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Tréguas

A História da Origem da Série:


Um vizinho Infernal
Livro 04
R.L. Mathewson
Equipe Pegasus Lançamentos

Envio: Soryu
Tradução: Cartaxo
Rev. Inicial: Quero
Rev. Final: Milena Calegari
Leitura Final: Renata de Lima
Formatação e Layout: Luisinha Almeida
Verificação: Chris Fernandes
Sinopse:
Esta é a história, ocorreu antes de tudo...

Elizabeth sabe o que se espera dela, a perfeição. Ela é a


filha de um conde e esperava se casar bem, dizer e fazer as
coisas certas, com um sorriso em seu rosto quando ela está
morrendo por dentro por uma chance de escapar. Graças a uma
herança que sua madrinha deixou para ela há anos, a chance
virá com seu próximo aniversário. Suas esperanças de fuga
terminarão abruptamente quando Robert, seu nêmeses1 de
infância, que ela não vê há mais de 14 anos, volta para sua vida
e faz tudo que pode para deixá-la louca, mesmo quando ele
rouba seu coração.

Ele a odiava.

Pelo menos, ele tentou odiá-la, mas era tão difícil odiar
alguém com quem ele não poderia viver sem. Ele tentou ignorá-
la, tentou se concentrar em qualquer coisa, menos ela, mas
nada funcionou. De alguma forma, ela fez seu caminho em seu
coração e começou a fazê-lo querer coisas que ele nunca
pensou ser possível, o fez sorrir e rir, mesmo quando ela
enlouquecia e começou um legado, transformando-o em...

Um Bradford.

1
O mesmo que Nêmesis - 1. Deusa da vingança. (Com inicial maiúscula.),
2. Ação de retaliação ou de vingança.
.

3. Pessoa que se vinga ou quer vingança.


4. Adversário ou obstáculo difícil de derrotar.
Glossário de Tréguas
Laranjal: Prédio onde laranjeiras estão alojadas e
mantidas aquecidas.

Ton: As pessoas da moda, os nobres, etc.


Licença especial: Uma licença comprada a fim de abrir
mão da exigência de ler os proclamas antes do casamento.
Permiti que o comprador se case rapidamente.
Governanta: Responsável pela casa.
Lacaio: Servidor uniformizado.
Carruagem: carruagem puxada por cavalos.
Temporada: Uma parte tradicional do ano, quando as
famílias nobres vão a Londres para bailes, atividades, etc,
com a esperança de casamento, para pôr em dia as últimas
fofocas e passar o tempo com os amigos.
Prometido: Prometida, noivos.
Pudim: Uma sobremesa doce.
Pretendente: Um homem com as intenções de casamento.
Esmola: contribuição de caridade.
“Herdeiro e a reposição”: termo utilizado para descrever
o herdeiro e o segundo filho homem que vai herdar e
continuar a linha se o macho primogênito não conseguir
fazer o seu dever ou morrer.
Alcova: Quarto.
Quebra rápida – Break fast: Quebrando o jejum, comida
rápida desde a noite anterior. Primeira refeição. Café da
manhã
Caçador de Fortuna: Um homem ou uma mulher que
procura casamento com o único propósito de obter uma
fortuna.
Stone (como em peso): É uma unidade de peso.
Transporte: veículo puxado a cavalo.
Sociedade: Grupo de nobres, as suas regras, as
expectativas, os costumes, etc.
Bainha: Preservativo.
Minx: Pode ser um termo insultante, mas neste livro é um
termo carinhoso para uma mulher que gira o nariz para
decoro.
Pergaminho: Papel.
Solteirona: Uma mulher solteira que passou do seu auge.
“Direct Cut”: Ignorado, empurrado para fora do círculo
social, o desprezo final.
Salão: Área para sentar.
Magistrado: Aplicação da lei local.
Penico: Recipiente usado como banheiro.
Amante: Uma mulher que é dada conforto, dinheiro,
presentes, como parte de um acordo para estar disponível
para as atenções de um homem como parte de um acordo
de negócios. Não há emoções, sem promessas, apenas
intimidade.
Casa de Tolos: Hospital psiquiátrico.
Reticulo: bolsa de uma mulher.
Prólogo

Dias atuais Massachusetts

— Você não está fazendo certo.

Ele ia estrangular o filho da puta com as próprias


mãos, Jason decidiu enquanto ele ignorou o bastardo
pairando sobre ele. A festa era em duas horas e ele não
estava perto de terminar o presente de Haley. Quatro
meses de trabalho nesta maldita coisa no início da manhã e
a última coisa à noite e ele ainda não tinha terminado.

Graças a Deus, seu pai tinha começado a incomodar a


merda fora dele há seis meses para conseguir isto pronto.
De primeira ele deu de ombros, decidindo que ele poderia
esperar até o último minuto, mas, em seguida, seu pai, tios
e alguns de seus primos começaram a compartilhar suas
histórias de horror até que ele decidiu que talvez fosse
melhor apenas acabar com isso.

Quatro pontos, uma citação por invasão, duas


queimaduras de segundo grau, dez enxaquecas, um par de
jeans destruído, duas mil milhas em seu carro, mais de
uma dúzia de noites sem dormir mais tarde e ele estava
xingando seu tatara-tatara-tatara-tatara-bisavô ao inferno
e voltou por iniciar esta besta tradição em primeiro lugar.
Teria realmente matado o desconsiderado bastardo sair e
comprar para sua esposa um colar para o seu quinto
aniversário em vez de fazer um e condenando todos os
seus descendentes a esta besteira de tradição? Ele
realmente não pensou assim, especialmente desde que o
homem havia supostamente sido o irmão de um conde
muito rico.

— Que diabos isto deveria ser? — Perguntou Trevor,


levando uma mordida grande de...

— Esses são meus brownies, seu bastardo! — Jason


estalou, arrebatando o brownie meio comido da mão de seu
primo.

Com um rolar de olhos e um pequeno suspiro irritado,


Trevor estendeu a mão e arrancou o brownie da mão de
Jason e empurrou-o na boca antes de Jason pudesse roubar
seu precioso brownie de volta. O colar destroçado
momentaneamente esquecido, ele se levantou e empurrou
o seu primo para fora do caminho para que ele pudesse se
certificar de que o resto de seus preciosos bebê estavam
bem. Ele sentiu seu coração quebrar quando ele se
aproximou do balcão da cozinha e viu o que restava do
prato de brownies que Haley tinha feito para o seu lanche
da manhã.

— Como você pôde? — Perguntou Jason, oco, pegando


o prato vazio e rezando para que seu primo houvesse
perdido um delicioso petisco ou dois, mas não havia
esperança.

O mais provável era que o bastardo tinha lambido o


prato limpo.

— Eu estava entediado, — disse Trevor com um


encolher de ombros enquanto se sentava à mesa da
cozinha e se inclinou para dar uma olhada melhor no colar
mutilado que Jason estava desesperadamente tentando
terminar a tempo para a festa.

— Se você está entediado, então que me ajudasse, —


disse Jason, lançando um olhar nervoso para o relógio e
tentando não estremecer com a quantidade de tempo que
ele tinha perdido reclamando sobre a perda de suas
preciosas guloseimas.

— Não é possível, — disse Trevor com um encolher de


ombros.

— Por que não? — Jason perguntou, sentando-se ao


lado de Trevor e pegando a pequena pérola de pedra
branca que ele tinha feito de uma das pedras que ele tinha
conseguido roubar da área da piscina da antiga casa de
Haley.

Ele realmente desejou que eles não tivessem vendido


a casa para aquele bastardo velho ranzinza. Ele tinha
tomado uma grande alegria em se recusar a dar Jason
algumas pedras da área da piscina para que ele pudesse
fazer a Haley um colar para o seu quinto aniversário. Na
verdade, ele realmente desejava que ele tivesse trazido um
bife com ele mais tarde naquela noite, quando ele tinha
sido forçado a pular a cerca para que pudesse pegar um
par de pedras. Então, novamente, o bife, provavelmente
não o teria salvo do pequeno cão psicótico com o arco cor
de rosa que tinha tomado o seu trabalho como cão de
guarda um pouco a sério demais.

— Porque você tem que fazer o colar por si mesmo do


início ao fim, — Trevor apontou, desnecessariamente uma
vez que todos os meninos Bradford conheciam as regras
para essa tradição no momento em que faziam dez anos de
idade.

— A festa é em menos de duas horas, — Jason


apontou, na esperança de que seu primo ignorasse a
tradição e o ajudasse. Ele não queria decepcionar sua
esposa e com certeza não queria quebrar uma tradição que
os homens de sua família consideravam sagrada.

— Então eu sugiro que você pare de reclamar e


continue fazendo, — disse Trevor com um sorriso de
satisfação quando fez um gesto para Jason começar a
trabalhar.

— O seu quinto aniversário está chegando em breve,


idiota, então eu não ficaria tão malditamente arrogante se
eu fosse você. Você vai precisar de ajuda, — disse Jason
incisivamente quando ele gesticulou para a corrente de
prata fina.

— Em três anos, — disse Trevor no mesmo tom


presunçoso que estava começando a irritá-lo.

— Você vai precisar de ajuda no momento, — Jason


mordeu com força enquanto ele organizou os pequenos
sacos plástico em ordem, ou pelo menos, o que ele
esperava que fosse a ordem correta.

— Ao contrário de você, eu não esperei até o último


minuto. Assim que percebi que Zoe não podia viver sem
mim, eu comecei a trabalhar em seu colar, — explicou
Trevor quando ele se inclinou para trás, fazendo um show
ao relaxar.

— Você não tinha que pedir-lhe para casar com você?


— Jason apontou, simplesmente para irritá-lo.

— Eu acabei de deixar todo mundo pensar assim.

— Uh huh, — disse Jason, trocando o saco que estava


segurando a pequena pedra cinza pérola com o saco com a
pequena escura, quase preta, pedra talão. Ele fez isso a
partir da pedra que tinha pego do estacionamento do bar
onde tinha levado Haley naquela noite fatídica, quando ela
lançou os punhos adoráveis de fúria pela primeira vez.

— Você ainda não terminou? — Jarred, seu pai, bufou


em desgosto quando ele passou por eles em seu caminho
para o balcão da cozinha.
— Quase, — disse ele, na esperança de que não era
uma mentira.

— Onde diabos estão os meus brownies? — Seu pai


exigia.

— Jason comeu-os, — disse Trevor rapidamente,


certificando-se de parecer devidamente chocado quando o
desgraçado fez o seu melhor para ferrá-lo.

— Seu bastardo egoísta! — Seu pai assobiou em


indignação, fazendo-o desejar que ele não tivesse que
terminar este colar para que pudesse chutar o traseiro
mentiroso de seu primo.

— Haley trouxe dez pratos para a festa, — Jason


apontou, na esperança de que seu pai e seu primo fossem
morder a isca e darem o fora daqui para que pudesse se
concentrar na tarefa em suas mãos.

— Maldição! — O pai retrucou, puxando uma cadeira


para longe da mesa e sentando-se em agitação. — Não
haverá mais nada no momento em que chegar lá, — seu
pai mordeu com um muxoxo. Com uma maldição
murmurada, Jason revirou os olhos para o choramingo de
seu pai, quando freneticamente reorganizou a ordem dos
pequenos sacos.

— A festa não é por duas horas, — Jason apontou,


sem se preocupar em olhar para cima quando ele colocou
as contas de pedra artesanais no que orou que estivessem
na ordem correta. — Se você sair agora, Haley
provavelmente vai deixa-lo ter um prato inteiro para si
mesmo para prendê-lo até que a festa comece, — ele
murmurou distraidamente.

— Ainda não posso ir, — o pai resmungou.

— Por que não? — Jason perguntou, arriscando um


olhar para o relógio e fazendo uma careta quando percebeu
que dez minutos tinham se passado.

Merda!

— Tradição, — disse seu pai e primo em uníssono,


fazendo-o franzir a testa em confusão.

— O que diabos você está falando? — Perguntou


Jason, atirando ao relógio do micro-ondas um último olhar
ansioso antes de olhar de volta para baixo, para os sacos
de contas de pedra.

— Tal como o seu pai, é o meu trabalho contar a


história por trás dessa tradição, — seu pai começou a dizer,
apenas para atirar a Trevor uma piscadela, — será o meu
trabalho para contar-lhe também.

— Eu já ouvi a história, — disse Jason, suspirando


pesadamente enquanto olhava para duas contas de pedra
cinzenta que não poderia na vida lembrar qual era qual.
— Bem, você vai ouvi-la novamente, então pare de
reclamar! — Seu pai agarrou antes que ele resmungasse:
— Eu estou morrendo de fome, — e fazendo Jason rir.

— Além disso, — seu pai continuou em um tom mais


calmo, — seu tio Ethan está dizendo a Haley a história, no
mesmo instante que falamos.

— Tradição? — ele perguntou, com um sorriso olhou


para cima para encontrar seu pai jogando um olhar
melancólico para o prato vazio de brownie, sem dúvida na
esperança de que um outro grupo de brownies de repente
aparecesse.

— Haley, deixou um pequeno prato de rolos de dedo


na geladeira, caso eu ficasse com fome, — disse ele, tendo
piedade de seu pai.

— Sente-se a sua bunda de volta! — Seu pai virou-se


para Trevor quando o bastardo ganancioso empurrou para
longe da mesa e deu um passo na direção da geladeira.

— Estou morrendo de fome! — Trevor reclamou, mas


ele sentou.

— Malditamente mau demais! Preciso de sustento se


eu vou contar essa história, — disse o pai, parecendo
irritado quando ele invadiu até a geladeira, pegou o prato
de pães de sanduíche, torta de cereja e sobra do galão de
leite com chocolate.
— Isso é o leite das crianças, — Jason apontou,
voltando sua atenção para fazer o colar.

Ele ouviu seu pai resmungar algo quando fechou a


porta da geladeira. Quando olhou para cima, alguns
segundos depois, ele não ficou surpreso ao ver que seu pai
havia devolvido o leite e pego o galão de chá gelado ao
invés. O homem pode ser obcecado com a comida, mas ele
nunca estaria disposto a levar comida longe de seus netos.
Nenhum macho Bradford faria. Seus filhos e esposas
vinham em primeiro lugar e faziam muita questão que eles
estivessem bem providos.

— Aqueles parecem bons, — disse Trevor, apontando


para o prato de pães de sanduíche. — Posso ter um dos...

— Não! — Seu pai mordeu fora, olhando quando ele


levou o prato grande longe de Trevor.

— Estou morrendo de fome! — Trevor lamentou.

— Então morra de fome!

— Seu bastardo egoísta!

— Podemos ir em frente? — Disse Jason, cortando seu


pai, que parecia estar a segundos longe de levar Trevor
para o chão em um estrangulamento.

— Tudo bem, — disse seu pai, jogando a Trevor um


último olhar antes de pegar um rolo de salada de atum e
voltado sua atenção para Jason. Limpando a garganta, seu
pai se mexeu na cadeira antes de começar.

— Era uma vez...

— Você está brincando comigo? — Perguntou Jason,


balançando a cabeça em desgosto.

— O quê? — Jarred exigiu, dando uma mordida de seu


sanduíche.

— Você está realmente iniciando-a assim? — Jason


exigiu, partilhando um olhar de desgosto com Trevor, que
estava avançando a mão para o prato de sanduíche.

Seu pai estreitou seus olhos nele.

— Se eu quero começar essa história com “Era uma


vez”, então é assim que eu vou malditamente contar a
história!

Jason esfregou as mãos pelo rosto, realmente não


tinha tempo para esta merda.

— Tudo bem, conte a sua maldita história, — disse


ele, focalizando sua atenção de volta para o colar.

— Eu vou, — disse o pai com uma fungada seguido


pelo som de uma mão sendo golpeada.

— Ai!

— Esses são meus sanduíches!


— Pai, — disse Jason, sem se preocupar em olhar para
cima quando incitou seu pai para ir em frente.

— Oh, certo, — disse o pai, incisivamente pigarreando.


— Era uma vez...
Capítulo Um
1809
Londres, Inglaterra

Hyde Park.... Um pouco depois das 04:00.

Lá estava ele, seu príncipe, Elizabeth pensou,


suspirando feliz enquanto observava o homem com quem ia
se casar. Ela sorriu melancolicamente e se movimentou
para o outro lado da árvore para obter um melhor olhar
para James, seu James, antes que sua governanta pudesse
encontrá-la e arrastá-la para longe.

Apesar da casa de sua família em Londres estar perto


deles, ela não o via desde que tinha chegado há uma
semana. Suas casas não eram tão perto como suas
propriedades rurais eram, mas James raramente visitou
sua família lá. A única vez em que teve a oportunidade de
vê-lo mais, foi quando veio a Londres para a temporada e
mesmo assim, ela quase nunca tinha a chance de vê-lo
tanto quanto ela gostaria. Ele era um homem muito
ocupado pela cidade depois de tudo. Sabendo que
provavelmente seria algum tempo antes que ela o visse
novamente, ela tinha que ter uma outra olhada em James e
fazê-la durar.

Algum homem poderia ser mais perfeito? Não, ela não


pensava assim. Só James, apenas o James dela era
absolutamente perfeito. Ela mordeu o lábio e viu quando
ele se inclinou sobre a mão de sua mãe e deu um beijo
suave na parte de trás antes de liberá-la. Elizabeth
suspirou feliz quando ele se levantou, principalmente
porque concedeu-lhe uma melhor oportunidade de olhar
para ele. Ele usava um terno preto deslumbrante com uma
camisa branca. Seu cabelo castanho foi cortado curto hoje,
mas ela ainda podia ver os pequenos cachos que ela
amava.

Ele era, em uma palavra, maravilhoso.

Aos vinte e quatro anos de idade, ele era além de


perfeito. Ele era bonito, educado, rico, inteligente,
engraçado e encantador. Todo mundo achava isso. Homens
queriam ser ele e as mulheres queriam casar com ele. Esse
último pensamento fez seu rosto esmagar-se. Não, mamãe
disse que ele era jovem demais para se casar. Ela disse que
a maioria dos homens da sua estação não se casaria até
fossem mais velhos e mais estabelecidos, o que quer que
seja que isso significava. Tudo que ela sabia era que ele
estava aqui e era perfeito. Com esse pensamento em
mente, ela lançou outro suspiro sonhador.

— Boo! — De repente alguém gritou assim quando ela


foi empurrada para frente, fazendo-a pular e gritar de
terror. Coração batendo forte em seu pequeno peito, ela se
virou para ver que monstro tinha descido da árvore para
atacá-la.
— Você! — ela murmurou a palavra perfeitamente,
dando ao pequeno tirano na frente dela o mais frio, altivo
brilho que ela poderia reunir. Felizmente, ela tinha duas
irmãs mais velhas, que a tinham ensinado bem.

O menino ficou momentaneamente atordoado sem


palavras com a reação dela, antes que ele se inclinasse
com o riso incontrolável.

— Ah... você... devia... ver... sua... cara! — Disse ele


através de fortes ataques, muito chatos de riso.

Elizabeth passou as mãos pequenas sobre seu vestido


rosa e olhou para baixo do nariz para ele. Bem, ela tentou,
pelo menos. Era muito difícil olhar para baixo em alguém
mais alto do que ela.

— Você, Robert Bradford, é um menino bestial! — Ela


disse em voz alta, talvez um pouco alta demais, se o riso
em erupção em torno deles era qualquer indicação.

O rosto de Robert virou um tom interessante de


vermelho quando Elizabeth estreitou os olhos em seu
nêmeses e estudou seu rosto, na esperança de encontrar
alguma prova de que esse menino era um impostor. Era
simplesmente impossível que um menino tão bruto, de mau
gosto e pequeno poderia estar relacionado ao James dela.
Este menino tinha os mais escuros, quase pretos, cabelos,
olhos verdes, em vez dos olhos castanhos de James e não
tinha no mínimo um pouco de boa aparência. O menino
tinha aparência bastante caseira. Mesmo que sua mãe
dissesse isso, então tinha que ser verdade.

— E você cheira como a parte traseira de uma mula!


— Robert revidou alto o suficiente para que todos que
passassem os ouvisse.

Elizabeth sentiu seu rosto corar com veemência. Ela


olhou para trás a tempo de pegar suas irmãs tentando
esconder seus sorrisos de sua mãe dominadora. A mãe
delas jogou um olhar de aviso antes de voltar sua atenção
para Elizabeth. O olhar que ela enviou para Elizabeth era
um aviso claro de se comportar e não fazer uma cena.

As outras crianças ao redor deles pararam de jogar


para ver enquanto riam e apontavam para Elizabeth e
Robert. Lady Bradford parecia horrorizada com o
comportamento de seu filho ou de Elizabeth, ela não tinha
certeza e ela não se importava, porque neste exato
momento James estava rindo.

Dela!

Ela virou-se antes que ele pudesse ver as lágrimas


escorrendo pelo seu rosto.

— Você está chorando? — Robert perguntou,


parecendo horrorizado.

— Deixe-me em paz.
Ela tentou passar por ele, mas tendo apenas sete anos
de idade era bastante difícil ultrapassar um menino de doze
anos de idade, elevando-se que tinha plantado-se
firmemente em seu caminho.

— Eu sei que você gosta do meu irmão. Ele ri sobre


isso, você sabe. Todos nós fazemos, — disse Robert com
orgulho.

Ela suspirou alto.

Ele sabia?

Ele ria?

Ah, não, isso era ruim. Isso foi muito ruim. Ela tinha
sido tão óbvia? Sua própria família nunca disse nada. Eles
sorriram para ela quando eles sabiam que estava indo para
ver os Bradfords, mas isso foi só porque ela gostava dos
Bradfords, não era?

Ah, não, todo mundo sabia, ela percebeu com algo


próximo ao pânico. Ela tinha que sair daqui, rápido. Ela fez
outra tentativa para passar por Robert apenas para que ele
se movesse rapidamente para bloqueá-la.

— Qual é a pressa? Correndo para planejar o


casamento? — ele perguntou ironicamente.

Lentamente, Elizabeth se virou para ver seus pais,


irmãs, Lord e Lady Bradford, e James andando em direção
a eles. Ela queria chorar tudo de novo quando viu que sua
irmã Heather estava pendurada no braço de James. Ela
tinha dezoito anos e esta era a sua primeira temporada. Ela
era simples, chata e irritante, mas pelo menos ela poderia
tocá-lo. Elizabeth sentiu seu pequeno coração quebrar.

— Você sabe que você é a irmã mais feia, não é? E


você é gorda também! — Robert acrescentou. Ele olhou em
volta, sorrindo para as risadas que os outros meninos
estavam enviando para ela, e claramente se divertindo às
suas custas.

Elizabeth tinha gordura de bebê, mas ela iria crescer


fora dela. Sua governanta e seu pai haviam prometido que
era apenas uma fase. Ela pegou um dos meninos fazendo
gestos rudes com as mãos, indicando um estômago grande
apontando para ela e para seus amigos.

— Pare com isso! — Ela chorou.

Isso só o fez rir mais alto e o sorriso de Robert ficar


enorme. Ela olhou para trás, esperando que Mary viesse
em sua ajuda. Sua irmã já não estava sorrindo. Ela se
preocupava com Elizabeth, ela realmente se preocupava.
Infelizmente, Mary ainda estava a uns bons dez metros de
distância. Elizabeth poderia dizer que sua irmã estava
chateada, mas ela sabia que Mary não podia correr mais e
ajudá-la. Mulher casada ou não, sua mãe estaria devastada
se alguma delas fizesse algo impróprio que traria o
constrangimento da família, especialmente desde que era a
primeira temporada de Heather.
Eles não pareciam estar chegando em sua ajuda
rapidamente em tudo. Na verdade, eles aparentavam como
se estivessem tomando um relaxante passeio pelo parque.
Eles realmente pararam para conversar com Lady Newman.
Lady Newman! Ela era a maior fofoqueira da Ton! Sua filha
irritante Penélope estava com ela. Ela era tão má como a
mãe, e também estava olhando para baixo do nariz muito
fino em Elizabeth.

— Vamos, Beth, qual é o problema? Você não quer


passar por cima e dar a seu noivo um beijo grande e
gordo?

— Chega, Robert, — disse James, rindo.

Elizabeth não podia olhar para trás. Não, ela não faria
isso. Ele estava rindo dela, de novo. Seu doce, encantador
James, que tinha beijado seu cotovelo raspado quando ela
tinha cinco anos, estava rindo dela.

Era isso, ela não se importava se todas as crianças de


Ton rissem dela e fizesse piada com ela. Ela não se
importava se era a garota mais gorda, mais feia do mundo.
Ela não seria forçada a ficar aqui e ouvir enquanto James
ria dela.

Isso tudo era culpa de Robert.

Naquele momento, ela decidiu fazer algo que seus pais


tinham especificamente a proibido de fazer. Na verdade,
depois que foi feito, ela sabia que seu pai iria espancá-la
profundamente, mas valeria a pena. De alguma forma, ela
se forçou a parar de chorar e sorriu docemente para Robert
como ela se preparou para um mês sem pudim e um fundo
dolorido.

~*~

O sorriso dele vacilou quando olhou para ela. Suas


pequenas bochechas rechonchudas foram empurradas para
um sorriso que era um pouco inquietante. Ela parecia...
perigosa. Ele lambeu os lábios nervosamente, perguntando
o que ela estava fazendo.

— Robert, eu não entendo por que você está sendo


tão bobo agora, você sabe o quão perigoso isso pode ser,
— disse ela, um pouco alto demais para o seu gosto. Todas
as crianças assistindo se aproximaram, ansiosos para ver
como isso ia acabar. Alguns dos adultos também pareciam
bastante divertidos com o entretenimento da tarde, mas
não ele. De repente, ele sentiu a necessidade incontrolável
de ficar longe da pirralha.

Robert tentou dar um passo para trás e ficar longe


dela, mas Elizabeth deu um passo mais perto, recusando-se
a conceder a sua fuga. De repente, ela parecia
estranhamente perigosa naquele vestido rosa claro.
Olhando pensativa, ela bateu um dedo no queixo.
— Se bem me lembro você disse para ter cuidado,
quando você ri fica muito animado, nervoso... — ela
começou a explicar.

Robert sabia onde ela estava indo com isso. A


bruxinha estava prestes a quebrar a promessa que os pais
dela haviam feito aos dele.

— Cale a boca! — Ele gritou quando desespero e medo


enrolaram na boca do estômago.

Ela continuou como se não tivesse ouvido.

— Quando você está ansioso ou aborrecido, porque, —


este é o lugar onde ela se inclinou conspiratoriamente, mas
ela não sussurrou, oh não, ela não sussurrou, gritou para
ele, — você vai molhar as calças, mais uma vez! Você sabe
que nós ainda não podemos tirar o cheiro do tapete do
salão, mas, novamente, foi só na semana passada que você
molhou as calças quando o meu cachorro pulou em você!
Na verdade, eu não sei o que era pior, o seu choro ou o
cheiro!

Buzinas barulhentas de riso pareciam encher o parque


quando ele estava ali, momentaneamente congelado em
estado de choque, quando a percepção de que o seu mais
profundo e escuro segredo foi revelado o atingiu.

— Robert Limonada, — ela disse em uma voz


melodiosa, insultando-o e fazendo a odiar ainda mais do
que ele pensava ser possível.
Os meninos estavam todos apontando e rindo dele.
Robert sentiu seu lábio inferior tremer. Esses meninos
frequentavam a escola com ele. Isso não estava
acontecendo, não podia estar acontecendo. Isso era ruim,
muito ruim e até mesmo quando ele esperava além da
esperança de que isto era um sonho que ele sabia que não
era. Ele também sabia que sua vida estava indo para se
tornar intolerável agora. De repente, todos os meninos em
torno deles apontaram para sua calça e riram mais alto.
Muitos deles tropeçaram e caíram no chão, incapaz de
conter a sua diversão.

Robert não estava ciente de que o líquido quente


estava escorrendo nas pernas até aquele momento. Ele
olhou para baixo, rezando para que fosse apenas sua
imaginação, mas não era. Suas calças marrons estavam
encharcadas completamente em torno de sua virilha.

— Robert Limonada! — As crianças em coro. — Robert


Limonada!

Ele virou-se para olhar para Elizabeth, que usava um


pequeno sorriso satisfeito no rosto. Isso foi culpa dela! Ele
empurrou-a profundamente. Ela cambaleou para trás, mas
não caiu. Suas sobrancelhas se uniram e ela se aproximou
dele, olhando determinada. Robert estava preparado para
empurrá-la novamente ou puxar o cabelo dela quando viu
seu pequeno punho navegar através do ar na direção dele.
Ele cambaleou para trás, tropeçou numa raiz e caiu de
costas. Novas gargalhadas irromperam em torno deles. Não
só ele estava chorando e molhou as calças, mas agora a
gordinha de sete anos de idade, tinha o derrubado na
frente de todos!

— É melhor não esquecer de trazer a sua babá com


você no próximo semestre, Robert Limonada! — Um
menino gritou.

— Sim, não quero todas as manchas amarelas


indecorosas sobre o colchão!

— Eu odiaria ser seu companheiro de quarto. Você


pode imaginar o cheiro de vinagre durante todo o ano? —
Os meninos gritaram, insultando e provocando.

Robert arrastou-se a seus pés e olhou para Elizabeth


Stanton. Um dia... um dia ele iria voltar para ela. Ele teria
sua vingança.

Na frente de todos ela virou as costas para ele apenas


a tempo para o pai dela agarrá-la discretamente e
transportá-la.

Robert estava lá, com as mãos enroladas em punhos,


ignorando as preocupações de sua família, os risos e
zombarias focado na imagem recuando de Elizabeth quando
ela deixou o parque. Um dia em breve...
Capítulo Dois
1824

— Isto é para o seu próprio bem, Elizabeth!

— Você disse isso no ano passado, — ela apontou,


sem se preocupar em levantar a voz ou até mesmo olhar
para cima de seu livro quando ela virou a página e se
acomodou mais confortavelmente em sua cadeira.

— E teria sido se você tivesse aceitado uma proposta!


— Seu pai defendeu obstinadamente. Ele continuou
tentando erguer a porta da biblioteca aberta para que
pudesse arrastá-la para Londres, onde ela seria forçada a
assistir bailes e jantares, noite após noite enquanto seus
pais empurravam cada homem com um título no seu nome
em sua direção.

Ela não queria se casar por um título, mas eles se


recusaram a ouvi-la e agora ela foi forçada a tomar o
assunto em suas próprias mãos, a barricada na biblioteca
não iria impedi-los de arrastá-la para Londres, mas pelo
menos poderia comprar-lhe um pouco mais de tempo para
relaxar antes de ser obrigada a suportar a agitação de
Londres. Iria também, provavelmente, levar seu pai a...

— Ok, — ele disse, soando sem ar, — vamos discutir o


assunto.
Reprimindo um sorriso triunfante, ela colocou seu livro
para baixo, alisou a saia e caminhou até a porta, mas ela
não a abriu, não era tola, afinal. Não havia nenhuma
dúvida em sua mente que seu pai agora tinha pelo menos
dois homens de pé com ele, do outro lado da porta
esperando para agarrá-la e arrastá-la para fora.

— Eu estou ouvindo, — disse ela, recostando-se contra


a parede, enquanto esperava para ver o que ele estava
disposto a oferecer em compensação se ela
voluntariamente passasse mais uma temporada.

Houve uma pequena pausa antes dele perguntar,

— Você não vai abrir a porta?

E cometer o mesmo erro que suas duas irmãs mais


velhas tinham feito quando elas foram forçadas a tomar a
mesma ação? Não, ela realmente não achava que seria
sábio. Além disso, ao contrário de suas irmãs, ela não
poderia ser comprada e ele sabia disso. Ela não se
importava com vestidos, sedas, sapatos, fitas, joias,
compras ou qualquer número de coisas que as outras
mulheres de sua família amaram e seu pai usava contra
elas, quando surgia a necessidade.

Não que ela não gostasse de coisas bonitas, ela


gostava. Ela simplesmente não se importava o suficiente
sobre elas para ceder às demandas de seu pai ou justificar
gastar uma pequena fortuna com elas. A maioria das
pessoas considerava que ela fosse estranha e talvez ela
era, mas ela realmente não se importava.

— Eu abrirei essa porta eventualmente, — ele disse,


soando esperançoso que seria o suficiente para assustá-la
para abrir a porta e ir para a sua condenação em voz baixa.

Não foi.

— E então eu vou encontrar outra maneira de evitar ir,


— disse ela, sorrindo quando ele soltou o grunhido irritado
que normalmente funcionava com suas irmãs.

— O que você quer? — Ele perguntou com cautela,


sem dúvida esperando que ela pedisse algo escandaloso.

Ele a conhecia tão bem, ela pensou com um sorriso.

— Eu quero a minha independência, — disse ela, não


muito surpresa quando ele soltou mais um daqueles
rosnados ferozes.

— Isto de novo? Sério? — Ele exigiu, exasperado.

— É o que eu quero, — disse ela, se perguntando o


quão cedo seria capaz de convencê-lo a deixá-la ir para sua
propriedade no norte.

Tecnicamente, ela deveria esperar até o seu vigésimo


quarto aniversário para aceitar o controle de sua herança,
mas desde que seu dinheiro e propriedade deveriam estar
sob seus cuidado, ele poderia deixá-la ir quando quisesse.
Infelizmente, ele não estava ansioso para permitir que sua
filha mais nova se afastasse e vivesse sem supervisão, o
que foi por isso que ele estava arrastando-a para Londres.

Ele estava desesperado para vê-la casada e sua


herança nas mãos de um homem capaz. Na verdade, neste
momento, ele provavelmente estaria feliz em ver sua
herança nas mãos de um homem que a teria. Neste
momento ele controlava sua vida e, em sua mente, a
manteve segura, mas tudo isso ia mudar em apenas poucos
meses e ela não podia esperar.

— Eu quero que você tenha uma última temporada


antes de fazer algo tolo, — ele mordeu fora.

— E eu não quero ter que ficar toda a temporada.

Um suspiro longo sofrido chegou a seus ouvidos e ela


sabia que ela tinha acabado de ganhar... Mais ou menos.

— Espero a sua total cooperação. Você vai assistir a


cada baile, jantar e musical que sua mãe puder reunir um
convite. Você vai permitir que os homens te cortejem, mas
você vai favorecer os homens que nós aprovamos com seu
tempo. Você não vai sabotar isso de forma alguma e, em
troca, eu vou acompanhá-la até sua propriedade norte dois
meses antes, — disse ele, e ela sabia que era
provavelmente a melhor oferta que ela ia receber, mas
ainda...

— Três meses mais cedo, — disse ela, na esperança


de que ele iria aceitar a sua contraproposta.
— Eu não sou muito de uma tarefa simples, minha
cara, — disse ele com um suspiro de diversão.

Ele realmente era, mas ela decidiu que agora não era
o momento de apontar isso para ele. Provavelmente,
também não era o momento de apontar que ele tinha
acabado de concordar em deixá-la ir embora quando a
temporada começasse oficialmente, ela decidiu enquanto
abriu a porta e se preparou para dois meses de pré-
temporada do inferno.

~*~

2 semanas mais tarde...

Londres, Inglaterra

— Realmente, Elizabeth!

Elizabeth ignorou sua mãe quando ela sorriu para o


jovem, deslocando nervosamente na frente dela. Jovem
pode não ser uma descrição apropriada para um menino de
dez anos de idade, mas ele ia certamente agir como um.

— Eu p-posso carregar suas malas, minha senhora. —


O menino disse quando ele empurrou o cabelo muito longo
para trás com os dedos sujos.

Elizabeth se inclinou para olhar o menino nos olhos.

— Esse é um trabalho muito importante. Você acha


que pode fazer isso?
O menino assentiu com entusiasmo enquanto tentava
o seu melhor para reprimir um sorriso.

— Hmm, eu tenho um dia muito ocupado hoje. Eu vou


precisar de alguém para esperar do lado de fora das lojas
para mim e trazer minhas malas para carruagem. Isso é
um trabalho difícil e pode demorar algumas horas. Você
acha que você pode lidar com um trabalho tão grande? —
ela perguntou em tom sério, reprimindo seu próprio sorriso.

— Eu posso fazer isso! Honestamente, eu posso!

— Qual o seu nome? — Ela perguntou.

— Realmente, Elizabeth! Isso está além dos limites! —


Sua mãe disse em um acesso de raiva. — Não se apresse
com este absurdo. Temos muito que fazer hoje para perder
tempo com gente como ele.

Ela esperou até que sua mãe saísse, notando a


expressão abatida do menino.

— Seu nome? — perguntou Elizabeth baixinho.

— Toby, minha senhora, — disse ele, olhando para o


chão e parecendo miserável.

— Bem, se você ainda quer o trabalho eu preciso de


um bom homem para me ajudar hoje. Agora, como você
pode ver a minha primeira parada é aqui nesta loja para ter
certeza que meu vestido se encaixa apenas perfeitamente.
Se você pudesse estar disponível em uma hora Eu
realmente aprecio isso, Toby.

Olhando confuso, ele balançou a cabeça lentamente.

— O que eu faço até lá, minha senhora?

Ela tirou cinco xelins e entregou-os ao rapaz. Seu


rosto se iluminou. — Milady, isso é demais para o
transporte de sacos!

— Calma, eu quero que você tome isso e vá arranjar


algo para comer e manter-se aquecido. — Ela apontou para
os dois meninos pequenos que tentavam se esconder atrás
de uma carruagem. — Eu suspeito que seus irmãos
poderiam ter algo para comer também.

Toby olhou para os meninos. Seu rosto ficou vermelho


de vergonha.

— Eles não são meus irmãos, minha senhora. Eles


pertencem à família que eu vou ficar.

— Basta estar de volta em uma hora e certifique-se de


comer algo saudável. Salve os doces para mais tarde, —
disse ela, o mandando embora com um sorriso.

Toby assentiu e saiu correndo. Elizabeth observou


quando Toby reuniu os meninos que não poderiam ser mais
velhos do que quatro e cinco anos de idade. Quebrou seu
coração ver as crianças na rua.
Ela agradeceu o lacaio segurando a porta aberta para
ela e caminhou para dentro da loja, não se surpreendeu ao
encontrar a mãe e a irmã franzindo a testa para ela.

— Realmente, Elizabeth, Papa não lhe dá uma mesada


para gastar com os gostos deles. Ele dá as suas esmolas a
cada mês. Isto é insultá-lo para dizer o mínimo, — Heather
cheirou quando ela tentou olhar para baixo de seu nariz
rechonchudo em Elizabeth, mas ela não se importava.

— Não se preocupe em pedir ao seu pai mais dinheiro,


se você optou por desperdiçá-lo, então esse é o seu
problema, — acrescentou a mãe.

— Eu nunca faço, — disse ela suavemente quando ela


se preparou para a tortura que ela teria de suportar ao
longo das próximas horas.

Sua família não entendia por que ela usava sua


mesada para ajudar os menos afortunados, em vez de
novas bugigangas, fitas e tal, bem, isso não era verdade.
Mary compreendia perfeitamente. Ela era a única que tinha
ensinado a Elizabeth compaixão. Só de pensar em Mary a
fez sorrir, iria vê-la esta noite.

Seus pais estavam arrastando-a a todos os bailes,


jantares e eventos sociais que poderiam encontrar de
acordo com o seu acordo. Eles estavam agindo um pouco
desesperados, embora ela estava sendo cortejada por
vários homens. Não era difícil adivinhar o porquê. Ela
recusou cinquenta e cinco propostas nos últimos cinco anos
e os pais dela estavam ficando preocupados que eles teriam
outra solteirona em suas mãos.

Não era que ela não queria se casar. Ela só não queria
se casar com nada menos do que o amor. Mary encontrou o
amor e ela estava determinada a também achá-lo. Havia
uma coisa que tinha certeza, ela não estava indo para
encontrar o amor em uma das partes da ton com o mesmo
lote triste velho que ela tinha crescido. Ela sabia que não ia
encontrar o amor em algum salão de baile antigo
empoeirado ou entre o grupo que tinha conhecido em sua
vida. Quando ela encontrasse o amor, seria em algum lugar
inesperado, sabia disso, pelo menos.

— Agora venha. Temos muito que fazer hoje.


Precisamos estar de volta antes das cinco, para que
possamos estar prontas na hora certa. Eu quero chegar a
tempo para você dançar a primeira valsa.

Elizabeth levantou uma sobrancelha para o


comentário. Por que sua mãe de repente estava
preocupada com ela perdendo a primeira valsa? Ela
geralmente gostava de chegar tarde, em todos os lugares.
De acordo com sua mãe, fazia para uma entrada melhor e
deixava os pretendentes de Elizabeth nervosos, que era a
forma como um pretendente devia ser deixado. Sua mãe
esperava que seus pretendentes ansiassem por ela e
estivesse em desespero se ela não chegasse a tempo.
Alguma coisa estava acontecendo e ela estava com medo
de que iria descobrir tarde demais para fazer qualquer coisa
sobre isso.

Uma hora mais tarde, Elizabeth e sua empregada


fizeram várias grandes encomendas. Fora da loja, ela parou
na frente e olhou em volta, Toby estava longe de ser
encontrado.

— Eu disse a você Elizabeth. Você é muito confiante,


— disse Heather com uma fungada quando passou por ela
carregando nada. Ela caminhou de braço dado com a mãe
para o seu próximo destino. Um lacaio carregava sua
grande pilha de pacotes para o transporte.

— Eu tinha certeza de que ele permaneceria, minha


senhora, — disse a criada com um sorriso que dizia o
contrário.

— Eu também tinha, — disse ela suspirando


pesadamente enquanto segurava os pacotes mais elevado.
— Não adianta se agitar sobre isso. O que está feito está
feito.

Na verdade, ela não se importava nem um pouco. Se


ele voltasse, teria encontrado uma maneira de dar-lhe mais
dinheiro sem insultar seu orgulho, mas se ele precisava
sair, então, estava bem. Ela não tinha nenhuma dúvida de
que o menino iria usar o dinheiro para encher a barriga e
isso era tudo que importava.
— Milady! — uma pequena voz gritou, parecendo
ansioso e sem fôlego.

Elizabeth olhou por cima do ombro para ver Toby


correndo em direção a ela. Seu cabelo castanho era levado
pelo vento e seus olhos cinzentos pálidos eram redondos
como pires.

— Eu sinto muito, minha senhora!

Ela assentiu com a cabeça e entregou seus pacotes


para o menino.

— Isso é bom. Você está aqui agora, — disse ela,


sorrindo para o garoto, satisfeito que ele tinha retornado.

— Eu estava tão preocupado que você iria encontrar


um outro rapaz. Eu juro que eu tentei voltar mais cedo,
minha senhora.

— Por que você demorou tanto? — Perguntou


rudemente sua empregada.

Elizabeth lançou lhe um olhar de advertência. Isso


pareceu funcionar, mas, infelizmente, não antes de
expressão esperançosa de Toby virar preocupada.

— Eu sinto muito. Timmy não está acostumado a um


estômago cheio, então eu tinha que leva-lo para casa, —
explicou em uma corrida.

— Isso é bom, Toby. Eu entendo muito bem. Devemos


estar fora? — Disse Elizabeth com um sorriso, na esperança
de mudar o assunto para que Toby fosse parar de se
preocupar sobre ser substituído.

Ele acenou com a cabeça.

— Qual é o seu carro, minha senhora?

Ela apontou para o carro preto do outro lado da rua


movimentada que levava o selo de sua família. Com um
aceno de cabeça, Toby saiu correndo do outro lado da rua e
quase deu a Elizabeth insuficiência cardíaca, quando por
pouco não foi atingido por um carro que passava. Ele
rapidamente entregou os pacotes para o cocheiro, correu
de volta para levar os pacotes de sua criada e entrega-los
para o transporte. Quando terminou, ele voltou para o lado
de Elizabeth e caminhou com ela para a próxima loja.

Para as próximas três horas Toby estava em seu sinal


e chamada, nunca se queixou sobre o número de pacotes
ou o comprimento da espera. Quando eles terminaram o
dia Elizabeth virou as costas para sua mãe enquanto elas
entraram no carro. Toby ficou na frente dela, deslocando
nervosamente.

— Me desculpe, eu estava atrasado, — disse ele em


voz baixa.

Ela lhe deu um sorriso tranquilizador.

— Está tudo bem. Você sabe onde fica Belford Manor?

Ele ficou em linha reta e assentiu.


— Bem, se você puder encontrar Belford Manor hoje à
noite, ir perto da cozinha e dizer-lhes Lady Elizabeth o
enviou. Devem ter algumas guloseimas muito deliciosas
para você, — ela prometeu a ele, esperando que o pessoal
da cozinha fizesse mais do que apenas dar ao menino
algumas guloseimas.

— Sério?

— Sim, — ela sorriu, — e eu suspeito que se você


oferecer alguma ajuda, você iria ganhar um pouco de
comida para levar para casa para seus amigos.

— Eu vou! Vou trabalhar realmente duro! — ele disse,


emocionado.

Ela enfiou a mão na bolsa e tirou uma nota de uma


libra. Ela entregou-o ao rapaz. — Isto é por fazer um
trabalho tão bom, Toby. Da próxima vez que eu estiver
comprando vou chamar por você pelo nome.

Seus dedos tremiam quando ele estendeu a mão para


a nota. Ele olhou como se pensasse que isso pudesse ser
uma piada cruel.

— Vá em frente, leve-o, — ela o encorajou. Ele fez,


lentamente.

— Obrigado, minha senhora, — disse, olhando para


ela. Elizabeth teve que morder o lábio para se impedir de
chorar. Toby sorriu timidamente para ela como se ela fosse
um anjo.
— Vá em frente agora. Cuide de si mesmo, Toby, e
certifique-se de encontrar um pouco de comida.

Ele balançou a cabeça com firmeza. — Eu vou, minha


senhora.

Ele viu quando ela subiu em seu carro com a ajuda de


seu cocheiro. Ele rapidamente escondeu a nota em seu
sapato e se afastou, sorrindo.
Capítulo Três

— Oh, pare de fazer beicinho, Robert, — disse sua


mãe provocando.

Ele olhou para ela do outro lado da carruagem.

— Eu não estou fazendo beicinho, — disse ele com


firmeza. — Eu só não entendo por que... Não, deixe-me
corrigir isso, como você conseguiu me convencer a isso.

Com um delicado encolher de ombros, ela explicou:

— Enquanto você estiver na cidade você vai passar


algum tempo com sua família. Além disso, você tem vinte e
nove anos de idade e realmente deve fazer uma aparição
ou duas na sociedade, se você já está pensando em fazer
uma boa combinação.

Ele abriu a boca para apontar mais uma vez que não
tinha planos de se casar, a menos que absolutamente
necessário, mas ela não tinha acabado.

— Não vai matá-lo participar de alguns bailes, jantares


e teatro para ajudar a encontrar uma nova esposa para
James. Parece bom para ele ter uma família unida. Faz as
mães se sentirem mais à vontade ter sua filha cortejada
por pretendentes que vêm de uma boa família.
James gemeu ao lado dele e ele não pôde deixar de se
sentir mal pelo seu irmão. Anos atrás, sua mãe havia
perseguido James incessantemente até que ele finalmente
se casou. Robert tinha a sensação de que seu irmão havia
se casado apenas para conseguir que a sua mãe parasse de
assediá-lo. Inferno, ele faria o mesmo se ela já começasse
com ele, mas felizmente ela sentiu que ele era jovem
demais para ser um bom marido para qualquer mulher.

Infelizmente para James, ele se casou com uma


mulher que não amava. Na verdade, Robert tinha certeza
de que ele ainda não tinha gostado da garota, não podia
culpar James se ele não tinha. Miranda tinha sido uma
cadela viciosa. Ela se orgulhava de ter o melhor de tudo e
vergonhosamente ostentava na cara de todos. Ela fez o seu
melhor para passar por seu dote, bem como participações
de James antes que ela morresse há três anos.

Foi um acidente infeliz. Bem, Robert gostava de


pensar que o destino interveio, dispensando um pouco de
justiça poética. O incidente tinha sido totalmente evitável
da parte dela. Ela viu uma mulher que sentia que era
inferior a ela através do vidro de uma loja, falar com um
atendente, enquanto apontava para um belo conjunto de
pérolas. De acordo com o lacaio de Miranda, ela murmurou
algo sobre a mulher não ter um conjunto melhor do que ela
e saiu do outro lado da rua, completamente alheia a
carruagem do correio correndo para baixo nela.
Desde então, James tinha desfrutado de um curto
adiamento de sua mãe, mas agora ela estava em pleno
vigor. James precisava se casar de novo. Ele era, afinal de
contas o próximo na linha para o título. Era seu dever se
casar e produzir um herdeiro. Robert encolheu
interiormente. Se James não se casasse e produzisse um
herdeiro em breve, sua mãe iria começar a discursar sobre
ele ser sua última esperança, mais uma vez. Isso não
funcionaria. Mesmo que tivesse que derrubar James e
arrastar o corpo para o altar, James estava se casando
novamente. Fim da história.

— Você ouviu o que sua mãe disse, Robert? — O pai


perguntou.

— Huh? — Robert olhou para cima para ver olhares


gêmeos de exasperação nos rostos de seus pais. — Er,
desculpe não, voando, — disse ele, gesticulando
preguiçosamente à cabeça.

— Eu disse que toda essa bobagem que você tem


sobre como evitar os Stantons precisa acabar. Pelo amor de
Deus você não é mais uma criança, Robert. Eu nem me
lembro do que a pobre moça disse ou fez que você se
aborrecesse por isso.

Oh, então eles estavam falando sobre os Stantons


novamente. Isso só poderia significar que eles esperavam
que os Stantons participassem do baile hoje à noite. Isso
foi bom. Ele gostava de Lord Norwood e sua esposa... Mais
ou menos, e ele gostava de Mary, e ele meio que gostava
de Heather embora ela o lembrasse da mãe dela. Elas
agiam como gêmeas. Elas faziam os mesmos comentários,
vestiam-se com o mesmo estilo, basicamente, elas
andavam, falavam e agiam da mesma forma. Ele
provavelmente evitaria as duas, tanto quanto possível. Em
seguida, havia Elizabeth.

Ah, ele iria evitá-la. Ele vinha fazendo isso com


sucesso por mais de uma década, por isso mais uma noite
não deve ser nada difícil.

— Robert Limonada, — James alegremente forneceu.

— Muito obrigado, — disse ele secamente, esperando


que sua mãe simplesmente o deixasse em paz.

James sorriu enormemente. — Não foi nada.

— É por isso que você os tem evitado como uma


praga? Por um nome? De todas as coisas ridículas Filho,
você tem 29 anos de idade. É hora de você agir como um
homem e superar esse absurdo, — o pai resmungou,
parecendo irritado como sempre fazia quando ele dava a
Robert esta pequena conversa.

— Bem, — James demorou, — em defesa de Robert os


dois não podem estar na mesma sala, sem causar uma
cena. — Ele levantou a mão para parar a mãe de falar
quando se tornou óbvio que ela estava morrendo de
vontade de dizer alguma coisa. — Eu percebo que eles não
estiveram no mesmo ambiente a mais de 14 anos, mas
você deve entender que ninguém, e eu quero dizer
ninguém, se esqueceu do seu apelido ou as circunstâncias
em torno do nome. Segue-o em todos os lugares.

Apanhando o olhar assassino de Robert, James atirou


uma piscadela e continuou.

— Mas, eu concordo com você. Ele precisa superar


isso, especialmente se quer escapar desse apelido terrível.
Ele não sai em uma sociedade civilizada. Ele mantém a si
mesmo e seus livros e, quando não está fazendo isso, está
fora em seu trabalho na mansão. Ele é muito sério.

— Você só está com inveja, porque eu fiz o meu


próprio caminho no mundo, — acrescentou Robert,
tentando irritar seu irmão o suficiente para parar a
conversa.

— Não acredito que estar fazendo uma fortuna fora de


sua herança conta como fazer seu próprio caminho no
mundo.

— Conta se era meu aniversário quando fiz dezoito


anos. Ao contrário de você, eu não a gastei em cartões e
pros... — seu pai limpou a garganta incisivamente para
lembrá-lo de que a sua mãe estava no carro, — er,
entretenimento. Levei meu dinheiro e investi e os reinvesti.
Agora eu tenho a minha própria fortuna e terras. Eu não
preciso me casar por dinheiro ou esperar por um título. —
Ele atirou um sorriso tímido para o pai quando percebeu
como isso soou. — Desculpe, pai.

Seu pai acenou-o.

— Eu sei que ninguém está me desejando uma doença


para ter em suas mãos o meu título. Estamos todos muito
orgulhosos de suas realizações, Robert.

— Obrigado, senhor, — Robert murmurou,


envergonhado com o rumo da conversa. Odiava falar sobre
sua pequena fortuna, principalmente com a família. Já era
ruim o suficiente para que as mães da ton estivessem
começando a olhá-lo avidamente, ansiosamente ignorando
sua reputação como um ancinho e um bastardo, em geral,
na esperança de ter suas filhas bem assentadas. Mal
sabiam elas que isso nunca iria acontecer.

Sua mãe bufou.

— O que é isso, Danielle? — Perguntou o pai.

Ela apontou para Robert.

— Ele fez isso de novo, Harold. Ele nos distraiu nesta


conversa, você não vê? — Ela voltou sua atenção em
Robert com um olhar de determinação de que realmente
enviou calafrios na espinha.

— Você vai ficar todas as quatro semanas que você


me prometeu. Eu não aceitarei quaisquer emergências
súbitas que surgem ao longo do seu espólio ou quaisquer
anotações de seu advogado. Você estará em seu melhor
comportamento e você não vai fazer uma cena. Você vai
fazer o seu melhor para ficar junto com Lady Elizabeth. —
Seus olhos se estreitaram nele. — E você vai prometer não
brigar no baile.

Ele rangeu os dentes. Seu temperamento não era tão


ruim assim. Ele não conseguia pensar em qualquer luta que
tinha entrado em que não tinha sido necessário. Sua mãe
só não entendia o que era ser um homem. Algumas coisas
não podem ser ignoradas.

— Eu prometo para o seu bem não brigar dentro do


baile. — Ele escolheu o seu texto com cuidado. Não há
necessidade de quebrar uma promessa a sua mãe quando
ele poderia começar em torno das indicações.

Ela assentiu com a cabeça.

— Mesmo assim, eu acho que vou ficar de olho em


você.

— É por isso que não me permitiu trazer o meu


próprio carro? — ele perguntou, de repente, muito certo
que foi a razão pela qual o intimidou para acompanhá-la
esta noite. Ele sabia que esse absurdo sobre sentir a falta
dele e que queria desfrutar de sua companhia durante a
viagem tinha sido um pouco demais, mesmo para ela.

Ela o ignorou, enquanto continuava.


— Se você não se comportar e fazer o melhor possível
para que seu irmão possa encontrar uma nova esposa, —
ela estreitou os olhos para fendas, — Eu vou pessoalmente
fazer a missão da minha vida encontrar uma esposa para
você.

— Oh meu Deus do céu, — Robert engasgou. Era


exatamente o tipo de ameaça que iria funcionar. Ele não
queria uma esposa, a não ser que seu irmão não
conseguisse produzir um herdeiro e o emprego caia para
ele, deixando-o com nenhuma outra escolha.

James riu ao seu lado quando seu pai tentou o seu


melhor para não rir e estava fazendo um bom trabalho, até
que ele encontrou os olhos de James. Ele abruptamente
parou de rir, um momento depois e limpou a garganta
quando Danielle olhou para ele.

Dois podiam jogar este jogo. Ele estreitou os olhos e


olhou de volta para ela.

— Você está blefando.

Ela sorriu docemente, muito docemente para seu


conforto.

— Estou?

Ele estudou-a por um longo momento antes de ele


gemer em derrota.

— Isso não é justo, — queixou-se.


— Muito ruim.

Quatro semanas de bailes, jantares e as besteiras da


ton não eram sua ideia de um bom tempo, mas se isso
significava que ele iria ajudar a tirar o bastardo sorrindo
sentado ao lado dele casado e salvá-lo de um destino
semelhante, então talvez ele deveria considerar ficar com
seu melhor comportamento, ele decidiu quando inclinou a
cabeça para trás, fechou os olhos e suspirou
profundamente.

Isso seriam umas longas quatro semanas.


Capítulo Quatro
Elizabeth forçou um sorriso para o jovem conde que
estava tentando monopolizar a atenção dela. As coisas não
tinham mudado. Ele tentou a mesma tática na última
temporada. No momento em que ele entrou na sala, ele
deu a ela o que ela tinha certeza de que ele acreditava ser
um sorriso devastador, antes que ele trabalhou na sala,
evitando-a para a próxima hora. A cada poucos minutos,
sua atenção se deslocaria para o rosto dela para ver se ela
estava olhando para ele. Ela não estava. Só sabia de suas
táticas, pois Mary a manteve bem informada.

Mary era a acompanhante perfeita. Ela sabia


absolutamente tudo o que acontecia ao seu redor e tinha
todas as últimas fofocas. O marido dela, Anthony, com
quem Elizabeth absolutamente adorava como o irmão mais
velho que nunca teve, manteve Mary informada sobre as
últimas informações sobre cada solteiro elegível. Ele estava
determinado a se certificar de que nenhum ancinho ou um
caçador de fortunas colocasse as mãos em Elizabeth. Ele
era muito protetor com ela, quase tão protetor como Mary
era.

