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  • Tiãozinho e Justininha (1ed 1992)

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    José Viana
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    Vale do amanhecer.

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    TIÃOZINHO E JUSTININHA (1ED 1992)

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    Sg A “TIAOZINHO E JUSTININHA 1a EDIgLO COPYRIGHT ,1992 OBRAS SOCIAIS DA ORDEM ESPIRITUALISTA CRISTL VALE DO AMANHECER (TIA NEIVA) ‘PLANALT INA, BRASILIA-DF CATA POSTAL 70.024 CEP 73 330 000 ‘TIAOZINHO EB JUSPININHA ‘TU. WEIVA TEXTO: Neiva Chaves Zelaya (Tia Neiva) EDITOR: Balsamo Adj.T.Jarua ‘Reg. Araki DESENHO DA CAPA: Vilela E FOTOS CAPA E 48 CAPA: Guilherme-Adj.Amaya Salve Deus Estamos divulgando mais uma pequena historia deixada por ‘Tia Neiva,conservada junto a tantos outros valores devidamente pre servado! Antes,porém,de nos colocar junto narragio que objetiva essa pequena obra, vamos relembrar os principios basicos de nose Doutrina: 4A Doutrina de Jesus o Grande Mestre @ sintetizada em humil dade (de tratamento),tolerancia (de compreencéo) e , amor (incondi. cional). £ sobre estes fundamentais principios do comportamento in timo do Ser Humano,que se manifesta a dindmica da Doutrina do Amanhecer,enitida por Pai Seta Branca e Mie Yara, juntos as legid denditas de Deus Pai Todo Poderoso,aqui implantada através de nos sa mae e Mentora Tia Neiva,numa linguagem atualizada,ajustada a0 entendimento do Homem nesse limiar de um novo milénio,contando com um completo conjunto de técnicas-ritualisticas,compondo uma ii cia simples precisa,facultando a mais objetiva estrutura de re, cepgdo,manipulag&o e emissao de energias em favor da Cura Desobses sive... Quanta seguranga sentimos,integrados a um sistema técnico- doutrinario sem participa politico-partidarias,que respeita o livre-arbitrio das pessoas,que néo cobra pelo atendimento e, mesmo dos Médiuns integrantes nao exigindo nenhum compromisso financei PO... Vivemos os momentos culminantes da transigéo do II ao III Milénio e,lembrando a cada instante,Tia Neiva , que entre muitas linhas de ensinamentos ¢ alertas: "MEU FILHO JAGUAR, SALVE DEUS: WOSSA VIDA £ UMA GRANDE JORNADA,ONDE AS DIFICULDADES CONSTANTEMENTE NOS ABALAM.FILHO,CONTINUE A LUTAR,POR QUE SO CAI AQUELE QUE NIO ESTA SEGURO EM SI MESMO. CONTINUE, FILHO,A LUTAR ,CERTO DE UMA COISA, SO SIO DERROTADOS OS QUE ACREDITAM MA DERROTA. CONSERVE A SUA LIBERDADE,RESPEITANDO A LIBERDADE DOS OUTROS.NAO SE ESQUEGAS,TAMBEM,QUE VOCE £ O SEU MAIOR VALOR, 4 SUA MAIOR FORTUNA.SE VOCE ESTIVER PHESO POR PENSAMENTOS NEGATIVOS,DE NADA VALERA TODA 4 RIQUEZA DO MUNDO, TODA A FE LICIDADE POSSIVEL. Carta das Forcas 05.03.1979 Tis NEIVA Salve Deus, ‘Boa sorte, © EDITOR. Em uma bela Fazenda situada no municipio de Ponta Pord,esta do de Mato Grosso,tendo como proprietério o Sr. Germano Perez com sua esposa D@ Guiomar Perez e seus tres filhos... Sua filha mais velha,bela mocinha nos seus 14 anos de idade, cabelos compridos e louros,olhos negros “rasgados";a bela jovem cha mava-se Justininha Perez. Ali vivia em completa harmonia esta honesta familia. 