'---- SELECAO

QUAL o PERFIL DO .
SUCESSO DE WA o I
BAIXARIA
DOS FAMILI ES A
CO CENTRAcAo

DEUS É MESMO ARGENTINO Com muita fé

e garra,

NA FINAl a Argentina
d aradona
e ina a Itália

"'".--"cona do Brasil Esladuais

ElIJ_1I1I1I1I FLAMENGO,
GALO E GOIÁS
DECISAo ORlO,
PARA" E RIO
EMBALAM GRANDE DO SUL
 No próximo domingo, cerca de
2 bilhOes de telespectadores esta-
rao ligados na final da Copa do
Mundo. As imagens geradas pela
HAI, a rede estatal italiana, che-
garao a 94 paises. Desse total, 93
redes de 64 países mandaram
equipes para a llália. E é assim
que eles gritario "gol":

GOL
Argentina, Bolivia, Brasil, Chile,
Colombia, Costa Rica, Cuba, Equa-
dor, Espanha, Honduras, Hungria,
Itália, lugoslávia, México, Panamá,
Peru, Romenia, Uruguai e Vene-
zuela

GOLO
Portugal

GOAL (Gól)**
Austrália, Bangladesh. Bélgica, Bul-
gária, Camaróes, Canadá, Chipre·,
A carioca Mónica Fraga, 20 anos, fez um do programa Rio Urgente, da TV Rio, e tor- Coréia do Sul·, Eire, Egito, Estados
pequeno papel no filme Os Trapalhiies na cedora do Bangu, Mónica acompanhou a Co- Unidos, Finlandia, Gana, Gra-Breta-
nha. Grécia·, Holanda, Ira·, Islan-
Terra dos Monstros. Sua sensualidade logo pa pela televisáo e critica o técnico Lazaroni. dia, lsrael", Líbia. Luxemburgo, No-
chamou a atencáo de Didi, Dedé e Mussum, "Ele tinha que escalar mais gente no ata- va Zelándia, Polórua. Senegal, Suí-
que a convidaram para participar do elenco que", diz. Bem, se ela estivesse do outro la- ea, Tchecoslováquia, Turquia e
do programa dominical. Ex-apresentadora do,'nao faltaria quem quisesse atacar. Uniáo Soviética·

• A TV leve a sensibilidade de ::f-) L.- (G6ro)

BOLA mostrar a faixa da torcida brasilei- Japao
CAMPdo DE COMEIITÁIIOS BRANCA
ra que resumia a revolta contra o
treinador: "Se o Lazaroni é técni-
O Brasil teve O malor número de jogadores e co, eu sou o papa" ,
BUT (Bi)
técnicos na Hálla comentando os jogos da • O emocionado comentário de Chico Anysio no Argélia, Franca, Gabao, Mali, Móna-
~ Copa do Mundo pela TV Fantástico, logo .depois da desclassificacáo do co e Tunísia
Brasil, traduziu bcm o estado de espírito do país
naquele momento, TOR (lur)

Brasil ® BOCA SANTA

Alemanha Ocidental,
Oriental e Áustria
Alemanha

"O zegueiro Monzón rece-

Inglaterra @ beu O segundo censo ama-
MAL
Noruega e Suécia
(Mal)

México CID relo. Nao jogará a próxima MAAL (Mal)

Alemanha Ocldental, Peru, Polonia,

Áustrla, Dinamarca e Suécla
CD partida da Argentina"
(Arnaldo César Coelho, na Globo, quando Brasil
Dinamarca

lit J;1: .~~ ! (Jin qiu la)

e Argentina ainda empatavam em o x O)
China, Hong Kong e Formosa
O comentarista Márcio Guedes. • Apesar de grofaremgoal", certas paises
tém gratia pr6pria para a palavra:
da Manchete. sempre clogiou as jo-
Brasil: Pelé (Globo e Telemon/ecarlo), Falcáo, Zagalo (Manche/e), Zico. Rlvehno, Mário
Sérgio, Júlio Mauei (Bandeiran/es) e Mazola (Telemon/ecarlo); Inglalerra: lrevor aroc- gadas cspalhafatosas do "golciro-Ií- (Chipre),
king, Bobby Charllon (BBe), Jimmy Greaves e lrevor Francis (llV); México: Bora Miluti· bcro" colombiano Higuita. Mas
novlc e Hugo Sánchez (TVA); Allm.nh. Ocldlnlll: Karl·Heinz Rummenigge, Plru: le611' (Coréia do Sul),
lo Cubillas (Televisa· MéxIco); PoIOnI.: Boniek (Telemon/ecarlo); Áustrll: Hebert Prohaska bastou a falha no segundo gol de Carnarócs nas oita-
(ORF); Olnlmarca: Elklaer (DR TV), Suíell: sven-aoram Eriksson (5TV). vas-de-final para clc crucificar o ex-ídolo, "Náo pas- rkOA (Grécia),
sa de um irresponsável!" Quem te viu, qucm TV, (Irá).
(Israel),
rol1 (Uniáo Soviética)'
•• EnIre parénIeses, a pronuncoa em portugués
14
CAMARÓES

FUTEBOL-ARTI VIVE
Na melhor campanha de uma selecáo africana em todas as Copas,
o time do veterano Milla trouxe a magia de volta aos campos

