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INTERCORRÊNCI

AS OBSTÉTRICAS
ARIANA ARAUJO
HIPEREMESE GRAVÍDICA
Hiperemese gravídica ou vômitos
perniciosos na gravidez ocorre no
início da gestação, podendo
prolongar-se de forma mais branda
durante todo o período.
Sua causa principal parece ser
orgânica, inerente à gestação,
podendo ser influenciada por fatores
psicológicas.
A mulher grávida que apresenta
vômitos com frequência tem este
quadro tão exacerbado que chega à
desidratação.
Em geral, a desidratação pode ser
tratada em casa; nas situações mais
graves, pode requerer hospitalização.
O tratamento visa aliviar os sinais e os sintomas.
Manter os níveis nutricionais.
Verificar os sinais vitais
Avaliar os sinais de desidratação ( turgor e
elasticidade da pele, presença de urina ).
Repor as perdas hidreletrolíticas .
Realizar balanço hídrico.
Tratar fatores emocionais.
INFECÇÕES NA GESTAÇÃO
INFECÇÕES NA GESTAÇÃO

As trocas de nutrientes, oxigênio e sangue entre a


mãe e o feto se dá através das barreiras
placentárias e amnióticas, durante a gestação.

Além disto as barreiras placentárias e amnióticas


servem como barreiras para prevenção de
infecção.

Também são vias de transmissão de infecção.


INFECÇÕES NA GESTAÇÃO
Principais Infecções que podem ocorre durante a
gestação:

1. Infecção do Trato Urinário


2. Candidíase e Vaginose Bacteriana
3. AIDS
4. Sífilis
5. Toxoplasmose
6. Rubéola
7. Citomegalovírus
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO (ITU)

Infecção mais comum na


gestação.

Atinge 2 a 10% das


gestantes.

A maior parte das


gestantes com ITU não
apresentam sintomas
(assintomáticos).
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO (ITU)

Principais Complicações da ITU:

1. Trabalho de Parto Prematuro


2. Anemia
3. Crescimento Intra-Uterino Retardado
4. Abortamento
SÍNDROME DO CORRIMENTO
VAGINAL
Corrimento vaginal de cor branca, acinzentada ou
amarelada, acompanhado de prurido, odor ou dor
durante a relação sexual, que pode ocorrer
durante a gestação.

As causas mais comuns são candidíase, a


tricomoníase e a vaginose bacteriana.

É bastante comum na gestação, em virtude das


mudanças de pH vaginal e redução da imunidade
da mulher.
CANDIDÍASE E VAGINOSE
BACTERIANA

A Candidíase causada pelo


fungo, Cândida sp.
Pode ser acompanhada de
prurido , eritema, queimação e
edema , que causam desconforto
ao urinar.
Pode gerar a Candidíase
Neonatal quando não tratada.
INFECÇÕES NA GESTAÇÃO
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
Explicar a diferença do
corrimento vaginal normal e o
patológico.
Orientar a gestante sobre a
necessidade de banhos diários e
higiene íntima.
Orientar a gestante sobre a
importância do uso do
preservativo durante as relações
sexuais.
Encaminhar a gestante para
avaliação com o obstetra.
HEMORRAGIAS NA GRAVIDEZ
A hemorragia na gravidez é uma
situação de urgência, que põe em
risco a vida da mãe e a da criança.
A enfermagem em uma unidade
obstétrica deve estar preparada para
assistir, de forma rápida e segura, as
gestantes que chegam com
sangramentos intensos, necessitando
de intervenção imediata.
INTERVENÇÕES DE
ENFERMAGEM
Verificar os SSVV para detectar, o
mais precocemente possível, o início
de um choque hipovolêmico, indicado
por hipotensão, pulso rápido,
filiforme e hipotermia.
Observar sinais de palidez, sudorese,
alteração no nível de consciência,
volume da perda sanguínea, queixas
da cliente, diurese.
Puncionar veia, com agulha de grosso
calibre, para permitir a infusão
rápida de sangue e soluções.
HEMORRAGIAS QUE OCORREM
NA PRIMEIRA METADE DA
GRAVIDEZ

