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Uma vez que vai a esse mesmo restaurante, logo encontra uma mesa vazia, porém a
feijoada estava demorando, o que lhe daria tempo de perceber e refletir sobre sua vida,
aquela que ele dedicara somente ao trabalho, e por conta disso perde a oportunidade de
passar o seu precioso tempo com seus entes queridos, se tornando uma pessoa sozinha.
EM DEZEMBRO:
Essa história se passa ao redor do machismo dentro da sociedade, e a violência contra
a mulher desde pequena.
Dezembro é a época das mangas maduras. E após uma busca pela fruta, um menino
finalmente acha, sua companheira, Neusa, certifica de que esta boa e lhe pede a manga, o
menino oferece apenas um pedaço, mas Neusa quer a manga inteira, então o garoto nega
dizendo que não iria lhe dar nada.
Ao chegar em casa, sua vó já estava para mandar o menino para o quarto e recebe um
ameaça, que se comece manga outra vez iria apanhar.
Porém não foi exatamente isso, o menino encurralou Neusa e lhe bateu com uma vara,
tendo a ideia de que ela não o amava mais, após esse ato agressivo, a menina diz a verdade, e
que jamais o amaria novamente, devolvendo a caixinha com os três morangos e o bilhete.
O PEIXE:
A história refere-se a um menino que havia acabado de chegar de sua pesca, quando
vai olhar os peixes e percebe que um ainda estava vivo, a Traíra. Indignado com a vida do
peixe, pensa em dar algum alimento para o ser. Lembrou de um tanquinho no fundo do
quintal, mas estava entupido, após desentupir e enche-lo de água , soltou a Traíra lá dentro.
Como o peixe deveria estar com fome, foi até a padaria. Além de estar sujo de barro e a roupa
toda molhada, já era noite. Não pensou duas vezes, foi até a padaria, na noite de domingo, e
observando o quarteirão movimentado, ia pensando no que iria fazer com o peixe, porque
mata-la não iria.
Muitas vezes damos tanto valor, dedicação, esforço e tempo, à coisas tão simples e
inúteis, que só depois que tudo realmente acabamos damos conta que estamos cansados e
que na maioria das vezes não vale a pena.
ERA AQUI:
Depois de muitos, um jovem volta a sua cidade natal, tudo exatamente igual ao que
era antes, até o momento que vai a praça, e fica surpreso ao que era na época uma trave de
futebol, naquele dia, depois de muito tempo, a trave não estava mais ali.
Conta para sua companheira como era nos tempos antigos, como aquela trave era
importante e como ela realmente fez parte de sua infância, até que então tudo isso teve um
fim, quando a trave, ou estacas de madeira foram removidas da praça, causando um trauma
de infância.
O conto mostra o quanto é difícil a perda de alguma coisa, ou até mesmo de um ente
querido, como é difícil de superar algo realmente importante.
DOIS HOMENS:
Dois homens distintos, tempos distantes, pessoas próximas, pai e filho, se encontram
em um bar, mas mostram estar infelizes, porém tem algo em comum, um laço familiar.
De repente Doutor sumiu, isso foi durante anos, e quando apareceu já estava velho.
Um dia Doutor Rodrigues resolveu aparecer em casa de novo, enquanto peguei-o enfiando pão
dentro do bolso. Chamei-o para ir até o quintal quando peguei a bengala dele e sai correndo.
Mamãe foi ajuda-lo depois de ouvir alguns gritos. Todos tentando fugir dele, mamãe foi para o
quarto e papai deu uma desculpa de que teria que sair.
Doutor Rodrigues ficara sozinho na sala quando decidiu ir até o quarto de Cidinha,
levando uma caixinha de bombom. Cidinha nem tocou na caixa. Junto com a caixa recebeu
uma medalha, mas não fazia ideia de como iria por, então Doutor levantou e foi colocar a
medalha na menina, até que a única coisa que ouvi foi um grito e um tapa, papai o expulsou.
Até mesmo pessoas que você deposita a maior das maiores confianças, mesmo que
seja amigo, parente ou anjo, nunca serão confiáveis, até pelo simples fato de ter uma pequena
brecha no relacionamento.
CATÁSTROFE:
Um casal tem uma breve discussão sobre crianças em sua casa, um casal que vive
sozinho, sem filhos. O marido não aceita essa ideia, mas também não quer tirar satisfação com
a amiga de sua esposa. A mulher bem diferente aceita a vinda de crianças até sua casa,
principalmente porque são filhos de sua amiga. Essa discordância é o caso da discussão.
