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Autor: Miguel Torga

Obra: Os novos contos da Montanha: O Milagre


Editora: BIS
Ano da publicação: 1944

Miguel Torga, pseudónimo de Adolfo Correia Rocha, nasceu a 12 de Agosto de 1907 em


São Martinho de Anta, e morreu a 17 de Janeiro de 1995 em Coimbra. Foi um dos mais
importantes escritores do séc. XX em Portugal, e destacou-se como poeta, contista e
memorialista.

Síntese
Este pequeno conto da obra “Os Novos Contos da Montanha”, trata-se de uma mãe que
não queria que o filho casasse porque o instinto dizia-lhe que não era uma boa mulher para
ela. (ela era pobre)
O rapaz estava completamente apaixonado, não por ela ser bonita, até porque não o era,
mas gostava dela como era, doida e teimosa, apesar disso sempre foi adoentada e
sorumbática.
O Pedro pediu-a em namoro e ela aceitou, só que toda a gente dizia que ele merecia
melhor coisa, pois ele era o príncipe da aldeia, alegre e lindo.
Contra a vontade de todos casaram-se.
Passado um tempo, Raquel descobriu que não poderia ter filhos.
Até que um dia, Pedro chega a casa e encontra uma mulher absurda, terrível, sinistra, de
olhos esbugalhados e a espumar. E assim passou-se um longo período de tempo.
Um dia, o rapaz decide levá-la à capela para ela curar-se. Depois das voltas do preceito e
das rezas já não parecia a mesma.
Pedro tinha-a preso pela mão e que soltou-a por ela pedir muito, mas a doida atira-se do
despenhadeiro.
O rapaz farto daquilo ficou a olhar e disse:” Seja feita a vontade de Deus”.
Decide que era melhor assim pois sabia que ela estava em paz.

Atualidade da Obra
Na atualidade, esta obra representa as decisões difíceis que temos que tomar e por vezes
as consequências que trazem.
Neste caso, Pedro contra tudo e contra todos decidiu casar-se com Raquel, só que depois
descobriu que não podia ter filhos e uns anos mais tarde ela enlouqueceu. Ao deixá-la
partir, percebe-se que às vezes é melhor deixá-los ir para não sofrerem nem nós.

Na minha opinião, foi uma decisão difícil mas bem tomada porque devemos seguir os
nossos instintos e protegermos a nós e que nós gostamos.

Recomendo a leitura do conto, pois damos uma lição da lei da vida.

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