior no é aplicavel quando o sujeito passive tenha em sua posse a factura-recibo au recibo, que Ihe sejam emitidos nos termos do respectivo Regime Juridico. 3. Nao obstante o disposto no ntimero anterior, o imposto que incida sobre as transmis- sdes de bens ou as prestagdes de servicos efectuadas aos sujeitos passives enquadrados no regime de caixa @ dedutivel no 12.° més posterior 2 data da emissio da factura semn- pre que © pagamento desta e a consequente dedugdo do imposto ndo tenha ocorrido em momento anterior, bem como nas situagdes previstas nas alineas b) ¢ ¢) no n.° 2 do artigo anterior, mediante autorizagao da Administracao Tributaria. DIARIO DA REPOBLICA DE 28 DE DEZEMBRO DE 2023 I SERIE, 2 248 | 8538 4, Odisposto nos ntimeros anteriores nao se aplica as operaces em que a obrigag3o de liguidacaio e pagamento do imposto compete ao adquirente dos bens € servigos. ARTIGO 69.2 (Emissdo de Facturas) 1. As facturas relativas as operagées abrangidas pelo regime de caixa devemn ter uma série especial e conter a mengdo «IVA — Regime de caixan. 2. No momento do pagamento, total ou parcial, das facturas referidas no numero ante- rior, é obrigatoria a emissdo do recibo, pelos montantes recebidos, os quais devem ser comunicados por transmisséo electronica de dados, nos termos da legislaciio prépria, 3. Os recibos emitidos por sujeitos passivos enquadrados no regime de caixa ou emitido a estes sujeitos passivos, quando estes solicitem, devem conter todos os elementos previs- tos no Regime Juridico das Facturas. ARTIGO 70.2 (Penalizacdes) 1. A falta ou atraso na submissao electrénica da declara¢ao mensal exigivel implica, para oinfractor, © pagamento de coima no valor de Kz: 600.000,00 (seiscentos mil Kwanzas) por cada infracgiio. 2. Acoima prevista no numero anterior é elevada ao dobro, em cada trés meses, sem- pre que a declaragao em falta nao seja submetida. 3. A falta de liquidagao, liquidaco inferior 8 devida ou liquidagao indevida do imposto em factura, bem como a falta de entrega, total ou parcial, do imposto devido aplica-se a penalidade prevista no Cédigo Geral Tributério referente a falta de pagamento de tributo. 4, O disposto no numero anterior aplica-se igualmente aos casos de atraso ou falta de entrega do imposto cativo ou que nao tenha sido cativo, bem como a falta de declaragao do imposto a favor do Estado e aos casos de deducdo indevida, na declarago a que se refere 0 artigo 44.2, ARTIGO 71.2 (Recepcao de declaragdes e outros documentos) 1. A submisso de qualquer declaragiio nos termos do presente Cédigo, por transmis- so electrénica de dados, produz efeitos apds aviso electrénico de recepgio efectuado pelo sistema da Administragao Tributaria. ARTIGO 2.2 (Aditamentos) Sao aditados os seguintes artigos: “ARTIGO 69.2 -A {Requisitos para o Regime Simplificado) 1. Enquadram-seno regime simplificado os sujeitos passivos que, no exercicio econdmico anterior, tenham tido um volume de negécios ou operagdes de importagao igual ou supe- DIARIO DA REPUBLICA DE 28 DE DEZEMBRO DE 2023 I SERIE, N.2 246 | 8540 rior a Kz: 25 000 000, 00 (vinte e cinco milhdes de kwanzas) ¢ inferior a kz: 350 000 000,00 (trezentos ¢ cinquenta milhdes de kwanzas). 2, No caso dos sujeitos passives em inicio de actividade, o volume de negécios a tomar em consideracao é estabelecido de acordo com a previséo efectuada relativa ao ano civil corrente, sem prejuizo da sua verificacaio pela Administragao Tributéria. 3. Nos casos em que o inicio de actividade, para efeitos do disposto no numero anterior, tenha lugar ao longo do ano civil, deve o volume de negécios relativo a esse periado ser convertide num volume de negécios anual correspondente. 4, Para efeitos de cdlculo do volume de negocios previsto no n.° 1, para sujeitos pas- sivos sem contabilidade, 2 Administragao Tributaria tem em consideragao o volume de negécios de entidades relacionadas. ARTIGO 69.2-B {Obrigagdes declarativas e de facturacao) 1. Os sujeitos enquadrados no regime simplificado devem submeter mensalmente, por transmissdo electronica de dados, a declaracao simplificada e seus anexos, contendo as informagdes das operacées realizadas no més anterior, nos termos do artigo 44.°, incluindo as retengdes que tenham sido efectuadas nos termos do artigo 69.2-D. 2. As facturas emitidas por sujeitos enquadrados no regime simplificado devem conter a mengiio «IVA — Regime Simplificadon. 3. As obrigagdes previstas no n.° 2 do artigo 62.° aplicam-se igualmente 2os sujeitos passivos do Regime Simplificado. ARTIGO 69.2-C (Apuramento do imposto e direito a deduca0) 1. Os sujeitos passivos deste regime apuram o imposto devido, mediante a aplicagao da taxa sobre 0 volume de negdcios efectivamente recebido de todas as operagdes, incluindo as isentas ¢ os adiantamentos ou pagamentos antecipados. 2, Odisposto no numero anterior nao ¢ aplicavel a locagao de iméveis, ficando esta ope- ragSo sujeita a taxa definida no Cédigo do Imposto de Selo. 3. Os sujeitos passivos deste regime apuram ainda o imposto quando adquirem servi- 08 a prestadores nao residentes, mediante aplicagao da taxa prevista para este regime. 4. Os sujeitos passivos deste regime exercem o direito 4 deduco de 10% da totalidade do imposto suportado, sendo que os restantes 90% so dedutiveis 4 matéria colectavel do imposto sobre o rendimento. 5. Aos sujeitos passivos do regime simpliticado nao ¢ aplicavel o disposto no artigo 24.