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LUMEN4JURIS www.lumenjuris.com.br Eprrores: Joao de Almeida Joao Luiz da Silva Almeida CConsraito Eorronta. CConsnnno Consumo Alexandre Roitas Camara Alvaro Mayrink da Costa ‘milton Buono de Carvalho ‘Antonio Carlos Martine Soares ‘Augusto Zimmermano, ‘Aurélio Wander Bastos Bugénio Rosa Cinthia Robert aus Hasan Chouke Elida Séguin ily Nascimento Filho Gisele Citactino Flivia Lages de Gastro Humberto Dalla Hernardina Flavio Alves Martins ‘de Piso Francisco de Assis M. Tavates José dos Santos Carvalho Filo Geraldo L. M, Prado “Jose Fernando de Casta Farias Gustavo Sendehial de Gottredo “Jose Rias Vieira J.-M. Leoni Lapes de Oliveira Matcello Letacio Jansen Marcos Po Manoel Mossias Peixinho ‘Omar Gama Ben Kauss Marcos Juruena Villola Souto Sorgio Domore Harton Paulo de Bessa Antunes Salo de Carvalho io de Janeiro io Grande do Sul 2 Londen, 450 us Cap. Joso de Owes Lina, 160 Tce Rat: 71297.996 ‘eet: (51) 652-7147 ‘TRL: (1) sane 5531/2564 6919 mal: umenjuris@naim.com.br. 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Pensamos que 0 argumento clesenvolvido por CASS SUNSTEIN e STE PHEN HOLMES na obra The cost of rights langa novas luzes sobre a importante tematica dos direitos humanos, significando mesmo a superagao dos modelos teéricos anteriormente referidos (vide capitu 04). Avverdade é que, a partir da consicerago de que todos 0s dieitos piiblicos subjetivos sao positivos, isto 6, demandam uma prestagao positiva do Estado para sua efetivagao, 0 que implica custos piblicos, hha que se proceder a uma reloitura das nogoes que envolvem os die tos fundamentais, Bo que se passa a esbogar, 11.1, Algumas idéias antecedentes 11.1.1. As dificuldades na compreensao das atividades materiais ((aticas) do Estado e seu carater prestacional Consoante ja se observou exaustivamente aqui, a apogeu do Estado Liberal (individualista) corresponde a nocao de que o poder piiblico nao deve intervir nas atividades econémicas privadas — a célebre expressao francesa: laissez fairo, laissez passer, te monde va de soi méme. Com base nessa ideologia, consttuitt-se a nogao de que os direitos (naturais e individuais) reconhecidlos nessa fase histérica erant ‘meramente negativos. Apés a andlise de SUNSTEIN ¢ HOLMES pode se concluir: nada mais enganoso. tonto pleno de siiteado. de PECES BARA MARTINE?. Gregor “Los dereehas eco. (ay 15-04 esp. p15 —_ Five Gaaino Na verdade, essa construgie teérica, talvez mais precisamente, ‘essa omissao tedrica, consistente em nao reconhiecer que, por mais minimamente que seja, o Estado 6 um ente essencialmente prestador, ‘no minimo daqueles bens piblices (em sentido econdmico) que nao despertam interesse da atividade privada, decorre da necessidacle de se tentar assegurar a coeréncia do argumento liberal-individualista Seria contraditério © mesmo pesaroso para o liberalismo clissico do século XIX admitir que o individuo o 0 mercado dependem essencial e dinturnamente das prestagées estatais para poderem viver e operar, Essas prestagdes 86 serdo reconbecidas pelo pensamento juridico no Estado do bem-estar social e, mesmo assim, as "prestacoes liberais” ccontinuam ao largo do discurso. Mas o fato de, por razdes evidentemente ideoldgicas, 66 serem posteriormente reconhecidas pelo pensamento juridico (isto é, concebi das doutrinariamente em momento posterior), 140 nos pode impedtir de ter a certeza de que desde sempre — 0 inclusive no Estado Liberal-inel vidualista — 0 Estado atua positivamente, prestando a mais ampla variada gama de servigos ¢ bens aos individuos.? ‘A lente da positividade, referida no item 7.3.1 ¢ que 6 utilizada para observé-la, distorce a histéria, sendo portanto absolutamente inacledua. da, data maxima venia (o que nao quer dizer que também o seja a rela- ‘cao direitos individuais-direitos sociais). A multiplicagao das prestagoes no Estado do Bem-estar Social apenas torna mais visivel um fendmeno que existe, repita-se, desde sempre, e continuamente. Essa visdo distorcida projeta sous efeitos, alguns deles deveras perniciosas, até os nossos dias. Exemplifique-se com o direito adminis. trativo. Enquanto ciéncia (sistema subjetivo), 0 direito pablico ¢, no seu bojo, também 0 direito administrative, surge no referide apogeu do Estado Liberal, Nesse