futebol mais alegre e irreve- se com o esforco do .zagueiro Des

O rente da Copa foi embora,
mas ninguém está triste. "Ern
Walker, domingo, em Nápoles.
O ingle , no vigor dos seus 24
1994, nos esperem porque fare- anos, sofreu com o "velhinho",
mos ainda mais", promete Roger e admite: "Milla protege a bola
Miller, o "vovó Milla", com a como poucos e qualquer descuido
autoridade de quem encantou a é fatal".
Itália e o mundo aos 38 anos. O Mas Milla nao estava sozinho.
atacante nao estará em campo A seu lado, surgiram outros era-
daqui a quatro anos, nos Estados ques, como o capitáo Stephen Ta-
Unidos, mas fez, junto com seus taw. "Provarnos que a África
companheiros, a despedida mais existe no mapa do futebol", diz o
apoteótica do torneio. lateral-direito de 27 anos. Como
Cerca de 55 000 torcedores no os companheiros, Tataw sonha
Estádio San Paolo aplaudiram de com contratos melhores. Ele fala
pé urna cena táo emocionante ingles fluentemente, e é emprega-
quanto paradoxal. A Selecáo da do da televisáo estatal em Yaun-
República dos Carnaróes acabara dé, capital de Carnaróes. Mas só
de ser desclassificada pela Ingla- pen a em trocar a seguranca do
terra, mas, no domingo passado, trabalho por um c1ube no exte-
no lugar de choro e lamentacóes, rior, se a proposta for muito boa.
os jogadores africanos davam a "Caso contrário, continuo no Ca-
volta olímpica com pulos de ale- non" , afirma falando do carnpeáo
gria e beijos. nacional, amador como todos os
Nos ros tos dos camaroneses se clubes do país.
via o orgulho pelo que mostra- Além de trazer vantagens para
raro na Copa. Da surpreendente, seus jogadores, a campanha de Ca-
mas indiscutível, vitória sobre a maróes beneficia todo o continen-
Argentina, logo na abertura do te. A FlFAjá anunciou que aumen- Tataw e Milla náo entram apenas o astro africano Roger
Mundial, a eliminacáo nas quar- tará as vagas da África na Copa pa- para a historia do futebol. Com seu Milla (acima) e o meia
tas-de-final, os Leóes Indorná- ra tres - tirando urna da Europa. futebol alegre, eles fizeram de Ca- Makanaky prevéem
veis acrescentaram ao tomeio um Falta só a hornologacáo da mudan- maróes o segundo time de cada um um novo show em 1994:
ingrediente raro nas outras sele- <ra.Urna coisa, no entanto, é certa. denós. "Na próxima Copa, Camaróes
cóes: magia. Makanaky, Omam-Biyik, Mfede, Por Jorge Luiz Rodrigues será melhor ainda"
Foi com dribles desconcertantes,
toques maravilhosos, na bem-vinda
deterrninacáo de dar espetáculo,
que os africanos entusiasmaram o
mundo. Trouxeram de volta aos
gramados a habilidade e a fantasia
que tanto marcaram o futebol brasi-
leiro. Sobrou ingenuidade, na vi-
sáo chata dos pragmáticos. Mas se-
rá que, daqui a alguns anos, al-
guém se lembrará com saudade do
Eire, que, gracas a urna forte re-
tranca e muita sorte, foi táo longe
quanto Camaróes?
lnesquecível mesmo é a cate-
goria de Milla. Hoje um homem
idolatrado e
apontado até co-
mo candidato a
Presidencia da
República. Ele ri
da proposta, da
mesma forma que
parecia divertir-
ALIMANHA
FORTE DEMAIS
As surpresas anteriores serviram para mostrar
aos alernáes que nem sempre venceu o melhor
O
pitáo
telefone tocou no apartamento
de Carlos Alberto Torres , o ea-
da Selecáo tricampeá mun-
dial, Do outro lado da linha, uma
agradável surpresa o aguardava:
era seu amigo Franz Becken-
bauer, técnico da Alemanha Oci-
dental. A conversa em tom infor-
mal foi encerrada com um aviso
ao brasileiro. "Minha equipe vai
conquistar o título na ltália."
Carlos Alberto se a sustou.
"Beckenbauer sempre me deixou
sem graca de tanto falar mal de
seu time", lembrou o ex-lateral.
"Para ele estar elogiando, algo
havia mudado muito."
O episódio, ocorrido há dois
meses, mostra bem o otimismo
com que o alemáes encaravam o
Mundial. Até mesmo o excessi-
vamente autocrítico Beckenbauer
se rendia a qualidade do próprio
time.
Veio a Copa e, pelo futebol
apresentado nas primeiras fases,
o entusiasmo estava plenamente
justificado. Antes de entrar em
campo contra a Inglaterra, nesta
quarta, dia 4, em Turim, pelas se-
mifinais, a Alemanha contabili-
zou quatro vitórias e um empate
em cinco jogos. Levou quatro
gols, mas o ataque fez treze - a
melhor marca da competicáo até
entáo.
A superioridade foi táo grande
que, com ou sem o título, a Ale-
manha deixará a Copa como a
equipe mais moderna, eficiente
e, sobretudo, equilibrada entre to-
das as 24 selecóes participantes.
"Tem um repertório imenso de
jogadas e dá velocidade espantosa
ao espetáculo", elogia Michel
Platini, atual técnico da Selecáo
Francesa.
Quem comanda essa verdadei-
ra orquestra é Lothar Mattháus,
29 anos. meia da Internazionale,
de Miláo, e, sem
dúvida, o jogador
mais completo do
Mundial. Corre
como poucos,
chuta bem com
qualquer dos pés,
lanca e ainda por
PLACAR 0610711990
cima cobra pénaltis e
faltas com precisáo.
Matthaus é o re-
trato da Alemanha
em campo: forca,
velocidade e - item
fundamental - per-
sonalidade. Nao im-'
porta quem esteja do
outro lado, os ale-
máes sempre tomam
a iniciativa do jogo
e, quando o adversá-
rio tem a bola, há o meia Lothar Matthaus: o jogador mais completo
urna mobilizacáo ge-
ral para recupera-la. "Foi por is-
so que eles chegaram táo fácil",
atesta o técnico Carlos Alberto
Parreira, que, a frente dos Emira-
INGLATERRA
o TRIO
DE FERRO
Como tres craques levaram
o time além das previsóes
IITem cara de bobinho, mas é
um matador dentro da
área", define Bobby Robson,
técnico da Selecáo Inglesa e
maior admirador do herói que
salvou a honra británica na vitó-
ria de 3 x 2 sobre Camaróes, do-
mingo passado, em Nápoles, pe-
las quartas-de-final.
Aos 29 anos, Gary Lineker
mOStrOUpor que é importante ter
no time um jogador de sangue-frio.
Por duas vezes, ele teve a respon-
sabilidade de tirar a Inglaterra do
fundo do poco. No primeiro penal-
ti, empatou a partida a 7 minutos
do final. No outro, já durante a
prorrogacáo, deu a vantagem que
enterrou a perigosa reacáo de Ca-
maróes e classificou o time.
Pode-se dizer que Lineker
pouco fez no resto da partida e
até do Mundial. Mas ele sempre
aparece na hora certa. Ou entáo
nao teria sido artilheiro no Méxi-
queso Além de
Matthaus, aparece
Brehme, mistura de
lateral, meia e pon-
ta, que, hoje, virou
moda chamar de ala.
Na frente, a dupla
V611er e Klinsmann
inferniza os inirnigos
com constantes des-
locamentos. V611eré
mais técnico en-
quanto o artilheiro
Klinsmann usa o vi-
gor físico e o oportu-
nismo para derrubar
as defesas adversá-
rias.
Essas armas trans-
formaram a Alerna-
nha na equipe mais
forte da Copa, pron-
do Mundial ta para confirmar a
previsáo de Becken-
dos Árabes, viu seu time ser arra- bauer. Mas, como demonstraram
sado por 5 x 1. outras selecóes, entre elas o Bra-
Pródiga em gols, a Alemanha sil, nem sempre venceu o mais
também náo economiza em era- forte. (J.L.R.)
o atacante Lineker sofre o penalti: sangue-frio para salvar a Inglaterra
co em 1986 com seis gols nem a personalidade que falta a no-
ostentaria a marca de nove gols mes famosos como o meia Wad-
em dez jogos (até as quartas-de- die e o atacante Barnes.
final) de Copa. A experiencia do goleiro Peter
Na verdade, Lineker um dos
é Shilton também foi decisiva para
poucos destaques de um time que a campanha inglesa. "Shilts"
chegou até aqui aos trancos e vai completar 41 anos em 18 de
barrancos. A cada partida, os in- setembro e, ao lado de Roger
gleses saíam de campo sob as Milla, 38 anos, de Camaróes,
vaias da torcida e os apupos da despedacou com ótimas atuacóes
imprensa. o tabu sobre o fim de carreira a
Quem se salvou das críticas partir dos 30.
foi o meia Paul Gascoigne, per- Com Lineker, Gascoigne e Shil-
feito na arrnacáo do ataque. Ape- ton, a Inglaterra foi mais longe do
sar de ter apenas 23 anos, mostra que todos imaginavam. (J.L.R.)
17
COM A MÁO DE DEUS

ARGENTINA, É CLARO
Com o coracáo a Argentina venceu nos
pénaltis a Itália e confirrnou urna ajuda divina

Q
uando vocé estiver lendo este Verdade, também, que para passar pe-
texto, a Argentina já deveria ter- la Uniáo Soviética tenha sido preciso que
perdido da ltália na semifinal de o árbitro nao visse um toque de máo de
Nápoles. É claro. Maradona dentro da área argentina. "E o
Añnal, os bicampeóes mundiai per- gol de Burruchaga, injustamente anulado
deramaté de Carnaróes, na estréia, e fo- contra a lugoslávia?" . pergunta. com ra-
ram antecipadamente derrotados pelo záo, Bilardo. É claro.
Brasil,nas oitavas-de-final, e pela lugos- Até o juízo final, nenhum árbitro terá
láviade Stojkovic, nas quartas. dúvida em lances que houver uspeita de
o técnico Carlos Bilardo explode de alegria: o "mágico" que levou o time a final
Um time de um jogador s6 nao pode- máo argentina na bola. Apitará contra.
ríair mais longe. Ainda mais quando ele gracas ao gol de Diego na lnglaterra. em Armando Maradona. multirnilionário. Gana que perrnitiu ao goleiro Goyco-
nao está 100% físicamente, muito ao 1986, e ao pénalti diante dos soviéticos. jogar corno amador pela camisa azul e chea ajudar a história de Maradona. pe-
contrário.Tanto que Maradona, nos cin- Mas o que permitiu aos argentinos branca, Coracáo que explica. por sinal. gando dois pénaltis e impedindo que o
cojogos da Argentina, s6 deu tres chutes ir táo longe, vocé há de querer saber. por que ele é rei e Careca. coadjuvante. último ato do rei numa Copa do Mundo
a gol, incluindo o pénalti perdido contra a É claro. Porque. se a trajetória argentina pode fosse táo vexatório.
lugoslávia. Em resumo, o raio nao cai "Coracáo, somos fundamentalmente servir como argumento a favor das teo- Vergonha na cara que levou a Argenti-
duasvezes no mesmo lugar e a conquista coracáo". responde Maradona sem pis- rias de Sebastiáo Lazaroni - nao nos es- na de Carlos Gardel- que está cantando
de 1986, no México, foi o bastante para caro.Um coracáo diferente. rnilongueiro. quecamos que a tradicáo portenha tam- sempre cada vez melhor - a urna cabeca
urnaselecáo táo dependente de seu capi- um pouco cafajeste até, incompreendido bém foi ferida pelo líbero e. atencáo, do tricampeonato em Roma. Porque. é
táo. Odiado capitáo, diga-se. O que Ná- pelas pessoas que nao gostam dos argen- com um s6 atacante -. a gana de vencer claro. a Argentina ganhou da ltália no
poleso adora, o norte da Itália o odeia. É tinos. E náo sabem o que estáo perdendo. e a vergonha na cara é que fazem a dife- pénalti . Ficou claro?
claro. Coracáo que faz do baixinho Diego renca, Por Juca Kfouri
Com Maradona. o Napoli ganhou dois
títulos,o sul dos pobres desbancou o rico
norteda Juventus, de Turim. e do Milan.
Por isso ele ouviu de tudo nesta Copa.
Dos brasileiros vaiando o hino argentino
coma cumplicidade mal-educada dos or-
gulhosos filhos de Turim ao inimaginá-
vel coro florentino que o brindou com
um "Diego, vcffangulo, Diego vcffan-
gulo"; que significa exatarnente o que
vocépensou.
"Que mecham cornigo. tudo bem.
Com o hino é que é dernais". protesta
Diego.De fato, a Argentina fez o impos-
sível e ser barrada pela Itália merece.
quemsabe, urna cornemoracáo.
O técnico Carlos Bilardo, por exem-
plo, que além de mágico é médico, diri-
giu um verdadeiro hospital. a comecar
pelocalcanhar esquerdo de Diego, corta-
do e inchado desde o dia l." de junho.
Fosse só is o e o treinador já teria bons
motivospara ficar preocupado. Mas um
drama nunca acontece sozinho. Entre os
argentinos.É claro.
Pumpido, Ruggeri, Simón, Giusti,
Burruchaga, Ba ualdo, um a um os
craques platinos foram baixando a en-
fermaria. Verdade que enfrentaram os
iugoslavos, que tinham apenas dez jo-
gadores, depois da correta expulsáo de
Sabanadzovic. "Mas n6s jogamos com
sete", contra-ataca Maradona, incluin-
do-se entre os quatro que, sob um calor
de 40 graus em Florenca, jogaram "ba-
leados" .