° ARTIGO 69.2- D {Reten¢ao do imposto) O Estado e seus organismos procedem a retenc&o do imposto nas operagdes realizadas com os sujeitos passivos cadastrados no regime simplificado, sempre que estes pagamen- tos sejam efectuados através do Sistema Integrado de Gesto Financeira do Estado. DIARIO DAREPOBLICA DE 28 DE DEZEMBRO DE 2023 | SERIE, N.2 246 | 8541 ARTIGO 74.2 {Obrigagao de pagamento de Imposta de Sela) 1. Os sujeitos passives do Imposto sobre o Valor Acrescentado, enquadrados no regime geral, que pratiquem operacdes exclusivamente isentas, que nao confiram direito a dedu- 680, esto obrigados ao pagamento do Imposto de Selo sobre o recibo de quitaco, & taxa de 1%, referente a verba 23.3 da tabela anexa ao Cédigo da Imposto de Selo, aprovado pelo Decreto Legislativo Presidencial n.° 3/14, de 21 de Outubro. 2. A totalidade do Imposto de Selo pago nos termos do presente artigo considera-se custo fiscalmente aceite em sede do imposto sobre o rendimento. ARTIGO 75.2 {Nao-aceitacaa do IVA dedutivel como custo) 1. O Imposto sobre o Valor Acrescentado dedutivel nos termos do respective Codigo, n&oé considerado custo dedutivel 8 matéria colectavel do Imposto sobre os Rendimentos. 2. A incluso do IVA dedutivel nos custos de pesquisa, desenvolvimento, producto e abandono das sociedades investidoras petroliferas implica 2 nao-aceitaco do imposto como custo fiscalmente aceite em sede do Imposto sobre o Rendimento do Petréleo. ARTIGO 76.2 {Reporte de operacées bancarias) As InstituigSes Financeiras Bancarias devem assegurar © reporte & Administragio Tributaria, por transmissao electronica de dados, de um ficheiro trimestral contendo © resumo das operagdes processadas nos Terminais de Pagamento Automidtico (TPA). ARTIGO 77.2 (Imposto liquidado no comércio electrénico internacional) Pode ser entregue, sem qualquer penalidade, Imposto sobre o Valor Acrescentado que tenha sido liquidado antes da implementagio do sistema de cadastro simplificado, pelos sujeitos passivos ndo residentes, ao abrigo do comércio electrénico internacional cuja venda ou prestacao de servigo se achem localizadas em Angola. ARTIGO 78.2 {Pagamento diferido do IVA) 1. Eadmissivel, mediante solicitago do sujeito passive e aprovagio da Administraciio Tributaria, 0 diferimento, em até 12 meses, sem acréscimos legais, do pagamento do IVA devido pela importagao e transmissao de equipamento industriais pelo fabricante para ini- cio de actividade. 2. Sem prejuizo do vertido no nlimero anterior, é ainda admissivel, o pagamento em até 12 prestages mensais, sem qualquer acréscimo legal, do IVA devido pela importacao ou transmissdo de equipamentos industriais pelo fabricante, independentemente do ini- clo da actividade.» DIARIO DA REPUBLICA DE 28 DE DEZEMBRO DE 2023 | SERIE, ARTIGO 3.2 (Revogagies) Sao revogadas as seguintes disposigdes do Codigo do Imposto sobre o Valor Acrescentado: a) Aalinea e) do artigo b) On.22 do artigo 3.%; ¢) On.25 do artigo 10.2; d) As alineas a) e g) don. 1 do artigo 12.2; ¢) 0 ponto iv da alinea b) do n.2 3 do artigo 22. f)On2 4 do artigo 44.2; g) 0. n.27 do artigo 49.2; h) O.n.24 do artigo 54.2; i) Aalinea a) do n.° 2 do artigo 55.° ARTIGO 4.2 {Republicaco integral) E determinada a republicagao integral do Cédigo do Imposto sobre o Valor Acrescentado, incluindo as alteragées, aditamentos e revogacées constantes da presente Lei de Revisdo. ARTIGO 5.2 (Diividas e omissées) ‘As dividas e omissées resultantes da interpretago e da aplicago da presente Lei de Reviséo sao resolvidas pela Assembleia Nacional. ARTIGO 62 {Entrada em vigor) A presente Lei de Revisdo entra em vigor a data da sua publicacao. Vista ¢ aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda, aos 15 de Novembro de 2023. A Presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira. Promulgada aos 21 de Dezembro de 2023. Publique-se. 0 Presidente da Repiblica, JoAO MANUEL GONGALVES LOURENGO. DIARIO DA REPOBLICA DE 28 DE DEZEMBRO DE 2023 1 SERIE, 12.248 | 8543 ee 1__| Cares e miuderas de animaisca espécie bovina 2__| Cares e miuderas de animals da espécie suina 3_| Games e miudezas de animals das espécies ovina ou caprina 4 _| Cares e miudezas, comestives de aves (excepto peru e ganso) 5 _| Pelxes (exceoto tubarto, salméo e bacalnau) 6 | Leite, leitelho,iogurte, soro de lete (excepto natas) 7__| Manteiga, pasta de barrar(espalhar) ou margarina 8 _| Ovos de aves, frescos, conservados ou cozicos 9 _| Produtos horticolas ou vegetais comestiveis 10 _| Frutas, rescas, seeas ou conservadas de outro mado ni_| cha 12__| Cereais em gr80 13_| Produtos da inclstria de moagem (farinnas de milho, tiga e outras) 14 _| Geo Alimentar © Gorduras exceato-azeite) 15 | Agticares 16 _| Massas alimenticias, mesmo cotidas ou recheadas (excepto cuseu) 17 _ | Produtos 8 base de cereais, obtiéos por expansio ou por torrefacgao (em gros ou soa forma de flocos ou de outros gros trabalhados) re | Moduts de pacar, patel ov da naira de Golachas eats, Kistis, obras, pastas secs dears, 19 _| Aguas (inclul as gase'ficadas) ou gelo 20 | Sal ANEXO II Se 1._| Animais vivos 2__ | Sémende bovino 3__| Bolbos, tubérculos, raizes,rebentos e rizomas, em vepetagiv ox em or: tudes plantas ¢ raizes 4_|Sementes 5_ | Semeas, farelos e outros residuosou de outros tratamentos de cereais ou de legminosas 6 _| Preparagies do tino utlizada na alimentagao de animais 7_| Aeubos (Fertlizantes) de origem animal, vegetal, minersis on quimicos, azotados (nitrogenados) jg _| nSectcidas,rodenticides, fungicidas, herbickdas, nfbidores de geninagao e vegoladores de creseimento para plantas, desinfectantes ¢ produtos semselhantes “Tubos @ seus acess6rios (por exemplo, juntas, cotovelos, flanges, uniives) de plistice, 10 _| Fitae mangueira de rega gota a gota 11 _ | Attigos de transporte ou de embalagem, de plisticos: rolas, tampas,cApsuls « outtos dispositives par fechar recipientes, de plastico 12 | Pheu do tipo utilizado em velculos e maquinas agricolas ou florestais DIARIO DA REPUBLICA DE 28 DE DEZEMBRO DE 2023 I SERIE, 2 246 | 8544 css ee 13. | Papel e eartéo proprias para fabricacso de papéis ou eartdies 14 _| Garratdes, garrafas, frascos e outros reeipientes de viéra proprios para transporte ou embalagem 15 _| Pas vies, picaretas, enxadas, machados € outras ferramentas manuais paraa agricutura, horticuitura ou siivieultura, 16 _| instrumentos ¢ ferramentas para maquinas de agricuitura, horticultura ou sivicultura, 17 _ | Avatelhos para cozimento, torrefaccZo, destiacto, rectificagdo, ester zacso, pasteurizacto, estuagem, secagem, evaporacéo, vaporizagao, condensacao ou arrefecimento. 