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unesp – universidade estadual paulista

faculdade de filosofia e ciÊNcias


cÂMpus de marÍLia

catalogaÇÃo na fonte

trabalho referente à
disciplina catalogação
automatizada, ministrada
pela prof. plÁCida l. v.
s. costa
marília – sp
1998
sumÁRio

resumo ................................... 03

introdução ............................... 04

definição ................................ 05

objetivos ................................ 06

histórico ................................ 08

catalogação-na-fonte no brasil ........... 11

conclusão ................................ 13

bibliografia ............................. 14
resumo

este trabalho procura analisar, como o


próprio título indica, a catalogação-na-fonte, na qual
primeiramente apresentará um histórico relacionando as
origens da catalogação na fonte, onde ressaltará a
pessoa e as vantagens por ela vista na introdução
desse método de descrição bibliográfica. a
continuidade do desenvolvimento do trabalho se dá em
destacar também as definições e as finalidades vistas
sobre o assunto, no ponto de vista dos outros autores
da área.
introduÇÃo

este trabalho ressalta os pontos principais


sobre catalogação-na-fonte, tanto no brasil, como em
outros países onde se utiliza este método de descrição
bibliográfica de um documento.
partindo do histórico onde ressalta as
origens básicas da catalogação-na-fonte, ou seja, qual
foi a primeira pessoa a pensar neste método e quais as
principais vantagens vista por ela na utilização do
mesmo, ressalta também os encontros e reuniões
realizadas em função de avaliar este sistema de
catalogação-na-fonte no brasil, destacando a pessoa e
o encontro responsável pela aprovação da idéia.
a utilização da ficha catalográfica na
publicação foi entendida como uma pré-catalogação,
facilitando assim uma maior padronização das
informações bibliográficas.
entre os objetivos da catalogação na fonte
pode-se destacar aqueles que são mais importantes para
a execução da descrição bibliográfica: maior
facilidade na recuperação e no intercâmbio das
inúmeras informações existentes no país; a catalogação
de determinada obra é feita apenas uma vez e é válida
para todas bibliotecas, assim sendo há economia de
tempo e também de dinheiro que poderá ser empregado em
outras atividades, etc.
definiÇÃo de catalogaÇÃo-na-fonte

a catalogação-na-fonte é na verdade a ficha


catalográfica impressa na própria obra, no verso da
folha de rosto trazendo todos os dados da obra de
maneira resumida.
a pré-catalogação ou “catalogação pré-natal”
como batizou ranganathan, traz em um único local,
informações bibliográficas de forma padronizada em
menor tempo e rápida apreensão de seu conteúdo.
segundo rowley (1994, p.296) “um esquema que
existe há mais tempo é a catalogação na publicação
(cip). ele implica que a catalogação dos documentos
será feita antes de sua publicação, de modo que os
dados catalográficos sejam impressos no próprio
documento. esses dados são também em base de dados,
como as do comércio livreiro, que os bibliotecários e
outros interessados podem consultar durante o processo
de desenvolvimento de coleções”.
objetivos da catalogaÇÃo na fonte

segundo carneiro (1974, p. 174), “a


catalogação na fonte, ou catalogação na publicação,
operação realizada antes do livro ser impresso permite
que todos os dados identificadores fiquem reunidos num
único local, de fácil acesso aos que manuseiam o
documento, descrevendo-o de maneira mais sucinta e
precisa, fornecendo, ademais, outras informações
úteis: a indicação de que inclui bibliografia, de que
faz parte de uma coleção ou série, etc”.
- a catalogação na publicação facilita a
recuperação e também o intercâmbio de
todas as informações bibliográficas
existentes no país;
- facilita bastante o trabalho das
bibliotecas existentes no interior do
brasil, que são desprovidas de mão-de-obra
especializada, que ainda, não possuem
recursos financeiros para aquisição de
material, pois diminui o custo da
catalogação;
- uniformiza os catálogos das bibliotecas;
- facilita a transferência de informações
bibliográficas em nível internacional e
nacional;
- a divulgação da publicação pode ser feita
antes mesmo de ser impressa;
- através da catalogação na fonte, os
bibliotecários podem usufruir de inúmeras
vantagens, pois esta tem a capacidade de
evitar que uma obra seja catalografada
inúmeras vezes;
- torna o material bibliográfico acessível
aos usuários de maneira bem rápida e
eficaz;
- facilita o registro, o controle, a
recuperação, bem como a disseminação de
determinada informação, através de
projetos de catalogação legível por
máquina.
a catalogação-na-fonte pode perfeitamente
solucionar problemas que perturbam o catalogador, como
por exemplo:
- garantir uma organização de boa qualidade
do acervo bibliográfico das bibliotecas;
- permite que o bibliotecário faça o
atendimento adequado a cada usuário;
- oferecer as diversas bibliotecas do pais a
classificação e o emprego de cabeçalhos
exatos de cada documento catalogado entre
outras várias vantagens.
histÓRico