momento, a concepgao vigente de Estado nao cedia espago para o reconhecimento clo prostacdes por parte da admi nistracao publica, de modo que 0 estudo do fendmeno adiinistrativo 2 De acolo, GOMES, Continuo para o est das operagios matoniats da aministag40 Diibica itp. 212 *Cabo. port, fae dune obervapoce. Et pameto lar dove ize Soeqe o facto de a acvidde material da adminrtragso tt comegado a meee a Stongdet da doutsina com « mplantagso de Estado social no quer diz que antes 0 Feta se abstiesse canpetamonte de forecor prestarsos 3 Rosin om GOMES, Contato para o atid das operagoos matriais da administragao, pic ep 216 Introdugio &Teoie dos Gusts dos Dieitos~Disitos Nao Nascem em Arvores fica restrito & fase dociséria administrativa, isto 6, a0 ato admin tat ndido como atividade quase puramente intelectiva e de carater nao-prestacional. Hoje sabemos que a prépria deciso @ o proprio ato administrati ‘vos s0, em si mesinos, prestagoes estatais positivas. E, no dizer espe cializado,t uma visdo actocéntrica do diteito administrativo, Nessa fase, nao se dedica a atencdo devida as complexas ques toes que envolvem as atividades ou operagées materiais da adininis- tragao publica, ou por outras, as prestagbes estatais, a que também concorte para que esas jé malcompreendidas prestagdes sejam de fato “esquecidas" # expressivo exemple desse modo de pensar, a divisdo da ativida- de administrativa em fases intelectivas e materiais. A faso intelectiva onsisticia no estabelecimento do diteito, enuianto a fase material, isto 6, a convetsao do procedimento intelectivo em fato, trataria da realiza- Gao de atos materiais para a obtencao de dleterminados resultados con- cretos. Com grande autoridade sustentou-se que, em muitos casos, a atividade intelectiva esgotaria a atividade administrativa.® Este “modo de peuisar” parece ser uma das causas de nao se com: preender adequadamente a positividade dos direitos individuais, e de nao se ter ainda consttuido dogmaticamente un sistema em torno das prestagdes estatais (a exemplo do que existem em toro ao ato adii- nistrativo). Mister seja compteendido que todas as atividades administrativas possuem carater prestacional, demandando agentes pablicos atos ‘materiais que as corporifiquem, sendo inobjetvel que todas elas impli- cam eustos para a sociedade, que devem ser justamente considerados ho momento em que devam ser tomadas decisées, inchisive quanto a0 estabelecimento dessas atividades administrativas. ‘GOntES, Contato para owt das operas materials dl anita Nig monos do que SEABRA YAGUNDES, 0 cout dos alas administativos pelo praer junio ep. 57:"R atvdade adminatativa se exes por roca Uo ‘rdom inorna dastitads a reglat 0 hunconsmento do mocarime estat por aos pelos quls Hstado se pe om relagia conto indian e por stos materia qu ut mam a concretizago do dveho.(.) Em alguns eas, os aoa extern, como os mtorn0® ‘que os preparam, consid una otros pate do rao ams, espotan vitae da tng adminstativa ) Rrao-se qua expreseao “ever wizaia belo ur tm © snd at nin as opera de Its i ‘entraplam a osera inter do Estado oo colacan ea canta com nc. ‘Varios estudiosos tém se dedicado ao tema noutros paises. A refe- réncia ao estudo de SUNSTEIN e HOLMES nao deve levar & conclusa0 ide que sao of tinicos ou de que teriam sido os primeiros. Na verdade, cles tiveram a virtude de aprofundar ¢ sistematizar um tema que vem sendo objeto de atengio da muitos estudiosos. Conforme ressalvado anteriormente, em importantes analises anteriores dos direitos ja se havia verificado, por exemplo, que no interior da conuuniclade 0 “direito de nao ser morto” (direito a vida ou integridade fisica), somente pode sor assequrado onde exista uma forca policial ativa para protege,” evidencianclo que nao se trata de ‘umn diteito meramente negativo. Ocorre que aquela altura preferit-se mantet uma classificacao tripartite de diteltos, os positivos, 0s pura- mente negativos © os "mistos" (mixed) que se fez integrar aos positi- vyos.3 mantendo afinal a distingéo tradicional ‘Também no terreno da ética (), estudando-se os direitos humanos como diteitos morais (v. item 4.5), analisou-se a posigao do individuo perante 0s outros individuos © perante o Estado e concluiu-se que perante o Estado nao pode haver direitos puramiente negativos, pois como visto mesmo a protegao do individuo em face das intervencoes festatais demanda, pelo menos, a organizagao e manutencao de deter mminadas instancias administrativas (¢ os custos permanentes a ela fatrelados), estdo a evidenciar que nao existem realmente direitos piblicos negativos.