Brigas são muito frequentes entre casais, amigos, irmãos, pais, enfim o gera a
discussão é o fato de duas ou mais pessoas não concordarem com a mesma ideia, e muitas
vezes como consequência disso acabam se separando.
COISAS DE HOTEL:
O conto retrata a morte do vizinho de um homem, não eram tão próximos. Talvez
nunca conversaram, tomaram uma xícara de café juntos, apenas um cumprimento de mão já
bastava, o que mais magoava o homem era que isso nunca iria acontecer.
O FIM DE TUDO
Um homem que decide voltar ao interior, se depara com uma cidade totalmente
invadida pela ação do homem, e as águas do rio então nem se fala, pela tamanha poluição,
onde achava que a principal causa era a fabrica que havia ao lado. O homem se preparou para
pescar quando começou a conversar com um idoso ao seu lado, e lhe contava como era a
pescaria nos tempos antigos, agora hoje o que o homem conseguira, era apenas um peixinho,
que desanimado com o lugar e a consequência devolveu o peixe ao rio e foi embora,
pretendendo não voltar mais ao lugar.
Esse conto retrata a invasão do homem na natureza, como a ação do ser humano pode
modificar tanto, levando as coisas pro lado ruim, onde com a intenção de industrializar e
modernizar acaba com toda a beleza natural e até mesmo com a vida de outros seres, como
por exemplo, os peixes.
LAVOURAS:
O conto refere-se a tempos de chuva e de sol, o quanto o clima quente o frio,
principalmente para pessoas que dependem das estações do ano e do tempo de sol e chuva.
Tempo de chuva, caminhões anunciando que tudo ia bem, que se a chuva continuasse
nas próximas semanas o arroz iria para frente. A chuva parou um dia, e mais um, depois outro,
que seguiram mais quinze dias, não havia mais poças, sapos, e os pássaros cantavam.
Ari desanimado por não poder mais dar a noticia de que a chuva continuaria, raspou a
barba, tirou as botas sujas de barro seco e sentou-se a mesa do jantar, sem o menor apetite
tentou esconder de sua mãe o cheiro do álcool, que até então estava sóbrio. Passado o tempo
decide vender o caminhão e a fazenda para pagar as dividas que a lavoura não cobria mais.
Assim foi sua vida, aos quarente de cabelos brancos e sua mãe ainda cuidava dele. Os dias
mais felizes eram os domingos quando chovia e dizia que ia ver a lavoura.
O filho descontente com o velório cercado de pessoas falsas que não se importavam
com o homem, usa a expressão “Enquanto dura a festa” para comemorar o falecimento do pai
do garoto.
IPÊS-AMARELOS:
Debaixo do ipê onde tudo começara, momentos felizes, risadas, conversas sobre
árvores, momentos lindos, e onde tudo acabara, debaixo de um ipê-amarelo, quando um casal
teve o que eu não chamaria de discussão, mas uma simples conversa, que não daria para levar
aquilo que existia entre eles adiante, o homem iria viajar, e a mulher pediu-lhe para escrever,
mas ele disse que não.
A mulher não fez perguntas, simplesmente ficou quieta, na esperança de um dia ele
voltar, e se fosse pra acabar que acabasse bem. O homem saiu de viagem, mas o lhe sobrava
era a lembrança dos momentos felizes e a saudade. Também não queria voltar, mas não
conseguia parar de pensar na pessoa que um dia já foi tão próxima de si.
FELIZ NATAL:
Conta a história de um homem que apenas queria passar a noite de natal sozinho. Um
homem tentando não ser reconhecido ao passar na rua, ao entrar em seu prédio e desviar do
porteiro, ao subir até seu apartamento e perceber uma festa na casa de seu vizinho senta-se
no degrau da escada a espera de um milagre para passar despercebido, até então que
acontece uma batida de carro em frente ao seu prédio, estava lá, a chance perfeita de passar
sem ser reconhecido, todos se escoraram na janela curiosos enquanto o homem entrava em
seu apartamento e fingia que não estava ali.
Em um perfeito silêncio, pôs seu pijama, pegou um cálice, ajeitou-se na cama, espetou
a azeitona no palito, encheu o cálice, e logo diz Feliz Natal.