18 _| Maquinas e aparelhos de uso agricola, horticola ou florestal 1, Prenat emaqvines ¢ aparehossemelants, para fabrcagto de Wnho.sa, sumo (sues de ruta ou bes 20 _| Maquinas e aparelhos para preparagio de alimentos ou rages para animais| 21 _| Méquinas e apareihos para avicultura 22 _| Tractores 23 _| Barcos de pesca (artesanais e de pequena © médio porte} 24 _| Bindeulos e outros instrumentas ¢ apare! hos de navegago 25 _| Estufaspara a agricultura 26 _| Canas de pesca, anz6is € outros artigos para a pesca & linha ANEXO III Mercadorias nao abrangidas pela Taxa Especial para a Provincia de Cabinda ee ee Bebidas Alcaalicas 2 _| Mastos de uvas e vermutes em recipientes de capacidade nao superior a2 L 4g _| Dutras bebidas fermentadas (por exempio, scra, peraca, hidromel) misturas de bebidas fermentades © nvsturas lig bebidas Fermentadas com dedicias nao-alcoolicas, ndo especificadas nem compreencitas noutras posigdes 4 _| Alcoo! ettlico néo-cesnaturaco, com um teor alcodiico, em volume, inferior a 80% vol 5_| Charutos, eigarrilhas e cigarros, de tabaca ou que cantenham tabaco 5 _| Attigos de joalharise suas partes, de metals preciosos (plague) ou de metals folheados ou chapeados de metals preciosos 7 _ | Aitigos de ourivesaria e suas partes, de metais preciosos ou de metas folheados ou chapeados de metals pre~ ciosos {plaque} jg _| Obras de pérolas naturais ou culivacas, ce pecras preciosas ou semiprecosas ou de pecias sintéticas ou cecons- ‘ituidas 9 | Velculos automéveis 10 | Rel6gins de puso, reldgios de bols0 € semethantes com caiva de metals preciosos ou ce metals folneacos ou chapeadas de metais preciasos 11_| Calas, aulselras de reldgios e suas partes Dutras armas de fogo @ aparelhes semelhantes que utlizem a ceflagra¢ao da polvora (por exemplo, espingardas € 1g__| CBrabinas, de caga, armas de fogo carregaves exclsivamente pela boca, pstolas langa-foguetes.e outros aparelnos concebidos apenas para lancar foguetes de sinalizacSo, pistolas ¢ revolveres para tio sem bala, pistolas de émbolo, cativo para abater anima’, canhBes langa-armarras) 13 _| Partes e acess6rios dos artigos de armas 14 _| Cartuchos e suas partes, para espingardas ou carabinas de cano |/so; chumbos para carabinas de ar comprimido DIARIO DA REPOBLICA DE 28 DE DEZEMBRO DE 2023 1 SERIE, 2.248 | 8545 ANEXO IV Medicamentos e Equipamentos Médicos Isentos de Imposto sobre o Valor Acrescentado Bina ssa 1_| Aicool etilico nao-cesnaturaco, com um teor alcodlico, em volume, igual ou superior 4 80 % vol 2 [Nira de prata 4 | Sins outros ros para sos opoterpins, auras substnclashuranas ou annals prepares ae finateraprteny ou profidecos |p| Seneve hursano; sergue anima prepared nara usosterapteos,pofieiens ov de dlapnéstco:antosores, cprodutesserehanes 3 [Estos de cagntstio eo paludome (nal 6 | Vacinas pra medina humana 77 [vena pare mena veternaia 8 [Medieamentos 9 Pastas (gazes, ataduras artigos andlogos pensos (curativos), impregnados ou recobertos de substancias far- rad tear ou seoniconades par ada eta para uns edna peo: detiris ou weer inaros 10 __| Pensos (curativos} adesivos ¢ outros artigos com uma camada adesiva 11 [Prearagies artigos farmacbuteos 12 [Despercosfarmactutios 15. [Preparagies para inpeza ou higine nasal 14 | Ghapas pata ries 15 [Reagents ce lagndstico ode lbornério em qualquer fupone «reagentes de daghtaco vg [Atos ce transporte ov de erbalagery, de nlésteo; las, tapas, pss e ous dspostves para RCTS reentertes, de phen 17 | Saosenlecores ce uiha, de autodave nédlo ede wlotonla 18 | Sacos par retos 19 | Frascos colectores de urina e para a dissolugae de hipoclorito 20 _| Argos dehigiene ou de farmacia 71 | resevatvor 72_| Vestuaviow seus sexssOos (endo a ives, mitenese serehants) 25 | Mosquitos pra camas 2a | Amso's 25 | Vsos para eres 26 Argos de dro para abortions ouTemndsla mesmo gaduados ov lbvadon 27 | fxerilagores néieoxirirses ou 6 aborateio 78 | eres oe antec, eres de vo, praésulos 29 | Oculos para correceso, protec¢4o ou outros fins, € artigos seme |hantes 30 | camara otogrteas ara uss mesos a1 | Wiroscopis opncos, eactOgatoseesereoscopeos 2 [lsturentoseaparelos para medina, crurga, odorata vin, bom cso os apa ava sp Aosrens de mcanotrapa; massage seotécnica;xoroteapa ce or geoteapi, aeross0e oi o> patron ceresnimagio. oivosaparlhos cetera esata Ga | Argos caparlns ortontlcose e ox 35 | bensimets,aebmetos termonetos,afdmetos, bardretos, Rgionitos e pacometos 36 | Moblisr pera medina, ura, donotoga ouveterinsia DIARIO DAREPOBLICA DE 28 DE DEZEMBRO DE 2023 ANEXO V Produtos Petroliferos Isentos de Imposto sobre o Valor Acrescentado Céaien Mee Produtos Petroliferos 1. | Huhhas; briquetes, nolas em agiomeracos e combustve’s s6lidos semelhantes, obti¢os partir da hulna 2 | Lnites, mesmo aglomeradas, excepto azeviehe 3 | Coguese semicoques, ce hulha, ce linhte ou de turfa, mesmo aglomerados; canto de retorta 4 | Gas de hulna, gs ce Agua, e gases semelhantes 5 _| AtatrBes de hulha, de lnhite ou de turfa e outros alcatrfes mineras, mesmo desidratados ou parcialmente estilados,incluinco os acatrBes reconstituidos 6 | Gleose outros procutos provenientes da destlacio dos alcatrdes de hulhaa alts temperatura 7 | Brew e cogue de ares obnidos a partic do alcatrio de hulha ou de outros aleatrBes minerals 8 | Gleosde perrélea ou de minerais betuminasos, excepto dleas brutos 9 | Gas de petrdleo e outros hidrocarbonetos gasosos 10 | Natural, Liquefeitos: Gas natural, Propano, Butanos, Etileno, ropileno, butileno € butadieno 1 _| Vaselina; paratina, cera de petréleo microcrstal na, € produtos semelnantes obtidos por sintese ou por outros processos 12 | Cogue de petrdieo, betume de petrOleo.e outros residuos dos dleas de petrdieo ou de minerais betuminosos. 