Agora, ela tinha que conversar com Jonathan, o Conde


de... Bem, ela havia esquecido. Ele tentou cortejá-la por
três meses do ano passado. Toda vez que ele visitou, ela
recusou educadamente suas ofertas para passeios, convites
para o teatro e qualquer outra desculpa que ele poderia
encontrar para passar um tempo com ela. Eles dançaram
em quase todos os bailes só porque era educado fazer isso.
Ele ofereceu, ela aceitou, porque ela não tinha escolha. Era
tão simples.

— Eu queria saber se você se importaria de dar um


passeio nos jardins comigo? — perguntou Jonathan.

— Oh? Agora? — ela perguntou, tentando não parecer


alarmada. Nenhum homem honrado pediria uma mulher
para dar um passeio nos jardins, neste momento da noite
e, especialmente, não neste clima frio sem ter algo nefasto
em mente. Um passeio ao redor da sala que teria sido a
opção apropriada e mais honrosa.

— Sim, — ele murmurou com um sorriso satisfeito,


claramente com a intenção de tentar usar a sedução para
ganhar a mão dela em casamento, já que nada mais tinha
funcionando. Ela totalmente planejava recusar, mas tinha
que fazê-lo sem insultá-lo quando ela preferiria encaixar
seus ouvidos para a tentativa.

Felizmente, Mary estava em cima de tudo como de


costume. Ela já tinha decidido com a ajuda de Anthony no
ano passado que o conde não funcionaria. Ele era um
libertino imprudente e mantinha amantes até que se
tornavam redondas com seu filho. Eles não estavam
exatamente certos de quantos filhos ilegítimos ele tinha,
mas eram pelo menos cinco.
A sociedade olhava para filhos ilegítimos, como se
fossem de alguma forma sua falha. Ela não se importava se
um homem tinha um filho ilegítimo, desde que ele fizesse o
certo para o filho e lhe desse o seu nome e proteção. A
coisa que mais dava nojo a ela sobre a situação era jogar
uma mulher grávida na rua como bens usados. Ela nunca
poderia ficar com um homem assim.

Não que seus pais tinham qualquer ideia de seus


planos. Eles não tinham. Eles estavam empurrando ela para
fazer uma combinação mais do que nunca. Em quatro
meses, ela iria ganhar o controle sobre sua herança. Sua
madrinha tinha sido uma mulher astuta que tinha enterrado
três maridos, construindo sua fortuna e participações com
cada homem. Ela faleceu há cinco anos, deixando tudo para
Elizabeth. Seus pais queriam ver suas participações nas
mãos seguras e capazes de seu marido como se Elizabeth
permitisse que qualquer homem fosse controlá-la ou a sua
herança. Será que eles não a conheciam?

— Elizabeth, mamãe gostaria de falar com você.

Ela deu a Jonathan o sorriso mais doce que ela poderia


gerir sem engasgos.

— Se você me der licença, parece que eu sou


necessária.

Ele fez uma reverência.


— É claro. — Ele pegou a mão dela antes que ela
pudesse se afastar e deu um beijo em seus dedos. — Até
mais tarde, minha senhora, — ele murmurou, pressionando
um segundo, demorando o beijo para a parte de trás de
sua mão.

Elizabeth lutou contra a vontade de arrancar a mão,


obrigando-se a esperar por ele para liberá-la em seu lugar.
Ela deu uma reverência e afastou-se, agarrando o braço de
Mary com força.

— Se você me deixar sozinha com ele de novo, eu juro


que eu vou contar a Tommy e Marcus cada brincadeira que
você e eu já fizemos para que você esteja pisando em ovos
pelos próximos cinco anos, com medo do que eles vão
fazer.

Mary riu suavemente.

— Oh, minha querida, eu sou a mãe de dois meninos


indisciplinados. Confie em mim, eu já vivo com medo do
que eles vão fazer. Eu disse-lhe que uma das pestinhas
colocou um peixe morto em nosso quarto de dormir, na
semana passada? Era tão terrível. — Ela tentou soar
arrogante, mas seu sorriso divertido lhe entregou. —
Anthony jura que ainda pode sentir o cheiro do peixe em
nosso quarto.

Elizabeth tentou dar-lhe um sorriso inocente.


— Eu me pergunto onde eles poderiam ter arranjado
essa ideia? — Ela perguntou, decidindo que provavelmente
era melhor não mencionar que eles não haviam encontrado
o peixe que os meninos tinham escondido atrás da cômoda
de Mary.

— Você não sabe nada sobre isso agora, não é? —


Perguntou Mary casualmente. Eles caminharam ao longo da
parede, em direção as portas para o pátio, onde sua mãe
estava esperando por ela.

— Eu? Por que, eu jamais faria isso com você? — Ela


apertou-lhe a mão ao peito na inocência fingida, mas Mary
não estava comprando.

— Oh, eu não sei. Talvez você sentiu que eu estava


em dívida um pouco por algo como ir junto com o esquema
da mamãe para fazer você gastar mais tempo com Lord
Dumford.

— Hmm, você sabe, você pode estar certa, — disse


ela, pensativa. Era exatamente a razão pela qual ela
sugeriu a ideia a seus sobrinhos. Sua mãe estava
desesperadamente tentando fazer uma combinação dela e
Senhor Dumford e Mary estava ajudando. O homem estava
perto de quarenta anos, careca e chato. O homem era
também um Marques, que, no livro de sua mãe, significava
tudo.
Mary estava empurrando a combinação por outros
motivos. O homem nunca daria em cima dela e,
provavelmente, teria muito pouco a ver com Elizabeth
quando ela lhe desse um herdeiro e um sobressalente. Se
Elizabeth não pudesse casar por amor, Mary preferia ter
sua irmã resolvida em uma partida segura.

Mary riu.

— Eu deveria saber. Anthony estará lívido quando


descobrir.

— Não, ele não vai. Ele me adora. Ele vai pensar que é
uma boa diversão. Nós duas sabemos que ele vai fazer algo
para se vingar de mim, provavelmente até o final da
semana.

Mary encolheu os ombros.

— Você provavelmente está certa, — disse ela,


mordendo claramente um sorriso.

Elizabeth sabia que tudo o que eles fizessem com ela


que Mary estaria por trás. As coisas estavam melhorando.
Pelo menos enquanto ela fosse forçada a permanecer em
Londres para os próximos dois meses, ela poderia ter um
pouco de diversão.

A visão que os acolheu foi o suficiente para ela ficar


sóbria imediatamente. Seus pais estava ao lado de Lord
Dumford, que estava olhando um pouco presunçoso. O
sorriso educado de sua mãe virou absolutamente satisfeito
quando viu Elizabeth.

— Aí está você, minha querida.

Elizabeth forçou-se a sorrir. Senhor Dumford pegou a


mão dela e se inclinou, pressionando um beijo casto contra
os nós dos dedos que a deixou fria.

— Boa noite, Lady Elizabeth.

Com um forçado, mau sorriso, ela fez uma reverência.

— Boa noite, meu Senhor.

Seu pai limpou a garganta.

— Elizabeth, Lord Dumford estava nos dizendo de suas


terras na região do lago. É muito interessante.

— Isso parece lindo, meu senhor, — disse ela,


tentando não encolher quando viu vários homens andando
em direção a eles, provavelmente esperando para roubá-la
para uma dança ou uma caminhada. Cinco deles eram
conhecidos caçadores de fortuna e os outros eram
conhecidos chatos. Ela não tinha certeza do que era pior,
mas no momento ela não estava com disposição para
descobrir.

— Se vocês por favor, me desculparem, eu acredito


que eu poderia usar um pouco de ar fresco, — disse ela
suavemente, aliviada quando seu pai lhe deu um pequeno
aceno de aprovação.
— Devo acompanhá-la, Lady Elizabeth? — perguntou
Lord Dumford, olhando expectante que ela concordasse.

Ela forçou um sorriso educado.

— Não, obrigada. Eu não gostaria de interromper a


sua noite, meu Senhor. Só será um momento.

— Talvez você me daria à honra de uma dança quando


você voltar?

Seu pai assentiu levemente e ela sabia que seu


adiamento dessa tortura só seria de curta duração, mas ela
ficaria feliz em tirar tudo o que ela poderia obter no
momento.

— Isso parece ótimo, meu Senhor. Estou ansiosa para


isso. — Quando ela moveu-se para sair, algumas das mães
casamenteiras voltaram sua atenção para ela e fizeram um
gesto para os seus filhos para se aproximar dela.
Percebendo que ela precisava sair imediatamente se ela
tivesse alguma chance, ela virou-se e caminhou lentamente
em direção às portas do terraço. Uma vez que ela chegou
ao gramado e para a segurança das trevas ela agarrou a
saia e fez uma corrida para ele, rezando para que ninguém
fosse segui-la.

~*~

— Oh, Sr. Bradford, venha conhecer as minhas filhas,


Lady Penélope e Lady Emma, — disse uma mulher bastante
rotunda. Robert não poderia nem pela vida dele lembrar o
nome dela, mas tinha certeza de que a tinha visto em um
momento ou outro falando com sua mãe. Ele colou seu
mais encantador sorriso no rosto.

— Seria um prazer. — Ele beijou a mão de Lady


Penélope e notou que ela estava bastante atraente. Ele
então cumprimentou Lady Emma, que era infelizmente a
filha de sua mãe, estava disposto a apostar que a menina
pesava duas Stones a mais do que ele e ela era baixa,
fazendo o peso extra ainda mais trágico.

Lady Penélope bateu as pestanas para ele de uma


forma muito sedutora. Mesmo que não tivesse planos de se
casar tão cedo, ele não se importaria de gastar um pouco
de tempo com uma mulher bonita.

— Lady Penélope, você se importaria de dar uma volta


na sala comigo?

Ela olhou para baixo, timidamente, uma encenação ele


tinha certeza.

— Isso seria ótimo, Sr. Bradford. Obrigada.

Robert pegou a mão dela e colocou-a em seu braço,


mal podia sentir o aperto através de sua jaqueta. Era uma
pena que as mulheres de sua classe usavam luvas em
todos os lugares. Pela primeira vez, ele gostaria de sentir a
mão nua de uma mulher em seu braço. Um aperto mais
firme não magoaria, seu toque era frio e distante. Ele
odiava esses jogos, mas estaria disposto a jogá-los para
fazer sua mãe feliz, ou se isso significava que poderia
roubar um beijo de uma linda mulher.

— Lady Penélope, você veio a desfrutar de Londres?

— Sim, o clima é muito bom, — ela respondeu. Sua


resposta foi curta e adequada e sem um traço de
pensamento original. Ele estava com a esperança de se
envolver em uma conversa real para passar o tempo. Não,
talvez ele não tivesse feito uma boa pergunta. Talvez ela
não fosse como o resto desses rumores estúpidos que se
importavam com nada a não ser encontrar um marido com
um título e uma bolsa grande.

Ele limpou a garganta.

— Você já foi ao teatro ultimamente?

Ela sorriu para isso. Ele mesmo gostava do teatro.

— Oh, eu realmente gosto de ir. Papa permitiu que eu


comprasse três novos vestidos apenas para o teatro. Eu
tenho um em rosa claro, um em verde claro, e um lindo
vestido violeta. Além disso, eu comprei novos gorros e
luvas. Foi tão delicioso!

Ele podia chorar. Ele realmente podia chorar.

— Qual peça que você frequentou? — Ele perguntou,


esperando que houvesse uma forma de salvar essa
conversa.

— Perdoe-me? — ela perguntou claramente confusa.


— Qual peça que você frequentou? Quando você usava
seus vestidos novos, a que peça que você foi?

— Oh! — Exclamou como se fosse uma nova e


inesperada linha de questionamento. — Eu não quis usar
meus vestidos novos no teatro. Eu usava o meu vestido
amarelo, porque ele ia melhor com as cortinas de ouro na
caixa da minha família.

— A peça, Lady Penélope, qual era? — Por favor, deixe


que ela saiba disso. Maldito seja ele e seus padrões, ele
não se consorciaria com prostitutas, mulheres casadas ou
inocentes. Bem, ele não levou mais do que alguns beijos de
uma inocente. O único problema universal que ele tinha,
ele não podia tolerar a companhia de mulheres de cabeça
vazia.

Por mais que ele gostasse de sexo, e ele realmente


gostava, a perspectiva nunca o tinha deixado selvagem ou
o distraiu a tal ponto que ele podia ignorar seus padrões
ridículos e o risco de estar com uma mulher com uma
propensão para o drama. Então, novamente, ele nunca
tinha tido muita escolha no assunto, graças a Elizabeth
Stanton. Ele só tinha levado alguns minutos em uma tarde
ensolarada para garantir-lhe uma vida de miséria.

Em questão de minutos, ela voltou sua existência


agradável em uma espécie de pesadelo. Depois que ela o
apelidou de Robert Limonada, ele havia perdido todos os
seus amigos, sua reputação e sua vida tinha sido
transformada em um inferno. Ele tinha sido provocado,
insultado e humilhado graças a ela. Ele tinha se tornado um
alvo primário para os outros meninos na escola.

Por dois anos inteiros que ele foi empurrado,


espancado e insultado. Eles encontraram uma grande
diversão em humilhá-lo e faziam muita questão que ele
fosse humilhado em uma base diária. Sem a proteção de
um título, o conhecimento de como lutar, ou amigos que
poderiam tê-lo defendido, ele tinha sido um alvo fácil. Eles
se divertiram imensamente à sua custa, até o dia em que
ele finalmente teve o suficiente e começou a lutar de volta.

No começo, ele tinha perdido mais lutas do que


ganhou, mas foi o suficiente para fazer alguns dos outros
meninos pensarem duas vezes em jogar limões nele,
derrubar seus livros, ou entrar sorrateiramente em seu
quarto e encharcar sua cama e roupas com vinagre. Seu
surto de crescimento súbito não machucou. Enquanto os
outros meninos tinham crescido lentamente para a idade
adulta, ele parecia como se tivesse sido empurrado de
cabeça para ele.

Ele cresceu em um homem durante as férias de verão


de seu décimo quinto ano pouco depois ele finalmente teve
o suficiente da besteira de Elizabeth Stanton. Ele cresceu
pelo menos 30 centímetros e ganhou alguns stones nos
músculos, enquanto os outros meninos só ganharam alguns
centímetros e um medo saudável dele. Juntamente com o
seu tamanho, o seu temperamento tinha crescido e ele não
mais aturaria piadas à sua custa. Seu temperamento e
reputação seguiram ao longo dos anos, fazendo com que os
homens o temessem e mulheres desconfiassem de sua
companhia.

Se não fosse por suas conexões familiares e riqueza,


ele não tinha nenhuma dúvida de que a ton teria virado as
costas para ele há muito tempo. Ele teria recebido com
agrado a exclusão e procurado uma vida diferente para si
mesmo muito antes de agora. A vida entre a ton
simplesmente não era para ele. Para os pais e o irmão que
tinham tolerado esta existência até poucos meses atrás,
quando ele finalmente teve o suficiente.

Muito simplesmente, odiava tudo sobre a ton e seus


rumores estúpidos. Ele poderia se importar menos sobre as
últimas fofocas, as últimas modas e viver sua vida por um
conjunto de regras ridículas destinadas a excluir qualquer
pessoa com um pingo de originalidade. Seus sentimentos
sobre o assunto havia sido a base para as regras sobre o
sexo e as mulheres. Ele não podia tolerar levar uma mulher
sem um pensamento original em sua cabeça para a cama,
tinha feito isso algumas vezes e tinha detestado os jogos
tímidos que elas gostavam de jogar.
Capítulo Cinco

— Mamãe disse que você comprou um novo imóvel.


Quantos hectares?

Ele olhou para a mulher em seu braço. A nova


expressão em seu rosto estava calculando.

Maldição.

— Quantos hectares? — ela repetiu mais firmemente


neste momento.

— Um pouco mais de uma centena, — disse ele com


cuidado, não se importando nem um pouco para o novo
brilho de interesse nos olhos dela. Ele decidiu não
mencionar que vendeu esse imóvel quase imediatamente
depois de comprá-lo uma vez que ele percebeu que a
merda do seu passado o tinha seguido. Ele nem mencionou
que já tinha adquirido um novo imóvel na América e que
estava indo embora, uma vez que ele cumprisse sua
promessa de sua mãe para ajudar James.

— Hmmm. — Ela olhou para suas roupas como se


estivesse fazendo um inventário. Ele usava a última moda,
não comprava roupas muitas vezes, mas quando o fazia,
ele ia para a qualidade. Ela parecia feliz com o que viu, se o
pequeno aceno de aprovação fosse qualquer indicação.
Ele queria desesperadamente mudar de assunto antes
que ela pergunta-se sobre suas outras participações.

— Então, qual peça você foi?

Seu rosto torceu com nojo.

— Foi uma das de Shakespeare, eu tenho medo. Eu as


acho todas terrivelmente chatas, mas esta foi a mais
terrível. A mãe insistiu em sair no intervalo e eu
sinceramente concordei.

Ele parou. Ele gostou bastante das peças do Bard,


não conseguia pensar em nada em suas peças, que seria
terrível.

— O que havia de errado com a peça?

— A mulher estava vestida com roupas masculinas!


Era obsceno!

— A mulher estava fingindo ser seu irmão? — Ele


perguntou, já sabendo a resposta.

— Sim! Foi terrível.

— Foi a peça “As you like it”?

— Sim.

Era uma de suas peças favoritas. Isto respondeu isso.

— Lady Penélope, permita-me devolver-lhe novamente


a sua mãe. Eu acho que eu preciso de um pouco de ar
fresco.
Seu aperto em seu braço de repente apertou.

— O ar fresco parece encantador. — Ela lambeu os


lábios, convidativa. Cristo todo-poderoso, a menina queria
prendê-lo. Ele praticamente arrastou-a de volta para sua
mãe e sem dizer uma palavra, fez o seu caminho para fora.

Ele evitou o jardim e áreas arborizadas. Essas áreas


eram para os amantes se eles estavam dispostos a
enfrentar esta noite fria para um caso. O laranjal,
suavemente iluminado pelo brilho de várias lanternas,
estava a uns cem metros de distância da casa. Era o local
perfeito para uma fuga em uma noite como esta. Neste frio
duvidava que qualquer mulher estaria disposta a enfrentar
o tempo de ir lá para um encontro. O laranjal foi o local
mais seguro para ele e seria abençoadamente quente por
dentro, graças às chamas que foram mantidas acesas para
parar as laranjeiras da morte.

Ele passou os últimos vinte metros para escapar dos


ventos gélidos e quase gemeu de alívio quando entrou no
laranjal quente. Poderia facilmente passar as próximas
quatro horas aqui, decidiu quando o cheiro de um fogo
ardente e laranjas brincou com ele. Ele olhou ao redor das
laranjeiras e quase gemeu em decepção quando percebeu
que este laranjal tinha, provavelmente, só sido construído
recentemente. As árvores eram um pouco pequenas e
seguravam laranjas longe de estar maduras.
Foi realmente uma pena que não tinha pensado em
trazer um livro ou algo para comer. Ele só tinha comido
uma hora atrás e já estava morrendo de fome. Não era
nada novo. Ele estava sempre com fome. Era algo que sua
família nunca tinha entendido, mas felizmente eles pararam
de provocá-lo sobre isso anos atrás. Quatro horas no
laranjal sem nada para fazer ou comer não era sua ideia de
diversão, mas, novamente, não estava participando de um
baile.

Várias lâmpadas de óleo acesas tornaram possível


para ele, pelo menos, ver claramente o suficiente. Essa era
outra razão pelo que os amantes evitavam este lugar, era
muito brilhante. Não haveria nenhum lugar para se
esconder se eles fossem interrompidos.

Um barulho suave chamou sua atenção. Curioso, ele


se moveu lentamente nas últimas laranjeiras e congelou no
local com a visão que o cumprimentou. Uma mulher com
cabelo marrom bonito que tinha que ser feito a partir da
seda melhor da forma como ele refletia a luz das lanternas,
se sentou em um banco acolchoado, rindo baixinho
enquanto ela lia a partir de um pequeno livro.

Seu riso era como um bálsamo para a sua alma, de


imediato, relaxando-o ainda quando seu coração pulou uma
batida. Não foi até que ela lançou um pequeno suspiro
quando virou uma página em seu livro que ele percebeu
que ele tinha se aproximado dela. Ele não tinha nenhum
problema em se intrometer. Essa mulher, obviamente, veio
aqui para ficar sozinha. Relutantemente, ele deu um passo
para trás. Em sua corrida para escapar despercebido, ele
derrubou um balde e perturbou a paz do tranquilo laranjal.

— Quem está aí? — A jovem exigiu quando ela colocou


o livro no banco ao lado dela e se levantou.

A respiração de Robert ficou presa na garganta na


primeira visão real do rosto. Ela era terrivelmente bonita
com olhos azuis bebê pálidos. Facilmente a mulher mais
bonita que ele já tinha posto os olhos e ele a queria. Ele
deu a sua cabeça uma ligeira agitação, nem conhecia esta
mulher. Que diabos havia de errado com ele?

~*~

— Eu posso ver você, então você pode muito bem sair,


— disse Elizabeth, colocando seu pequeno livro sobre a
almofada ao lado dela.

Ela viu quando um homem bonito com olhos verdes


vívidos avançou. Seu cabelo preto era cortado e penteado
de forma diferente do que o que era popular, mas parecia
bom para ele. Sua pele estava bronzeada como a dela. Foi
uma das muitas coisas que sua mãe se queixava, mas ela
amava o ar livre demais para se importar. Ela desejava
muito o calor do sol em sua pele para estar incomodada
com o fato de que sua pele escurecida ia torna-la pouco
atraente.
— Me desculpe, minha senhora. Eu não queria
incomodá-la. Vou deixá-la, — disse ele com uma voz
profunda que ela encontrou calmante quando ele curvou-se
um pouco antes de dar um passo atrás para fazer
exatamente isso.

— Não, por favor. Você não tem que sair. Eu seria


insensível se eu o mandasse de volta para a noite fria, se
você desejasse um refúgio tranquilo. Eu acredito que este
laranjal é grande o suficiente para nós dois para buscar um
refúgio tranquilo, — disse ela com um sorriso, odiando a
ideia de colocar qualquer um fora no frio e obrigando-o a
voltar para um baile que ela não tinha sido capaz de fugir
rápido o suficiente.

~*~

— Como você sabe que eu estava à procura de


solidão? Talvez eu estivesse encontrando uma amante? —
Ele disse, lamentando diante da última palavra que saiu de
seus lábios.

Que diabos havia de errado com ele? Ela


provavelmente iria bater nele ou desmaiaria em sua falta
de decoro.

Ele realmente era um idiota.

Em vez disso ela riu, ela riu e era suave, encantadora


e real. Não era nada como os pequenos risos falsos e
sorrisos de mulheres como Lady Penélope. Mulheres como
ela falsificavam tudo na vida só para ser aceita pela ton e
para pegar um marido, que não queria nada mais do que
um corpo quente para produzir um herdeiro e não quer ter
o trabalho de uma mulher com um cérebro.

— O que é tão divertido, minha senhora? Você está


sugerindo que eu não poderia encantar uma mulher para
me encontrar para um encontro? — Ele falou, se
perguntando se ela sabia como encantador era seu riso.

Com um suspiro, ela parou de rir, mas felizmente ela


ainda estava sorrindo.

— Não, eu sinto muito. Tenho certeza de que um


homem tão bonito como você não teria dificuldades em
encontrar uma mulher para compartilhar o seu tempo.

Robert não conseguia parar o completo sorriso idiota


que se enrolou seus lábios. Claro que ele tinha sido
chamado de bonito antes, mas por alguma razão que não
podia compreender no momento, ouvi-la dizer isso o
agradou imensamente.

— Então, o que fez você concluir que eu estava à


procura de privacidade?

Ela encolheu os ombros quando sentou-se, inclinando-


se para o lado para que pudesse se concentrar sua atenção
sobre ele.

— Bem, há o fato de que este laranjal em particular é


muito além da distância apropriada da casa. Ninguém vai
vir aqui com uma mulher, a menos que esteja procurando
ser preso. — Ele não podia deixar de acenar em
concordância.

— Depois, há o tempo. Está muito frio lá fora. As


mulheres provavelmente se queixariam da distância da
casa ao laranjal. Então, novamente, ela provavelmente se
recusaria a sugestão de imediato, sabendo que está muito
frio lá fora e que ela não seria capaz de recuperar o xale
sem chamar a suspeita.

Mais uma vez ele concordou com a cabeça.

— Então, claro, há o óbvio.

— Qual é? — Ele perguntou, aproximando-se.

— Um cavalheiro não iria encontrar uma mulher aqui.


Ele iria acompanhá-la para que ela não tivesse a chance de
mudar de ideia ou aceitar o convite de outro homem.
Demoraria ambas as partes do baile por muito tempo. Se
você tivesse que chegar primeiro, haveria o período de
espera e, em seguida, o tempo real de sua reunião para
não mencionar o tempo, um dos que você precisa para ficar
para trás de modo que não iria parecer que vocês dois
tinham ido em conjunto.

Ele não podia deixar de sorrir. A mulher era


inteligente, bem como atraente. Ele olhou ao redor da sala
grande quando um pensamento lhe ocorreu.
— Hmm, você deu a isto algum pensamento. Você
talvez encontre alguém aqui? Ou será que ele já saiu? —
Perguntou ele, certificando-se de adicionar uma nota de
brincadeira em seu tom.

Seu sorriso enfraqueceu um pouco como ela balançou


a cabeça.

— Não, nunca houve qualquer reunião para mim e


provavelmente nunca haverá, — ela admitiu com um
pequeno encolher de ombros e um tom melancólico que ele
quase perdeu.

— Por que não?

— Eu não planejo me casar, — explicou ela com um


pequeno sorriso.

— Por que você não deseja se casar? — ele perguntou,


forçando-se a soar casual. Ele não estava oferecendo. Oh,
inferno não. O casamento não ia acontecer para ele a não
ser que estivesse desesperado por um herdeiro, pelo amor
de sua família. Ele não tinha nenhuma intenção de ser
amarrado a uma mulher para o resto de sua vida, alguém
que estava constantemente sob os pés e dependia dele
para a sua felicidade.

Ela ficou pensativa por um momento antes de falar.

— Eu não quero ser propriedade de qualquer homem.


— Eu pensei que é por isso que essas coisas, — ele fez
um gesto em direção a baile, — foram feitas, para que as
jovens pudessem encontrar um marido. Assim, elas
poderiam selecionar um marido adequado, alguém para
cuidar delas.

Ela encolheu os ombros com indiferença. — Sim, eu


ouso dizer que muitas das mulheres estão aqui para isso, e
iria encontrar-me completamente ridícula, porque eu não
gostaria de encontrar um marido em um desses eventos
orquestrados.

— Então por que você veio? — Ele deu um passo mais


perto.

— Provavelmente, pela mesma razão que você veio.

— Qual é? — Ele solicitou. Ele não queria que ela


parasse de falar por medo de que um deles tivesse que
sair. Ele queria fazer isso durar, mas mais importante, ele
queria vê-la sorrir e ouvi-la rir mais uma vez antes que
tivesse que fazer a coisa certa e ir embora.

— Bem, — ela olhou pensativo, — no seu caso eu diria


que ou a sua mãe ou o seu pai o convenceu a participar. Se
eu tivesse que adivinhar, eu diria que a sua mãe foi a que
esperava a sua presença.

— Oh?

Ela balançou a cabeça com firmeza.


— Sua mãe, com certeza sua mãe. Se fosse seu pai,
você teria simplesmente feito uma aparição, dançado com
algumas mulheres para fazê-lo pensar que você estava
procurando uma esposa e está feito com ele.

Ele concordou.

— Se fosse a minha mãe? Que motivo eu teria que


assistir, então?

— A maioria das mães deseja que os seus filhos se


casem por uma razão simples, netos. Você veio aqui,
mesmo que você claramente não quer estar aqui. Você veio
para fazer sua mãe feliz, pois ela pediu a sua presença e
você, obviamente, se importa muito com a sua mãe. Em
vez de simplesmente sair, e procurou por um lugar para se
esconder.

Ele arqueou uma sobrancelha para isso.

— Ou pode ser que eu vim aqui, em sua carruagem e


eu estou preso aqui até que ela decida que é hora de sair,
— ele falou.

Os olhos dela se moveram lentamente para baixo de


seu corpo de maneira de avaliação, mas não da mesma
maneira que Penélope tinha olhado para ele. O olhar desta
mulher não o irritou. O olhar dela o fez ficar mais reto
como todos os músculos do seu corpo flexionado sob seu
escrutínio, fazendo-o sentir-se como um idiota quando ele
mesmo se perguntou se ela gostou do que viu.
— Você é obviamente um homem com os meios. Você
poderia ter contratado uma brecha e saído. Há sempre
espaço para o cartão de fuga ou você poderia ter
simplesmente deixado com um amigo.

— Ou andado, — acrescentou.

Ela sorriu.

— Eu mesmo prefiro andar. Sim, você poderia ter


caminhado desde que sua casa estivesse perto o suficiente.

— Três quilômetros.

— Isso não é muito longe.

— Não, não é. — Ele gostava bastante de caminhadas.


encontrou-se fazendo caminhadas todas as noites. Mesmo
em Londres, ele descobriu que gostava de passear. Os
cheiros vulgares da cidade e multidões não pareciam
diminuir seu prazer o suficiente para que ele parasse.

Ele olhou-a com cuidado. Sua pele era da leve cor do


mel. Ela parecia em forma, mas não muito magra. Seus
seios eram de bom tamanho, não muito grande, mas
perfeito para as suas mãos, e pelo que ele se lembrou de
quando ela ficou de pé, os quadris eram generosos. Ele
estava disposto a apostar suas pernas estavam bem
definidas, provavelmente a partir de horas de caminhada.

— Então, você está aqui porque seus pais querem que


você se case, — ele supôs desde o pouco que sabia sobre
ela e que ele sabia sobre as mulheres de sua estação em
geral.

Ela lhe deu um sorriso sonhador que fez seu peito


apertar.

— Quando eu era uma garotinha, eu não queria nada


mais do que ter uma temporada. Tudo parecia tão mágico,
bailes, dança e sendo cortejada por homens bonitos, —
acrescentou o último com um tom de provocação.

Ele sorriu.

— Parece o sonho de toda garota de encontrar o


Príncipe Encantado. O que aconteceu para mudar esse
sonho? — ele perguntou, aproximando-se. Ele agora estava
apenas a alguns metros de distância dela. Seu pensamento
original que ela era bonita quebrou. Ela não era nada
menos do que uma deusa.

Ela suspirou profundamente.

— Anthony.

Ele sentiu um puxão de inquietação. Foi ciúme?

— Então, você está apaixonada por este Anthony?

Por favor, Deus, não.

Ela riu.

— Não. Ele é meu cunhado. Minha irmã se casou por


amor. Ela não se importava com um título ou dinheiro. Ele
a fez feliz, ainda o faz. Eles são o casal mais feliz que eu
conheço e seus meninos são extraordinários.

— E você quer isso para si mesma, — ele supôs.

— Provavelmente nunca acontecerá para mim, — disse


ela com um encolher de ombros descuidado que rasgou o
seu coração e deixou-o perguntando por que ele se
importava tanto.
Capítulo Seis

Ela não ia dizer a este estranho que era uma herdeira.


Se ele acabasse por ser um caçador de fortunas então ela
estaria em apuros. Ele poderia facilmente soar o alarme e
ela ficaria comprometida e forçada a aceitar sua mão. Ela
não seria capaz de sobreviver a ser presa em um
casamento sem amor.

— Então, se você deseja se casar por amor, por que


você não desfruta de mais noites como esta?

Ela acenou com a mão preguiçosamente no ar.

— Isso? Isso tudo é orquestrado. As pessoas vêm aqui


procurando a conexão correta, a quantidade certa de
dinheiro, e a melhor fofoca. Ninguém vem aqui à procura
de amor. Eu sabia antes de minha saída que eu nunca iria
encontrar o amor em um baile. Iria apenas acontecer... de
alguma forma, em algum lugar.

Ele deu mais um passo para a frente.

— Mas você veio de qualquer maneira.

Ela olhou melancólica.

— Até o dia que eu casar, eu pertenço ao meu pai, e


em seguida, ao meu marido. Eu sou considerada nada mais
do que propriedade. Se gostaria de ter certos direitos ou
benefícios, devo fazer o homem da minha vida feliz em
primeiro lugar. Então, se ele for generoso eu poderia ser
autorizada a seguir os meus próprios interesses. — É claro
que tudo mudou com sua herança.

Sem dizer uma palavra, ele mudou-se para sentar-se


ao lado dela no banco acolchoado. Ele se inclinou para a
frente, apoiando os cotovelos nos joelhos.

— Parece injusto, mas eu não entendo que tipo de


atividades que uma mulher pode ter que um homem não
permitiria. Certamente o seu pai iria encorajá-la a bordar,
aquarela, tocar piano.

— Tenho medo de que você vá encontrar-me bastante


incomum, então.

— Tente-me. — Ele inclinou a cabeça para o lado para


vê-la quando ela soltou um suspiro profundo.

— Se eu não sorrir, parecer bonita, assistir a função


certa, aceitar as atenções dos senhores certos, meu pai vai
governar a minha vida com um punho de ferro. Eu não
gosto de bordar. Eu prefiro costurar colchas, já que parece
um melhor aproveitamento de uma habilidade para manter
alguem quente, do que fazer algo parecer frívolo. Eu gosto
de cozinhar, mas eu não devo. Nenhuma mulher na
sociedade deve gostar disso. Nós devemos desfrutar de
encomendar outras pessoas para fazer isso por nós, —
disse ela com um sorriso cúmplice que ele encontrou
absolutamente adorável.

— Mas não você, — ele murmurou, sorrindo. — Eu


aposto que você faz deliciosos biscoitos, — ele brincou.

Ela sorriu diabolicamente.

— Meu cunhado e sobrinhos brigam por eles.

Ele tomou um outro olhar para a sua figura esbelta.

— Você não se parece com alguém que gosta de


cozinhar.

Ela revirou os olhos de uma forma bastante atraente.

— Eu gosto de cozinhar, não comer.

— As minhas desculpas. — Ele não conseguia parar de


sorrir perto dessa mulher. Ele tinha certeza de que parecia
tolo, mas no momento ele realmente não se importava.
— Então, me diga quais as outras atividades escandalosas
que você gosta? Contrabando? Pirataria? — Ele brincou.

Ela riu.

— Não, eu não sou assim tão vergonhosa. Eu gosto de


ler, ir ao teatro, fazer caminhadas, jardinagem, tiro e
natação. — Seus olhos se arregalaram de surpresa com
isso. — Eu gosto de coisas que meu pai acredita que são
mais adequados para os homens, — explicou ela com um
sorriso travesso.
— Eu vejo. — Ele balançou a cabeça, surpreso com
sua lista de atividades. A maioria das mulheres estaria
indignada ao ouvir outra mulher que aprecia essas coisas.
Ele teve que admitir que a maioria dos homens ficariam
chocados também. Ele nunca tinha entendido uma vez que
eram todas as atividades dignas.

— Tenho certeza de que você faz, — ela murmurou. —


Eu não devo dizer a ninguém isso. Meu pai ficaria furioso se
descobrisse que eu lhe disse. Não que isso importe, mais
eu suponho.

— Por que isso não importa mais? — ele perguntou em


um tom suave.

— Simplesmente não importa, — disse ela com um


encolher de ombros.

Ele estava disposto a deixá-la sozinha por um


momento, mas ele precisava desesperadamente que ela
continuasse a falar.

— Você gostava de estar na sociedade?

Ela assentiu com a cabeça.

— Eu gostava de passar mais tempo com minha irmã.


Foi agradável ser vista como uma amiga e não apenas uma
irmã mais nova. Ela significa o mundo para mim. Eu gostei
do teatro, alguns dos jantares, e mesmo sendo cortejada.
— Ela poderia ter jurado que ele franziu a testa, mas se foi
antes que ela pudesse ter certeza. — Todos os homens que
me cortejaram se transformaram em amigos queridos.

— Mas você ainda não gosta de estar na sociedade, —


ele se esquivou.

Ela virou a cabeça e encontrou seu olhar. Seus rostos


estavam a menos de trinta centímetros de distância. Robert
lutou contra o desejo de baixar o olhar para os lábios.

— E você?

— Não, eu não. Eu não gosto dos enganos, odeio


fofoca, não gosto de ser perseguido pela minha posição ou
dinheiro. Eu odeio ter mulheres tentando me prender em
casamento, desprezo o jogo que eu estou esperado jogar.
Eu não quero uma mulher falsa se curvando aos meus
caprichos. Isso é ridículo.

Ela concordou com a cabeça enquanto olhava para


longe.

— Sim, é.

Depois de alguns momentos de silêncio


surpreendentemente confortável ele falou.

— Posso perguntar por que você está aqui jogando


junto, se você não quer se casar?

Quando ela olhou para ele os olhos dele caíram para


seus lábios, seus lábios cheios, deliciosamente rosa. Ele
levantou seu olhar de volta rapidamente, antes que fizesse
algo de que ele iria se arrepender.

— Uma pechincha, eu acho, — disse ela simplesmente.

— Uma pechincha? Eles estão tentando forçá-la a se


casar? Sua família está precisando de dinheiro? — Outro
pensamento ocorreu-lhe, que fez o estomago dele torcer
em pavor. — Você não foi pega... er... — Por favor, não
deixe que ela esteja carregando o filho de outro homem.

Ela deu um tapa de leve no ombro e riu.

— Não! Meu Deus não. Os homens que meus pais


estão empurrando no meu caminho são homens cansativos
como Senhor Dumford.

Ele quase se engasgou com o ar.

Seu sorriso desapareceu, substituído de imediato, com


uma expressão preocupada.

— Ah, não, ele é um amigo seu e eu acabei de insulta-


lo, — ela disse, parecendo realmente chateada.

Ele jogou a cabeça para trás e riu.

— Senhor Dumford um amigo? Não! O homem cita


versículos da Bíblia para se divertir. Eu não poderia
imaginar um destino pior do que passar uma hora na
companhia desse homem.
— Obrigada. Suas palavras têm sido muito
reconfortantes, — disse ela secamente, ganhando outra
risada dele. Ele não conseguia se lembrar da última vez que
ele tinha se sentido tão relaxado em companhia de outra
pessoa. Ele normalmente mantinha sua guarda, recusando-
se a permitir que qualquer pessoa conseguisse o melhor
dele.

— Sinto muito, — ele murmurou antes de perguntar:


— Por que então você está permitindo que ele te corteje?

Ela suspirou profundamente.

— Eu tenho medo que meus pais não estejam


satisfeitos com meu estado de vida. Tenho vinte e três anos
e eles acham que eu deveria me casar por agora, eu não
sei. Tenho recusado cada pretendente que pediu minha
mão. Eles estão com medo que eles vão acabar com outra
solteirona em suas mãos. — Eles também não queriam que
a herança dela fosse deixada em seu controle, mas não
havia necessidade de lhe dizer isso.

— Quantos homens pediram para você? — ele


perguntou. Ele sabia que não era adequado perguntar, mas
de alguma forma sabia que ela não se importaria. Ela não
parecia o tipo. Ela parecia honesta e franca. Foi uma
mudança bem-vinda.

Seu rosto amassou deliciosamente.

— Cinquenta e cinco.
— Cinquenta e cinco homens pediram a sua mão e
você tem apenas vinte e três? Meu Deus!

Ela encolheu os ombros com indiferença.

— Eu sou fácil de se conviver.

Ele gostava disso, gostava que ela não se referia ao


fato de que era incrivelmente bela ou a um dote que ela
possa ter, embora ele tinha certeza de que alguns dos
homens estavam atrás dos dois. Se ela tivesse um dote
decente, ela seria um alvo bem procurado, depois com sua
beleza.

— Eu acredito nisso.

Sua mão encontrou a dele. Ela deu-lhe um pequeno


apertão antes de soltá-lo.

— Eu sinto muito. Você veio aqui à procura de um


pouco de solidão. — Ela sacudiu a mão casualmente no ar.
— Eu vou te deixar. — Ela estendeu a mão no seu outro
lado e pegou um pequeno livro com uma capa de couro
bem-vestida.

— O que você está lendo? — Questionou. Não havia


escapado a sua atenção, que ela tinha trazido um livro para
um baile. — Você se esgueira muito para fora, não é?

Ela lhe deu um sorriso tímido.

— Estou com medo de que eu tenha uma tendência a


desaparecer.
Ele percebeu o cartão de dança em seu pulso. Estava
cheio, o que não o surpreendeu.

— E o livro?

Ela segurou-o e deu de ombros. — É uma das minhas


peças favoritas. Isso me ajuda a relaxar. Eu tinha a
sensação de que eu iria precisar dele hoje à noite pela
maneira que minha mãe e irmã estavam se comportando.

Ele não conseguia distinguir as palavras da capa


gasta.

— Qual peça?

Todo o seu rosto se iluminou. Ela, obviamente, tinha


grande alegria de seu livro.

— “As You Like It”, de Shakespeare. É o meu favorito


absoluto, — disse ela, sonhadora.

Robert gemeu.

— Eu vou ter que te beijar agora.


Capítulo Sete

Elizabeth não teve a chance de responder antes que


seus lábios estivessem tocando os dela. Ela não podia
pensar quando ele escovou seus lábios suavemente contra
a dela, a suave carícia a levou de surpresa. Suas mãos
automaticamente foram para o seu peito. Ela estava
preparada para empurrá-lo, para que ela pudesse sair
antes que alguém os encontrasse e ela fosse forçada a um
casamento que ela não queria quando algo lhe ocorreu.

E se essa era sua única chance de saber como era


estar com um homem, um homem que ela realmente
queria? Ela não queria viver a sua vida cheia de
arrependimentos, não queria imaginar o que perdeu por
nunca se casar, se é isso o que seu futuro reservava. Logo
em seguida, ela decidiu que, se ia viver a sua vida como
uma solteirona, ela iria desfrutar deste momento com... o
que quer que seja seu nome e ceder a esta atração
irresistível que ela sentia por ele. Depois de um momento,
ela se permitiu relaxar e desfrutar de seus beijos e as
sensações que estavam provocando e atormentando seu
corpo enquanto se perdia com seu toque.

Ele roçou os lábios nos dela uma vez, duas vezes, e


mais uma vez. Sua boca era suave e doce, mas não foi o
suficiente. Ele correu a ponta de sua língua sobre seu lábio
inferior. Ela engasgou de surpresa, abrindo a boca ainda
que levemente, mas foi o suficiente para ele. Ele inclinou a
cabeça para o lado e aprofundou o beijo.

Elizabeth não sabia o que pensar quando seus lábios


se moviam contra os dela, exceto que de alguma forma,
por algum motivo se sentia bem, perfeito. Seus beijos não
eram frenéticos ou desleixados. Eles eram doces. Quando
ele provocativamente deslizou sua língua dentro da boca
dela ela estava muito chocada de primeira para reagir à
invasão. Então, lentamente, ela começou a derreter em
seus braços. Suas mãos deslizaram por seu peito,
apreciando a sensação dos músculos duros debaixo do
casaco, até que encontraram os ombros.

Ele gemeu quando ele a puxou contra ele, divertindo-


se até que a maldita consciência dele o incomodou. Tão
maravilhoso como era a sensação de beijá-la, ele sabia
pelos cursos inexperientes da língua e os lábios que ela era
inocente. Ele se afastou e olhou em seus olhos, rezando
para que ela não fosse acabar com isso. Tinha que ser a
sua escolha, porque ele com certeza não estava a ponto de
acabar com isto se tivesse uma escolha no assunto.

Por um momento, nenhum deles se moveu. Eles


assistiram um ao outro, um pouco ofegante, enquanto
esperavam um pelo outro para pôr fim a essa insanidade.
Lentamente, ele se moveu, dando-lhe a chance de acabar
com isto mesmo enquanto ele rezava para que ela não
fosse. Quando sua boca tocou a dela mais uma vez, não foi
nada tímido. Esse beijo foi quente, selvagem, e possessivo.
As palavras eram para além deles. Robert puxou-a para
mais perto até que seus seios estavam pressionados mais
firmemente contra seu peito.

Elizabeth passou os dedos pelo cabelo, apreciando o


toque suave dele. Ele moveu sua boca da dela,
mordiscando sua orelha e pescoço. Ele deslizou os dedos
por baixo da parte superior de seu vestido e lentamente
puxou para baixo o material, levando-a deslocar para baixo
bem até que seus seios estavam à mostra para ele.

Ainda nenhum deles falou.

Ele passou a língua de seu pescoço até os seios,


deixando um rastro molhado atrás que tinha os dedos
enrolando. Elizabeth gemeu quando ela passou as mãos
pelas costas, encorajando-o a continuar quando ela deveria
estar empurrando-o para longe e correndo tão rápido
quanto suas pernas podiam levá-la de volta para a
segurança do baile. Ele passou a língua em um movimento
circular em torno de um mamilo tenso antes de ele puxar a
pedra dura em sua boca, matando efetivamente todos os
pensamentos que ela poderia ter tido de acabar com isso.

Ele estendeu a mão e segurou-lhe o outro seio. Ele


pesava em sua mão, apertou-o e correu o polegar ao redor
do mamilo firme. Ele segurou o peito para a boca e, depois
deu uma última lambida no mamilo que estava adorando,
sua boca avidamente aceitou a oferta. Ele lambeu e chupou
o peito grande, até que ela gemia mais alto e cavando seus
dedos em seus ombros, desesperada por mais.

Elizabeth pensou que ia morrer do prazer que ele


estava lhe dando. Parecia incrível. Melhor do que ela jamais
imaginou, mas faltava alguma coisa. Depois de um
momento percebeu que havia alguma coisa. Ela precisava
tocá-lo, também, decidiu que não ia esperar por um
convite, trabalhou sua camisa, desesperada pelo contato.

Ele ficou surpreso quando sentiu as mãos trabalhando


os botões de seu casaco, mas imensamente satisfeito, no
entanto. Liberando seus seios, ele tirou a gravata fora e
tirou a roupa exterior, deixando apenas sua camisa até que
também se foi.

Elizabeth estendeu as mãos trêmulas e passou os


dedos pelo peito, apreciando a sensação de sua pele quente
suave sobre o músculo duro. Ela correu os dedos
timidamente sobre um mamilo plano, fazendo-o gemer.
Suas mãos se moviam para baixo para traçar os músculos
que compunham o seu estômago plano. Ele gemeu de
novo, mas não disse ou fez nada para detê-la.

Ela queria manter-se tocando-o, mas seus braços


estavam efetivamente preso ao seus lados por seu vestido,
limitando seus movimentos. Ela tremia o lábio inferior
nervosamente enquanto puxava os braços e empurrava o
vestido para baixo em torno de sua cintura. Ela viu quando
ele correu os olhos famintos sobre ela. Sua resposta deu-
lhe a coragem para continuar. Deixando de lado o
nervosismo, ela inclinou-se e beijou-o. Robert agarrou sua
cintura e segurou-a firmemente enquanto se beijavam
quase desesperadamente.

Nunca quebrando o beijo, ele a ajudou a ficar de pé


até que ambos estavam de pé. Ele chegou por trás dela e
desfez os botões de seu vestido desgrenhado. Ele
lentamente empurrou-o para baixo e esperou
pacientemente até que ela sai-se de seu vestido, deixando-
a nua, exceto pelas meias e chinelos. Apenas uma pessoa a
tinha visto nua antes e tinha sido sua empregada. Ela
deveria estar envergonhada, mas por incrível que pareça
com ele não se sentia tímida ou autoconsciente. Sentia-se
linda, querida e valorizada.

Ela viu quando ele se ajoelhou na frente dela. Ele


gentilmente revirou as meias para baixo, tirando os
chinelos fora no processo. Ele pressionou beijos quentes em
sua pele como ele fez o seu caminho de volta para sua
boca. Ela puxou-o em seus braços e beijou-o avidamente,
não foi possível obter o suficiente dele.

Suas mãos percorriam seu corpo, tocando seus


braços, seios, barriga, costas, parte inferior e pernas. Cada
toque fez seu estômago apertar e a área entre as pernas
doerem. Ela queria mais, mas não sabia o quê.
Ele parecia saber. Ele moveu sua boca para seu
pescoço e chupou sua pele no caminho de volta para os
seios. Uma vez que encontrou seu mamilo, sua mão
trabalhou seu caminho entre as pernas. Ele segurou-a e
passou os dedos pelos cachos lisos. Ela gemeu alto, incapaz
de evitar.

Quando ele deslizou um dedo dentro dela, encontrou-a


quente, molhada, e pronta. Ele gemeu e moveu sua boca
de volta para a dela, enquanto ele trabalhava um dedo
dentro e fora dela. Logo ela estava se movendo contra o
seu dedo, seu corpo desesperado pela liberação. Ele não
podia esperar. Ele não podia nem pensar em nada além de
estar dentro dela.

Sua outra mão trabalhou freneticamente para suas


calças. Com um gemido, ele interrompeu o beijo e tirou a
mão do mel do céu que ele não podia esperar para
explorar. Ele estendeu a mão, empurrou as calças para
baixo e tirou as botas, até que ele estava nu também.

Seus lábios rapidamente fizeram seu caminho de volta


para ela. Era uma necessidade desesperada que ele não
podia negar. Ele engasgou e então gemeu alto em sua boca
quando sentiu os dedos passarem curiosamente sobre sua
ereção. Nunca em um milhão de anos tinha pensado que
ela seria tão apaixonada, não sabia que era possível.

Ele alcançou entre eles e gentilmente envolveu a mão


ao redor de seu comprimento e mudou-se, mostrando-lhe o
que ele gostava. Ela fez isso, fazendo-o ofegar e gemer. Ele
deslizou a mão entre suas pernas, deslizando um segundo
dedo dentro dela até que ela estava gemendo e chorando
baixinho em sua boca. Ficaram ali durante vários minutos
enquanto o prazer disparou através de seus corpos.

Era demais para qualquer homem sensato tomar. Ele


tirou a mão e empurrou-a gentilmente sobre o banco longo
almofadado com seu corpo roçando a mão. Ele a beijou
profundamente quando se posicionou. Parte dele sabia que
estava muito provavelmente prestes a tomar sua
virgindade, mas ele não se importou. Ela não estava
dizendo nada e nem ele iria. Eles estavam demasiado longe
no momento para se preocupar com regras, decoro ou as
consequências que estavam muito provavelmente indo
rasgar suas vidas separadas.

Robert se arrumou empurrou incapaz de esperar mais.


Ele ouviu seu suspiro de dor e beijou-a profundamente,
tentando distraí-la. A ponta do seu pênis entrou em contato
com a prova de sua inocência. Quando ela não protestou,
gritou, ou exigiu que ele saísse dela, ele se afastou e
empurrou, até que ele estava enterrado profundamente
dentro dela.

De alguma forma, foi capaz de se segurar quando tudo


nele exigia que se movesse. Um olhar para o seu belo rosto
e ele foi nocauteado em sua bunda. Ela era dolorosamente
linda quando ela tentou dar-lhe um sorriso tranquilizador,
mesmo quando as lágrimas desciam de seu rosto. Ele
pressionou beijos carinhosos em suas bochechas, beijando
as lágrimas, querendo tranquilizá-la de que ele iria cuidar
dela.

Ele moveu a boca de volta para a dela e beijou-a


lentamente, tentando mostrar a ela o quanto estar com ela
significava para ele. Nunca tinha sentido tanto por outra
pessoa em toda a sua vida e para alguém que ele não
conhecia o surpreendeu, nunca permitiu que ninguém se
aproximasse dele, não confiava em ninguém. Ele não
conseguia entender como ela consumiu todos os seus
sonhos e desejo, queria abraçá-la a noite toda e mantê-la a
salvo de danos, algo que ele nunca quis fazer com outra
mulher.

Logo, ela se acostumou com a invasão e começou a


mexer debaixo dele, testando seu controle. Ele lentamente
girou os quadris se certificando de que ela estava
realmente pronta para ele. Ele podia sentir sua curva de
boca em um sorriso por baixo dele e foi aí que ele percebeu
que ele estava sorrindo também, fazendo-o rir, Pela
primeira vez em muito tempo, sentiu-se despreocupado.
Ele a beijou profundamente quando ele lentamente
empurrou dentro dela, apreciando a sensação de paredes
de seda molhada acariciando seu pênis.

Elizabeth instintivamente envolveu suas pernas ao


redor de sua cintura, tentando segurá-lo dentro dela.
Robert segurou-lhe o peito, apertando-o suavemente
quando passava seu polegar o mamilo duro. Gemidos,
estalos do fogo, e os sons de corpos batendo suavemente
um contra o outro ecoaram em todo o laranjal mal
iluminado.

Robert podia sentir seu corpo apertar como um vício


em torno dele. Ele gemeu quando ele se moveu mais e
mais rápido, fazendo-a gritar de prazer. Suas unhas
cravaram em suas costas, mas ele não se importava. Ele
abriu os olhos e viu o mundo dela explodir. Ele precisava
dela para encontrar sua libertação antes que pudesse puxar
para fora. Ele estava determinado a fazer isto bom para
ela.

Seu corpo começou apertando impiedosamente em


torno dele. Tão bom como era a sensação de ter seu aperto
em seu pau assim, sentiu-se ainda melhor sabendo que ele
tinha sido o único a dar-lhe esse prazer. Inferno, ele queria
rir e gritar de alegria que esta bela Atrevida encontrou seu
momento com ele. Sua Atrevida.

A realidade do momento afetou bastante. Ela ainda


estava apertando-o e gemendo. Sua boca encontrou seu
pescoço e beijou-a sofregamente, chupando e lambendo e
levando-o para fora de sua maldita mente. Ele não
conseguia segurar, precisava desesperadamente sair.
Estava ficando muito perto. Só mais um impulso, ele disse
a si mesmo, apenas mais um.
Quando a sua libertação correu em cima dele, ele
engasgou, tentando encontrar forças para puxar fora dela.
Assim como de alguma forma ele encontrou a força de
vontade para tirar, ela começou apertando-o novamente,
destruindo completamente a sua resistência. Sua cabeça
caiu para trás e ele reprimiu um rugido de prazer quando
encontrou sua própria libertação. Foi o momento mais
intenso de sua vida. Ele continuou a se mover até que tinha
certeza de que ela tinha acabado. Quando ele sentiu que
suas paredes espremeram delicadamente em torno dele
uma última vez, ele caiu sobre ela, preguiçosamente
beijando seu pescoço, queixo e boca. Ainda ninguém falou.

Robert estava fraco demais para falar. Foi a maneira


mais estranha para tirar a virgindade de uma mulher, sem
quaisquer palavras ditas de promessa ou explicação. Ele
sempre foi um amante gentil, tendo uma mulher
lentamente para prolongar a sua libertação, nunca tinha se
taxado antes. Agora seu corpo estava exausto e
encharcado. Esta foi a mais intensa experiência sexual de
sua vida e ele nem sabia o nome dela.

Não que ele nunca tinha feito amor com uma inocente
antes, mas certamente algo deveria ter sido dito. Os nomes
deviam ter sido trocados no mínimo. Foi, sem dúvida, a
noite mais apaixonante de sua vida. Ele nunca tinha sido
tão movido pelo desejo ou necessidade, antes de fazê-lo
estar desesperado para fazer amor com uma mulher.
Ele se afastou para olhar para ela, esperando que ela
chorasse, gritasse ou batesse nele. Ele tinha sido um gigolô
tomando sua inocência. Mas, em vez de fazer o que ele
esperava, o que merecia, ela sorriu docemente para ele e
deu um beijo suave na boca. Robert virou o beijo em um
profunda exibição lenta, de apreço, paixão e necessidade.
Ele ainda estava dentro dela e se surpreendeu ao descobrir
que estava endurecendo novamente. Ele a queria mais uma
vez, desesperadamente, mas não podia fazer isso com ela.

Ele respirou fundo e começou lentamente a retirar, no


entanto, ela estava com as pernas enrolado em torno de
sua cintura e o prendeu. Ele levantou uma sobrancelha em
questionamento. Então, ela falou pela primeira vez desde
que tinham começado.

— Podemos fazer isso de novo? — ela perguntou


timidamente.
Capítulo Oito

Robert só poderia rir. Ele se inclinou e beijou-a.

— Sim, Atrevida, podemos fazê-lo novamente. — Ele


pontuou cada palavra com um impulso lento de seu eixo
endurecendo.

Ele a levou lentamente desta vez, apreciando cada


impulso único dentro de seu corpo. Ela era apaixonada,
muito apaixonada. Ela não estava contente em deitar
enquanto ele deitava com ela. Ela beijou sua boca, queixo e
pescoço avidamente enquanto suas mãos corriam por seu
cabelo, por suas costas e, finalmente, segurou sua bunda.
Ele poderia jurar que ela gemeu de prazer só de tocá-lo.

Ele quebrou o beijo e se afastou apenas longe o


suficiente para que pudesse ver sua face. Ela sorriu
timidamente para ele. Ela era tão linda. Ele diminuiu o
ritmo e fez suas estocadas rasas, destacando cada
movimento. Ela lambeu os lábios com avidez.

— Você gosta disso, não é, Atrevida?

— S- sim, por favor, não pare.

Ele balançou a cabeça.

— Nunca.
Ele gentilmente tirou as mãos dela e segurou-as acima
de sua cabeça, entrelaçando os dedos enquanto ele fazia
amor com ela. O gesto fez sentir mais intenso o que
estavam fazendo. Logo ela estava jogando a cabeça para
trás e choramingando.