0 Sr. Germano tinha grandes negécios de animais em criacio de variavel qualidade.Apesar de sua nacionalidade paraguaia,ja sentia-se natura lizado brasileiro. Em 1915,eu,sebastiao Quirino de Vasconcelos , nos meus 18 anos de idade,filho de dois velhos fazendeiros de Mato Grosso , Joa quim de Vasconcelos e minha n&e,D¢ Persfnia Quirino de Vasconcelos. Meus velhos pais muito me amavam,por ser eu firme administrador dos nossos bens... Certo dia,entao,meu pai chamou-me e deu-me uma auantia em dinheiro dizendo: “MEU FILHO,JA TENS UM POUCO DE ESTUDO,E MELHOR SERIA PARA NOS SE NKO PRECISASSES SAIR DAQUI.POREM, PODIAS IR ATS PONTA PORK COMPRAR UMA PARTIDA DE GADO E SOLTAR NESTAS INVERNADAS.ESTA £ A ME LHOR MANETRA DE EMPREGAR O TEU DINHEIRO.DIZEM QUE NA FAZENDA PEREZ, TEM UM GADO SADIO E POR BOM PRECO.SIM,MEU FILHO,EM BREVE CASAR-TE- AS,E DEVES DESDE JA CUIDAR DO TEU FUTURO. VA,MEU FILHO,APROVEITA ES TAS INVERNADAS. Trés dias depois destes conselhos,equipei uma tropa de bons animais,com 5 vaqueiros armados com seus bacanartes ‘!) de cchumbo grosso;sim,era muito perigosa aquela regiao,infestada de ongas trai goeiras...levei também dois comandantes,peritos em guiar boiadas, e um crioulinho por nome Zéferino,de minha inteira confianca,pois 0 mesmo fora criado junto comigo,fazendo nos considerar irmaos.Porém, eu era bem claro,e ele pretinho como piche.Levamos cargueiros com apetrechos de cozinha.Com a béngZo dos meus pais,as _recomendacGes de minha boa mie,partimos com destino a Ponta Pora. Gastamos longos 20 dias.Ficamos conhecendo uma porgio de lugarejos,onde paravamos para descansar os animais... Muitas:mogas namorei,na minha bela idade. Entdo chegamos na bem formada fazenda de criagées.Ao chegar mos,fomos recebidos por um sr. gordo,de aspecto bonachao. Veio a0 nosso encontro dizendo ser o Sr. Germano.Mandou-nos entrar e deu or dens para nos servir o jantar.Depois fomos nos sentar na ampla sala de visitas,quando entrou uma mocinha com belas tran¢as,em sua graca (1) BACAMARTE - Antéga espinganda de cano curto e tango angelical.o Sr. Germano disse: ~SUSTININHA, MINHA FILHA!VENEA ATE AOUI CONHECER ESTES CIDA DAOS.E,apresentando sua filha,nos disse em seguida:ESTA £ A MINHA FILHA MAIS VELHA;ELA,COTTADINHA,£ MUITO ACANHADA E NKO GOSTA DE FESTAS,NKO SAI DE CASA A NO SER NA CASA DE SUA TIA.