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Primeira Leitura - A leitura do Livro do Profeta Jeremias nos traz uma promessa de renovação e

reconciliação entre Deus e seu povo. O Senhor anuncia a chegada de uma nova aliança, uma aliança
não baseada em leis escritas em tábuas de pedra, mas sim no coração humano. Essa nova aliança é
caracterizada pela íntima comunhão entre Deus e seu povo. O Senhor promete imprimir sua lei nas
entranhas do homem e escrevê-la em seus corações, indicando uma transformação interior profunda.
Não será mais necessário ensinar uns aos outros sobre o Senhor, pois todos O conhecerão
pessoalmente. Essa é uma aliança de perdão e reconciliação, onde Deus promete perdoar os pecados
de seu povo e nunca mais se lembrar de suas transgressões. Essa leitura nos convida a refletir sobre
a importância da intimidade com Deus e a transformação interior que Ele deseja operar em nós.
Somos chamados a permitir que a lei de Deus penetre em nossos corações e guie nossas vidas,
vivendo em comunhão íntima com Ele e uns com os outros.

Segunda leitura – Hoje, a leitura da Carta aos Hebreus nos leva a mergulhar na profunda conexão
entre a humanidade e a divindade de Cristo. É uma conexão que nos lembra que Jesus não apenas
habitou entre nós, mas experimentou plenamente as dores e os desafios da vida terrena. Ele não foi
poupado das aflições que todos enfrentamos, mas, em vez disso, recorreu ao Pai com lágrimas e
clamores. Nesta leitura, vemos claramente o sacrifício e a entrega total de Cristo, que se tornou a
fonte da salvação eterna para toda a humanidade. Ele nos mostra que, mesmo diante das
dificuldades, devemos buscar a vontade do Pai em todas as circunstâncias de nossa vida. É através
dessa busca que encontramos verdadeiro significado e propósito. Ao seguirmos os passos de Cristo,
somos chamados a aprender com Seu exemplo de obediência e confiança em Deus. Ele nos ensina
que, mesmo nos momentos mais desafiadores, podemos encontrar força e esperança na presença
amorosa do Pai. E é essa mesma graça divina que nos capacita a sermos instrumentos de salvação
para os outros, compartilhando o amor e a esperança que encontramos em Cristo. Que possamos nos
inspirar no exemplo de Cristo e permitir que Sua graça nos transforme, capacitando-nos a viver em
comunhão com Ele e uns com os outros. Que nossas vidas sejam testemunhas vivas do amor redentor
de Cristo, levando esperança a um mundo sedento de paz e salvação.

Evangelho - Hoje, somos convidados a refletir sobre o desejo dos gregos que queriam ver Jesus. Esses
gregos representam muitos de nós, que buscamos a realização e a felicidade apenas nos planos
terrenos, muitas vezes tentando manipular Deus para obter suas bênçãos através de certos
comportamentos. No entanto, eles não compreendiam que contemplar o rosto de Jesus é o que dá
sentido verdadeiro à nossa existência. Contemplar o rosto de Cristo não apenas nos revela quem
somos, mas também nos leva a nos apaixonar por Deus a ponto de abandonarmos tudo para realizar
Sua vontade. No entanto, devemos entender que o rosto de Jesus é exigente. Ele não mascara Sua
imagem para atrair seguidores. A resposta de Jesus a Felipe e André nos revela o plano de vida que
Deus tem para cada um de nós. Assim como o grão de trigo que precisa morrer para dar frutos, Jesus
nos ensina que nossa vida também requer um processo de transformação e renovação. Ele nos
lembra: “Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua, só um grão de trigo”. Sabemos que
o grão de trigo tem uma estrutura muito dura, por isso, resiste muito quando é lançado no seio da terra.
E para ele romper aquela casca, precisa de muito esforço para romper aquela estrutura, germinar e dar
frutos. Por isso, a resposta de Jesus é um projeto de vida: uma vida de renúncia, de resiliência, de
suportar as contradições. Jesus tem uma estrutura interna muito forte, proveniente da sua relação
íntima com o Pai. Sua estrutura interna sólida, enraizada em Sua relação íntima com o Pai, nos inspira
a seguir Seu exemplo de entrega total e obediência. Celebrar a Eucaristia não é apenas contemplar
passivamente, mas é ser movido por Cristo para seguir Seus passos e fazer a vontade do Pai. É um
convite para uma vida de ação, imitação e compromisso com o Evangelho. Portanto, que possamos
verdadeiramente desejar ver Jesus em nossas vidas, permitindo que Ele transforme nossos corações
e nos guie no caminho da verdadeira felicidade e realização.

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