Maradona enfrenta
uma legiao de
iugoslavos: "Somos
acima de tudo coracáo"

18
ITÁLIA
AZZURRA
TREMEU
Na Nápoles do Vesúvio,
o vulcáo foi Maradona
Se'er;ao Italiana levou os rifas;
Aa loucura ao vencer cinco par-
tidas seguidas em seu templo
preferido, o Estádio Olímpico,
de Roma. Enfrentar a Argentina,
na terca-feira, 3, justamente em
Nápoles, reduto do craque Mara-
dona, significou para muita gente
um mau presságio. Como se
comportaria a Squadra Azzurra
diante de uma torcida que pode-
ria estar dividida pela adoracáo a
seu maior ídolo? A resposta veio
logo depois do jogo. Em sua pior
atuacáo na Copa, os donos da ca-
sa foram inesperadamente despa-
chados na cobranca de pénaltis.
E a ltália tremeu na cidade que
abriga o Vesúvio, um vulcáo ina-
tivo. O mesmo nao se pode dizer
de Maradona.
Afinal, o time de Azeglio Vi-
cini nao aprendeu a licáo que já
havia castigado os brasileiros:
dar espaco a Maradona é uma tá-
tica suicida. No segundo tempo,
o maior jogador da atualidade
iniciou o lance que fez o atacante
Caniggia empatar o jogo, com a
ajuda do goleiro Zenga, que saiu
catando vento. Falha do goleiro
que completou 517 minutos sem
tomar gol e bateu o recorde de
475 minutos do alemáo Maier
nas Copas de 1974 e 1978. Lon-
ge de ser um conjunto compacto,
a ltália decepcionou a torcida
exibindo um futebol nervoso e
descompassado contra o qual a
habilidade de Donadoni e o opor-
tunismo de "Toto" Schillaci na-
da puderam fazer. Morrer na
praia foi um triste fim para os
italianos, que perderam a chance
de comemorar um inédito tetra-
campeonato.
JUCAKFOURI
PAO REPENSAR
O NOSSO FUTEBOL
Pulamos de vinte anos
sem ganhar urna Copa para
24, o que dá a medida da
bobagem dessa conta. Co-
pas nao se disputam anual-
mente, razáo pela qual é
mais correto dizer que es-
tamos jejuando há cinco
Copas. Nada de muito gra-
ve - Uruguai e Inglaterra,
por exemplo, ambos do fe-
chado clube dos campeóes
mundiais, jejuam há mais
tempo.
O que é, isso sim, grave
é notar que o tricampeona-
O to nasceu e morreu na era
Pelé, um fenómeno que
provavelmente jamais se
repetirá, pelo menos no
mesmo país. Seria querer
demais.
Enquanto Pelé reinou, o
futebol brasileiro nao foi
capaz de se modernizar, de
dar o salto que se viu na
Europa, onde a ltália é
apenas o melhor exemplo.
Ao contrário, se a Argenti-
na tratou de compatibilizar
seu calendário ao europeu,
ficamos imóveis, porque
de futebol entendéssemos
nós, como se ainda fósse-
mos os melhores.
Nao entendemos e nao
somos, está mais do que
provado. Para piorar, o jo-
gador brasileiro, de cate-
goria indiscutível, foi co-
nhecer outras paragens e
ainda nao assimilou onde
termina o profissionalismo
e comeca a empáfia, a ar-
rogancia que caracterizou
os Müller, Mozer e Careca
nesta Copa 90, verdadeiros
novos-ricos do futebo1.
Müller tem urna Ferrari
Testarossa e urna terrível
má vontade com seus faso
Mozer acha que falar mes-
sié, oui e non o distingue
comobilíngüe, dono de
urna máscara digna de quem
fez doutorado no MobraI. E
Careca, o que parecia fora-
de-série e provou ser ape-
nas um bom coadjuvante,
reuniu e pagou um verda-
deiro séquito de amigos do
Brasil, carnpeóes da cerve-
ja italiana mas incapazes
de abrir a cara permanente-
mente fechada do craque
napolitano.
O velho patemalismo da
cartolagem nacional se viu
diante de alguns dos mais
mimados espécimes de jo-
gador. Deu no que deu.
Em vez da salutar rei-
vindicacáo profissional,
regalias que nao tinham a
contrapartida em sacrifí-
cio. O resultado da equa-
r;ao que junta patemalismo
com novo-riquismo é per-
der para o coracáo argenti-
no. Argentinos que tam-
bém jogam na Europa e
que, afinal, defendiam o
título ganho no México.
Táo ou mais ricos que os
nossos, com a diferenca da
consciencia plena do signi-
ficado de urna Copa.
O Brasil Novo diz ter
um compromisso com a
modernidade. No futebol
isso passa pela aprovacáo
da lei que permite aos clu-
bes viverem como empre-
sas, em tramite no Con-
gresso Nacional. Um pas-
so decisivo para estabele-
cer responsabilidades do
lado que paga e do que re-
cebe. Urna medida que o
capitalismo exige para os
esportes de competicáo,
sem a qual vamos perder o
trem da história e ver a ta-
ea ser ganha sempre pelos
outros.
A questáo nao é só cul-
tural. É, sobretudo, econó-
mica.
19
 beca", recorda o
artilheiro, orgulho-
so dos dois que
marcou contra os
austríacos e os
tchecos. Aliás, sua
convocacáo deve
ter surpreendido
até o Comité Orga-
nizador. Afinal,
depois da primeira
partida, o compu-
tador que serve os
centros de impren-
sa das doze sedes
da Copa continha
os dados de todos
os jogadores da ltá-
lia, exceto os de
Schillaci.
Foram os gols,
porém, que abri-
ram o caminho do
sucesso. Ele havia
disputado apenas
um amistoso pela
Selecáo - 1x O
sobre a Suíca, no
dia 31 de marco -
sem marcar, e nem
o fato de defender
a Juventus, o time
mais popular da ltá-
lia, facilitou sua vi-
da. Hoje, o país se
desculpa e se rende
a um siciliano. A

- . .• ..•..
foto de Schillaci es-
tá nas capas de jor-
nais e revistas, co-
mo Guerin Sporri-
\'0, e a televisáo e o
rádio dedicam mi-
nutos e mais minu-
tos de matérias so-
bre a vida do herói.
A casa dos pais, em
Palermo, capital da
ilha da Sicília, virou
arracáo turística.
"Quando o vejo
jogando, lembro
do meus tempos
de Azzurra", afir-
ma ninguém menos
que "Gigi" Riva
- grande artilhei-
ro italiano da déca-
eironizado a hérói. De es- gol. Algo que andava escasso nos dém pelo resto da ltália. Precon- da de 60. "É o novo Bambino

D cória a ouro. O atacante

Salvatore SchiJlaci se
transformou no novo na-
morado da ltália. O cabelo é ralo,
a rosto nada tem a ver com o de
galá. Mas ele sabe fazer urna das
coisas que o POyO italiano ama: o
últimos dois anos da Azzurra.
Schillaci virou o homem mais fa-
moso de seu país durante o Mun-
dial depois de ser responsável di-
reto por tres das quatro vitórias
iniciais da Selecáo. Logo um sici-
liano de urna terra vista com des-
ceito que o fez sofrer.
Dias antes da estréia na Copa,
em meio ¡¡ crise entre jogadores e
torcedores, ele foi ironizado nos
jornais por ser um centroavante
d'Oro", define Pelé, comparan-
do-o a Paolo Rossi. "Todos esses
elogios parecem exagero". diz o
humilde "Toto"; seu apelido de
infancia.
de apenas 1,75 m. "Diziam que a A Schillacimania é a nova on-
Selecáo náo faria mais gols de ea- da italiana. Camisetas com o ros-

20 PLACAR 06 07 1990
 MAlDINI ".
SCHILLACI

r
GOYCOCHEA
SPASIC
l'
BEIN
MAKANAKY

MilLA

BUCHWALD GASCDINE

lINEKER
BERGOMI

A SELECAODA SEMA A
A defesa italiana justificou sua fama nas partidas
realizadas entre 26 de junho e 1.° de julho, mas ninguém brilhou
mais que o centroavante Milla, o herói de Camaróes

o artilheiro virou Argentina

capa de revistas como
Guerin Sportivo
to do atacante estampado quadru-
plicaram de preco em Palenno. O
interesse é tanto que a fábrica já co-
meca a produzir remessas para o
continente. Ele até já ultrapassou o
líbero Baresi no concurso que pre-
tende apontar o jogador mais queri-
do da Selecáo,
Tudo dá certo também fora do
campo. Casado com Rita, urna be-
la loira, e pai de Jessica, de 2 anos,
Schillaci ainda teve a alegria de ver
nascer seu filho durante a Copa. O
pequeno Mattia, de tres semanas,
terá muitas histórias para ouvir
quando crescer. "Ele me liga qua-
tro, cinco vezes por día", revela a
mulher, demonstrando o perfil ex-
tremamente caseiro do craque.
A carreira do atacante mudou a
partir da temporada 1988/1989.
Com os 23 gols marcados pelo mo-
desto Messina, da Sicília - no
qual se iniciou em 1982 -, termi-
nou artilheiro e novo recordista da
Segunda Divisáo. Performance que
despertou o interesse da Juventus,
que comprou seu passe. Logo na
primeira temporada, marcou quin-
ze vezes pelo novo time. "SÓ me
importam os gols", justifica o
guerreiro, que, com sua arte, já é
chamado de "o novo Garibaldi'"
pelos torcedores mais cultos, em
comparac;áo ao grande unificador
italiano do ·século
passado. Acima
dos preconceitos,
os tifosi de norte
a sul se identifi-
cam num único
grito: "Schillaci-
gol!!!" O
GOYCOCHEA
Pumpido fraturou a perna e
tudo parecia perdido, mas o jo-
vem Goycochea acabo u sendo
a salvacáo dos argentinos, de-
fendendo dois pénaltis.
BERGOMI ltália
O capitáo da Azzurra nao
facilita nunca. Ouando as coi-
sas ficam difíceis, surge sua
lideranca. Ouando tudo vai
bem, seu futebol brilha.
BUCHWALD Alemanha
Ouem disse que zagueiro
alemáo nao tem cintura?
Buchwald trata de desmentir
essa máxima, defendendo e
atacando com habilidade.
SPASIC lugoslávia MILLA C8mar6es
Sem repetir os zagueiros Ele é negro, joga na frente e usa sua experiencia e ge-.
brasileiros, o iugoslavo nao nialidade para criar lances imprevisíveis e as jogadas
deu nenhuma chance a Ca- mais fantásticas de seu time. Vinte anos depois, o cama-
niggia e ainda saiu jogando, rones Milla até lembrou o Pelé de 1970 e, em poucos mi-
sempre com muita classe. nutos, ressuscitou uma arte que parecia esquecida.
MALDINI ltália GASCOIGNE Inglaterra LlNEKER Inglaterra
O técnico Vicini escolheu o O que falta ao resto do ti- Apareceu quando o time
homem certo para marcar a me inglés sobra no seu meia: precisou. Embora sem repetir
bola alta irlandesa. Perfeito habilidade e criatividade para suas atuacóes no México,
atrás, ele ainda tentou cabe- deixar os atacantes sempre nao perdeu a oportunidade
cear no gol adversário. na cara do gol. de classificar sua equipe.
BEIN Alemanlla MAKANAKY C8marOes SCHILLACI ltália
Volante de grande f61ego, Os ingleses enlouquece- Já virou rotina. No aperto,
defendeu e atacou tanto que ram com esse meia que joga "Toto" decide. Contra a Irlan-
,obrigou o goleiro tcheco a na Franca e dá urna mobilida- da nao foi diferente: um gol
urna grande defesa e a um de extraordinária ao meio- de oportunismo e outro que o
pénalti que o juiz nao deu. campo de Camar6es. juiz nao quis confirmar.