Robert tomou sua boca, beijando-a profundamente


quando ele acelerou suas estocadas dentro dela. Ela
agarrou as mãos com força. Ele sentiu seu corpo apertar ao
redor dele mais uma vez. Não havia nenhum ponto em
puxar para fora agora. O dano já havia sido feito. Eles
explodiram no mesmo momento. Ele não se incomodou
tentando esconder seu prazer neste momento. Eles
estavam muito longe do alto salão de baile para que todos
pudessem ouvi-los. Mesmo que eles não estivessem lá, não
havia nenhuma maneira de pará-lo agora.

— Oh Deus! — Ele rugiu.

Ele caiu em cima dela, suado e saciado, não conhecia


muitas mulheres que apreciavam um homem suado em
cima delas, então moveu-se para rolar para fora dela
quando seus pequenos braços quentes enrolaram ao redor
de seus ombros.

Sua Atrevida deu um beijo suave na boca. Ela puxou-o


para mais perto, enquanto ela passou as mãos sobre suas
costas úmidas em um movimento suave. Ele beijou sua
bochecha e ficou surpreso quando ela suspirou de prazer.
Ele não podia evitar, mas se perguntar, como as mulheres
podiam ser tão completamente diferentes.

Elizabeth moveu a cabeça para trás para que ela


pudesse olhar em seus olhos.

— Obrigada por esta noite. Eu vou sempre me lembrar


dela. — Ela parecia e soava muito grata. Ele não podia
imaginar o que tinha feito por ela, além de ter sua
inocência sem pedir. Ele não deveria ser agradecido,
deveria ser fuzilado.

Ele suspirou, balançando a cabeça.

— Atrevida, ...

— Shhh, — ela apertou um dedo à boca. — Eu não


quero que você se sinta culpado por isso. Foi perfeito. Esta
será sempre a noite mais apaixonante da minha vida e eu
vou sempre valorizá-la. Por favor, não fique bravo. Eu não
estou.

— Atrevida, — ele começou de novo, — você deve


estar louca... o que fizemos.... o que eu fiz foi imperdoável.
Eu...

— Não há palavras, sem desculpas. Basta deixar


permanecer este momento perfeito entre dois estranhos
que encontraram conforto um com o outro.

Conforto? Era um inferno de muito mais do que


conforto. Foi intenso, indescritível, e possivelmente a coisa
mais estúpida que ele já tinha feito. Ele tinha acabado de
acorrentar sua perna a esta bela estranha.

Com pesar real, ele se afastou de seus braços e


começou a se vestir.

— Olha, nós precisamos conversar.

— Sobre o quê? — Ela perguntou, puxando suas


meias. Forçou-se a pensar sobre a sua situação e ignorar
as belíssimas pernas dela.

Ele balançou a si mesmo.

— Atrevida, eu só tomei sua inocência. Precisamos


casar agora. Eu acho que, pelo menos, apresentações
necessárias estão em ordem. Meu nome é ...

Sua pequena mão rapidamente cobriu sua boca.

— Por favor, não faça. Eu preciso que você entenda.


Eu não tenho planos de casar. — Quando ele se afastou
para protestar contra, ela o interrompeu novamente. — Eu
não tenho vontade de me casar com você. O que você fez
para mim, esta noite foi um presente especial. Eu sempre
serei grata por isso. Por favor, permita-me manter esta
memória bonita.

Após uma longa pausa, ele relutantemente concordou.


Não havia sentido em discutir com ela, nunca iria forçar
uma mulher a fazer qualquer coisa que ela não quisesse
fazer. Ele certamente não estava prestes a agradecer a
esta mulher pela noite mais maravilhosa de sua vida,
roubando-a de sua liberdade sem justificação.

— Se isso é o que você deseja, mas devo dar-lhe o


meu nome no caso de, — seu olhar caiu para o estômago,
— você e eu termos feito uma criança esta noite, — ele
terminou em voz baixa.

Ela suspirou baixinho. Ela não tinha pensado sobre


isso. Um bebê? Ela queria ter filhos, desesperadamente.
Não que isso nunca fosse acontecer. Sua mãe disse-lhe que
era impossível engravidar pela primeira vez. Era inédito.
Portanto, não havia nada a temer.

— Não há nada com que se preocupar, — disse ela


quando ela terminou seu cabelo, tentando tranquilizá-lo.

Sua única esperança era que ela parecesse


apresentável. Não que isso importaria. Assim que ela
voltasse para o baile, estaria saindo com uma dor de
cabeça. Depois de um tempo maravilhoso com ele, ela não
queria estragar a memória com os homens insípidos que
sabia que esperavam por ela.

Ele terminou de se vestir também.

— Não há nada para se preocupar? Atrevida, se você


está carregando meu filho eu certamente me preocuparia
com isso. Eu nunca vou ficar de fora quando qualquer um
dos meus filhos são criados sem mim. Eu não sou esse tipo
de homem.
Não, ela de alguma forma sabia que ele não era.

— Aqui,— ele disse de repente enquanto procurava


nos bolsos. Ele tirou um pequeno toco de lápis e um
pequeno pedaço de pergaminho do bolso do paletó e
escreveu o nome dele, sabendo que ele provavelmente
estaria fora do país até então.

Por um momento ele pensou em adiar sua viagem por


alguns meses para se certificar de que ela não estava
grávida, mas ele sabia que era impossível. Se ela
procurasse por ele, ela seria capaz de descobrir
rapidamente quem sua família era e pedir James para obter
ajuda. James iria mover céus e terra para trazê-la a ele,
para que pudessem se casar imediatamente, por causa do
bebê. Ele puxaria o irmão de lado hoje à noite depois que
eles deixassem o baile, para discutir o assunto.

Ele dobrou a nota várias vezes antes de entregá-la a


ela.

— Pegue isso.

— Não.

— Eu não estou tentando arruinar isso. Se você se


encontrar com uma criança, abra-a e entre em contato
comigo ou meu irmão, por favor. — Quando ela não o
levou, ele continuou. — Se você não levá-lo, em seguida,
eu não vou ser capaz de permitir que você me deixe até
que eu tenha o seu nome.
Com um suspiro profundo, ela pegou o pedaço de
pergaminho dobrado e colocou-o em sua bolsa.

— Feliz?

Ele sorriu.

— Extremamente.

— Como está o meu cabelo?

O sorriso assumiu um significado diferente, quando ele


se inclinou e deu um beijo em sua testa.

— Perfeito.

— Devo ir primeiro e fazer as minhas desculpas para


sair?

Ele acenou com a cabeça, respectivamente.

— Obrigado por uma noite maravilhosa, Atrevida.

— O prazer foi meu, senhor, — disse ela, sorrindo


timidamente quando se virou e se dirigiu para a porta.

Oh, não querida Atrevida, foi definitivamente o meu,


pensou ele, enquanto a observava ir.

~*~

Elizabeth forçou um sorriso agradável e andou em um


ritmo lento pelo salão lotado quando tudo o que ela queria
fazer era fugir da multidão e encontrar um lugar tranquilo,
onde ela poderia acalmar seu coração acelerado. De
alguma forma, ela conseguiu escapar por entre a multidão
sem chamar a atenção de qualquer um dos seus muitos
pretendentes indesejados e, mais importantes, sua mãe,
quando ela fez seu caminho para uma sala de descanso.
Sem hesitar, ela fechou e trancou a porta atrás de si e
deixou-se cair no chão.

Levou apenas alguns segundos para que a realidade


se afundasse. Seu coração sentiu como se estivesse
correndo em seu peito. Ela tinha acabado de perder a
virgindade com um homem que não conhecia em um baile
lotado. Tão maravilhoso como tinha sido, ela não podia
deixar de pensar no que poderia ter acontecido se alguém
os tivesse encontrado ou se ele acabasse por ser um
caçador de fortunas. Ela poderia, neste exato momento ser
forçada a anunciar seu noivado com um homem que ela
não conhecia.

Todo o seu futuro poderia ter sido arruinado em


questão de minutos, tudo porque ela se permitiu ser levada
em um momento de fraqueza, tinha sido tão tola e tão
incrivelmente sortuda.

Como ela poderia ter feito algo tão irracional? Ela


tinha um plano para sua vida e certamente não envolvia
fazer amor com um homem que ela não conhecia em um
laranjal bem iluminado, onde qualquer um poderia ter
tropeçado em cima deles. Em questão de meses, ela iria
fazer vinte e quatro anos e ganhar controle sobre sua
herança. Em seguida, se mudaria para sua propriedade no
norte onde ela iria viver o resto de sua vida longe do
absurdo da ton.

Ela tinha sido uma mulher tão insensata esta noite


permitindo-se ser varrida por uma profunda voz sedutora,
boa aparência, olhos lindos e uma enorme necessidade de
fazer a coisa errada. Ela tinha sido impotente para negar-
lhe. Quando os lábios dele tocaram os dela, sentiu como se
um incêndio tivesse sido aceso em seu corpo e ela não
conseguia obter o suficiente dele. Suas bochechas
queimaram com humilhação. O que ele devia pensar dela!

As coisas que eles fizeram!

As coisas que ela fez!

Um pensamento bastante perturbador lhe ocorreu. E


se eles se esbarrassem em outro baile ou uma festa? Será
que ele esperaria uma repetição de hoje à noite? Será que
ela permitiria isso? Isso assustou a rapidez com que ela foi
capaz de responder a essa pergunta.

Sim, ela o faria.

Se a ela fosse dada uma outra oportunidade de estar


em seus braços, não hesitaria nem por um minuto. Ela
arriscaria tudo por um momento com ele. Sabendo quão
fraca ela estava quando veio para o bonito estranho e que
estava em risco, ela decidiu que havia apenas um curso de
ação deixado para ela. Ela tinha que sair de Londres mais
cedo do que tinha planejado originalmente.

~*~

— Aí está você! — Sua mãe disse brilhantemente,


malditamente muito brilhantemente.

Robert olhou ao redor do grande salão de baile, na


esperança de encontrar sua Atrevida. Fiel à sua palavra ela
tinha ido embora. Agora, ele foi deixado neste baile terrível
com as memórias dela. Ele poderia simplesmente perguntar
por aí sobre ela, mas, então, isso iria colocá-los em uma
posição desconfortável. As pessoas iriam querer saber por
que ele estava interessado e línguas abanariam. Talvez se
ele continuasse a ir com sua mãe na cidade pelas próximas
semanas, ele esbarraria nela. Era possível.

— Oh, Robert, Lord e Lady Norwood estão esperando


para vê-lo. Eles são tão animados. Eles não o vê, desde
que estava com...

— Quinze, — ele forneceu com um suspiro entediado.


Foi quando ele finalmente bateu o pé e recusou-se a estar
em qualquer lugar perto de Elizabeth Stanton. Esse foi
também o ano que a pirralha derramou tinta em sua
maldita xícara de chá na frente da bela Eleanor Tidsby, que
gritou em sua maldita cabeça antes que ela desmaiasse
quando viu a boca preta. Ele quase matou a moleque ali
mesmo.
— Isso soa certo. Venha, — disse ela, colocando a
mão na sua manga. Ninguém neste salão suspeitaria que
ela estava com o braço em um aperto de morte, sem
dúvida, deixando um grande hematoma. Não que ele se
importasse, teria outras marcas no seu corpo de sua
Atrevida. Ele mal parou de sorrir como um idiota. Ela
realmente foi maravilhosa, ele pensou um pouco antes de
ver Lady Stanton de pé ao lado de algumas mulheres
jovens, fazendo com que seu sorriso desaparecesse
instantaneamente.

— Ela não está esperando com sua mãe, ela está? —


ele perguntou.

— Quem?

— Elizabeth Stanton, — ele disse firmemente, sem


absolutamente nenhum humor para qualquer um dos jogos
de sua mãe, não esta noite.

Ela deu um tapinha no braço.

— Não, meu caro. Ela está em algum lugar por aí. É


muito ruim. Vocês dois são muito parecidos.

— Tome isso de volta ou você nunca terá quaisquer


netos de mim, — ameaçou, insultado que sua mãe diria
algo tão horrível sobre ele.

Ela revirou os olhos e suspirou.


— Tudo bem. Eu não vou mencioná-la novamente. Tão
sensível, — ela disse em voz baixa quando chegaram Lord
e Lady Norwood.

— Robert, meu rapaz, — Lord Norwood disse com um


sorriso enquanto ele estendeu a mão e pegou a mão de
Robert firmemente na dele. O homem estava grisalho, mas
ainda assim uma visão impressionante.

— É um prazer vê-lo de novo, meu Senhor.

Com o canto do olho, ele viu Lady Norwood sussurrar


algo no ouvido de Heather. Ele não podia acreditar no quão
grande a mulher era. Talvez a pirralha fosse também. Se
ao menos, ele pensou com um suspiro interior. Heather
atirou a sua mãe um olhar irritado antes que ela fizesse
uma reverência e se afastasse, claramente descontente
com o que sua mãe disse. Seu pai e seu irmão se
aproximaram e se juntaram a eles um momento depois.

Um olhar para a expressão satisfeita de sua mãe e ele


sabia que ela estava tramando algo. Ela ficou olhando ao
redor da grande multidão expectante e depois de volta para
James antes que ela olhasse para seu pai, que assentiu
com a cabeça ligeiramente, como se a responder a uma
pergunta silenciosa. Oh inferno, pobre James. Seus pais, ao
que parecia, estavam jogando de casamenteiros. Ele
conhecia a expressão no rosto de sua mãe e, na verdade,
temia o dia em que fosse focada nele, o que era outra
razão pela qual ele estava indo embora.
— Robert meu filho, seu pai estava me contando sobre
a sua nova propriedade. Parabéns, — disse o Lord Norwood
com um sorriso que não era nada como o sorriso falso que
sua esposa atualmente tinha colado ao seu rosto.

— Obrigado, meu Senhor, — disse ele, sem se


preocupar em mencionar que ele não mais possuía estes
imóveis.

Com o canto do olho, ele viu Lord e Lady Norwood a


parte. Um segundo depois, uma jovem mulher estava
praticamente empurrada entre eles. Ele viu James suspirar
e seus olhos se arregalaram. Sua mãe parecia muito
contente, assim como seu pai. Robert se virou para ver o
que eles estavam olhando e sorriu.

Sua Atrevida.

— James, Robert, você se lembram de nossa filha


mais nova, Elizabeth? — Disse Lady Norwood com orgulho.

Oh, inferno.
Capítulo Nove

Elizabeth correu os olhos sobre o homem de pé na


frente dela. Ela não ia desmaiar ou gritar, ela decidiu
quando tentou manter a calma. Ela empurrou a mão dentro
de sua bolsa e tirou o pequeno pedaço de papel e abriu-o,
mantendo seus olhos voltados para o pequeno grupo na
frente dela, sorrindo encantadoramente quando ela rezava
para que tudo isso fosse um erro. O mais discretamente
possível, olhou para o pedaço de pergaminho na mão. Ela
gemeu interiormente. No papel escrito claramente estava o
nome de Robert Bradford.

Isso não poderia estar acontecendo...

O sorriso de Robert desapareceu apenas para ser


substituído por uma carranca afiada em sua direção. Ela
estava prestes a dizer algumas palavras bem escolhidas
para ele, quando James se adiantou. Meu Deus, o homem
ainda era um espetáculo para ser visto.

— Lady Elizabeth. — Ele pegou a mão dela e se


inclinou sobre ela. — Você cresceu numa jovem mulher. —
Ela fez uma reverência, mesmo quando seus olhos se
atiraram de volta para Robert. Seu rosto queimava de
vergonha só de pensar o que tinham feito. Sua carranca se
intensificou quando ele a notou corar.
— Eles estão prestes a começar a valsa da ceia, —
disse a mãe não muito sutilmente, intensificando sua
mortificação quando ela realmente não tinha pensado que
era possível.

~*~

— Ah, Lady Elizabeth!

Robert olhou para trás e quase riu. O senhor Dumford


estava vindo para reclamá-la. Boa. Não havia ninguém que
merecesse mais do que essa mulher. Ele surpreendeu a
rapidez com que ela deixou de ser sua Atrevida para essa
mulher horrível em sua mente. Todas essas lembranças
vieram à tona. Deus, ele a odiava. Não importava que ele
ainda a quisesse. Ele a odiava e isso era tudo que
importava.

— Posso ter o prazer da valsa da ceia e, em seguida,


talvez levá-la para jantar? — Senhor Dumford perguntou
com aquele maldito tom pomposo que ralou da pior
maneira.

— Sinto muito, meu senhor. Eu já prometi a outro


cavalheiro para dançar e jantar com ele hoje à noite, —
disse ela docemente, muito gentilmente, na verdade.

— Quem? — Perguntou Lord Dumford bastante


grosseiro.

— Eu, — disse James com firmeza.


Droga!

James estendeu a mão.

— Eu acredito que esta é a nossa dança, Lady


Elizabeth, — disse James sem problemas. Seus pais
estavam praticamente vertiginosos. Isso foi planejado! Eles
queriam James e Elizabeth juntos.

O inferno que ia acontecer!

Ele não apoiaria isso.

~*~

Elizabeth não teve outra escolha a não ser aceitar sua


oferta. Embora ela não se importasse de cumprir uma
fantasia de infância por dançar com James, ela precisava
falar com Robert e obter suas histórias em linha reta. Uma
vez que isso fosse feito, ela ficaria feliz em batê-lo na
cabeça com seu livro, ela pensou com um sorriso.

— Eu acredito que você está correto, meu senhor, —


disse ela enquanto ela tomava seu braço oferecido,
deixando Robert para trás a olhá-los.

Eles tomaram o seu lugar entre os outros casais na


pista de dança. James sorriu para ela.

— Devo dizer, Elizabeth, você não se parece com a


criança que me lembro.
— Quatorze anos fazem isso, meu senhor, — disse ela
friamente, fazendo-o visivelmente estremecer.

— Ouch. Acho que agora devo pedir desculpas pela


minha ausência. Eu não fiz isso para ser cruel, minha
querida. Eu tinha que apoiar meu irmão e tudo isso.

— Eu pensei isso. Você estava sempre perto da minha


família. Presumi que sua ausência foi em apoio ao seu
irmão.

— Bem, você não pode culpar o menino. Você


claramente o levou no caminho para Casa de tolos, — disse
ele com um sorriso.

Ela tinha orgulho nisso. Ela realmente não deveria,


mas ela tinha.

— Ele não era um anjo, se bem me lembro, — ela


apontou quando a valsa começou.

Ele riu. — Não, ele certamente não era. Eu me lembro


de um incidente em que ele cortou o seu cabelo.

— Sim, eu acredito que alguém colocou alcatrão ou


alguma substância pegajosa na sela, — disse ela
inocentemente.

James riu de coração.

— Sim, eu acredito que eu me lembro disso. Ele foi


forçado a deixar as calças para trás e correr para a casa,
enrolado em um cobertor de cavalo que pinicava.
Ela encolheu os ombros delicadamente quando eles
viraram.

— Eu ainda não vejo como ele me culpou por algum


descuidado colocar um artigo tão pegajoso.

Seus olhos brilharam com alegria.

— Como ele jamais se vingou de você? Se minha


memória está correta, vocês ambos eram tão cauteloso em
torno de si e constantemente em guarda.

— Eu estava andando debaixo de uma árvore com


Mary quando ele estendeu a mão e agarrou a minha trança.
O imbecil bobo estava pendurado de cabeça para baixo de
um ramo. Ele segurou com força, ignorando bofetadas de
Mary enquanto ele cortou minha trança com um canivete
de bolso.

Ele se encolheu.

— Isso deve ter doído.

Ela sorriu docemente.

— Não tanto quanto a surra que seu pai deu a Robert


mais tarde.

— Eu aposto. — Ele riu. — Vocês dois eram terríveis.

— Eu era pior, — disse ela com um brilho nos olhos.


Ele riu quando ele a levou em torno da pista de dança.
Quando a dança terminou, ele levou-a da pista para a
sala de jantar. Ele caminhou com ela para uma mesa perto
da parede distante e puxou uma cadeira para ela.

— Aí está, — disse Robert, tendo um dos assentos


extras em sua mesa. Ele colocou um prato repleto de
comida e um copo de ponche na mesa.

— Por favor, se junte a nós, — disse James


secamente.

— Obrigado, eu acredito que devo, — disse Robert


alegremente.

— Eu vou pegar alguma coisa para comer, — disse


James agradavelmente com ela antes de enviar um breve
olhar na direção de Robert.

Elizabeth observava nervosamente enquanto James se


afastava.

— Nunca vai acontecer, — disse Robert em torno de


um pedaço de biscoito.

— O quê?

— Você e meu irmão. James sempre pensa em você


como a gordinha pé no saco que costumava segui-lo ao
redor.

— E você vai ser sempre o menino chato que


costumava deixar mais poças ao redor da casa do que o
meu cão.
Seu temperamento queimou.

— Por que sua pequena ...

— Ah, Lady Elizabeth, posso acompanhá-lo? — Um


homem com uma expressão ansiosa que irritou Robert,
perguntou.

— Não, vá embora, — disse Robert, olhando para o


homem.

O homem abriu a boca, mas rapidamente fechou-a


quando ele correu para longe.

— Isso foi rude! — Elizabeth sussurrou baixinho.

Ele apenas deu de ombros quando ele cavou em sua


comida.

— Aqui está. — James colocou um pequeno prato de


comida e um copo de ponche na frente dela.

— Obrigado, meu Senhor.

— James. Por favor, me chame de James. Nossas


famílias são velhas amigas, depois de tudo.

— James, obrigada, — disse ela amavelmente.

Robert revirou os olhos e olhou de volta para o prato.


Maldição aqueles biscoitos estavam realmente quentes e
muito bons. Não a norma para a comida de baile. Ele
estendeu a mão e agarrou o biscoito fora do prato dela.

— Obrigado, — ele murmurou.


Elizabeth simples revirou os olhos.

— Robert, — James assobiou.

— Oh, muito bem. — Ele estendeu a mão e agarrou


biscoito de seu irmão também, não poderia ter
impropriedades afinal.

— Você está se divertindo nesta temporada, Elizabeth?


— perguntou James, claramente ignorando-o agora.

Os olhos dela foram para Robert. Havia aquele corar


novamente. Ele gostava daquele corar sobre ela.

— Sim, muito obrigada.

— Você já teve a chance de ver as atrações? —


perguntou James.

Ambos sabiam que ela tinha vindo a Londres todos os


anos de sua vida. James realmente precisava trabalhar em
sua conversa do jantar, Robert decidiu.

— Ainda não, — disse ela com um sorriso educado.

— Você realmente deve verificar os laranjais. Eles são


muito interessantes, — Robert disse antes que pudesse se
conter. Ah, bem, pelo menos ela corou novamente.

— O quê? — Perguntou James, parecendo confuso


quando ele desviou o olhar entre os dois.

— Nada, — ele murmurou. Esta mulher era sua


inimiga. Se ele não parasse de dizer coisas estúpidas, eles
seriam descobertos e, em seguida, ele estaria preso a ela
por toda a eternidade. Ele estremeceu com o pensamento.
Para o resto da refeição, ele permaneceu em silêncio,
limitando-se a recarregar seu prato cinco vezes, em vez de
seu habitual dez para que ele pudesse ficar de olho nela.
Quando eles acabaram com sua refeição eles se
encontraram com os seus pais. Os planos para o resto da
noite foram rapidamente. Decidiu-se que ambas as famílias
iriam para a casa de seu pai para um jogo de cartas e uma
bebida.

Robert esperou até que seus pais e James estivessem


à frente deles antes que ele pegasse Elizabeth pelo braço e
a arrastasse em direção ao pequeno corredor por trás da
grande escadaria. Estava escuro e, mais importante,
privado.

— Tire suas mãos de mim! — Ela exigiu.

— Precisamos conversar, — disse ele com os dentes


cerrados.

— Não temos nada para conversar.

— Eu discordo. — Ele se forçou a ignorar o seu corpo


suave e quente pressionado contra o dele. Ela tentou
passar por ele, mas ele não estava tendo isso. Ele
empurrou-a contra a parede.

— Robert, deixe-me ir! Eles vão perceber nossa


ausência.
— Muito ruim. Eu quero saber por que você me
enganou.

— Ninguém enganou ninguém. Foi apenas um erro, e


deve ser esquecido.

Um erro? A noite mais apaixonada de sua vida foi um


erro? Sua primeira vez e isso é o que ela pensava. Isso
ralou em cima dele da pior maneira.

— É isso que você pensa, Beth?

— Não me chame assim.

— Por que, Beth?

— Você sabe que eu odeio esse nome.

— Oh, desculpe, Beth. Peço desculpas, Beth. — Ele


estava sendo mesquinho e ele sabia disso, mas ele não deu
a mínima. Ela sempre tirou o pior dele.

Ela estendeu a mão e torceu-lhe a orelha.

— Ai!

— Saia do meu caminho, Robert Limonada, — disse


ela casualmente, irritando-o da pior maneira.

Ela soltou seu ouvido assim que ela voltou para o hall
de entrada depois de ter certeza que estava vazio.

— Bom vê-lo novamente, Robert.


Capítulo Dez

Ele distraidamente esfregou a orelha enquanto


cavalgavam pela cidade. Sua mãe e seu pai não poderiam
dizer o suficientes de coisas agradáveis sobre Elizabeth. Ele
queria vomitar. James parecia concordar com eles. Ele
acenou com a cabeça muitas vezes e sorriu. Querido Deus,
o homem estava gostando de sua pequena Atrevida.

James e Elizabeth, a ideia era horrível. Tê-la como


cunhada iria levá-lo a beber. Pobre James, o maldito
bastardo estaria preso com ela dia e noite. A ideia de
James experimentando sua Atrevida não era reconfortante.
Sua Atrevida? Ela não era nada sua. Isso não queria dizer
que ele queria que ela se juntasse à família, porque ele não
queria e ela não seria. Ele não iria colocar um fim a isso ao
longo do ciúme. Ele tinha as futuras gerações de Bradfords
para se preocupar depois de tudo. Só porque a ideia dela
com outro homem fazia seu sangue ferver não significava
que ele estava com ciúmes. Exatamente o oposto, na
verdade, não queria ver qualquer homem amarrado com
uma mulher tão horrível.

— O que está acontecendo? — James perguntou de


repente, fazendo-o perceber que ele estava olhando para o
irmão desde que tinham deixado o baile.
— Fogo! — Seu cocheiro gritou quando a carruagem
veio a uma parada abrupta, sacudindo a todos.

— Harold, é a nossa casa, — gritou Danielle.

— Bobagem, — Harold bufou quando ele inclinou-se


para olhar para fora da pequena janela quadrada.

— É!

Robert já estava pulando para fora do carro e correndo


antes que a última palavra estivesse fora da boca de seu
pai. À frente dele Lord Norwood e, caramba todos para o
inferno, Elizabeth também estavam correndo em direção ao
grande incêndio.

Elizabeth parou na frente das empregadas chorando.

— Johnny está lá!

— Quem é Johnny? — Perguntou Elizabeth, recebendo


a atenção da empregada mais próxima a ela.

— Ele é neto do cozinheiro, está visitando. Oh, ele é


tão pequeno! — A empregada chorava, seu olhar
horrorizado fixo na casa lentamente sendo consumida pelas
chamas.

Ela agarrou os ombros da empregada, ignorando a


fumaça e chamas por um momento.

— Onde ele está?

— Na parte de trás! Na parte dos servos!


— Elizabeth, volte! — Seu pai gritou da fila de homens
que tratavam as baldes de água.

— Tem certeza que ele não saiu? — Ela perguntou a


empregada, ignorando as demandas de seu pai.

— Sim! Ele estava chorando quando eles me


arrastaram para fora!

— Ok, a parte de trás você disse?

— Sim!

Elizabeth pegou um balde de passagem de água e


derramou sobre ela mesma.

— Minha Senhora? — A empregada perguntou,


surpreendida pelo comportamento estranho, mas Elizabeth
já estava fora e correndo para a casa cheia de fumaça.

— Elizabeth!

— Beth!

Ela ignorou os gritos e apertou o xale molhado em sua


boca para que pudesse respirar através da espessa fumaça.
Ela se abaixou e mudou-se para a frente. Seus olhos já
estavam ardendo pelo tempo que ela levou até o degrau da
frente, não tinha ideia de onde o fogo começou, mas tinha
uma boa ideia que pudesse ter começado no segundo
andar, uma vez que ela não viu qualquer sinal de chama
através da espessa fumaça. As casas antigas como esta
subiam rapidamente, uma vez que a chama pegou então
ela sabia que não havia muito tempo para adivinhar. Ela
mudou-se para a parte de trás da casa, saltando sobre
escombros e evitando o teto desmoronando ao longo do
caminho, enquanto rezava para que estivesse indo na
direção certa.

— Johnny! — ela gritou, tossindo quando ela fez seu


caminho através da cozinha esfumaçada para os quartos
traseiros. Ela não esteve na casa, em mais de dez anos,
mas foi capaz de se orientar, ela sabia assim como ela
própria.

— Johnny! — ela gritou de novo quando ela alcançou o


quarto dos empregados, lembrou que o cozinheiro tinha o
quarto no final do pequeno corredor e continuou andando,
rezando para que nada tivesse mudado desde a ultima vez
que ela esteve aqui.

Na metade do pequeno corredor uma mão ao redor do


seu braço a puxou-a para uma parada.

— Que diabos você pensa que está fazendo?— Robert


perguntou, gritando para que ele pudesse ser ouvido sobre
o crepitar do fogo alto e os sons de madeira caindo por
perto.

Desesperada para encontrar o menino, ela empurrou-o


pelo braço, até que ele a soltou e praticamente correu para
o quarto da cozinheira. Ela abriu a porta. Através da
fumaça, ela só poderia fazer mal para fora, uma pequena
cama feita de um lado e um pequeno estrado no chão do
outro lado da sala. Este era o quarto. Tinha que ser.

— Johnny!

— Aqui, — disse uma voz pequena, parecendo


apavorada.

— Sob a cama! — Robert gritou.

Os dois rapidamente caíram de joelhos. Elizabeth se


inclinou e olhou debaixo da cama e quase chorou de alívio
quando viu o menino enrolado debaixo da cama.

— Vem cá, meu bem, — disse Elizabeth em voz baixa


ao redor de uma tosse quando a fumaça ameaçava sufocá-
la.

O menino balançou a cabeça.

— Vem cá, você está preocupando sua avó. Você não


quer fazer isso, não é?

— Não, — disse Johnny, balançando a cabeça. — Eu


estou com medo.

— Eu também estou. Eu preciso que você venha aqui,


Johnny, e me ajude, — disse ela com firmeza, esperando
que a demanda fosse suficiente para convencê-lo a sair.

O menino pensou um pouco antes de relutantemente


concordar. Hesitante, ele estendeu a mão e pegou a mão
dela. Quando um estalo alto ecoou por toda a sala, alguns
segundos depois, o menino assustado tentou puxar de
volta, mas Robert agarrou seu braço e puxou o menino
para fora o resto do caminho antes que ele pudesse voltar.
Johnny gritou de surpresa.

— Bem, vamos lá, — disse Robert, chegando para trás


e tomando-lhe o braço. Ele puxou-a para a cozinha, onde
ambos congelaram de horror. O caminho que eles vieram
agora estava em chamas.

— Pela parte de trás! — Elizabeth gritou. Ela puxou


sua mão e puxou-o para a porta que dava para o pequeno
jardim. Ela conseguiu arrancar a porta aberta e fugiu de
casa com Robert no reboque.

— Eu quero a minha avó! — Johnny soluçou.

Robert acenou com simpatia.

— Nós vamos levá-lo para ela. — Ele olhou de volta


para a casa. Felizmente, a casa era feita de pedra de
espessura. Iria ajudar a retardar a propagação do fogo para
outras casas e dar aos homens a oportunidade de apagar o
fogo. Eles podiam ouvir os homens gritando ordens para
mais água, enquanto outros gritavam de medo.

— Nós vamos ter que ir ao redor do beco, — disse


Elizabeth, sua voz crua da fumaça.

— Vamos, — disse ele de acordo.


Johnny passou os braços pequenos em torno de seu
pescoço, enquanto eles passaram através da espessa
fumaça que corria para o beco. Água jogada nos telhados
vizinhos para evitar a propagação do fogo escorria sobre
eles. A água fria sentia bem na pele superaquecida deles,
cinzas cobriam as peles.

Elizabeth apertou a mão dele, com medo que os


perderia na fumaça. Ela puxou não muito gentilmente para
levá-los para a rua onde ambos entraram em colapso em
acessos de tosse. Seus pulmões apertaram sob a demanda
de ar fresco.

— Aqui! — Um homem gritou.

Mãos fortes de repente apertaram Elizabeth pelos


braços e a arrastaram. Em segundos estava aninhada nos
braços fortes de alguém, olhou para cima esperando ver
seu pai. Em vez disso, estava olhando para o rosto coberto
de fuligem de Robert. Ela viu um músculo pulsar em sua
mandíbula quando ele olhou para ela.

— Vamos lá, precisamos tirá-la daqui, — disse ele com


voz rouca.

— Onde está Johnny? — ela perguntou, perto de


entrar em pânico quando não viu o menino. Se eles
tivessem perdido o menino na fumaça?

— Acalme-se. Ele está bem. Sua avó lhe arrancou dos


meus braços antes de eu bater na calçada.
— Precisamos de mais homens! Mais homens! —
Alguém gritou.

Eles olharam para ver a grande lacuna na linha de


balde de água. Sem uma palavra, ela se contorceu de seus
braços e correu para preencher a lacuna na frente da linha.

— Elizabeth!

Ela o ignorou. Assim que ela encontrou um ponto ela


pulou no ritmo de passar os baldes de água para o primeiro
homem na escada e tomando os baldes vazios de sua mão
e a passá-los para trás. Com o canto do olho, ela viu Robert
saltar para a linha. Ele trabalhou duro e rápido, mas
manteve os olhos sobre ela. Seu pai e James estavam mais
abaixo na linha, já encharcado até os ossos. As mulheres
em seu partido tinham ido embora junto com o carro de
sua família. Foi o melhor. Elas eram completamente inúteis
em torno de desmaio.

Várias mulheres, empregadas domésticas,


principalmente, de outras famílias, juntaram-se a linha ao
vê-la. Logo a água estava se movendo mais rápido. Seus
braços e costas estavam sofrendo sob a pressão constante,
mas ela empurrou, nunca pediu a alguém para aliviá-la e
nunca abrandou. As casas eram em sua maioria feitas de
pedra e a uma boa distância entre si, mas se não
conseguissem parar esse fogo, não haveria nada para
impedir a propagação do fogo de telhado em telhado até
que encontrasse um prédio de madeira. Então haveria um
grande problema.

Sete horas depois, o fogo tinha consumido tudo o que


podia. Os homens foram formando linhas para a casa e
apagando incêndios menores. Eles estavam muito felizes
que o fogo não se espalhou. A casa estava em ruínas
completas, mas diferente do que algumas queimaduras,
ninguém ficou gravemente ferido.

Elizabeth e os quatro homens completamente cobertos


da cabeça aos pés de fuligem molhada viajavam pelo carro
do Senhor Bradford para a Bethany House Londres, assento
de sua família. Ninguém ficou surpreso ao encontrar a sala
cheia de mulheres curiosas. Eles acenaram educadamente,
mas não responderam a quaisquer perguntas, estavam com
fome, cansados e doloridos. Tudo que Robert queria
naquele momento era um banho quente, uma cama quente
e, talvez, um corpo quente para segurar. Seu olhar saltou
para a Elizabeth ao mesmo tempo em que o dela disparou
para ele. Eles mantiveram o olhar até que um dos homens
limpou a garganta.

— Eu tenho quartos preparados para vocês e banhos


quentes devem estar a espera de todos nós, — Lord
Norwood disse, sua voz era tão áspera quanto a deles. —
Eu vou ter as refeições trazidas, descansem um pouco e
depois vamos sentar e descobrir algumas coisas. — Sua
atenção se voltou para Elizabeth. Ela engoliu em seco e
voltou para James, que a acalmou por pegar o cotovelo
com a mão.

— Você está bem? — Ele sussurrou.

Ela assentiu com a cabeça.

— Obrigado por sua ajuda, Elizabeth. Eu não acho que


teríamos apagado o fogo mais rápido ou teria tido esta
sorte de não perder ninguém no fogo, se as mulheres não
tivessem aderido, — disse James sinceramente.

— D-de nada, — disse ela, um pouco envergonhada


por toda a atenção.

— Eu terei que concordar. Obrigado, minha querida, —


disse o Senhor Bradford, curvando-se para ela.

Robert não falou. Seus olhos caíram para onde James


segurou seu cotovelo, antes que ele se virasse e fizesse um
gesto para um criado para lhe mostrar o seu quarto.

Seu pai parecia ao mesmo tempo orgulhoso e


chateado. Ele se inclinou e beijou sua bochecha.

— Nunca mais me assuste assim de novo. Não é bom


para o coração de um homem velho ver a sua filha mais
nova correr para um prédio em chamas.

— Sinto muito, papai, — ela murmurou quando ele a


beijou na testa.

— Corra e se limpe.
— Sim, papai. — Ela forçou um sorriso e fez seu
caminho para cima. Uma boa cama quente soou tão bem.
Um corpo forte morno agradável para se enroscar soava
melhor. Ela olhou para a ala de hóspedes e suspirou. Isso
teria sido muito bom.
Capítulo Onze

— Bom dia, Lady Elizabeth, — ele ouviu um lacaio


dizer em saudação à mulher que não tinha deixado seus
pensamentos desde o momento em que ele pôs os olhos
nela no laranjal.

Ele parou no meio da mastigação, perguntando se ele


deveria fazer-lhes um favor e esgueirar-se para fora da
porta dos criados e deixar o dia, mas a empregada
carregando um novo prato de ovos tomou a decisão de
suas mãos.

Com um suspiro expelindo, ele se levantou e pegou


dois de seus pratos vazios e se dirigiu para o aparador.
Com o canto do olho, viu Elizabeth entrar na sala de café
da manhã, chegou a um fim abrupto quando ela o viu,
dando um ansioso passo para trás antes um olhar de
determinação assumiu suas feições e ela se forçou a entrar
na sala. Então, ela não era uma covarde, ele pensou com
uma centelha de admiração, que era bom saber.

Porque ele simplesmente não podia evitar, ele levou o


seu tempo para carregar ambos os pratos com os
alimentos. Ele ignorou o adorável brilho homicida que ela
estava enviando em sua direção enquanto estava ao lado
dele segurando um prato vazio. Enquanto esperava por ele
para dar o fora do caminho, ela começou a bater o pé
impaciente, ele decidiu que talvez ele devesse adicionar um
terceiro prato agora, para poupar tempo mais tarde e para
irritar a pirralha. Tomou seu tempo fazendo suas seleções,
imaginando o quão longe ele seria capaz de empurrá-la
antes que ela começasse a gritar com ele ou jogasse o
prato em sua cabeça, mas para sua surpresa, ela não disse
uma palavra enquanto a fazia esperar.

Sentindo-se um pouco desapontado, ele pegou seus


pratos, com cuidado de não deixar cair um único bocado
delicioso, e levou-os de volta ao seu lugar na mesa.
Enquanto comia, ele observou-a fazer suas escolhas,
perguntando se ela ia sair da sala ou sentar-se na
extremidade da mesa para ficar longe dele. Ela não fez
nenhum nem outro, surpreendendo-o mais uma vez.

— Não poderia aguentar estar longe de mim? — ele


perguntou quando ela se sentou em frente a ele, porque,
aparentemente, ele era um idiota. Ele devia evitar essa
mulher e descobrir uma maneira de convencer sua mãe que
ele precisava sair antes que fizesse algo tolo como sufocar
a mulher sentada a sua frente ou a dobrar sobre a mesa,
levantar a saia de seu vestido rosa claro e aliviar a dor
entre suas pernas que agora estava se fazendo conhecida.

Em vez de lhe responder, ela simplesmente sentou-se


lá comendo calmamente enquanto fingia como se não o
tivesse ouvido. Ele não estava certo por que isso o irritou,
mas fez. Dada a sua história provavelmente seria o melhor
se eles ignorassem um ao outro, mas realmente queria
obter uma reação dela. Ele realmente adorava quando ela
reagia, pensou, lembrando-se de ontem à noite quando ela
estava debaixo dele, as unhas cravadas em suas costas
enquanto ele deslizava dentro e fora de sua incrivelmente
bainha apertada.

Com uma maldição murmurada, ele concentrou sua


atenção de volta para a sua comida quando mudou de
posição na cadeira para tentar ajustar as calças já muito
apertadas. Cobiçar a pé no saco não ia ajudá-lo. Ela tinha
arruinado sua vida e ele seria inteligente para lembrar
disso, não importa o quão boa a sentiu em seus braços.

— Bom dia, Elizabeth, — seu irmão disse quando ele


entrou na sala, parecendo genuinamente satisfeito e
virando o olhar de Robert.

O bastardo traiçoeiro, ele pensou, enquanto observava


seu irmão andar sobre a Elizabeth, que estava sorrindo
para o filho da puta, e dar um beijo na parte de trás de sua
mão.

— Bom dia, James, — disse ela, sorrindo e não o


irritando.

Nem. Um. Pouco.

Quando seu irmão relutantemente se afastou de


Elizabeth para encher um prato no aparador, os olhos de
Robert se estreitaram sobre ele, levando o casaco e calças
que lhe cabiam à perfeição bem equipado e, em seguida,
até as roupas emprestadas que agora ele usava e odiava.
Elas eram muito pequenas, muito apertadas e,
infelizmente, muito curtas. Ele parecia ridículo enquanto
seu irmão parecia cada centímetro do senhor que ele era.

Todas as suas roupas tinham sido arruinadas pelo fogo


e as roupas que usara na noite passada era irrecuperáveis.
Esta manhã, ele havia sido confrontado com a escolha de
usar as roupas emprestadas de só Deus sabe quem ou ficar
em seu quarto vestindo suas cuecas até que algumas
roupas novas pudessem ser feitas e entregues a ele. Ele
deveria ter ficado em seu quarto, percebeu com um
grunhido irritado quando voltou sua atenção para a comida.

— Quais são os seus planos para esta manhã? —


perguntou James.

— Trabalho, — ele grunhiu, sem se preocupar em


olhar para cima a partir de sua comida quando respondeu
ao bastardo.

— Eu estava conversando com Elizabeth, — seu irmão


falou lentamente, lembrando a Robert que o filho da puta
idiota estava apaixonado pela pequena pé no saco.

Elizabeth limpou a garganta antes de responder.

— Eu pensei que eu ia dar um passeio no parque, já


que está um dia tão bonito.
— Está muito frio para uma caminhada, — explicou
seu irmão com um leve tom de castigo. — Por que eu não a
levo para um passeio esta tarde na minha carruagem em
vez disso?

Ah, então o cortejo já estava começando, Robert


percebeu com horror, o apetite de repente, desapareceu.
De alguma forma, se obrigou a sentar lá e cavar outra
garfada de comida na boca enquanto esperava sua
resposta.

— Isso parece lindo, James. Obrigada, — Elizabeth


disse educadamente, parecendo satisfeita e forçando-o a
abruptamente se levantar, derrubando sua cadeira para o
chão no processo, e sair da sala antes que ele fizesse algo
de que poderia realmente se arrepender.

~*~

— Está muito frio, minha senhora, — Jane reclamou


mais uma vez por meio de dentes batendo.

— Vai se sentir mais quente depois de alguns minutos,


— disse Elizabeth distraidamente, enviando a sua serva um
sorriso tranquilizador quando acelerou o passo, precisando
de ar fresco e de paz que a caminhada a provia.

Na verdade, estava um pouco mais frio do que tinha


estado ontem. Era um belo dia, o sol estava brilhando, não
havia uma nuvem no céu, mas, infelizmente, também
estava frio o suficiente para formar pingentes em
praticamente tudo. Quando ela saiu há dez minutos e foi
atingida por uma rajada de ar frio, tinha considerado ir
para dentro e passar o dia junto à lareira com um bom
livro, mas depois de ver Robert, esta manhã, precisava
limpar a cabeça.

Esta manhã, ela se forçou a se vestir depois de uma


noite agitada que passou andando em seu quarto, apesar
de sua exaustão desceu as escadas, esperando usar a tarde
da noite para sua vantagem e quebrar o jejum sozinha
antes que ela se isolasse na biblioteca para o dia. Ela nunca
teria deixado a segurança de seu quarto se soubesse o que
esperava por ela na sala de café da manhã.

Ao vê-lo ali, enchendo o prato com uma quantidade


insana de alimentos, usando um terno ridículo que era
muito pequeno para ele, ela sentiu seu coração pular uma
batida e teve um impulso irresistível de ir até ele, envolver
os braços em volta de seu pescoço e puxá-lo para baixo
para um beijo. Sabendo que ele não gostaria de receber
seu toque se sentiu mil vezes pior do que quando James
tinha saído de sua vida e quebrado seu jovem coração.

Ela não queria nada mais do que correr para o quarto,


jogar alguma coisa e talvez chorar em seu travesseiro
enquanto lamentava a injustiça de sua situação, mas ela se
forçou a entrar naquela sala e fingir que o seu coração não
estava quebrando. Depois de lembrar a si mesma que ela
estava lidando com Robert Bradford, o menino horrível que
outrora encheu suas gavetas com cobras, ela foi capaz de
agir como sua presença não a incomodava.

Mas incomodava.

Ela estava dividida entre a chutá-lo ou beijá-lo, sem


uma boa opção se queria convencer o pai a deixá-la sair de
Londres por conta própria.

— Milady? — Disse Jane com os dentes barulhentos.

— Eu sinto muito, Jane, — disse ela, forçando seus


pensamentos para longe de Robert. — Aqui, — disse ela,
retirando o xale ao redor de seus ombros e segurando-o
para sua empregada.

Jane olhou para o xale com saudade, mas a sua


formação a impedia de aceitar, mesmo que seus lábios
estivessem começando a ficar com um tom interessante de
roxo.

— Não, obrigada, minha senhora, — ela murmurou,


forçando-se a desviar o olhar.

Com uma maldição murmurada sobre o ridículo de


decoro, Elizabeth deu um passo atrás da mulher trêmula e
envolveu o xale ao redor de seus ombros antes que ela se
afastasse e continuasse andando em um ritmo rápido,
necessitando do exercício.

— Obrigada, minha senhora, — Jane murmurou,


segurando o xale firmemente em torno de seus ombros
enquanto ela fazia o seu melhor para manter-se com
Elizabeth.

— De nada, — disse Elizabeth, olhando por cima do


ombro para dar a outra mulher um sorriso de desculpas. —
Eu sinto muito que você teve que sair comigo nesse frio.

— Não é nenhum problema, minha senhora, — disse


Jane obedientemente quando ambas sabiam que a mulher
preferiria estar fazendo qualquer outra coisa.

Jane odiava ir para caminhadas, o que era por isso


que Elizabeth nunca pediu sua companhia, quando residia
no interior. Lá fora, a proteção de um servo não era
necessária. Ela poderia passar seus dias andando nas terra
de seu pai livremente sem se preocupar, mas em Londres,
ela era obrigada a ter um funcionário com ela a qualquer
hora que ela se aventurasse fora de casa sem a proteção
de um parente. Era uma regra ridícula, que tinha discutido
com seu pai a cada temporada, mas que ela não conseguia
se livrar.

Cinco minutos depois, ela estava lamentando desistir


de seu xale quente quando o frio finalmente conseguiu
infiltrar-se em seus ossos, tornando-se doloroso andar ou
respirar sobre esse assunto. Oh, por que não ficou em casa
e esperou por James para levá-la para um passeio mais
tarde? Porque, ela era teimosa e tola, decidiu quando um
tremor violento rasgou através de seu corpo, fazendo-a
ranger os dentes contra o frio.
— Que diabos você está fazendo neste frio? — Robert
retrucou, assustando-a apenas quando algo bastante
quente estava enrolada ao redor de seus ombros.

Ela olhou para baixo para encontrar-se envolta em um


casaco de lã grossa. Antes que pudesse argumentar, que
ela queria desesperadamente fazer somente por princípio,
Robert estava em pé na frente dela, não dando-lhe outra
escolha senão parar de andar enquanto ele terminava de
puxar o casaco em volta dela e apertava os botões.

— Eu estou perfeitamente bem, — ela mentiu, mesmo


quando agarrou o interior do casaco para puxá-lo mais
firmemente em torno de si mesma.

— Então por que seus lábios estão azuis? — ele


perguntou baixinho enquanto olhava para ela.

— Eles não estão azuis, — argumentou, sentindo-se


tremer a partir de algo que não era o frio quando ele
estendeu a mão e empurrou uma mecha de cabelo atrás da
orelha.

— Por que você não esperou pelo meu irmão? — ele


perguntou quando gentilmente esfregou as costas de seus
dedos ao longo de sua bochecha.

Porque ela não queria ser cortejada por James, mas


ela não estava disposta a admitir isso para ele. Ao
contrário, ela agradeceu-lhe o uso do paletó e mudou-se
para o degrau em torno dele, mas ele não estava tendo
isso. Ele...

— Ponha-me no chão! — Ela engasgou quando ele a


pegou e a jogou por cima do ombro como um saco de
batatas, virou-se e começou a caminhar de volta no
caminho que tinham vindo.

— Assim que chegarmos a sua casa para que seu pai


possa bater algum sentido em você, — ele disse,
envolvendo um grande braço ao redor de suas pernas
quando ela tentou chutar o seu caminho para a liberdade.

— Ponha-me no chão neste instante, Robert! — Ela


retrucou, batendo em sua bunda para enfatizar sua
demanda.

— Eu realmente não deveria estar surpreso, — ele


meditou consigo mesmo, claramente indiferente que ela
estava atualmente tentando lutar contra seu caminho para
a liberdade.

— Senhor? — Disse Jane, parecendo insegura.

— Ajuda-me a sair! — Elizabeth implorou quando ela


se moveu para que ela pudesse enviar a empregada um
olhar suplicante, que foi prontamente ignorado quando a
empregada levou em conta o tamanho e determinação de
Robert. Visivelmente engolindo, Jane balançou a cabeça,
vacilou um passo para trás e concentrou toda a sua
atenção no chão à sua frente.
— Traidora, — ela murmurou, embora realmente não
pudesse culpar a mulher.

— Para ser honesto, — Robert continuou, — Eu pensei


que agora seu pai iria trancar você.

— Eu te odeio! — Ela retrucou, batendo na sua bunda.


Se seu ataque machucou, ele não mostrou.

— Felizmente, o seu marido vai ter mais sentido e vai


mantê-la presa. Talvez em um convento onde as irmãs
poderiam colocar algum juízo em você.

— Robert Bradford, você me coloque para baixo neste


instante! — Ela exigiu, contente de que o parque estava
praticamente vazio além de alguns vendedores ambulantes
tentando vender os seus produtos, não havia ninguém para
testemunhar sua humilhação.

— Claro que sim, — disse ele, apressando o passo,


mas ele não a colocou no chão. Em vez disso, ele a obrigou
a agarrar a parte de trás da camisa fina que ele usava para
se impedir de saltar por todo o lugar.

Poucos minutos depois, ela foi forçada a apertar seu


domínio sobre a camisa, ele correu até os degraus de pedra
para a casa de seu pai. Quando ela viu o chão foyer recém
polido, ela suspirou de alívio, mas durou pouco.

— Você disse que ia me colocar para baixo, logo que


chegássemos em casa, — ela lembrou a ele enquanto
tentava mexer fora de seu controle.
— Eu estava planejando isso até que um pensamento
me ocorreu, — disse ele, parecendo se divertir e
imediatamente a colocando em guarda.

Ela estava quase com medo de perguntar,

— O que você está falando?

— Desde que o seu pai está, provavelmente, ainda na


cama, você vai ter que esperar até mais tarde para a
palmada que você precisa desesperadamente, — disse ele,
descendo o que parecia ser o corredor do fundo. — Já que
não posso ter você correndo e pegando a sua morte, eu
tenho medo de que eu não tenha escolha a não ser trancá-
la para seu próprio bem, — disse ele com um suspiro
magnânimo que não correspondeu exatamente ao seu tom.

— Não. Se. Atreva, — ela colocou para fora, tentando


não entrar em pânico e falhando miseravelmente.

— Eu desejaria ter uma escolha, Beth.


Verdadeiramente eu desejo, mas eu temo que você tenha
me deixado sem escolha, — disse ele, rindo enquanto seus
ouvidos registraram os sons de clique de uma fechadura e
uma porta se abrindo.

— Eu não estou brincando, Robert!

— Agora, você apenas sente aqui por um tempo e eu


tenho certeza que alguém acabará por soltá-la, — disse ele
enquanto rapidamente a colocou sobre as pernas bambas.
Antes que ela pudesse empurrar passando por ele ou
exigir a sua libertação, ele se inclinou e deu um beijo em
seus lábios atordoados. Demorou alguns segundos antes de
perceber que ele fechou a porta, deixando-a ali parecendo
tola. O clique da fechadura a trouxe para seus sentidos. Ela
agarrou a maçaneta e tentou virá-la, mas estava bem e
bloqueada.

Um momento depois, ela percebeu que ele a trancou


na velha sala de música. Ela estava localizada na parte de
trás da casa e não tinha sido utilizada em anos, já que
ninguém na casa tocava um instrumento. Também era
longe o suficiente do resto da casa e ninguém seria capaz
de ouvir seus gritos de socorro, ela percebeu com um
rosnado.

— Seu filho da puta! — Ela gritou, sem se importar de


que a declaração era grosseira quando chutou a porta. —
Você vai pagar por isso!
Capítulo Doze

— Alguma ideia de como o fogo começou? — Lord


Norwood perguntou quando ele derramou quatro copos de
vinho do Porto.

Os três homens Bradford estavam limpos e vestindo


roupas sob medida recentemente feitas graças a
Edmondson, alfaiate de sua família, dois dias depois.
Quando Edmondson ouviu falar do fogo, ele tomou sobre si
mesmo para começar com todos os novos guarda-roupas
dos homens. Ele já tinha seus tamanhos em arquivo para
que não tivesse que levar muito tempo. Nenhum homem
Bradford ia em qualquer outro lugar para as suas roupas,
não desde seu ta-taravô.

— Meu homem pensa que começou no segundo andar


no corredor. Eles acreditam que uma vela tombou ou foi
colocada muito perto da parede e colocou a seda em
chamas, — explicou Harold.

Os homens levaram o porto e tomaram um gole.


Robert ajustou-se na cadeira desconfortável. A sala de
estudo do Lord Norwood era extremamente feminina. As
cadeiras eram muito pequenas e delicadas. Tudo, desde a
seda nas paredes até os estofados e tapetes foi projetado
com imagens de flores. Era óbvio quem governava a casa
aqui, ou pelo menos tomou todas as decisões domésticas.
Sua antiga sala de estudo na propriedade que ele tinha
vendido em Fairford tinha sido, sem dúvida, o seu domínio.

Era facilmente o oposto da sala. Uma grande mesa de


mogno com uma grande cadeira confortável tinha tomado
uma extremidade da sala. As paredes eram simples. A
mobília era grande, sólida e confortável e havia livros que
revestiam cada prateleira. Ao contrário desta sala, onde
havia apenas alguns livros espalhados pela sala. Ele tinha a
sensação de que os livros nessa sala eram apenas
decoração.

Lord Norwood sentou-se em uma cadeira parecendo


um pouco ridículo coberto de rosas e rendas e tomou um
gole de sua bebida.

— Eu percebo que você está pensando em encontrar


um lugar para alugar para que você possa permanecer na
cidade, enquanto você reconstrói, mas eu acho que seria
melhor para você e sua família permanecer aqui.

— Isso é muito generoso da sua parte, Richard. Nós


não queremos ser um incômodo, — disse Harold.

Richard acenou-o.

— Por favor, Harold, nós somos como irmãos. Não faz


absolutamente nenhum sentido fazer o contrário. Além
disso, Danielle e Margaret iriam desfrutar a companhia uma
da outra. Você estaria fazendo-nos um favor realmente.
Heather está nos deixando em muito pouco tempo para ir
fazer companhia a uma tia e a companhia de sua esposa
iria ajudar Margaret a superar a perda.

Harold pigarreou.

— Ela decidiu não se casar? Pobre moça.

— Eu sei. Eu tinha tantas esperanças para ela. Graças


a Deus não vou ter que me preocupar com Elizabeth.

James se inclinou para frente como fez seu pai. Robert


não podia se mover.

— Ela encontrou alguém, então? — perguntou Harold.

Lord Norwood acenou-o.

— Não, eu não me preocupo com isso. Ela vai se casar


em breve, tenho certeza. Ela nunca foi menos do que
cortejada. Não, sua madrinha deixou uma... uma pequena
propriedade. — Seus olhos se viraram para a esquerda,
enquanto ele falava. Robert soube então ali que ele estava
escondendo alguma coisa, mas o quê? — Assim, mesmo se
ela não se casar, ela vai ter uma casa e rendimentos
próprios.

— Será que ela não precisa de um homem para lidar


com sua propriedade? Você está lidando com isso por ela?
— James perguntou, sem se preocupar em esconder o seu
interesse.

Richard e Harold riram.