£ MUITO SISTE MATICA ESTA MENINA.Todos pegaran sua mio em cumprimento. Porém, a0 chegar diante de mim,olhamo-nos como se j4 tivéssemos nos visto em outras eras.Senti arrepios percorrerem todo meu corpo. Depois de passar aquelas prineiras horas,o Sr. Germano pro p6s com D& Guiomar,que era também uma senhora muito alegre,dizendo: -VAMOS PEGAR OS INSTRUMENTOS E CANTAR ATE A HORA DE DORMIR. Todos apoiamos a boa idéia.Vieram alguns tocadores,chegaram também algunas mocinhas.Todos cantavam enquanto os donos da casa , muito alegres ,serviam bebidas ,doces ,biscoi tos Passado algum tempo,ouviu-se uma exclamacio do velho fazen deiro,ao deparar-se com sua filha Justininha ali sentada.Sim, pois no era seu costume permanecer em reuniées daquela espécie. 0 Sr. Germano muito satisfeito com a transformagdo de sua filha,disse: -JUSTININHA AGORA VAI CANTAR UMA CANCKO OFERECIDA AOS VIA JANTES!Ela,muito acanhada,chegou perto de um violonista e comecou: -MEU AMOR NUNCA CHEGA EU ME CANSO DE ESPERAR A GARCA BRANCA ME DISSE QUE ELE NRO IA DEMORAR PAPAIZINHO ME CONSOLA GARCA BRANCA VAI BUSCAR NKO £ MENTIRA DO PAPAT MEU AMOR JX VEM PRK CK Todos batemos palmas.Era uma crianca aguela bela criatu rinha.Depois pediram que eu cantasse.Fu que j4 me sentia todo apaixonado pela bela Justininha,segurei o violfo e comecei: -MORENA MINHA MORENA MORENA DOS SONHOS MEUS LABIOS DA COR DE VERBENA MORENA DOS OLHOS MEUS 2) DEUS POR TE FAZER CRIANCA DEU-TE ENTRE AS FLORES MAIS BELAS DANDO TUA ALMA DE ESPERANCA © TEU OLHAR DE ESTRELAS (2) VERBENA - .,.Espiece de g£or vermetha QUERO DORMIR EM TEUS BRACOS AOS GOZOS DO CORAGKO MINHA ALMA ASSIM NKO RESISTE COM TANTA INGRATIDKO No MAR DE Tuas MADETxas (3) QUISERA ME NAUFRAGAR TEUS OLEOS NEGROS ME MATAM DE SINGELEZA SEM PAR Ao terminar todos vieran conprimentar-me,e o Sr. Germano disse: -JOVEM!TENS UMA BELA VOZ.ACREDITO MESMO QUE DEIXOU MUITOS CORAGOES APATXONADOS. .. Hora de dormir,todos foram se retirando e eu fiquei ali junto de uma fogueira ainda meio acesa.Cheguei a distrair-me pen sando:8 VERDADE!SEMPRE SONHEI COM UMA CRIATURA COMO ESTA.SINTO MES MO TER MATADO TODA A SAUDADE QUE VIVIA ALIMENTANDO SEM MESMO SABER POR QUEM.E,com toda aquela paixéo,continuava com meus pensamentos, quando senti a presenga de alguém chegando &s minhas costas.Virei- me e qual nfo foi a minha surpresa...ali estava ela com sua saia bem comprida,seus cabelos soltos a uma écharpe'*) senti fraquejar as pernas.Se no estivesse sentado,por certo teria cafdo.Ela disse: “MEU PATZITO MANDOU-ME VIR TER CONTIGO, PORQUE DISSE QUE TU 85 JOVEM DE BELA FAMILIA £ SENTE-SE TRISTE AQUI ENTRE NOS, Depois, com uma "falinha"angelical continuou:SABE,SENHOR SEBASTIXO, EU QUE RO QUE 0 SENHOR CANTE NOVAMENTE AQUELA CANCKO,GOSTEI TANTO!E escon dendo seu lindo rostinho perguntou:FOI PARA MIM QUE 0 SENHOR CAN TOU2SE FOT PARA MIM,RECITE-A,AGORA,SEM MOSICA;QUERO OUVI-LA NOVA MENTE. Eu que nfo tirava os olhos daquela pequena fada,disse:DONA JUSTININHA,A SENHORA QUANDO CANTOU,DISSE QUE SEU AMOR ESTAVA LONGE POREM JA VINHA PARA TI,£ VERDADE QUE ELE EXISTE E QUE TEU PAI BEM © CONHECE?RESPONDA-ME PORQUE EU A AMO E QUERO QUE SEJA MINHA ESPO SA.Ela sorriu e respondeu: -NKO,NRO!EU NRO TENHO NENHUM AMOR...SINTO UMA GRANDE SAUDA DE,QUE EU MESMA NKO SEI DE QUEM,SO SEI QUE ELE