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Apresentação
Apresentação
OBJETIVOS
Síntese:
→ Com a morte do rei, D. Carlos I, e do príncipe herdeiro, D. luís Filipe, sobe ao trono
D. Manuel II, para um reinado que este pretende ser de "aclamação"
Através de um sufrágio, onde apenas houve eleições em cerca de metade dos círculos
eleitorais, foi eleita a Assembleia Nacional Constituinte. E assim, não existindo mais
candidatos do que os lugares a preencher numa certa circunscrição eleitoral, os outros
eram proclamados “eleitos” sem votação.
Este sufrágio tratou-se de um sufrágio onde se utilizou, pela primeira vez, o método da
representação proporcional de Hondt, que consistia em haver proporcionalidade no
número de eleitores por cada candidatura concorrente a uma determinada eleição em
relação ao número de eleitores que escolheram votar nessa mesma candidatura, embora
apenas tenha sido realizado nas cidades de Lisboa e Porto. Com isto, foi afastado o
sufrágio universal, justificada pelo atraso cultural de uma população na sua maioria
analfabeta, onde apenas votaram os cidadãos alfabetizados e os chefes de família. Este
novo método assegurou uma boa proporcionalidade em relação aos votos e mandatos,
mas, por outro lado, ia favorecer os partidos maiores. Por exemplo, em 1913, a Lei
Eleitoral era mais restritiva em relação a algumas leis da Monarquia, isto fez reduzir a
base eleitoral do regime e foi criado um problema de legitimidade e representatividade
relativamente ao regime republicano.
No geral, podemos dizer que entre os anos de 1911 e 1926 foram anos marcados por um
clima de enorme instabilidade política havendo uma constante queda de governos.
Houve um total de 45 governos em Portugal no espaço de 15 anos, sendo que 25 destes
foram de 1919 a 1925. Referindo ainda que apenas António José de Almeida cumpriu o
seu mandato na íntegra, entre 1919 e 1923. Já Bernardino Machado serviu o cargo em
duas ocasiões: 1915-1917 e 1925-1926.
Ao longo dos anos, como já referi, o Partido democrático foi o partido dominante
mesmo com muitas discordâncias nas alas esquerda e direita, o que agrava as
rivalidades dentro do governo, e uma fação que estava mais inclinada para a esquerda,
mais tarde, deu origem ao Partido Nacionalista, com características mais conservadoras,
por Cunha Leal. Devido à situação económica do país e no decorrer das propostas
orçamentais para o ano de 1923-24, surgiu uma grande oposição por parte dos
nacionalistas no Parlamento, não dando sinais de um abrandamento da instabilidade
política. No Partido Democrático, a ala direita mostrava preferência por um regime
autoritário, para por um fim à volatilidade política, mas a ala esquerda discordava, tanto
que recusaram reconhecer a autoridade do chefe do partido.
A 1º República acaba por ter um regime de cariz violento, pois como já foi referido, a
mesma resultou de um golpe civil-militar e não de uma votação maioritária ou de um
movimento nacional unânime e pacifico, tendo a presença militar também na exclusão
dos monárquicos da Assembleia Constituinte, contando com um todo de 42 golpes
militares ao longo do período Republicano
Dando para analisar os períodos onde havia maior interferência militar, correspondendo
estes aos períodos de maior instabilidade. Os golpes militares aumentam após a 1º
Guerra Mundial, em 1915. Em 1918, quando ocorre a instauração da ditadura Sidonista,
e nos últimos anos da 1º República, entre 1924/25.
Desde o início do século XIX que era quase impossível equilibrar as contas públicas, já
que o défice aumentava constantemente, à medida que a economia portuguesa se ia
expandindo. Assim, um dos grandes objetivos do Partido Republicano era o equilíbrio
orçamental.
A Primeira Guerra trouxe despesas com a organização dos corpos expedicionários, antes
de 1916, antes de intervir na guerra ao lado dos Aliados, Portugal teve de custear os
corpos expedicionários para as colónias de África e reorganizar o exército. Para além
destas despesas, registou-se ainda a desvalorização monetária, devido à extinção das
reservas de ouro, acompanhada da inflação e do desemprego, que no pós-guerra se
registou face a uma instabilidade política que acabava por se refletir no equilíbrio
financeiro.
Quando acabou a guerra, entre 1919-1920, a economia nacional sofreu um boom, tal
como aconteceu no resto do Mundo. O comércio do vinho, da cortiça e da sardinha
expandiu-se. Aumentaram os gastos em artigos de luxo e as importações. Devido à
afluência de capitais, assistiu-se à abertura de novos bancos entre 1918-1920.
Contudo, este boom foi seguido por uma nova crise internacional, entre 1920-1922, que
se refletiu também em Portugal.
Esta crise prolongou-se até 1925. Caracterizou-se por uma grande subida da inflação e
da especulação. A taxa de juro e desconto aumentou fortemente.
- A mobilização dos soldados para a Primeira Guerra Mundial foi conseguida com
antecedência, atingindo 14% da população com idade de combater (cerca de um terço
da população masculina total).
- A natalidade diminuiu.
Conclusão
Concluímos com este trabalho, que a 1º República ao durar 16 anos, demonstrou muita
instabilidade, tanto política, ao sucederem-se 45 governos, tanto económica e social,
acabando por não solucionar o pretendido com a instauração. Não desfazendo do facto
que foi através da persistência do povo e do Partido Republicano que o País deixou de
estar numa Monarquia.