® ‘Mas 0 mais importante para nds é 0 estudo da questao no seio da doutrina publicistica brasileira, onde ela é praticamente ignorada, 11.1.2, Algumas importants idéias antecedentes no Brasil (0s estudos juridicos!® que se dedicam as questoes dos custos ¢ da positividade dos direitos fundamentals séo (também) escassos no SHOE past sighs et, p37: GRWIRTH, The communty of its m3 cet Te commanay of ghee B34 Gowan Te commnty of ghee pe 367 FUSENDIAT, Ligon soi cence 350-394 ("Una wor quo todos as dos we tn nen ntact san spor come eos decane 10. Naas pose! data do ter osestos quo wm soo desenvlvdos pot ARMAN. Do CASTELAR PINFIEIRO, Este autor prtersor do Economia de UFWU,wlimente ns um doseouhoci da comet seadica juin, tem rsh imgoctae rougao& Teoria dos Custos os Distr -Dietos Nao Naseem om Arve Basil. Quando muito ha algumas eeforéncias esparses, as ea no lntanto, morecem registro espectico noste momento, Com elite, na ‘uedida om que uma parte anterior do ostudo dedicotrse a desenvelver tn inventéto das idéiasacerea dos eit humane (tet 9) ites, sain agora, na verdade,algumas elas antocedentes desenvlvidas no Brasil @ em tomo da posits dos cioitos da bead, ee algun modo fgiiam aos modelos anes formlades Tus argumentos, apresentados multas vezes de forma lacdnica © talvex mesmo sem consciéncia das : cia das importatissimas consequécias dbles derivadas, nao chegaram a ser eletvamente explotades desenvolvid Et ico jos, nao se podando seques falar em lsum modelo terice dotado de autonomia. " fon __Detoda sort, ¢ possivlidentiicar alguns autores que fazen soe: *6ncia 208 eustos dos direitos individual, eto das por aqueles elieltos tpicamente negatives acomodélos om dois grpos principe Ei um primero grupo (a) estariam alguns autos que apenas intitivamente,¢ somente inpictamonto fat pore, noviras reves lespesas ocasiona: ‘Talvez soja possivel ao em questao), reconihe em que todos os direitos impoem polo menos alguns custos, sento enn alguma medida positivos: : (a.2) soja porque ha a necessidade de eriacao e manutencio de luma estrutura piblica para sua tutela~ no mininnio © poder judiciério;tt (2) seja mesmo om razio da existéncia de Sf nicia de outras esferas pibli cas diversas do poder judiciario sem as quais os diteitos, ‘mesmo os individuais ow negatives, nao sa9 ‘respeitaclos'.!2 institucional, ou seja, do fancionamento do sistema judicial. As deal system patermance and economic devtpmant, in Ensaks UNDG 2 ve bwo/tG6 Bree eseaar eoso, qua so odes tio pane sore ating ai praue nto fram incluos nm anise erence une hte. 11 Ao ata da apcsbildade daa torts consttuconar,acoatua JOSE AFONSO DA SILVA As condigoes gers pra essa spice cao estonia pans do apes Ista 0 ve sgn” apleam ao 5 plo lode sem mass waren, Dressup, no at, extn do Estado nun gn Nh cand as exactions cp 102 fecha a exist Jo Ene te ss air ‘Aol FERREIRA FILHO, Dios Humanos it. p90 “Em contapatia deseo ic lata se oBstad dove, por ln, sntr av de erat oczcenndences de Fivio Gading Outros autores nacionais, situados por nés em um segundo grupo 0) ae Gas tn simples ing, rocoocm ex wae tlm do Memagooopubhoss para tts do tos 0 doo da liberdade, reconhecendo, portanto, que negatives. O recanhecimento, contudo, nao mento, nem s40 a8 respectivas consedtiénc! que nao ha direitos puramente 6 acompanhado do funda: Jas desenvolvidas. Neste viés de orientagao: 3) ba quo rocomega 0s custo dos din (2) cet on enuccamente 208 vn), a0 Waa, oe Complo, da democrat: cea) havqum fae que a citing 6m (2) ce flo eu cvlosprevalentomonte nega a4 sn les destonpeitados. ist, por a aa peat its an les dts Ses par eta lag eee See ee UOUEIRA NETO, Diogo de Pq Soiwade, sto © wee seas Pniea io de Jane: Tophooks, 1995. Fur oxempo, p45, em cue te aa cstn pe cha cts tae ana) ind ds proce Joe on da dateacn fo meso send, ve PO tos poltose de partes sn 1 ea aero dung enor 6a vrdae,l- Tae oon tut eutos administration anal tooo sparat sso Jo stp petri, in, gs oman oe Lae titnd evan, dene da cura et én do poser indi