EXISTE E UM DIA CHE GARA E ME LEVARA PARA LONGE DAQUI.E,virando-se para mim,perguntou: © SENHOR VEM DE LONGE,MUITO LONGE? -SIM!Respondi,e perguntei:£ TU,TENS CORAGEM DE CASAR-SE CO MIGO,E JUNTOS IRMOS EMBORA? ~SIM,SIM!Respondeu ela.SE £5 TU O MEU AMOR,CASAR-ME-ET PARTIREI, ISTO £,SE PAPAIZITO E MAMAEZITA CONSENTIREM.E concluiu: £ VERDADE!TU CANTASTE PARA MIN.POREM NEO GOSTEI,PORQUE PARECIA QUE (3) MADETXA - ...Pongdo de cabetosmecha; tnanca (4) ECHARPE - Faixa de tecédo que as muthenes usam como adorno OLHAVAS COM TERNUPA PARA MARINALVA,AQUELA SIRIGAITA®) ,quE EU NKO SUPORTO...£ TU TAMBEM BATEU PALMAS QUANDO CANTOU A MAURA. SABE7NKO GOSTEI.FIQUEI UM POUCO SEM GRACA,QUASE COM RAIVA,E NKO QUIS MAIS CANTAR. EU QUE JA IA CANTAR UMA CANCKO TRO LINDA PARA VOCE.E, con. cluiu com firmeza:QUANDO VOCE QUISER ALGUMA COISA,PECA PARA MIM, QUE EU MESMA VIREI TRAZER-TE.PODE DIRIGIR-SE A MIM,OUVIU?NAO PRE CISAS PEDIR NADA AS OUTRAS MOCAS,EU MESMA © ATENDEREI. Eu,ao ouvi-la,pensei:COMO & SINGULAR ESTA MOC; mais me sentia apaixonado por aquele anjo.Disse-Ihe entéo: JUST NINHA,NADA QUERO COM ESTAS MOGAS.ESTOU APAIXONADO POR VOCE E QUE RO CASAR CONTIGO,SE TEUS PAIS CONSENTIREM.AMANHR IREI EMBORA, MARCAREMOS UM DIA PARA EU VOLTAR E PEDIR-TE EM CASAMENTO... Logo depois chegou o Sr. Germano dizendo:MEU RAPAZ, ESTAS DE PARABENS ,PORQUE MINHA FILHA BEM PARECIA UM BICHINHO E,NO ENTAN ‘TO,PELO QUE VEJO,TORNOU-SE SUA AMIGA.PARABENS ,MEU JOVEM,PARABENS! Sorri como resposta e fonos dormir. No outro dia bem cedo,entranos em negécio do neditado ga do, fiz 0 devido pagamento,juntei meus empregados e tudo ficou ada vez pronto para partir.Na hora da despedida, fui ter com os velhos.Sr. Germano contou-me ento,que tinha muitos anos ali,e que sentia vontade de passear um pouco coma famflia.Foi entdo que ofereci nossa casa, ficando marcado assim:logo que pudessem iriam passar uns dias conosco,em nossa fazenda.Justininha veio ao curral desve dir-se de mim,Disse-lhe que logo eles conheceriam também os meus pais.Ela saiu chorando,e eu senti algo atravessar minha garganta a sufocar-me.Parti com meu povo,levando o gado que contava 500 ca begas.Pass4vamos por outros lugares,porém eu no tinha mais ale gria.Meu coragao ficara ao lado da pequena paraguaia.Os meus com panheiros riam-se de mim dizendo:A PARAGUAIA PARECE QUE PRENDEU 0 CORAGRO DO PATRROZINHO!Os outros sorrindo confirmavam:f VERDADE, PELO QUE VEMOS VAI TER FESTANCA EM BREVE.E continuavam brincando conmigo. Na verdade eu j4 sentia ansias de gritar aquele amor que me sufocava o peito.Notei,entao,que 2éferino estava como eu. Sen tindo vontade de saber a causa de sua tristeza fui ter com ele. Ficando nés dois a sés,perguntei-lhe o que estava acontecendo.Ele baixou a cabeca e disse quase a chorar.TIAOZINHO,£ VERDADE!GOSTEI DAQUELA CRIOULINHA POR NOME TIANINHA,QUE FOI CRIADA COM DONA GUIO MAR.NKO SEI TIKO,MAS SE BU NAO ME CASAR COM ELA,MORRO DE PAIXAO , E