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A primeira vez que o vi.

A muito nos conhecíamos, mas apenas de longe nos víamos. A primeira vez que o vi, foi como a
brisa de verão, gélida e refrescante. Foi diferente, pensante…dois conhecidos estranhos! A vida
inteira sabíamos da existência um do outro, mas a primeira vez que o vi foi muito mais tarde na
linha. Ver e ser vista, pela primeira vez. Ver o que poucos viram, sentir o que muitos sentiram.
Ver alguém alcançar os cantos da sua alma, trazendo sensação de êxtase, tal como uma brisa
de verão. E como as águas de Março, a distância o levou. Vidas separadas. Como suportar não
ser vista, após ter sido alcançada. A ansiedade da perda da doce inocência, perante a pureza do
olhar. A dor de levarem embora o vento que me tocou.

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