Fa ae uneltnes xetem pra guant ex dots soins (BRESSER PEREIRA [ease faa emerges ts dite pbc 150) sanaaa cCERMERSON CLEVE. Soap, pr pete, a anc eee etesta nut 0 nascent don conjunto de deus de ato fn dra sd, aenagi,habagin st) aera pfanderente a natreza dow i aa eee ager seo, a un torpo, berdades © créer do sac (OL tue) tone ao std. en eats te enanestanarovés de uma posing, pevaenements nea eat fae pn neni do sa oreo nigel rea: ae oe ie Aeja a dopoigs do medias publien inxs luo ca mana pias coe i re la pcsenement wad pare dt a stag do Esta cada sree thorns esos) nao por ass, Jot ae tl wo quando 6 et rae a stad no damit das berdades 6 asin post: le prom Soe ee hice de code iberdda convlao #0 ence (través da aaa re te eanaone enviar st: Nov aos is, sas sae nm de tecriaman, fm oo eis ar eos Ystara cao eam nating pba no vena ea. alas de ae ert nospate a cao do due sali; do aconarnento de wi sant a prestag do Estado on — Inradugio Teoria dos Custos dos Diets - Diitos Nao Nascom em Arworos Estes iiltimos dois argumentos parecem desaconselhaveis, con ccessa venia, pois reduzem drasticamente 0 contetido da classificacao em tela (positivo/negativo) de molde a retirar-Ihe qualquer significado (melhor sera, talvez, abandoné-la) Por fim, registre-se os posicionamentos de autores que (e) {4 reco nhecem a positividade dos direitos da liberdade, Destacariamos os soguintes posicionamentos: (6-1) de quem reconhece a positividade dos direitos individuais sem desenvolver o argumento, mas reconhecondo também a Principal conseqtiéncia da superagao da distingdo, qual soja de que os direitos da libordade tenham qualquer tipo de pro valéncia sobre os direitos sociais;1617 (2) de quem, eriticando a tose fundamental de SUNSTEIN © HOLMES, isto 6, negando as suas conseqiéncias fundamen. ‘Mon emp. to do dit 4 p00 Ino oni co io 9 tabi) 8 situacdo,¢ prevatentementa negative. Ar cinhora Pader potion ra menos Pasivamente, ¢ apenas pata assoguat 0 goro do dco pelo purse gases ‘tependo, em princi, de nenhuma ado conretae eperiica da eto oxen (CLEVE “Sobre os das do omen cit, pp 125-120) Prcebse quem conioa {conamento a oxcesia ‘sta é mas nis) goes wa caer ante 16 Hea porcdo de ALVARO DE VITA, tanga qusse incidence ta, or segue to sos“ bizarraa suposigio de Strseton em usa das passasjna cited, der a sane tin dos duets cis politicos, em wt da tutors noaiva donee chsies soe oe ‘tants exits aos reise ease. Apert Dasa ea eas eos hagtivos” e “atetos postv” # egulmce’ (> 28) Wa {eno nenhoma pretense analisr de una otha aproprinds 0 problnas cata ‘es ae aeabo de mena, Meu propo odo tsar qu Sine que a garata dos dees ‘nents comet de atures negtvn nsvionagranten eee ea cs excaisos,Rejeitace-oo ens spies. tmbern rns so eta oot 2 deve gaat ow diets tos “negation” denn acessarantente oe oes ca sauteed tos matron” p27) DEVIN. Ate ay Rissa outta suse. So Pao Bains UNESE 2100p, 29 roogni ce igtaimone tis a bate dasrtago de, Mosteais hs Tol acts, ql com SUNSTEIN» HOLMES, coca ue “ombén peur doe ‘sous cuts, apenas sexta muito acortumad ces” (BAR ‘CELLOS. 4 tesla ten dos pi rinciposconsttuconals cp. 229), Anas mongs te ante Bisortaio de GOUVEA, Oconee jill das onissinsadmatitranas eth 11 também admit vidénca dos cists dos don tas negation coer ae ‘ando SUNSTEIN HOLMES ota 19) “oN tais, aborda a questa da positividade. Parece oportuno desenvolver este ultimo argumento, Ja com base na obra de SUNSTEIN e HOLMES, GUSTAVO AMA: RAL. 8 com quem temos o privilégio de desenvolver proficuo dialogo no ssoio do Programa de Pés-Graduagao da nossa Faculdade de Direito da UERJ, estuda precipuamente o problema das prestacdes pitblicas de saiide, Logo na introdugao de seu livro, com a honestidade intelectual ‘que Ihe é peculiar, o autor informa que o conhecimento das idéias de SUNSTEIN e HOLMES obrigou a uma total reformulagao de suas teses “Assim 6 que aludido autor refere sinteticamente as idéias funda mentais sobre os custos, em carter restrito Aquelas expressas no livia ‘The Cost of Rights.20 para ao depois refuté-las, ao argumento funda mental de que existem alguns direitos cuja eficicia nao depende necessariamente de uma agao estatal 27 ‘Com as vénias devidas e as homenagens necessarias, a refutagéo 6 inconsistente, Em primeito lugar, como se percebe, logo no paragra- fo