SEI QUE ELA TAMBEM MORRERA.Fu que tudo escutava fiquet boquia berto.Resolvi entdo contar a minha situafo pela linda paraguaia, e animei-lhe dizendo que tudo faria para também vé-lo feliz . Ele ficou tio alegre que,agarrando-se ao bacamarte,mirou ao alto dis parando un tiro de salva ao nosso coléquio.Sob o impacto do estam (5) STRIGAITA - Mufher que sanacoteda mucto, Ladina.Tem respos ta pana tudo 6 pido, tivemos tanto susto,que quase caimos de costas.Depois sorrimos ao vé-lo alegre a dizer:VOU ME CASAR COM TIANINHA,VOU ME CASAR! CON VIDO A TODOS PARA O MSU CASORIO... Depois daquele descanso,seguimos novamente nossa viagen. Assim,sofrendo e brincando cheganos em casa.Minha mie e meu pai 4 estavam preucupados e saudosos.Fizeram grande festa A nossa chega. da.Fui entdo ter com Martinha,minha antiga namorada, a qual muito surpreso me deixou.Nos meus dois meses de viagem,ela ficara noiva de outro... Nos dias mais calmos eu ia contando aos meus pais tudo 0 que se passara na viagem,em casa do Sr. Germano,e até mesmo como nos tratou o bom senhor.Cheguei a contar que 2éferino pretendia ca Sar-se com a Tiana,contando mesmo todos os pormenores.Meus pais fi. caram ent&o simpatizando com a tal familia,a ponto de desejar sua visita.Passara-se um ano e eu j4 no tinha paz de espirito , sendo pensar na minha bela paraguaia.Zéferino comecava a perder as espe rangas.Foi entio que chamei meus pais e pedi que mandassem um porta dor com um convite ao Sr. Germano,para vir passar o Natal conosco . Logo o mesmo partiu,e ficamos & espera.Passados alguns dias, chegou a noticia que chegava toda a famflia Perez.Eu estavaem um dos currais quando,quase sem fala,chega Zéferino correndo e agarrado en meus bracos gritava e pulava:CHEGARAM!CHEGARAM!Ela j4 estava 1d em casa.Saf também correndo.ao longe 4 se viam os animais parados 4 porta.Foram dias de crandes festas.0s velhos ficaram muito amigos,e tudo era alegria.Alguns dias depois foi celebrado o casamento de 2& ferino e Tlana.Um m8s depois foi também o meu.Ela vestida de noiva, parecia o simbolo da pureza,porém os seus cifines eram os mais engra gados poss{veis,todos riam dela. Fomos morar em um retiro perto da sede da fazenda.Lembro-me bem que 44 estdvamos com dois meses de casados e,em uma das vezes que fomos visitar os meus pais,1 encontramos umas mocas,minhas pri masque vieram de Parnafba visitar-nos.Justininha,ao vé-las, ficou com raiva,dando suas birrinhas.Tive entfo que retirar-me,dando des culpas que n&o podia ficar ali por motivo de visitar 2éferino. Quan do 34 {amos saindo,minhas primas vieram ao meu encontro pedindo que no fosse.Porém,Justininha ergueu-se com um gestinho altaneiro e disse: -RESPEITE,OUVIRAM?ELE £ MEU ESPOSO B QUEM MANDA SOU EU . POR ISSO SINHAS CORUJAS,CHEGUEM MAIS PERTO PRA VER...Depois, virando-se para mim falou:E VOC8,NRO GosTOU? Fut até onde ela estava,peguei-a nos bracos e dei-lhe um bei jo sorrindo daquela