PLACAR 06/07/1990 21
fNllfVI~lA
IRíAMOS
MlIS LONGE
COM ONIE
RENATOS
Inconformado com o rótulo de desagregador e negativo,
O atacante garante que a setecao Brasileira se sairia melhor
na Copa com jogadores de maior personalidade
urante o melancólico retorno ao
D Brasil dos oito jogadores da Se-o sáo técnica, vocé foi considerado desa-
lecáo que tentararn manter a ima-
gem de uniáo do grupo, apenas
um ria a vontade das piadas de Alemáo.
Era o irreverente atacante Renato. "Náo
vou morrer por causa da elirninacáo na
Copa da Itália", afmnou. Mesmo preo-
cupado em náo criticar o técnico Sebas-
tiáo Lazaroni, Renato Portaluppi revela
que insistiu muito para a mudanca no es-
quema, com a adocáo de tres atacantes.
"Fui até chato", confessa a repórter
Martha Esteves.
Após a derrota no amistoso com a Se-
lecáo da Umbria, ele continuou fazendo
coro aos pedidos de Careca e Alemáo
em urna desesperada tentativa de mudar
a cabeca de Lazaroni. "Mas ele cismou
com essa historia de líbero e senti que tu- jamais voLtaráo a vestir a camisa da
do estava perdido", depóe. Revoltado
com a avaliacáo que ganhou da comis-
sáo técnica - negativo, desagregador e
indisciplinado-, Renato, o mesmo que
em 1986 foi cortado da Copa por mau
comportarnento, sugere, irónicamente,
que a próxima Selecáo seja formada por
jogadores "santinhos": Aos 27 anos o
ponta do Flamengo náo acredita que seu
nome esteja queimado nas futuras con-
vocacóes e promete: "Ainda tenho fute-
bol de sobra para mostrar" , assegura.
22
RENATO GAÚCHO
PLACAR - Na avaliacáo final da comis-
gregador, negativo e indisciplinado.
Como reagia a essas críticas?
RENATO - Isso de ve ter sido feito
após a derrota para a Argentina e esta-
vam todos de cabeca quente. Sincera-
mente náo acredito na veracidade des-
sas críticas.
PLACAR - Mas vocé tem esse perfil
táo negativo?
RENATO - Sou sincero e disse tudo o
que pensava na frente de todos. Se agora
eles estáo me mandando recados pela
imprensa é porque sáo covardes.
PLACAR - Voce acredita que seu no-
me esteja numa lista negra dos que
Seleciio?
RENATO - Se eles quiserem urna Se-
lecáo só de santinhos, que saiarn ca-
tando jogadores dentro das igrejas. É
bonitinho elogiarem o comportamento
de alguns jogadores, mas o que eles
ganharam? Tenho oito anos como
profissional e conquistei os principais
títulos, só me faltava uma Copa do
Mundo. Talvez, se a Selecáo tivesse
onze Renatos, poderia ter ido mais
longe na Itália.
PLACAR - Por que os torcedores e
"
grande parte da imprensa nao acre-
ditam nessa histár¡« de "grupo fe-
chado" ?
RENATO - Náo sei por que, mas rea-
SeaCBFme firmo a uniáo do grupo. O caldo de-
sandou mesmo depois da derrota para
a Argentina, quando os jogadores se
achatáo dividiram e cada um foi para seu la-
do. Aí pintou urna tremenda desu-
negativo, niáo. Se o time fosse carnpeáo, todos
iriam querer voltar juntos para desfilar
entáoela em carro aberto.
devesair PLACAR - Voce confirma que quem
manda va Iza Selecáo era o grupo lide-
catando rada por Careca, Dunga e Alemáo?
RENATO - Eles falavam mais que os
outros, mas nao exigiam vantagens
jogadores por isso. No episódio das mudancas
no jogo contra a Escócia, foram os
santinhos próprios reservas que pediram para
Lazaroni náo mexer demais na Sele-
nas igrejas cáo. O time principal nem se meteu.
PLACAR - E o que foi discutido depois
"
da derrota para o combinado da Um-
bría, ainda na fase de preparacáo?
RENATO - Posso falar o que eu pedi a
Lazaroni: um ataque com tres jogado-
res. Tive o apoio aberto de Careca,
Alemáo, Romário e Dunga. O resto
PLACAR 06/07/1990
do grupo ficou calado, o que dá na
mesma. Depois ainda falei a Müller e
Careca que seríamos facilmente neu-
tralizados, já que os adversários per-
ceberiam nossa fragilidade. Eles real-
mente acabaram isolados na frente e a
Selecáo com o número absurdo de oi-
to marcadores.
PLACAR - Entáo vocé previu que per- .
deríamos a Copa antes mesmo de ela
comecar?
RENATO - Exatamente. Eu avisei La-
zaroni que aquele esquema nao daria
certo e a vaca iria para o brejo contra
a vontade dos jogadores.
PLACAR - Diante de tantos pedidos,
parece que Lazaroni é tao teimoso
quanto seu desofeto Telé Santana, náo?
RENATO - Nao gosto nem de falar de
Telé. Mas acho que Lazaroni colocou
essa idéia de líbero na cabeca e nao ti-
rou mais. Foi urna cisma dele.
PLACAR - Vocés joram chamados de
mercenários por discutirem premiacáo
na Copa.lsso desgasto u a Selecáo?
RENATO - Dissemos a Ricardo Tei-
xeira, presidente da CBF, que estáva-
mos sendo muito mal pagos se con-
quistássemos a Copa. Agora, gostaria
que ele falasse publicamente quanto
receberíamos pelo título.
postura. Quando fiz o mesmo, fui tacha-
do de negativo e desagregador.
PLACAR-Desde 1966 a Selecáo Brasi-
leira nao obtinha uma colocacáo táo
ruim. Seria o momento de voltar ao tra-
dicional esquema 4-3-3?
RENATO - Acredito que o futuro da Se-
lecáo é colocar em prática o velho be-a-
bá, sem invencáo, O futebol brasileiro
foi tricampeáo mundial dessa maneira.
Sou defensor da idéia do falecido Cláu-
dio Coutinho: o simples no futebol se
toma bonito.
PLACAR - Em algum momento, Lazaro-
ni perdeu o comando da Selecáo?
RENATO - Eu acho que ele nao perdeu a
Iideranca. Ele perdeu o rumo do esque-
ma, porque enfiou urna coisa na cabeca
e nao admitiu mudar de idéia.
PLACAR - Como o grupo reagiu as en-
trevistas de Andréa de Angelis, noiva de
Taffarel, sobre a polémica da divisáo
dos premios?
RENATO - Tem coisa que a gente nao
pode levar para casa. As vezes, até por
inocencia, algumas pessoas falam sem
saber. Eu mesmo chamei a atencáo de
Taffarel para que ele repreendesse An-
dréa e orientá-Ia a nao vacilar nova-
mente.
PLACAR - Mas o trabalho da imprensa

PLACAR - Eram 50 000 dólares para
cada jogador?
RENATO - Exatamente. Outras sele-
cóes acertaram por 300000 dólares.
Urna prova de que nao fomos mer-
cenários.
PLACAR - Vocé chegou a orientar al-
guns jogadores para dificultarem
trabalho da imprensa?
RENATO - Os jornalistas que me sa-
canearam, escrevendo o que nao falei,
estáo ferrados comigo. Conto para ou-
tros companheiros e tento fazer a ea-
beca deles mostrando que o cara é um
traíra. Mas isso nao aconteceu durante
"
nao foi dificultado?
RE NATO - Esse papo que o tempo era li-
mitado é mentira. O engracado é que
ninguém fala nada sobre a Rede Globo,
que pagou um dinheiráo para entrevistar
Lazaroni com excJusividade. Isso nao é Alguns
condenável e antiético? Eles entáo deve-
riam pagar todas as entrevistas em qual- campeóes
quer competicáo.
o de 1970
PLACAR - A seu ver, como joi a atua-
~'ao de ex-jogadores que se tornaram
comentaristas?
secaram
RENATO - Sei que muitos companhei-
ros nao gostaram das críticas de Pelé.
nossotime
Nao posso falar nada, pois nao ouvi as
análises dele. Mas tenho certeza de que
porque querem
PLACAR - Ela afirmou que houve dis-
cordancia na hora de repartir o dinheiro
entre jogadores e comissáo técnica. O
que de jato aconteceu neste caso?
RENATO - Dividimos o dinheiro em
duas partes: urna com o pessoal da co-
missáo técnica e a nossa, que era um
pouco maior, ficaria entre os 22 joga-
dores. Todos concordaram que nossa
fatia era" imexível". Mais tarde, cin-
co jogadores voltaram atrás e resol ve-
ram dividir também a parte que Ihes
cabia no bolo com a cornissáo. Foi aí
que batemos o pé e nao aceitamos. Co-
mo defendiam essa idéia, eles que di-
vidissem a parte deles.