imodiatamente subseqitente a refutacao (vide nota anterior), 0 autor procura “abstrair" de determinados custos para tornar seu argumento Nhivel, Até seria possivel numa discussao especifica acerca de custos dos direitos, simplesmente abstrair de alguns deles ~ mas munca cus: tos de monta e relevancia como s4o 08 custos impostos pelos direitos nogativos. Na verdade, seria necessario apresentar uma justificativa impositiva para essa abstracao, 0 que nao foi feito. ‘De outro lado, sob o prisma estritamente ligico, essa abstragdo conduz & conchisio de que a tese defendida pelo antor é valida (ow aplicdvel) apenas se desconsiderarmos a parcela abstraida, o que, salvo melhor juizo, lhe retira substancialmente a utilidade, TW AWARAL, Dict, ensees« esexIna ee. pss 19 AMARAL: Dit, eseaeeez «escola ci, 2 AMARAL. Durie excasnoxe escalha ot, pp. 09 © equines. a tMakon! cup eficica no depende neceaarlamonte dua agéoestatal A iberda 2 donee le ered sao bans excmplos des. De outro lado a “dioitos” exis stctels aopend inenaneamonte de uma endat estatal positive, como 0 deo Io a eretimgncla socal, Pao facia, chamemos aos peéximos paragrato do “ritos siuiante independemes” aque que no dependom necossariamente do agi Pefstale de “venae depondentes” equals coin dependéncia#tinseca” (AMARA, Dist, eeraaeexe ozolha cit. p81, m Inttodusao 8 Toor dos Custos dos Drcitos~Diitos Nao secamento”, aparentemente utilizadas como sindnimas (e sem oxplion, a0 sobre por que foram utilzadas duas exprossdes, que nas retterey dos direitos nao deps 2 tove da qua “a eficdaia itos nao depende necessariamente de wa acdo estatal”. Ora, of bet esses “cetos” “ireitos" dependem patcielmente de prestagoes tai, on bem nao depencem ~unva coisa ndo pode sere deine de sora mesma coisa ao mesmo tempo. Se dependem, aind: a Pee los ha alguma dose de posta, qual, nem andlise que se protonda iti, meroce ser considerada (on piecin bom {indemnento para ser desconsiderada), ae deramos suficiente a refutagao, data i ‘maxima venia, sendo imperioso, lidade e a vatidade cientifica da construgao embargo deste “ins, om nama propeaente dese conseaiéncas tadiease de ample alance patien snl te tants dle tants a tats dom bse Inutencao da distincao em questao, estabelecerem diferent: ae db pert dng ene ov dete hamad soas ‘pfs se embargo daansnela de desononent,¢posivl afimar qu alguns autores ja foram sonsives a ealdat, soot bosiividade do todos os ditetosfuanental,ielvduai ow soci 32 Submetcmos proviamente a pica o proscats tats #rnito especialmente 0 pre {ost caplo ops GUSTAV AMATAL ux lan So ab expos. no lio cada, Prmanecomos ees tustosconcretos do detertinadas prestagaer 4s abstratmente os elevados Five Gaeino Neste paso, ¢ preciso fazer justiga e reoonhecor que, mesmo fre do Brasil, até hoje (e de acordo com © nosso modesto conhecinent nndo encontramos autores que tratem dos temas ~ custos e positivid de dos direitos ~ com a profundidade de SUNSTEIN e HOLMES, nem colhondo as referidas © relevantes consoq¥éncias. Com algumas a mmalmente nao é sontida.2> excegées, a questao tradicional — Na vordade, 6 possvel dizer qv, a exempte do que acontoce no na a servir le suporte para as mais Brasil, a eferida classificagao continua a. ' as importantes conclusées teéricas% @ solugbes de ordem pratica, ‘Marcus sulyeteo post fa protecciin juriion rosie en la exible urn tree ad “importantes consecuencias, pues ante ia regla logics de que ‘Aaminserativo, 2 edigio. Buenos Aes: Ablodo- Perot. 196, p. 23 samen ca en tt mar Iutroducio & Tuoi dos Custos os Dict - Dietos No Naseem em Arvores| 11.2. Todos os diteitos sao positivos e integram as opgdes dadas as escolhas trégicas Como ¢ cedigo, a importacao a-critica de idéias jé produziu muitos equivocos © outros tantos efeitos projudiciais ao nosso Direito. Maltiplicam-se os exemplos, estando o proprio tema dos dleitos fan- damentais apto a ministrar varios deles. E bom exemplo, no plano institucional, o sistema de prestacao de servigos pibblicos de sade, em que a Constituicao da Repiblica de 1988 ~ prodiga em despesas de toda ordem (vide item 13.2), impor. tando modelo nérdico, francamente inadequado para a realidade social brasileira, vem trazendo grandes transtornos (e 6 que é pior, recheadlos de iniqitidades) A importagao de idéias e institutos