— Não, meu caro rapaz. Eu nem sequer lido com meus
próprios assuntos. Eu tenho um homem para isso. Não, ela
lida com seus assuntos imobiliários a partir de seu
escritório.

— Ela tem um escritório? — Robert ouviu-se


perguntar. Provavelmente era mais feminino do que este se
isso era mesmo fisicamente possível.

— Sim, a biblioteca é dela. Ninguém nunca vai lá, a


não ser ela então só fez sentido que ela a tivesse. Eu me
ofereci para contratar uma secretária para ajudá-la, mas
ela se recusa a ter ajuda. Eu não quero ter nada a ver com
isso, mas seria bom ver as rédeas de sua propriedade irem
para um homem, embora eu me sentiria mais confortável
sabendo que ela estará bem cuidada. — Seus olhos foram
para James enquanto ele falava. Ele nem sequer olhou na
direção de Robert. Interessante. Não inesperado embora
depois de sua história passada com Elizabeth e tudo.

— Podemos precisar estar em Londres para o resto da


temporada, Richard. Tem certeza que não vai estar no
caminho? — perguntou Harold, trazendo a conversa de
volta para a questão da sua estadia.

Ele sorriu.

— Claro que eu tenho certeza. Vai ser bom para as


mulheres e ajudá-lo a relaxar. Você tem o suficiente para
lidar sem a adição de uma outra casa para gerir. Não,
vocês todos vão ficar aqui e ponto final.

— Obrigado, meu Senhor, — disse Robert e James em


uníssono.

Ele balançou a cabeça e continuou a saborear o seu


porto, feliz que foi feito. Um arranhão na porta antes que
abrisse e os deixasse saber que tinham companhia.
Alexander entrou no escritório.

— Um Sr. Jenkins para o Sr. Bradford, meu Senhor, —


disse o mordomo com um arco respeitoso.

Robert se levantou.

— Esse seria o meu secretário. Existe uma sala que eu


poderia usar? Temo que eu tenho algumas coisas que
passar por cima com ele desde que eu vou ter que ficar em
Londres mais do que eu tinha planejado originalmente.

Richard acenou-o.

— É claro, use o escritório de Elizabeth, enquanto você


está aqui. Ela não vai se importar. — Robert não apostaria
nisso. Ele tinha certeza de que iria irritar Elizabeth para
nenhum fim de compartilhar um escritório com ele. A
propagação de um lento sorriso ao longo de seu rosto com
o pensamento de irritar a pequena pé no saco.

— Obrigado, meu Senhor. Isso é muito generoso. Se


você tem certeza que não vai incomodá-la? — ele
perguntou criando paz, embora ele esperava que fosse
incomodar o inferno fora dela.

Seu pai riu.

— Vá em frente. Ainda é a minha casa depois de tudo.


— Os outros homens também riram, sabendo que Elizabeth
não iria gostar nem um pouco.

Depois da outra noite quando Elizabeth tinha


finalmente conseguido escapar da antiga sala de música, e
ele ainda estava curioso sobre isso, ela marchou para a
sala de jantar onde ele estava comendo com o resto de sua
família. Ele estava cuidando de seu próprio negócio quando
ela pegou um copo de vinho tinto de sua mãe quando
passou por ela e começou a derramá-lo sobre sua cabeça.
Isso não o incomodava tanto como quando a pirralha
estendeu a mão e pegou o prato cheio de tortas de maçã e
virou-se para sair com as suas preciosas guloseimas.

Quando ele fez um movimento para resgatar seus


deliciosos pedaços, seu pai, irmão, Lord Norwood e cada
lacaio disponível na casa o abordou no chão,
provavelmente pensando que pretendia matar a pirralha
sobre o vinho. Ele poderia ter se importado menos com o
vinho, mas muito se preocupava com o fato de que ela
parou na porta para atirar-lhe um olhar presunçoso
enquanto comia uma de suas tortas de maçã, enquanto ele
tinha sido impotente para detê-la.
Naquele momento, ele não se importava se tinha que
trabalhar em uma mesa coberta de renda cor de rosa. Ele
iria usar esse espaço apenas para irritá-la. Foi um prazer
doentio, mas um prazer, no entanto, irritá-la.

Alexander levou-o a uma porta branca comum. Robert


abriu a porta e teve que morder de volta um suspiro de
surpresa. O cômodo era muito masculino e muito
semelhante ao seu antigo escritório. O balcão era
realmente maior que o dele. Os livros pareciam bem lidos e
não havia nada delicado nesta sala. Na verdade, tudo
parecia bastante novo. Elizabeth decorou esta sala?
Impossível.

Gregory, seu homem de negócios, já estava sentado


em uma mesa pequena no canto, trabalhando. Ele se
levantou ao ver Robert entrar na sala.

— Fiquei triste ao ouvir sobre o infortúnio da sua


família, senhor.

Robert ainda estava olhando ao redor da sala. — É,


não importa. Minha família vai reconstruir, mas estou com
medo de que nós também iremos ficar aqui para o resto da
temporada, Gregory.

— Você vai ficar, senhor? Pensei que estivesse que


navegar para a América em três semanas.

— Mudança de planos. Você acha que vai ser capaz de


gerir? — ele perguntou a Gregory.
Ele acenou com a cabeça.

— Sim, senhor.

— Bom. Vamos começar a trabalhar. — Ele foi para


trás do balcão. Ele era limpo e bem organizado. Ele puxou a
cadeira, sentou-se e suspirou alto, era a mais confortável
cadeira que ele já esteve sentado. Ele se inclinou para trás.
Era perfeita, ia ter que encontrar o fabricante e ter uma
feita para si mesmo ou roubar esta, ele decidiu. Ele olhou
para cima para encontrar Gregory o observando com um
pouco de curiosidade.

— Boa cadeira, — ele disse simplesmente. Gregory


concordou com conhecimento de causa e voltou sua
atenção para os livros.

Robert esticou as pernas diante dele. O espaço era


amplo e profundo. Ele abaixou a cabeça para dar uma
olhada embaixo da mesa, também era coberto,
provavelmente uma boa ideia para uma mulher, para que
ninguém sentado em frente a ela pudesse ver seus
tornozelos. Ele gostava dela.

— Confortável?

Robert olhou para cima e sorriu para uma Elizabeth


muito irritada.

— Sim, muito. Obrigado.


Gregory imediatamente se levantou e deu um arco
estranho.

— Minha Senhora, — ele murmurou nervosamente.

Ela sorriu agradavelmente em sua direção e fez uma


careta para Robert. Ele riu livremente, ganhando um olhar
arrogante que ela não conseguia tirar. Ela praticamente
marchou ao redor da mesa até que ela ficou na frente dele.
Ele se inclinou para trás confortavelmente.

— Sim? — ele demorou, divertindo-se com a


expressão dela.

Elizabeth suspirou.

— Você está na minha cadeira.

Ele olhou diretamente em torno dele.

— Hmm, eu não vejo o seu nome.

Ela gemeu.

— Você sabe muito bem que é a minha cadeira. Agora,


você vai se mover?

— Hmm.... não.

— Mova.

— Não.

— Você é chato!
— Sim. — Ele riu. — Você vai ter que se acostumar
com isso.

— Por quê? — Ela perguntou com cautela.

Seus lábios se arrastaram lentamente em um sorriso


enorme.

— Porque seu pai decidiu receber a gente até a nossa


casa ser consertada.

— O- O quê? — Perguntou ela, incapaz de esconder


sua surpresa.

— Parece que vamos estar compartilhando um


escritório, — ele disse com uma piscadela antes de
incisivamente olhar para os papéis. — Agora, se você não
se importa, eu tenho trabalho a fazer, — disse ele,
observando-a com o canto do olho.

Ela revirou os olhos e se virou para Gregory, dando-


lhe uma visão bastante agradável de sua parte traseira. Ele
tinha dificuldade para engolir. Lembrou-se muito bem como
essa parte específica de seu corpo estava em suas mãos.
Ela sabia o que estava fazendo com ele?

— Você, senhor, tenha as minhas mais profundas


condolências, — disse ela para Gregory.

— P- por o que, minha senhora? — Gregory perguntou


nervosamente. O homem sempre teve problemas para falar
com as mulheres, até mesmo a sua própria esposa. Uma
mulher bonita malditamente próximo mataria o homem
com pulverização. Ele teve pena do homem, pois
certamente qualquer atenção de sua Atrevida iria mandá-lo
para uma morte prematura.

— Por ser sobrecarregado com os gostos deste


homem.

Gregory engoliu alto, não sabendo como responder.


Ele não queria perturbar Elizabeth, mas ele definitivamente
não queria ofender seu empregador.

— Sr. Bradford é um excelente empregador, minha


senhora.

Elizabeth olhou por cima do ombro para Robert com


uma pitada de malícia em seus olhos. O que ela estava
tramando? Ele perguntou quando ela se virou de volta para
Gregory e deu-lhe uma outra visão desse belo fundo que
ele queria desesperadamente tocar novamente.

— Qual é o seu nome, senhor?

— Sr. Gregory Jenkins, minha senhora.

Ela assentiu com a cabeça e sorriu, como se o nome


agradou.

— Sr. Jenkins, encontro-me na necessidade de um


homem em sua posição. O que você diria sobre vir
trabalhar para mim por digamos mais duas libras por mês?
Robert ficou de pé. Tentando roubar um bom
empregado era considerado rude, mas fazê-lo na frente do
atual empregador era um tapa na cara.

— Que diabos? — Robert retrucou, sem se importar


que ele estava xingando na presença de uma mulher ou de
que Gregory estava deixando o seu serviço em questão de
semanas, de qualquer maneira.

Gregory olhou nervosamente entre os dois.

— M- minha senhora, eu...

— Cinco libras adicionais por mês. Asseguro-lhe,


senhor, esta é uma oferta real.

— Mas você não sabe nada de mim, minha senhora, —


disse ele, mudando nervosamente.

— Há dez libras, — disse Elizabeth, sem pestanejar.

Robert entrou na frente dela. Ele sabia que com uma


oferta como essa Gregory teria que ser um idiota para
recusar, especialmente desde que ele tinha um filho a
caminho. Gregory olhou para ele suplicante, não sabia o
que fazer, mas Robert viu que ele estava tentado. Droga,
ele não estava prestes a perder o melhor funcionário que
tinha tido para ela.

— Eu vou igualar a oferta, — disse ele, dando a


Gregory um olhar significativo para deixá-lo saber que
tinha certeza de que seu pai iria contratar Gregory, iria
coincidir com a oferta uma vez que ele partisse para a
América. Ah inferno, o homem valia a pena. Ele já tinha
planejado dar-lhe um bom tamanho aumento de qualquer
maneira por causa do bebê.

— Eu vou te dar isso, mais uma semana de folga por


ano com o pagamento, — disse Elizabeth em tom
entediado.

— Vou corresponder e adicionar uma semana, — disse


Robert quase desesperadamente. Ele não ia perder, droga!
O rosto de Gregory avermelhou. — Mas você tem que
concordar agora para não deixar o meu serviço e,
especialmente, não para ela.

— Eu aceito, senhor. Obrigado, senhor, — disse


Gregory, lutando para não sorrir.

— Bom. Então não haverá mais esse absurdo.

— Não, senhor.

— Bom, — disse ele, em vez presunçosamente como


virou-se para esfregar na cara de Elizabeth, mas ela não
estava mais de pé atrás dele.

Ela estava sentada em sua cadeira com um sorriso de


satisfação própria. — Parece que eu só tenho a minha
cadeira de volta, — disse ela com um sorriso, atirando a
Gregory uma piscadela.

A pequena Atrevida piscou!


Bateu-lhe então o que ela tinha feito. Ela nunca tinha
planejado roubar Gregory dele. Em um movimento rápido,
ela levou a cadeira para trás, humilhado, e custou-lhe um
extra de dez libras por mês, pelo menos para o próximo
mês ou dois. Ele olhou por cima do ombro para encontrar
Gregory sorrindo na direção de Elizabeth. O homem maldito
tinha percebido isso também.

Elizabeth virou-se, suspirando feliz, em sua cadeira e


empurrou de lado seus papéis.

— Se você não se importa, Robert, você está na minha


luz e, provavelmente, na luz do Sr. Jenkins também. Se
quiser que o pobre homem seja capaz de trabalhar, então
você deve realmente se mover.

Quando ele não respondeu, ela ficou nervosa. Ela


olhou para cima lentamente para vê-lo praticamente
tremendo de raiva. Ela engoliu em seco. Dando-lhe um
sorriso hesitante, ela perguntou,

— Longe demais?

Lentamente, ele acenou com a cabeça.


Capítulo Treze

— Ah, meu Deus. — Ela ficou de pé e se abaixou


assim que ele estendeu a mão para ela. Por alguma razão,
ela sempre foi muito longe, quando ele estava envolvido.
Realmente não poderia evitar, porém, foi simplesmente
divertido demais para deixar passar.

Ela subiu as saias e correu como se sua vida


dependesse disso. Com um olhar por cima do ombro, ela
percebeu que ele só podia, ele estava correndo atrás dela.
Ela gritou, mas não parou. Seu pai saiu para o corredor à
sua frente, ladeado por James e Senhor Bradford.

— Elizabeth? — ele perguntou, parecendo atordoado.

— Muito longe! — Disse ela, como se essas duas


palavras explicassem por que um homem adulto estava
perseguindo sua filha. Evidentemente que eles entenderam,
porque os três homens riram e acenaram com
conhecimento de causa. Ela não ficaria por aqui para ver se
seu pai iria ajudá-la. Havia um louco atrás dela depois de
tudo.

— Beth! — Robert rugiu.

Ela gritou enquanto corria pela cozinha.


— Parem-no! — Ela implorou aos servos. Um olhar
para Robert tinha todos eles recuando.

Covardes.

Ela estava sem fôlego e reconhecidamente assustada.


Robert quando menino era um oponente formidável. Robert
como um homem era mortal. Ela fugiu em torno da longa
mesa de carvalho, na esperança de mantê-lo no outro lado.

— Deixem-nos, — ordenou com uma voz fria.

— Não, não! — Elizabeth implorou.

Eles não eram estúpidos. Eles fugiram. Ela teria


também, se ele desse a ela a opção. Hmm, talvez ele daria.
Ela se abaixou e tentou juntar os servos que fugiam. Sua
mão caiu sobre seu ombro justamente quando ela pensou
que ela podia ser capaz de esgueirar-se para longe.

— Oh, não você, Elizabeth.

Ela riu nervosamente.

— Bem, você não foi específico. — Ela se abaixou para


longe dele.

— Você foi longe demais, Elizabeth.

— E-eu Sei, — ela gaguejou quando ela voltou ao


redor da mesa. Ele seguiu em um ritmo predatório. Este
homem era assustador. Por que ela não tinha notado isso
no laranjal?
Ele parou de repente e olhou para a esquerda.

— Ah, olha, é dia de lavar roupa, — observou ele, em


tom aparentemente entediado.

Ela não queria mover seu olhar para longe dele, mas
seus olhos não quiseram ouvi-la. Por vontade própria eles
seguiram o olhar para o grande tanque de lavar roupa
cheio de água, roupas e sabão.

Antes que ela soubesse o que estava acontecendo, ele


a pegou em seus braços. Ela tentou se contorcer em seu
caminho para fora de seu controle, mas não houve folga.

— Deixe-me ir!

— Claro, minha senhora. Seu desejo é uma ordem, —


disse ele agradavelmente, antes que ele a soltasse.

— Robert, você ...

Suas palavras foram cortadas por uma ingestão de


água fria com sabão. Ela engasgou quando ela se levantou.
Ela estava subitamente encharcada até os ossos e
congelada. As grandes tochas a vários metros atrás dela
não faziam nada para espantar o frio.

O sorriso de Robert lentamente desapareceu quando


seus olhos se estreitaram em seu vestido. Ela olhou para
baixo para descobrir que seu vestido azul claro agora
estava aderindo a ela e estava transparente! Seus mamilos
estavam duros por causa do frio e estavam cutucando
contra o material molhado. Ela observou quando Robert
avidamente lambeu os lábios.

Ela arrastou-se para sair da banheira e longe daquele


olhar faminto, pegou um lençol amarrotado seco da pilha
perto da banheira e envolveu-o firmemente em torno de si,
colocando-o em cima de seus seios. Ele deu um passo para
a frente quase como se ele não pudesse se conter e assim
quando ela se preparou para o pior, sua boca desceu sobre
a dela.

~*~

Ela tinha gosto de água, sabão e Atrevida. Em vez de


esbofeteá-lo como ele esperava, ela o puxou para mais
perto e beijou-o de volta. Suas bocas se moviam em uma
dança perfeita. Sua língua traçou sua entrada lábio inferior
solicitando entrada e ela deu.

Com medo de que os servos pudessem voltar a


qualquer momento, ele abriu os olhos para se certificar de
que eles ainda estavam sozinhos quando ela se virou em
torno deles. Ele ainda não podia acreditar que ela estava
beijando-o, depois do que ele tinha feito para ela.

— Qualquer um vindo? — Ela murmurou.

— Não, ninguém,— ele murmurou contra seus lábios.

— Ótimo. — Ela passou as mãos pelo peito até a


cintura, onde ela começou a desfazer suas calças. Alarme e
alegria balearam por ele. — Atrevida? — ele perguntou,
sem fôlego, enquanto ela aprofundou o beijo. Meu Deus,
eles estavam indo fazer amor na cozinha, ele percebeu com
um grunhido possessivo quando ele assumiu o beijo.

Ele sentiu a calça cair em torno de suas botas no


mesmo momento em que ele sentiu algo duro colidir contra
a traseira de suas pernas. Ela se afastou, sorrindo
sedutoramente para ele. Suas mãos arrastaram até o peito,
onde achataram.

— Eu acho que você precisa se refrescar, — disse ela,


enquanto ela o empurrou.

— O Q...

Graças a suas calças em torno de seus tornozelos e à


beira do barril atrás dele, ele perdeu o equilíbrio. Ele
desembarcou na banheira de gelo de água fria com as
calças em torno de seus tornozelos, o que tornou difícil
sair.

— Eu acredito que agora, senhor, nós estamos quites,


— disse ela com uma reverência.

— Sua pirralha! — Ele rugiu.

Ela deu um passo para trás, mordendo o lábio


nervosamente. Talvez apenas despeja-lo na água teria feito
mesmo. Soltando a calça pode ter sido demais. Depois de
uma breve luta, ele conseguiu sair da banheira e arrancar
suas roupas molhadas com grande esforço. Ele
rapidamente prendeu a calça bem a tempo antes que seus
pais invadissem a cozinha segundos mais tarde. Eles deram
uma olhada em ambos e começaram a rir.

— Corra, — disse ele em uma voz dura, fria.

— Exatamente meus pensamentos sobre o assunto, —


disse Elizabeth quando ela se virou e saiu correndo
passando seu pai.

— Muito longe? — perguntou o pai, rindo.

— Sim! — ela guinchou.

Robert observou-a ir embora. Se ele desse um passo


atrás dela, ele tinha certeza de que ele ia matá-la com
sexo. Mesmo depois de um banho frio de gelo seu
entusiasmo por ela não diminuiria. Deus, ela era
maravilhosa e ele iria desfrutar em revidar, ele decidiu.

— Eu não gosto daquele sorriso, Robert. Só me


prometa que você não vai matá-la? — Richard perguntou,
ainda olhando divertido.

— Eu prometo, meu Senhor, — disse ele. Essa foi a


única promessa que alguém iria ter a partir de onde
Elizabeth estava em causa.

Seu pai bateu no ombro de Lord Norwood.

— Pelo menos o nosso tempo aqui não vai ser chato.

Richard riu de acordo quando eles saíram da sala,


deixando Robert para planejar sua vingança.
~*~

— Isso é lindo, minha senhora, — Jane, sua


empregada, disse.

Elizabeth olhou para o vestido longo. O decote era


baixo, mas não muito baixo para causar um escândalo. Ela
gostou da cor, verde claro. Ele lembrou os olhos de Robert,
que não era o motivo pelo que ela escolheu para usar este
vestido, não em tudo. Ela odiava o homem depois de tudo.

Era culpa dele que ela tinha sido forçada a se esconder


em seu quarto na última semana, fingindo estar doente. Ela
teria ficado mais tempo, se seu pai não tivesse colocado o
pé e a chamado de covarde. Ela não era uma covarde, só
não era tola o suficiente para sair e enfrentar um louco
esperando para matá-la. A autopreservação estava em falta
aqui.

Ela tinha que sair hoje à noite de qualquer maneira.


Era baile anual da Blackward e sua mãe nunca iria perdoá-
la se ela perdesse. Era um dos bailes mais populares, e só
a elite era convidada. Ninguém se atrevia a perdê-lo, ou
eles arriscaram a serem esnobados no próximo ano.

Pelo menos por esta noite ela estava garantida uma


noite livre de Robert. Mais cedo, Jane disse-lhe que todos
os cavalheiros estavam indo para seus clubes, esta noite,
dizendo algo sobre um jogo de cartas. Boa. Isso significava
que ela seria capaz de desfrutar de algumas horas sem
viver com medo.

Na semana passada que tinha inspecionado


completamente toda a sua comida para qualquer coisa
desagradável que ele poderia ter acrescentado antes que
ela comesse. Ela também olhou para o banho de água para
garantir que não houve qualquer corante esperando para
transformá-la em azul. O homem era desonesto, afinal.

Ela rapidamente fez seu caminho no andar de baixo,


mantendo-se atenta para as armadilhas. Seus nervos
estavam desgastados. Maldito seja aquele homem. Assim
que ela estava lá embaixo e ela tinha certeza de que ele
não estava esperando por ela, foi direto para o seio de
proteção de sua mãe e Lady Bradford, que estavam
esperando pacientemente no foyer. Heather já tinha ido
embora. Ela era agora oficialmente uma solteirona. Foi uma
pena e, embora tenha sido o seu futuro, bem, ela nunca
seria companheira de ninguém. Ela seria o seu próprio
mestre.

— Vamos? — Ela perguntou com um sorriso forçado,


quando ela se apressou para fora da porta.

— Você certamente está animada hoje à noite, — sua


mãe notou com aprovação. Normalmente era como puxar
os dentes para obter Elizabeth fora de casa para um desses
assuntos, mas esta noite ela acolheu a segurança que um
baile oferecia. Na verdade, ela tinha totalmente planejado
ficar até que a expulsassem.

Ela esperou ansiosamente enquanto sua mãe e Lady


Bradford entravam no carro escuro com a ajuda de um
lacaio. Seu trabalho, em sua mente, pelo menos, foi o de
manter um vigia para Robert. Ele era subserviente, afinal.

— Lady Elizabeth? — Disse o lacaio, esperando


pacientemente por ela para subir no bem.

— Obrigado, Anderson, — disse ela, aceitando sua


ajuda. Uma vez dentro do carro escuro ela imediatamente
viu as outras duas mulheres compartilhando o banco
andando para a frente. Com um suspiro interior, ela
sentou-se em algo bastante firme e quente que
definitivamente não se sentia como um banco.

— Acredito que este assento está tomado, Lady


Elizabeth, — Robert falou lentamente, assustando-a e
fazendo-a saltar de seu colo. De alguma forma, ela
tropeçou em suas saias no processo e teria desembarcado
em sua mãe e Lady Bradford se ele não tivesse estendido a
mão e a agarrado pela cintura. Antes que ela pudesse
golpear as mãos dele, ele plantou-a no assento ao lado
dele.

— O que você está fazendo aqui? — Ela perguntou


rudemente, não realmente se importando se o ofendeu.
— Elizabeth! — sua mãe sussurrou enquanto Lady
Bradford estava tentando o seu melhor para esconder um
sorriso.

— Estou aqui para escoltar duas mulheres muito


bonitas para o baile, — disse ele, piscando em todo o
transporte e fazendo as outras mulheres rirem. Ele deslizou
um olhar de lado para ela e sorriu.

Ela estava além de irritada, mas as outras mulheres


não parecem notar ou se importar. Isso foi bom. Ela
poderia sentar aqui e ignorar o seu corpo muito quente e
do jeito que ele fazia seu corpo formigar com antecipação
de seu toque. Depois que ela foi para o baile, ela iria evitá-
lo todos juntos.

Bem, isso teria sido fácil ignorá-lo se ele não tivesse


começado a usar seu peso para empurrá-la contra a
parede. — Pare com isso! — Ela sussurrou.

— Parar com o quê? — Ele perguntou inocentemente.

— Você está me empurrando.

— Você deve estar imaginando coisas. Eu não me


mexi.

Ela revirou os olhos. — Tudo bem. Estamos quase lá


de qualquer maneira. — Ele a empurrou novamente. Ela
apertou sua mandíbula e aceitou. Se esta foi a sua ideia de
vingança, então era patético. Ela o deixaria tê-lo. Era
simplesmente infantil. Ele certamente tinha perdido seu
toque ao longo dos anos.

— Nós estamos aqui! — Disse Lady Bradford


alegremente. Boa. Quanto mais rápido ela fosse capaz de
se afastar dele melhor.

Robert saltou para ajudar as outras mulheres para


fora do carro em primeiro lugar. Quando chegou a sua vez,
ele estendeu a mão para ela e ela relutantemente aceitou.
Uma vez para baixo, ela endireitou a saia e congelou. Havia
um golpe de ar?
Capítulo Quatorze

— Elizabeth! De volta ao carro de uma vez! — Sua


mãe assobiou.

— O quê? — Ela murmurou enquanto sua mãe e Lady


Bradford praticamente a empurrou para dentro. Ela caiu
para trás no assento. Quando ela olhou para baixo, não
podia deixar de ofegar em choque. Houve um longo rasgo
abaixo de sua saia diretamente do lado em que Robert
tinha sentado, mostrando a sua perna em toda a sua glória.
Seus olhos dispararam para o dele. Ele parecia muito
divertido e um pouco presunçoso.

— Nós vamos ter que ir para casa e mudar, — disse


Lady Bradford, parecendo desapontada.

Elizabeth levantou a mão.

— Não, por favor. Recuso-me a estragar a noite de


todos sobre o meu descuido. Eu devo ter pego o vestido em
um prego, uma forma muito acentuada a partir da
aparência dele. — Seu olhar saltou para Robert, que
parecia estranhamente triunfante. — Peço desculpas, —
disse ela com firmeza.

— Tem certeza? — Perguntou sua mãe, parecendo


indecisa entre ir com ela e desfrutar do baile do ano.
— Sim, eu vou ficar bem. Por favor, continue. Eu vou
voltar o mais rápido possível, — disse ela em voz baixa. Ela
estava chateada, mas não queria que Robert soubesse.
Este era o seu vestido favorito. Bem, não tinha sido há uma
semana, mas isso não era o ponto. Ele ia pagar por isso.

Robert foi o último a se mover para trás.

— Aproveitem a noite. — Ele piscou antes de virar


para ir embora. Oh, ela iria apreciá-lo bem. Ela começou a
tramar sua vingança assim que a carruagem se afastou.

Ela estava apenas formulando o plano perfeito para a


vingança quando o carro veio a uma parada abrupta,
mandando-a voando para a frente no banco oposto.

— Henry? — ela chamou para o motorista, preocupada


que algo tivesse acontecido com o homem gentil que ela
conhecia desde que ela era uma criança. Um tiro ecoou
seguido por outro. — Henry!

Segundos depois, a porta escancarou, chamando sua


atenção para o homem que estava lá sorrindo para ela.

— Boa noite, minha querida, noite agradável para uma


fuga, não é?

Oh não, não ele. Ela pensou que iria se livrar dele no


ano passado, quando ele foi expulso de Londres por
cobradores de dívidas. Isso foi muito ruim. Ele era o pior
tipo de caçador de fortunas que havia, também era cruel e
conhecido por fazer o que fosse preciso para conseguir o
que queria e agora ele queria forçá-la a se casar. Ela ficou
com nenhum outro recurso, mas para puxar para trás o
punho e deixá-lo voar e é exatamente isso que ela fez.

~*~

Robert não conseguiu manter o sorriso satisfeito de


seu rosto enquanto ele andava pelo salão. Ele ignorou as
viúvas ansiosas enviando-lhe olhares convidativos, ansiosas
para compartilhar sua cama, as mulheres entediadas
enviando-lhe olhares semelhantes, as meninas da escola de
caça marido dispostos a fazer qualquer coisa para ser
resolvida e manteve um olho na entrada, antecipando a
chegada de Elizabeth.

Ele não podia esperar, estava tão tonto. Isso ia ser


impagável. Ele quase desejava que ele pudesse ter visto
seu rosto quando ela percebesse que seu guarda-roupa
tinha sido completamente limpo, exceto por um novo
berrante vestido que era horrivelmente vomito laranja. Ela
não teria escolha, mas usá-lo e fazer a sua noite. A vida era
boa.

Como ele passou pelos degraus da entrada para o


salão de baile uma comoção no foyer estourou. Um Lacaio
veio correndo como eles gritaram para mais armas. Robert
não pensou, ele apenas correu. Algo em seu intestino lhe
disse para mover a bunda dele e ele fez.
— Leve-os ao estúdio e coloque um homem na porta!
— Senhor Blackward ordenava. — Deixe cada homem
armado e chame o magistrado. Alguém vá para o Whites e
obtenha Lord Norwood imediatamente!

— Obtenha um cirurgião! — Um homem gritou do


estúdio.

Pavor o encheu. Ele passava os lacaios e um


atordoado Senhor Blackward e seguiu o rastro de sangue
encharcando o tapete caro no estúdio. Ele viu a saia verde
claro ensanguentada quase que imediatamente.

— Oh, por favor, Deus, não, — ele murmurou


enquanto ele correu para dentro.

~*~

— Henry, relaxe! — Ele ouviu Elizabeth dizer.

— Você está bem, minha Senhora? — perguntou


Henry, tentando sentar-se no sofá apetecível.

— Sim, você fez um trabalho muito bom, — disse


Elizabeth, que deu ao agente um sorriso quente
tranquilizador quando ela se preocupava com ele.

Assim que ele estava perto o suficiente, Robert


agarrou-a pelos ombros e arrastou-a para seus pés, para
que pudesse olhá-la de novo. A parte da frente do vestido
dela estava coberto de sangue, mas ele não podia ver as
feridas óbvias.
— Onde você está ferida? — Ele exigiu. Quando ela
não respondeu rápido o suficiente, ele a balançou e gritou.
Ele não tinha percebido que suas mãos tremiam até que a
viu tremer.

— M-minha mão dói, isso é tudo, — ela prometeu. Ela


mostrou-lhe as costas da mão, que já estava inchada. Seus
olhos se moveram para o cabelo bagunçado, alguns cortes
em seu ombro nu e para onde seu vestido foi rasgado,
expondo muito os seios para sua sanidade. Ele tirou o
paletó e colocou-o sobre os ombros.

— O que aconteceu? — Ele exigiu.

Ela caiu para trás até os joelhos, empurrando os


braços pelas mangas para que ela pudesse atender a
Henry. — Eu sinto muito, Lady Elizabeth. Eu não sabia o
que eles eram até que fosse tarde demais.

— Shh, um absurdo. Você fez um bom trabalho,


Henry. Um bom trabalho. Agora é só relaxar e vamos
ajudá-lo.

Ele fechou os olhos e assentiu. Robert poderia dizer


que o homem estava em uma grande quantidade de dor,
mas não queria angustiar Elizabeth ainda mais.

— Pegue um pouco de conhaque, — ele soltou a um


lacaio. Ele olhou para Elizabeth. — Eu. Quero. Um. Nome,
— ele mordeu a cada palavra de maneira uniforme.
— Edward Thompson, ele tem estado atrás de minha
senhora por um tempo. Tentou levá-la esta noite. Ela se
pôs numa luta, ela lutou, — disse Henry orgulhosamente,
respondendo a ele antes que Elizabeth tivesse uma chance.

Ele conhecia o filho da puta. Eles frequentaram a


escola juntos. Ele também era um homem morto. Ninguém
tocava sua Atrevida e vivia. Ele pegou uma arma de um
lacaio que passava e tiro extra.

— Senhor Blackward, você teria que ter um bom


cavalo que eu poderia emprestar?

— Robert, o que você está fazendo? — Perguntou


Elizabeth.

— Eu vou matar Edward Thompson, é claro.

~*~

— Tem certeza que este é o lugar onde ele está? —


Senhor Blackward sussurrou sobre seu ombro.

Robert acenou para o homem mais velho.

— Você ouviu a dona da casa. Ele está aqui.

— Como você pretende lidar com isso? — Perguntou


Lord Blackward. Ele estava praticamente em cima de
Robert. Ele teve que mudar novamente e se afastar apenas
para algum espaço para respirar.
— Tenha os seus homens bloqueando as portas da
frente e de trás. Vamos entrar com um punhado de homens
e agarrá-lo.

— Você não estava falando sério sobre matá-lo, não


é? — Perguntou Lord Blackward, deslocando nervosamente.

Robert verificou duas vezes sua arma, certificando-se


que ela estava carregada e pronta.

— Se ele tentar fugir, eu vou atirar nele antes que ele


possa tanto como dar um passo para fora. Caso contrário,
tenho certeza que Lord Norwood gostaria de tratar do
assunto pessoalmente. O homem tentou raptar sua filha
depois de tudo.

— Certo, certo. Vamos. — Lord Blackward cutucou.


Robert abriu o caminho para a pequena pensão.

— Por aqui, senhor, — disse a dona da casa,


apontando para os homens para segui-la para o segundo
andar.

— Bata na porta, — Robert ordenou suavemente.

Um gemido alto foi a resposta. Depois de uma


pequena pausa, Robert abriu a porta. Segurando a vela alta
junto com sua pistola, ele entrou na sala. O cheiro de
vômito fresco e suor chegou ao seu nariz, quase fazendo-o
engasgar.
O choramingado continuou. Ele olhou para o berço só
para encontrá-lo vazio. Mais luz encheu a sala quando
homens entraram atrás dele, fazendo o quarto quase tão
brilhante como o dia.

— Meu Deus! — Lord Blackward engasgou.

Edward Thompson estava deitado no chão, enrolado


em uma bola com as duas mãos apertando sua virilha. —
Ela... não... parou... de chutar... — Ele vomitou
novamente. Cada homem na sala mudou e distraidamente
cobriu sua própria virilha durante o anúncio.

Robert não podia acreditar que sua Atrevida tinha


tomado este grande homem para fora. Pior, ele não podia
acreditar que era capaz desse tipo de retaliação. Mesmo
depois de todos esses anos de merda que ele a fez passar,
ela nunca nem uma unica vez o chutou nas bolas. Graças a
Deus por isso!

O homem estava chorando abertamente agora.

— O que devemos fazer? — Perguntou Lord


Blackward, deslocando ansiosamente.

— Arrasta-lo. Normalmente, eu diria que ele sofreu o


suficiente, mas se ela fez dele um eunuco, ele vai querer
matá-la. Melhor deixar isso para seu pai e o magistrado
lidarem.

— Ele está chorando, — disse Lord Blackward com


nojo.
— Eu sei. — Robert inclinou Edward, mantendo-se de
costas para o resto dos homens. — Edward, você tentou
sequestrar Lady Elizabeth? — ele perguntou com fúria mal
contida.

Edward acenou com a cabeça freneticamente.

— Eu vou admitir isso! Por favor, é só pegar um


cirurgião. Eu não quero perder minhas bolas!

Robert rolou-o.

— Isto é por Elizabeth, — ele sussurrou, antes que ele


desse um soco no homem em cheio no queixo, quebrando-
o com um estalo audível e derrubando o homem
desmaiado.

— O que foi isso? — Senhor Blackward exigiu.

— Ele estava chorando, — disse Robert com um


encolher de ombros descuidado, quando se dirigia para a
porta antes que ele decidisse matar o desgraçado.

~*~

Elizabeth estava andando pelo hall de entrada, quando


Robert entrou na casa junto com seu pai, o Senhor
Bradford e James. Quando ela os viu, ela parou de andar ao
mesmo tempo.

— E então?
Os homens olharam-na. Ela estava vestindo uma
longa camisola de algodão branca e um invólucro. Seu pai e
Senhor Bradford pareciam desaprovar. James parecia
divertido. Robert parecia faminto, fazendo-a se mexer
nervosamente.

— Vá para a cama, querida. Foi resolvido, — seu pai


disse quando ele beijou sua testa.

— Por favor, diga-me que ele ainda está vivo.

— Ele deseja que não estivesse, — disse James com


uma risada.

— Um pouco de exagero, não acha? — Perguntou


Robert. Seus olhos nunca deixaram os dela enquanto a
olhava possessivamente.

— Eu - eu tinha que ter certeza que ele não estava


pegando reforços.

O resto dos homens riu mais alto enquanto Robert


continuou a observá-la.

— Oh, acredite em mim, minha querida, ele nunca vai


se levantar de novo, — disse o Lord Bradford.

Seu rosto coloriu. Ela não estava exatamente certa do


que eles estavam falando, mas teve uma ideia graças a
aquela noite no laranjal. Ela o chutou muito duro.

Repetidamente.
— A partir de agora, você não vai a lugar nenhum sem
um homem a mais para te ver. Agora vá para a cama e
peça a Jane para buscar-lhe um pouco de chá.

— Eu a mandei para a cama horas atrás. Eu só vou


para a cama. — Ela jogou um último olhar para os homens.
Obviamente o homem estava vivo. Isso era tudo o que
importava. Isso e Robert estava a salvo, mas ela não
queria olhar muito profundamente para isso.

~*~

Robert esperou uma hora até que o resto dos homens


estivessem relaxados e profundamente em seu jogo de
cartas, antes que ele se desculpasse e saísse para a noite.
Ele fez o seu caminho para cima. Depois de uma rápida
olhada ao redor do corredor no andar de cima, ele foi para
os aposentos da família.

Ele já sabia qual quarto pertencia a Elizabeth.


Obrigado a todos os momentos em que ele conseguiu ir em
seu quarto para colocar algo grave ou morto em sua cama,
ele conhecia o caminho de cor. Ele escutou na porta antes
de abri-la lentamente. Seus ouvidos foram recebidos com
roncos leves. Roncos pequeninos e bonitos, pensou.

A porta se fechou silenciosamente o suficiente. Após


uma ligeira pausa, ele decidiu tirar as botas. Ele não queria
acordá-la quando ele se arrastou até sua cama. A única luz
no quarto vinha da lareira, o que tornava difícil ver para
onde estava indo. Ele jogou em outro registro e foi para a
cama.

Elizabeth estava enrolada em seu lado. Ela parecia um


anjo, o seu anjo. Sua Atrevida, tinha que segurá-la. Agora.
Ele levantou as cobertas e se arrastou por baixo delas.
Encolheu-se contra o seu corpo e delicadamente a puxou
contra ele, cuidando para não acordá-la e não realmente se
importando se ele fizesse. Finalmente, ele soltou a
respiração que ele não tinha percebido que ele estava
segurando. Ela estava a salvo. Ela estava aqui com
segurança em seus braços. Com esse pensamento
repetindo em sua mente, ele adormeceu.
Capítulo Quinze

— Aquele olhar não vai funcionar em mim, minha


querida. Pergunte a sua mãe, — disse Richard, sem
levantar os olhos do jornal. — Você não vai.

Elizabeth parou o beicinho imediatamente. Ele


geralmente funcionava. Bem, se sua mãe não tivesse usado
a mesma tática. Sua mãe deve ter pedido para redecorar a
sala de cor-de-rosa, esta manhã. Isso era bom desde que o
seu plano de backup nunca falhou.

— Você está certo, é claro, papai, — disse Elizabeth.

Seu pai bufou o seu acordo. Ela pegou um prato e se


dirigiu para a mesa do lado e encheu o prato até a borda
com carnes, queijos, doces e pão, observando que os
servos tinham começado colocando para fora um spread
grande o suficiente para alimentar um pequeno exército
desde que os Bradfords vieram para ficar com eles.

Era pelo menos três vezes mais alimentos do que o


necessário, mas ela sabia que nenhuma migalha seria
desperdiçada, não com Robert ficando aqui. Lembrou-se de
que ele sempre teve um apetite bastante grande, algo que
ela brincava com ele quando eles eram crianças. A
quantidade de comida que ele consumia em um dia era
bastante assustadora. Até mesmo sua família parecia ser
incomodada por seus hábitos alimentares. Ela não podia
evitar, mas se perguntava como ele não era gordo até
agora, mas esse era um pensamento para outro momento.
Agora ela tinha uma missão a cumprir.

Quando ela colocou o prato no local ao lado de seu


pai, ela fez questão que o prato batesse alto o suficiente
para chamar sua atenção. Quando se virou para voltar à
mesa de lado para outro prato, ela viu seu pai espreitar em
torno de seu papel para olhar seu prato. Seus olhos se
arregalaram consideravelmente. Ela virou a cabeça
rapidamente para esconder seu sorriso e encheu um
segundo prato com pudim, bolos que sobraram do café da
manhã e alguns scones e o resto da geleia de framboesa.
Ela colocou o segundo prato perto do primeiro e se sentou.
Seu pai se mexeu desconfortavelmente na cadeira.

Elizabeth o ignorou quando fez um grande show de


espalhar a manteiga em um pedaço de pão preto. Ela
trouxe a fatia de pão a meio caminho de sua boca, deu um
pequeno aceno de cabeça e acrescentou mais manteiga
antes de trazê-lo para os lábios mais uma vez.

Seu pai falou antes que ela conseguisse tirar uma


única mordida.

— Não é isso um pouco demais, minha querida? — Ele


tentou perguntar casualmente, mas falhou miseravelmente
e por boas razões. Foi exatamente assim como Heather
começou a sua estrada para ser uma solteirona. Ela passou
de ter uma figura que outras mulheres invejavam a ser
bastante gorda tudo em um período relativamente curto de
tempo.

Ele não estava preocupado que ela iria ser empurrada


para a vida de um companheiro. Ela estava financeiramente
bem e não precisava se preocupar com o dinheiro um dia
em sua vida. Seu pai estava realmente preocupado com
ela, queria vê-la bem cuidada e ele desejava mais netos.

Ela suspirou profundamente. Este foi um truque que


ela só poderia usar a cada poucas semanas. Se ela fizesse
isso com muita frequência, perderia seu efeito.

— Não há algo que você gostaria de fazer em vez


disso, minha querida? — ele perguntou nervosamente,
olhando para os grandes pratos de comida.

— Bem, sim, — ela disse apenas sacudindo a cabeça e


suspirando pesadamente. — Não, você disse que eu não
poderia ir sem você ou mãe. — Ela deu a seu pai um
sorriso doce. — Está tudo bem, papai. Eu posso conseguir
ter as coisas feitas de outra maneira. — Ela olhou para seus
pratos. — Os scones parecem deliciosos... hmm, eu me
pergunto se há bolo extra.

Ele largou o papel e limpou a garganta.

— Docinho, não vamos ser precipitados. O homem


está na cadeia e, com um lacaio extra, você deve estar
mais do que segura. — Ele olhou para os pratos em frente
a ela, ansioso. — Dê-me algumas semanas para limpar
minha agenda ou chegar a uma melhor alternativa. Tenho
certeza de que podemos descobrir uma maneira para que
você possa ir visitar sua propriedade ao norte.

Sua mão parou a meio caminho de sua boca mais uma


vez.

— Tem certeza?

— Sim, sim, eu acho que você deve sair. Tenho


certeza que você tem muito o que fazer. — Ele gentilmente
puxou o prato cheio de doces longe dela, com medo de que
ela o comeria antes que ela tomasse uma decisão.

Ela exalou lentamente e colocou o pão para baixo.

— Acho que eu poderia sair.

— Esse é o espírito, minha querida, — disse ele


alegremente.

— Bem, — ela se afastou da mesa, — Se eu vou pegar


meus recados concluídos, eu devo ir agora.

Seu pai esfregou a parte de trás do seu pescoço,


olhando como se ele tivesse acabado de evitar um
desastre. Ela abaixou-se e beijou sua bochecha. Ele
murmurou alguma coisa antes de enviá-la.

Ela teve que esconder o sorriso quando ela saiu. Em


poucas semanas ela estaria livre de Robert e começando
sua nova vida independente cedo. As coisas estavam indo
muito bem.

~*~

— Aquele sorriso só pode significar uma coisa, —


James meditou enquanto segurava a porta aberta para ela
e deu um passo para o lado, enquanto ela saiu para a
varanda da frente.

— Oh? E o que é isso?— Elizabeth perguntou quando


aceitou a sua escolta. Ela colocou a mão em seu bíceps
enquanto ele tomava o grande cesta dela e caminhou com
ela para o transporte de espera.

— Você eliminou meu irmão de uma vez por todas e


até encontrou o local perfeito para se livrar do corpo, —
disse James com uma piscadela quando ele a ajudou a
entrar no carro e colocou a cesta em um dos bancos.

Ela suspirou profundamente quando ela balançou a


cabeça, ainda sorrindo,

— Infelizmente não.

James riu quando ele entrou no carro e sentou-se em


frente a ela. Uma vez que ela estava resolvida e uma
empregada se juntou a eles, ele bateu na parede duas
vezes, indicando para o motorista ir.

— Você não se importa se eu me convidar junto, não


é? — ele perguntou com aquele sorriso encantador que
costumava fazer o seu pequeno coração saltar uma batida,
mas agora só a fez sorrir.

Era engraçado como a paixão de infância funcionava.


Um dia, ele era tudo que ela podia pensar, queria e
desejava e no próximo... no próxima dia ela seguiu em
frente sem perceber. Quando exatamente ela tinha
superado sua paixão tola por ele? Muito provavelmente,
quando ele saiu de sua vida por amor a Robert.

Ela estava grata que acabou por passar por cima dele,
odiaria estar novamente obcecada por um homem. Na
verdade, pensando em como ela costumava agir em torno
dele era bastante embaraçoso. Felizmente ele sempre foi
muito gentil para provocá-la sobre isso, ao contrário de
Robert, pensou com um suspiro interior.

Uma vez que Robert percebeu isso, e agora pensando


nisso, ela provavelmente não tinha sido tão discreta quanto
pensava, ele a atormentava com o conhecimento. Depois
daquele dia horrível no parque, ele parecia sair do seu
caminho para humilhá-la. Ele escreveu cartas de amor
insípidas para James e assinou-as a como se fosse dela,
certificando-se de deixá-los onde ninguém poderia
encontrá-las. Ele fez sons de beijo sempre que James
estava por perto e tentava fazer parecer como se ela fosse
a única a fazer esses barulhos. Ele abertamente a insultava
sobre isso até que se tornou tão ruim, que ela se recusou a
ficar no mesmo cômodo que James e Robert.
As palhaçadas de Robert provavelmente suavizaram o
golpe de ter James de repente retirado de sua vida. Tinha
sido difícil e ela se lembrava de chorar mais de uma vez,
mas provavelmente teria sido pior se tivesse sido livre para
adorá-lo secretamente. De certa forma, Robert tinha
realmente a ajudado, não que tinha sido a sua intenção,
mais graças a ele, ela poderia sentar aqui em frente ao
homem devastadoramente bonito na frente dela e não ter
que se preocupar em estar nervosa ou dizer algo estúpido.
Quando ela olhou para James, tudo o que ela viu foi um
bom amigo na tomada. Ela certamente não queria beijá-lo
como fez com Ro- Bem, isso realmente não importa quem
ela queria beijar. Ela estava saindo em breve e não queria
complicações, certamente não queria mais beijos de enrolar
os dedos dos pés, de Robert. Desde que ela não gostava
dele, no mínimo, ela não queria ou ansiava seu toque.

Ela não o fez.

— Onde exatamente estamos indo?— James


perguntou, felizmente puxando-a para longe de seus
pensamentos bastante perturbadores sobre estar nos
braços de Robert e como era bom sentir seus lábios
tocando os dela.

— Estou levando uma cesta para um amigo, — disse


ela distraidamente quando mais uma vez se perguntou por
que, de cada homem que ela conhecia, Robert era o que a
deixava nervosa, a fazia querer sorrir e a fazia doer para
toca-lo. Era ridículo. Ela nem sequer gostava do homem,
mas ela não podia deixar o modo que seu corpo reagia a
ele.

Era uma loucura total!

— E quem exatamente é este amigo? — James


perguntou

Ela abriu a boca para lhe dizer que Robert não era seu
amigo, quando se lembrou do que eles estavam falando.
Porque no mundo ela estava sonhando com um homem que
não aguentava, ela imaginou não pela primeira vez desde
que ele voltou para a sua vida.

— É para uma das sobrinhas da empregada que tem


estado doente, — sua dama respondeu com uma fungada.

— A sobrinha da empregada? — James perguntou,


olhando confuso quando Elizabeth enviou a sua criada um
olhar para sua boca grande. Jane deu-lhe um sorriso de
desculpas, mesmo quando ela visivelmente estremeceu.
Ninguém deveria saber o que ela estava fazendo. Annabel,
antiga empregada de Heather e agora uma empregada
doméstica, estava muito preocupada com sua sobrinha e
por uma boa razão de que ela tinha dito, mas o pai se
recusou a dar a mulher o dia de folga para ver como ela
estava sem uma explicação.

— Ela me ajuda de vez em quando, — ela mentiu,


atirando a Jane um aviso.
A sobrinha de Annabel tinha sido recentemente jogada
para as ruas por seu empregador, Jonathan, o Conde de....
bem, ela ainda não conseguia lembrar-se de seu título e
não se importava. A única coisa que importava era que o
filho da puta tinha usado a menina até que se tornou óbvio
que ela estava carregando um filho dele, e sem um
pensamento ou um centavo para a criança, ele a tinha
jogado na rua. Ela estava vivendo em uma pensão em uma
parte da cidade que era um pouco perigosa. Quando
Elizabeth tinha descoberto a situação esta manhã, ela
decidiu levar a menina uma cesta ela mesma e se certificar
de que a menina tinha tudo de que precisava.

James franziu o cenho.

— Então, por que não enviou um funcionário para


levar a cesta a ela? Ou, pelo menos, trazer um homem
extra ou dois. Você realmente não deveria estar fazendo
entregas aos funcionários, Elizabeth. Não é correto.

— Eu tenho outras coisas para fazer e eu pensei em


lidar com o assunto eu mesma, — disse ela com um
sorriso, esperando que ele tivesse acabado de deixar o
assunto ir, mas é claro que ele não o fez.

Por um momento ele não disse nada enquanto


considerava suas palavras, mas, finalmente, com um aceno
de cabeça e um suspiro pesado, ele disse,
— Um dos homens irá lidar com a garota enquanto eu
a ajudo com o resto de seus recados.

Por mais que ela quisesse discutir, ela não podia. Se


fosse teimosa sobre isso, ele, sem dúvida, alertaria os pais
dela e essa era a última coisa que precisava no momento.

Assim foi com o coração pesado que ela concordou e


agradeceu a James. Ela só tinha que confiar em quem
James selecionasse para a tarefa e certificar-se de que a
menina tinha tudo de que precisava.

~*~

— Isso não é seu irmão com Lady Elizabeth? —


Perguntou Jenkins.

Robert levantou os olhos do pergaminho que seu


advogado tinha lhe dado no final do encontro, e mal
conteve uma série de maldições que teria enviado as
damas gentis caminhando ao longo das lojas ofegantes
antes que desmaiassem.

— Ela está com ele outra vez, — disse com os dentes


cerrados quando empurrou o pergaminho nas mãos de
Jenkins e atravessou a rua movimentada.

— Pelo que, senhor? — Jenkins chamou depois dele.

— Envolvendo o meu irmão em torno de seu dedo


mínimo, — disse ele, não se importando se Jenkins ouviu
ou não, enquanto observava seu irmão sorrir para Elizabeth
enquanto passava por uma livraria. Seu olhar caiu para o
braço do irmão e ele sentiu sua mandíbula apertar com
tanta força que estava honestamente surpreso que seus
dentes não racharam sob a pressão.

Ela estava tocando James, mais uma vez. Na parte de


trás de sua mente, ele sabia que não havia nada
inapropriado sobre seu irmão oferecendo-lhe o braço para
Elizabeth, mas isso não o impediu de ver o vermelho
quando ele se moveu em direção a eles.

— Você gostaria de um pouco de chocolate, Elizabeth?


— ele ouviu seu irmão perguntar quando se aproximaram
de uma loja de doces.

— Isso soa como uma ideia maravilhosa, — disse


Robert brilhantemente quando Elizabeth abriu a boca,
provavelmente para aceitar. Ele passou por dois grandes
capangas e a empregada que parecia infeliz que estava
seguindo eles e mudou-se para a direita de Elizabeth,
certificando-se, naturalmente, para escovar contra ela. Ele
quase gemeu quando viu o rubor bonito rastejar até o
pescoço e queimar suas bochechas.

— Você está bem? — seu irmão perguntou quando


também notou o rubor profundo pintar suas bochechas.

— Sim, eu estou bem. Obrigada, — disse ela, forçando


um sorriso para James quando ignorou Robert.
Agora que nunca faria, pensou com um suspiro
interior. Ele também não apreciou o fato de que ela estava
se afastando dele e ficando mais perto de James. Não, isso
não faria qualquer um, mas é claro que foi facilmente
corrigido.

— O que você está fazendo aqui, Robert? — James


perguntou, dando-lhe um olhar aguçado sobre a cabeça de
Elizabeth para se perder. Se o seu irmão estivesse com
qualquer outra mulher, ele poderia ter tomado a dica e os
deixado sozinhos, mas essa era Elizabeth, sua Atrevida, e
seria um dia frio no inferno quando ele permitisse que ela
se casasse com seu irmão.

— Eu tive um desejo por chocolate, — disse ele,


parando na porta da loja de doces e gesticulando para
Elizabeth precedê-lo.

Depois de lançar lhe um olhar cauteloso de que ele


realmente não podia culpá-la, ela soltou o braço de James e
entrou na loja. Quando seu irmão mudou-se para se juntar
a ela, Robert cortou e suavemente mudou-se para o lado
de Elizabeth, oferecendo-lhe o braço e sabendo muito bem
que ela não podia recusar.

Seus olhos se estreitaram perigosamente sobre ele


quando ela estendeu a mão e tomou-lhe o braço oferecido.
Ele enviou-lhe uma piscadela quando entraram na linha.
Quando ela cravou as unhas em seu braço ele só poderia
rir, o que pareceu irritá-la mais a julgar pela forma como
ela cravou as unhas ainda mais profundas em seu braço.
Isso foi mais do que bem com ele, porque ela não estava
usando luvas e ele estava no céu. Ele não podia sequer
começar a descrever como era bom senti-la e ter sua
Atrevida segurando-o com força.

Quando seu irmão carrancudo se juntou a eles, Robert


ignorou o homem, estava fazendo um favor a seu irmão,
afinal de contas, certificando-se de que ele não acabaria
casado com Elizabeth, que seria apenas pura miséria para o
homem. Ele honestamente não podia imaginar nada pior do
que estar casado com Elizabeth. Tendo que lidar com ela
todos os dias e noite após noite, onde ele iria tomar o seu
tempo para explorar seu belo corpo com a boca e as mãos
antes de ele ...

— Saia daqui e não volte! — a esposa do comerciante


gritou, chamando a sua atenção para duas crianças que
estavam sendo expulsos da loja com um cabo de vassoura.

— Nós só queríamos algumas gotas de limão, — o


menino, cujo vestuário parecia que estava sendo mantido
em conjunto por toda a sujeira cobrindo-o, disse, enquanto
segurava um pedaço de prata.

A menina com ele, cujas roupas estavam em pior


condição, se fosse em tudo humanamente possível,
tropeçou quando se mudou para arremessar para fora do
caminho da vassoura e caiu contra as pernas de Elizabeth,
deixando uma grande mancha escura contra a luz nas saias
azuis de Elizabeth.

— Olha o que fez para milady! — a esposa do


comerciante gritou quando ela levantou a vassoura e
trouxe-o para baixo em direção à criança encolhida.

Mesmo quando ele estendeu a mão para pegar a


vassoura, ele preparou-se para a explosão de Elizabeth.
Seu vestido estava completamente arruinado e ele tinha
visto as mulheres ficarem histéricas por menos. Ele
realmente não queria lidar com isso, mas talvez fosse o
melhor, se ela mostrasse a James exatamente no que ele
estava se metendo, pensou quando ele pegou a vassoura
na mão antes que ela batesse em...

Nas costas de Elizabeth?

Ele estava tão focado na esposa do comerciante e na


vassoura que ele não tinha visto Elizabeth cair no chão para
cobrir a criança chorando com seu corpo. Quando ele
arrancou a vassoura longe das garras da mulher, ele se
forçou para não amolecer com a visão da mulher que ele
pensava como uma pirralha egoísta proteger uma criança
indefesa. Isso não mudou nada, ele lembrou a si mesmo,
exceto que agora, por algum motivo ele preferia morrer do
que vê-la casada com James e não tinha nada a ver com a
odiá-la.
Quando James mudou-se para ter uma palavra muito
forte com o lojista e sua esposa, Robert ajudou Elizabeth a
seus pés, forçando-se a ignorar a vontade de puxá-la para
seus braços.

— Obrigada, — ela murmurou quando ela se abaixou


para ajudar a criança que chorava a seus pés, mas ele
simplesmente mudou de lado e Elizabeth pegou a criança
pequena. Dirigiu-se para a porta, parando apenas o tempo
suficiente para agarrar o menino pela nuca de seu pescoço
enquanto ele foi para a caixa das orelhas da mulher por
ameaçar a irmã.

— Ei, deixe-me ir! — o menino perguntou enquanto


tentava torcer e girar fora de seu alcance.