a Copa.
PLACAR - É verdade que, depois do
jogo com a Costa Rica, vocé coman-
dou uma debandada geral dos joga-
dores para evitar entrevistas?
RENATO - Tínhamos urna ordem de
nos arrumarmos e dar entrevistas em
45 minutos. Como gastamos 30 minu-
tos no vestiário, achei perda de tempo
permanecer outros 15 a disposicáo
dos repórteres. Estava doido para to-
mar urna cervejinha em Asti e nao ti-
ve saco para esperar.
alguns jogadores da Selecáo de 1970
quiseram "secar" nosso time porque
ainda hoje ganham dinheiro a custa do
tricampeonato.
PLACAR - Vocé lutou por Lima vaga no
time "no grito" e nao deu cerro, a
exemplo de Romário, Aldair e Ricardo
Rocha. Por que sá Ricardo Rocha teve
sucesso?
RENATO- É por aí que eu sinto como as
pessoas me marcam. Nao critico a atitu-
de de Ricardo Rocha, até acho que ele
fez o certo. Mas ninguém condenou sua
PLACAR - Quem sáo os jogadores que
continuar voltaram atrás?
RENATO -lsso eu nao digo. Eles que o
ganhandoem facam.
cimadotri PLACAR - Em sua opiniáo, quem deve-
ria ser o novo técnico da Selecáo?
RENATO - O futuro treinador deve ser
um profissional com urna tremenda ex-
" periencia internacional, que conheca o
futebol jogado lá fora. Zico, Falcáo,
Carlos Alberto Parreira e até Zagalo.
Sáo excelentes opcóes. Valdir Espinosa
também merece urna oportunidade. O

PLACAR 06107/1990 23
-------------!o~PE~R~FI~LD~O~S~U~(E!SS~O!R'------

COME AR DE NOVO o substituto de Lazaroni, que pode ser

Falcáo ou Parreira, precisa aprender a licáo das últimas
Copas para se encaixar no perfil ideal

i morto, rei posto.

l Com o fracasso da
Selecáo Brasileira
a Itália e a contra-
tacáo de Sebastiáo Laza-
roni pela Fiorentina, a
pergunta é inevitável:
quem será o novo técnico?
Até chegar a urna res posta
será preciso definir o per-
fil do uce sor. Ex-joga-
dor ou teórico? Defensor
do futebol-arte ou adepto
das táticas européias?
Conversador ou duráo?
Até agora, dois nomes
térn polarizado as aten-
cóes e existe, até, urna eS-IJ~~:f
peculacáo sobre o apro-
veitamento de ambos, pa- !I;;!ZEiti
ra de centralizar o coman-
do. Ainda nao se sabe se
Carlos Alberto Parreira ou
Paulo Roberto Falcáo
aceitaria formar urna du-
pla, mas a po sibilidade
hoje de um deles ser o es-
colhido é a mais provável.
De qualquer forma, de-
pois das derrotas nas últi- FALCAo
Ex-jogador e
PARREI
Já passou pe
mas cinco Copas, a una-
comentarista de Sele~áoepo
nimidade tornou-se urna
talento, tem urna umaforma~
mercadoria rara quando o
boa vivencia do mais teórica,
assunto é treinador. Se o
futebol europeu agrada a CBF
futebol ofensivo de Telé
Santana, em 1982 e
1986, nao trouxe resulta-
do significativos, a filo-
sofia pragmática de Laza-
roni também ficou deven-
do. A saída, pelo jeito, é
achar o ponto de equilí-
brio entre essas duas es-
tratégias. O futebol mu-
dou mas nao abdicou da
fantasía, razáo pela qual
nenhum esquema tático
poderá pre cindir da cria-
tividade. Cada brasileiro,
porém, é sempre um téc-
nico ou entendido. Veja o
perfil que algumas perso-
nalidades térn para o futu-
ro treinador.

24 PLACAR 06 07 1

RUBENS MINELLI
Técnico do Paraná
"A Seleeáo precisa de
a1guém com comando total
e absoluto para tomar
decisóes drásticas, caso
sejam necessárias. Também
tem de ser exclusivo"
A YMORÉ MOREIRA
Ex-técnico da Seleqáo
"Tem de ter conhecimento
de psicologia e, acima de
todo, personalidade. O
melhor nome o de Falcáo,
é ~ a1guma experiencia com
que tem um profundo
conhecimento do futebol
mundial"
ZAGALO
Ex-técnico da Seleqáo
"É fundamental que
o escolhido tenha vivencia
como treinador. Na Selecáo
náo se pode comecar pelo
vigésimo andar"
JAIR PEREIRA
Técnico do Flamengo
"Seria bom se fosse um
misto de preparador físico
e ex-jogador, que já tenha
8z selecóes brasileiras
~ de categoria inferior"
~
TELÉ SANTANA
Técnico do Palmeiras
"O mais importante é ser
um profissional com boa
experiencia. Melhor ainda
se for um ex-jogador, com
o perfil de organizador,
disciplinador e psicólogo"
ARMANDO NOGUEIRA
Comentarista esportivo
"Falcáo é O nome. Ele foi
urn maestro dentro de campo
e também pode ser fora
dele, fazendo a SíLVIA POPPOVIC
Selecáo voltar a jogar o Apresentadora do SBT
futebol brasileiro" "Tem de saber comandar
o grupo e harmonizá-Io.
Pelo que tem demonstrado
nos comentários e pelo
nível de informac;áo,
Falcáo pode ser o nome"

ÉDER VALDIR ESPINOSA

Jogador do Atlético-MG Técnico do Intemacional
"Deve ter sido urnjogador, "Deverá ser urn vencedor,
saber ao menos como chutar saber ouvir sem perder a
urna bola. Os comandados personalidade e, sobretodo,
váo sentir que falam a mesma náo ter medo ou inveja dos
língua do técnico. O carisma técnicos das dívísóes
também muito importante"
é inferiores"

EDUARDO SUPLlCY BASíLlO JOAO SALDAN HA uns FERNANDO VERfsSIMO

Presidente da Cámara de Sáo Paulo
"Meu candidato seria
Sócrates, porque tem boa
cabeca e se relaciona
bem com os jogadores,
mas proponho que seja
feita urna elelcáo"
Ex-técnico do Corinthians
"Acho importante ter a
experiencia de um
ex-jogador, com urna visáo
moderna do futebol. Náo
concordo com Parreira, que
está fora há muito tempo"
Comentarista esportlvo Jomalista e escritor
"Pode ser qualquer urn. O "Tem de manter as idéias
que precisa mudar o é de Lazaroni e se
espírito. A Selecáo tem comunicar melhor. Falcáo
de ser nacional. Técnico tem esse poder, a1ém da
tanto faz. Sophia Loren com experiencia européia, mas
urn bom time campea"
é agora poderia queimar-se"

o QUE Nio Calendário apertado, em que a Seleeáo conta pouco e

os jogadores acabam sacrificados.
VAl MUDAR
Desafiar tudo ou tentar convi-
ver com as dificuldades. O futu- Continuidade da "política" de exporta~áo de craques,
ro técnico da Selecáo Brasileira pela má situa~áo financeira dos clubes.
poderá fazer essa escolha, mas
nao terá como fugir dos proble-
mas. Afinal, seja qual for o trei- , Cobraaca excessiva da imprensa e da torcida, que muitas vezes
nador, é muito provável que ele deixam o bairrismo superar o interesse comum.
encontre as coisas assim:

PLACAR 06/07/1990 25
_______ AS LICOES DA ITÁLIA _

SEM SACRIFicIO NAo DÁ

Cercados de parentes e ernpresários, que turnultuararn
a concentracáo, a rnaioria dos jogadores ficou sern a
tranqüilidade necessária para urna Copa do Mundo

o PARAíso DOS EMPRESÁRIOS

Glovannl Branchini recebeu atencáo especial de Lazaroni e Romário

áo se sabe até que ponto o

técnico italiano Azeglio
Vicini tem razáo ao proi-
bir sexo, empresários e
familiares por perto da concen-
tracáo, ma estes foram certa-
mente alguns dos fato res que aju-
daram a tumultuar a passagem da
Selecáo Brasileira na Itália. Hou-
ve exagero de muito jogadores,
que nao ouberam aproveitar a li-
berdade concedida.
Na pior colocacáo de urna se-
lecáo nacional em Copas do A FRAGILIDADE CULTURAL
Mundo nos último 24 anos, as Müller e seus Irmáos: desfilando de Ferrari nas folgas
facilidades propostas acabaram
servindo para desconcentrar o <;ao passasse das oitavas-de-final. e filho no Brasil. "O melhor é

grupo. Careca, por exemplo, foi
surpreendido várias vezes discu-
tindo com o irmáo Paulo e o
amigo Clidáo por causa do por-
re diários que a dupla tomava.
E, assim, o que se viu em Asti
foram jogadore preocupados
com famílias e empresários, mu-
lheres com problemas de hospe-
dagem e criancas de colo tirando
o sono dos pais.
Quem con eguiu se estabele-
cer na cidade brigou para ficar
em Asti até o fim do Mundial.
Por is o, as mulheres nao que-
riam deixar o lugar, caso a Sele-
"Os jogadores e tavam dispo 'tos
a voltar para Gubbio, mas as mu-
lheres enchiam o saco, pedindo
para nao sair de Asti, pelas difi-
culdades de deslocamento", con-
fidenciou uma fonte da CBF.
Noutro desafio as normas do
bom senso, o atacante Müller
desfilava nas horas de folga com
sua Ferrari ao lado dos irrnáos.
"Na hora da pres áo, prevalece a
fragilidade cultural do no so atle-
SOLIDÁO AJUDA ta", justifica o supervisor da Se-
Ricardo Gomes preferiu delxar lecáo, Paulo Angioni. Ao contrá-
os familiares no Brasil: rio, o zagueiro e capitáo Ricardo
"Seria multa confusáo" Gomes preferiu deixar a mulher
família ficar torcendo por n
lá", explicou. Em conseqüé
disso, o zagueiro do Benfica
ramente foi visto fora da cone
tracáo nos dias de folga.
Mas o certo é que a maioria
jogadores brasileiros parece
co preparada para um avance,
mum aos colegas holande es e
gleses. Eles ainda nao enten
ram que, para ser carnpeáo m
dial, tranqüilidade, paz de es
to e responsabilidade sáo tño
cessárias quanto ensaiar jogad
colocar a bola no fundo do gol
Por Jorge Luiz Rod