juridicos pressupde uma ana lise prévia ¢ detida da compatibilidade das idéias importadas ao siste ma e principalmente a realidade onde presumivelmente clevem inte: grars0.29 No caso vertente, dos custos dos direitos, a dita importagao das fdéias vertidas na obra comentada nao parece padecer de qualcuer problema, Notadamente porque se trata de idéia de cunho operacional ou, na linguagem de SUNSTEIN e HOLMES, de cunho descritive, Nao se trata, portanto, propriamente de importagao cle uma icléia, tnas de observagao de um mesmo fondmeno comin, nao senido possi: vel ignorar a corregao da afirmagao dos autores consoante a qual todos 65 direitos fundamentais so, afinal, positivos — no sentido de que demandam prestagoes estatais positivas), © senso comum cientifico da comunidade juridica brasileita nao fica ~ou a0 menos nao deve ficar ~ alheio aos argumentos © conclusoes apresentadas na obra de CASS SUNSTEIN e STEPHEN HOLMES. Salionte-se entao, que a importante conclusio de que todos os direitos fandamentais sao positivos nao pode mais ser desconsiderada pelo pensamento juridico brasileiro. equivoco parece residir precisamente em considerarse que a tutela dos direitos da liberdade consista ou possa consistir em uma 28 Notadamenteprvidencirins. GIAMBIAGT © ALAM, Finangas Pablicas cit, p19, Sobre o tema da inportacio de wlas,e, exieldentenente, soe prbco das 1e5 ‘agoes pablicasrlativas asad, vejase KRELL,"Contot ud oe swig, Pus 205 Pavia Gating enrensoante jé observed, enquanto na esfera privada talvez fos Pesinolos tomaddon ao diteto privado manestamente nadequada, data pla stage ss doa fndamenia oy elas th Ss clas pani ann a ao ha oe Para exemplificar, seja consentido voltar ainda ed 30 Por tod °A segunda razio @ de carater oporacional: Pei, ne nat ss - itos tém por contedco, normalmente, uma abstengio, um nie i Sacer taantac srcaimaaese ana {pontive) de fon habitual de umn diceito positive & 0 dic ante anders as ete ens 26 © mesmo direito de propriedade, em sua face publica, impée ao Estado uma série de deveres positivos, que permitem a criagio ¢ manu. tengao do direito, como soja a protegio daquele diteito om face do pro. rio Estado e dos demais particulares. Saltam aos olhos as fortes cores daa inaclequagao clos escquemas formulados a partir de categorias priva tisticas. De fato, ¢ preciso concordar com SUNSTEIN ¢ HOLMES, para afinniar que na esfera pitblica inexistem diteitos negatives ~ inexiste puro non facare. Todos os direitos subjetivos piiblicos sao positivos, Como consectirio, © cuida-se de relevante consectario, tem-ne que 8 liberdades, outrora entendidas como direitos meramente negativos, ‘também integram o circulo de opgdes que sao dadlas as escolhas cas, as trigicas e inevitaveis escolhas pablicas. pabii Como visto, costuma-se referir apenas aos diteitos sociais ou, mais especificamente, aos direitos que demandam prestagbes piiblicas posi. tivas, como fazendo parte do elenco de opgées sujeitas a reserva do ossivel e, portanto, entregues as escolhas tragicas, xestando os dire. tos da liberdade fora deste émbito, como se fossem ofetivacos dentemente daquelas indepen. A afitmagao nao é correta, data maxima venia. Em prinwiro lugar Porque existem direitos sociais que se encaixariam na categoria de direitos negativos ou diteitos de defesa antes referida (as chamadas liberdades sociais) ~ como o diteito de greve e a libercade de associa, ‘sao sindical, por exemplo.% Mas este nao é o argumonto fudamental Com efeito, a partir da anterior conclusao de que todos os direitos iiblicos 540 positives, é mister reconhecer que os dlteitos da liborda de ou individuais também integram 0 rol dado as tragicas escolhan piiblicas. Na verdade, conclui-se que todo e qualquer direito fundamon tal integra o referido rol (podendo, portanto, tutela de outro diteito, jum dado momento) As conseqiiéncias de tal conclusio, inclusive as praticas ~ sao de elevada monta, No modelo teérico tradicional, o diteito de ir e vit — ad exemplum tantum, a liberdade em sentido estrito ~ é tio como plona mente assegurado independentemente de qualquer agao estatal, devendo a autoridade pitblica escolher, por exomplo, entre assegurar 0 direito & ser proterido em razao da ‘cuja tutela seja considerada mais importante em, tao-somente educagao ou o