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Sobre caminhos desconhecidos

Uma vez, Cristovão Colombo disse “Você nunca pode atravessar o oceano até que
você tenha coragem de perder de vista a costa”. Quando fui fazer minha experiência de
intercâmbio em Nova Jérsei, Estados Unidos, sabia que na literalidade o explorador
espanhol estava certo, entretanto pensava em minha cabeça: Será que no sentido figurado
teria ele razão? O quanto temos que nos entregar para aproveitarmos novas experiências
em sua totalidade? Quando terminei minha experiência em 2017, acho que consegui
responder minhas perguntas.

Não tem nada mais seguro que a Costa. São suas origens, suas primeiras memórias
afetivas, de onde suas referências são tiradas. Absolutamente toda a decisão que tomei em
minha jornada, eu levei em conta os meus valores e princípios que adquiri durante a minha
criação e amadurecimento. Entretanto, sempre vai ter uma beleza sobre se jogar de cabeça
no oceano. As incertezas te deixam mais forte e o desconhecido de dá poder sobre as
adversidades e uma capacidade de resiliência.

Em minha experiência fora do país, me permiti experimentar comidas


diferentes, me comunicar com pessoas novas e viver fora da minha zona de conforto. E
quando voltei para casa as coisas já não eram mais as mesmas, mas no fundo eu sabia da
necessidade essa mudança. Às vezes, ciclos se encerram porque coisas novas devem
adentrar sua vida. Nesse sentido, o espanhol estava certo em sua assertiva, mas é
impossível não levar um pouco das suas origens para onde é que você esteja. Ainda,
conclui quanto maior a entrega, maior sua conexão com a experiência.

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