— Seja bom, — disse Robert, suspirando pesadamente


enquanto Elizabeth se juntou a eles e pegou a mão do
menino para a dela.

— Vamos ver se podemos encontrar algo mais que


recheio de gotas de limão para o seu estômago, não é? —
ela perguntou com um sorriso alegre enquanto se dirigia
pela rua com o menino correndo para acompanhar e
provavelmente esperando que ele a seguisse como um cão
de colo, pensou com desgosto quando ele fez exatamente
isso.

— Por que você está sorrindo? — a menina em seus


braços perguntou, parecendo tanto cautelosa e curiosa.
— Não há razão, criança, — disse ele, mesmo quando
ele se amaldiçoou por apressar o passo para acompanhar a
mulher excessivamente alegre, que ele odiava, mas não
podia suportar ficar longe.
Capítulo Dezesseis

Isso estava ficando assustador, muito assustador, de


fato. Durante as últimas três semanas seguidas ela acordou
se sentindo sozinha. Isso era estranho, considerando que
ela ia para a cama sozinha, então é claro que ela devia se
sentir sozinha quando acordasse na manhã seguinte. Isto
era diferente. Parecia que, em algum momento durante a
noite ela não estava sozinha. Era a sensação mais
estranha. Claro que poderiam ser apenas seus nervos.

No mês passado seu pai tinha vindo a adiar seus


pedidos para sair e fazer tudo o que podia para mantê-la
em casa. Não era exatamente difícil descobrir o motivo.
Eles estavam esperando casá-la antes de seu aniversário e
estavam fazendo tudo o que podiam para se certificar de
que isso acontecesse, incluindo mantê-la em casa e
deixando disponível para os pretendentes quando
chamassem.

Sua decisão, provavelmente, também tinha algo a ver


com o fato de que ele descobriu sobre suas tentativas de ir
visitar a sobrinha de Annabel, sem a sua permissão.
Descobrir que ela estava planejando visitar uma parte da
cidade que era estritamente proibida para ela não tinha
aquecido a ele exatamente com a ideia de permitir que ela
fosse para a sua propriedade por conta própria.
Provavelmente não teria sido tão ruim se sua mãe não
tivesse pego o vento de seus planos para trazer alimentos e
roupas para um servo, que carregava o filho bastardo de
seu antigo empregador, e foi em histeria sobre Elizabeth
envergonhando-os por consorciar com servos.

Então, Jane, a quem ela tinha noventa e nove por


cento de certeza havia estado informando sobre ela para os
seus pais já há algum tempo, decidiu partilhar o conto da
loja de doces e como Elizabeth tinha levado as duas
crianças para uma estalagem para uma refeição quente. A
empregada tinha naturalmente embelezado o conto,
salientando como todo mundo viu a coisa toda. Depois
daquele dia, seu pai havia anunciado que ela estava restrita
à casa e as terras até novo aviso.

Agora parecia que todos, menos ela tinham algo a ver.


Bem, isso não era inteiramente verdade. Ela tinha muito o
que fazer, mas ela estava sendo mantida na casa contra
seus protestos, passou a maior parte de seu tempo
tentando não estar enfadada. Felizmente, James passou um
tempo com ela durante o dia, lia com ela e a levava para
passear no jardim de rosas, que era encantador. Alguns
anos atrás, ela teria corado e provavelmente hiperventilado
sob sua atenção. Agora era apenas bom ter um outro
amigo.

Foi engraçado depois de todos esses anos que os


sentimentos que ela pensou que sentia tão profundamente
como uma criança, amor, não era nada mais do que
paixão. Ela não tinha nenhuma dúvida de que ele seria um
bom marido, era gentil, divertido e fácil de conversar. Se
ela o tivesse encontrado antes daquela noite no laranjal,
ela teria, sem dúvida, se apaixonado por ele na verdade.

Infelizmente isso não foi como as coisas ocorreram.


Mesmo que ela não tivesse planos de se casar, ela nunca
tinha planejado viver a sua vida, tendo amantes. Toda vez
que ela pensou em voltar aquela noite, ela estava cheia de
humilhação agora, em vez do precioso presente que ela
pensava que era. Ela só tinha beijado um homem em sua
vida antes daquela noite e que tinha sido um rápido beijo
nos lábios e sabia quem ela estava beijando na época. Não
só tinha beijado um homem que ela não conhecia, mas
também tinha dado a sua inocência a ele, livremente.

O fato de que ele acabou por ser Robert, que tinha


sido o garoto que ela odiava mais do que qualquer coisa na
terra, só fez piorar. Ela tentou não pensar sobre o que ele
devia pensar dela ou o que ele faria com parte do
conhecimento se ela o empurrasse para longe demais. Será
que ele achava que ela fez isso muitas vezes?

Não importa o que ela fizesse ou dissesse, ela se


importava com o que ele pensava. Daquela vez eles serem
como estranhos foi um dos momentos mais agradáveis de
sua vida. Ela nunca se sentiu tão relaxada e confortável
com outra alma viva como ela teve com ele naquela noite.
Eles se conectaram, muito ligados naquela noite e ela não
estava pensando quando fez amor com ele, tinha sido
muito agradável, mas a forma como ele falou com ela,
sorriu e a ouviu tinha derretido o seu coração.

Ela não queria gostar dele ou ansiar seu toque. Este


era Robert depois de tudo. Ele era o menino que uma vez
colocou mel em seu travesseiro e a empurrou em uma
lagoa barrenta quando eram crianças. Apesar de tudo, ela
queria estar com ele, perto dele. Ela muitas vezes se viu
andando no andar de cima tarde da noite, na esperança de
ouvir a sua voz profunda, era patética, completamente
patética.

Pelo menos ela lutou com seus sentimentos, ela


tranquilizou-se, propositalmente o evitava sempre que ele
estava em casa, que não era muito frequentemente.
Parecia que ele estava aqui apenas para dormir. Ela sempre
quis saber onde ele ia. Ele estava em um clube? Visitando
amigos? Uma mulher? Ela empurrou o último pensamento
de sua mente. Ela não gostava de pensar nele com outras
mulheres, embora ela certamente não queria ele para si
mesma. Nem um pouco. Era esse “fantasma” bobo que a
estava colocando no limite.

Ela verificou o travesseiro ao lado dela. Parecia que


dormiram nele. A única explicação que ela poderia ter, era
que ela rolou para o lado em algum momento durante a
noite, porque as roupas de cama daquele lado também
estavam enrugadas. Era a única coisa que fazia sentido.

Algo chamou sua atenção quando ela puxou


novamente os lençóis. Franzindo a testa, ela o pegou e
examinou o canivete. Sua respiração ficou presa na
garganta e seu estômago revirou. Desesperada para aliviar
seu estômago, ela estendeu a mão para o chá morno que
Jane tinha deixado para ela e tomou um pequeno gole.
Esse pequeno gole desencadeou algo profano em seu
estômago. Ela deixou cair o copo e tudo, mas correu para o
penico.

Depois de vários minutos, ela foi capaz de sentar-se


em linha reta. Seu estômago se retorceu com preocupação.
Ela estava atrasada. Três semanas de atraso para ser
exato. Para a primeira semana ela achava que era o
estresse de sua situação. Isso já havia acontecido antes,
mas nunca por tanto tempo. Agora que ela estava doente
no período da manhã e às vezes durante o dia. Ela fez o
possível para escondê-lo, mas logo alguém ia notar. Em
seguida, sua vida mudaria para sempre.

— Eu estou bem, — Elizabeth murmurou para si


mesma na esperança de que, falando isso, de alguma
forma iria torná-lo realidade. Seu pai tinha saído e
permitiu-lhe visitar sua propriedade ao norte, mas não
mais. Ele iria deixá-la ir em poucos dias. Ele prometeu e
desta vez ela iria segurá-lo à sua palavra. Até então ela
teve que segurá-la junta.

Ela caminhou de volta para a cama, esperando que


pudesse deitar por alguns minutos para que seu estômago
tivesse uma chance para se estabelecer. Antes que ela
pudesse deitar-se, o odor do chá derramado bateu com
força mais uma vez. Ela correu de volta no tempo para a
panela e terminou de esvaziar o estômago. Ela estava bem.
Tudo estaria bem. As coisas seriam muito bem, disse a si
mesma não realmente acreditando nem por um segundo.

~*~

Robert abriu uma das gavetas do seu lado da mesa.


Ele e Elizabeth tinham chegado a um entendimento tácito
sobre o compartilhamento da biblioteca. Cada um deles
tinha seu próprio lado da mesa e ninguém espiava. Era
bastante confortável. Ela era tão cuidadosa quanto ele para
que ele se importasse de partilhar o espaço.

Ele olhou fixamente para o livro na frente dele sem


realmente vê-lo. Sentia o corpo rasgado ao meio, queria
desesperadamente voltar lá para cima e rastejar de volta
na cama com Elizabeth. Quatro semanas e ele estava
viciado nela. Ele não conseguia dormir em sua própria
cama. Ele tentou várias vezes e cada vez ele falhou
miseravelmente. Como que para provar seu ponto, ele caia
no sono quase imediatamente quando sua mão repousava
sobre seu quadril.
Isso era ruim. Isso era muito ruim. Ele precisava
muito dela. Seu corpo ansiava por ela em todos os sentidos
possíveis. Ele gostava de sua sagacidade e língua afiada.
Ela poderia ser engraçada, e ele sabia que ela era doce.
Isto estava além de horrível. Ele odiava a mulher. Ela era
sua inimiga.

Sua inimiga.

Ele era um idiota. Esta situação era intolerável, não


aguentava mais. Todo dia ele tinha que lutar contra a
vontade de socar os pretendentes que vinham chamando.
Ele teve que sentar e assistir a tentativa de James de
conquistá-la. Matou-o. Às vezes, desapareceria todo o dia e
noite só para voltar a ela como um marinheiro de uma
sereia e enrolar-se com ela. Ele precisava dela mais do que
sua propria respiração, e a odiava por isso. Ele odiava esse
poder que ela tinha sobre ele. Ele iria sair e em breve, para
sua própria sanidade.

A porta da biblioteca de repente se fechou.

— Você está louco?

Ele olhou para cima para ver Elizabeth segurando o


canivete. Seu olhar rapidamente deslocou-se para a porta
fechada quando ele se levantou para ir abrir. Ser
encontrado com ela em um quarto fechado podia acabar
com uma viagem para a igreja e ele não estava tendo isso,
não com uma mulher que o odiava.
— E você? O que há de errado com você fechando a
porta? — Ele chegou à frente da mesa quando ela invadiu
até ele, segurando a faca.

— Adivinha onde eu encontrei isto?

Ele deu de ombros.

— Eu não tenho a menor ideia, — disse ele quando


estendeu a mão, mas antes que ele pudesse levá-la, ela o
deixou cair no bolso do vestido.

— Pelas últimas três semanas eu tenho sido


assombrada por um fantasma, — anunciou ela.

Hmm, ela não poderia estar falando sobre ele, porque


ele tinha estado rastejando em sua cama durante as
últimas quatro semanas. Claro que ela pode não perceber
que ele vinha fazendo isso há muito tempo. Provavelmente
era melhor não corrigi-la no prazo, ele decidiu.

— Oh? — ele perguntou em um tom entediado.

— Aham, parece que tenho um fantasma rastejando


para a cama comigo. Estranho, não é?

— Eu diria que sim. Você acha que o fantasma teria


melhores opções.

Ela lhe deu um tapa um pouco duro em seu ombro.

— Ai!
— Bom! Agora me explique por que você está vindo
para o meu quarto!

A batida na porta foi seu único aviso de que eles


estavam prestes a serem pegos.

— Esconda-se! — ele assobiou.

Ela lançou lhe um olhar furioso antes que ela se


esforçasse para fazer exatamente isso desde que ser
encontrada a sós com ele em uma sala fechada não era
uma opção. Jogando-o um último olhar, ela moveu-se
rapidamente em torno da mesa e foi para baixo dela, antes
que ele pudesse detê-la.

— Não ai! — Ele assobiou.

Elizabeth ignorou e rastejou para debaixo da mesa.


Com um gemido irritado, sentou-se na cadeira e mudou-se
com as pernas debaixo da mesa. Esta mesa era realmente
grande, meditou. Ele era um homem alto e suas pernas
estavam situadas confortavelmente debaixo da mesa e ele
mal podia senti-la. Ele sabia que ela estava lá, claro. Ele
praticamente podia sentir a raiva escorrendo dela. Ela
estava efetivamente presa agora, ele pensou com um
pequeno sorriso, gostando de sua vantagem,
provavelmente, mais do que deveria.

— Entre, — disse ele, fingindo estar trabalhando.

James entrou,
— Eu pensei que eu iria encontrá-lo aqui.

— O que posso fazer por você? Veio aprender como


administrar uma fazenda? — Brincou, rindo ao ver a
expressão horrorizada de seu irmão.

É, sempre o divertiu que seu irmão, que era o


herdeiro, viveu a vida de um segundo filho. Ele não levava
nada a sério, não tinha absolutamente nenhum interesse
em aprender a gerir a propriedade que iria herdar um dia e
ele passou todo o seu tempo com mulheres, cartas e
vivendo com absolutamente nenhum propósito. James
estava vivendo a vida que Robert devia estar perseguindo,
mas isso simplesmente não estava nele. Gostava de gerir a
sua própria propriedade, trabalhar para a transpiração e
criar coisas com as mãos. Ele nunca se encaixaria com a
sociedade ou na sua família. Ele não agia como o filho de
um conde e, provavelmente, nunca o faria. Ele gostava de
ser seu próprio homem. Ele só queria que não estivesse tão
solitário às vezes.

James empalideceu.

— Meu Deus, não! Eu vou contratar alguém para isso.


— A forma como James disse isso, assim como ele precisa
de um gerente da propriedade logo chamou a atenção de
Robert.

— O que está acontecendo? — Ele perguntou com


cautela.
James se sentou na cadeira em frente à mesa,
jogando um tornozelo em seu joelho.

— Eu vou me casar.

— Oh? — Pavor encheu-o instantaneamente. — Com


quem?

— Quem você acha?

— Apenas me diga.

— Lady Elizabeth, seu idiota. Quem mais tenho


cortejado no mês passado?
Capítulo Dezessete

Elizabeth mudou e moveu-se mais perto da abertura


para ouvir. A recepção era tão espessa que abafou alguns
dos sons. Ela empurrou entre as pernas de Robert e
esperou. Ele abriu as pernas para ela automaticamente, de
forma que ela pudesse sentar-se confortavelmente.

— Você já perguntou a Elizabeth? — perguntou


Robert. Ela podia sentir a tensão em seu corpo.

James riu.

— Não, eu pedi a seu pai e ele aprovou. Tudo o que


resta é pedir a própria senhora.

— Você a ama? — Perguntou Robert. Ele tinha que


saber.

James riu mais nisso.

— Não! Você pode imaginar? Eu nem amo minha


amante!

Robert teve que parar de se estremecer. Ela estava


cavando suas unhas em suas pernas. Ele estendeu a mão e
empurrou as mãos fora de suas pernas rapidamente,
esperando que James não tivesse notado o movimento.
— Se ela dizer que sim, vai deixar a sua amante? —
Ele perguntou, mais por causa dela do que dele.

James riu.

— Muito engraçado. Desistir de Andrea? Você está


louco. Eu tive que esperar três outros homens para tê-la.
Não, eu vou mantê-la ao lado.

— E quanto a Elizabeth? — perguntou Robert.


Elizabeth estava se perguntando isso também. Não que ela
iria seguir com isso. Ela não iria. James era como um irmão
para ela agora. Seria simplesmente demasiado perturbador
casar com ele.

Ele deu de ombros.

— Vou levá-la com um herdeiro e o segundo, é claro.


Eu não me importo de tê-la aquecendo minha cama quando
o humor aparecer. Você tem que admitir que ela é muito
bonita.

— Não é verdade, — disse Robert murmurando. — Ai!

— Você está bem? — Perguntou James.

Robert colocou o dedo na boca.

— Corte de papel, — ele murmurou. Seu joelho estava


latejando. Porra, ela era uma forte coisinha.

— Eu odeio aqueles, — disse James com desgosto.

— Eu também, — disse acidamente.


— Eu ainda não entendo por que você iria se
estabelecer com ela, — ele disse em um tom revoltado. Ele
precisava que James se enterrasse na frente de Elizabeth.
Ele iria salvar-lhe um monte de trabalho braçal mais tarde.
Ele não ia simplesmente sentar e permitir que James se
casasse com sua Atrevida.

~*~

Oh, ela iria mutilar o homem. Na verdade, ele teve a


audácia de falar sobre ela assim? James ela não se
preocupava, mas por Robert, de agir como se ela fosse
nada a irritava. Ela olhou ao redor do pequeno espaço.
Droga, não havia nada que pudesse fazer para ele aqui.
Bem, não é verdade, ela tinha a faca, mas era um pouco
demais. Ela olhou para ele e sorriu. Havia algo que ela
poderia fazer para fazê-lo perder essa atitude pomposa que
ele estava usando as suas custas.

~*~

Cada músculo em seu corpo congelou.

— O que você está fazendo?— Ele exigiu força,


reconhecidamente aterrorizado com a Atrevida escondida
debaixo da mesa.

James olhou para trás desde o pequeno aparador.

— Conseguindo uma bebida. Quer uma?


— Por favor! — Disse ele mais para Elizabeth que para
James. Ela tinha as calças desfeita e sua virilidade puxada
para fora. Ele fechou os olhos por alguns segundos e enviou
uma oração silenciosa a Deus, prometendo mudar sua vida
para o bem, se ela não usasse a faca para fazê-lo menos
homem. Seus olhos se abriram quando ela o acariciava.

— Você está bem? — James perguntou quando ele


colocou um copo de uísque na frente dele.

— Muito bem, muito obrigado. — Ele pegou o copo e


bebeu-o. Nada na vida poderia tê-lo preparado para o rumo
dos acontecimentos. Ele tinha que manter James aqui
falando, caso contrário, sua Atrevida podia parar e ele
definitivamente não queria isso.

— Eu... eu não entendo, se você acha Elizabeth


bonita, porque você precisa de Andrea? — Foi sempre
assim tão difícil falar? Ele não conseguia se lembrar.

James riu com conhecimento de causa.

— Eu acho que você não saberia, pois você viveu


como um monge naquela sua propriedade. Vou explicar
com quatro pequenas palavras, ela usa sua boca. — Ele
piscou e sentou-se.

— Sério? Eu nunca tive isso feito. — Até agora. Suas


mãos agarraram a mesa quando Elizabeth decidiu que a
ideia tinha mérito suficiente para testá-lo. Sua boca quente,
molhado fechou sobre a ponta de sua ereção. Se ele
morresse neste momento, ele poderia dizer honestamente
que ele viveu uma vida feliz e gratificante.

~*~

Isto era diferente e muito emocionante. Ela nunca


teria pensado em fazer isso se James não tivesse
mencionado. Foi mais fácil do que usar a mão, que ela
ainda usou uma vez que era útil. Ela decidiu fazer isso em
um jogo e ver o quão longe ela poderia levá-lo em sua boca
para deixá-lo louco. Isso devia ensiná-lo. Ela esperava que
ele estivesse envergonhando a si mesmo no momento.
Infelizmente, ele também estava mexendo até essa mesma
necessidade que a tinha deixado desesperada por ele
naquela noite no laranjal. A mão de Robert desceu e
gentilmente segurou seu rosto, incitando-a a continuar.

~*~

James precisava continuar falando ou ele iria matá-lo.

— Sua esposa, provavelmente, faria isso também, —


disse ele, esperando que James fosse sair em uma longa
explicação enquanto ele gostava das ministrações de
Elizabeth.

Ele bufou.

— Boa sorte com isso. Mulheres como Elizabeth são


frígidas na cama. Nenhum homem quer permanecer fiel a
isso. Você pode imaginar passar o resto de sua vida
deitando-se com uma mulher que se recusa a tirar a
camisola ou mesmo se mexer? Deus é chato. Ela só ficará
lá esperando por você para terminar e ir para seu quarto.
Não, obrigado. Eu vou manter as minhas amantes,
prostitutas e amantes.

Com grande esforço, ele falou.

— Então, novamente, por que casar com Elizabeth? Eu


sei que ela tem uma pequena propriedade, mas há outras
herdeiras lá fora, com mais dinheiro e terra.

James balançou a cabeça.

— Não, eu gosto dela. Ela é uma boa garota. Ela é


linda, mas eu não acho que eu terei que me preocupar com
ela cometendo adultério. Ela é muito legal. Além disso, eu
acho que a história sobre a pequena propriedade é um
disparate.

— Você não acha que ela tem algum dinheiro? —


Perguntou ele, enquanto ele acariciava seu rosto. Ele
abaixou-se na cadeira para torná-lo mais fácil para ela.

Ela foi maravilhosa.

— Não, eu acho que muito pelo contrário, na verdade.


Você está bem? — Perguntou James, de repente.

Sua cabeça estava descansando em uma das mãos,


enquanto a outra estava a tocando. Ele parecia
despencado.

— Um pouco de dor de cabeça, por quê?


— Você está suando e ofegando um pouco, — disse
James, apontando para ele bruscamente.

Ele estava tão perto, tão incrivelmente perto. Não


havia nenhuma maneira que ele seria capaz de segurar os
sons de seu prazer com James na sala.

— Você já falou com o pai? Você deve ir e fazer isso.


Ele teria mais informações. — As palavras correram para
fora de sua boca. James precisava sair. Agora.

James ficou de pé.

— Essa é uma boa ideia. — Ele caminhou até a porta.


— Durma um pouco, cara. Você se parece com o inferno. —
Com isso, ele foi embora.

Robert empurrou para trás da mesa, trazendo sua


Atrevida com ele. Ele tinha que ver, precisava vê-la. Seus
olhos se arregalaram quando ele avistou Elizabeth em um
vestido pérola bonito, levando-o em sua boca. Ele baixou a
cabeça para trás, sem tirar os olhos de cima dela e gemia
alto.

Ela precisava dele tão mal. Ela começou a


choramingar e mexer na frente dele. O lugar entre suas
pernas estava doendo por ele.

— Basta! — Ele puxou para fora de sua boca.

— Eu fiz alguma coisa errada? — ela perguntou


quando ele a puxou para cima. Com um braço, ele varreu
sua papelada e livros para o chão. Em segundos, ele a tinha
sentada na borda da mesa com as pernas abertas. Ela se
inclinou para trás até que ela estava descansando em seus
cotovelos. Robert empurrou a saia até a cintura.

Seu olhar mudou-se para o ápice de suas pernas e ele


gemeu, longo e alto. Seus cachos escuros já estavam
escorregadios com sua excitação. Sentou-se na cadeira e
puxou-a para a mesa, preparando-se para a sua refeição.

— Robert? — Sua voz tremeu com necessidade e


constrangimento.

Ele colocou as mãos sobre as coxas e empurrou as


pernas mais distantes.

— Shh, — ele disse, enquanto olhava para as belas,


gorda, dobras rosa. — Eu sempre quis fazer isso, — disse
ele em um sussurro rouco.

Elizabeth inclinou-se ainda mais, nervosa agora do seu


tom. Seus olhos se arregalaram em choque, enquanto
observava a cabeça de Robert cair entre suas pernas.

— O que é que você..... oh meu.... — Seus olhos


giraram em sua cabeça de prazer quando sentiu a ponta da
língua quente e molhada de Robert traçar a costura de sua
fenda. Ela caiu para trás nos cotovelos.

— Mmmm, — Robert rosnou quando ele passou a


língua sobre a pequena protuberância firme até seu centro,
onde ele teve um gosto melhor. Isto foi melhor do que
qualquer fantasia que ele já teve. Ele traçou a sua língua ao
redor de seu núcleo e, em seguida, mergulhou-o para
dentro. Em poucos segundos, ele foi recompensado com
mais líquido quando Elizabeth enterrava sua fenda úmida
contra sua boca, frenética para a liberação.

Dedos enfiados através de seu cabelo, mantendo-o


preso entre as pernas. Ele deslizou sua língua ainda mais
dentro dela, enquanto seu polegar esfregava a pequena
protuberância inchada entre suas dobras. Seus gemidos se
tornaram frenético, enquanto ela se debatia embaixo dele.

Ele teve que fechar os olhos e forçar-se para não vir


aqui e ali. Em um minuto, ele prometeu a si mesmo. Seus
movimentos se tornaram mais urgentes quando ele a
empurrou sobre a borda, desesperado por ela agora. Seus
gemidos e ofegos estavam dirigindo-o para fora de sua
mente maldita.

Mesmo sabendo que a porta não estava trancada e


eles poderiam ser pegos a qualquer momento não ia detê-
lo. Por mais de um mês, seu corpo estava em tumulto
agonizante, desesperado para estar com ela novamente.
Dia e noite ele teve que lutar contra a vontade de caçá-la,
fixá-la contra a parede e levá-la. Ele lutou contra isso todos
os dias. As noites eram pior quando ele a segurava em seus
braços, mas de alguma forma ele conseguiu permitir-se o
presente de simplesmente segura-la.
Agora, ele não se importava. Ele tinha que tê-la. Não
havia nada nesta terra que iria impedi-lo de levá-la de
novo. Levaria cada lacaio nesta casa para rasgá-lo de cima
dela e, mesmo assim, ele iria lutar para voltar para ela.
Agora ele estava de volta com sua Atrevida do laranjal e
nada mais importava.

Ela apertou a mão à boca e gritou seu nome. Um


gemido alto rasgou da garganta de Robert ao som de seu
nome arrancado de seus lindos lábios. Enquanto o orgasmo
ainda estava rasgando seu corpo, ele se levantou e
empurrou-se passando suas paredes latejantes e começou
a empurrar, sabendo que ele não ia durar muito tempo.

Seus olhos se encontraram, avidamente. Robert


lambeu a última gota de sua excitação de seus lábios em
um movimento sensual. Elizabeth viu-se respondendo,
empurrando-se para cima até que ela estava sentada com
as pernas e os braços em volta dele.

Robert não perdeu tempo envolvendo os braços em


volta dela e soltando a boca a dela em um beijo faminto.
Suas mãos deslizaram para cima, segurando o cabelo em
seus punhos como ela devolveu o beijo.

A memória daquela noite não fazia justiça. Ela estava


tão molhada e quente para ele, para não mencionar
extremamente apertada. Este era o paraíso. Podia senti-la
começando a pulsar em torno dele. Apressou o passo,
enquanto sua boca se moveu para sua garganta, beijando e
lambendo sua pele, amando o jeito que ela choramingava.

Ela virou a cabeça, enterrando o rosto em seu ombro


enquanto ela gritou seu nome. Isso e o sentimento de sua
vagina quente, molhado e insuportavelmente apertado
ordenhando seu pênis foi o suficiente para deixá-lo louco,
mas era o seu nome em seus lábios que foi sua ruína

— Atrevida! Oh Deus, Elizabeth! — ele gemeu alto.


Capítulo Dezoito

Exausto e sem ter certeza de que suas pernas iriam


segurá-lo por mais tempo, ele caiu para trás na cadeira,
levando-a com ele. Ele segurou-a com um braço. Com o
outro ele chegou para trás e abriu uma janela para apagar
o cheiro de sua vida amorosa.

Ele inclinou a cabeça para trás, enquanto Elizabeth


escondeu o rosto contra seu pescoço, agarrando sua
camisa com força em seus pequenos punhos, ambos
ofegando. Foram vários minutos antes de qualquer um
deles pudesse se mover ou falar.

Robert fechou os olhos e deu um beijo no topo de sua


cabeça. Ele estragou tudo novamente. Nunca antes ele
tinha estado tentado a terminar em uma mulher. Inferno,
ele nunca tinha estado em uma mulher sem usar uma
bainha e puxando para fora para garantir nenhum filho.
Esta foi a terceira vez que tinha estado dentro de Elizabeth
sem tomar quaisquer precauções.

Fazia cinco semanas desde aquela noite no laranjal.


Ela estava carregando o filho dele? Será que ela lhe diria?
Ele apertou os olhos mais apertados quando ele deu um
beijo na testa. Por mais que ele gostasse de evitar o tema,
ele tinha que saber. Elizabeth era uma mulher inteligente.
Se ela estivesse carregando sua criança, ela teria dito a ele.
Certamente ela teria. Mesmo que ela o odiasse, ela iria
dizer a ele, não iria? Antes da raiva poder emergir ele
empurrou-a para baixo.

Ele tinha que, pelo menos, perguntar, mesmo que ele


já soubesse a resposta. Ela não estava carregando seu
filho. Desta vez, provavelmente não seria o suficiente para
levá-la com a criança também. Este tinha sido um erro, um
agradável, mas um erro, no entanto. Isto não iria, não
poderia, voltar a acontecer. Ele estava deixando o país em
breve e ela estava indo para uma fazenda em algum lugar
ao norte. Após isso, eles provavelmente nunca se veriam
outra vez. Seus braços se apertaram ao redor dela com o
pensamento.

~*~

Elizabeth respirou fundo, fechando os olhos. Ela queria


se lembrar dele dessa forma, a maneira como ele a
abraçava, a maneira como ele a tocava, a maneira como
ele olhou para ela como se fosse a coisa mais preciosa do
mundo. Todas essas memórias de infância não importavam
mais. Ela precisava se lembrar do homem que a segurou
com força e beijou com ternura no laranjal.

Quando o filho deles perguntasse sobre seu pai, queria


ser capaz de dizer-lhe coisas gentis. Filho deles? Ela
soluçava baixinho na curva do seu pescoço antes que ela
pudesse se conter. Quando ela tinha finalmente aceitado
que estava grávida?

Ela precisava dizer a ele, ela percebeu, mas como?


Eles tinham feito amor, mas ela sabia que os homens eram
capazes de ter relações sexuais sem o coração estar
envolvido. Ela também sabia, sem dúvida de que Robert a
odiava. Ela sempre soube que aquilo e esses erros tolos
não mudavam nada. Ela também sabia que ele iria odiá-la
mais quando ela dissesse a ele, porque ele iria fazer a coisa
certa.

Não importa que tipo de menino mau que ele tinha


sido, ele era sem dúvida um homem honrado agora. Ele se
casaria com ela e, para o resto de suas vidas, ele iria
ressentir-se dela por prendê-lo em um casamento sem
amor. Ela seria obrigada a viver com um homem que ela se
importava profundamente e saberia que ela tinha roubado
a sua liberdade, a sua escolha. Ela odiaria a si mesma. Ela
só precisava de algum tempo para descobrir isso.

Se ela pudesse determinar como ele se sentia sobre


ela e, se ela descobrisse que ele realmente a odiava, então
ela faria o que teria de fazer, a fim de proteger o filho
deles. Ela diria a ele e viveria com as consequências de um
casamento sem amor. Ela só precisava de um pouco de
tempo para descobrir como dizer a ele. Ela deveria dizer a
ele agora, ela percebeu isso, mas ela estava apenas...

Ela estava assustada, com medo de verdade.


E se Robert não pudesse forçar-se a fazer a coisa
certa? E se o seu ódio por ela fosse muito forte? E se ela
não pudesse ir adiante com o casamento com um homem
que não a amava? Havia muitos “Ses” nesta situação e a
fez desejar de que ela tivesse alguém que pudesse confiar,
mas não havia ninguém.

Sua mãe teria um ataque. Ela provavelmente iria virar


as costas para ela por trazer vergonha para sua família. Ela
estava na ruína, solteira e grávida. Sua mãe diria a seu pai,
que iria ou atirar em Robert ou forçá-lo a se casar com ela
e essa não era a maneira que ela queria que isto fosse
tratado. Ela ficou tentada a ir a Mary de uma vez e dizer a
ela, mas acabaria da mesma maneira trágica. Só que
provavelmente seria Anthony que atiraria em Robert e não
seu pai.

Talvez fosse melhor pensar nisso e ter certeza de que


ela estava carregando uma criança. Ela nunca tinha estado
grávida antes e não tinha ideia do que esperar. Não havia
ninguém para perguntar. Esse último pensamento virou seu
estômago. Percebendo que eles ainda estavam
intimamente ligados, ela cuidadosamente saiu dele. Ele
parecia hesitante em libertá-la, mas o fez depois de uma
pequena pausa.

Sem dizer uma palavra, ambos ficaram de pé e


arrumaram suas roupas. Robert passou os dedos pelo
cabelo, tentando consertá-lo, mesmo que ele preferia
mantê-lo do jeito que estava como um lembrete de tê-la
em seus braços novamente.

Elizabeth limpou a garganta.

— Eu deveria ir lá para cima e me refrescar antes do


chá.

Robert encontrou seus olhos brevemente antes de


olhar para longe.

— Elizabeth?

— Sim? — Ela não olhou para cima e partiu a


endireitar suas saias, com muito medo de que ela se
quebrasse e disse-lhe antes que ela estivesse pronta.

Em voz baixa, áspera ele perguntou,

— Teve os seus cursos desde a noite do laranjal?

O calor intenso inundou suas bochechas. Ela se


afastou dele não de vergonha surpreendentemente, mas
por medo. Se ele descobrisse, o que ele faria? Ela só parou
de colocar a mão sobre o estômago. Ele tomou sua
virgindade e era seu filho em seu ventre. Tecnicamente ela
agora pertencia a ele, ela percebeu. Fúria se levantou em
sua mente com a ideia, não pertencia a ele ou qualquer
outro homem, ela decidiu rebelar-se. Ela se recusou a ser
propriedade de algum homem, ter que pedir e implorar por
tudo. Ela não queria se casar com um homem que não a
amava, mesmo que ela o amasse.
— Essa é uma pergunta vulgar até mesmo para você,
— disse ela, irritada, evitando responder a pergunta da
única maneira que sabia.

Os olhos de Robert se estreitaram sobre ela. Ela tinha


evitado responder a pergunta da mesma maneira que tinha
quando eram crianças e ela foi pega fazendo algo
pernicioso. Mas isso era ridículo. Se ela estivesse grávida,
ela lhe diria. Ela era uma mulher inteligente. Ela sabia as
consequências de ter um filho fora do casamento. Ela iria
ser evitada e a criança iria carregar o fardo da vergonha
para o resto de sua vida. A não ser que...

Seu olhar saltou para a porta fechada. Ela estava


pensando em se casar com James para dar a seu filho um
pai? Ele rangeu os dentes até que os músculos de seu
maxilar queimaram sob a pressão.

— Você está carregando meu filho? — Ele mordeu


fora, decidindo acabar com qualquer jogo que ela estivesse
brincando.

— Não. — Eu estou levando o meu filho, pensou


enquanto tentava obter uma rédea sobre as emoções
rebeldes que clamavam por controle dentro dela. Era a
única maneira que ela poderia mentir. Todo mundo sabia
que ela era uma péssima mentirosa, às vezes que ela foi
capaz de mentir, se pensava na resposta de uma forma
diferente. Por mais que ela odiava a ideia de se casar com
nada menos do que o amor, ela também odiava a ideia de
prendê-lo. Ela se preocupava com ele muito para fazer isso
e ela não queria machucá-lo. Ela só precisava de algum
tempo para descobrir como dizer-lhe sem ele odiá-la. Uma
coisa estava clara, ela precisava sair antes que alguém
descobrisse que ela estava grávida e tomasse a decisão
sobre a forma de dizer a ele fora de suas mãos.

Robert estudou sua expressão por um momento mais.


Ela era uma má mentirosa, ele se lembrava muito disso.
Ele estava esperando que ele fosse capaz de dizer, mas não
podia. Ele suspirou profundamente.

— Ouça, nós... Eu não fiz o que eu deveria ter feito e


pode haver... — ele respirou fundo antes de continuar. —
Pode haver uma criança como resultado do que fizemos
hoje. Daqui a um mês devemos saber.

Os olhos dela se arregalaram de horror.

— Eu não vou estar aqui, Robert. Estou partindo até o


final da semana.

Ele balançou a cabeça.

— Não, você vai ficar até que saibamos com certeza.


— Ele fez um gesto de volta para a mesa. — E nós
certamente não estaremos fazendo isso de novo. — Parecia
que a última parte doía para ele, mas ela teve de concordar
que era provavelmente o melhor.

Elizabeth colocou as mãos firmemente nos quadris.


— Não, eu estou partindo. Se algo acontecer, por isso,
vou escrever-lhe, — disse ela, percebendo que era a
maneira covarde para lidar com isso e que estava tudo bem
com ela. Ela preferia não estar lá para ver o horror em seus
olhos quando soubesse que ele estava preso com ela para
toda a vida.

— Não. Você vai ficar, — disse ele com firmeza. Ele


não confiava nela em contata-lo por algum motivo que ele
não conseguia colocar o dedo na ferida. Além disso, ele não
estava pronto para ela ir embora, ainda não.

Ela fechou os olhos e respirou fundo antes de


continuar.

— Robert, vou. Eu tenho esperado por semanas para ir


e eu me recuso a empurrar isso por mais tempo.

— Você vai ficar, — ele ordenou. — Além disso, não


parece que o seu pai está permitindo que você saia tão
cedo. Parece que ele tem planos para você, — ele retrucou,
a raiva aumentando novamente no pensamento dela se
casando com James.

— Você não tem o direito de me dizer o que fazer!

Ele deu um passo ameaçador em sua direção.

— Você vai ficar!

— Estou indo embora! — Ela gritou.


— O inferno que você está! Você vai ficar até
conseguirmos toda essa confusão estabelecida. Uma vez
feito isso, você pode ficar bem longe de minha família! —
Ele deu mais um passo até que eles estavam a meros
centímetros de distância. Ela apertou as mãos plana contra
seu peito e empurrou-o, mas ele não se mexeu.

— Eu vou chegar perto de quem eu quiser e não é da


sua conta com quem eu me casar. Se eu escolher me casar
com James, isso não vai ser da sua conta também! — Ela
não tinha absolutamente nenhum plano de se casar com
James, mas parecia ser a melhor coisa para jogar na cara
dele no momento.

Ele olhou para ela. Talvez ela tivesse ido longe


demais, porque nesse momento ela tinha certeza que ele
estava vendo vermelho.

— Você nunca vai se casar com o meu irmão, — disse


ele em um tom áspero baixo. — Se você mesmo tentar,
vou garantir que todos saibam quem teve você antes. Eu
vou dizer-lhes como você me levou no seu corpo e na sua
bo ...

Ela interrompeu-o com um tapa em seu rosto. O som


parecia intenso na biblioteca de outra forma tranquila.
Desta vez, quando ela empurrou-o de volta, ele se moveu.

— Eu te odeio! — Ela grunhiu entre dentes enquanto


limpava freneticamente as lágrimas escorrendo pelo seu
rosto, empurrou a mão no bolso e tirou a faca. Ela jogou-a
pela janela aberta antes que ele pudesse tirar dela.

— Fique longe de mim ou assim Deus me ajude, eu


vou fazer você pagar, — ela sufocou fora antes que ela
saísse correndo da sala.

Ela apertou a mão ao estômago, suplicando a ele para


se acalmar o suficiente para chegar a seu quarto quando
correu para cima, ignorando os olhares curiosos dos criados
quando passou por eles. Tão logo ela estava no quarto dela
foi que ela perdeu a batalha com seu estômago. Ela correu
pela sala, passando Jane, que estava pendurado um
vestido, e pegou o penico. Ela perdeu o conteúdo de seu
estômago mais uma vez, não sendo capaz de parar a si
mesma e sabendo que como ela fez isso que a serva em
seu quarto podia muito bem selar seu destino.
Capítulo Dezenove

Robert pegou os livros do chão e jogou-os sobre a


mesa. Ele enfiou as mãos pelo seu cabelo, desejando que
estivesse socando alguém, qualquer um.

Ele não podia suportar isso. A única mulher no mundo


que não deveria querer era a única mulher que estava
descobrindo que não poderia viver sem. Ela estava se
tornando uma obsessão para ele e ele era impotente para
fazer qualquer coisa sobre isso.

Mesmo meia hora depois ele estava tendo um


momento difícil acreditando que uma parte dele esperava
que ela iria dizer-lhe que estava carregando um filho dele.
Quando ele descobriu que ela não estava grávida, sentiu-se
como parte dele morresse sobre uma criança que nunca
tinha existido.

Durante os últimos oito anos viveu a sua vida de


acordo com um plano, e até agora tudo estava indo bem.
Desta vez, era para ele construir seu patrimônio e
investimentos para que pudesse fazer o que amava para o
resto de sua vida. Ele deveria estar aliviado que ela não iria
interferir com seus planos em vez de estar aqui fumegante.

O que ele precisava era tomar uma amante. Ele


precisava de alguém que não iria interferir com a sua vida e
estivesse lá quando ele precisasse de alívio. Isso é o que
ele queria, alguém que não iria fazê-lo perder o seu
controle. Inferno, não se importava se ela fosse bonita,
desde que ela tivesse um corpo quente e soubesse o seu
lugar. Ele iria falar com seu irmão mais tarde para ver
quem estava disponível.

Ele ignorou o aperto repentino de seu estômago só de


pensar em estar com outra mulher. Era assim que era.
Homens de sua estação mantinham amantes e amantes.
Mesmo seu pai conservava amantes e ele se preocupava
com a sua esposa. Todo homem que ele conhecia fazia
isso. Era a hora dele fazer também.

Com isso resolvido, ele sentou-se na mesa, odiando-


se, pois sabia que nunca poderia fazer isso. O que estava
errado com ele? Não havia realmente nenhuma
necessidade de se perguntar por que ele não poderia ir até
o fim. Só fez a sua angústia pior.

Um arranhão leve na porta arrancou-o de seu tumulto


interior.

— Entre, — ele retrucou.

Marie, a empregada doméstica de sua mãe, entrou e


imediatamente fechou a porta atrás dela. Ela entrou no
quarto, mexendo com os dedos e olhando em volta,
nervosamente.
— O que foi? — Ele se forçou a pedir educadamente.
Assustar esta mulher não seria inteligente. Sua mãe
guardava essa mulher em torno de sua capacidade de
reunir fofoca. Ela era a melhor. Não havia nada que ela não
pudesse descobrir, e foi por isso que Robert estava
pagando-lhe uma bolada no mês passado para vir direto
para ele com tudo sobre Elizabeth.

No mês passado, ele havia aprendido sobre todos os


homens que Elizabeth reuniu-se e o que ela fazia quando
saia da casa. Ele também descobriu uma peça muito
interessante de informações; Elizabeth tinha estado
dispensando sua empregada no período da manhã pelas
duas últimas semanas. A princípio, ele pensou que ela sabia
que ele estava na cama com ela e estava tentando proteger
sua reputação, mas ela nunca deu qualquer indicação, até
esta manhã, que ela estava consciente de suas visitas
noturnas. Isso ainda o intrigava.

— Senhor, eu tenho algo que eu pensei que você pode


achar interessante, — disse ela com um outro olhar
nervoso para a porta e, em seguida, um na janela aberta.
— Se você não se importar, senhor, poderia ser melhor
fechar essa janela.

Ele fechou a janela, obrigando-se a ser paciente. Ela


estava nervosa e ele não queria assustá-la. Ele fez um
gesto para a cadeira em frente à mesa, mas ela
permaneceu de pé.
— O que foi, Marie? — Questionou.

Ela lambeu os lábios nervosamente.

— Lembre-se que você disse que se eu trouxesse uma


coisa realmente importante, você me daria um xelim extra,
— ela lembrou a ele, inteligente.

— Sim, isso é algo digno de um xelim extra? — Sua


voz era fria e calma.

— Oh, eu creio que é, senhor. — Mais uma vez, ela


atirou um outro olhar para a porta.

Ele suspirou interiormente, puxou a moeda do bolso e


entregou a ela, esperando que iria adiantar. Ela pegou e
sorriu brevemente antes de guardá-lo.

— Bem? — ele perguntou, sentindo sua paciência mais


uma vez deixando-o.

Ela limpou a garganta com delicadeza, preparando-se


claramente para o momento. Ele levantou uma
sobrancelha, em silêncio, dizendo-lhe que esse drama era
desnecessário. Menina esperta entendeu.

— Lady Elizabeth está dormindo até mais tarde do que


o normal, — ela anunciou com floreio.

Foi para isso que ele pagou um xelim?


— Essa é a notícia importante que você queria me
dizer? É claro que você e eu somos de uma opinião
diferente sobre importância, minha querida.

Ela balançou a cabeça.

— É por isso que ela dispensou Jane de manhã.

Ele olhou para ela. Ela lambeu os lábios nervosamente


antes de continuar.

— Ela também não bebe o seu chá da manhã. Na


verdade, ela coloca-o intocado fora de sua porta, exceto
por esta manhã. — Sua carranca se aprofundou. — Além
disso, durante o chá ela senta longe do chá e pede
limonada.

Robert acenou uma mão impaciente para ela


continuar, na esperança de que isso estivesse indo a algum
lugar.

— Seu apetite também está desaparecido. Ela apenas


mexe com a comida dela agora.

Ele não tinha perdido isso, ao longo das últimas duas


semanas. As poucas vezes que eles comeram juntos no
passado ela tinha um apetite saudável, mas em uma ou
duas vezes que ele a viu na sala de jantar nestas últimas
duas semanas ela estava empurrando a comida ao redor
em seu prato. Ela estava infeliz? Doente? Chateado com
alguma coisa? Seria possível que ela estivesse tão
preocupada pensando nele que ela estava tendo um
momento difícil como ele estava?

Aquilo era demais para esperar.

— Mais alguma coisa? — Ele perguntou, chutando-se


por ter sido levado por um servo. Normalmente, ele era
inteligente quando se tratava de dinheiro e não entregando
facilmente.

Ela assentiu com a cabeça, mordendo claramente de


volta um sorriso, ela disse,

— Lady Elizabeth esteve doente nas ultimas duas


semanas.

Ele congelou. Certamente ela não estava...

— E ela perdeu seu período.

Cada músculo em seu corpo congelou.

— Tem certeza?

— Sim, senhor. Eu tive que dar a Jane, sua


empregada, um xelim para não contar a ninguém além de
mim. — Ela calmamente limpou a garganta. Robert puxou
automaticamente a moeda e entregou a ela. — Além disso,
não muito tempo atrás Lady Elizabeth correu para seu
quarto e ficou doente.

Suas mãos agarraram a borda da mesa com força até


os nós dos dedos ficarem brancos.
— Será que ela... você acha que...

Marie assentiu.

— Ela está certamente com uma criança, senhor.

~*~

— É tão bom ter vocês dois para o chá, — disse Lady


Norwood para James e Lord Dumford.

— Obrigado, minha Senhora, — disse James


agradavelmente enquanto Lord Dumford parecia
decididamente descontente com a intromissão do homem
mais jovem. Ficou claro para Elizabeth, pelo menos, que o
homem veio hoje com a intenção de mais uma vez pedir a
mão dela.

Após o incidente em seu estúdio, para não mencionar


seu estômago enjoado, ela não estava com humor para
lidar com Lord Dumford e sua proposta que, sem dúvida,
consistiam de uma meia hora de sermão sobre Deus e seu
lugar para um marido. Recusa-lo, infelizmente, não era
uma opção, se quisesse manter sua mãe feliz. Sabendo que
ela estava muito tonta para fazer nada mais do que
assentir, ela decidiu que a única opção que tinha era
convidá-lo para tomar chá onde encontrou James já
esperando por ela.

— Lady Elizabeth, eu queria saber se, talvez, você me


daria a honra de uma caminhada no jardim? — Perguntou
James.
Elizabeth teve que se parar de gemer. Ela estava
esperando evitar isso por tanto tempo quanto possível.
Quando ela era pequena, nada no mundo teria feito mais
feliz do que a perspectiva de se casar com James. A
conversa que ouviu na biblioteca não tinha afetado sua
decisão no mínimo. Ela nunca poderia se casar com James.

Não quando ela estava desesperadamente apaixonada


por Robert.

— Ah, Lady Elizabeth, eu acredito que você me


prometeu um passeio no jardim, — Lord Dumford apontou
quase desesperadamente.

Será que o homem, na verdade, achou que ela diria


sim ao primeiro homem que pedisse? Ela não tinha a menor
intenção de dizer sim a qualquer homem. Na verdade, se
ela pudesse controlá-lo, ela gostaria muito de sentar-se
perfeitamente imóvel onde estava desde que ambos a
cabeça e estômago estavam atualmente girando.

— Posso ter uma outra xícara, querida? — seu pai


perguntou, parecendo bastante satisfeito consigo mesmo.

— Para mim também, — disse Lord Norwood, também


olhando um pouco satisfeito. Sem dúvida, os dois homens
estavam ali para testemunhar o que eles achavam que ia
ser um anúncio que levaria à união de suas famílias. Uma
vez que todos estavam bem cientes da sua paixão de
infância por James, eles provavelmente pensaram que ela
ficaria feliz em aceitar sua oferta.

Mesmo sabendo que ela estava prestes a decepcioná-


los, todos na sala não poderia impedi-la de sua decisão. Ela
diria que não a ambos os homens. Sua mãe diria para ela
aceitar um dos homens já que ambos eram suas melhores
opções, mas ela empurraria mais provavelmente para
Elizabeth a aceitar a proposta de James a mais. Seu pai
discutiria, imploraria e depois exigiria que ela se casasse
com James. Os pais de James iriam involuntariamente fazê-
la se sentir culpada porque ela os amava. Ela sabia o quão
feliz faria todos se esta combinação fosse feita, ligando
oficialmente suas famílias, mas não podia fazê-lo.

Ela não podia casar com um homem que não amava e


ela não poderia se casar com o homem que ela amava.
Robert poderia ser capaz de tolerar um pouco dela agora,
mas ele iria odiá-la quando descobrisse que ela estava
grávida. Mas ela precisava dizer a ele. Tão assustada
quanto ela estava, ela não poderia fazer isso sozinha. Seu
bebê merecia mais do que ser rotulado como um bastardo
e agora ela tinha pavor de continuar fazendo isso por conta
própria.

James levantou-se, estendendo a mão para ela com


expectativa.

— Eu ficaria honrado se você andasse comigo no


jardim, Lady Elizabeth, — disse James encantadoramente
suficiente, ganhando sorrisos de ambos os conjuntos de
pais e uma carranca de desaprovação do Lord Dumford.

Ela abriu a boca para aceitar apenas para acabar com


isso para que ela pudesse retirar-se para o seu quarto para
o resto do dia e deitar-se quando o Lord Dumford saltou
para seus pés.

— Eu sinto muito, mas eu insisto. Lady Elizabeth me


prometeu uma caminhada primeiro, — disse ele com
firmeza. Ela sabia que ele estava mentindo, mas para
anunciá-lo para a sala e insultá-lo na casa de sua mãe não
fez.

O sorriso de James pareceu forçado quando ele tirou


um anel.

Ah, não, não aqui com testemunhas.

— Acho que eu poderia pedir Lady Elizabeth aqui tão


facilmente como no jardim, — disse James, voltando sua
atenção para Elizabeth.

— Agora veja aqui, senhor! — Lord Dumford disse


num acesso de raiva.

— Elizabeth, você me daria a honra de se tornar


minha esposa? — ele perguntou enquanto Lord Dumford
virou três diferentes tons de vermelho quando ele cuspiu
absurdo sobre propriedades.
Sua mãe e Lady Bradford ambas ofegante, apertando
a mão ao peito, enquanto seu pai e senhor Bradford
sorriam presunçosamente. Lord Dumford parecia
decididamente infeliz.

— Bem, Lady Elizabeth, — disse James, sorrindo com


conhecimento de causa, — você vai se casar comigo?

Ela abriu a boca para pedir para falar com ele em


particular quando alguém inesperado respondeu por ela.

— Sinto muito, meu irmão, mas eu temo que Lady


Elizabeth seja incapaz de aceitar a sua proposta.

Elizabeth foi a última a olhar na direção de Robert.


Depois de tomar um fôlego muito necessário para acalmar
o estômago, ela olhou e franziu o cenho.

Robert estava apenas parado dentro do pequeno salão


de baile com um olhar de determinação mortal que ela não
podia deixar de sentir um arrepio de apreensão. Os dois
homens que estavam praticamente agachados atrás dele
lhe chamaram a atenção. Um deles era claramente um
ministro e outro poderia facilmente ser um cirurgião com
base na pequena bolsa preta que carregava.

— Qual é o significado disso? — seu pai exigia. Sem


dúvida, ele estava chateado com a interrupção do noivado
que ele cobiçava.

— Sinto muito, meu senhor, — disse Robert a seu pai,


mas seus olhos esmeraldas furiosos se concentraram nela,
— mas Lady Elizabeth já concordou em se casar comigo...
hoje.
Capítulo Vinte

Ele sabia!

Elizabeth forçou-se a manter a calma, sabendo que


era a única maneira que fosse sobreviver a isso. Tinha que
haver uma maneira de sair dessa e, ao mesmo tempo ficou
lá tentando não perder o conteúdo de seu estômago, mais
uma vez, ela iria tentar pensar em uma maneira de sair
desta ou rezar por um milagre, provavelmente ambos.

James riu, bem-humorado.

— Por mais que eu aprecio uma boa brincadeira,


Robert, eu temo que você esteja interrompendo a aceitação
de Elizabeth.

— Ela certamente não estava disposta a aceitar, —


disse Lord Dumford em indignação.

Robert mudou o olhar para o homem mais velho e


disse com uma voz calma e controlada,

— Saia. Agora. — Ele falou baixinho, mas a ameaça


era clara.

Lord Dumford visivelmente engoliu. Ele deu um passo


para trás e para o lado, bem longe do alcance de Robert
antes de deixar o cômodo em um ritmo rápido, mesmo
quando ele olhava para Robert.
— Você não pode estar falando sério, — disse James,
indicando Elizabeth, que era a única que tinha permanecido
sentada, — Vocês se odeiam.

Robert olhou para ela por um momento. Ela esperava


ter um vislumbre do amigável, estranho doce que tinha
feito amor com ela no laranjal, mas ele não estava lá. Ela
nunca tinha visto os olhos de ninguém parecerem tão frios
antes. O fato de que era por causa dela a fez querer chorar
e implorar por seu perdão. Ela não tinha a intenção de
machucá-lo.

— Não importa o que sentimos um pelo outro.


Estamos nos casando hoje. Agora,— ele disse, tirando um
pedaço de pergaminho dobrado. Era mais do que óbvio que
todos na sala sabiam o que ele segurava por suas
expressões de indignação e incredulidade. Robert tinha
obtido uma licença especial para um casamento imediato,
algo que era muito provável de causar um escândalo.

Elizabeth sentiu seu estômago revirar como terror


passando através dela. Ele estava falando sério. Ela não
podia se casar com ele assim, simplesmente não conseguia.
Esperava explicar sobre o bebê para ele e chegar a algum
tipo de acordo. Ela não era tola o bastante para acreditar
que não teria terminado em casamento, mas esperava algo
em condições mais amigáveis. Ela não queria ser obrigada
a se casar por um homem que a odiava. Ela abriu a boca
para dizer-lhe isso, assim quando seu estômago
embrulhou. Apertando a mão sobre sua boca, ela
praticamente pulou de seu assento e apenas mal chegou ao
grande vaso de plantas pelo piano a tempo.

~*~

Robert apertou as mãos firmemente por seu lado


enquanto observava Elizabeth lhe dar mais uma prova de
sua decepção. Não havia nenhuma dúvida em sua mente,
agora que ela estava carregando um filho dele. Ele ignorou
os olhares confusos de suas famílias e dos servos que
tinham permanecido na sala enquanto ele a olhava. O fato
de que ninguém se moveu para ajudá-la não tinha
deslizado de sua atenção. Todo mundo parecia estar
atordoado demais para fazer muita coisa, além de olhar
para ele, não importava ajudar Elizabeth.

Tão irritado como ele estava com ela, ele não podia
suportar vê-la sofrer. Com uma maldição murmurada que
tinha Lady Norwood e sua ofegante mãe, ele caminhou até
ela. Ajoelhando-se ao lado dela, ele gentilmente esfregou
as costas quando ela terminou. Ele ignorou as conversas
sussurradas altas acontecendo atrás dele e focou em
Elizabeth quando ela tentou acalmar sua respiração.

Ele podia sentir seu corpo tremer sob seu toque. Ela
estava assustada, ele percebeu. Pela primeira vez desde
que a tinha conhecido, ela estava com medo. Só isso já
teria amolecido o coração, se não fosse por um simples
fato.
Ela tentou manter seu filho longe dele e isso era
imperdoável.

— Robert, por favor, não faça isso, — ela sussurrou.

— O que está acontecendo aqui? — Lord Norwood


exigia.

Robert se levantou, trazendo Elizabeth com ele.


Quando ela tentou afastar-se dele, ele apertou seus braços
em seu braço. Ele enfrentou as suas famílias e os dois
homens que ele tinha trazido com ele.

— Lady Elizabeth aceitou minha proposta. Nós


decidimos nos casar hoje, — Robert anunciou a um grupo
já atordoado.

Todo mundo engasgou para eles. Lord Norwood abriu


a boca para dizer alguma coisa, fechou-a, sacudiu a cabeça
e abriu a boca novamente.

— Elizabeth, isso é verdade? Você deseja se casar com


Robert?

— Não, — Elizabeth estressou. Sua recusa


normalmente o teria irritado, mas ela não tinha mais
escolha, tampouco Lord Norwood sobre esse assunto.

Lord Norwood exalou um suspiro de alívio. Ele olhou


para Robert e deu-lhe um sorriso simpático.

