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! er Revista Cultural de Montalvéo, th A E ‘Agosto 2022 “ 26 40 58 64 82 94 98 108 Paisagem Milenar por Valorizar Carlos Neto de Carvalho, Francisco Henriques, JoBo Caninas Povoados, Montalvo ‘A Arte Rupestre do Vale do Tejo, na Freguesia de Montalvio Mario Varela Gomes As Antas da Fregue: Jorge de Oliveira de Montalvo (© Foral de Montalvo Jorge Rosa Joao de Torres, Contrabandista de Montal Jorge Rosa © 0 Primeiro Cigano do Brasil (© que Vestiam as Gentes de Montalvio ‘Ana Frausto Mordo Montal Joie Fidalgo “Capital” dos Muros Apiérios Poemas do Ti Péquito Jodo dos Remédios Ambrésio Da Relagio Familiar a0 Artesanato Joe da Costa Poemas Carlos Lucas Silva Blhér! New ‘Agosto 2022 Director e Editor Jolie Fidalgo. Detign Grifico Margaride Vilhons Revitio Joke Fidalgo ‘José Carlos Gongalves Mustragéer Caps eretratos de autores: Joto Fidalgo Artigos: Margarida Vilhena lyon (Commercial Type) Strawford (Atipo Foundry) Tragem 500 exemplares © Depésito Legal 502495/22 ISSN 2795-5672 © Ether autores Aaradecemos aio ae. at co, nos foi prestad por todos 0 pert @ Autores deste primeiro nor tata: da ovata, que acrodtando ne project, ‘generosamantet0 prontiicaram 4 particlpar, mes também, &Direcgto Regional de Cultura do Alentejo, ‘Museu Nacional de Arqueotogia, ssoclagto de Estudos do Alto Teo, 120 Prot. Jorge de Oliveira, 0 Ls Mio Bento, 8 Joana Salomé Rodrigues, 20 José Carios Goncalves, oa todos aque de forma mals directs ov indrecta, tpolaram eajudarem a que este pronto 50 oalzasse, muito obrigedo! © acordo ortogréfico seguide # opie dos autores dos textos. JORGE DE OLIVEIRA AS ANTAS DA FREGUESIA DE MONTALVAO Jorge de Oliveira & Professor Catedeteo ‘be Arqueologis na Universidade {se Evora, onde coordens 9 respetva ‘rea Cientiics« diige 0 Laboraterio de Arqueclogia. € fundador e Dretor do Museu Municipal de Marvio. Fundowodrige a Revista IBN MARUAN, fovata Ctural do Concalho de Marc, E autor de mai 400 ttulos entre livros, artigos ecomunicagbes em congrestot ciontficos ndigena de Santo Anténio des Aves, concetho de Merve, desde muito cedo,sinde clang, ‘comegou-se a interessar por Arqueotogia fazendo um percurso de mais. ‘4 do 50 snot de nvesigegto, especitmente digs para o Norte do Alentejo. para o Megaltiamo om particular. PALAVRAS-CHAVE Megalitismo funerécio; RESUMO, Neste breve artigo ten sistematizarainformagio {que foi possivelrecolher '8 denominada Necrépole Megalitica dda For do Rio Sever {qe fol praticamente destrvida pela plantagso ucaliptos na décade de 80 do sécvlo XX, OS PRECEDENTES Seadescrigéo de uma anta em Nisa aparece na mais antiga “noticia” sobre ‘monumentos megaliticos em Portugal, pela pena de Martinho de Mendongae Pina, €m 1733, também ficamos a saber, por Motta e Moura, em 1877, que amesma foi demolida para utilizagao da pedra, informando-nos, também, que estavaimplantada no Rossio, junto 4 muratha, quase em frente 4 casa dos Salgueiros. Consultando toda abibliografia sobre o tema haverd que reconhecer que os monumentos megaliticos funerdrios do concelho de Nisa foram, desde os primeiros estudos, objeto daatengo dosinvestigadores, especialmente desde os finais do século XIX. Maioritariamente, foram divulgados os monumentos de maior dimensio, situados na zona granitica do concelho. O megalitismo da zona xistosa situadana zona mais anorte deste concelho s6 comeca a ser referido em meados do século XX. Sera coma divulgagio dos diversos estudos sobre as sepulturas megaliticas da Peninsula Ibérica, daautoria de Georg e Vera Leisner (Leisner, 1956,59,65), mas sobretudo com a publicagao dos volumes que compreendem o Alentejo, que uma visio de conjunto foi possivel estabelecer para esta regido. O grande corpus que resulta do exaustivo levantamento empreendido pelo casal alemao marca uma nova épocano estudo da Pré-Histéria peninsular. Até ao levantamento de George Vera Leisner nenhuma referéncia se conhece amonumentos situados no complexo xisto-grauvaiquico que ocorre emmais de metade do curso do Sever e que ocupa grande parte dos concelhos de Nisa, Castelo de Vide, Marvao, Valéncia de Alcantara, Herrera de Alcantara ea totalidade do de Cedillo. Desconhecia-se, portanto, para além de grande ntimero demonumentos situados nos granitos, todo o universo megalitico dos xistos. O desconhecimento, até finais dos anos cinquenta, da existéncia de sepulturas megaliticas, na Freguesia de Montalvo, sobretudo junto A foz do Sever, icouadever-se, porum lado, Aauséncia de estudos de cardcter mais genérico sobre aquela regio, mas sobretudo Asreduzidas dimens6es destes monumentos, quando comparados com os construidos emgranito elocalizados maisa sul que, naturalmente, nao despertaram aatengio dos que de alguma maneira mais cedo os poderiam ter divulgado, 1. Peninsula Ibérics 2. Mapa da for do Sever, “2 Para.além do inventéro, praticamente exaustivo efetuado por George Vera Lesney, ‘onde inctuem um importante conjunto de sepulturas em xisto que se localizavam junto ifoz do Sever, ecolheram materiais (unicamente machados eenx6s) nas antas {Yo Caneiro,Birae Vermelha. Este espélio, somado isinformagdes recolhidas tomna sg hhoje de extrema importincia para oestuclo deste “grupo” megalitic, considerandy que toda a“Necrépole Megalitica do Sever” foi praticamente destruida entre 1985 £1986 durante as subsolagens para plantagao de eucaliptos. Em 1979 Joaquim Batista ‘e Manuel Leitio publicam materiais e descrevem uma anta nas Naves de Montalvio, Este monumento, conhecido localmente por Anta da Nave do Padre Santo, viria, seis anos depois, a ser destruido pelas subsolagens para plantago de eucaliptos. Os autores referem ser uma das maiores antas da regio. Puderam observar ainda doze esteios, apresentando um deles dez covinhas. Neste trabalho descrevem-se dois machados, ‘uma kimina, dois fragmentos de ceraimica trés de placas de xisto decoradas, no se esclarecendo convenientemente qual ou quais as condiges de recolha do espélio, JORGE DE OLIVEIRA Notrabalho de salvamento que, mais arde, desenvolvemos neste monumento eaqued frente aludiremos, ji quase nada pudemos observar do que Batistae Leitao

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