13. Betumese astatos, naturals; xistos eareias tetuminosos;astaltitese rochas astalicas 14 _ | Misturas beturinosas & base de asfaito ou de betume naturais, de betume de petrleo, ce alco mineral ou de breu de alcatrao mineral ANEXO VI Aque se refere a alinea i) do n.2 1 do artigo 12.2 Concessio de crécitos e a gestdo de garantias de crécito Juros de mora pelo atraso no cumprimento de obrigagies crediticias por parte dos dientes Cambio de divisas outras operagdes relativas a divisas, com exceprao da transmissio de moedas e notas de colecro As operates relativas a denés'tos financeiros e gesto de contas Atrans’ isso de ttulos financeiros A gest 0 de fundos comuns de investimento As com) ssBes de geste das funds de investimento colectivo € dos fundas de pensties DIARIO DA REPOBLICA DE 28 DE DEZEMBRO DE 2023 1 SERIE, N.2 246 | 8847 REPUBLICACAO DO CODIGO DE IMPOSTO SOBRE VALOR ACRESCENTADO A reforma tributéria em curso no Pals, 0 contexte socioeconémico que Angola vive e as experiéneias internacionais estudadas, aconselham a adopcao de um imposto, sem efeitos de cascata, adequado as condigdes locais e a0 mesmo tempo simples ¢ suficientemente moderno para lidar coma economia globalizada, cobrado pelo método de crédito do imposto e que tenha uma Gnica taxa e umn numero reduzido de isengdes, baseado nas melhores praticas tributarias. IVA destaca-se por ser um imposto indirecto, plurifasico de incidéncia ampla que abrange de forma generalizada, as transmissdes onerosas de bens, as prestagdes onerosas de servicos € as importagdes, abarcando pontos de producio, distrilbuigdo e comercializagao. Considerando que a implementaciio do IVA em Angola hé-de permitir 0 alargamento da base tributaria, a atracgao de investimentos, a eliminagiio da dupla tributagiio no Imposto de Consumo e 0 combate & evasdo ea fraude fiscal, bem como 0 enquadramento gradual da eco- nomia informal; A Assemblela Nacional aprova, por mandate do Povo, nos termos das disposices combi- nadas da alinea 0) do n.2 1 do artigo 165.° ¢ da alinea d) do n.® 2 do artigo 166.2, ambos da Constituigaio da Republica de Angola, o seguinte: CODIGO DO IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO, CAPITULO | Disposicées Gerais . ARTIGO 1.2 (Ambito de aplicagdo territorial} 1. O presente Cédigo aplica-se a todo 0 territério nacional. 2, Para efeitos do presente Cédigo e demais legislac3o aplicdvel, territério nacional corres- ponde ao territério da Republica de Angola que compreende, a extensdo do espago terrestre, as Aguas interiores e 0 mar territorial, 0 espaco aéreo, 0 solo e o subsolo, 0 fundo marinho e os leitos correspondentes, tal como se encontra definido no n.® 2 do artigo 3.° da Constituigdo da Republica de Angola, bem como outras areas territoriais ou internacionais sobre as quais © direito ou 0s acordos internacionais reconhegam poder de jurisdi¢ao tributaria 8 Republica de Angola. ARTIGO 2.2 * {Definigdes) Para efeitos do presente Cédigo, salvo se expressamente indicado em contrério, as palavras © expressdes nela usadas tém o seguinte significado: a) Bens de Abastecimento — As provisdes de bordo, sendo considerados como tais 05 produtos destinados exclusivamente ao consumo da tripulagao e dos passagei- ros, os combustiveis, carburantes, lubrificantes e outros produtos destinados ao * Alterado pelo artigo 12 da Lei n® 14/23, de 28 de Dezembro — De Alteraco a0 Cédigo do Impasto sobre o Valor Acrescentada. DIARIO DA REPUBLICA DE 28 DE DEZEMBRO DE 2023 ISERIE, N.2 248 | 8548 funcionamento das maquinas de propulsdo e de outros aparelhos de uso técnico instalados a bordo assim como produtos acessérios destinados a preparagao, tra~ tamento e conservag3o das mercadorias transportadas a bordo; b) Imposto Cativo — 0 montante retido, a titulo de imposto sobre o valor acrescentado para entrega ao Estado, por parte do adquirente de bens ou servigos, que conste de factura ou documento equivalente, nas condigdes previstas no artigo 21.2 do presente Cédigo; ¢) Operagées Petroliferas — Actividades de prospecco, pesquisa, avaliac%o, desenvol- vimento, produg’o, armazenagem, venda, exporta¢do, tratamento e transporte de petrdleo realizadas ao abrigo da Lei das Actividades Petroliferas; d) Operacées Mineiras — Actividades de prospeccao, pesquisa, reconhecimento, explo- ragdo € tratamento de recursos minerals nos termos do Codigo Mineiro; ¢) Revogado”, #) Sociedade Investidora Petrolifera — So as entidades com vinculo contratual com a Concessionaria Nacional, nos termos da Lei das Actividades Petroliferas, ou que, n&o tendo o referido vinculo, estejam sujeitas ao regime especial de tributacéo das actividades petroliferas; g) Vale — Instrumento que se traduz num pré-pagamento que titula o recebimento de bens ou servigos ou um desconto, podendo ser de finalidade Unica, quando os bens a entregar ou os servigos a prestar, a