— Sinto muito, meu filho. Entendo como é fácil tornar-


se apaixonado por uma bela mulher, mas ela claramente
não se sente da mesma maneira. Como gosto de você, eu
não acho que esta combinação iria funcionar, — ele desviou
o olhar para James, que ainda parecia confuso, mas um
pouco aliviado. — Agora, eu acredito que devemos ir para o
meu escritório e tomar uma bebida comemorativa. O que
você...

Robert cortou.

— Sinto muito, meu Senhor, mas eu acredito que há


alguma confusão. Lady Elizabeth não tem escolha no
assunto. Ela vai se casar comigo.

Todo o bom humor fugiu do rosto do Lord Norwood.


Ele deu um passo ameaçador para frente.

— Você se atreve a dar ordens para mim, rapaz? Na


minha própria casa? — Seu pai parou Lord Norwood de dar
mais um passo, colocando a mão no peito do outro homem.

— O que está acontecendo? — sua mãe perguntou a


ninguém em particular.

James passou a mão pelo rosto frustrado quando ele


considerou Robert.

— Isso não é mais engraçado, Robert.

— Você me vê rindo? — Robert mordeu fora. — Esta é


a última coisa no mundo que eu quero, mas eu não tenho
escolha.

Elizabeth conseguiu puxar o braço livre.


— E é a última coisa que você vai conseguir. Nós não
estamos casando hoje ou qualquer dia, — disse ela com os
dentes cerrados.

— Você vai ser minha esposa em menos de dez


minutos, — disse ele friamente. — Eu garanto.

Ela olhou para seu pai para pedir ajuda.

— Pai, por favor, faça alguma coisa!

Lord Norwood sacudiu a cabeça, dando a Robert um


olhar de pena.

— Sinto muito, meu filho. Ela não quer você. Você


precisa colocar suas vistas sobre alguém que quer. Eu não
vou forçar a mão nisto.

Robert balançou a cabeça, sem se preocupar.

— A escolha não é mais sua, meu Lord. Aos olhos da


lei, ela já é minha, e ela vai se casar comigo hoje.

Cada par de olhos se arregalaram com essa


declaração. Estranho silêncio mais uma vez encheu o
pequeno salão. Foi seu pai, que finalmente quebrou o
silêncio.

— O que você fez?

Antes que ele pudesse responder, James estava em


seu rosto, empurrando-o para trás.
— Seu estúpido, bastardo egoísta! — Ele balançou em
Robert e teria feito um grande impacto se Robert não
saísse do caminho.

Robert não fez nenhum movimento para atacar o


irmão.

— Sinto muito, James. Mas não há nada que eu possa


fazer para mudar isso. Acredite em mim, eu gostaria que
houvesse. — Ele não perdeu o suspiro suave de Elizabeth
ou sua expressão de dor antes que foi forçado a esquivar-
se do caminho do punho de James mais uma vez.

Depois de mais alguns balanços, ele foi deixado sem


nenhuma escolha, mas para terminar o confronto. Com um
soco bem colocado no queixo, ele enviou seu irmão mais
velho tropeçando de volta.

James esfregou o queixo enquanto olhava para ele.

— Eu te odeio, — disse James uniformemente antes


dele se virar e ir embora, parando apenas o tempo
suficiente para enviar a Elizabeth um olhar de
arrependimento.

Seu pai entrou na frente dele.

— Por favor, me diga que você não fez o que eu acho


que você fez.

Robert balançou a cabeça ligeiramente.


— Eu não posso. — Com isso sua mãe e Lady Norwood
romperam em soluços. Sentaram-se no pequeno sofá e
seguraram uma a outra enquanto Elizabeth olhava ao redor
nervosamente, e os homens olharam desconfiados.

— Papai, por favor, não deixe que ele faça isso.

— Não é mais decisão dele, Beth. Nos olhos da lei


você já pertence a mim, — disse ele, apontando para o
cirurgião que ele tinha trazido com ele. — A menos que
você possa provar que você não está carregando meu filho
nós vamos nos casar no mesmo tempo.

Lord Norwood olhou suplicante para sua filha, mesmo


quando a cor desapareceu de seu rosto.

— Elizabeth? — A maneira como ele disse que seu


nome dizia tudo. Ele queria que ela negasse tudo.

Elizabeth não respondeu seu pai. Ao contrário, ela se


adiantou e segurou o olhar dele.

— Se você forçar a mão nisto, Robert, você vai se


arrepender, — disse ela com firmeza.

Ele olhou nos seus belos olhos e suspirou.

— Eu já fiz isso, Beth.


Capítulo Vinte e Um

— Não é tão ruim, — disse Mary baixinho quando ela


derramou água quente sobre os ombros de Elizabeth.

Elizabeth enxugou os olhos com as palmas das mãos.

— Sim, é. Estou casada com um homem que me


odeia. James agora me odeia. Mãe e Lady Bradford ambas
foram levadas para suas camas e, de acordo com os
servos, não pararam de chorar desde que descobriram que
a notícia se espalhou em torno da ton sobre a minha
condição e a cerimônia rápida. Papai não vai falar comigo,
— ela murmurou pateticamente.

— Você tem estado bastante ocupada, não é? — Mary


perguntou com um sorriso gentil.

Ela assentiu com a cabeça atordoada antes que ela


explodisse em lágrimas frescas, mais uma vez.

— Eu sinto muito, eu não sei por que eu não consigo


parar de chorar — disse ela, mortificada que não tinha sido
capaz de parar de chorar desde a cerimônia forçada.

— Shhh, é perfeitamente natural. Foi um dia muito


estressante dada a sua condição.

Elizabeth simplesmente balançou a cabeça, quando


Mary continuou a correr água quente perfumada de lavanda
sobre seu cabelo. Hoje ela deveria fazer os preparativos de
última hora para a viagem. Em vez disso, ela encontrou-se
casada com seu inimigo de infância e não havia nada que
pudesse fazer sobre isso. No momento em que ele
descobriu sobre o bebê, ela pertencia a ele.

Apesar de tudo o que ela prometeu a si mesma ao


longo dos anos, ela agora era propriedade de outro
homem. Se isso não fosse ruim o suficiente, o homem que
agora pertencia a odiava e ela o amava mais que tudo. Esta
situação era desesperadora.

— Você sabia? — Mary perguntou baixinho quando ela


derramou mais água sobre as costas de Elizabeth.

— Saber o quê? — ela murmurou contra seus joelhos


quando ela fungou de volta outro soluço.

— Que você estava com uma criança?

Elizabeth fechou os olhos com força enquanto ela


abraçou os joelhos contra o peito tão apertado.

— Sim.

— Oh, Elizabeth, — disse Mary em um sussurro


quebrado. — Por que você não veio me pedir ajuda?

— Era o meu problema, — ela murmurou


pateticamente.
— Elizabeth, certamente você sabia que você não
poderia esconder isso de todos para sempre, o que você
estava pensando fazer uma vez que começasse a mostrar?

— Isso é o que eu gostaria de saber, — Robert falou


lentamente, ganhando um suspiro assustado de Mary.

— Seu lugar não é aqui! — Mary disse e Elizabeth não


precisava olhar para saber que sua irmã já estava no meio
da sala empurrando Robert para fora. Ela nunca tinha sido
mais feliz com a forma mandona de sua irmã do que estava
naquele momento.

Ela não queria ver Robert, ainda não. Não quando ela
ainda estava tão irritada com o que ele tinha puxado. Ele
sabia que ela não queria se casar e ainda forçou sua mão.
Ela não era tola o bastante para acreditar que realmente
tinha uma escolha no assunto. Por mais que ela detestasse
as regras, também sabia que não podia lutar contra elas.
Ela se tinha dado livremente a Robert e não importava as
circunstâncias da escolha, ela tinha se arruinado e tornou-
se danificada, aos olhos da sociedade.

As regras da sociedade também decidiam que o bebê


em seu ventre era propriedade de Robert e, como
resultado, ela também. No momento em que percebeu que
ela estava carregando seu filho também sabia que ele
controlava agora a vida dela, hoje só tornou isso oficial.
Para o resto de sua vida, ela teria que responder a Robert e
ser dependente dele para tudo. Tudo o que ela possuía
agora era dele e não havia nada que pudesse fazer para
impedi-lo de gastá-lo como ele desejasse.

Ele poderia gastar até a última libra com mulheres e


cartas, não seria capaz de fazer nada para detê-lo e ela o
odiava. Ela odiava não ter nada a dizer em sua vida, sem
haver escolhas, e especialmente o odiava por fazê-la se
apaixonar por ele, porque ele certamente nunca devolveria
esses sentimentos. Não, ele ia sair do seu caminho para
tornar sua vida um inferno e não havia absolutamente nada
que pudesse fazer sobre isso.

É claro que ela poderia fazer a situação tolerável,


tornando-se uma esposa amorosa, poderia tornar-se a
esposa perfeita e manter a boca fechada e ficar fora do
caminho de seu marido e simplesmente ser grata por sua
generosidade, mas realmente não era sua maneira. Ela não
estava mentindo quando prometeu que ele ia se arrepender
disso, não só porque ela não tinha absolutamente nenhum
plano para se tornar uma esposa falsa, mas porque ela iria
se certificar de que ele soubesse desde o início que era
melhor não tentar controlar ela.

Seu pai tinha aprendido que não poderia controlá-la e


agora seria Robert.

— Deixem-nos, — disse Robert, em tom duro.

Elizabeth bufou baixinho naquilo mesmo quando ela


fungou. Se ele realmente pensava que ele poderia dar
ordens a Mary ele tinha outra coisa vindo. Sua irmã a
amava e nunca a abandonaria. Ela faria...

— Boa noite, Elizabeth, — disse Mary em um cansado


suspiro segundos antes dela ouvir a porta do quarto fechar
com um clique ensurdecedor.

Maravilhoso, pensou ela limpando outra lágrima,


esperando que o quarto mal iluminado estivesse escuro
demais para ele vê-la chorando.

— Como você está se sentindo?— Robert perguntou,


suas palavras foram cordiais o suficiente, mas seu tom era
frio como gelo.

— Você não precisa me verificar, Robert. Estou bem.


Boa noite, — disse ela com firmeza, esperando que ele
tivesse acabado e saído deixando-a entrar em acordo com
tudo.

Não só ela estava casada com um homem que não a


amava, mas ele nem sequer gostava dela. Ele certamente
tinha feito seus sentimentos claros sobre o assunto quando
a humilhou e forçou-a a um casamento que nenhum deles
queria.

~*~

— Você e eu precisamos ter uma conversa, — disse


ele em voz baixa, com medo de que, se ele falasse um
pouco mais alto fosse perder o pouco controle que tinha e
começaria a gritar.
Ele ainda não podia acreditar na puta que ela se
transformou. Ela certamente tinha enganado ele fazendo-o
acreditar que ela tinha crescido em uma mulher gentil. No
mês passado, ele a tinha visto ser gentil com os
funcionários, crianças e até mesmo os mendigos na rua. Ela
tratava a todos com um sorriso doce e uma disposição
gentil, mas agora ele tinha que saber como ele se
apaixonou por tal farsa.

Apenas uma cadela sem coração permitiria que seu


filho fosse rotulado como um bastardo, quando o pai estava
mais do que dispostos a dar-lhe a proteção de seu nome.
Ele sabia muito bem como a sociedade menosprezava
bastardos, como eles eram tratados como leprosos. Ele
frequentou a escola com vários meninos, que tinham tido a
infelicidade de ter nascido nesse conjunto infeliz de
circunstâncias.

Não importava quem os pais dos meninos tinham sido,


quão inteligente eles eram, como eles tinham sido
engraçados ou o quão bom eles tinham estado nos
esportes, todos eles foram tratados como lixo, foram
esmiuçados, insultados e constantemente lembrados de
que eles não pertenciam lá. Suas perspectivas de vida
foram severamente limitadas por causa de seu status,
garantindo-lhes que nunca iria encontrar um caminho para
uma vida que deveria ter sido deles.
Eram párias, não eram bons o suficiente para a classe
que deveriam ter nascido e muito bons para a classe que
eles estavam presos dentro. Eles tinham dificuldade para
conseguir trabalho, ser respeitados ou simplesmente se
casar. Eles não se encaixavam em qualquer lugar e o
conhecimento poderia segui-los para suas sepulturas. O
fato de que Elizabeth estava disposta a colocar seu filho
nesta vida o enfureceu a tal ponto que até mesmo olhar
para ela o adoecia.

Uma vez que a pequena cerimônia terminou, ele


simplesmente se afastou dela, com muito medo do que
poderia fazer se ele ficasse. Ele nunca tinha batido nela. Ele
nunca tinha atingido uma mulher antes e não tinha planos
de fazê-lo agora, mas tinha estado com muito medo de
dizer algo que eventualmente se arrependeria. Por mais
que ele a odiasse agora, e por Deus que ele a odiava, ela
ainda era a mãe de seu filho. Para seu filho ele planejava
mostrar respeito a ela, mas que era simplesmente isso.

Ela não era nada mais do que a mulher a qual ele


estava preso agora. Ela era sua esposa e ele iria ver que
ela tivesse um teto sobre sua cabeça, comida na barriga e
roupas em suas costas, mas isso era tudo. Eles iriam
embora assim que ele estivesse certo de que o escândalo
de seu casamento apressado tinha criado diminuísse o
suficiente para que não fosse afetar seu filho se ele ou ela
jamais decidissem voltar para a Inglaterra.
Ele planejava levá-la quando deixasse o país. Ele a
manteria no quarto mais distante do seu, para que não
tivesse que vê-la todas as manhãs. Enquanto ela ficasse
fora de seu caminho e trouxesse o filho para este mundo,
ela poderia fazer o que diabos ela quisesse depois disso. Ela
poderia voltar para a Inglaterra, depois que tivesse a
criança e ele não daria a mínima. Inferno, neste momento
ele não se importaria se ela criasse seu filho. Ele iria
felizmente contratar uma babá, se isso fosse o que
precisava ser feito.

Pelo menos agora ele sabia a motivação por trás de


sua crueldade. Ele não tinha quando ele saiu após a
cerimônia, mas em seu retorno um sombrio Lord Norwood
estava esperando por ele na biblioteca para explicar a
herança e dote de Elizabeth. Quando o Lord Norwood
terminou de explicar tudo e deixou-o com uma pilha de
papéis para passar, a sua ira se intensificou num grau
muito perigoso.

Elizabeth tinha sido mais do que dispostos a condenar


seu filho como um bastado por uma grande herança que a
aguardava em seu próximo aniversário. Ela teria sido uma
mulher muito rica, e ela provavelmente pensou que o
dinheiro por si só teria dado seu filho toda a proteção que
precisava, mas não o teria feito. A sociedade gostava de
olhar para baixo sobre os seus inferiores e nenhuma
quantidade de dinheiro teria sido capaz de parar com isso
para o seu filho ou para Elizabeth.

Ele o fez se perguntar se ela ainda planejava manter a


criança. Será que ela já tinha planos de ter um cirurgião
para livrar o corpo da criança ou que ela estava pensando
em abandonar o bebê assim que ele nascesse? Ele tinha
forçado essas perguntas a partir de sua mente, com medo
de que ele iria acabar matando alguém em um acesso de
raiva.

Nunca em sua vida tinha estado tão furioso. A única


coisa que conseguiu acalmá-lo e até mesmo colocar um
sorriso em seu rosto era o fato de que Elizabeth nunca iria
ver uma única libra desse dinheiro. Ela nunca iria desfrutar
da vida luxuosa que ela desejava, porque ela se casou com
ele.

O fato de que ela não tinha ideia ainda que tinha


perdido tudo lhe trouxe tanta alegria. Como o marido, tudo
o que ela tinha agora era dele e que ela provavelmente
assumiu que ela seria capaz de manipulá-lo com seus doces
sorrisos e paixões no quarto para ter o que queria.

Ela estaria errada.

Não só ele nunca se apaixonaria pelo doce ato dela


novamente, mas a riqueza dele não tinha mudado desde
esta manhã. Se ela tivesse casado com seu irmão ou o
Marquês em um casamento adequado, então ela teria de
fato se tornado uma mulher muito rica, até ao final da
cerimônia. Então, novamente, se ela tivesse conseguido
sair antes que alguém tivesse descoberto que estava
grávida, ela teria sido capaz de desfrutar de sua riqueza
recém-descoberta. Isto é, até que se soubesse que ela
tinha tido um filho fora do casamento. Então, tudo o que
ela ganhou teria sido simplesmente tirado dela.

As determinações foram muito claras no testamento


de sua madrinha. Claro, ele estaria disposto a apostar tudo
o que ele tinha que Elizabeth não estava ciente das
condições do testamento, caso contrário, ela nunca teria
permitido que ele a tocasse aquela noite no laranjal.

A madrinha de Elizabeth com certeza se importava


com ela, isso estava claro, mas ela também tinha sido uma
defensora das propriedades da sociedade e esperava que
sua linda afilhada se casasse bem. Pelo menos, ela
esperava que sua afilhada permanecesse casta para o resto
de sua vida.

As expectativas haviam sido muito claras, a fim de que


para Elizabeth ganhar o controle de sua herança ela
precisava tanto casar bem ou permanecer virgem. Ela não
havia feito ambos. Seu pai pode ser um conde, mas Robert
era apenas o segundo filho, não era muito provável que
ganhasse o título desde que James provavelmente se
casaria dentro de um ano, com um bebê a caminho logo
depois disso. Aquela noite, no laranjal tinha selado seu
destino. Ao permitir-lhe levá-la em seus braços, ela tinha
perdido sua herança.

Ele realmente considerou esperar até amanhã e


permitir que o seu pai explicasse a situação, mas onde
estaria a justiça nisso? Ele merecia algo pelo inferno que
ela o fez passar e tinha toda a intenção de recolher a sua
recompensa.

— Por favor, deixe-me, Robert, — ela disse


calmamente enquanto abraçou os joelhos contra o peito.

— E abandonar a minha linda esposa na nossa noite


de núpcias? — Ele perguntou, com falsa indignação quando
pegou uma cadeira e trouxe-a para que pudesse sentar-se
em frente da banheira.

Com um suspiro de antecipação, ele sentou-se na


cadeira, inclinou-se para trás com os braços cruzados sobre
o peito e as pernas esticadas para fora na frente dele. Era
errado que ele estava pensando em desfrutar de sua
queda? Provavelmente, mas ele não se importava. Ela
trouxe isso para si mesma e ele iria desfrutar de cada
último minuto.

— Só... apenas saia, — ela sussurrou, sem se


preocupar em olhar para ele, mas que foi bom, desde que
ele tinha um assento na primeira fila para sua queda.

Ele nunca antes tinha sido propositalmente cruel para


uma mulher. Só foi para provar que Elizabeth trouxe o pior
dele. Pelo menos ele teve uma vida de vingança para olhar
para frente, ele decidiu quando pensava sobre a melhor
maneira de dar a notícia a ela.

— Eu tive uma conversa interessante com seu pai há


pouco tempo, — ele simplesmente declarou para fazer as
coisas começarem.

— Tenho certeza de que você teve, — ela murmurou.

— Você sabia que não há dote para você, — ele


perguntou em tom de conversa, enquanto observava cada
movimento dela, esperando a reação que ele desejava.

— Sim, — ela disse em voz baixa com um leve aceno


de cabeça, enquanto ela continuava a olhar para água do
banho.

— Você não acha curioso que um homem tão rico


como o seu pai não iria reservar o dinheiro para vê-la
casada, — ele perguntou, a antecipação crescente nele
enquanto ele continuava a brincar com ela.

— Não.

Ele inclinou a cabeça para o lado enquanto a estudava.

— E por que isso?

Ela deu uma risada sem graça quando virou a cabeça


um pouco longe dele e tão discretamente quanto possível,
limpou o rosto. Então, ela estava chorando, não é? Já
tentava manipulá-lo então. Ela aprenderia rapidamente que
seus truques não funcionavam nele.

— Você já sabe o porquê, Robert, por favor, me deixe


em paz.

Ele franziu os lábios em pensamento quando ele


considerou seu pedido.

— Não, eu acho que eu não vou.

— Você não pode tripudiar sobre o fato de agora você


controlar a minha herança amanhã? — ela perguntou, uma
mordida de raiva atando suas palavras. — Por favor, deixe-
me sozinha, — ela sussurrou em derrota, a voz embargada
de emoção quando ela mais uma vez enxugou seu rosto.

— Que herança? — ele perguntou, saboreando o


momento de sua queda.

Ela balançou a cabeça em desgosto.

— Você não precisa jogar esses jogos comigo, Robert.

— Você está absolutamente certa, — disse ele,


balançando a cabeça quando decidiu terminar este jogo e ir
direto para a conclusão. — Este jogo já foi longe o
suficiente. Então, por que não posso explicar como as
coisas vão ser a partir deste ponto?

Ele não deu a ela a chance de responder, não que ela


fizesse todas as tentativas, enquanto ela continuava a
sentar-se lá no que tinha que ser um banho frio agora. Era
melhor explicar a forma como as coisas iriam ser a partir
de agora e, em seguida, deixá-la ao seu destino enquanto
ele fosse para um de seus clubes e se divertisse. Quem
sabe, talvez ele seguiria os passos de seu pai e teria uma
bela amante vendo suas necessidades. Ele certamente não
devia a Elizabeth nada, especialmente a sua fidelidade.

— Você receberá uma quantia anual para cobrir suas


necessidades de vestuário e isso é tudo. Eu, pessoalmente,
farei com que nosso filho esteja bem cuidado. Você pode
ter um quarto só para si e você verá seus deveres
maternais. Além disso, eu não dou a mínima para o que
você faz, desde que você fique fora do meu caminho.

Ela balançou a cabeça como se tivesse esperado isso


dele e ele não tinha certeza de por que isso ralava em seus
nervos. Será que ela realmente pensava tão pouco dele?
Ela acreditou que ele estava propositadamente sendo cruel
ou ela aceitou o fato de que ela o empurrou para isso?

— Eu sinto muito que eu não disse a você, — disse ela


em um soluço sufocado, obviamente tentando voltar em
suas boas graças, para que ele daria a ela parte de sua
herança. Ele realmente a odiava mais pela tentativa.

— Tenho certeza de que você está, — disse ele


sombriamente quando ele olhou para ela.
— Você não tem quaisquer perguntas sobre a sua
herança? — Ele perguntou, querendo acabar com isso para
que ele pudesse sair.

Depois de uma breve pausa, ela balançou a cabeça.

— Eu prefiro não.

— Isso é provavelmente o melhor, — ele meditou,


observando-a atentamente, antes que ele desse a notícia
para ela. — Desde que ela se foi.

— Foi? — Ela perguntou, parecendo confusa quando


ela finalmente olhou para ele.

Ele se forçou a ignorar a evidência de que ela estava


chorando, enquanto ele continuava. Ela nunca iria
manipulá-lo de novo e ela era inteligente para saber isso
agora.

— É claro que ela se foi, — disse ele, dando de


ombros. — Você não atendeu a qualquer das condições do
testamento depois de tudo.

— Condições? — ela perguntou, olhando


adoravelmente confusa.

— Haviam várias condições. A primeira delas, claro,


era esperado que se casasse bem, — disse ele, dando de
ombros simplesmente para irritá-la. — Então, existia,
naturalmente, a condição colocada em seu aniversário.
— O que você está falando?— Ela perguntou, franzindo
a testa.

— Você deveria manter-se casta, a fim de receber sua


herança. — Quando ela simplesmente olhou para ele em
confusão, ele acrescentou, — Intocada.

Ela empalideceu nisso, quando ela visivelmente


engoliu.

Ele estendeu a mão e preguiçosamente arranhou a


parte de trás de sua cabeça enquanto ele lhe deu um
encolher de ombros descuidado.

— Então, você vê que o que você planejava quando


decidiu manter o meu filho de mim não teria funcionado.
Então, novamente, se você tivesse simplesmente aceitado
o meu irmão, você teria ganho um título e uma fortuna.

— Mas, eu não amo James, — ela murmurou


distraidamente enquanto abraçava as pernas com mais
força contra o peito, como se isso fosse protegê-la de sua
nova realidade.

Ele ignorou a isca que ela estava tentando entregá-lo.


Ela esperava que ele perguntasse se ela o amava? Será que
ela realmente acreditava que ele era ingênuo? Ela
aprenderia com o tempo, ele supôs quando ficou de pé,
mas não conseguiu ficar de pé até que ele atingiu o último
golpe.
— Você provavelmente deve escrever a sua irmã e
felicitá-la, — disse ele, ao voltar para cadeira para o seu
lugar na frente do fogo escurecendo.

— Por quê?— Ela murmurou, parecendo triste e


dando-lhe o que ele queria.

— Porque você acabou de fazer dela uma mulher


muito rica.
Capítulo Vinte e Dois

— Mary? — ela perguntou, engolindo nervosamente


enquanto estendeu a mão e agarrou os lados da banheira,
rezando para que a herança que deveria ser para ela fosse
para a irmã que iria usá-la com sabedoria.

Mary iria utilizá-la como Elizabeth tinha planejado. Ela


transformaria as propriedades que tinha herdado em
escolas para pobres e infelizes assim como casas seguras,
bem como onde as mulheres seriam dadas formação e mais
opções na vida. O dinheiro que ela herdou teria ido por um
longo caminho para se certificar de que todas as escolas
poderiam executar ensino gratuito para muitas gerações
vindouras.

A única propriedade que Elizabeth tinha planejado


manter para si mesma era sua propriedade ao norte. Teria
sido mais do que suficiente para ela viver o resto de seus
dias em silêncio, mas Mary não teria necessidade disso e
provavelmente a transformaria em uma outra oportunidade
para ajudar os menos afortunados. Heather, por outro
lado...

Ela não iria tirar uma única libra se isso significava que
ele ajudaria alguém que ela considera abaixo dela. Heather
iria gastar o dinheiro em vestidos luxuosos, joias, festas e
cada bugiganga cara que ela pudesse pôr as mãos
gananciosas. Ela nunca consideraria mesmo ajudar alguém,
além de si mesma.

Quando Robert tinha alegremente anunciado a perda


de sua herança ela sentiu-se mal. Ela falhou, porque ela
tinha dado em sua própria ganância e feito amor com um
homem que a odiava. O fato de que ela não poderia se
arrepender de seu bebê mesmo que isso significasse a
perda de tantos a fez se sentir horrível. Se Mary fosse a
única a herdar em seu lugar, então tudo ficaria bem. Mary
iria corrigir isso. Mary se certificaria de que as escolas
fossem iniciadas imediatamente. Mary faria...

— Heather vai herdar, é claro, — Robert anunciou,


quebrando sua última esperança.

— Oh... Deus... não, — ela sussurrou oca.

Robert riu quando ele caminhou lentamente até a


porta.

— Sim, eu tenho certeza de que você está muito


chateada com isso. Não há dúvida de que Mary teria dado
tudo o que você queria, mas Heather..., — disse ele de
forma significativa enquanto ele fez uma pausa antes de
continuar, — Eu duvido que Heather fosse partilhar tanto
como um Xelin com você.

Seu estômago apertou para baixo violentamente com


o último anúncio. Todos os planos dela e Mary para o
futuro, se foram. Não haveria escolas, nem as doações para
os pobres... nada. Ela perdeu tudo em uma noite. Tantas
vidas que nunca iam ter uma chance, por causa dela.

Ela estragou tudo porque ela tinha se apaixonado pelo


homem errado, pensou entorpecida enquanto ela lutava
para se levantar tremendo as pernas enquanto sua cabeça
girava, fazendo-a cada vez mais tonta.

O ar fresco, ela precisava de ar fresco, ela decidiu


enquanto ela de alguma forma conseguiu se levantar.

— Elizabeth? — Disse Robert, parecendo incerto


enquanto ela lutava para sair da banheira.

— M-me deixe em paz, Robert. Você já entregou o seu


golpe então basta ir, — disse ela pouco antes de suas
pernas cederem e ela cair para a frente.

~*~

— Elizabeth? — Disse Robert ansiosamente quando ele


embalou sua esposa indesejada em seus braços.

Ela tinha ido pálido nele. Seu corpo frio tremeu em


seus braços, mesmo quando ela tentou afastá-lo.

— Deixe-me em paz, — ela murmurou, empurrando


fracamente contra ele para ganhar sua liberdade, mas ele
simplesmente ignorou suas tentativas quando ele a levou
para a cama e a deitou.
Ela só estava jogando um jogo, ele tentou dizer a si
mesmo quando ele puxou seus braços para longe para que
ele pudesse se levantar. Ela esta simplesmente chateada
que tinha perdido uma fortuna, ele disse a si mesmo,
fazendo a melhor para construir a sua raiva para ela mais
uma vez. Ela estava apenas tentando manipulá-lo para que
ele fizesse.... para que ele fizesse....

— Oh, Deus, — ele engasgou quando ele levantou-se


lentamente, com os olhos fixos no sangue que manchava
as coxas pálidas.

— E-eu não me sinto muito bem, — murmurou


Elizabeth, choramingando quando ela se virou para o lado e
se enrolou em si mesma.

Ele engoliu seus medos para seu filho não nascido e


esposa quando ele deu um passo para trás, tropeçando
com as pernas bambas. Ele cegamente estendeu a mão e
pegou a corda de seda pendurado ao lado da cama e
vestiu-a, uma e outra vez até que ele tinha certeza de que
havia um pequeno exército de funcionários correndo para
seu quarto.

Uma vez que isso foi feito, ele caiu de joelhos ao lado
da cama e cobriu as mãos frias de Elizabeth onde elas
descansavam sobre seu ventre com as dele. Ele deu as
mãos um aperto suave, enquanto ela soluçava em silêncio,
sem dúvida percebendo que ela tinha acabado de perder
seu filho.
~*~

— Eu vou matá-lo! — Lord Norwood gritou quando ele


foi mais uma vez arrastado de volta pelos servos que
estavam desesperados para salvar o seu empregador de
acusações de assassinato.

Robert mal ouviu o sogro ou se importou sobre esse


assunto. Seu foco estava na porta em frente a ele,
enquanto esperava por ela abrir e o cirurgião para lhe dizer
que sua esposa estaria bem.

Ele não tinha certeza de quanto tempo que o cirurgião


tinha exigido sua remoção da sala. A única razão que tinha
concordado foi para que Elizabeth fosse concedida um
pouco de privacidade, mas ele também tinha pensado que
sua mãe teria arrastado a bunda para fora da cama e
consolado sua filha. Quando se tornou evidente que Lady
Norwood não tinha planos para confortar Elizabeth, Robert
pediu para sua mãe ajudar.

Sua mãe não hesitou em oferecer a sua nora algum


conforto. Quão chateada como sua mãe estava, e ele não
tinha nenhuma dúvida de que ela estava perturbada com a
sua situação, ela se apressou a partir de seu quarto e em
linha reta para o quarto de Elizabeth sem poupar-lhe um
olhar. Ela realmente amava Elizabeth e ele agradeceu a
Deus por isso.
Ele não podia suportar a ideia de Elizabeth estar
sozinha agora. Quão furioso como ele estava sobre o fato
de que ela tinha mentido, ele percebeu algo importante. Ele
realmente se importava com ela, mais do que ele jamais
imaginou ser possível. Ele não queria perdê-la, não ainda,
não antes que pudesse dizer a ela como ele estava
arrependido por causar-lhe a perda do seu filho.

Por mais que ele uma vez a odiou, ele não tinha o
direito de atormentá-la do jeito que tinha feito. Ela estava
carregando seu filho e ele deveria ter dado alguma
consideração, em vez de agir como uma criança e ceder a
sua raiva. Ele nunca lamentou seu temperamento mais e,
como Deus era a sua testemunha, nunca iria tratá-la dessa
maneira nunca mais.

Tudo o que ele precisava era de uma segunda chance


para fazê-la feliz, para cuidar dela e ganhar o seu perdão.
Ele mudaria o céu e o inferno por outra chance com ela.
Apenas o pensamento de nunca mais vê-la novamente o
fez lutar para tomar sua próxima respiração. Ele não podia
viver sem ela, não queria porque , – Porque ele a amava.

Ele estava loucamente apaixonado por sua esposa e


ele permitiu que sua raiva o comesse. Quantas vezes seu
pai ou irmão o levaram para o lado e deram um sermão
sobre o seu temperamento? Quantas lutas ele tinha
começado simplesmente porque não podia controlar seu
temperamento? Tinha havido demais para contar e agora
seu filho e esposa estavam pagando o preço.

— Eu vou matá-lo por isso, seu bastardo! — Lord


Norwood gritou quando ele finalmente foi arrastado do
corredor.

— Robert, — disse seu pai suavemente quando ele


parou ao seu lado, olhando como se tivesse envelhecido
uma década desde esta manhã, — eu preciso saber o que
aconteceu.

Moendo sua mandíbula, Robert balançou a cabeça


enquanto olhava para seu pai.

— A culpa é minha, — ele conseguiu dizer.

— O que aconteceu?— Seu pai exigiu com força.

— Eu perdi a cabeça e a fiz perder o bebê, — ele


disse, com a voz rouca de emoção quando se permitiu
chorar pela perda de seu filho, uma criança que ele nunca
iria ver.

— Será que... você bateu nela?— O pai perguntou.

— Eu nunca iria machucá-la, — ele cuspiu entre os


dentes cerrados.

— Então, como você...— seu pai começou a perguntar,


aparecendo tanto cansado e confuso.
— Eu disse coisas que eu não deveria ter dito. Eu
estava irritado com ela e eu... Eu deixei meu
temperamento tirar o melhor de mim, — disse ele,
esfregando as mãos sobre o rosto, desejando que ele
pudesse refazer este dia mais uma vez.

Se ele pudesse refazer o dia de hoje mais uma vez,


iria fazê-lo direito. Ele a beijaria e diria a ela o quanto a
amava antes que caísse de joelhos e implorasse para ela se
casar com ele. Se ela dissesse que não, então ele teria
cortejado e provado o quanto se importava com ela. Ele
deveria ter...

— Você nunca deveria ter se casado com ela, — disse


seu pai, parecendo decepcionado e balançando a cabeça
em desgosto enquanto se afastava.

Ele não discutiu com o seu pai, mas simplesmente


deixou o homem ir embora, pois seu pai estava certo. Ele
nunca deveria ter se casado com ela, mas ele tinha e agora
ia ser o marido que ela precisava que ele fosse, ele decidiu
quando se afastou da parede e caminhou em direção à
porta do quarto.

Quando um lacaio tentou dar um passo em seu


caminho e impedi-lo, Robert simplesmente deu um soco no
estômago do homem, derrubando-o ao chão e pisou em
cima dele. Ele abriu a porta e rapidamente fechou-a atrás
de si.
— Robert? O que você está fazendo aqui? — Sua mãe
perguntou quando ela o viu. — Seu lugar não é aqui.

— Meu lugar é com minha esposa, — disse ele, seus


olhos pousando na forma adormecida de Elizabeth e
permanecendo lá enquanto caminhava para ela.

Ela parecia tão calma, ele pensou quando ele se


inclinou sobre ela para que ele pudesse empurrar
delicadamente uma mecha de cabelo do rosto.

— Como está a minha esposa? — ele perguntou ao


cirurgião, sem tirar os olhos de Elizabeth.

— Talvez pudéssemos falar no corredor?— O cirurgião


sugeriu, sem dúvida desconfortável com a sua presença
uma que estar no quarto de doente com a sua mulher
simplesmente não era feito.

— Nós vamos falar aqui, — Robert murmurou


enquanto ele se inclinou e deu um beijo na testa fria de sua
esposa, ignorando o suspiro assustado de sua mãe.

Após pressionar um segundo beijo em sua testa,


simplesmente porque ele ficou aliviado que ela estava viva,
ele cuidadosamente se sentou na beirada da cama e pegou
a mão dela na sua. Ele olhou para o cirurgião atordoado e
fez um gesto para que ele começasse.

— Bem, — o cirurgião disse, limpando a garganta e


mudando desconfortavelmente, sem dúvida, bem
familiarizado com a reputação de Robert, — como eu tenho
certeza que você sabe, sua esposa perdeu a criança.

— E como está a minha esposa? — ele perguntou,


rezando para que ela fosse ficar bem depois disso.

— Ela está muito chateada, Sr. Bradford, mas com


repouso, alimentação e tempo, eu acredito que ela vai fazer
uma recuperação completa e deve ser capaz de ter mais
filhos.

Robert acenou com a cabeça quando ele suspirou de


alívio. Ela ficaria bem. Isso era tudo o que importava para
ele. Bem, havia mais uma coisa que ele tinha que saber.

— Você sabe o que a levou a perder o bebê? — ele


perguntou, precisando de sua culpa na questão confirmada.

— Eu acredito que a desidratação e o fato de que ela


não conseguia manter nada no estômago foi a causa disso,
— disse o cirurgião em um suspiro cansado enquanto
pegava sua bolsa. — Pelo que eu entendo, ela pensou que
o estresse foi a causa de tudo, e uma vez que ela percebeu
que estava grávida, ela ficou sobrecarregada e não sabia o
que fazer, Sr. Bradford,— ele disse com um sorriso
simpático. — Da próxima vez, eu não acredito que ela vai
hesitar em pedir ajuda. Bom dia, senhor.

— Obrigado, — ele murmurou, voltando sua atenção


para sua esposa dormindo.
Ele não sabia o que fazer com o que o cirurgião disse,
mas ele sabia de uma coisa, que ele ia cuidar melhor de
sua esposa a partir deste momento.
Capítulo Vinte e Três

Duas semanas mais tarde.....

— Por favor, pare.

— Mas, você precisa comer, — Robert teimosamente


explicou quando ele pegou outra colherada do caldo terrível
que ele praticamente tinha estado derramando em sua
garganta desde que acordou há duas semanas. — O
cirurgião foi muito inflexível sobre isso, na verdade.

— Sim, mas eu não posso... — Suas palavras foram


cortadas quando ele aproveitou e empurrou a colher em
sua boca.

— Você precisa construir sua força, — disse ele com


um aceno firme quando ele colocou a mistura de caldo vil
de volta na mesa e pegou a xícara de chá igualmente vil e
tentou fazê-la beber.

— Não, — ela disse, virando a cabeça.

— Elizabeth, — disse ele, claramente exasperado


claro, — isto irá ajudá-la. Agora beba.

— Não, — ela teimosamente disse, virando o rosto no


travesseiro e pressionando os lábios em sinal de protesto
silencioso.
Ele suspirou profundamente enquanto tentava por a
xícara seu queixo delicadamente entre os dedos e forçá-la a
virar-se para ele para que ele pudesse derramar aquele chá
horrível na garganta dela novamente, mas depois de duas
semanas seguidas bebendo esta mistura podre, ela estava
pronta.

— Elizabeth, — disse ele, exasperado, — você tem que


beber isso.

— Não, — ela mordeu fora rapidamente antes dela


fechar os lábios com força para cima mais uma vez.

— Ele vai deixar você mais forte, — ele explicou


pacientemente quando ele fez outra tentativa.

— Não, vai me fazer vomitar! — ela conseguiu falar


antes que ele pudesse trazer o copo aos lábios.

— Beba-o rapidamente e você não vai sentir o gosto


da coisa, — ele mentiu, mais uma vez, quando ele trouxe o
copo aos lábios, mas ela não estava tendo. Ela apertou a
mão sobre a boca, criando uma barreira protetora contra o
líquido nojento.

Os olhos dele se estreitaram sobre a ação quando ele


colocou o copo em cima da mesa.

— Você só está fazendo isso mais difícil para si


mesma, — disse ele, se esticando e puxando a mão de sua
boca.
Com os olhos apertados, ela rapidamente substituiu-o
com a outra mão. Quando ele puxou a mão, ela fez
novamente até que ele foi forçado a pegar as duas mãos,
com um grunhido frustrado, e prendeu-os contra o colchão.
Seu sorriso era presunçoso até que ele percebeu que, com
ambas as mãos prendendo as dela, ele não poderia pegar o
copo e obrigá-la a beber.

— Você está sendo teimosa, — ele acusou com um


olhar mal-humorado.

— Você também! — Ela retrucou.

— Você precisa disso!

— Não, eu não preciso! — Ela atirou de volta, porque


ela realmente não precisava. Estava virando o estômago e
não importava o quanto ele foi capaz de conseguir por
abaixo em sua garganta, ele não fazia nada para aliviar sua
fome. Ela estava, na verdade, morrendo de fome.

Realmente a surpreendeu que ela poderia pensar em


comida depois...

Depois de perder o bebê.

Quando ela percebeu que tinha perdido seu filho, ela


não queria nada mais do que seguir depois. A dor de perder
um filho era algo que ela nunca queria experimentar
novamente. Na época, ela tinha odiado o médico por isso,
mas ela estava feliz que ele deu a ela remédio para fazê-la
dormir. Ele tinha lhe dado uma pequena pausa na dor de
cabeça.

Infelizmente, logo que ela abriu os olhos e memórias


da noite anterior voltaram, ela havia quebrado e começou a
chorar incontrolavelmente. Tinha assustado a pobre
empregada que tinha estado estacionado em sua sala para
supervisionar a sua recuperação. Seus soluços altos
também tinham assustado Robert, que aparentemente
tinha desmaiado em uma cadeira ao lado da cama.

Assim que ele percebeu que ela estava acordada, ele


estava em cima da cama e puxando-a em seus braços, em
vez de gritar com ela como ela esperava. Ele esfregou as
costas, beijou-lhe a testa e disse palavras de conforto a ela
quando ela lamentou a perda de seu bebê. Quando Robert
percebeu que a tarefa da empregada de ajudá-la a
recuperar era só ficar ali de pé, olhando estupidamente
para eles, ele a mandou sair da sala.

Daquele ponto em diante, ele se recusou a permitir


que qualquer outra pessoa cuidasse dela. Ele recusou cada
empregada que tentou. A única coisa que ele lhes permitiu
fazer foi trazer o chá horrível e caldo que ele forçava a ela
ou água quente para que ela pudesse mergulhar na
banheira. Quando ele não estava tentando envenená-la, ele
estava lendo para ela, abraçando-a, sentando-se ao lado
dela enquanto ela dormia, ou segurando-a com força,
quando ela não podia suportar a perda de seu filho mais e
quebrava em soluços.

Nenhum deles tinha mencionado o bebê, seu


casamento, a discussão que eles tiveram naquela noite ou
uma centena de outras coisas que eles provavelmente
deviam discutir. Em vez disso, ele simplesmente estava lá
para ela e isso a fez amá-lo ainda mais.

Ela nunca esperava esse nível de consideração de seu


marido. Quando ela tinha sido uma criança, fantasiava
sobre seu próprio príncipe encantado, mas a fantasia não
tinha sido tão perfeita como Robert tinha sido para ela ao
longo das últimas duas semanas. Homens, maridos, não
faziam coisas como esta para suas esposas. Seu pai
certamente nunca fez isso para sua mãe e Anthony, que ela
sabia que amava e adorava sua irmã, nunca fez esse tipo
de coisa para Mary. Ele iria visita-la e segurá-la em seus
braços quando ela precisava de conforto, mas Anthony
nunca tinha dedicado cada minuto do dia aos cuidados e
bem-estar de Mary. A fez se sentir querida e ajudou-a
através da perda mais dolorosa de sua vida.

— Metade de um copo, que é tudo que você tem que


beber, — ele disse suavemente quando ele soltou as mãos
e pegou o copo. — Vamos lá, apenas alguns goles.

Ela deixou escapar um bufo indelicado com isso


quando ela balançou a cabeça. — Não vai acontecer,
Robert.
— Elizabeth, é bom para você, — disse ele, dando-lhe
um sorriso que fazia coisas engraçadas para seu estômago.

— Então você bebe, — disse ela teimosamente,


recusando-se a ser influenciada por um sorriso encantador.

Com um rolar de seus olhos e murmurando um


comentário sobre ela ser um bebê grande, ele trouxe o
copo aos lábios e tomou um longo gole que rapidamente
cuspiu de volta para o copo.

— Que diabos tem nisso?— Ele exigiu em indignação


quando ele colocou o copo ofensivo sobre a mesa. Ele
limpou freneticamente sua boca para apagar o gosto e
quando isso não ajudou, ele agarrou o vaso ao lado da
cama, arrancou as flores fora dele e inclinou-o de volta,
bebeu até a última gota. Quando colocou o vaso vazio ao
lado da cama, ele ainda estava se encolhendo no sabor
amargo deixado na boca.

— Bom, — ela disse com um aceno de cabeça quando


ela jogou as cobertas e mexeu as pernas para a beira da
cama. — Agora talvez eu possa conseguir alguma comida
de verdade.

— O médico disse que você tinha que ficar na cama


por pelo menos mais uma semana, — disse Robert
apontado quando ele mudou-se para ajudá-la de volta na
cama.
— Foi o mesmo médico que disse que eu tinha que
beber o chá? — Perguntou ela, aliviada quando ele deu um
passo para trás com um suspiro e estendeu a mão para
ajudá-la a se levantar.

— É bem após a meia-noite. Eu não acho que haverá


qualquer um acordado para fazer alguma coisa para você
comer, — ele ressaltou uma vez que ela estava de pé.

— Eu tenho certeza que eu vou conseguir, — disse ela,


sem se preocupar em lembrar-lhe que ela sabia cozinhar,
pois a maioria dos homens de sua posição estaria ultrajado
de ter suas esposas fazendo algo que eles acreditavam ser
o trabalho de um servo.

— Eu poderia correr para a cozinha e procurar alguma


coisa, — ele sugeriu, soando esperançoso.

— Você comerá tudo antes mesmo de sair da cozinha,


— ela apontou com um sorriso.

Ele considerou, por um momento, antes que ele desse


de ombros com um sorriso autodepreciativo.

— Você provavelmente está certa.

— Um dia você vai ter que explicar como você


consegue comer tanto, — disse ela, dirigindo-se para a
porta, mas não foi muito longe antes de se encontrar
varrida fora de seus pés e nos braços dele.
— Na verdade, tenho uma teoria sobre isso, — disse
ele com um sorriso, enquanto caminhava para a porta.

— Sério? O que é? — Ela perguntou curiosa demais


para fingir o contrário.

Seu apetite era um pouco assustador. Ela nunca tinha


visto alguém comer tanta comida em uma sessão. Havia,
na verdade, várias empregadas domésticas que se
recusavam a servi-lo, com medo de que ele acidentalmente
devorasse suas mãos se não liberasse as travessas de
comida rápido o suficiente.

— Você, — ele simplesmente disse quando ele esperou


por ela para se esticar e abrir a porta de seu quarto de
dormir.

— Eu?

— Mmmhmm, você, — ele disse com um sorriso


maroto quando deu um beijo na ponta do nariz dela e
levou-a para o corredor que estava mal iluminado por
várias velas queimando lentamente até tarde da noite.

— Como sou exatamente eu responsável por seu


apetite terrível? — ela perguntou quando colocou os braços
em volta de seu pescoço.

— Se bem me lembro, — disse ele, mudando-a


ligeiramente em seus braços para que ele pudesse navegar
com segurança na escada mal iluminada com ela em seus
braços, — você me amaldiçoou e todos os meus futuros
herdeiros.

Ela engasgou.

— Eu não fiz nada disso! — Disse ela, mesmo que


soasse como algo do tipo que ela faria.

— Você certamente fez, Atrevida, — disse Robert,


rindo enquanto a levava para o corredor de trás, em
direção à cozinha.

— Bem, eu tenho certeza de que você fez alguma


coisa para merecer isso, — disse ela com altivez fingida que
o fez sorrir quando ele se virou e empurrou a porta da
cozinha aberta, com suas costas.

— Eu enterrei todas as suas bonecas na pena do


porco, — disse ele, rindo enquanto cuidadosamente
colocou-a de pé.

— Você realmente era uma criança horrível, — disse


ela com um sorriso, enquanto se afastava dele e começou a
pesquisar os armários, se perguntando o que ela tinha feito
para levar Robert a fazer algo tão cruel. Provavelmente foi
algo muito pior do que o que ele tinha feito com ela,
pensou com um suspiro satisfeito.

— Diga-me o que você precisa e eu vou buscar para


você, — Robert disse quando ele rapidamente acendeu
mais velas, bem como várias lâmpadas de óleo, para que
pudessem ver o que eles estavam fazendo.
Quando ela rapidamente verificou o que tinha
disponível para eles, ela decidiu que ovos, presunto e
biscoitos frescos provavelmente seria a coisa mais fácil
para ela fazer. Decisão tomada, ela disse a ele o que ela
precisava enquanto fazia o melhor para ignorar o estomago
roncando em demanda.

Robert atirou um sorriso divertido que ela escolheu


ignorar quando ela começou os biscoitos. No momento em
que teve a massa feita e pronta para subir, ela estava
faminta e considerando pular esta etapa e simplesmente
cortar os biscoitos e assa-los, sem se importar que eles
iriam acabar planos. A única razão que ela hesitou em fazer
exatamente isso era Robert. Ela se gabava de que fazia os
melhores biscoitos e agora ela queria provar isso. Mas, ela
estava com tanta fome e não tinha certeza de que ia ser
capaz de esperar até...

— Aqui, — Robert disse quando colocou um pequeno


prato transbordando de queijo, pão e presunto cortado na
frente dela.

— Obrigada, — ela mal murmurou quando ela


começou a atacar a comida.

— De nada, — disse ele com uma risada quando ele


serviu-se ao alimento.

Durante vários minutos, eles se sentaram lá comendo


em um silêncio confortável enquanto ela mantinha um olho
na massa. Na verdade, foi bastante agradável, pensou um
pouco antes de Robert ir em frente e arruiná-lo.

— Acho que devemos conversar.


Capítulo Vinte e Quatro

— Eu sei, — Elizabeth concordou com um pequeno


suspiro quando ela colocou mais um pedaço de queijo na
boca, parecendo tão malditamente descontente com a
perspectiva que ele não podia deixar de sorrir.

Por um momento, ela olhou para a tigela de massa de


pão, enquanto brincava com um pedaço de pão e ele
perguntou o que ela estava pensando. Talvez ela estivesse
preparando-se para outra briga, ele percebeu com um
estremecimento. Ele tinha acabado de brigar com ela. Eles
vinham fazendo isso desde que eram crianças e, tão
divertido como tinha sido, era hora de colocar um fim a
isso.

Ela era sua esposa e sua responsabilidade, e eles não


poderiam continuar assim. Ele tinha sido muito feliz por não
haver sido criado em uma família fria, e queria que seus
filhos fossem tão afortunados como ele foi. Como a maioria
dos casais, seus pais não estavam apaixonados, mas ao
contrário da maioria dos casais que ele conhecia, eles eram
muito bons amigos.

Provavelmente não tinha machucado que seus pais


tivessem sido criados sabendo que eles estavam noivos um
com o outro. Eles tinham dois anos de diferença e viviam a
menos de duas horas de distância um do outro quando
crianças. Eles haviam aceitado a situação sem reclamar. A
família de sua mãe queria um título para sua filha,
enquanto os pais de seu pai queriam engordar seus cofres
e garantir que o seu filho tivesse uma esposa agradável.

Eles sempre foram amigos, às vezes agindo mais


como irmãos do que como um casal. Eles nunca tinham
compartilhado um quarto, nunca olharam um para o outro
com algo mais do que carinho casual, e nunca fingiram
estarem apaixonados. Não que ele quisesse saber, porque o
conhecimento provavelmente o traumatizaria pelo resto da
vida, mas duvidava muito que sua mãe tinha agraciado a
cama de seu pai desde que ela lhe proporcionou um
herdeiro e um sobressalente para que a linha pudesse
continuar.

Ela também nunca parecia chateada por seu marido


manter concubinas e amantes. Nunca pareceu incomodá-la,
e Robert sabia que ela estava bem consciente de que elas
existiam. Sempre que seu pai saia para passar a noite com
outra mulher, ela sempre lhe deu um sorriso e desejou-lhe
uma boa noite.

Eles nunca brigaram, gritaram um com o outro ou


ignoravam James ou a ele mesmo quando eles perseguiam
seus próprios divertimentos. Eles criaram seus filhos em
uma família acolhedora, com amor e compreensão e Robert
queria isso para sua própria família. Ele certamente não
queria criar seus filhos em uma casa fria como a que
Elizabeth tinha sido criada.

Lady Norwood era a mãe e esposa típica da ton. Ela


dizia as coisas certas, usava a última moda, obedecia todas
as regras e esnobou o nariz para aqueles que não
obedeciam. Ela também tinha muito pouco a ver com a
criação de suas filhas. Ela deixou para as babás e
governantas, apenas envolvendo-se na vida de seus filhos
quando vinha uma fofoca, a perspectiva de casar suas
filhas, ou se suas filhas a envergonhassem de alguma
forma.

A única coisa boa que ele poderia dizer sobre Lord


Norwood, onde suas filhas estavam em causa, era que o
homem realmente as amava e se preocupava com suas
meninas. Ele tinha visto Lord Norwood se preocupar com
elas, sorria calorosamente quando as via e parecia
realmente satisfeito de tê-las por perto.

Ao contrário de seus pais, os Norwoods eram


estranhos virtuais, escolhendo passar a maior parte do seu
tempo à parte. Embora Lady Norwood não reclamar sobre
seu marido manter as mulheres ao lado, ela exigia um
brilhante balangandã nas manhãs seguintes. Não levou
muito tempo para Robert descobrir a sua rotina. Toda
terça-feira, quinta-feira e sábado à noite, Lord Norwood
ofereceria sua esposa boa noite antes de sair para passar a
noite com sua amante. Por sua vez, Lady Norwood enviava
a seu marido um olhar frio, não porque ela estava
realmente chateada que ele iria passar as noites com
outras mulheres como Robert tinha primeiramente
suspeitado, mas para lembrá-lo de que ela iria esperar que
ele lhe comprasse o perdão pela manhã.

Não era o tipo de casamento que ele queria e,


certamente, não aquele que queria que seus filhos fossem
expostos todos os dias. Enquanto gostaria de ser capaz de
colocar o passado para trás e começar de novo como
amigos, ele também não queria o casamento de seus pais.
Ele não queria simplesmente uma união cordial. Ele
desejava Elizabeth e queria passar cada noite com ela em
seus braços e, para conseguir isso, eles iam ter que
conversar.

— Eu sinto muito que eu não lhe disse sobre o bebê,


— disse ela suavemente, trazendo à tona o assunto que ele
decidiu adiar até outro dia.

— Por que você não disse? — Ele perguntou


igualmente suavemente, com medo de que ele fosse dizer
ou fazer alguma coisa para assustá-la ou fazê-la chorar.

Tarde demais, ele percebeu quando ela enxugou uma


lágrima de sua bochecha com um pequeno pano de
cozinha. Fingindo que estava tudo bem, ela levantou-se e
concentrou toda a sua atenção sobre a tigela de massa. De
alguma forma, ele se obrigou a permanecer sentado
quando tudo que ele queria fazer era levá-la em seus
braços e dizer-lhe que ele a perdoou, que não era
importante, mas era.

Ele queria saber, precisava saber. Ele não estava tão


irritado como tinha estado antes. Cristo todo-poderoso,
como ele poderia estar? Ela tinha acabado de perder seu
filho e ele sabia que ela sofria por essa criança com todo
seu coração, tinha visto a angústia em seus olhos quando
ela tinha chorado pela perda de seu primeiro filho.

Ela só tinha um pouco mais de um mês e meio de


gravidez, mas ele sabia que ela já amava aquele bebê.
Enquanto a maioria das mulheres simplesmente aceitaria o
fato de que eles tinham perdido um filho desde que
acontecia com tanta frequência, Elizabeth tinha tomado a
perda com força. Isso lhe disse tanto sobre ela,
confirmando seu parecer anterior dela e fazendo com que
ele se arrependesse de alguma vez chamá-la de puta,
mesmo que só tivesse feito isso em sua cabeça. Ele
simplesmente não conseguia ver a mulher que tinha em
seus braços ao longo das últimas duas semanas, enquanto
ela chorava seu coração para fora, ser uma cadela viciosa
que se propositadamente submeteria uma criança a uma
vida de miséria e ser rotulada como um bastardo.

Ele simplesmente não conseguia.

— Eu não queria prendê-lo, — ela murmurou quando


rolou a massa com um toque de perito e começou a cortar
círculos.
— O que diabos você está falando? — Ele perguntou
um pouco mais duro do que pretendia, fazendo-a
visivelmente estremecer.

— Eu não queria forçá-lo a se casar comigo, Robert, —


disse ela com força enquanto rapidamente colocava a
massa cortada em uma panela, focando toda sua atenção
na tarefa na mão de modo que ela não teria que olhar para
ele.

— Não teria sido forçado, — explicou ele, levantando-


se e movendo-se para ajudá-la quando ela pegou a panela.

Ele pegou a panela dela e cuidadosamente colocou no


forno quente, com cuidado para não pisar muito perto da
lareira sob os fornos. Uma vez que ele tinha certeza de que
estava longe o suficiente no interior do forno, ele se virou e
encontrou Elizabeth ocupando-se com a limpeza da
pequena bagunça em cima da mesa.

Sem uma palavra, ele deu um passo atrás dela e


passou os braços em volta dela, trazendo-a de volta contra
seu corpo.

— Não teria sido forçado, — ele repetiu mais suave


desta vez.

— Sim, teria, — disse ela, movendo-se para se afastar


dele, mas ele não iria deixá-la ir.

