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Agradecimentos
Agradeço a Deus Pai que enviou seu filho Jesus Cristo para
santificar a debilitada e sofrida natureza humana. Graças ao
evento Pascal do esvaziamento de Cristo na Cruz, o sofrimento
humano deixa de ser maldição e torna-se elemento salvífico de
ressurreição para vida eterna. Graças ao humilde sofredor da
cruz, os que são marginalizados e incompreendidos pelo mundo,
podem se abrigar na chaga amorosa do Salvador.
Agradeço ao Espírito que procede do Pai e do Filho, por lutar
a minha frente quando as forças se esvaem e por me carregar nos
braços quando as pernas não reagem ao cansaço do labor da vida.
Agradeço a todos que não olham para um sofredor com olhar
de pena, mas são capazes de enxergá-lo e respeitá-lo como o próprio
Cristo, tendo em vista que ele também chorou, irou-se, teve medo,
solidão, angústia e, no fim, foi glorificado na perseverança do amor.
Em especial, demonstro minha gratidão ao meu pai funda-
dor, padre Jonas Abib, um homem que apesar de tanta tribulação
vivida, sempre levou a vida com um olhar de esperança. Um
homem que foi muito solícito nos momentos que mais precisei
de acolhimento paterno.
Também agradeço a Mônica de Castro, uma amiga que
compartilha a vida comigo, que me apoia e apoiou este projeto,
mulher que da tragédia extraiu riquezas como: generosidade,
amor, bondade e, sobretudo, empatia para com o próximo.
Ela se superou e vê em todos a capacidade de fazer o mesmo.
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Prefácio
A língua portuguesa é muito dinâmica. Algumas palavras
podem ter mais de um significado. Dizendo isto mencionamos
aqui a palavra sentido. E ao pensarmos sentido relacionado à
vida, e perguntarmos “qual o sentido que temos dado à nossa
vida?”, temos diante de nós uma dupla pergunta. Primeiro, o
que temos feito como busca de realização, prazer e felicidade
no decorrer de nossa existência? Segundo, para onde estamos
direcionando o nosso existir, ou, para onde nossas escolhas e/
ou decisões têm-nos levado? Percebemos, portanto, que sentido
aqui traz consigo significados de preenchimento existencial e
rumo ou condução, ao mesmo tempo.
Nosso querido Felipe Pavão nos dá a possibilidade de
adentrarmos nessa questão tão fundamental em relação ao
sentido da vida, passeando pelas trilhas das linguagens psico-
lógica, antropológica, filosófica e teológica. Não pretendendo
ser exaustivamente uma resposta em nenhum desses campos,
muito menos tornar cansado o leitor que, como eu, terá o prazer
do contato com a obra. Mas trazendo a contribuição dessas
correntes de pensamento que distintas em sua especificidade
de estudo, são inseparáveis em seu campo de reflexão que é o
terreno da vida. O autor aqui com maestria nos faz saber sobre
o sentido da vida, com o sabor de caminhos que convergem
para o mesmo rumo.
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Boa leitura!
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Sumário
Agradecimentos........................................................................ 5
Prefácio.................................................................................... 7
Introdução.............................................................................. 13
Conclusão............................................................................. 126
Bibliografia............................................................................ 132
Anotações.............................................................................. 135
Introdução
Nenhuma obra pode ser bem edificada, se não ceder
à vontade do seu criador, portanto: “[…] como pedras vivas,
formai um edifício espiritual […]” (1 Pedro 2:5). Se fôssemos
elencar os elementos básicos para construção de um edifício
— mesmo sem qualificação técnica —, qualquer pessoa de boa
vontade lembraria do cimento, ferro, areia e pedra. Porém,
poucos pensariam no projeto como um elemento primordial,
tendo em vista que muitos mestres de obra conseguem realizar
boas construções usando apenas a experiência. Ainda assim, se
pararmos para pensar, o projeto faz com que o edifício a ser
erguido já exista antes mesmo de ser construído, claro que no
plano ideal, tendo como vantagem a redução de erros e des-
perdícios na hora da execução da obra. Todavia, a vantagem
principal e que realmente nos interessa, para o início desta
abstração, é que a longo prazo tal construção pode passar por
reformas profundas, na qual, através do projeto de engenharia,
o proprietário pode ver além do revestimento estético.
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PARTE I
AS METÁFORAS DA
VIDA
1
FRANKL, Viktor E. O sofrimento de uma vida sem sentido: Caminhos
para encontrar a razão de viver. 4.ed. São Paulo: É Realizações, 2015, p. 26.
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Parte 1 — Capítulo 1
Capítulo 1
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Parte 1 — Capítulo 1
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“Memórias explícitas ou memórias declarativas são um tipo de memória
de longo prazo da qual você se lembra depois de pensar conscientemente
sobre isso, por exemplo, o nome do seu cachorro de infância ou o número
do telefone da casa do seu melhor amigo”. Disponível em https://www.
ecycle.com.br/memoria/ . Acesso em 27 de março 2023.
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“O líquido amniótico é o fluido que envolve o bebê em desenvolvimento e
preenche a bolsa e a cavidade uterina. Quando a bolsa rompe, é esse líquido
que escoa pelas pernas da gestante”. Alterações no volume de líquido
amniótico podem trazer complicação à gravidez (ALBUQUERQUE,
2021). Disponível em https://www.gndi.com.br/saude/blog-da-saude/
liquido-aminiotico. Acesso 27 de março de 2023.
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Parte 1 — Capítulo 1
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Área da filosofia que estuda o conhecimento e a sua formação.
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Parte 1 — Capítulo 1
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Sem paraquedas
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Parte 1 — Capítulo 1
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Parte 1 — Capítulo 1
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Parte 1 — Capítulo 1
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Leis criadas pelo homem, por exemplo: estatutos, constituições, códigos
penais etc.
BEAUVOIR; Simone. Pour une morale de l’ambiguïté: suivi de
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Parte 1 — Capítulo 1
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Leis que regem a natureza e não foram criadas pelo homem, por
exemplo: gravidade, morte, procriação, evolução, ciclo da vida etc.
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PONTÍFICO CONSELHO — JUSTIÇA E PAZ. Compêndio da
Doutrina Social da Igreja: A liberdade da pessoa; valores e limites da
liberdade., n. 135. São Paulo: Paulinas., 2005.
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Parte 1 — Capítulo 1
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Parte 1 — Capítulo 1
sexo, biótipo (magro, gordo, alto, baixo, largo, estreito, cor dos
olhos e cabelo) ou progenitores.
Nosso desenvolvimento na infância configura comporta-
mentos que refletem na vida adulta. Tais comportamentos, se
forem ruins, podem ser superados ou se tornam condiciona-
mentos aprisionantes com os quais lutaremos por toda a vida.
Apesar disso, olhamos para a criação e, sem dúvida, vemos
que a liberdade é uma benção, somos os únicos com o poder
de pensar sobre o destino da própria vida, os animais apenas
possuem alma — não no sentido espiritual, mas metafísico
— instintiva e por ela vivem. Quando a liberdade é mal com-
preendida, o indivíduo vive inconsequentemente como se não
houvesse um fim.
Essa irreverência à finitude da vida, presente principal-
mente nos jovens, vem de um desejo de imortalidade plantado
no coração do homem desde os primórdios. Fomos feitos
para a eternidade, e para chegar lá é preciso finalizar o salto
e cair, de modo que o que determina o trajeto do salto é o
bom uso da liberdade.
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