PLACAR 06/07/
 (Tucha) e Cací (Hélio Rocha). T\.'cnaco:
Cac;apava
CEAJIÁ.CE: Rohcrval. Blgo (Oli'elral.
Aínon. Édson B~ e Paulo C¿!aar;
Beto Cnu. Gérson Sodre c Caríos Al·
berto 8or~cs: Sanros. Hcüo (Dadinho) e
Cartinhos. Técnico: Dimas Filgucira,
TAGUATINGA-DF t X VlTÓRIA"A O
Local: Elmo Scrcjc (Tagualinl!-aJ: Juiz:
Antero Borgcs (00); Renda: Coi
30 500: PIIblico: 61; Gol: Edmílson 33
do2Y
261junhol9O TAGUATlNGA-IlF: Déu. Paulio. Vi-
••••_ t X IUGOSÚVIA t Dha. Chiqulnho e Donval: Edmilson.
loaI: ~ lIcnIcgodí (Vcrooa): Da Silva e Rogerinho (Gon",,): Pachc-
Juiz; Aron SchrnidIIuIJa- (AIomanha Oci- co, Tuta (Nc~au) e JOO<uinho. Tccnco:
dcruI); PIíhtico: 35 500; Gol" SIoj~ovic Mo,.ail B:ubosa
33 e Sali••• 39 do 2.": no prmuga<;áo; lu- Abdulrahmar¡ 1. Y. Mobarned (Emi). Ka- vrrOAJA.BA: Borgcs. Jairo. Édsoo.
4/Julhol9O
p'ávia I x O: Gol: Sto¡kovic 2 do 1.0; X INGlATERRA tonce. Vujovic. Vulic. Ivkovic (lug). Mis.,inOO e Silva (Pepo); Belmonoc.
Ick (Ncmc,:ck). Kublk (Griga) e Morav- ALEMANHA
Cartio """""lo: Roben". 01end0. KaJa- Hwangbo. Yoon (CS). Giménc:z. ViII.no- Toby e Reinaldo (Dema): Aedré C"'-
cik; Skuhravy e KnoOicck. Técnico: Jo-
eec. Vujovic. Vulic e IvkoVIC ya. ChendO. Roberto (Esp), Francescoli. J'C!'I. P-••utlnho e ledo. Técnico: Cerk»
,.cf Venglos ARTILHEIROS
ESPAHHA: Zubi/.arreta. Chendo. San- Skuhravy (Tch) S; Sehillaci (Ita), Milla Rubén Sosa. Aguilera. AI ve z. GUtiérrcl GauN..•• e
ALEMAHHA OCIOENTAL: IIIgner. Au- oIUVENTUS-AC t X __ QRO.AIoI O
chIS. Andrinua (llménc:,) e Goeriz: R<>- gcntbeler. Kohlcr e Buchwakí: (Cam). Manhius (Ale) e Mich<1 (Esp) 4; (Uru), Shobeir (Egi). Moms. McCanhy.
local: José de Mello (Rio Br.uoco); Renda
bcno. Villanoya. Mlchel e Manín Vál- Bcnboíd. Bein (Móllcr). Li,,"""~1. Voller. Klinsmaon (Ale) e Lineker (lng) J; Aldridse. MacGratb. Moran (Eire). Wou-
Coi 146 OOJ; Gol: Jorge Luis 42 do l."
1jIICl; SalInas e BUlrogueño (Rafael Mauhau •• e Brchmc: KIiR.\manD e Re- Lacatus. Balilll (Rom). Careca, Müllcr iers (Hcl). Gascol~nc: e Pean:e (lng) I
Pu). T6:Joico: Lws SuareL (Bra). Red(n (Col). Jozic. Poneev. Stojko- EXPULSÁO JUVEHTUS-AC: 1I,.omar. Marqui"""".
die. Técnico: Fr.ulI BecLcnbaoer
IUGOSI.ÁVIA: Ivkovlc. SJl'ISic. llao17l- v\c (lug) e Plau (lng) Z; Opis. Roda, Artnc:r (Áus); WynaJda (EUA); Moravcik Andcrson. Píluláo e Tomnho: Gilmar.
O JOGO: Os alema..." domlnar.m 100al-
bcglC. BmoVIC e 5obanadlOvic; Jo,,,,. (Aus). Murray. Caligiuri (EUA). Gianni- (Tch): MassinS e Kana-Blyik (Caro); Bes- Rení\'io e Jorge Lui : Rafael. E,yCttOn e
menlc (K tchccos, Ruma panKla cm que ;lIé
Sesc. KaIanec (Vulic) e Stojkovic: Pan- m, BlI88io. Sen:na (lta). Kubik. Bilek. sonov (URSS); Ricanlo Gomes (Bno); VOI- lvo (Limoio). Técejco: Júlio 8CI.ancul
uvcrem a humikladc de mudar scu "ilstcma
cev (SaviccvK:) e Vujovic. Técnico: IYi~ Hasck. LuOOvy (Tch), Monzón. Troglio. ter (Ale); Sabonadzovic (lUg); Gerets RIO NEGRO-AII: Lu(, Robeno. Joiio
de m;orc;oc;¡jo. Benhold. por cxempto. mar-
caOsim Bumochaga. Cani"i. (Arg). Kunde. (Bél); YOOlI Dcuk-Yeo (CSI; Rijkaard Cartos, LUlsao. Edvaldo e Carlio; Ck-
cou o campo imeiro o perigoso Moravcik.
O JOCO: A repeti<;io de Br •• il x Argemi- Oman-Biyik. aeke (Cam). Zigmanlovic. (Hol)l ••• ber. Ri"""",k e Carlos Alheno Silva,
Obs.: Com este resullado. a Alcmanha
DI, AS5im como o time de Lazaroni. a Es- Protasov. Dobrovolski. Zavarov (URSS). Paulinho (Evandm). JUólo Fr.mcisco e
ctassiñcoe-se para a semifinal.
Bcro Andradc. Técnico: 1(Kf! Dutm
panhadominou a partida e mereceu vencer cAllAROa aX INGLATERRA a Aores. Medford. González. Cayasso
o:omfol~. MIS Dragan Stojkovic teve seu
dia de Maradona. fel dois gola¡¡"" e deci-
Local: San P•• >k, (Nápoles); JUI7: Ed- (CR). McCall. JobnSlOll (Ese). Suomber¡. COPIMIIISIL Obs.: Na t...-di~-áo1045. por um erro téc-
Rico. ~I.IUO , O.
~ardu Codc\ól1 (MéJl:tco): Público: Brolin. aSlrom (Sué). Brchme. Bein.
diu • putida. 55 205; Gol>: Plalt 25 do l."; Kundc Liubarski (Ale). Valderrama. Rincón PRIMF.JRA t'ASt: OPERÁIIICHIIS a X IIIXTOoIIT o
IllUTIIIIIA OX "L4IICA O (Col). Juma' •• Khalid Muharak (Emi). Su- J()(;OS DF. IDA Local. Go'crnador I'l.'<lro Ped""",an
(pCnalti) IK. ELe~e 21 e Linckcr (pCnol-
(Campo Grande); Juiz: Ftáviu C"",alho
Local: ReDalO 0.11' Ara (80Ionha); Jui" ti) 38 do :2.°; Na prorropc;ao: r A O par •• sic. Prosinccki (IU8). De WoIr. Clijstcrs. 19/junhol'lO
Pco:r MiUelscn (Oinaman:.): Pllblico: Vervoon. De OriJsc. Seifo. Ceolema ns TIUEZII_O X NÁ~ t (SP); Pllbloco: 180; Gol" Ad •• 38 do 1."
a InglOlclT3; Gol: Lioc~er (pCoallo) 14
34 520; Na JlfO'1OP'iio: Inglatcrn ) x do 1_4': Canéo amareki; Massing. NL,o- (Sél). Hwangbo (CS). Gooriz. Salinas local: f.minl Sátiro (Camptna Gr.mdc): e 8 do 2."
O; Gol: Platt 14 do 2. "; Canio amarelo: (Esp). Bengoechea. Fonseca (Uru). Abdul Jui/: J""v.1 Pcdm (AL): Renda: Cr$ OPERÁfIIO.MS: Marqulnhos. Alvaril-
no. Milla e Pearce
Gascoogne Ghani (Egi). Sheedy. Quinn (Eire). Koc- 97 650; PIIblico: I 436: 001: Bi,u 4 do do. Zé Ronaldo. Anchu.!ta e Man.-m
CAMAROEs: N~ono. Tataw. Kundc.
INGLATERRA: Sbilton. Wnght. Parkcr. mano Kieft. Gullit (Hol) e Wright (InS) I 1,": Can30 umarelo: Lelo Ccar.i; Biá. indio e Caños: Biro-Biro,
Masstn1.! e Ebwcllc: Libiih. Pal:!al e
Walker e BUICher; Pearcc. McMaIoon CARTÁO AMARELO TREZE-PB: Ed""ldo. Lelo. Lima. Del- Odair (Cctso} e Gilmar (Adir)
Mabdan (Milla); Mf<.••• (Ekckcj, M,,~a·
(Plato). Wadlc e Gascoigne: Lineker e Straka (Tch), MonzÓlI. Serrízuela (Arg). son e Furias: Edflson. Bosco (Rime i) e MlXTo-MT: Ronaldo. Donizctc. Cé .••r.
naLy e Omam-Biyil. Técnico: Valen
B••••• (Bull). Técnico: 80bby Rob>on Mbouh. Onana. Ndip. Nkono (Caro). Lo- Valdcmir: Aloí~to. Demalr e Dánn. Franz e PauJo Hcnrilfuc; CóIC;apa. Gcnil-
NepOInniacij
BÉlGICA: Prcud·lIommc. Gcrcts. De- catus. Hagi (Rom). Mozcr (Bra). Gómez Técnico: Nassau DomA! do e Ivair (Rodnci); CI.udinOO (G"ow;a)-
INGLATERRA: Shillon. Porl:er. Wal-
moI. Griln e De Wolf. Chj ••"",. V." (CR) e Perdomo (Uru) Z; MeoI •. Trius- NAUTJCO.PE: CcI,o. Levi. Barro,. I,'e,). Silyinho e Scrginho
kcr. Wri~hl BUlchcr (Slcven) e Pcarcc:
oler EIsl. Versa",,1 (Vervoon) e Selfo; cOOn (EUA). Beni. De Agostini (lta). Ku- Freira., e Rlvaklo: Aroldo. Leo e Mültcr. SANTA CII~:I X AIIUIJcA.RN t
Ga.",ot~nc. Plau e Waddlc; Bamc,
De Goysc (Clae5CII) e Ceulemans. Téc- Lau. 81lU e Ocunar. Técnico: Otacílio Loc.): J"", do Rego Macicl (Recih:);
(Beard,ley) e Linc~cr Té<.'llico. Bohby bik. Kocian. Hasek. Bilek. Koonicek
nICO:Guy Thy< (fch). Seosini. Olanicoechea. Caniggi •. Gonc;alvcs. JUII.: Sidr.od Marinho (SE): Renda: Coi
Rob •.,n
O JOGO: Os helgas fOOlm supcroon:>. BatiSla. Sim6n. Trogloo. Maradona. Gius- 221julhol'JO 167 760; PIIblico: I 256; Gol>: U.10 ~
O JOGO: Canwuúcs mostmu me e a In-
acertaram duas bolas na llave e mostraram ~la.cm vcnccu. O talenlo dos mclas e :113- ti. Goycochea (Arg). Kana-Biyik. Mas- RfVER-Pt a X cUllA-c. a do l.": Edmundo 16 e 2K. e MaRfuinh<b
J6 do 2.": Expulsao: Simplicio e Llco
um fu1<bol mais técnico. Os praCmátoros canles afncalMb pan..'\."C propon:ion:al a in- sing. Milla (Cam). Kleon. Lupeseu. Lupu l..Alcal: Albcno Silva (Tcrc,ina): JUII:
SANTA CRUZ-PE: Raul. Mannaldo
ongle>es. que ",nlavam empumor o jogo J.!cnuidadc de SCU!la dcfcn!laOrcs. Sortc dt)!la (Rom). Zism.ntovic (URSS). Branco. Vcrandy Na'tCimcnlo (MA): Rl!ooa. Cr
pan • dccisio por penaloi •• acabaram ga- (Fernando Lima,. Man:áo (Fernando
inglc!\Cs. Donga. Jorginho. Ricardo Rocha. Mauro 36 650; Público: 508; Gol" P-.ulinho 15
nbando com um gol no úllimo minulo da Galvlo (Bra). Jara. Marchena. Guimaries. e Carlinhos Banaún.u.!Ia
26 do 1.'1: 5nOlO\ Silva). Tanla e Eduardo: MaJ.o. Alaidc
Obs.: Com cSle rcsuhado. a In~Jalcrra
prooroga.;io . 17 e Borgcs 45 do 2." e Edmundo: lelO. Marcclu c SimplicIO.
clas.~ificou-sc para a semifinal. Gonzáles (CR). MePherson (Ese). R. Nil,-
son. Sehwarz. Strombcrg (Sué). Brehme. AfYER-Pt: Dcoclccio. Valdinar. Ct.!~ar. TL'cnico: Er.uxJir Monlcncgro