— Não, não teria, Elizabeth, — disse ele, pressionando


um beijo no topo de sua cabeça.
— Você não me ama, Robert, você nem gosta de mim
e certamente não queria se casar comigo, — ela explicou
suavemente quando ela simplesmente ficou ali, permitindo-
lhe abraçá-la.

— O que faz você pensar que eu não gosto de você? —


ele perguntou, sorrindo, quando ela lançou um bufo
indelicado.

— Você gostaria de uma lista? — ela perguntou,


recostando-se contra ele e o fazendo imaginar se ela estava
ciente da ação.

— É uma lista curta? — ele perguntou, distraído


quando ele gostava da sensação de tê-la em seus braços e
não mais ter que se preocupar com propriedades e toda
essa merda.

Então, novamente, ainda era menosprezado por


mostrar afeto por sua esposa em público, mas ele não dava
a mínima, adorava tocá-la, segurá-la e ele seria condenado
se ele permitiria que regras composta por um bando de
hipócritas ditassem sua vida. Ela acalmou algo profundo
dentro dele, deu-lhe paz, e o fez sorrir, mesmo quando ela
estava saindo de seu caminho para maltratá-lo.

Era simplesmente impossível realmente odiá-la.

Quando ele percebeu que ela tinha estava calma


novamente, ele se contentou em simplesmente segurá-la.
Durante vários minutos, eles ficaram assim, ele segurando-
a nos braços, enquanto ela traçou distraidamente os dedos
ao longo de seus antebraços. Ele poderia ter mantido ela a
noite toda, mas precisavam conversar. Rezando para que
ela não o afastasse, perguntou-lhe mais uma vez a
resposta que ele temia.

— Por que você não me disse, atrevida? — ele


perguntou, pressionando um beijo em seu cabelo
perfumado de lavanda.

Ela não respondeu de imediato, e por um minuto, ele


pensou que talvez ela nunca fosse dizer a ele, mas ela o
pegou de surpresa quando ela admitiu algo que nunca
pensou que ele iria ouvir dela.

— Porque eu estava com medo.

— De mim? — Ele perguntou oco quando seus braços


apertaram ao redor dela, rezando para que a resposta fosse
não, mas isso era demais para esperar.

Ele fez de sua vida um inferno por muitos anos para


contar, até que finalmente ele tinha sido forçado a se
afastar, com medo de que ele fizesse algo tolo como levá-la
sobre o joelho e dar-lhe a surra que ela tão justamente
merecia. Colocar espaço entre eles, provavelmente, tinha
os salvado de matar um ao outro ou enlouquecerem.

Quando ela voltou para a sua vida, ele não tinha sido
capaz de resistir a ela, amava estar ao seu redor,
atormentando-a e esperando para ver como ela reagiria,
mas agora ele tinha que saber se tinha ido longe demais.

— Não, — ela disse, balançando a cabeça enquanto


continuava a traçar o comprimento de seus braços com a
ponta dos dedos, — Eu sei que você nunca iria me
machucar, mas...

— Mas, o quê? — Ele perguntou, pressionando outro


beijo contra o topo de sua cabeça.

— Eu não queria que você me odiasse mais do que


você já faz, — disse ela em voz tão baixa que ele quase
perdeu.

— Eu não odeio você, Elizabeth, — ele prometeu.

— Você está sendo muito doce sobre essa coisa toda,


Robert, e enquanto eu aprecio isso, eu entendo. Eu deveria
ter dito logo que eu tive certeza de que eu estava grávida
e...

— Quando foi isso? — Perguntou ele, cortando-a.

— Quando foi o quê? — Ela perguntou, parecendo


confusa.

— Quando você teve certeza de que você estava


grávida? — Ele perguntou baixinho, rezando para que a
lembrança do que tinham perdido não a fizesse chorar.
Matava-o vê-la chorar.
— Depois do que aconteceu na biblioteca,— ela
murmurou. — Eu não sabia o que fazer ou como lhe dizer.

— Será que você me diria? — Perguntou ele, fechando


os olhos enquanto esperava sua resposta.

— Assim que eu descobrisse uma maneira de dizer,


sem fazer você me odiar, — ela admitiu, soando tão
malditamente miserável que ele não podia deixar de sorrir.

— Então talvez seja hora de nós chamarmos uma


trégua?
Capítulo Vinte e Cinco

— Uma trégua?— Elizabeth repetiu de volta


lentamente, compreensivelmente cautelosa considerando
que a sugestão estava vindo de Robert Bradford e que esta
não era a primeira vez que ele sugeria tal coisa.

— Eu acho que seria o melhor, — disse ele, repetindo


as mesmas palavras que ele tinha usado 16 anos atrás,
quando ele a enganou para rastejar para fora de seu
esconderijo no celeiro de seu pai, onde ela estava se
escondendo depois de um incidente lamentável envolvendo
Robert, uma tigela de mel, e cerca de cinco sacos de penas
de galinha.

— Eu vejo, — disse ela, com cuidado desengatando-se


dele quando a necessidade de autopreservação chutou
dentro.

Embora ela concordasse plenamente que uma trégua


de algum tipo seria benéfica para que eles não acabassem
matando um ao outro, ela simplesmente não conseguia
ignorar a voz dentro de sua cabeça gritando para fugir.
Sabendo que era tanto tolo e inútil já que não havia mais
lugar para correr, agora que eles estavam casados, ela se
forçou a permanecer na cozinha para que ela pudesse ouvi-
lo.
Isso não quer dizer que ela ia fazer algo tolo como
ficar dentro da distância de alcance dele. Tão casualmente
quanto pôde, ela caminhou ao redor da mesa e começou a
trabalhar sobre os ovos, dizendo a si mesma que seria
capaz de fazê-lo até a porta se isto acabasse por ser uma
armadilha. Além de um sorriso divertido que lhe disse que
sabia exatamente o que ela estava pensando, ele não fez
comentários sobre a ação.

— Eu não quero passar o resto da minha vida brigando


com você, — explicou Robert, afirmando a sua maior
preocupação.

Eles não tinham um casamento por amor, aquela


exigência que ela tinha para o casamento. Ela não podia
nem dizer que eles eram amigos e dada a sua história e
como seu casamento veio a existir, ela não esperava um
casamento cordial quando seu pai tinha a contragosto
concordado que ela tinha que se casar com Robert.

Após o anúncio dele na primeira noite, quando ele


descreveu o que ele esperava dela, ela tinha antecipado
viver uma vida de solidão, onde ele a ignorava até que seu
filho fosse um adulto e sua utilidade tivesse chegado ao
fim. Então ela imaginou que ele provavelmente a levaria
para uma casa de campo onde ele nunca teria que vê-la
novamente. Não era uma existência que ela teria aceitado
humildemente, o que significava que o casamento
provavelmente teria sido preenchido com turbulência,
argumentos e, eventualmente, ódio.

Ela não queria esse tipo de casamento.

Então, se ele estava lhe oferecendo um ramo de


oliveira, ela ficaria feliz em aceitá-lo. Enquanto ele fosse
benéfico para ambos e não terminasse com sua vida no
meio do nada, com apenas esquilos e seu ódio crescente
por Robert para lhe fazer companhia.

— O que você sugere? — Ela perguntou, tentando não


ter esperança que eles pudessem ser amigos. Ele tinha sido
muito gentil com ela nos último pares de dias e ao mesmo
tempo lhe dava esperança, ela também percebeu que
poderia ter sido por pena.

— Eu estou sugerindo que trabalhemos juntos para


definir alguns termos para esse casamento para que ambos
possamos viver, — disse ele, cruzando os braços sobre o
peito, enquanto observava seu trabalho.

— Isso soa razoável, — ela teve que admitir, mais do


que razoável, considerando que a maioria dos homens não
se importava nem um pouco se suas esposas estavam
felizes.

— Deste ponto em diante, eu acho que seria melhor se


começássemos do zero, — sugeriu ele, soando esperançoso
quanto ela pegou uma panela, a pequena tigela de
manteiga e o prato de fatias de presunto em cubos e se
dirigiu para o fogão. Ela abriu a porta do fogão,
certificando-se de que o fogo que os servos tinham
preparado antes de se recolher para a noite ainda estava
aceso antes de adicionar mais um pouco de carvão e
madeira para garantir que o fogo fosse quente o suficiente
para cozinhar seus alimentos.

— Significa? — ela perguntou, não sabendo


exatamente onde ele estava indo com isso.

— Que nós esqueceremos o passado e começaremos


de novo, — disse ele depois de uma pequena pausa.

— E como exatamente você propõe que façamos isso?


— Ela perguntou enquanto jogava o presunto na panela. —
Nós sempre nos odiamos.

— Nem sempre, — ele apontou quando ele mudou-se


para se encostar na parede à sua direita.

Em vez de discutir com ele ou admitir o quanto ela


não o odiava, ela concentrou toda a sua atenção sobre o
presunto mexendo para que ele não fosse queimar. Ele não
disse nada por alguns minutos, provavelmente esperando
que ela fosse admitir algo, mas ela se recusou a confessar
qualquer coisa até que soubesse onde ela estava com ele.
Por fim, ele resmungou alguma coisa sobre ela ser teimosa
e começou.
— A maioria dos casamentos começa com um novo
começo, e eu gostaria disto para nós, — disse ele, como se
o que ele estivesse sugerindo fosse mesmo possível.

— Isso é porque a maioria dos casais não cresceu


odiando um ao outro, — ela apontou, mexendo o presunto
um pouco mais do que era necessário.

— É verdade, — ele murmurou sua concordância


quando ele estendeu a mão e pegou um pedaço de
presunto da panela e colocou na boca. — Mas, a maioria
dos casais passa o resto de suas vidas odiando um ao
outro.

Ela não se incomodou em discutir esse ponto, porque


ele estava certo. Enquanto ela sabia de vários casais que
foram capazes de tolerar uns aos outros, ela conhecia
muito muitos casais que não podiam suportar a visão do
outro. Seus pais, infelizmente, se encaixam na última
categoria. Na superfície, os pais pareciam tolerar um ao
outro e ainda gostar um do outro, mas isso era apenas um
show que faziam para a ton e seus amigos. Eles mal
reconheciam o outro em particular, e, quando falavam,
normalmente terminava em discussão.

— O que eu estou sugerindo, — disse ele, parando


apenas o tempo suficiente para roubar outro pedaço de
presunto, — é que aceitemos o que aconteceu quando
éramos crianças e o superemos. Eu gostaria de um novo
começo com você, Elizabeth.
— E você realmente acha que isso é possível? — ela
perguntou, seus lábios se contraindo quando ele roubou um
outro pedaço de presunto.

— Sim, — disse ele, sem pausa.

— Ah, e por que isso? — Ela perguntou, suspirando


pesadamente enquanto ele roubava um outro pedaço de
presunto e forçava-a a despejar o resto do presunto
cortado na panela.

— O laranjal, — ele simplesmente disse quando ele


roubou um outro pedaço de presunto.

— O laranjal? — ela repetiu de volta em confusão,


perguntando o que exatamente aquela noite tinha a ver
com começar do zero.

— Hummmhumm, — disse ele em torno de outro


pedaço de presunto roubado.

— Por quê? — Disse ela, franzindo o cenho para a


panela quando ele roubou um outro pedaço de presunto. A
este ritmo, não haveria qualquer presunto sobrando na
panela quando ela jogasse os ovos.

— Ai! Que diabos foi isso? — Ele exigiu com um


beicinho quando ele puxou sua mão de volta.

— Pare de roubar o presunto! — Ela retrucou,


gesticulando com a colher de pau que ela tinha acabado de
levemente bater contra os nós dos dedos dele em
advertência.

— Isso não está me fazendo odiá-la menos! — ele


retrucou, fazendo o seu melhor para encara-la, mas a
forma como o seu olhar ficava caindo de volta para o
presunto, enquanto lambia os lábios com fome a tinha feito
sorrir e alcançar um pequeno prato.

— Aqui,— ela disse, pegando um pouco de presunto


no prato. Ela apenas moveu-se para entregá-lo, quando de
repente ela encontrou o prato arrancado de sua mão e
Robert devorando o presunto.

— Seu apetite é assustador, — disse ela com um


suspiro exasperado, mesmo que secretamente lhe
agradava que ele não estivesse furioso pelo fato dela gostar
de cozinhar.

Sua única resposta foi um olhar quando ele continuou


a comer o seu presunto. Quando terminou, ele mandou um
olhar esperançoso na panela, mas um gesto com a colher o
fez colocar o prato vazio de volta no balcão.

— Agora, o que exatamente o laranjal tem a ver com


esta trégua sua? — ela perguntou, na esperança de distraí-
lo a partir do presunto para que houvesse algum sobrando
para o jantar.

Ela estava morrendo de fome, mais como voraz neste


momento, honestamente não conseguia se lembrar de
alguma vez sentir esta fome antes. Mesmo nas poucas
vezes em que ela esteve muito doente para sair da cama e
tinha sido forçada a sobreviver com caldo e chá por um
mês, não tinha ficado com esta fome. Ela provavelmente
poderia comer todo o presunto, ela pensou com um gemido
quando ela foi forçada a bater na mão de Robert de novo.

— Atrevida Viciosa!

— Pare de roubar o presunto!

— Eu não teria se você me alimentasse, — ele


retrucou, enquanto esfregava as costas de sua mão.

— Eu não irei alimentá-lo até que você explique essa


sua trégua, — disse ela, na esperança de que fosse
suficiente para abrandar os seus caminhos ladrões até que
ela pudesse terminar de cozinhar o alimento.

— Tudo bem, — ele disse enquanto habilmente pegou


outro pedaço de presunto da panela e colocou na sua boca
antes que ela pudesse golpeá-lo para fora de sua mão com
a colher.

— Vamos logo com isso, Robert, — disse ela,


despejando a massa de ovo na panela, na esperança de
que fosse o suficiente para impedi-lo de roubar mais do
presunto por um tempo.

Não foi.
Ele se encostou na parede, ficando mais confortável
quando ele colocou um presunto coberto de ovo em sua
boca.

— Você não me odiava aquela noite no laranjal.

— Eu não sabia quem você era, — ela apontou,


mexendo o presunto e os ovos, enquanto ela mantinha-se
atenta para o seu lado desonesto.

— Ai! — Ele sussurrou, mas desta vez ele foi


inteligente o suficiente para puxar a mão para trás e
continuar a fazer o seu argumento para uma trégua. — É
exatamente o meu ponto. Você não sabia que eu era o
menino que costumava fazer da sua vida um inferno e você
gostou do homem que eu havia me tornado, — disse ele, o
tom dele desafiando-a a mentir quando ambos sabiam que
ela tinha mais que gostado dele naquela noite.

— Isso é verdade, — ela admitiu, porque realmente


não havia nenhum ponto em mentir neste momento.
Certamente não ajudaria em nada.

— A única razão pela qual temos estado na garganta


um do outro ao longo dos últimos meses, é por causa da
nossa história anterior, — explicou ele e ela estava muito
tentada a acrescentar que ela também tinha feito isso
porque era divertido.

— Você pode ter um ponto, Robert, — disse ela em


vez disso, adicionando queijo nos ovos e presunto e
misturando-o por um minuto antes dela tirar a panela do
fogo e separar. Lançando um olhar de advertência para
Robert, ela caminhou até os fornos e removeu os biscoitos
marrons dourados agora e os colocou sobre o balcão para
esfriar.

— Isso prova que somos capazes de colocar o passado


para trás, — disse Robert, surpreendendo-a quando ele
pegou um par de pratos, garfos, compotas, mel e os
colocou em cima da mesa em vez de roubar mais
alimentos.

Quando ele pegou os pratos de volta, ela ficou


nervosa, estava morrendo de fome e sem vontade de lutar
com Robert por mais comida. Ela só queria...

— Aqui está, Atrevida, — disse ele com um sorriso


enquanto colocava um prato transbordando de comida na
mesa em frente a ela.

Tocada que Robert estaria disposto a desistir da


comida, ela sentou-se com um sorriso e começou a comer.
Ela quase gemeu quando a comida bateu sua língua. Tinha
gosto de céu, o puro céu, e ela não conseguia o suficiente.
Não foi até que Robert pegou o prato que ela percebeu que
ela tinha comido cada único pedaço de alimentos em
questão de minutos.
— Você gosta de geleia de pêssego, certo?— Robert
perguntou quando ele colocou um segundo prato repleto de
comida na frente dela, assustando-a.

— Sim, — ela automaticamente disse quando olhou


para o prato de comida, ao perceber que ela ainda estava
com fome.

Quando Robert colocou três biscoitos cheios de geleia


no seu prato, ela pegou um e comeu, parando apenas o
tempo suficiente para enviar-lhe um olhar, quando ele teve
a coragem de rir.

— Desculpe, — disse ele, sentando-se em frente a ela


e trazendo sua atenção para o fato de que ele não estava
comendo.

— Você não está com fome? — Ela perguntou,


pegando outro biscoito.

— Eu quero ter certeza de que você tenha o suficiente


para comer, — disse ele, gesticulando para que ela
continuasse e fazendo seu coração pular uma batida.

Robert Bradford estava de bom grado dividindo


alimentos. Ou o mundo estava chegando ao fim ou o ele
estava falando sério sobre fazer um novo começo.
Capítulo Vinte e Seis

— Não seja bobo, Robert, — disse Elizabeth com um


mau humor quando ela se levantou e foi para o fogão. —
Há uma abundância de comida para nós.

Ele balançou a cabeça.

— Basta comer, Atrevida. Eu estou bem, — ele mentiu


um pouco.

Embora ele tivesse certeza que não ia morrer, ele


estava morrendo de fome. A comida era simples, mas
cheirava deliciosa. O rico aroma de ovos, presunto e queijo
acompanhado dos aromas saudáveis de biscoitos recém-
assados deixou seu estômago roncando, mas não foi o
suficiente para fazê-lo roubar o prato abandonado de
Elizabeth e devorar a comida.

Sua esposa estava, obviamente, com fome e ele se


recusou a tomar qualquer alimento dela. Agradava-lhe vê-
la comer, porque isso significava que ela estava se sentindo
melhor, tinha perdido a conta de quantas vezes ele orou
para que ela ficasse bem ao longo das últimas semanas. A
ameaça de perdê-la lhe bateu mais forte do que ele teria
gostado e isso o fez perceber o quanto ela significava para
ele.
De repente, todas as besteiras que eles colocaram uns
aos outros ao longo dos anos já não importavam, não se
isso significava que ele fosse perdê-la, não podia imaginar
uma vida sem a sua Atrevida nela, irritando-o, provocando-
o e fazendo-o se sentir vivo, pela primeira vez em anos. O
fato de que ela havia mentido sobre seu bebê já não
importava tanto.

Ele desejou que tivesse lidado com as coisas de forma


diferente quando ele descobriu sobre o bebê, deveria ter
mantido o assunto entre eles e feito tudo o que poderia ter
feito para ganhar sua confiança. Ele deveria ter cortejado e
feito tudo ao seu alcance para garantir que ela escolhesse
se casar com ele. Odiava saber que a única razão que ela
se casou com ele era porque ele tinha a forçado. Ele faria
qualquer coisa para mudar isso.

Mas, não havia como voltar atrás. Não havia como


mudar o que aconteceu. Não havia como parar a fofoca que
já tinha se espalhado. O estrago já estava feito. A única
coisa que ele poderia fazer era oferecer o casamento que
ela merecia e o que ele desejava. Ele queria que ela fosse
sua esposa livremente e não tivesse arrependimentos.

Ele queria que ela o amasse tanto quanto ele a amava.

Então, ele iria cortejar a sua própria esposa. Iria


convencê-la a lhe dar uma chance, para deixá-lo mostrar a
ela que ele era a escolha certa. Ela tinha perdido uma
fortuna quando ela se casou com ele e, embora ele nunca
fosse capaz de provê-la com os luxos que ela tinha perdido,
ele queria ter certeza de que ela estava tão feliz que nada
disso importasse.

— Há muita comida, Robert, — disse Elizabeth


enquanto colocava um prato cheio de comida na frente
dele. Antes que ele pudesse argumentar, ela foi espalhando
biscoitos com uma variedade de coberturas e os colocando
em seu prato.

— Não se preocupe comigo, Atrevida. Eu estou bem,


— disse ele, forçando-se a não olhar para a comida com
medo de que ele perdesse o controle.

— Nós podemos comer enquanto você explicar melhor


essa sua trégua, — Elizabeth apontou e quando ele abriu a
boca para argumentar, ela empurrou o mais delicioso
biscoito que ele já provou em sua boca.

— Oh, Deus, — ele murmurou em êxtase quando ele


acabou com o biscoito e pegou outro.

— Você gostou?— Perguntou Elizabeth, seu tom era


casual, mas ele poderia dizer que ela estava contente.

— Você não estava mentindo, — disse ele, terminando


o último biscoito que ela havia dado a ele e pegando mais
três. Ele rapidamente espalhou geleia de pêssego sobre
eles e colocou dois dos biscoitos no seu prato.
— Obrigada, — disse ela, levando uma pequena
mordida em um dos biscoitos antes de colocá-lo de volta no
seu prato. — Agora, sobre esta trégua.

— Certo, — ele balançou a cabeça, tomando mais uma


mordida desse delicioso biscoito antes de colocá-lo de volta
ao seu prato e obrigando-se a se concentrar.

— Eu estaria disposto a deixar o passado ir, se você


estiver, — Elizabeth disse, trazendo-os de volta para onde
eles tinham parado.

— Eu acho que é a melhor maneira de começar isto, —


disse ele, olhando do outro lado da mesa em seu belo
rosto. — Eu gostaria que começássemos como amigos.

— Eu gostaria disso, também,— ela disse suavemente,


dando-lhe um pequeno sorriso que lhe deu esperança. — O
que mais? — Ela perguntou, parecendo ansiosa para
corrigir esta situação entre eles.

— Sem mais brigas, — ele reafirmou a sua declaração


mais cedo para que ela pelo menos soubesse que ele tinha
parado em tornar sua vida um inferno. — E sem mais
segredos, — acrescentou ele, antes que ele considerasse
como poderia parecer.

Ela se encolheu como se tivesse a atingido, mas em


vez de ficar chateada ou dar desculpas para o que tinha
feito, ela balançou a cabeça em concordância.

— Sem mais segredos.


Ele acenou com a cabeça quando debateu sobre a
melhor maneira de continuar. Depois de um momento, ele
percebeu que estava realmente nervoso. Ele não queria
fazer uma bagunça disso. Para comprar a si mesmo um
pouco mais de tempo, ele pegou o garfo e cavou os ovos e
quase gemeu de prazer.

Era tão bom. Sua esposa era uma excelente cozinheira


e só por isso se considerava um homem de sorte. Ele não
deu a mínima para que ela não devesse saber cozinhar. Um
homem com o seu apetite seria tolo em olhar para baixo
com o nariz para qualquer pessoa com esse nível de
habilidade na cozinha.

— A primeira coisa que devemos esclarecer, — disse


ele, parando apenas o tempo suficiente para tomar uma
outra mordida, — é que você pode cozinhar, sempre que
você quiser, tudo o que você quiser.

— Obrigada, — ela disse, soando genuinamente


satisfeita.

Ele deu mais algumas mordidas e decidiu que talvez


eles devessem chegar às noções básicas de seu casamento.

— Nós provavelmente deveríamos discutir o seu


dinheiro fixo e tal.

— Eu pensei que já tínhamos discutido isso, — disse


ela com um encolher de ombros. — Além disso, eu não
tenho um dote.
— Você não precisa de um, eu vou cuidar de você, —
disse ele, porque ele faria. Ele podia não ser um homem
rico, mas ele podia se dar ao luxo de manter sua esposa
feliz, pelo menos ele esperava que ele pudesse.

Parecia que ela estava prestes a discutir, mas em vez


assentiu.

— Obrigada, Robert.

— De nada, Atrevida, — disse ele, terminando a sua


comida.

— Onde você espera que nós residíssemos? — ela


perguntou com um toque de hesitação.

Ele limpou a garganta nervosamente. Ele não tinha


certeza de como abordar o assunto, mas ele sabia que não
podia mais adiar, e não desde que ele anunciou apenas dez
minutos atrás de que não haveria mais segredos.

— Eu vendi o imóvel que eu comprei há alguns meses,


— disse ele, decidindo dar a notícia a ela tão facilmente
quanto possível. Ele esperava que ela pegasse bem a
notícia e não se recusasse a sair com ele, porque realmente
odiaria ter que recorrer ao sequestro de sua própria
esposa, uma vez que ele se recusava a viver sem ela.

— A que nossos pais estavam falando? — Ela


perguntou, parecendo confusa, mas não terrivelmente
chateada, pelo menos não ainda.
— Sim, — ele respondeu lentamente antes de
acrescentar, — Eu comprei uma nova propriedade no país.

— Eu não ligo muito para Londres, — disse ela com


um encolher de ombros, levando-o de surpresa e
lembrando-lhe da conversa naquela noite no laranjal. —
Onde no país é? — Ela perguntou, parecendo genuinamente
curiosa.

— Bridgewater, — disse ele, tentando não encolher


enquanto esperava sua resposta.

Ela começou a acenar com a cabeça apenas para fazer


uma pausa com o cenho franzido.

— Eu nunca tinha ouvido falar dele antes. É para o


Norte?

— Você poderia dizer isso, — ele disse, se movendo


nervosamente no banco.

— Quanto tempo vai levar para viajar para lá?

— Cerca de seis semanas, — ele admitiu com uma


careta.

— Nós vamos ficar por mais seis semanas? — ela


perguntou, parecendo confusa e por boas razões.

Graças ao seu casamento apressado e ao escândalo


que tinha acompanhado ele, a maioria da ton já os cortou.
Convites que tinham sido estendidos para ambos semanas
atrás estavam sendo rescindido. Eles não tiveram visitas ou
notas os parabenizando por seu casamento ou qualquer
pessoa desejando a Elizabeth uma recuperação rápida.
Seus pais eram sobreviventes do escândalo, mas apenas
por pouco.

Pelo que ele tinha ouvido, sua mãe tinha recebido o


corte direto por Lady Penélope, ontem, em uma loja de fita
e provavelmente não seria muito mais tempo até que isso
acontecesse novamente. Quanto mais tempo eles ficassem,
pior seria para as suas famílias e nenhum dos dois queria
isso. Seria melhor se eles os deixassem o mais breve
possível. Ele estava apenas esperando até que estivesse
certo de que Elizabeth fosse capaz de viajar.

— Não, nós não vamos ficar por seis semanas. Talvez


uma ou duas semanas, — disse ele, na esperança de que
fosse um pouco mais cedo do que isso, mas ele não iria
apressá-la até que ela estivesse bem o suficiente para a
viagem.

— Eu não entendo, — ela finalmente admitiu.

— Eu comprei uma casa em Bridgewater,


Massachusetts. Estamos nos mudando para a América,
Atrevida, — disse ele, preparando-se para uma briga uma
vez que mesmo sua mãe teria tido problema com esse
anúncio.

— América? — ela repetiu lentamente, como se


estivesse testando a palavra.
— Sim, — ele disse, limpando a garganta sem jeito,
perguntando o que ele deveria dizer para convencê-la de
que isso era o melhor.

— Sério?— Ela perguntou depois de um momento,


olhando para ele com desconfiança.

— Sim.

Quando os lábios dela se transformaram em um


sorriso satisfeito, ele se sentiu relaxar.

— Eu sempre quis visitar a América, — ela admitiu,


parecendo animada.

— Nós não vamos ser capazes de viajar de volta aqui


com muita frequência, — admitiu ele, percebendo que ela
pelo menos merecia saber a verdade sobre o assunto. Ele
tinha dinheiro, mas ele não era rico o suficiente para pagar
uma viagem para a Inglaterra com muita frequência. Na
verdade, o fez se sentir horrível quando percebeu que
estava levando-a para longe de sua família e tudo o que ela
conhecia.

Ela simplesmente deu de ombros.

— Nossas famílias estão bem o suficiente para que


eles possam vir visitar-nos.

— Você não está chateada? — Perguntou ele, mais do


que um pouco surpreso.
— Por que eu estaria? Você sabe como me sinto sobre
Londres e, se nós iremos tentar começar de novo, qual a
melhor maneira então de começar de novo do que em um
lugar novo?

— Você é uma mulher notável, Elizabeth, — disse ele


com uma piscadela.

— Agora, — ela disse, fingindo que não estava


satisfeita com as suas palavras, mas ele podia dizer pelo
jeito que ela fez o melhor que morder de volta um sorriso
que ela apreciava o elogio, — o que mais você tem em
mente para essa sua trégua?

Quando ela colocou o garfo em cima da mesa e


empurrou o resto de sua comida para ele, ele não hesitou.
Ele pegou o garfo e fez um rápido trabalho de terminar sua
refeição. Uma vez que tinha certeza de que nenhuma
migalha tinha escapado de sua atenção, ele empurrou.

— Não haverá quartos separados, — anunciou ele,


decidindo que era apenas o direito de deixá-la saber que
era esperado para ela aquecer sua cama pelo resto de suas
vidas.

— Concordo, — disse ela com um aceno de cabeça


firme, como se ela não aceitasse nada menos, o que
explicou seu próximo anúncio. — E nenhuma outra mulher.

Ele teve que morder de volta um sorriso, deixado para


sua Atrevida. Nenhuma outra mulher ousaria estabelecer
tal proclamação para o marido, especialmente quando ela
nao tinha trazido nada para o casamento e se baseasse
unicamente em sua generosidade, mas, novamente,
Elizabeth não era como as outras mulheres.

— Não quer me compartilhar? — Ele não podia deixar


de provocar.

— Não, a menos que você queira me compartilhar, —


ela atirou de volta, parecendo presunçosa quando suas
palavras bateram em casa e apagaram cada última gota de
humor que ele tinha estado sentindo.

— Se qualquer outro homem sequer olhar na sua


direção, Atrevida, eu vou...

— Então, estamos de acordo que nós vamos ser fiéis


um ao outro, — disse ela, interrompendo-o e destituindo
sua fúria assassina com um movimento descuidado de sua
mão. — O que mais?

Ele não podia deixar de franzir a testa para isso


quando ele roubou o último biscoito.

— Isso é realmente tudo o que tenho por agora, — ele


admitiu com um encolher de ombros.

Ela suspirou baixinho quando se levantou, pegando os


pratos antes de ir para o balcão.

— Bem, pelo menos deve ser o suficiente para nos


impedir de matar um ao outro.
— Provavelmente, — ele meditou quando acabou com
o último pedaço de seu biscoito e mudou-se para ajudar a
esposa. Se ele não pudesse fazê-la se apaixonar por ele,
pelo menos ela provavelmente não iria matá-lo em seu
sono.
Capítulo Vinte e Sete
Querido Deus, ele ainda estava cutucando ela!

Algum tempo atrás, ela tinha acordado para descobrir


que algo bastante duro estava cutucando-a no lado. Não
pensou muito nisso na época, ela tinha deslocado para o
lado, de costas para Robert e começou a dormir quando
Robert puxou de volta contra ele e aquela coisa dura se
deslocou até que estava cutucando ela na bunda.

Não foi até que ela tentou afastar-se que o gemido


sonolento de Robert entregou a identidade do objeto duro
pressionando firmemente contra seu traseiro. Uma vez que
ela percebeu exatamente com o que estava lidando, ela
teve um momento difícil de pensar em qualquer outra
coisa.

Ela deveria se mexer?

Talvez ela devesse acordá-lo para que ele pudesse


apontar essa coisa em outra direção?

Provavelmente era melhor se ela não o acordasse, ela


decidiu, enquanto tentava mudar seu fundo para a frente,
de modo que sua masculinidade não estivesse empurrando
sua camisola de algodão onde ele não tinha nenhum
direito. Ela moveu-se rapidamente, passando para a frente
e, em seguida, empurrando para trás. Ela quase suspirou
de alívio quando sua masculinidade cessou o cutucar e em
vez disso estava alinhada entre seus corpos com a camisola
amarrotada proporcionando uma barreira.

Ela fechou os olhos, decidindo que era provavelmente


o melhor que ambos adquirissem seu sono, enquanto eles
tinham a chance quando Robert deslocou atrás dela.
Quando ele se moveu para trás, tendo sua masculinidade
com ele, ela não podia deixar de suspirar de decepção.
Embora ela não se importasse de dormir um pouco mais,
ela teve que admitir que ela estava desfrutando da
sensação dele pressionado contra seu corpo, ou seja, uma
vez que ele parou de esfaqueá-la.

Sua decepção terminou abruptamente quando sentiu a


ponta de sua virilidade tocar sua coxa nua. A cabeça de
seda deslizou em sua perna, deslizando por baixo da parte
inferior de sua camisola amontoada e continuou-se em um
longo movimento sensual que terminou com a quente e
dura masculinidade de Robert pressionado mais uma vez
entre seus corpos, mas desta vez a camisola de algodão
não a protegeu de seu toque.

Sentiu-se bem.

Muito bom, ela decidiu, reprimindo um gemido quando


ela fechou os olhos e lutou contra o desejo de se mover
contra ele. Ela não podia acreditar que tal coisa pudesse ser
estimulante, mas era. Ela gostava da sensação contra sua
pele, a forma como ele fez seu corpo formigar em
antecipação e da maneira que ele...
— Milady! Você precisa acordar! — Jane, sua
empregada, correu em seu quarto para explicar.

— O que diabos está acontecendo?— Robert


perguntou com o seu abraço ao redor dela apertado e ele
deu um beijo sonolento contra a traseira de seu ombro.

— Seu pai está lá embaixo, Sr. Bradford,— Jane


explicou quando ela correu em volta da sala, escolhendo
suas roupas. — Ele precisa falar com o senhor.

— Ele pode esperar, — Robert disse quando ele


apertou outro beijo em seu ombro e se aconchegou mais
perto dela.

Ela abriu a boca para sugerir que Jane descesse e


dissesse ao seu novo sogro que eles precisavam de mais
alguns minutos, quando o próprio homem veio entrando no
quarto com seu pai logo atrás dele.

— Não, eu não posso, — o pai de Robert anunciou


quando ele parou na frente da cama. Com um gesto de
impaciência, ele enviou Jane lutando do quarto e fazendo-a
desejar que ela pudesse seguir.

— Precisamos conversar, — disse seu pai, olhando


decididamente descontente ao encontrar Robert em sua
cama.

— E minha esposa precisa de seu sono, — Robert


revidou sonolento quando ele sentou-se, certificando-se
que ela permanecesse coberta quando ele fez. — Dê-me
dez minutos e eu vou encontrá-lo em seu estúdio para
discutir o assunto.

Seu pai teimosamente balançou a cabeça.

— Podemos discutir o assunto aqui.

— Elizabeth ainda está se recuperando, — disse


Robert argumentando, apontando para os homens saírem
quando seu pai disse, — E isso é exatamente o que vai
salvar vocês dois.

— Salvar-nos?— Elizabeth repetiu, franzindo a testa


em confusão quando ela sentou-se, com cuidado para
manter as cobertas puxadas até o pescoço.

— Do que exatamente? — Perguntou Robert,


inclinando-se para a frente e preguiçosamente descansando
os braços sobre os joelhos virados para cima.

— Um do outro,— Harold explicou quando seu pai se


certificou que a porta estava suficientemente fechada.

— Eu não entendo, — Elizabeth viu-se murmurando


distraidamente, enquanto observava seu pai andar ao
redor, abrir a porta e espreitar para o corredor antes de
fechar a porta, trancando-a e retornando para a frente da
cama, onde ele compartilhou uma olhar com o pai de
Robert.
— Ah, eu tenho uma boa ideia, — disse Robert
friamente quando olhou para os homens mudando
nervosamente na frente deles.

— É para o melhor, — disse o pai dela, dando-lhe um


sorriso tranquilizador que colocou seus nervos correndo.

— O que é para o melhor? — Ela perguntou, olhando


entre os dois homens na frente dela, mas foi Robert quem
respondeu a sua pergunta.

— Eles querem anular o casamento, — ele disse


calmamente, seu tom vazio de qualquer emoção, quando
virou a cabeça para olhar para ela.

Por um momento, ela só podia sentar-se lá quando


lutou para envolver sua mente em torno do que ele acabara
de dizer. Anular? Isso não era possível. Ele tinha levado sua
inocência e eles tinham perdido um filho. Ela não sabia
muito sobre anulações, porque era um daqueles assuntos
que só era mencionado em sussurros, mas sabia o
suficiente para saber que não se classificava para a
anulação. O casamento foi consumado. Não importava se
tivesse sido feito antes de tomaram seus votos, ela não era
mais virgem. Graças à fofoca se espalhando por todos os
lares em Londres, todo mundo sabia as circunstâncias de
seu casamento apressado.

Seu pai, por outro lado, via as coisas um pouco


diferente do que ela fez.
— Você esteve doente desde sua noite de núpcias e
não foi capaz de deixar a sua cama. Os servos estiveram
dentro e fora da sala em todas as horas da noite e sabem
que você dormiu sozinha. A fofoca de sua doença se
espalhou e muitos outros sabem que você esteve
mortalmente doente.

Com isso ela franziu a testa.

— Eu não tenho estado mortalmente doente. —


Deprimida? Fraca? Cansada? Sim, mas ela nunca tinha
estado perto da morte.

Seu pai descartou isso como se fosse de pouca


importância.

— A única coisa que importa é que você não teve uma


noite de núpcias, minha querida. Nós dois chamamos
alguns favores e podemos ter o casamento anulado em
apenas algumas horas e seu noivado com James
anunciado, no final do dia.

Robert não disse nada enquanto ele continuava a


observá-la, mas ela o conhecia bem o suficiente para saber
que ele estava furioso. Todos os músculos de seus braços e
peito estavam flexionados como se estivesse lutando com a
vontade de estrangular alguém, seus lábios estavam
pressionados em uma linha fina e se isso não entregasse
seu estado de espírito, a forma como ele olhava para ela
certamente o fez. Foi então que ela percebeu que ele
estava esperando por sua resposta, mas ela não tinha
muito de uma que não fosse confusão.

— Por que exatamente vocês assumem que eu queira


casar com James ou que ele iria querer se casar comigo
para esse assunto? — ela perguntou, concentrando sua
atenção sobre os homens que estavam na frente deles.

Seu pai soltou um suspiro pesado enquanto ele se


concentrava sobre ela, seu sorriso parecendo mais
estressados a cada minuto.

— Eu não quero vê-la machucada, Elizabeth. Eu não...

— Eu nunca iria machucá-la, — disse Robert


firmemente ao seu lado.

— Não de propósito, meu rapaz, — disse ele,


balançando a cabeça levemente enquanto continuava. — Eu
não quero ver nenhum de vocês ferido. Eu entendo o que
aconteceu. Eu entendo, mas você tem que concordar que
um casamento entre vocês dois não é uma decisão sábia.
Dada a sua história, não levaria muito tempo antes que
vocês dois estejam na garganta um do outro e fazendo a
vida um do outro um inferno, — disse o pai dela, levando-a
de surpresa quando amaldiçoou na frente dela pela
primeira vez em sua vida.

Antes que ela ou Robert pudessem argumentar, o pai


dele assumiu.
— Eu já falei com o James. Ele entende que as coisas
entre vocês dois simplesmente se empolgaram. Ele está
disposto a se casar com você o mais rápido possível e fazer
as coisas certas.

— Sério? Ele está disposto a se casar com uma mulher


sem uma libra para o nome dela depois que ela saiu da
cama de seu irmão? — Robert descreveu preguiçosamente,
mas ela não perdeu a ponta ameaçadora para seu tom de
voz. — Isso não soa como James.

— Sim, bem,— disse o pai dele, limpando a garganta e


olhando visivelmente desconfortável. — Nós tivemos uma
reunião com os advogados ontem à tarde e eles acreditam
que ao anular o casamento e se casar com James que
Elizabeth vai cumprir as condições do testamento e a
herança será mais uma vez sua.

Ela teria sua herança de volta, ela pensou quando


alívio disparou através dela. Todos os seus planos para o
futuro seriam salvos. Ela poderia ajudar tantas pessoas. Ela
iria... Nunca estaria com Robert novamente, ela
abruptamente percebeu um momento depois.

Ela nunca iria adormecer em seus braços novamente.


Nunca desfrutaria livremente de um de seus sorrisos de
novo e isso não era algo que estava disposta a desistir. Ela
amava seu sorriso, adorava ser a causa disso e não queria
abrir mão disso por nada.
Além disso, James provavelmente se recusaria a
permitir que ela abrisse mesmo uma escola com sua
herança, ela disse a si mesma, desesperada por uma
desculpa para recusar este plano sem odiar-se por ser
totalmente egoísta. Um dia, iria fazer de seus sonhos uma
realidade, mas ela não queria fazer isso como a esposa de
James.

— Vai causar um escândalo, — disse Robert,


chamando sua atenção de volta para os homens que
pareciam quase ansiosos neste momento.

— O título e a reputação de James serão capaz de


proteger contra isso, — explicou o pai dele com um sorriso
satisfeito.

— E eu? — Perguntou Robert, mudando um pouco


para que sua perna nua estivesse tocando as dela por baixo
da segurança dos cobertores e dando-lhe o apoio que ela
precisava desesperadamente.

O pai de Robert limpou a garganta, de repente,


parecendo desconfortável quando o seu sorriso tornou-se
forçado.

— Nós pensamos que talvez você fosse sair da cidade


e dar as fofocas uma chance de morrer.

— Eu vejo, — disse Robert murmurando, parecendo


pensativo.
— Percebemos que esta situação não é ideal e que é
injusto colocá-lo em tal situação, Robert,— o pai dela se
apressou a explicar. — É por isso que seu pai e eu
acreditamos que você merece uma compensação para o
seu problema.

— E de quanto é? — perguntou Robert, expressando a


curiosidade dela.

— Quarenta mil libras.


Capítulo Vinte e Oito
— Eu gostaria de alguns minutos para discutir o
assunto com Elizabeth,— Robert disse atordoado um
momento depois quando ele fez o seu melhor para não
pegar Elizabeth nos braços e correr desta casa e desta
conversa, de modo que não tivesse que enfrentar o fato de
que estava prestes a perder a mulher que amava para o
seu irmão.

— Eu não acho que é sábio, — disse Lord Norwood


depois de uma pequena pausa.

— Apenas alguns minutos, Papa, — disse Elizabeth,


fazendo de cada músculo em seu corpo tenso.

Apenas alguns minutos...

Isso é tudo que ia levar para rasgar seu coração para


fora do peito.

— Muito bem, — disse Lord Norwood rigidamente. —


Estaremos esperando em meu escritório.

Robert acenou com a cabeça, mas não falou, com


muito medo que ele dissesse algo que iria se arrepender
mais tarde. Ele adoraria nada mais do que gritar com o
homem, mas não iria, nem em um milhão de anos.
Elizabeth nunca iria perdoá-lo, e embora estivesse fazendo
seu melhor e resignar-se ao fato de que ele estava prestes
a perdê-la e provavelmente nunca a ver novamente, não
queria que sua última lembrança dele fosse ele insultando
seu pai.

Quando a porta se fechou com um clique suave, ele


abriu a boca para falar, mas percebeu que não sabia o que
dizer. Como ele deveria competir com James? Ele era mais
velho, tinha um título e uma reputação respeitável. Ele
também seria capaz de dar-lhe a vida que ela merecia, que
era dela por direito. Ficar com ele só a arrastaria para
baixo, e ele a amava muito para fazer isso com ela.

Se ela quisesse salvar a si mesma ao se casar com


James, então ele permitiria isso. Ele iria assinar os
documentos necessários para acabar com seu casamento e,
em seguida, iria embora. Ele daria a ela as quarenta mil
libras e seria feito com isso. Ele não queria o dinheiro, não
precisava de um lembrete constante do que ele tinha
perdido. Ele faria...

— Por que você está tirando a sua camisola? — ele


perguntou incapaz de esconder sua confusão até mesmo
quando fez o seu melhor para não olhar para baixo e não
conseguiu.... Cerca de cinco ou seis vezes.

— Temos apenas alguns minutos, — pensou ela, mas


não tinha certeza, desde que toda a sua atenção estava em
seus belos seios que saltaram ligeiramente quando ela se
inclinou para o lado da cama e puxou a corda de seda pela
cama.
— Huh? — Ele murmurou, lutando para se concentrar
enquanto seus seios iam em frente e saltavam novamente
quando ela empurrou as capas de seu colo, revelando uma
ereção bastante dolorosa.

— Perfeito, — ela suspirou quando ela jogou a perna


por cima dele e montou seu colo.

— O que é perfeito? — ele perguntou distraidamente,


sibilando segundos mais tarde, quando a ponta do seu
pênis roçou sua fenda molhada.

Em vez de lhe responder, ela colocou uma mão em


seu ombro e, com a outra mão, ela estendeu a mão entre
eles e agarrou a sua ereção. Ele abriu a boca mais uma vez
para perguntar o que ela estava fazendo, mas suas
palavras lhe escaparam em um gemido estrangulado
quando ela esfregou a cabeça de seu pênis entre os lábios
de seu sexo.

Elizabeth lançou um gemido frustrado quando ela


moveu seu pênis contra ela mais uma vez. Quando ela
mexeu, roçando a ponta contra o seu núcleo, ele foi forçado
a agarrar seus quadris e a manter imóvel para que ele
pudesse se concentrar.

— Elizabeth,...

— Você vai me ajudar ou não?— Ela perguntou,


fazendo o seu melhor para tentar escapar de seu domínio.
— Ajudar com o quê? — Ele perguntou, resistindo à
vontade de fechar os olhos e lamber os lábios.

— Colocar essa coisa dentro de mim, — ela retrucou,


soando frustrada e tão bonitinha que não podia deixar de
sorrir até que suas palavras registraram em sua mente.

— O quê?

Ela soltou um suspiro irritado, enquanto ela


continuava a mexer, testando sua paciência e fazendo seu
ansioso pênis saltar.

— Olha, Robert, — disse ela, fazendo uma pausa para


mordiscar o lábio inferior enquanto ela se movia em seu
colo, — temos apenas alguns minutos para fazer isso, se
nós estamos indo salvar esse casamento, então eu
realmente aprecio um pouco de ajuda aqui.

— Você quer salvar o nosso casamento? — ele


perguntou, atordoado o bastante para apertar o controle
sobre seus quadris para parar seus movimentos
enlouquecedores e se concentrar no que ela estava
dizendo.

Ela deixou escapar um suspiro quando ela soltou o


aperto que ela tinha em seu pênis e colocou os braços ao
redor de seus ombros.

— Você realmente não achou que iria se livrar de mim


tão facilmente, agora não é? — Ela perguntou com um
sorriso doce quando ela se inclinou para frente e levemente
roçou os lábios contra os dele.

— Eu não posso dar-lhe as coisas que James pode lhe


dar, — ele se sentiu obrigado a apontar.

— E ele não pode me dar as coisas que você pode.


Então, se você não se importa eu realmente gostaria de
consumar o casamento e acabar com a questão, — disse
ela, puxando para trás apenas o suficiente para que ele
pudesse vê-la sorrir enquanto ela provocativamente mexia
em seu colo novamente.

Levou toda a força que ele tinha para que ele ficasse
quieto.

— Tem certeza? — Ele perguntou, de forma egoísta


não discutindo com ela ou apontando como muito melhor
que ela estaria com James desde que ele era um bastardo
egoísta.

— Sim, — ela disse, inclinando-se para beijá-lo


novamente, mas ele tinha outros planos.

Ela engoliu o suspiro de surpresa quando ele apertou


seus braços nos quadris e deslocou-se para rolar por suas
costas. Antes que as costas batessem no colchão macio, ele
estava dentro dela.

— Você me faz sentir tão bem, Atrevida,— ele gemeu,


puxando para trás rapidamente apenas deslizando
lentamente, apreciando a forma como a sua bainha revestia
cada centímetro dele ao longo do caminho.

— Não pare, — disse ela, se esticando e fechando as


mãos em seus cabelos e puxando-o para baixo para um
beijo.

Ele estava disposto quando ele estendeu a mão e


segurou a parte de trás do joelho dela e puxou a perna
para cima, abrindo-a mais ampla permitindo assim que ele
afundasse ainda mais dentro dela. Era o paraíso.

Foi um inferno.

— Temos que parar, — disse ele, lutando para sair,


mas parecia que ele não tinha mais controle de seu corpo.

— Não me faça te matar! — Elizabeth grunhiu contra


seus lábios, fazendo-o gemer, mesmo enquanto ele gemia
de frustração.

— Se nós não pararmos agora, os servos virão até


nós, — disse ele, na verdade não se importando se fosse
pego fazendo sexo, mas ele não queria embaraçar sua
esposa ou arriscar qualquer outra pessoa vendo o corpo
bonito que foi feito apenas para os olhos dele.

— Bom, — disse ela, surpreendendo-o.

— Bom? — ele perguntou, inclinando-se para beijá-la,


simplesmente porque ele não se conteve.
— Porque eu pretendo mantê-lo, — disse Elizabeth
contra os lábios dele, levando-o de surpresa.

— Tem certeza? — Ele perguntou, decidindo mais uma


vez a não discutir com ela desde que ele não era um idiota.
Realmente não havia necessidade de lembrar-lhe que
James era, provavelmente, a melhor escolha. Ela
descobriria eventualmente e no momento em que ela
fizesse, seria tarde demais.

— Sim, — ela sussurrou, ofegando duro quando ela


enrolou as pernas em volta dele e arqueou as costas para
levá-lo mais profundo.

— Eu nunca vou deixar você ir, Atrevida,— ele jurou


contra seus lábios quando ele passou os braços em volta
dela e puxou-a com força contra ele.

— Bom.

— Você precisa de ajuda para se vestir, minha – Oh,


meu Deus! — Ele ouviu um grito da empregada segundos
antes que a porta se fechasse.

— Eu acho que você está preso comigo, Sr. Bradford,


— disse Elizabeth, sorrindo contra os lábios e lhe dando
outra escolha senão sorrir de volta.

— Eu acho que eu estou, Sra. Bradford, — disse ele,


rindo, quando ele ouviu o barulho no corredor, garantindo
que ninguém nunca ia ser capaz de levá-la para longe dele.
Capítulo Vinte e Nove
— Seu irmão saiu de novo.

— Eu não sabia que ele tinha voltado, — Robert


murmurou distraidamente, apenas poupando a sua mãe um
olhar quando ele continuou a andar pelo hall de entrada.

— Ele voltou ontem à tarde depois que seu pai


mandou chamá-lo, — explicou sua mãe com mau humor
quando ela desistiu da esperança de que ele parasse de
andar e se sentou na cadeira ao lado da sala de café da
manhã.

— Ele veio imediatamente? — ele perguntou, lançando


outro olhar para o hall do fundo.

Sem dúvida, seu irmão tinha sido capaz de chegar tão


rapidamente porque ele tinha ficado com sua amante, mas
ele não se incomodou em apontar isso para sua mãe, uma
vez que, provavelmente, iria ganhar um olhar e uma
palestra totalmente nova.

— Sim, — a mãe disse quando ela alisou a saia, —


você sabia que ele estava ansioso para se casar com
Elizabeth.

— E ter a fortuna dela,— Robert apontou, se


perguntando por que estava demorando tanto para o
cozinheiro fazer o chá de hortelã que tinha prometido que
iria melhorar o estômago de sua esposa.

— É como as coisas são feitas, — disse ela com um


suspiro resignado.

— As coisas mudam, — disse ele, olhando para o


relógio ao lado da porta, antes de voltar sua atenção para o
hall do fundo. Se eles não tivessem o chá pronto para ela
em cinco minutos, ele iria lá e faria o próprio maldito chá.

— Teria sido uma combinação segura, — disse sua


mãe, em voz baixa, chamando sua atenção
momentaneamente do corredor.

— Eu nunca a machucaria, — disse ele firmemente,


doente dos pressupostos de merda que ele já tinha ferido
Elizabeth.

— Não de propósito, — ela cobriu com cuidado, — mas


com sua história, eu duvido que vai demorar muito, antes
que vocês dois estejam na garganta um do outro.

— Estamos indo muito bem, — ele disse calmamente,


atirando outro olhar para o relógio.

Eles estavam se dando mais do que bem. Depois que


eles fizeram amor esta manhã para pôr fim a mais alguma
sugestão de que eles deveriam anular o casamento, eles
tinham voltado a dormir nos braços um do outro. Não
muito tempo atrás ele tinha acordado com Elizabeth
montando seu colo, enquanto ela, mais uma vez tentou
montá-lo. Aparentemente, uma vez que sua Atrevida tinha
uma ideia na cabeça dela, ela não desistiria.

Graças a Deus por isso!

Provavelmente tinha sido a coisa mais difícil que ele já


tinha feito em sua vida, mas ele conseguiu forçar-se a ficar
ali e deixar que Elizabeth tivesse sua diversão. Ele amava o
jeito que ela sorria, ria e fazia piada de si mesma quando
ela fazia o seu melhor para descobrir a mecânica de montá-
lo.

Ela o fez sorrir e rir, mesmo quando ele tinha sido


forçado a cruzar os braços atrás da cabeça para se impedir
de agarrá-la e bate-la sobre seu pênis. Deus, ela estava tão
molhada, pingando em seu pênis com fome enquanto se
esfregava nele, desesperado para colocá-lo dentro dela.
Quando ela começou a moer seu monte molhado contra ele
enquanto ela gemia e ofegava seu nome, ele tinha perdido
a batalha e se abaixou e segurou a si mesmo.

Por esse tempo seu pênis tinha sido completamente


revestido em seus sucos. Sua mão deslizou para baixo de
seu comprimento e ele gemeu. Ele se sentiu tão bom, tão
incrivelmente bom. Sua mão se moveu em si próprio como
seus olhos devoraram a visão dela. Observando-a vê-lo
golpear a si mesmo tinha quase o desfeito para que ele
tivesse abrandado, provocando a ambos.
Ele adorava a maneira como seus olhos se tornavam
encapuzados, sua respiração acelerava, seus mamilos
endureciam como se estivessem chegando para ele, mas
nada comparado com a forma que seus quadris começaram
a mudar, como se ela estivesse imaginando seu pênis
dentro dela. Apenas olhando para ela ficar animada foi o
suficiente para ter suas bolas apertarem.

Assim como ele deslizou a mão até a base e segurou-


se oferecendo para que ela fizesse algo que ele nunca tinha
esperado e nunca tinha visto outra mulher fazer antes. Ela
se abaixou e tocou-se entre as pernas dela e lançou um
gemido tão doce que ele honestamente teria sido
surpreendido que não tivesse explodido instantaneamente.

A mão dele começou a se mover novamente, com os


olhos fixos na mão dela enquanto ela massageava
lentamente seu monte. Sua respiração tornou-se ofegante
quando ela explorou a si mesma, seus dedos deslizando
entre sua fenda, brilhando com sua excitação e, quando ela
timidamente deslizou um dedo dentro de si mesma, ele
tinha sido forçado a agarrar seu pênis firmemente para se
impedir de vir.

Por vários minutos de agonia, ele assistiu quando sua


esposa aprendia a dar prazer a si mesma. Sua expressão
tinha sido um prazer misturado com incredulidade e
espanto. Ela tinha sido tão malditamente bela e quando ele
disse isso a ela, ela corou lindamente, mas não parou.
Não, não sua Atrevida.

Ela amava o jeito que ele reagia a ela, gostava a tal


ponto que ela começou a provocá-lo. Ela acariciou o peito
dela com a mão livre, deslizou os dedos lentamente dentro
do núcleo dela e ele perdeu o controle de sua língua. Disse-
lhe em detalhe o quanto ele amava observá-la, o quanto
ele queria chupar os dedos, a lamber limpando-a e transar
com ela. Ele xingou, usou palavras que nenhum homem de
sua classe usaria na frente de sua esposa e não se
importava, especialmente desde que a fez perder o
controle.

Quando ela encontrou o seu momento, ele


simplesmente olhou para ela, amando o jeito que sua pele
corou de emoção, seus seios saltaram, e do jeito que ela
gemia e gemia a cada estocada de seus dedos. No
momento em que ela terminou, ela se viu em suas costas e
seu pênis forçando dentro de sua bainha ainda trêmula.

Ele não durou muito tempo, mas ele a levou com tudo
o que tinha, não segurando até que ela estava gritando seu
nome e ele estava derramando dentro dela. Momentos
depois que ele tinha vindo, ele ainda estava empurrando
lentamente seu pênis amolecendo dentro dela, querendo
nada mais do que levá-la de novo, mas sua Atrevida
parecia que tinha outros planos.

Com um grito de angústia murmurada, ela o


empurrou, bateu com a mão sobre sua boca e correu para
o penico e começou a ficar doente. Sentindo-se como um
bastardo por levá-la logo depois que ela perdeu o bebê, ele
se levantou para ir consolá-la, mas ela não estava tendo
isso. A qualquer momento ele chegou perto o suficiente
para mexer com ela, ela abanava a cabeça e soltava um
gemido lamentável que deixava seu peito doendo.

Ele odiava vê-la assim e queria cuidar dela, mas a


maldita mulher estava sendo teimosa. A única coisa que ela
lhe permitiria fazer era arrumar um banho para ela para
que ela pudesse absorver e descer e perguntar sobre o chá
de hortelã que a cozinheira tinha sugerido que melhoraria
seu estômago.

— Robert? Ouviu alguma coisa que eu disse? — sua


mãe falou em frustração.

— Sim, claro, — ele mentiu, forçando os dedos pelo


cabelo. Onde diabos estava o seu chá?