cena. Sim,meus irméos,quando amamos verdadeiramente,quando estamos com nossa alma cémea‘®) ,estamos com a mais doce das mulheres e, em (6) ALMA GEMEA - Vex Livro: PEQUENAS HISTORTAS - Fascteuto 0£ Téa Neiva geral,aquelas sio,aos nossos olhos,as mais divinas e belas;originais! Por este amor perdoamos tudo,em recompensa do que nos traz . Eranos eternos namorados,porém seus cifimes continuavam.Eu bem compreendia, ao ponto de achar graca nos seus to infantis caprichos.J& estdvamos com cinco meses de casados quando resolvenos passear na casa de minha tia,onde eu estudara. Tudo combinado,partimos.Todos em casa gostaram da idéia. com todas as recomendacSes dos velhos,seguimos em direcio 4 cidade de Parnafba.Ao avistar o grande rio senti medo;porém,nada dis. se.Entramos naquela embarcagao,em meio ao rio senti que nao est4vamos seguros,e segurei em meus bragos o meu anor. Senti a morte;porém,o resto foi tao repentino que nio posso bem descrever.Depois desta perturbagao escutei o grito de Justininha que me dizi ~TIROZINHO!SAIA DAI DE PERTO DESSA CORUJA.E virando-se para uma moga que estava ali junto,continuou:SAIA DE PERTO DO MEU ESPOSO, LE & MBU ESPOSO,VIU? ent%o, que a moca olhava ao lonae aquela fatal ;Sim,a Chalana que acabava de afundar nas aguas do Parnaf ba.Depois escutamos gritos de desespero Olhamo-nos e bem compreende mos que no éramos mais deste mundo exterior.Sim,ali esperamos alum chamado para outras moradias. Depois de algum tempo assistimos quando chegaram os _nossos restos mortais.Justininha tudo reparava,e ria achando graga de tudo. Porém,se alguma moga dizia qualquer coisa a respeito do meu cadaver , ela brigava e dizia coisas que me faziam rir.Tudo ali era novidade e motivo de riso para nés.Comegava a escurecer,e entdo comecei a temer. QUE DEVIA FAZER?Ela parecia um passarinho...continuava junto a min, Era o que me preucupava;sua inocéncia e sua confianga em mim a tirava de qualquer pensamento mau.Chamei-a e disse: ~JUSTININHA! SOMOS ESPIRITOS,E 0 MUNDO DOS ESPIRITOS ME PARECE SER OUTRO,LONGE DAQUI.VAMOS PEDIR A DEUS PARA QUE NOS MANDE UM GUIA SEU PARA BEM NOS GUIAR,POTS NKO SABEMOS 0 CAMINHO E TEMOS QUE CHEGAR ATE 1A, Ela comegou a rezar a Ladainha de Nossa Senhora.Eu sabia ape nas a Ave-Maria que minha tia havia ensinado.Chegou entfo um —fidal. go‘que disse chamar-se Netuno;porém,tivemos medo endo querfamos acompanhé-lo e,entdo,comecamos a sofrer de um lado para o outro. De quando em vez,nos apareciam aqueles espfritos que mais pareciam bi chos ‘9! , vinham tentando nos agarrar,porém nés comegévamos a chamar por Deus e na mesma hora eles se afastavan. (7) CHALANA - Pequena embarcagao de fundo chato,costados verticais proa ¢ popa sinas e iguais,usada no thagego de peque nos Aios e@ «ganapes (8) FIDALGO - 0 Menton cspinituak se apnesentou ao casal com tipo de roupa (Indumentarialque Lembaava fidalgos da Ter na (3) PARECTAM BICHOS ~ .,.EspZnitos So fredones;adoecidos