I QUlRTIS-.-FlIAL I
PRÓXIMOS JOGOS
3/julhol'K) . M.ubius. Klinsmann (Ale). Perea. Gómez an:. c Didi: Alcmao. Carhnhos Bardú- AMÉRlCA-AN: Eogenio. Túm. Argcu.
Mcdci~ c Mmgo: Éd.~. Lico e 8ai
ARGENTINA X tTAlIA (Col). Abdulralomon. Mohamcd. Abbas. nas e Luis F..duardo: P-Julinho. Mlolinho
lOI¡uMoI9O
AMIJI11IIA O X IUCIOSLAVIA O
loaI: CoommaJe (~); Jui¡; Kwt
RCldoIisbo:rcer (SoolI;a);PIlbIico: 38 971; Na
~: O x O; Nos p!naIois: ArJctoIina
3 (Scrrizuela. Bunuchap e Dczuui) x lo-
gosIávia 2 (Prosino:cki e 5oviccvic); Canio
amarelo: ScnV.uo:Ia. OIanicoochca. Tlo-
glio e Sim6n; Expulsio: SabanadLOvic 31
do 1°
NIGEN1lNA: Goycochca. Simón. Scori-
zuda e RooIQ!I:ri;BasuaIdo. GiUSli. 0brIi-
coochca (fOÓ@lio). ~ (Duoal) C
llanucIoIop; Mandona e Caniggia. T~:ni-
<O: ('arlo> Bilado
IUGOSI..ÁVIA: IYkovic. HaoIziIqic. Spo-
sic e Jozio:; Vuhc. Sabonadzovic. Bmovic.
l'roIiincd.i e SusIC (5oviccvic); SIojkOVICe
Vujovic. Técni<:o: lvica Osim
O JOGO: OnomáIico e emocionan",. Multa
Iuta. dcbaixo de 501••• _. com os iug""-
\aYos redo7Jdos a del homcns • 31 mi ••••""
de jogu. _ penlidoo por Manodona e
SIojI<oYoc _ acm<J<;áo.
<b.: Com •••• resultado •• Argentina c111S5Í-
rlCOlHepool • semifinal
rrAuA U lIMO
loaI: Olímpico (Rema); Jou: Carlos Sil-
va VaIaol< (Portugal); P\IbIico: 73 300;
Gol: ScIoiUaci37 do l."; Canio anwclo:
De Agostini e Mooon
ITÁLIA: Zenga. Bergomi. Baresi. Ferri e
Maldini; De Agootini. De NapoIi. Gianni-
ni (AnccIotti) e Donadoni; Baggio (ScoaIa)
e Schillaci. Técnico: Alc~lio Vicini
EIRE: _. M<lrris. McOo1hy. Monn
e Scaontoo; Mc<lnoIh. HougIoIon.
Townsaod e SIKaIy; AknIp: (Shcridon) e
<;\lino(Casarino). Tá:noco: Jock ~
O JOCO: SdoiIIaci . ..- vez .••••• It6Iia

_.
•••••••• na pootida mois diIlciI pon os donas
di casa ••••• Mundill. O En: perdeu a in-
_idade de dc1I:ucIc: jogos. Iutando

Obs.: Com este resultado. a ltália clll5!iifi-

cou·sc para a scmirmal.
1.°/JUIhoI9O
TCIIICOL O X AI.DIANHA OC. t
Local: Giuseppo: MCII.I.a (Maio); Jui"
1Ic1_ Kobl (ÁUSlna); Pllblico: 73 345;
Gol: MOltháus (ptnaki) 24 do 1.0; Car-
Iio aman:1o: Straka. Bilct.. Kno/1icek e
Klinsmann: Expulsio: Moravcl~
TCHECOSLOVAQUIA: Sl<:jst.al. H•.<d.
~
Koclan. Kadlcc e Strab, ChoVIIIICC. Bi- O lugosIavo Stotkovlc marca seu prlmeiro gol contra a Espanha. ter~feira, dia 23