identidade dos potenciais fornecedores ou prestadores € 0 local da entrega dos bens ou prestacao dos servigos esto iden- tificados no momento da emissdo do vale; ou de finalidade miltipla, em todos os outros casos, incluindo o das moedas digitais; 1h) Valor Normal — O montante total que, a fim de obter os bens ou servicas em ques- to, o adquirente ou destinatério, no mesmo estadio de comercializagao em que se realiza a entrega de bens ou a prestagao de servicos, teria de pagar, em condigdes de livre concorréncia, a um fornecedor ou prestador independente, com equivalente posigao de mercado, no tempo e lugar em que € efectuada a operacao ou no tempo ¢ lugar mais proximos. Este montante inclui, sempre que sejam aplicdveis, impos- tos especials sobre o consumo, direitos, taxas e outras imposigées cobrados, com excepcao do proprio imposto, Na auséncia de uma operacao tributavel comparavel, © valor de mercado sera o montante estabelecido pela Administragao Tributaria, com base no mais apropriado de entre os reconhecides métodos internacionais; 1) Volume de Negécios — A globalidade do volume anual de facturacio ou importacio efectuada pelo sujeito passivo em determinado exercicio econémico; j) Viatura de Turismo — Qualquer veiculo automével, com incluséo de reboque, que, pelo seu tipo de construgao e equipamento, ndo seja destinado unicamente ao * Revogado pelo artigo 3.° da Le! n.° 14/23, de 28 de Dezembro — De Alterago a0 Cédigo do Imposto sobre o Valor Acrescentaco. DIARIO DA REPOBLICA DE 28 DE DEZEMBRO DE 2023 1 SERIE, 2 248 | 8549 transporte de mercadoria ou a uma utilizagao com caracter agricola, comercial ou industrial, ou que, sendo misto ou de transporte de passageiros, nao tenha mais de dez lugares, com a incluso do condutor; k) Servigos Médicos Estéticos — Os que visam a restauragao, manutengo e promocao da estética, sem que Ihe esteja associada a finalidade de diagnéstico, prevencao ¢ tratamento de patologias; |) Bonus — Beneficio ou prémio atribuido ao cliente por ter adquirido bens ou servicos; m) Desconto de Rapel — Desconto atribuido ao cliente por ter atingido um determi- nado volume de compras, previamente estabelecido; n) Servico de Transporte Colectivo de Passageiros — Servigo de transporte de passa- geiros, realizado segundo itinerérios, paragens, horarios e pregos previamente definidos por entidade publica competente, em que a capacidade global do veiculo é posta a disposico de todo o pliblico, indistintamente. CAPITULO I! Incidéncia e Facto Gerador ARTIGO 3.2 {Incidéncia objectiva) 1. Esto sujeitas a Imposto sobre o Valor Acrescentado: a) As transmiss6es de bens e as prestagBes de servicos efectuadas no territério nacio- nal, a titulo oneroso por um sujeito passivo agindo nessa qualidade; b) As importagdes de bens. 2. Revogado®. ARTIGO 4.2 {Incidéncia subjectiva) 1. Sdo sujeitos passivos do imposto: a) Qualquer pessoa singular, colectiva ou entidade que exerca, de modo independente, actividades econémieas, incluindo de produg3o, de coméreio ou de prestagao de servicos, profissdes liberais, actividades extractivas, agricola, aquicola, apicola, avicola, pecudria, piscatéria e silvicola; b) As pessoas singulares, colectivas ou entidades que realizem importagées de bens nos termos da legisla¢do aduaneira; ¢) As pessoas singulares, colectivas ou entidades que mencionem indevidamente o Imposto sobre o Valor Acrescentado em factura ou documento equivalente; d) As pessoas singulares, colectivas ou entidades, sujeitos passives do imposto, que sejam adquirentes de servigos a entidades no residentes sem domicilio, sede ou estabelecimento estavel no territério nacional, nos termos do n.2 2 do artigo 29.2 do presente Codigo; Revogado pelo artigo 3° da Lei n° 14/23, de 28 de Dezembro — De Alteragio a0 Cé¢igo do Imposto sobre o Valor Acrescentaco. DIARIO DA REPUBLICA DE 28 DE DEZEMBRO DE 2023 ISERIE, N.2 248 | 8550 2. Sdo ainda sujeitos passivos do imposto: a) 0 Estado, as entidades governamentais e outros organismos Publicos, incluindo os Institutos PUblicos, as Autarquias, as Instituigdes publicas de previdéncia ¢ segu- ranga social, excepto quando actuem dentro dos poderes de autoridade e dai no resultem distorgdes de concorréncia; b) Os partidos e coligagées politicas, os sindicatos ¢ as instituigdes religiosas legal- mente constituidas, na medida em que efectuem operagdes tributdveis. 3. Ndo se consideram sujeitos passivos do imposto os assalariados € outras pessoas, na medida em que se encontrem vinculades a entidade patronal por um contrato de trabalho ou por contrato que, no sendo um contrato de trabalho, estabeleca vinculos de subordinag3o no que diz respeito as condigdes de trabalho e de remuneragio € a responsabilidade da entidade patronal. ARTIGO 5.24 {Transmissdo de bens) 1. Considera-se, em geral, transmissao de bens a transferéncia onerosa de bens corpéreos por forma correspondente ao exercicio do direito de propriedade. 2. Para efeitos do nlimero anterior, a energia eléctrica, o gas, 0 calor, 0 frio e similares s80 consideradas bens corpéreos. 