quem pela primeira vez imaginou as vantagens


dos dados catalográficos impressos no próprio livro
foi ranganathan, quase um século depois quando em
1948, em uma reunião realizada na l.c. (library of
congress) foi convidado a falar sobre a
biblioteconomia na Índia. o problema comum a todas as
bibliotecas era redução do tempo entre a publicação de
uma obra e a disponibilidade imediata de seu conteúdo
pelo usuário, tinha sido insistentemente mencionada e
discutida, ranganathan sugeriu que l. c.
experimentasse uma idéia sua idealizada para a Índia,
onde os editores foram motivados a enviar à Biblioteca
nacional central as provas finais dos livros por eles
publicados para que fossem catalogados e
classificados.
a brilhante idéia do bibliotecário foi posta
em prática dez anos depois pela l.c. quando desde o
século passado, a solução de se colocar os dados
bibliográficos no próprio livro já tinha sido enviada
como vantajosa, pois resolvia inúmeros problemas
ligados à catalogação.
em 1965 o comitê Consultivo internacional de
bibliografia, documentação e terminologia realizou um
estudo a fim de avaliar como esse sistema de
catalogação na fonte vinha sendo empregado e como se
apresentava no pronto de vista prático. pelos
resultados obtidos chegou-se a conclusão que as fichas
distribuídas pelas centrais de catalogação ainda
representavam a totalidade dos livros adquiridos
anualmente pela biblioteca.
segundo frota (1973, p. 126) “sob este
aspecto a catalogação-na-fonte é muito mais segura e
fiel porque a ficha impressa na própria publicação ;e
elaborada pelo catalogador com a colaboração do autor
e do editor é mais eficaz porque permite que as
bibliotecas copiem e desdobrem as fichas tantas vezes
forem necessárias, imediatamente após a aquisição da
publicação”.
em 1973, as centrais de catalogação-na-fonte
ficava localizadas nas bibliotecas nacionais (eua,
urss) nas câmaras de livros ou em grande editoras
(urss, eua, brasil). embora o processo de catalogação-
na-fonte estivesse sendo utilizado em alguns países
havia somente quatro que o realizava de maneira
sistemática: urss (há mais de 10 anos), a austrália (a
partir de 1974) e o eua onde existe a maior central de
catalogação do mundo. o brasil era o 4o país que
contava com centrais de catalogação-na-fonte e do
sindicato nacional do editores e livros localizados em
são paulo.
devido a reunião realizada em washington em
setembro de 1976, constatou-se que a catalogação-na-
fonte é uma realidade em alguns países, onde foram
discutidos problemas comuns bem como futuros planos
relativos aos diversos programas nacionais, como
definir as responsabilidades para o registro das obras
publicadas por editoras internacionais que, incluem a
localização de suas sedes em mais de um país. como
resoluções destacaram-se a indicação obrigatória das
iniciais cip (cataloging-in-publication) antes da
indicação da entidade responsável pela ficha
catalográfica impressa na obra. a catalogação-na-fonte
foi abandonada para ressurgir em outra década como
“cataloging-in-publication”, desenvolvida até os dias
de hoje.
catalogaÇÃo-na-fonte no brasil

a idéia de catalogação-na-fonte no brasil foi


primeiramente divulgada por lidya queiróz Samba que em
1940, nas publicações editadas pelo dasp onde era
diretora da biblioteca. entretanto iniciou-se em 1971
pela aprovação plena da assembléia do iii encontro de
editores e livreiros em agosto de 1970 obtida pela
bibliotecária regina carneiro, onde apresentava um
projeto propondo a publicação de informações
catalográficas nas obras, impressas pelas editoras
centros-regionais ou estatais para a realização de
serviço e a participação do governo no empreendimento.
em 1973 existiam dias centrais de
catalogação-na-fonte no brasil na câmara brasileira do
livro (cbl) em são paulo no sindicato nacional de
editora de livros (snel) no rio de janeiro, ambas
seguem as mesmas normas e contam desde o início com o
apoio integral do instituto nacional de livro e da
editora da universidade de são paulo.
a central da clb é muito produtiva, pois
conta com a colaboração maciça de 42 editores
paulistas. o snel (rio de janeiro) além da
catalogação-na-fonte publicou através de seu centro de
bibliotecnia o resumo bibliográfico (rb) –
bibliografia corrente com periodicidade mensal. no
mesmo ano foi enviado para o congresso um porjeto de
lei elaborado pelo dpeutado faria lima que obriga a
inclusão da ficha catalográfica nos livros publicados
no país. a conclusão que chegou o senhor deputado
faria lima é que “para a realização do projeto de
catalogação-na-fonte em âmbito nacional, seria
indispensável um trabalho coordenado de bibliotecários
e editores. impõem-se uma lei que regulamenta o
processo de catalogação-na-fonte a fim de que o livro,
este disseminador da cultura, seja despojado dos
intraves que impede sua rápida transitação e
divulgação em âmbito nacional como internacional.
conclusÃO

através desse trabalho, pode-se chegar à


conclusão de que a catalogação-na-fonte é uma boa
opção, pois permite que a instituição economiza não só
dinheiro, mas também pode economizar o tempo que é um
importante fator para os catalogadores.
desde que a catalogação-na-fonte foi criada
os problemas começaram a serem resolvidos, pois houve
a solução do problema constante de haver sempre um
número maior de livros a catalogar do que
catalogadores, houve grande facilidade na citação
bibliográfica e também na organização de pequenas
bibliotecas que por motivos financeiro não podiam ter
um número suficiente de catalogadores para executar o
trabalho de catalogação.
a catalogação-na-fonte pode disponibilizar
rapidamente uma obra para o leitor, coisa que não
acontecia antes da sua criação.
através da catalogação-na-fonte a
disseminação da informação tornou-se muito mais
rápida, pois uma obra passou a ser divulgada antes
mesmo de ser impressa.
referÊNcias bibliogrÁFicas

aragÃO, esmeralda maria de, mattos, carmélia regina de.


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barbosa, alice príncipe. novos rumos da catalogação. rio de


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andrade. introdução ao controle bibliográficos. brasília:
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zambel, miriam mani. glossário de termos usuais em


biblioteconomia e documentação. são carlos: fundação
theodoreto souto, 1978, p. 13.
catalogaÇÃo na

fonte

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