diteito a saide, A partir das 5B Wests seo, cobtntemont, SARLET, A elicci dos dots undamentais op. 174, © AMARAL, Dioto, excareoew excl op 61 Five Gano conclusées de SUNSTEIN e HOLMES, placitadas pela observagio empirica, também 0 dizeito de ir © vir “passa” a integrar 0 elenco de opgées, podendo ser proterido. ‘Na medica em que tal diteito, @ seus congéneres tidos habitual- mente como negatives ou de defesa, depencem tanto das prestacoes festatais positivas como todos os outros direitos sociais, nao ha que pensar estejam eles fora do rol das escollias sociais. Os recursos 80 limitados ¢ as escolhas piiblicas, verdadeiramente tragieas, inclem também os direitos individuais, que podem igualmente ser sacrifica dos, como de fato ja sao sacrificados todos os dias, Deveras, nossa doutrina ¢ nossos tribunais, diuturnamente reco- nhecem, ao menos implicitamente, que os direitos individuais tém cus- tos, muitas vezes elevados. Reconhecem quando, por exemplo, ser vem-se de indenizagdes como meios indiretos de salvaguardar os direi- tos dessa natureza.*i ‘A rotérica do “respeito” - de caréter supostamente puramente passivo ~ pelos direitos individuais desvela sua face custosa na respon. sabilizagao na esfera civil (indenizacao, reparagao, compensacao) que 6 deferida na hipétese contraria (ainda que omissiva ~ omissao em pro: teget a liberdade individual). ‘Soja permitido lembrar que este fo que ja se usoti chamar "sociedade de reparagao generalizada”,% em ‘especial para designar a sociedade americana, onde, havendo a0 ‘menos aparentemente um reconhecimento mais ténue dos direitos chia ‘mados sociais, a redistribuigao da tigueza social funda-se na radical zagdo da protecao dos direitos individuais, revelando um discutivel jclelo de decisao judicial refere [3 Bemmplo paradigmatic: “Em caso de po indovds,ofudaento nenizatinio da es pnsabiade do Estado deve sr enrado sobeo (oc) o pina de que a ented esta vermin ¢evordetepetar iegramente, os dois subjeivos constnuconals assege ‘au ao ida, eapeciamonte odo © vi" (TJ. Printa Tumba, Recso Especial ‘aoaea es, Relators Mrsto JOSE DELGADO, lgado om 222.2000, voto or mae) ‘pps Gonatnigo ral cuta de inioago dessa eopci CE at. 8 LYXV) Sobro 1 Teoponsaiade ci do estado 10 goal, conbracse MOTA, Mourci Jorg Pore eapontabiiace ce do sto tga, Ro de Jano: Lone Juris 1888, 1 MIRANDA, “Os dite fundamentals ~ ua dumonsa0 tntvdual e soca” ci, p. 202 (tra 35 ROSANVALLON, Pie, A nova questo social ~rpensando oHstado Provincia (a. Bras por Sérgio Bath, som indeapao do lo orginal). Brat: Istituto ReotSnio Wea 1998.6 Introdusio Teoria dos Custos os Duetoe-Dieitos No Nascor em Arvoxos ‘mente a face positiva dos direitos. seve classificagao que separa direitos positivos e negativos aprese1 ‘s ee ou nenhuma utilidade pratica.26 “meme ten, Toran estudados pat de relacoes spon Este malas ‘vo. E possivel dizer qu Fra xi B edseiaerie esses direitos j4 eram ptblicos e positivos. aameee um outro organismo estatal judiciario para julgar me ‘quem potenciaimonce amoacasse a dus justiga 6 graute, ola evdontemene inputs esto, apo pensado o pagamento de algum eventual beneficiario,”” 7 [3 Relomlne-se nui quo o uso de valor ue posa sabe as Team ata Mian de abaya ae ics 0 dna Su ublidade patna ona npn men 9 enc pias 31 Relene-v a observago certs do BANOSA MOREA: “Naa i provos ‘sem mowinento de Ginko. A manttoncio do aparece dca donna emma 4 sorts tinned sot omer pssst st ‘todvis para a aqui, a conserva © a Yenowaga am to eos desis a aan sega ise as 10 se creveraosontengas, ics, putas damon manados cee ‘toe tenmos de andincia, Quando so fala justia gratuita. purse ingest recursos piblicos. E assim desde sempre, s6 que, como ja se disse, 2 seis de todo ie suportado peo Eada ~ portant, iad 3 wn rime om que caste ao pata oo ii cm cna cao comet, Catia, 0 seid mas ens “'pnu, no mt, nom pd xt em tga gm” GARDOSA MOREIRA, Jae ates “Sie wimihplede se prpectne wo wi do pos” fy UAREOEA MOREIRA Jond Cats Temas de eto Procesmua 4 xo, Sto Flo Sarai Frese west vers daqule sees no melo Feet dee gu os problemas laos 20 ectoos peo eta single {oorce da ona, em aie 0 problems so spb ise trom ignorados (sas 0 ers 9. roconhacon-se ci pt ativan gos em ima aslo, cova ae ve avrecem a manipula ok ‘stato wpa ome evidence ei 29 Masini paca denmnciada