3. Consideram-se ainda transmiss6es de bens nos termos do n.? 1: a) A entrega material de bens em execugaio de um contrato de locagao com cléusula de transmissdo de propriedade vinculante para ambas as partes; b) A entrega material de bens méveis decorrente da execugao de um contrato de compra e venda, em que se preveja a reserva de propriedade até a0 momento do pagamento total ou parcial do prego; ¢) As transferéncias de bens entre comitente e comissdrio, efectuadas em execucio de um contrato de comissio nos termos do Cédigo Comercial, incluindo as trans- ferncias de bens entre consignante e consignatério de mercadorias enviadas consignagio. Na comissdo de venda considera-se comprador © comissdrio; na comissdo de compra é considerado comprador o comitente; d) Ando devolugao, no prazo de 180 dias a contar da data da entrega ao destinatario, das mercadorias enviadas & consignagao; e) A afectacdo permanente de bens da empresa a uso préprio do seu titular, do pes- soal ou, em geral, a fins alheios 8 mesma, bem como a sua transmissdo gratuita, quando relativamente a esses bens ou aos elementos que os constituem, tenha havido deduce total ou parcial do imposto; * Alterado pelo artigo 1° da Lei n° 14/23, de 28 de Dezembro — De Alteracio a0 Cédigo do Imposto sobre o Valor Acrescentacio. DIARIO DAREPOBLICA DE 28 DE DEZEMBRO DE 2023 I SERIE, N.2 246 | 8551 f) Aafectagao de bens por um sujeito passivo a um sector de actividade isento e, bem assim, a afectagio ao activo imobilizado de bens referidos na alinea a) do n.2 1 do artigo 24.° quando relativamente a esses bens tenha havido dedugo total ou parcial do imposto; g) A afectacao permanente de bens do sujeito passive no caso de cessagio da activi- dade, nos termos do artigo 46.2 4. Presumem-se transmitidos os bens adquiridos, importados ou produzidos que n&o se encontrem nos locais em que 0 sujeito passivo exerce a sua actividade, bem como os que tenham sido consumidos em quantidades que, tendo em conta 0 volume de produgio, devam considerar-se excessivas. Presumem-se também adquiridos pelo sujeito passivo os bens que se encontrarem em qualquer dos locais referidos no numero anterior. 5. Em qualquer dos casos referidas no numero anterior, a presuncao é ilidivel sempre que 0 sujeito passivo apresente prova do destino dado aos bens. 6. Nao s8o consideradas transmissdes de bens as cessdes, a titulo oneroso ou gratuito, do estabelecimento comercial, da totalidade de um patriménio ou de uma parte dele, que seja susceptivel de constituir um ramo de actividade independente, quando, o adquirente seja, ou venha a ser pelo facto da aquisi¢4o, um sujeito passivo do imposto, nos termos da alinea a) do n2 1 do artigo 4.2, que pratique exclusivamente operacdes que contiram direito a deduc3o. 7. Excluem-se do disposto na alinea e) do n.2 3, as amostras ¢ as ofertas efectuadas em con- formidade com os usos comerciais, desde que, em qualquer dos casos, os bens nao se destinem a posterior comercializagao ¢ o respectivo valor unitério seja igual ou inferior a Kz: 32.000,00 (Trinta e dois mil Kwanzas) e 0 valor global anual ndo exceda o montante de Kz: 2 000 000,00 (dois milhdes de Kwanzas). 8. Aexclusio a que se refere o numero anterior é também aplicavel as transmissdes de bens destinadas a ofertas para atenuar os efeitos das calamidades naturais, tais como epidemias, pandemias, cheias, tempestades, secas, ciclones, sismos, terramotos € outros de idéntica natu- reza, desde que devidamente autorizado pelo Titular do Poder Executive. ARTIGO 62° (Prestagao de servigas) 1. Considera-se, em geral, prestacdo de servicos qualquer operagao efectuada a titulo one- Toso, que nao constitua transmisso ou importaciio de bens ou de dinheiro, a exclusio da transmisséo onerosa de dinheiro. 2. Consideram-se ainda prestagdes de servico a titulo oneroso: a) A utilizagao de bens da empresa para uso préprio do seu titular, do pessoal ou, em geral, a fins alheios 8 mesma e ainda em sectores de actividade isentos quando, relativamente a esses bens ou aos elementos que os constituem, tenha havido dedugdo total ou parcial do imposto; 5 Alterado pelo artigo 1° da Lei n° 14/23, de 28 de Dezembro — De Alteracio a0 Cédigo do Imposto sobre o Valor Acrescentaco. DIARIO DA REPUBLICA DE 28 DE DEZEMBRO DE 2023 I SERIE, N.2 248 | 8552 b) As que tenham sido efectuadas a titulo gratuito pela propria empresa com vista as necessidades particulares dos érgdos sociais, do pessoal ou, em geral, a fins alheios 4 mesma. 3. Quando a prestaciio de servicos for efectuada por intervengao de um mandatario, agindo em nome préprio, este é, sucessivamente, adquirente e prestador do servigo. 4. O pagamento de uma indemnizago, sempre que seja efectuado a um sujeito passivo no Ambito de um contrato de seguros, é tido como a contraprestagao de uma prestacao de servi- 05 executada por esse mesmo sujeito passive. 5. O disposto no n.® 6 do artigo anterior é igualmente aplicdvel as prestagées de servigos. ARTIGO 72° {Vales) 1. A cessio de um vale de finalidade unica efectuada por um sujeito passive, em nome pro- prio, € considerada uma entrega dos bens ou prestacao dos servigos a que o vale diz respeito. 2. Caso a cessio do vale de finalidade Unica seja efectuada por um sujeito passive actuando em nome de outro sujeito passivo, considera-se que essa cesséo constitui a entrega dos bens ou a prestacaio dos servigos a que o vale diz respeito, efectuada pelo outro sujeito passivo. 3. A entrega material dos bens ou a prestacdo efectiva dos servicos em troca de um vale de finalidade muttipla aceite pelo fornecedor ou prestador como contraprestacao ou parte da contraprestacdo est sujeita a imposto, nos termos do n.° 1 do artigo 3.° 4. Acessdo de um vale de finalidade miiltipla nao é considerada uma operacao tributavel. 5. Sem prejuizo do disposto no nlimero anterior, considera-se operacao tributavel a nao uti- lizagao do vale de finalidade multipla no prazo de 1 ano, devendo o sujeito passivo emitir a respectiva factura pelo adiantamento. ARTIGO 8° (Importagao de bens) 1. Considera-se importaco de bens a entrada destes no territério nacional, nos termos da legislagao aduaneira, 2. Sempre que os bens sejam colocades, desde a sua entrada no territério nacional, numa das situagdes previstas no artigo 16.