de gormados JA estavamos cansados de tanta perseguicéo,quando chegou no vamente o fidalgo e nos diss: -MEUS FILHOS!SEMPRE FUI PROTETOR DE VOCES E,NO ENTANTO , TE MEM,POIS SE ESQUECERAM DE MIM.AGORA,ESCUTEM 0 QUE VOU DIZER-LHES Nisso ia passando um casal de encarnados e ele entao confirmou:SIM! vocfs SKo ESPIRITOS!VOU DAR-LHES MAIS UMA PROVA.VK TIKOZINHO, PEGUE SUSTININHA E PASSEM POR ELES,falou apontando o casal.Sim,lembro-ne, passamos por eles,o casal apenas revelou sentir arrepios e continua ram caminhando.0 perfodo que passamos vagando comecara a nos deixar em dividas quanto a termos ou nado desencarnados. Voltanos entZo ao nosso instrutor e 0 mesmo nos disse: -AGORA VAMOS ATE ONDE ESTA AQUELE PEQUENO GRUPO DE SENHORES. Era um grupo de homens que conversavam animadamente sobre seus neaS clos materiais.Passaran-se alguns minutos - nés entre eles - e come garam a sentir-se mal.Um queixava-se de sua enxagueca,outro dizia estar sentindo um grande peso nas costas...enfim,se foram deixando- nos a sés.Eu entdo perguntei a causa daqueles transtornos naqueles senhores,que antes de nossa chegada pareciam nada sentir.le sorriu e nos disse: “QUANDO VOCES PASSARAM PELO CASAL,TANTO QUANTO EM MEIO AOS SENHORES,LHES FORAM FORNECIDOS os necEssArros rLurpos 1°) ,rorca vi (1) | continuous AGORA PROCUREM VER Foi entGo que tudo se clareou para nés. tal.E,levando-nos a um certo lugar © QUADRO DOS SEUS FEITOS. Nao tivemos mais medo do nosso protetor,e seguimos a um plano de (zy readaptacao Passamos entSo sob as exigéncias da hierarquia espiritual. Hoje,apés varias missées,inclusive em Nosso tar'!?), agora aqui estamos,integrados 4 missdo do Grande Seta Branca;somos tam bém Jaguares, junto a vocés,Mestre Sol e Mestre Lua,Doutrinador e apard... Salve Deus. (10) FLUIDOS - Feuddo Magnético Animal; Forca Vital, Ectoplasma. (11) UM CERTO LUGAR - TiéGozinho nao citou o nome mas,sa0 varios *pontos" no espace com esta funcdo.No caso de"nos 4a regido" atual,cssa especie de contato @ reali zado num focal por nome "Pedra Branca". Léa o espe réto necem-desencarnado, sica normalmente sete (77 déas,onde tem contato com imagens daquilo que fez e sobretude do que decxou de fazer quando encen nado... (12) PLANO DE READAPTACAO / NOSSO LAR - Impoxtante "Casa Transé 25ria do mundo espirituat,simiar ao "Canal Verne tho" (plano de adaptagdo)...Ha inclusive uma obna Litentria muito conhecida,sob o mesmo nome, edita do por Francisco Candido Xavier, ditado pelo Espe ito de André Luéz (13) TIAOZINHO / JUSTININHA - Com o inicio da missao de TIA NEIVA Tidozinko recebeu incumbéncéas junto a eLa,princé palmente devido aos Lacos espirctuacs que os unem @ seculos.Mani festava-se atraves da CLarividente, de maneina ategne e simples, fatando numa Lingua gem naturat do intercon de lato Grosso ., aparente mente simplorio.Todos sicavam a vontade,e ele ale akemente

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