por SUNSTEY consone even cn Sin orsewa vil Sn eo once ads fn 0 fatto excavate vse a i Gg Geto sujet a alguns, se nio fr em detente doe wo ot, 1) ots sae co GbOse pb 1 et pin Po map A ncaa be ‘cman pommel bah las Shr” bo Abele an son, a ary» aves om" (p45). sh ato ao aie on iaeeemnac 0 Obst pie Baber 0 er Sadr ineramente com ten al potconament, rotdaente er lag 20 rosa multan das ccs lms plato moron se acai 20 Intsodugao Teoria dos Custos dos Ditetos -Diteitos Néo Nascem em Arvorse hem servir de fandamento para a tutela integral dos direitos indivi duais © meramente parcial dos direitos sociais, como se vem fazenclo, do forma muitas vezes inaceitavel, Nessa linha de argumentagao, é possivel trazer a lume uma série de exemplos caseiros. O pais tom assistido nos iiltimos anos a varios lamentiveis massacres de pessoas o mesmo de populagées carentes levados a efeito por drgaos piiblicos, custeados através do recolhimen: to de recursos igualmente piblicos, adotando veladamente um modelo de direito de propriedade inaceitavel nesta quadra historica (e que se serve do equivoco de considerar este direito como sendo negativo) Neste sentido, indaga-se: quanto tora custado aos coftes piblicos enviar e manter em campana por semanas a fio em Eldorado dos Carajas mais dle quinhentos homens armados, O que estes homens pro- tegiam? Em nome de que diteito eles mataram civis miseraveis a san gue-frio? A resposta atende polo nome de propriedade privada (dle um ‘ou de uns poucos) 0 custo dessa operacdo maligna desencadeada a propésito da seguranga piiblica nao é sendo 0 custo que o diteito de propriedacle (seguramente “privada") em questao representou para 0 Estado (¢ representa todos os dias). Sera possivel ainda dizé-la meramente nega- tiva? Naturalmente que nao. A verificacao da positividade cle toclos os direitos fandamentais & que ira permitir uma escolha kia entre a vio. lenta protegao do direito subjetivo de propriedade “privada” ¢ “priva: tistica” oitocontesca e a adequada prestagao educacional ou de satide, que talvez sejam menos custosas, e por certo muita mais necessarias. Mais tecnicamente, registre-se que o fato de se tratar a seguranca piiblica de um bem piblico em sentido econémico, nao afasta sua caracterizagao como prestacional e, portanto, como direito positive. Deveras, a seguranca publica supostamente!l nao permite a apli- cacao téenico-econdmica do principio da exclusao nem é precisamente ivisivet em cotas de adjudicacao individual, ce modo que nao é possi vel quantificar rigorosamente quanto de beneficio cada individuo aute 10 da prestagao publica global? At Dizse “supostamente” porque a oxctusto nso determina pela atucezacconieniea ‘do bem, mas sim pelas opgoespolteas- Alm daca a ieee do saber duane \dvalments a trigao do-um bem deponde apenas da capactiade teenies a ser Aaseavotvida com ese tim 2A sequranga piblica ou Intoma ¢ mesmo 0 exemp recorrente de bens piblics nos lvoe espcialzados: REZENDE. Pnangas Pics it, 19, € GIAMBEAGI@ ALEM. a Five Gldino Mas sosénca de posite nos fers do dstebsiioinwival nao thts verte empiea de que smitas pessoas roebem wie a pte goa 080 oxcidas dessa prostagos, Tamm om sie Sunarang, a excunte seal um ft0notSHD ~ nose cass we siooe que algunas posows no so leangadas pela roctagto di poder pico consistent om seguranca rand inbjetsvel da vata due o pode pabieo am oral o asi om snp possum col vo sea th unr detrminados quot sodas As pessoas que resi wre anos nals i worm esa pestagioestatal (seguranca) de so eeu ou, noma, oeeben en excalanitidament emo me rei) menor do que as pessoas quo rose as reas abasta deere ea. pesoas gs) Comeidestmente, ov meses ee Dos ee nas” a atom potgids, oor must mais posta ‘Ses de seguranga pica do qu o pees "68" Possum 9 fa mrogiagon ser protegs) ‘ tan nopb'e pn evn — cos os Sean aporsdade de inviuatzar 0 consumo de dateminado veasipdblce, aun ndvidvs wotruem dos boneticos que o inher replica gora sem aespostivacontraprestaao i arlnte qua eave impossibindade de bom preisar o bent ciosswituats, gag a eonveninciapltia de manatengao de una ceaceettedorsinagg, wou a omni da én de ave a oguran cuinica avon ets instore, o quo 6a mals conte Sid pea teadade quanto se observe gue algunas ponoas, as ve

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