°, a entrada efectiva dos mesmos no territério nacional para efeitos da sua qualificag3o como importagio sé se considera verificada se e quando forem introduzidos no consumo. ARTIGO 9.2" {Localizagao das transmissées de bens) 1. Quando os bens sejamn expedidos ou transportados pelo fornecedor, pelo adquirente ou por um terceiro, no contexto de uma transmissdo de bens, considera-se que a localizagdo da operacao € o local em que se inicia 0 transporte ou a expedico para o adquirente. © Alterado pelo artigo 1.2 da Lei n2 14/23, de 28 de Dezembro — De Altera¢Zo ao Cédigo co Imposto sabre 0 Valor Acrescentado. " Alterado pelo artigo LY da Lei n 2 14/23, ce 28 de Dezembro — De Alteragio a0 Cédigo do Imposto sobre o Valor Acrescentaco. DIARIO DA REPOBLICA DE 28 DE DEZEMBRO DE 2023 1 SERIE, 2 248 | 8553 2. Nao obstante o disposto no numero anterior, sio também tributaveis no territério nacio- nal as transmissGes feitas pelo importador e as eventuais transmiss6es subsequentes de bens transportados ou expedidos do estrangeiro, quando as referidas transmissées tenham ocor- rido antes da importacao. 3. Quando os bens nao sejam expedidos nem transportados no context de uma transmis- sao de bens, considera-se que o local da operacdo ¢ 0 lugar onde se encontram os bens no momento da entrega. 4. No caso do fornecimento de gés através do sistema de distribuigdo de gas natural, ou de electricidade, considera-se que o local da operagio corresponde ao lugar da recepgiio do gas natural ou da electricidade. 5. No caso de vendas de bens a distancia, em sede de comércio electronico internacional, consideram-se localizadas em territério nacional, sempre que o adquirente tenha nele sede, domicilio ou estabelecimento estavel ou 0 pagamento tenha origem no territério nacional, ou seja intermediado por instituicdo financeira nele estabelecida. ARTIGO 10.2 (Local das prestagdes de servicos) 1. Considera-se que a prestacio de servigas ocorre no territério nacional quando nele 0 adquirente possui domicilio, sede ou estabelecimento estével para 0 qual os servicos so adquiridos. 2. Nao obstante o disposto no niimero anterior, consideram-se sempre realizadas em terri- t6rio nacional: a) As prestagdes de servicos relacionadas com um imével situado no territério nacio- nal, ineluinde os que tenham por objecto preparar ou coordenar a execugao de trabalhos imobilidrios e as prestacdes de peritos agentes imobilidrios, assim como a concessio de direitos de utilizacdo de bens iméveis; b) As prestagdes de servigos de alojamento efectuadas no ambito da actividade hote- leira ou de outras actividades similares e de restauracSo que tenham lugar em territério nacional; ¢) Os trabalhos efectuados sobre bens méveis ¢ peritagens a eles referentes, executa- dos, total ou essencialmente, no territério nacional; d) As prestagdes de servicos de transporte de passageiros, pela distancia percorrida no territério nacional; e) A locacao de veiculos motorizados, acronaves, barcos de recreio ou quaisquer outros veiculos de transporte, quando os mesmos sejam colocados a disposicio do destinatario em territério nacional; #) As prestacbes de servicos de cardcter artistico, cientifico, desportivo, recreativo, de ensino e similares, compreendendo as dos organizadores destas actividades e as prestagdes de servicos que Ihes sejam acessérias, que tenham lugar no territério. nacional. DIARIO DA REPUBLICA DE 28 DE DEZEMBRO DE 2023 I SERIE, N.2 246 | 8554 3. Para efeito do disposto na alinea d) do nimero anterior, ¢ considerada distancia percor- rida ne territério nacional 0 percurso efectuado fora do mesmo, nos casos em que os locais de partida e de chegada nele se situem. Para este efeito, o trajecto de ida ¢ de volta considera-se dois transportes, 4. Sem prejuizo do disposto nos numeros anteriores, as prestagdes de servigos utilizadas ou cuja exploracio efectiva ocorra em territério nacional, so sempre tributaveis. 5. Revogado*. ARTIGO 112° (Facto gerador e exigibilidade) 1. Sem prejuizo do disposto nos numeros seguintes, o imposto é devide e torna-se exigivel: a) Nas transmissdes de bens, no momento em que os bens so postos a disposi¢io do adquirent b) Nas prestagdes de servicos, no momento da sua realizagao; ¢) Nas importagdes, no momento do cumprimento dos direitos e demais imposigdes estabelecidas pelas disposigdes aplicaveis aos direitos aduaneiros, sejam ou nao devidos esses direitos. 2. Nas transmissées de bens considera-se que os mesmos sao colocados a disposi¢ao do adquirente: a) Se esta implicar transporte efectuado pelo fornecedor ou por terceiros, no momento em que se inicia o transporte; b) Se esta implicar obrigacio de instalacdo ou montagem, por parte do farnecedor, no momento em que essa instalagao ou montagem estiver concluida. 3. Nas transmissdes de bens e prestagdes de servicas de cardcter continuado, resultantes de contratos que déem lugar a pagamentos sucessivos, considera-se que os bens sdo postos & disposic’o e as prestagdes de servigos so realizadas no termo do periodo a que se refere cada pagamnento, sendo o imposto devido e exigivel pelo respective montante. 4. No caso das transmissdes de bens e prestagdes de servigos referidas no numero ante- rior, em que nao seja fixada a periodicidade de pagamento ou esta seja superior a 12 meses, © imposto & devido ¢ torna-se exigivel no final de cada periodo de 12 meses, pelo montante correspondente. 5. Nas transmissbes de bens e prestacdes de servicos referidas nas alineas e) ef) don. 3 do artigo 5.2 e no n.2 2 do artigo 6.°, o imposto ¢ devido e exigivel no momento em que as afecta- ges de bens ou as prestagdes de servigos nelas previstas tiverem lugar. 