As hemorragias que ocorrem na


primeira metade da gravidez são:
abortamento, gravidez ectópica e
mola hidatiforme.
ABORTAMENTO
Considera-se ter ocorrido abortamento
quando há interrupção da gestação antes
da 22° semana ou quando o produto
conceptual eliminado pesa 500g ou menos.
Os abortamentos podem ser considerados
espontâneos ou induzidos.
Aborto é a denominação do eliminado,
embora erroneamente usado como
sinônimo de abortamento ( processo ),
inclusive na literatura médica.
FATORES PREDISPONENTES
PARA O ABORTAMENTO
Anormalidade no embrião – 60% do total.
Anormalidade no desenvolvimento placentário.
Infecções crônicas.
Miomas.
Anomalias no desenvolvimento uterino.
Distúrbios hormonais.
Infecção Aguda.
Causas desconhecidas.
Incompatibilidade sanguínea.
FATORES PREDISPONENTES
PARA O ABORTAMENTO

Incompetência istmo – cervical – a


gestação não se desenvolve, pois o
colo do útero não é capaz de
sustentar o embrião, sendo
necessária uma intervenção cirúrgica
que consiste em amarrá-lo com fio
adequado. Essa intervenção é
denominada cerclagem.
QUADRO CLÍNICO DO
ABORTAMENTO

Sangramento
Cólicas
Dor no baixo ventre
ABORTAMENTO ESPONTÂNEO
São os abortamentos que ocorrem naturalmente,
classificados da seguinte forma:
I. Ameaça de abortamento: dor e sangramento
vaginal, sem dilatação uterina.
II. Abortamento inevitável: sangramento,
dilatação cervical e dor semelhante à cólica.
III. Abortamento incompleto: expulsão de uma
parte do produto de concepção, permanecendo
algum fragmento no útero.
IV. Abortamento retido: retenção do produto da
concepção por mais de 8 semanas após a morte
fetal.
ABORTAMENTO ESPONTÂNEO
São os abortamentos que ocorrem naturalmente,
classificados da seguinte forma:

✔ Abortamento habitual: ocorrência de três ou mais


abortamentos espontâneos.
ABORTAMENTO INDUZIDO
Os abortamentos desse tipo podem
ter razões terapêuticas, que incluem
risco de morte materno ou defeitos do
feto ou, ainda, razões legais como o
estupro.
Quando há permissão para o
abortamento, os métodos utilizados
são determinados pela IG.
ABORTAMENTO INDUZIDO

Métodos utilizados:

Dilatação e curetagem- é feita a dilatação


uterina e o produto da concepção é
retirado com uma pinça em anel, uma
cureta ou um aspirador a vácuo.
Sucção: uma cânula é introduzida, sem
que seja feita a dilatação do colo do útero,
e o conteúdo uterino é sugado.
ABORTAMENTO INFECTADO

O abortamento infectado sucede, na


maioria das vezes, uma interrupção
criminosa, provocada em más condições
técnicas e higiênicas.
Em geral, os causadores da infecção são da
própria flora do sistema genital ou
intestinal.
DESCOLAMENTO OVULAR
O descolamento ovular na gravidez,
cientificamente chamado de hematoma
subcoriônico ou retrocoriônico, ocorre no
primeiro trimestre e é caracterizado pelo acúmulo
de sangue entre o útero e o saco gestacional.
Nos casos leves de descolamento ovular, o
hematoma, normalmente, desaparece
naturalmente até ao 2º trimestre de gestação,
pois é absorvido pelo organismo da grávida,
porém, quanto maior for o hematoma, maior o
risco de aborto espontâneo, parto prematuro e
descolamento da placenta.
A grávida com descolamento ovular nem sempre apresenta
sintomas e, por isso, só o exame de ultrassom consegue identificar
o hematoma.
Quando procurar o médico
É recomendado a gestante ligar para o obstetra ou ir
imediatamente ao hospital se apresentar os seguintes sintomas:
Dor abdominal;
Sangramento vaginal;
Cólicas abdominais.
Ainda não se sabe quais as causas de descolamento ovular, por
isso, não é possível prevenir o seu surgimento. No entanto, fazer
exames quando surgem estes sintomas ajuda a evitar
complicações.
O tratamento para descolamento ovular deve ser iniciado o
mais rápido possível para evitar complicações graves como
aborto ou descolamento da placenta, por exemplo.
Geralmente, o descolamento ovular diminui e acaba
desaparecendo com repouso, ingestão de cerca de 2 litros de
água por dia, restrição de contacto íntimo e a ingestão de
um remédio hormonal com progesterona, chamado de
Utrogestan.
Porém, durante o tratamento o médico também poderá
orientar sobre outros cuidados que a grávida deve ter para
o hematoma não aumentar e que incluem:
Evitar ter contato íntimo;
Não ficar muito tempo de pé, preferindo ficar sentada ou
deitada com as pernas elevadas;
Evitar fazer esforços, como limpar a casa e cuidar dos
filhos.
Nos casos mais graves, o médico poderá ainda indicar o
repouso absoluto, pode ser necessário a grávida fique
internada para garantir a sua saúde e a do bebê.
DESLOCAMENTO PREMATURO DE
PLACENTA
“É a separação intempestiva da placenta
implantada no corpo do útero, antes do
nascimento do feto, em gestações maiores de 22
semanas.”
DESLOCAMENTO PREMATURO DE
PLACENTA
É uma das mais graves complicações da gravidez.
Responsável por 15 – 25% de todas as mortes
perinatais.
Na gravidez subsequente a uma DPP, as chances
de um novo episódio é 10 vezes maior.
A Hipertensão Arterial é responsável por 50% dos
casos graves de DPP.
DESLOCAMENTO PREMATURO DE
PLACENTA
DESLOCAMENTO PREMATURO DE
PLACENTA
Fatores Predisponentes:

1. Hipertensão Arterial
2. Trauma abdominal materno
3. Cordão Umbilical Curto
4. Gravidez Múltipla
5. Tabagismo
6. Anemia e Má nutrição
DESLOCAMENTO PREMATURO DE
PLACENTA
Em 20% dos casos o sangramento fica restrito ao
espaço retroplacentário, sem sangramento
vaginal.

Em 80% o deslocamento inicia-se pela periferia


inferior e o sangramento é exteriorizado pelo
canal vaginal, sendo característico o sangramento
escurecido.
DESLOCAMENTO PREMATURO DE
PLACENTA
Quadro Clínico:
1. Hemorragia Oculta: O sangramento fica restrito
ao espaço retroplacentário, não há sangramento
vaginal. Porém a dor é intensa.
2. Quando há sangramento vaginal:
📫 Dor intensa,
📫 Sangramento importante,
📫 Palidez,
📫 Hipotensão
📫 Oligúria
📫 Hipertonia uterina
📫 Taquicardia fetal e posteriormente bradicardia
DESLOCAMENTO PREMATURO DE
PLACENTA
DESLOCAMENTO PREMATURO DE
PLACENTA
TRATAMENTO:
1. Prevenir e combater o CHOQUE
2. Fazer reposição hídrica com expansores e plasma
fresco congelado.
3. Acesso calibroso
4. Se estiver estável: CESÁRIA
5. Controle rigoroso de SSVV e de hemograma.
6. Cateterismo Vesical de Demora
PLACENTA PRÉVIA
“É a inserção defeituosa na porção do
segmento inferior do útero a partir
da trigésima semana.”

Com o desenvolvimento da gestação, a placenta


evolui para o orifício do canal de parto.
PLACENTA PRÉVIA
Normalmente no segundo trimestre da gravidez,
a placenta se encontra na porção baixa do útero,
mas a medida que o útero cresce, a placenta vai
se afastando e se direcionando na porção alta do
útero.

É a maior causa de hemorragia durante o terceiro


trimestre da gestação.
PLACENTA PRÉVIA
Fatores Predisponente:
1. Multiparidade
2. Idade materna avançada
3. Cirurgias uterinas anteriores
4. Tabagismo
CLASSIFICAÇÃO DA
PLACENTA PRÉVIA
Placenta Prévia Total: o orifício interno do
colo esta totalmente ocupado pela placenta.
CLASSIFICAÇÃO DA
PLACENTA PRÉVIA
Placenta Prévia Parcial: o orifício interno do
colo esta parcialmente ocupado pelo tecido
placentário.
CLASSIFICAÇÃO DA
PLACENTA PRÉVIA
Placenta Prévia Marginal: a placenta
encontra-se tangenciando o orifício interno do
colo.
PLACENTA PRÉVIA
PLACENTA PRÉVIA
PLACENTA PRÉVIA
Quadro Clínico:

1. Hemorragia vermelho vivo, frequentemente


durante o sono, após esforços.
2. Ausência de DOR.
3. Sem causa aparente.
4. Inicialmente em pequena quantidade.
PLACENTA PRÉVIA
Conduta:

1. Repouso
2. O Toque Vaginal está proibido.
3. Avaliar IG, se menor de 37 semanas, aguardar e
observar.
4. Normalmente deve ser hospitalizada.
5. Se tiver sinais de choque: estabiliza, e faz
cesariana.
BOA NOITE!!!

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