32 PLACAR 06/07/1990
 ESCUDINHOS
Dois reforces da Regiáo Centro-Oeste para sua
colecáo de botóes: o bicampeáo Goi~s e o Gama, campeáo
do Distrito Federal depois de um jejum de dez anos
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33. rue de Miromesnil. Local: Nis (Iugoslávia) pénaltis"
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PA. FAX: (00331142.66.13.99 Posi~ao: Meia da Argentina. Gol inesquecível: "Foram ll1uitos. mas
PUBLlCAl;ÓES DA EDITORA ABRIL
Peso: 72 kg O resultado prefiro ficar com aqueles dois que marquei
Interesse Geral
Altura: 1.74 m foi injusto" contra o Milan"
VEJA. GUlA RURAL. GU(A 00 ESTUDANTE
Chuteiras: 41 Como voce se sente indo para o lugar que
ALMANAQUE ABRIL. SUPERINTERESSANTE Clube e ídolo de infancia: Radnicki Nis e era destinado a Maradona, no Olympique
economía e Negócios Michel Platini de Marselha? Nao existe compara~áo. Ele
EXAME Hobby: Ir ao teatro já é conhecido e eu tenho de mostrar servic;o.
Automobilismo e Turísmo Jogo de estréia nos prorlSSionais: Radnicki Vou agarrar essa oportunidade e sei que vai
OUATRO RODAS • GUlA QUATRO RooAS
Nis x Vardar Skopje, pelo Campeonato dar certo. Quem sabe. ao lado de tanto
Esportos
lugoslavo de 1981. "Eu tinha apenas 16 cmques, náo ganhe um título europeu logo
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anos e fiz dois gols" no primeiro ano?"
Masculinl'
PLAYBOY
Resumo da carreira: "Comecei no A lugoslávia fez boa eampanha na Copa.
F.mínin'l
Radnicki Nis. c1ube da minha cidade. Ao A explic~ao se ehama Stojkovie? "Somos
CLAUDIA' CLAUDIA MooA' ELLE • NOVA 16 anos. já jogava pelo time principal. Em um conjunto. mas nao po so negar que
MANEQUIM • MONTRICOT I CAPRICHO 1983. disputei a primeira partida pela estou dando tudo no Mundial. Passar para as
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DeCora~o e Arquitetur.
Sele~iio. Dois anos depois prestei servi~o oitavas-de-final era nosso sonho. Felizmen(e
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militar e passei urna temporada sem jogar. fomos mais longe ainda"
AROUITETURA & CONSTRUI;ÁO como acontece com qualquer atleta o que voce aeha do nivel da Copa? "Há
PUBLlCAl;ÓES DA EDITORA AZUL iugoslavo. Em 1986. fui transferido para o boas equipes. mas lamento a elimina,ao do
BIZZ. BOA FORMA I BOOYBOARD • CARiCIA Estrela Vermelha de Belgrado. pelo qual Brasil. Foi injusta a derrota pam a
CONTIGO I FLUIR I HORÓSCOPO IINTERVIEW
SAÚOE I SET. SEMANÁRIO I SKATIN ganhei dois campeonatos nacionais (1987 e Argentina. Brasil e lugoslávia tem jogadores
PUBUCA~ES DA EDITORA ABRIL JOVEM 1990) e urna Copa da lugoslávia ( 1990). muito técnicos e certamente fariam urna
PATOOONALD. MICKEY I ZÉ CARIOCA Ganhei a medalha de bronze nas Olimpíadas partida eletrizante nas quartas-de-final"
TIO PATINHAS I MARGARIOA I URTIGÁO.
ALEGRIA & COMPANHIA I LIGA DA JUSTIC;:A
de Los Angeles, em 1984. No dia 15 de
SUPERAVENTURAS MARVEL I BATMAN julho, vou me apresentar ao meu novo
OS CAC;:AooR.ES • STORM
CONFLlTO DO VIETNA I GRAPHIC NOVEL clube, o Olympique de Marselha, na
CONAN I MENINO MALUQUINHO
TURMA DA FOFURA • LULUZINHA
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Endere(u para correspondencia:
OS TRAPALHÓES • GUGU • DISNEY ESPECIAL Jogo inesquecível: "Sáo os dois que o

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X MEN • TElA DO ARANHA I CONAN RE) Estrela Vermelha disputou contra o Milan.
3 Boulcvard Michclcl. B. P. 124.
PUB~CAl;ÓES DA da Itália, pela Copa dos Campeóes de 1989.
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Editor e Diretor:
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Diretor Superintendente:
Roberto Civita
Diretores: Angelo Rossi,
Edgard de Sílvio Faria, Ike Zarmati,
José Augusto Pinto Moreira,
Placido Loriggio, Raymond Cohen,
Roger Karman, Thomaz Souto Correa
Diretor de Assuntos Corporativos
Alexandre Machado
DIVISÁO REVISTAS
Diretor: Thomaz Souto Correa
Diretores de Área
Antonio Carlos Ribeiro da Silva,
Carlos Roberto Berlinck,
Miguel Sanches,
Oswaldo de Almeida,
Ricardo Vieira de Moraes,
Vanderlei Bueno

estamos descLassifi- Diretor de Grupo: Juca Kfouri

REDACAo .
'codos. Está na hora Ch~ •• de Redaqio; Affredo Ogawa e Alvaro
meida
de voltar para casa. Re- Editor •• ; Mário Sérgio Venditti, Silvio Bressar

nato e Aldair foram os ~~~~~~~~~!;~~~o~~~a~i;~~~~ Ayres

Fotógrafo.; Nélson Coe(ho, Orlando Kissner,
vio Porto
primeiros a chegar no OBrasil queria ir para Editor de Arte; Waner Mazzuchelli
Chef. d. Art.; Alberto S.L Magalhaes
aeroporto. Já estavam as quartas. Acabou Diagramador •• ; Andre Luiz Pereir. da Silva,.
Jonas de Lima, José da Luz Tenório, José D
com as malas prontas. indo para os quintos ... sio Filho, Rosalina Sasaki, Sergio Prado Marti
Secretó,io. d. Produqio; José Batista de CalV
Ren. Santos Filho
Pr.pa,~ de T.xto; José Gustavo Va.
cellos
Mas, como diz o dita-
do, há males que
vém para o bem. A der-
A ntes da Copa, o pre-
sidente Collor disse
em tudo está perdi-
do. Müller, por
exemplo, foi convidado
P,odu?o: Sebastiáo Silva
Atendlmento 10 leitor: Maurício Rodrigues
Sucursais
Rio d. Jan.i re • Chef.: Carlos Orletti
R.pórt •••• Rio: Gilmar Ferreira, Jorge LuizR(
gues, Martha Esteves; Fotógrafos: An Gomas,
.

ton Claudino da Silva; Produqio: Marcelo de

rota para a Argentina, que estávamos na "Era
pelo menos, voltou a unir Dunga": Depois da der-
nosso grupo. Depois dis- rota, ele mandou outro
so, ninguém mais brigou telegrama: "Já era,
para trabalhar naquele
comercial da Sadia com
as criancinhas tentando
chutar a bola.
sus; e.lo Horizonte - Repórter: Manuel Muniz
tógrafo: Nélio Rodrigues; Curitiba • R."órter:
berto José da Silva; fotóp,afo: Sérgio Sade;
t~~~';"M~rti~~'1~~~d~~v~~~:g~!~~~i~~~~
SERVICOS EDITORIAIS
Ab,iI Pres.· G.,ente: Judith Baroni
Esc,ltó,io Nov. Yo"': Dorrit Harazim Igerel

Q
Frances Furness lassistente) .
por causa dos premios. Dunga" . Escrltó,io Pari.: Pedro de Souza Igerentel. Al
Teixeira lassistente)

A
ó náo entendi ainda campanha "Papa
por que tanto espan- Essa, Brasil" náo
to ... Se o Combinado da deu certo. Em compensa-
Umbria conseguiu ga- cáo, a CBF economizo u
-nhar da gente, a Argenti- milhares de dólares em
na náo chega a ser uma premios. Dá até para
uero saber quem foi
o engracadinho que
pintou na parede de nos-
so hotel: "Maradona du-
ro em Ricardo Rocha
mole, tanto bate até que
fura":
Bu.nol Aires: Odillo Licetti (correspondente)
Departamento de Documentaqio • Gerente:
sana Camargo
Servll"l' Fotográficos· Dlrator: Pedro Martinelli
Automaqio Editoriel· Gerente: Júlio Bartolo
COMERCIAL
Dir.tor do Publicidad.: Eduardo Granja Rus",
G.r.nt. Come reial: Marlene Conti Canto
Assistant. Come reial: Rafael Vieira Filho
Coordlnado,a: Tieko Kuniyuki
Suparvisor: Ricardo O. Lima IRJ)
Contato: Alda Nogueira ISP) •
Dirator de Vendas Govemamlntais: Dr~s So
~~rr:n~:e~:I'iR~~~~~);C8::~I~~~t:

surpresa, né? criar um novo slogan:
"Poupa Essa, CBF".
uitos comentaristas
esuio criticando a Matthiius, Littbarski,
tática "Fiat Uno", cria- Klinsmann. .. com
Q
Alevedo IRe~iáo Nordeste)
~H~~;~~e)~~~:~~ ~:iaf~~z S~~~}:~~¡¡:)
ual a semelhanca en- lica Mazer (Curitiba); A. Simone R. Souto IF
~~~)M!~~a~~~~ ó~.fef:!1~e~~~~"e\r~~~t~I~~
tre Lazaroni e o Sen- ra (Salvadorl
Rep,esentante: Interrnídia (Ribeiráo Preto)
na no GP do México? Os Dirat •• a de P,omoqio. Pesquisa de Midia: Ha)
Gomes Guersoni
dois demoraram para Dirato, do Proplgonde: Ivo Carlos De Maria

da pelo nosso treinador. tanto alemáo que chuta trocar os de trás. DIRETORES DIVlSiONAIS
Diretor Assinltur •• : Erjuardo Frena
g::~:
Isso mesmo, "Fiat
Uno": vdo dois na frente
e o resto atrás.
bem, por que' a gente tinha
de ficar justamente com
um Alemáo sem pontaria?
B em, gente, aqui termi-
na meu diário. Até
~::':'d~i~'~b~~i~l~ac,;¡~~
Dirato, Esccritório Brasilia: Luiz Edgar P. Tostes

~i~~~~ub~~~lioc~:
~~1~r E:it~~g~
~:~i~~~¡~~:; .!e af~:ori~~~~~ra~gcaFs~r

No
N~~~
1994! Se eu ndo for convo-
O que faltou para o
Brasil ganhar? O
jogo seguinte, Ale-
manha Ocidental x
cado para a Copa dos Es-
tados Unidos, espero que
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de honra.
brasileiros foi torcer con-
tra o juiz argentino.
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neylándia para me visitar. ANER =r::".~ IU
l&1:~222' .,~
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PLACAR 06/07/1990 39