6. Nas transmissées de bens entre comitente e comissério, referidas na alinea c) do n.2 3do artigo 5.°, disposigao do seu adquirente. © imposto é devido e torna-se exigivel no momento em gue © comissério os puser a © Revogad pelo artigo 3. da Lein# 14/23, de 28 de Dezembro — De Alters 20 Cédigo da Impasto sabre o Valor Acrescentado. * lterado pelo artigo 1° da Lei n® 14/23, de 28 de Dezembro — De Alteracio a0 Cédigo do Imposto sobre o Valor Acrescentacio. DIARIO DA REPOBLICA DE 28 DE DEZEMBRO DE 2023 1 SERIE, 2.248 | 8555 7. No caso de mercadorias enviadas a consignagdo, tal como referido na alinea d) do n.° 3 do artigo 5.°, o imposto é devido e exigivel no termo do prazo af previsto. 8. Sempre que os bens sejam colocados sob um dos regimes ou procedimentos referidos no N22 do artigo 82, 0 facto gerador e a exigibilidade do imposto sd se verificam no momento em que forem introduzidos ao consumo. 9. Sem prejuizo do disposto nos numeros anteriores, o imposto torna-se exigivel com a emisso da factura, nos termos da alinea b) do n.2 1 do artigo 32.2, nas transmissdes de bens © prestagdes de servigos: a) Se 0 prazo previsto para a emissio for cumpride, no momento da sua emissao; b) Se o prazo previsto para a emissao no for cumprido, no momento em que termina; ¢) Se a transmissdo de bens ou a prestagao de servigos derem lugar ao pagamento, ainda que parcial, anteriormente a emissao da factura ou documento equivalente, no momento do recebimento desse pagamento, pelo montante recebido, sem prejuizo do disposto na alinea anterior. 10. 0 disposto no numero anterior é ainda aplicével aos casos em que se verifique emissio de factura ou documento equivalente, ou ainda o pagamento, precedendo o momento da rea- lizagio das operagdes tributaveis. 11. Para efeitos do numero anterior, a exigibilidade do imposto tem por base o valor factu- rado ou pago, consoante 0 caso. CAPITULO III Isengdes SECCAGI Isengdes nas Operacdes Internas ARTIGO 12.2 © (Transmissdes de bens e prestagées de servigos isentos) 1. Esto isentos do imposto: a) Revogado™. b) As transmiss6es de medicamentos destinados exclusivamente a fins terapéuticos e profilaticos; c) As transmissées de cadeiras de rodas e veiculos semelhantes, accionados manual- mente ou através de motor, para portadores de deficiéncia, aparelhos, maquinas de eserever com caracteres braille os artefactos que se destinam a ser utilizados por invisuais, bem como os artefactos destinados a correc¢ao da viséio ou audiga0; d) A transmissao de livros, incluindo em formato digital, com excepg’o dos que con- tenham contetido pornografico; © alterado pelo antigo 1.8 da Lei n.# 14/23, de 28 de Dezembro — De Alteragio ae Céciga do Imposto sabre a Valor Acrescentado. 1 Revogado pelo artigo 3.°da Lein.® 14/23, de 28 de Dezembro — De Alteragio ao Céd go do Imposto sobre o Valor Acrescentaco. DIARIO DA REPUBLICA DE 28 DE DEZEMBRO DE 2023 ISERIE, N.2 248 | 8556 @) Alocacao de bens iméveis, com excepcio das prestagbes de servicos de alojamento efectuadas no ambito da actividade hoteleira ou similares; f) A transmissio de bens iméveis; g) Revogado"*. h) O servigo de transporte colectivo de passageiros; 1) As operagées de intermediag3o financeira, incluindo as descritas no Anexo VI, excepto as que dao lugar ao pagamento de uma taxa, ou contraprestagao, especi- fica e predeterminada pela sua realizacao; j) O seguro de satide, bem como a prestacio de servicos de seguros e resseguros do ramo vida; k) As transmissées de produtos petroliferos, conforme Anexo IV ao presente Cédigo; 1) Aprestacao de servicos de ensino, efectuada por estabelecimentos enquadrados na Lei de Base do Sistema de Educagao e Ensino; m) A prestagao de servico médico sanitario, efectuadas por estabelecimentos hospi- talares, clinicas, dispensdrios e similares, excepto os que se destinam a estética; n) O servigo de transporte de doentes ou ferides em ambulancias ou outros vefculos apropriados, efectuado por organismos devidamente autorizados; 0) Os equipamentos e materiais médicos, conforme Anexo Ill ao presente Codigo. 2. Os sujeitos passives que beneficiem das isenges constantes das alineas b) ed) do numero anterior, podem renunciar 4 isengao, optando pela aplicaciio do imposto as transmissdes de bens e prestagées de servigos ai previstas. ARTIGO 13.2% (Renancia a isengiio) 1. Odireito de rentincia a isengio, referido no n.® 2 do artigo anterior, é exercido mediante a entrega de declaragao a Administracdo Geral Tributéria, por transmissdio electrénica de dados, nos termos dos artigos 43.2 e 44.2, consoante os casos. 2. A Administrago Geral Tributéria pronuncia-se, no prazo de 30 dias, a contar da data de entrega da declarago a que se refere o numero anterior, sobre os elementos declarados, pro- duzindo efeito de deferimento tacito a falta de pronunciamento dentro deste prazo. 3. Para efeitos do n.° 1, a reniincia a isengdo produz efeitos a partir de 1 de Janeiro do ano civil seguinte ao da entrega da declaragiio, salvo se o sujeito passive iniciar a sua actividade no decurso do ano, optando na declaragdo de inicio de actividade, que produz efeitos desde a data de inicio da actividade. 4. Tendo exercido o direito de renUncia a isengio, nos termos dos nlimeros anteriores, 0 sujeito passivo é obrigado a permanecer no regime por que optou durante um periodo de cineo anos. © Revogado pelo artigo 3° da Lein? 14/23, de 28 de Dezembro — De Alterac a0 Céd'go do Imposto sobre 0 Valor Acrescentaco. © alterado pelo artigo 1.° da Lein.® 14/23, de 28 de Dezembro — De Alteragio a Céeligo do Imposto sobre o Valor Acrescentaco.

Você também pode gostar