— Não, você não ouviu, — disse ela, suspirando


baixinho, mas não parecia chateada sobre o assunto.

— Desculpe, — disse ele, atirando-lhe um sorriso


forçado antes de voltar sua atenção para o corredor.

— Eu não quero vê-lo ferido, Robert, — disse sua mãe


quando ela ficou de pé e caminhou em direção a ele, dando
um passo em seu caminho e não dando-lhe nenhuma
escolha a não ser parar de rondar.
— Eu não vou me machucar, — ele murmurou,
deslocando sua atenção além da sua mãe e para a cozinha.

— Eu esperava que um dia você fosse fazer uma boa


combinação, Robert,— ela começou a explicar, mas ele não
estava com disposição para uma palestra esta manhã.

— Esta é uma boa combinação, — disse ele em voz


baixa, dando-lhe um sorriso enquanto ele se inclinava e
dava um beijo na bochecha de sua mãe. — Melhor do que
boa.

— Eu sei que Elizabeth é linda e emocionante, mas


isso não faz dela uma boa combinação, Robert. Estes
sentimentos não vão durar para sempre e quando eles
forem embora você vai ficar com uma mulher que você não
quer, que faz você infeliz e eu não quero isso para você.

— Que sentimentos são esses? — Ele encontrou-se


perguntando, querendo saber se sua mãe percebeu que ele
estava apaixonado por Elizabeth.

Ela limpou a garganta desconfortavelmente enquanto


ela desviou o olhar para longe dele.

— Os homens têm sentimentos por mulheres bonitas,


Robert. Eu posso ser sua mãe, mas eu sei que os homens
muitas vezes permitem que as suas atenções assumam o
controle de suas vidas e eu estou com medo de que foi o
que você fez, Robert. Você se casou com uma mulher que
você odeia, simplesmente porque ela é linda.
— Não foi por isso que me casei com ela, — disse
Robert, tentando tranquilizar a mãe de que tudo ficaria
bem.

— Eu sei que você se casou com ela para fazer a coisa


certa. Isso é como você foi criado e eu não esperaria nada
menos de você, Robert, mas com o bebê fora você pode
corrigir esse erro. Você pode terminar o casamento, antes
que alguém se machuque, — disse ela, seu tom suplicante
quando ela estendeu a mão e pegou as duas mãos dele na
dela.

— Você e eu sabemos que a anulação não é mais uma


opção. Não depois de hoje de manhã. Por agora todo
mundo vai saber que este é um casamento de verdade.

— Seu pai e Lord Norwood cuidaram disso, — disse


sua mãe com força, olhando para qualquer lugar, menos
para ele e não parecendo satisfeita por ter esta conversa
mais do que ele estava.

— E o que exatamente eles cuidaram? — Ele


perguntou, puxando suas mãos longe.

— Eles tiveram certeza de que nenhum dos servos vai


falar, — disse ela, olhando para ele. — Como você pode
ver, ainda há tempo para corrigir isso, Robert.

— Não há nada para corrigir, — disse ele de maneira


uniforme, terminando com essa conversa. — Nós não
estamos recebendo a anulação deste casamento, assim
você pode salvar seus esforços, porque eles não são
queridos.

— Você por favor pode ouvir a razão e...

— Eu a amo, — ele retrucou, percebendo o seu erro só


tarde demais. Ele balançou a cabeça em frustração. —
Esqueça o que eu disse...

— Você a ama? — Ela perguntou, parecendo


atordoada.

— Sim, — disse ele, percebendo que não havia sentido


em mentir sobre isso. As palavras já estavam fora e
conhecendo sua mãe, ela nunca seria capaz de fingir o
contrário.

— De verdade? — Ela perguntou, seus olhos se


estreitando para ele enquanto esperava por uma resposta.

— De verdade, — disse ele, preparando-se para as


lágrimas de alegria e sentimentos piegas que sem dúvida
estavam prestes a seguir.

As mulheres eram criaturas tolas quando se tratava de


declarações de amor, mas pelo menos ele iria ganhar o
apoio de sua mãe, ele percebeu. Ele não tinha planejado
dizer a ela como se sentia, mas era provavelmente o
melhor, colocaria um fim a esta besteira de anulação e ele
poderia se concentrar em assuntos mais importantes, como
os seus investimentos. Fazia vários dias desde que ele tinha
sido capaz de obter qualquer trabalho feito e agora que
Elizabeth estava melhorando podia...

— Maldição! — ele gritou, movendo-se para arrancar a


mão da mulher cruel, mas aparentemente ele não se
moveu rápido o suficiente, porque sua mãe bateu os nós
dos dedos com o leque, de novo.

— Isso é por xingar na frente de sua mãe! — Ela


retrucou, apoiando os punhos em seus quadris quando ela
fez uma careta para ele, fazendo suas atenções para outro
ataque claro se ele saísse de linha.

— E o primeiro?— Ele mordeu fora, esfregando as


costas de sua mão pungente quando ele olhou para baixo,
para sua mãe, mas ele não era estúpido o suficiente para
levantar a voz para ela. Ela ainda estava segurando seu
leque depois de tudo.

— Por mentir para mim!

— Eu nunca menti para você, — disse ele, franzindo a


testa em confusão enquanto pensava sobre a conversa,
perguntando o que ela estava falando.

— Se você acha que você vai me manipular a tomar


seu lado e olhar para o outro lado, enquanto você continua
com esse erro de casamento, então você tem outra coisa
vindo, meu jovem! — Disse ela, apontando aquele maldito
leque, que ele ia ter que roubar, em seu peito enquanto ela
fazia seu ponto.
— Eu não...

— O que está acontecendo?— Seu pai perguntou,


provavelmente salvando-o de uma outra batida no...

— Ai!

— Isso é por tentar mentir para mim de novo! —


Explicou ela, antes que pudesse perguntar.

Ela rapidamente voltou sua atenção para seu pai, que


teve o bom senso de dar o fora do seu caminho quando ela
se virou para explodir do foyer.

— Você corrija isso, — ela virou-se para seu pai com


um olhar que claramente disse que seria um inferno para
pagar se não o fizesse.

— Claro, minha querida,— seu pai murmurou


obedientemente enquanto observava sua mulher sair.

— Aonde você vai? — Perguntou Robert, vendo


quando seu pai praticamente correu para as portas
segundos mais tarde.

— Para o meu clube onde é seguro, — disse seu pai,


apenas poupando-lhe um olhar quando ele fazia a sua fuga.

Por um momento, pensou em seguir seu pai,


realmente não se importava que era a coisa covarde a
fazer, mas ele tinha uma esposa doente que precisava
cuidar primeiro. Depois que ele se certificasse de que
Elizabeth estava bem, ele iria considerar escapar deste
hospício até que todo mundo chegasse a seus malditos
sentidos.
Capítulo Trinta

— O que você está fazendo?

Elizabeth mordeu o lábio inferior, quando ela deixou


cair o grampo de cabelo e pegou o pequeno prego que
tinha encontrado deitado no chão perto de onde a jaqueta
de Robert estava presa e começou a colocá-lo no buraco da
fechadura, sem se importar que o dono do baú agora
estava de pé sobre ela, parecendo divertido.

— Roubando seu baú, — disse ela, mesmo que ela


sentisse que deveria ser mais do que óbvio o que ela
estava fazendo.

— Você fez isso muitas vezes? — perguntou Robert,


colocando a xícara de chá que ele havia prometido a ela
mais de meia hora atrás na pequena mesa para a direita
antes que gentilmente arrancasse o prego da mão dela e
entregasse uma pequena, simples, mas ainda uma
deslumbrante pequena chave.

— Não, — ela admitiu, — mas eu decidi fazer uma


exceção neste caso.

— Então, você gostou do baú, — ele perguntou,


hesitante, parecendo um pouco nervoso.
— Eu não iria rouba-lo se eu não gostasse, — ela
apontou quando ela deslizou a chave dentro da fechadura e
com um suspiro satisfeito, abriu o baú que tinha decidido
era dela por direito 20 minutos atrás, quando dois lacaios o
tinham levado para o quarto.

Era o baú mais bonito que ela já tinha visto em sua


vida. Ela nunca tinha visto uma peça de mobiliário que
ficaria feliz em matar antes. O baú foi feito a partir da
melhor madeira, tinha sido polido à perfeição. Tiras de
metal pretas alinharam as bordas e cantos perfeitamente,
fazendo parecer como se o metal e a madeira fossem um
em vez de construídos juntos. O desenho na madeira foi
nivelado, destacando-se de uma forma que elogiava o
metal preto para a perfeição.

Ela foi tentada a implorar a seu pai para lhe comprar


um jogo de quarto de correspondência, algo que ela nunca
teria feito antes, mas ela não podia. Não só o pai tentaria
usar o seu pedido contra ela para manipulá-la a acabar com
seu casamento com Robert, mas ela também iria insultar o
orgulho de seu marido se ela fizesse isso. Ele não só tinha a
perdoado por ter mentido para ele sobre o bebê, como se
ofereceu para dar-lhe dinheiro de mesada quando ela não
trouxe nada para o casamento, mas ele também tinha
recusado quarenta mil libras para estar com ela. Bem,
então ela não tinha exatamente dado a ele a chance de
recusar esse dinheiro, mas ele poderia ter dito alguma
coisa.

— É seu, — disse ele, ajoelhando-se ao lado dela.

— Estou feliz que estamos de acordo, — ela


murmurou, distraída quando ela levantou a tampa e olhou
para dentro, surpresa ao ver o que parecia ser duas portas,
na parte superior, atuando como uma outra capa.

Ele riu quando se esticou passando por ela e abriu as


duas portas, revelando duas seções, a metade da esquerda
tinha uma pequena bandeja de profundidade no topo, com
três pequenas gavetas abaixo dela e a metade da direita do
baú foi alinhada com o que parecia ser seda rosa claro
sobre o fundo de três lados.

— Isto é para seus chinelos, — ele explicou quando ele


passou o braço em volta da cintura dela e apontou para a
bandeja no topo, — e essas gavetas são para as suas fitas
de cabelo, lenços, livros, tudo o que você deseja colocar
dentro delas.

— Isto é realmente para mim? — ela perguntou,


tocada além das palavras que ele iria comprar-lhe algo tão
bonito.

— Hummhumm, — ele murmurou, pressionando um


beijo no topo de sua cabeça antes que ele continuasse a
explicar o baú. — A seda se certificará de que seus vestidos
não fiquem enroscados na madeira e as portas vão evitar
que elas fiquem pulando ao redor e enrugando quando a
caixa for movida.

— É tão lindo, — ela sussurrou, traçando seus dedos


ao longo do material de seda.

— Você não viu a melhor parte ainda, — disse ele,


parecendo bastante satisfeito quando ele agarrou o divisor
de centro da bandeja e empurrou-o para o lado. Um
pequeno clique lhe chamou a atenção. Ela viu quando todo
o lado esquerdo deslocou para a direita, deslizando sobre o
fundo de seda do lado direito, sem tocá-lo e revelar uma
parte escondida do baú.

— Você pode esconder seu dinheiro, objetos de valor e


qualquer outra coisa que você não quer que seja
encontrada aqui, — ele explicou quando ele, mais uma vez
empurrou o pequeno divisor, mas desta vez para a
esquerda. Com mais um clique suave toda a seção deslizou
de volta no lugar.

— Oh meu Deus, — foi tudo que conseguiu dizer,


porque ela nunca tinha visto nada parecido antes.

— Era para ser o seu presente de aniversário,


Atrevida, mas desde que nós estaremos saindo em um par
de semanas eu pensei que você devia tê-lo agora. Eu
queria estar aqui quando ele foi trazido para o quarto, mas
você não estava se sentindo bem e eu não quero que você
tenha que esperar pelo seu chá, — disse ele, divagando
nervosamente pela primeira vez desde que ela conseguia
se lembrar.

— Você comprou isso para mim? — ela perguntou, não


perdendo a parte em que ele admitiu que tinha planejado
dar isso a ela para seu aniversário. Como ele não tinha
deixado a casa desde que eles tinham casado ou o seu lado
para falar a verdade, ela percebeu que ele tinha comprado
isso para ela antes que ele descobrisse sobre o bebê.

— Não, — disse ele, confundindo-a até que ela se deu


conta de que talvez ele tinha comprado isto para outra
mulher. Se fosse esse o caso, ela não achava que ela
poderia suportar ver um lembrete de que ele queria outra
mulher, não importa o quanto ela amava o baú.

— Isso foi feito para você, Atrevida, — disse ele,


tomando-a de surpresa.

— Foi? — ela perguntou, sentindo-se ridiculamente


feliz que ele faria algo tão maravilhoso para ela quando ele
professou a odiá-la. A fez se perguntar se era possível
que...

— Eu fiz isso para você.

~*~

— Você fez isso? — Perguntou Elizabeth, atirando-lhe


um olhar interrogativo, antes de voltar sua atenção para o
baú.
— Sim, — ele disse com pavor quando Elizabeth olhou
para o baú, tomando seu tempo e estudando tudo mais de
perto.

— Quando você aprendeu a fazer isso? — Perguntou


ela, correndo os dedos sobre a seda.

— Quando eu tinha catorze anos, — disse ele,


expirando lentamente enquanto se sentava no chão e se
inclinava para trás até que suas costas estavam
pressionadas contra o pé da cama.

— Eu não me lembro de você fazendo esse tipo de


coisa quando éramos crianças, — Elizabeth murmurou,
pegando o chá e tomando um pequeno gole, enquanto ela
continuava a examinar o baú.

Ele balançou a cabeça.

— Meus pais nunca me permitiram assumir este


passatempo, — disse ele, sem se preocupar em mencionar
a razão pela qual, uma vez que ambos sabiam.

As mulheres não eram as únicas que eram restringidas


pelas regras da sociedade. Os homens eram também.
Apesar de ser muito pouco provável que ele jamais fosse
herdar o título, ele ainda era o filho de um conde e
esperava-se que se portasse como um. Ele poderia possuir
terras, dirigir uma propriedade, investir e até mesmo se
juntar ao exército se seu pai comprasse-lhe uma comissão,
mas havia coisas que ele não deveria fazer, não importava
como.

Carpintaria era uma delas.

Nenhum homem da sua estirpe deveria trabalhar no


comércio, ser um trabalhador, mas ele adorava. Ele
adorava trabalhar com as mãos. Ele adorava criar algo belo
a partir de uma pilha de madeira e pregos. Mantinha o foco
dele e permitia-lhe se acalmar quando a maioria dos dias
tudo o que ele queria fazer era dirigir o punho através de
algo. Tinha sido a única coisa que o tinha salvado de fazer
algo verdadeiramente tolo quando era uma criança.

— Você vai me dizer? — Ela perguntou, colocando a


xícara de volta na mesa.

Ele balançou a cabeça enquanto olhava para longe.

— Eu não tenho certeza de que você quer ouvir esta


história.

Quando ela segurou delicadamente o rosto dele com


as mãos para puxar a atenção de volta para ela, ele
permitiu.

— Por favor, diga-me, — disse ela, estabelecendo-se


para se ajoelhar ao lado dele no chão, de modo que ela
estava de frente para ele.

Ele não sabia por onde começar, não tinha certeza de


que ele podia compartilhar isso com ela. Sabendo que havia
uma boa chance de que ela iria tentar fugir dele quando
começasse, ele tomou-lhe as mãos e gentilmente puxou-a
para ele. Quando ela estava perto o suficiente, ele a pegou
e colocou-a para que ela estivesse sentada em seu colo.

Uma vez que ela estava confortável, passou os braços


em volta dela, satisfeito quando ela deitou a cabeça no
ombro dele, para que ele não tivesse que olhar para ela
quando ele dissesse a ela o que ela queria ouvir.

— Você transformou minha vida em um inferno, — ele


começou, oco, permitindo-se lembrar o quão ruim a sua
vida tinha sido.

— O quê? — Ela perguntou, movendo-se para se virar


em seus braços, mas ele apertou seu poder sobre ela
apenas o suficiente para impedi-la.

— Eu não posso contar-lhe esta história, Atrevida, se


eu tiver que olhar para você, — explicou ele, suspirando de
alívio quando ela parou de tentar se mover.

Ela recostou-se contra ele e sussurrou,

— Tudo bem.

— Você sabia que os meus pais tinham inicialmente se


recusado a me deixar ir à escola? — ele perguntou,
decidindo que a única maneira que ele ia sobreviver a isto,
era facilitar a ele.
— Não, eu não sabia disso, — respondeu ela em voz
baixa.

Ele mudou de posição contra o encosto da cama,


ficando confortável quando deu um beijo na testa de
Elizabeth, mais para o seu benefício do que o dela. Quando
ela pegou uma de suas mãos na dela e entrelaçou os
dedos, ele sabia que ela entendia.

— Eles estavam com medo de que eu não fosse capaz


de controlar o meu problema e que os outros meninos iriam
descobrir. Eles não queriam que eu fosse humilhado e
pensavam que seria melhor se eu trabalhasse com um
tutor até que superasse o meu problema.

— O que os fez mudar de ideia? — perguntou


Elizabeth, se movendo para que pudesse descansar a
cabeça contra seu peito.

— James, — disse ele com um sorriso, lembrando


como seu irmão mais velho tinha lutado por ele. — Ele
sempre foi tão malditamente protetor para mim.

— Eu me lembro, — Elizabeth murmurou com o que


parecia ser um sorriso.

— Ele não queria que eu perdesse nada ou ser


enjoado por ser mimado pelos nossos pais. Ele trabalhou
com meus pais sempre que podia, até que eles finalmente
tiveram o suficiente e concordaram em permitir que eu
fosse, — disse ele, deixando cair a cabeça para trás contra
o quadro e fechando os olhos ao lembrar-se do dia em que
seus pais lhe disseram que ele poderia ir. Foi um dos
melhores dias da sua vida.

James o tinha levado para pescar para comemorar.


Eles não tinham apanhado uma maldita coisa, mas foi uma
das melhores viagens de pesca que ele já tinha tido antes
ou depois. Seu irmão tinha compartilhado histórias de todo
o mal que ele tinha puxado na escola, dado a Robert dicas
sobre como fugir depois das horas e até mesmo sobre
como esgueirar doces, para que ele não fosse morrer de
fome. Quando eles voltaram para casa de seus pais a
certeza de que a cozinheira tinha feito todos os seus
favoritos e, pela primeira vez em sua vida, eles não tinham
dito uma palavra, quando ele estendeu a mão para mais
comida. Seu pai havia terminado a noite, dando-lhe o
relógio de bolso de seu avô, o mesmo relógio que foi
roubado apenas alguns meses mais tarde por um casal de
rapazes que tinha arrombado seu quarto para encharcar
suas roupas com vinagre.

— Às vezes eu desejo que ele não tivesse sido um


irmão tão bom,— Robert admitiu em um suspiro.

— Não, você não deseja, — disse Elizabeth com uma


risada suave que lhe tinha sorrindo, apesar de seu estado
de espírito.

— Não, eu não desejo, — admitiu ele, porque ele não


mudaria nada sobre seu irmão.
— Após o incidente no parque, — disse ele, decidindo
apenas acabar com isso, — ele se recusou a me ajudar.
Pedi-lhe para me ajudar a convencer os meus pais a
deixar-me ficar em casa, mas ele não se moveu. Ele estava
convencido de que, se eu os deixasse me empurrar, que
nunca iria parar. Quando eu fugi, ele veio atrás de mim e
me deu a surra da minha vida. Foi a primeira e última vez
que ele me bateu.

— Quando meus pais perceberam quão miserável eu


estava, eles começaram a reconsiderar enviar-me, mas
James não queria. Ele me arrastou para a escola e fez
muita questão que eu ficasse. Ele me disse que tudo ficaria
bem, que as coisas não eram tão ruins, mas ele estava
errado.

— Nenhum dos meus amigos queria ter nada a ver


comigo, o que me deixou sozinho. Não era um bom lugar
para se estar em uma escola cheia de meninos mimados
que não têm nada melhor para fazer do que fazer um ao
outro infeliz. Todos os dias por cerca de dois anos fui
surrado, meus livros foram roubados, meu trabalho da
escola estragado, o meu quarto saqueado e embebido em
vinagre. Eles fizeram um jogo de fazer da minha vida um
inferno.

— Robert, eu...
Mas ele não lhe deu a chance de pedir desculpas. Essa
não foi a razão pela qual ele estava dizendo a ela essa
história, ele percebeu.

— Quando eu tinha quatorze anos, eu tive o suficiente


e comecei a lutar de volta. Eu não era muito um lutador,
mas eu estava com raiva, tão malditamente irritado o
tempo todo que o meu temperamento logo se tornou
imprevisível. Um dia eles me empurraram muito longe e eu
bati, bati muito. Eu enlouqueci no meio da aula e joguei
uma mesa através de uma janela.

— O que aconteceu em seguida?

O diretor tinha batido nele a uma polegada de sua


vida, mas ele não ia contar a sua esposa isso. Então, ao
invés disso ele lhe disse a única parte que importava para
ele.

— Foi-me dada uma escolha pelo meu instrutor,


consertar a mesa ou arrumar minhas malas. Na verdade,
eu fiz minhas malas e estava pronto para sair quando eu
encontrei o presente de despedida que os outros meninos
tinham colocado na minha bolsa.

— O que foi? — Perguntou Elizabeth, sua voz quase


um sussurro.

— Um limão, — Robert disse simplesmente, lembrando


a raiva que ele sentiu malditamente perto de ceder no
momento em que ele encontrou o fruto enfiado em sua
bolsa.

Ele queria rasgar a escola à parte, para bater o inferno


fora de todo menino que o tinha insultado, para tornar sua
vida um inferno do jeito que tinham feito para ele, mas ele
não podia fazer isso se ele os deixasse ganhar, ele
percebeu.

— Eu decidi não deixá-los ganhar. Eu não ia deixá-los


me empurrar, porque eu percebi que James estava certo.
Toda manhã, antes da aula e todas as noites depois da aula
eu caminhava até a vila e trabalhava com John, que era o
carpinteiro da cidade, para consertar a mesa que eu tinha
destruído. Quando se tornou evidente que a mesa estava
além do reparo, ele me ensinou como fazer uma a partir do
zero.

— Eu não achava que iria gostar, mas eu gostei. Eu


adorei. Muito tempo depois que a mesa foi feita, eu ficava
aparecendo e ele nunca me disse para sair. Manteve-me
focado e provavelmente me mantinha fora de um monte de
problemas. Eu ainda me envolvia em brigas, mas não
tantas e sempre que John ouvia que eu tinha estado em
uma briga ele me fazia trabalhar até que eu mal
conseguisse andar de volta para a escola. Ele ajudou a me
manter na linha e me deu algo para olhar para a frente a
cada dia.
— Parece que ele era um bom homem, — disse
Elizabeth ao redor de uma pequena fungada.

— Ele era,— Robert concordou, pressionando um beijo


no topo de sua cabeça.

Ele a segurou em seus braços por um longo tempo.


Quando o fogo começou a morrer e ela não tinha dito nada,
ele percebeu que ela devia ter caído no sono em seus
braços. Cuidadosamente, ele ajustou-a nos braços e a
pegou. Ele a levou para a cama e delicadamente a deitou.
Antes que conseguisse se levantar, ela agarrou sua mão e
deu-lhe um puxão suave.

Nada para discutir com sua esposa, ele subiu na cama


com ela e se enrolou por trás quando se moveu para o lado
dela, ele passou o braço em volta e puxou-a com força
contra ele.

— Eu sinto muito, Robert, pelo que eu fiz para você, —


disse ela, levando-o de surpresa quando disse as palavras
que ele estava esperando a metade de sua vida para ouvir.
Mas em vez de gritar com ela ou esfregar seu pedido de
desculpas em seu rosto como sempre imaginou que iria
neste momento, ele deu um beijo na parte de trás do seu
pescoço e disse as palavras que iriam deixar os dois livres.

— Eu sinto muito também, Atrevida.


Capítulo Trinta e Um
Porto de Boston

7 semanas mais tarde...

— Ah, Robert?

— Shhhh, não enquanto eu estou rezando, — disse


ele, momentaneamente perdendo o seu lugar antes de
começar de novo, — obrigado por nos deixar sobreviver a
essa viagem do inferno. Obrigado por ignorar minhas
orações para uma morte rápida quando eu não achava que
eu seria capaz de sobreviver a mais um dia de fome, —
disse ele, fazendo-a revirar os olhos em aborrecimento.

— Você recebeu três refeições completas por dia como


todos os outros, — ela apontou, sem se preocupar em
mencionar o fato de que, na maioria dos dias, ele recebeu
segundas opções. Ela se sentou em um banco perto de sua
bagagem, imaginando quanto tempo ele iria continuar
assim.

— Eu sinto muito por toda maldição que minha esposa


me obrigou a fazer enquanto eu estava no barco, — ele
continuou, ignorando-a, mesmo quando a divertia. — Como
vocês sabem, ela tem sido uma má influência sobre mim.
Obrigado por me puxar da quase morte e de alguma forma
me dar forças para sobreviver.

— Perto da morte? — ela perguntou, franzindo a testa.


— Quando você esteve perto da morte?

— Quando eu estive perto da morte? — ele perguntou,


atordoado com incredulidade quando abriu os olhos para
que pudesse olhar para ela. — Como você pode esquecer
todos aqueles momentos em que eu mal conseguia me
mover? Quando eu lutava para encontrar a vontade de
viver, para que eu não fosse deixá-la uma jovem viúva?
Será que a minha luta pela sobrevivência não significou
nada para você? — Ele exigiu em indignação, aterrorizando
as pessoas que foram forçadas a passar por ele para chegar
ao cais e fazendo-a naufragar em seu cérebro enquanto
lutava para descobrir o que ele estava falando.

— Você quer dizer aqueles poucos momentos em que


você tinha um toque de enjoo? — ela perguntou, incapaz
de pensar em qualquer outra coisa que ele poderia estar
falando uma vez que tinha sido o retrato da saúde durante
a maior parte da viagem.

— Um toque? — Ele repetiu, incrédulo. — Eu quase


morri!

— Porque você foi forçado a faltar o café da manhã


algumas vezes, — ela perguntou, tentando o seu melhor
para não rir ou sorrir, mas ele parecia tão adorável assim
que ela reconhecidamente não colocou muita luta.

— Foi o inferno! Inferno puro! — Ele estalou, chocando


várias das mulheres que tentavam apressadamente passar
por ele.

— Tente ter enjoo, todas as manhãs e à noite, — disse


ela secamente, enquanto se levantou e fez um gesto para
vários estivadores para ajudá-los com sua bagagem.

— Isso faz o meu calvário pior! — Disse ele, chegando


a seus pés para que pudesse oferecer-lhe o braço. — Eu
precisava de minha força para que eu pudesse atender a
você e mantê-la viva.

— O chá de hortelã fez isso, — disse ela com um


encolher de ombros.

Seu suspiro de indignação era simplesmente muito


adorável.

— Sua pirralha ingrata! Depois de tudo que eu fiz para


garantir a sua sobrevivência e é assim que você me paga?
Com sua zombaria?

Ela abriu a boca para provocá-lo quando o lembrete de


que ela não tinha tido a chance de ter o seu chá de hortelã
esta manhã a atingiu com a força de um aríete.

— Robert? — Foi tudo o que ela tinha a dizer.


— Maldição, — ele retrucou, todo o humor deixando
seu rosto quando a pegou nos braços e levou-a
rapidamente até uma pilha de caixas onde ela teria um
pouco de privacidade.

Assim que ele entrou por trás das grades, ele colocou-
a sobre seus pés e ajudou-a a ajoelhar-se na beira do cais.
Ele segurou seus quadris para que ela não tivesse que se
preocupar com cair na água enquanto ela estava doente
pela primeira vez em uma semana. Quando ela terminou,
ela sentou-se contra Robert, que passou os braços em
torno dela e murmurou carinhos doces enquanto
esperavam a náusea passar.

— Eu estou bem, — disse ela, poucos minutos depois,


um pouco ofegante quando fez o seu melhor para dar-lhe
um sorriso tranquilizador quando ambos sabiam que ela
não estava.

— O inferno que você está, — disse Robert


praticamente rosnando quando ele a ajudou a se levantar.
Assim que ela estava de pé, embora um pouco vacilante,
ele pegou-a nos braços e levou-a de volta para os
estivadores esperando por sua bagagem.

— Eu posso andar, — disse ela, embora não tivesse


certeza de que era verdade.

— Você não está andando.


— As pessoas estão olhando, — ela apontou em
silêncio, envergonhada por toda a atenção.

— Então deixe que olhem. Você não está andando! —


Ele retrucou, parecendo irritado, mas ela sabia que ele não
estava bravo com ela.

Robert tinha pavor de que houvesse algo seriamente


errado com ela. Ela tinha estado doente durante a maior
parte da viagem, às vezes muito doente para sair da cama.
Quando ela não estava doente, estava exausta, dormindo a
maior parte da manhã e adormecendo à noite antes que o
sol ainda tivesse a chance de se por. O médico do navio
não tinha ajudado no assunto quando ele tentou restringi-la
para seu quarto durante a maior parte da viagem.

O médico a examinou várias vezes, a pedido de Robert


e cada vez ele alegou motivos diferentes para a sua
doença. A última sugestão fez Robert jogar o homem para
fora de seu quarto e em sua bunda. Ele ainda não lhe disse
o que o médico disse, mas a forma como ela o pegou
olhando para ela, por vezes, a deixou saber que era ruim.

Sempre que ela perguntou-lhe o que o médico disse,


ele sorria e a tranquilizava de que não era nada. Em
seguida, ele faria qualquer coisa para distraí-la. Eles
andaram no convés do navio, jogavam cartas, liam e
conversavam sobre os velhos tempos, até a hora de ir para
a cama. Então ele iria fazer amor com ela com ternura,
como se estivesse saboreando o seu tempo juntos, o que
só a assustava mais.

— Leve-nos para o melhor hotel,— ele exigiu, logo que


eles estavam a uma distância de falar dos homens que
esperavam por sua bagagem.

— Eu pensei que nós iriamos direto para casa? — ela


perguntou, sentindo-se um pouco desapontada que teria
que esperar mais um dia para ver a sua nova casa, embora
a perspectiva de passar as próximas horas em uma
carruagem realmente não apelava para ela.

— Shhh, Atrevida, está tudo bem, — disse ele,


mudando-a nos braços para que ele pudesse segurá-la para
mais perto. — Tudo vai ficar bem.

~*~

— Bem? O que há de errado com ela? — Robert


perguntou em um sussurro abafado quando ele olhou para
cima de sua mulher dormindo até o médico idoso que
parecia confuso e um pouco divertido.

— Você diz que dois médicos diferentes já a


examinaram nos últimos dois meses?— O médico
perguntou quando ele ajustou a camisola de Elizabeth
puxou as cobertas e a cobriu.

— Sim, — Robert mordeu fora, fazendo o melhor para


manter uma rédea sobre o seu temperamento, mas era
difícil agora, quando ele estava com medo fora de sua
mente que ele fosse perder sua Atrevida.

— Lembre-me o que eles diagnosticaram de novo, —


disse o médico com um sorriso paciente quando se sentou
na beira da cama, ao lado de Elizabeth.

Rezando para que ele pudesse passar por isso sem


agarrar o médico idoso pelos ombros e exigir que ele
consertasse sua esposa, Robert respirou fundo antes de
responder.

— O primeiro médico disse que ela abortou nosso


filho. O segundo médico me disse uma combinação de
coisas. Às vezes, ele disse que estava tudo em sua cabeça,
que ela estava fazendo isso apenas para chamar a atenção.
Em seguida, ele dizia que ela tinha danos no fígado, gripe,
enxaqueca, embora ela nunca reclamou de uma dor de
cabeça e a última vez, — ele começou a dizer quando sua
voz quebrou,— a última vez ele disse que ela
provavelmente tinha câncer.

— Eu vejo, — o médico murmurou, chegando e


puxando as cobertas que ele tinha acabado de ajustar. —
Como é que ele explicou o ganho de peso? — ele
perguntou, colocando a mão sobre a curva ligeira do
estômago de Elizabeth que estava se tornando mais
perceptível a cada dia que passava.
— Ele disse que eram seus excessos para compensar a
sua doença.

— Eu vejo, — disse o médico, seus lábios se


contraindo enquanto gesticulava para o peito de Elizabeth.
— E você tem notado uma diferença aí?

Deus, sim...

Seus seios pareciam estarem maiores e um inferno de


muito mais sensíveis. Ele realmente a fez vir apenas de
lamber seus mamilos na semana passada. Tinha-lhe
excitado tanto que ele tinha... O médico riu, trazendo seu
foco de volta onde deveria estar.

— Vou levar isso como um “sim”, — ele disse quando


ele puxou as cobertas de volta.

— Você sabe o que há de errado com ela? — Ele


perguntou, desesperado por uma resposta, ele realmente
não sabia o que faria sem ela, não queria viver sem sua
Atrevida. Ele...

— Sua esposa está grávida.

...Ia ficar doente.

— O- o quê? — Ele perguntou, tentando entender o


que acabara de ouvir quando sua cabeça começou a girar e
suas pernas pararam de funcionar.

Com uma risada, o médico ajudou-o a sentar-se na


cadeira ao lado da cama. Em seguida, sem dizer uma
palavra, deu aos ombros de Robert um empurrãozinho que
ele tinha inclinado para frente enquanto lutava para levar
na sua próxima respiração.

— Se eu tivesse que adivinhar, eu diria que sua


esposa está próxima de quatro meses, — o médico
calmamente explicou.

Robert balançou a cabeça enquanto ele lutava para


entender o que estava acontecendo.

— Não, — ele disse, forçando-se a respirar, — isso é


impossível. Ela perdeu o bebê há dois meses.

— Eu venho fazendo isso há mais de 50 anos, jovem,


e eu posso dizer sem qualquer dúvida de que sua esposa
está realmente grávida.

— Ela sangrou, — disse Robert, movendo-se para


sentar-se reto, mas uma nova onda de tontura fez cair sua
cabeça de volta onde estava.

— Hummhumm, algumas mulheres fazem isso desde o


início. Isso não significa que ela perdeu o bebê. Será que
ela sangrou desde então?

— Não, — ele disse entorpecido quando ele fez o seu


melhor para envolver sua mente em torno de que o médico
estava dizendo.
— Qual foi a razão que o médico deu pela falta de
sangramento? — perguntou o médico, felizmente dando-lhe
outra coisa para se concentrar.

— Ele disse que levava meses para o ritmo natural de


uma mulher voltar.

O médico lançou um bufo de diversão.

— Essa é a primeira vez.

— Eu deveria leva-la de volta para Londres, — disse


ele, entorpecido, mesmo quando percebeu que não podia
pagar a passagem de volta para os dois.

Bem, isso não era totalmente verdade. Ele podia pagar


bilhetes de passageiros de terceira classe, mas ele não
gostava da ideia de sua esposa sendo forçada a dividir um
quarto com estranhos. Ele também não gostava da ideia de
sua esposa sendo forçada a descansar sobre os berços
rígidos pelas quais as acomodações da terceira classe eram
famosas. Não havia nenhuma maneira no inferno que iria
enviar sua esposa grávida de volta para Londres sozinha.

— Eu não faria isso se eu fosse você, — disse o


médico, mesmo que não tivesse sido uma possibilidade real
para eles. — Ela está obviamente tendo um momento difícil
com esta gravidez. Eu também não recomendaria colocá-la
em um navio onde os passageiros poderão transportar só
Deus sabe que doenças. Não é bom para ela ou o bebê.
— Oh meu Deus, — ele murmurou enquanto pavor se
arrastou até sua espinha quando percebeu que ele tinha
feito exatamente isso.

— Eu não me preocuparia muito sobre ela estar


doente, — disse o médico, obviamente lendo sua mente. —
Ela parece muito saudável para mim, apenas cansada.
Certifique-se de que ela tenha muito descanso.

— Eu vou, — Robert prometeu, virando a cabeça para


que pudesse olhar para a sua Atrevida. — Eu vou cuidar
bem dela.
Capítulo Trinta e Dois

Bridgewater, Massachusetts

— Então, o que você acha?

— O que eu acho?— Elizabeth repetiu entorpecida


quando ela virou-se lentamente, tendo a grande sala
coberta de poeira, teias de aranha, papel de parede
descascando, tábuas maçantes, móveis cobertos e tapetes
em ruínas.

— Eu sei que não é muito, — Robert começou, mas ela


não o deixou ir muito longe antes que ela estivesse se
jogando em seus braços.

— Eu amo isso! — Disse ela, rindo animadamente


enquanto ela colocou os braços em volta do pescoço e
cobriu o rosto dele com beijos.

— Tem certeza? — Ele perguntou, parecendo satisfeito


quando ele passou os braços em torno dela e parou seu
ataque de beijo, pressionando um beijo rápido contra seus
lábios.
— Eu tenho certeza, — disse ela, sorrindo
imensamente quando ela embrulhou suas pernas ao redor
da cintura dele.

— Vai ter um monte de trabalho.

— Eu sei, — disse ela, suspirando de prazer quando


olhou em volta da grande sala de estar, já executando
ideias na cabeça dela.

— Nós vamos ter que fazer a maioria do trabalho nós


mesmos, — explicou ele, dando-lhe um olhar de desculpas.

— Posso estar no comando? — ela perguntou


provocativamente. Ela realmente não se importava de ficar
com as mãos sujas, especialmente se isso significasse que
eles teriam uma casa própria, mas também porque ela
sabia que ele tinha vergonha de que ele não podia pagar
uma casa cheia de servos.

— Sim, Atrevida, — disse ele, dando um beijo rápido


contra seus lábios quando ele se virou e dirigiu-os em torno
da porta aberta que dava para a sala de jantar que
precisava de tanto trabalho, se não mais, como a sala de
estar.

— Eu perguntei a Higgings esta manhã se ele poderia


encontrar-nos uma empregada, — anunciou ele,
surpreendendo-a quando ele caminhou até as janelas que
estavam cobertas de cortinas velhas maltrapilhas que
definitivamente iam ter que ir.
— Podemos nos dar esse luxo? — ela perguntou,
mordiscando o lábio inferior quando a culpa veio mais uma
vez à tona.

Graças a ela, Robert foi obrigado a suportar duas


pessoas extras em uma renda limitada. Se seu pai lhe
tivesse dado um dote, as coisas não seriam tão ruins, mas
ele não tinha. Eles foram deixados completamente
dependentes do dinheiro que Robert tinha levantado com a
venda de todos os seus investimentos antes que tivessem
deixado Londres, e do dinheiro que ele tinha de sobra
depois da compra desta casa e de consertá-la.

Por um momento ela pensou em escrever a seu pai


para pedir ajuda, mas depois se lembrou da manhã quando
eles partiram. Ele implorou para ela não ir, implorou a ela,
ofereceu-lhe qualquer coisa e tudo o que poderia querer e
quando nada disso tinha funcionado, ele gritou com ela. Ele
disse a que se ela partisse que estava sozinha. Ele não iria
ajudá-la.

Os pais de Robert tinham praticamente dito a mesma


coisa quando eles tentaram convencê-lo a não ir. Ele tentou
explicar as coisas, mas eles não quiseram ouvir. Eles não
pareciam perceber o quão infeliz Robert estava morando na
Inglaterra, algo que ela tinha entendido desde aquela noite
no laranjal. Tudo o que viam era o seu filho mais novo
deixando tudo para trás e levando uma mulher com ele que
eles acreditavam que iria destruir sua vida.
Todos na sua família estavam com medo de que o
casamento iria arruinar suas vidas e, não importa o que
eles dissessem ou fizessem, não podiam convencê-los de
outra forma. Então, Robert e Elizabeth tinham parado de
tentar e ao invés fizeram o melhor de suas despedidas. Ela
apertou-lhe o pai com força, beijou o rosto pálido de sua
mãe, abraçou Mary e Anthony e perseguiu seus sobrinhos
para beijos suficientes para durar uma vida. Ela ainda teve
a chance de dizer adeus para Heather.

Infelizmente.

Assim quando eles estavam se preparando para sair,


Heather chegou em casa em uma carruagem extravagante,
a primeira de muitas compras que Heather tinha feito com
sua herança recém-descoberta. Quando ela saiu de sua
carruagem, coberta da cabeça aos pés de seda e joias com
James ao seu lado, Elizabeth percebeu que sua irmã tinha
feito outra grande mudança em sua vida.

Ela casou-se com James.

Aparentemente, o testamento foi mais brando para


Heather. Enquanto ela se casasse com um homem
respeitável, a herança era dela. Não houve pedido de um
título, para Heather permanecer casta antes do casamento,
ou um casamento adequado. James aparentemente tinha
descoberto isto na manhã em que ele esperou no escritório
de seu pai para seu casamento com Robert ser anulado.
Uma vez que ele percebeu que ele só iria pegar a herança
se ele se casasse com Heather, ele fez tudo o que podia
para que isso acontecesse.

Não que ela suspeitava que Heather tivesse colocado


muita luta. James era bonito e intitulado. Casaram-se por
licença especial, e após um curto espaço de lua de mel,
eles decidiram voltar para casa e anunciar a sua boa
notícia, que coincidiu com as despedidas dela e de Robert.
Mesmo que tinha virado seu estômago ver Heather
desfrutar da herança que deveria ter feito algo de bom
neste mundo, ela estava feliz que Robert teve a chance de
dizer adeus a seu irmão.

Infelizmente, James não se sentia da mesma maneira.


Ele passou direto por Robert como se ele não o tivesse
visto ou ouvido falar dele. Ele parou para dar-lhe um breve
abraço e desejar-lhe sorte, mas depois ele estava de volta
ao lado de sua esposa e foi isso. Ver a expressão de dor no
rosto de Robert tinha quase a destruído. Ela tentou chamar
James de volta, mas Robert simplesmente balançou a
cabeça e ajudou-a a entrar na carruagem que os levou para
o navio.

— Sim, Atrevida, — disse ele, dando um beijo na


ponta do nariz quando ele se virou para examinar o resto
da sala, — podemos pagar uma empregada.

— E o bebê? — ela perguntou, expressando os


temores de que tinha tomado raiz assim que Robert lhe
contara a maravilhosa notícia.
— Será, sem dúvida, mimado, — disse ele com um
sorriso enquanto a levava para o que parecia ser a porta da
cozinha, mas uma batida forte da porta da frente os deixou
fazer uma pausa no meio do passo.

Com o cenho franzido, ele cuidadosamente colocou-a


no chão, tomou-lhe a mão e levou-a para a entrada da
frente, onde uma mulher que parecia formidável na casa
dos cinquenta ficou esperando, olhando ao redor do hall de
entrada com um olhar de determinação que realmente a
assustava um pouco. Ela lembrou Elizabeth de sua antiga
babá, a Sra. Mathers, que tinha trabalhado na creche como
um general.

— Posso ajudar?— Robert perguntou quando eles


entraram no pequeno hall de entrada.

— É o Sr. Bradford?— A mulher perguntou, enquanto


olhava os dois.

— Sim, e você é?

— Sra. Brown, sua nova empregada, — ela anunciou


com um aceno de cabeça quando ela se abaixou e pegou a
bolsa que Elizabeth não tinha notado até agora. — Eu
assumo que o meu quarto está fora da cozinha? — ela
perguntou, já caminhando nessa direção.

— Posso perguntar quem te mandou?— Robert


perguntou quando eles se mudaram para seguir atrás da
mulher, que aparentemente tinha decidido que o trabalho
era dela.

— Meu genro, o Sr. Higgings. O salário é menor do


que eu teria gostado, mas acho que ele vai ter que servir,
— disse ela, parando para olhar para as cortinas rasgadas
na sala de jantar e com um aceno de cabeça, ela seguiu
para a cozinha. — Agora, eu não tenho quaisquer
referências, mas vocês realmente não precisam delas.

— Nós não precisamos? — Disse Robert secamente,


parecendo se divertir.

Sra. Brown simplesmente balançou a cabeça enquanto


ela parou dentro da cozinha para que pudesse examinar o
quarto.

— Não, vocês não precisam. A única coisa que vocês


precisam saber é que eu sou trabalhadora, criei dez filhos,
cinco deles da minha irmã. Eu sei como cozinhar, limpar,
administrar uma casa, e eu aposto que minhas habilidades
com as crianças virão a calhar em breve. Contanto que
você me pague o meu salário no tempo, respeite a minha
privacidade, me permitir ter todos os domingos e quartas-
feiras fora e lembre-se de manter suas mãos para si
mesmo, Sr. Bradford, eu acho que nós vamos conviver
muito bem, — ela anunciou, testando uma porta para a
direita e quando abriu, olhou para dentro da sala, acenou
com a cabeça e entrou, fechando a porta atrás de si e
deixando Elizabeth tremendo de um riso incontrolável.
— Será que... Que ela acabou de insinuar que eu acho
que ela fez? — perguntou Robert, parecendo indeciso entre
diversão e horror.

Incapaz de responder, ela foi forçada a estender a


mão e agarrar a mesa ou correr o risco de cair em seu
traseiro.

— Por que você está rindo, Atrevida? Você deveria ir lá


e defender a minha honra, — ele disse com indignação
fingida quando a pegou em seus braços e se dirigiu para a
porta.

— Para onde vamos? — Ela perguntou, quando ela


conseguiu falar novamente.

— Para encontrar um quarto para que você possa


compensar a sua falta de lealdade por mim, — ele disse,
sorrindo aquele sorriso despreocupado que começou a
aparecer, uma vez que tinha deixado Londres.

— Porque eu não iria atacar uma mulher velha por


você? — ela perguntou, tentando não sorrir.

— Sim, — disse ele, sem pausa quando abriu a


primeira porta que se depararam e caminhou para dentro,
chutando a porta fechada atrás deles, quando ele a colocou
em seus pés. Reprimindo um sorriso, ela se afastou dele,
amando o sorriso brincalhão que puxou seus lábios.

— Agora, — ele disse, perseguindo-a após ele


estender a mão e desabotar as calças, — vamos ver se não
podemos encontrar uma maneira de você compensar esta
traição a mim, não é?

~*~

— Fora, — Sra. Brown simplesmente disse, ignorando


seu olhar enquanto ela continuava a apontar para a porta.

— Mas...

Ela balançou a cabeça teimosamente.

— Você foi avisado, Sr. Bradford,— ela disse,


enquanto sua atrevida mostrava a língua para ele do outro
lado da sala e longe do olhar severo da Sra. Brown.

— Mas, ela... — ele disse, começando a apontar para


sua esposa, mas a Sra. Brown não estava escutando.

— Eu lhe disse que você poderia ficar em casa desde


que você não interferisse com o nosso trabalho, — disse ela
com firmeza, ainda apontando para a porta.

— Esta é a minha casa, mulher,— ele mordeu fora,


decidindo que a mulher simplesmente precisava ser
lembrada, mas, aparentemente, ela não dava a mínima
para de quem era a casa, porque ela só ficava apontando
quando disse, — Fora.

Então, ele decidiu tentar uma tática diferente, que não


tinha usado desde que eram crianças.
— Ela começou! — Disse ele em tom de acusação,
enquanto apontava para Elizabeth, que aparentemente
lembrava este pequeno truque, porque ela deixou escapar
um soluço de coração, o mesmo que costumava funcionar
em seus pais e acabar com ele enviado para o seu quarto,
sem pudim.

Finalmente, a mulher maldita deixou cair o braço. Ela


cruzou as mãos na frente dela quando olhou para ele, com
uma expressão severa.

— Sr. Bradford, não era a Sra. Bradford que eu peguei


fixando-o contra a parede e te beijando sem sentido
quando voltei depois de pegar um outro balde de água com
sabão, — disse ela, lembrando-o de sua ofensa e tornando
malditamente difícil não sorrir.

— Eu estava apenas tentando limpar, — disse


Elizabeth em voz baixa, acrescentando uma fungada
patética no final que o tinha reprimindo outro sorriso e os
olhos de Sra. Brown estreitando nele.

— Por que você está do lado dela?— Robert


perguntou, amando o sorriso travesso que sua Atrevida
estava enviando em sua direção. — Ela é a única que
começou! Ela me atacou! — Disse ele, batendo a mão no
peito dele e certificando-se de parecer corretamente ferido.
— Eu estava cuidando da minha vida, levando para baixo o
papel de parede como você tinha pedido quando ela me
agarrou por trás e me maltratou!
Com um pequeno suspiro, Sra. Brown olhou por cima
do ombro em sua Atrevida, que era inteligente o suficiente
para tirar esse sorriso do rosto e deixar o queixo tremer
quando ela fez um show de pegar a escova do balde de
água com sabão e retornar para lavar o chão, adicionando
um pouco de fungada aqui e ali, enquanto trabalhava.

A mulher estava ferrando com ele novamente e


claramente se divertindo, ele percebeu com um sorriso.
Sua Atrevida era maravilhosa, ele pensou com um suspiro
quando ele deu um passo para ir para ela, mas a Sra.
Brown não estava tendo nada disso.

Com esse maldito dedo apontou de volta para a porta,


ela disse,

— Fora.

Sabendo que a mulher provavelmente não iria sair da


sala novamente para que ele pudesse ter uma chance de
beijar a Atrevida, decidiu que talvez fosse melhor a ir para
o celeiro e montar sua loja.

— Tudo bem, eu vou, — disse ele, dirigindo-se para a


porta, parando apenas o tempo suficiente para enviar a sua
Atrevida uma piscadela, — mas você vai pagar por isso
mais tarde.
Capítulo Trinta e Três

— Não se vire.

Elizabeth teve que morder o lábio para não rir quando


ela ergueu os olhos da costura para compartilhar um olhar
compreensivo com a Sra. Brown, que estava sentado no
sofá em frente a ela, e parecendo bastante divertida com a
mais recente tentativa de Robert para roubar um beijo
embaixo do nariz da Sra. Brown.

— Vá embora, — ela sussurrou de volta, amando esse


lado lúdico de seu marido.

Houve uma pequena pausa antes de Robert sussurrar


de volta,

— Eu tenho algo para você.

Ela só apostava que ele tinha.

— Estou ocupada, — ela sussurrou de volta, sem se


preocupar em virar-se ou olhar pela janela uma vez que ela
já sabia que Robert estava ajoelhado debaixo da janela e
fora da vista.

Era a mesma forma que ele costumava atormentá-la


quando eram crianças e ela estava presa dentro de casa
para completar seus estudos. Ele se esconderia debaixo da
janela aberta, provocando e brincando com ela até que ela
finalmente tinha o suficiente e dizia alguma desculpa para
que pudesse sair e bater os ouvidos do pequeno animal.
Não que ela nunca iria admitir isso para ele, mas ela
secretamente adorava quando ele interrompia suas aulas.
Deu-lhe algo para olhar para frente todos os dias.

— Encontre-me fora em cinco minutos, Atrevida.

— Não, — ela disse, se divertindo muito para ceder


tão facilmente.

Além disso, os beijos eram sempre muito melhores


quando ela o fazia trabalhar por eles. Havia apenas algo
sobre provocar e atormentar seu marido que trouxe um
sorriso ao seu rosto. Todos os dias, Robert encontrava uma
maneira de esgueirar-se para dentro da casa para roubar
um beijo, fazendo o seu melhor para entrar e sair de casa
sem Sra. Brown descobrir.

Não que Sra. Brown realmente se importava com o


que os dois faziam. Ela achou a coisa toda divertida e
parecia gostar de atormentar Robert quase tanto como ela
gostava. Ela também duvidou que Robert jamais fosse
permitir que alguém o impedisse de roubar um beijo e
estava fazendo tudo que podia para provocar um sorriso
dela quando a maioria dos dias, ela mal tinha energia para
fazer muito mais do que enrolar-se na cama e ler.
Ela tinha apenas cinco meses de gravidez, mas ela se
sentia como se tivesse estado grávida para sempre. Seu
apetite era quase tão grande quanto o do marido, o que
realmente a assustava. Ela também se encontrou dormindo
durante a maior parte do dia, tendo muito pouca energia
para ser de muita ajuda. Se não tivesse sido pela Sra.
Brown, a casa ainda iria parece que estava se deteriorando,
os jardins ainda estariam cheios de ervas daninhas e
duvidava que houvesse algo para comer desde Elizabeth
geralmente adormecia no meio de fazer os biscoitos.

Na verdade, ela estava apavorada. Entre os primeiros


médicos com maus diagnósticos dela, o apetite e a
exaustão intensa que não podia se livrar, ela não sabia o
que pensar ou esperar desta gravidez. Todos os dias ela
temia que não estivesse dando ao bebê comida suficiente,
descansando o suficiente, ou uma centena de outras coisas
que poderiam prejudicar o bebê, e todos os dias Robert
fazia tudo o que podia para fazê-la sorrir.

Ele sabia suas preocupações, havia consolado


bastantes vezes ao longo do mês passado para saber que
ela estava com medo de que estivesse prestes a perder seu
bebê. Ele fez tudo o que podia para consolá-la e
tranquilizá-la de que tudo ficaria bem e quando não podia,
ele a segurava em seus braços enquanto ela chorava seus
olhos fora. Ele era o homem mais doce que ela já
conheceu, e não podia imaginar o que ela tinha feito para
merecer alguém como ele.

— Vamos lá, atrevida, você sabe que você quer, — ele


sussurrou provocando.

— Achei que você estava consertando o telhado dos


Marshall hoje? — Disse ela, lembrando a ele que eram
apenas duas horas da tarde. A fez se perguntar se ele tinha
escapado do trabalho para roubar um beijo dela.

— Eu terminei algumas horas mais cedo, — respondeu


ele, fazendo-a sorrir.

Seu marido era um trabalhador muito duro como todo


mundo na cidade tinha aprendido ao longo do mês
passado. No início eles se recusaram a contratá-lo,
pensando que ele era apenas o segundo filho mimado de
um senhor Inglês procurando uma esmola, mas uma vez
que eles viram alguns de seus trabalhos que estavam
sendo vendidos nas lojas da cidade, eles não conseguiam
contratá-lo rápido o suficiente. Havia vários carpinteiros na
cidade, mas nenhum deles tinha a habilidade que Robert
parecia ter. Sem mencionar que ele trabalhava mais rápido
e mais duro do que a maioria dos homens, pelo menos isso
é tudo o que ela já tinha ouvido, quando foi para a cidade.
Ela não podia evitar, mas se perguntar o seu tamanho ou a
quantidade insana de comida que ele comia todos os dias
tinha algo a ver com isso.
— Bem, eu ainda estou trabalhando no cobertor do
bebê, assim você vai ter que encontrar outra coisa para
fazer, Sr. Bradford,— ela disse em seu altivo sussurro que
ela poderia gerenciar sem rir.

Robert suspirou profundamente. — Então eu acho que


vou pescar sozinho.

— Pescar? — ela repetiu, com interesse, os seus


planos para atormentá-lo esquecido. Ela nunca tinha ido
pescar antes. Era uma daquelas coisas que sempre quis
tentar, mas seu pai tinha absolutamente a proibido de
jamais fazer.

— Eu iria levá-la comigo, mas desde que você não


está interessada..., — disse ele, permitindo que suas
palavras a trilhassem quando ela o imaginou encolhendo os
ombros, mesmo quando ele sorriu aquele sorriso maroto
dele que costumava irritá-la, mas ela agora amava.

— Espere! — ela sussurrou, tentando chegar a seus


pés quando Sra. Brown, que estava sorrindo e balançando
a cabeça com espanto, estendeu a mão e pegou
cuidadosamente a inacabada colcha de bebê de seu colo e
guardou. Uma vez que isso foi feito, Sra. Brown levou as
mãos na dela e fez o seu melhor para ajudar Elizabeth
chegar a seus pés. Apesar dela só ter cinco meses de sua
gravidez, seu estômago era um pouco maior do que a
maioria das mulheres nesta fase. Era apenas mais uma
coisa que a assustava.
Assim quando ela estava prestes a fugir para a beira
da cadeira com a esperança de que ele lhe daria uma
melhor alavanca para levantar-se, sentiu as grandes mãos
de Robert gentilmente pegando seus quadris para ajudá-la
a ficar em pé. Uma vez ela estava em seus pés, não se
incomodou em olhar para trás ou agradecer uma vez que
só lhe daria a chance de mudar de ideia e ela
definitivamente não queria que ele fizesse isso.

Com um sorriso grato a Sra. Brown, ela virou a cabeça


para fora da porta da frente, quando se lembrou das tortas
de mirtilo que tinha feito naquela manhã. Decidindo que ela
ia precisar de um lanche leve para manter sua energia, ela
abruptamente virou-se e indo na direção da cozinha.

— Já as embalei, — disse Robert, sorrindo como um


menino da porta dos fundos quando ela entrou na cozinha.
Ele estendeu a mão para ela se juntar a ele.

Sorrindo, ela foi até ele, parando apenas duas vezes


ao longo do caminho para pegar um pouco de queijo, pão e
um par de tortas de carne ao longo do caminho. Quando
ela enfiou a última torta de carne dentro de um saco, ela
orou para que seu apetite voltasse ao normal uma vez que
ela tivesse o bebê, porque o pensamento de comer assim
para o resto de sua vida a aterrorizava.

— Por aqui, atrevida, — disse Robert, levando o saco


dela e o jogando por cima do ombro com o que ele tinha na
mão antes que pegasse a mão dela na sua e a levasse para
a floresta.

— Você realmente está me levando para pescar?— Ela


perguntou, quase incapaz de manter a emoção de sua voz.

— Por que eu não levaria minha esposa para pescar?


— perguntou Robert, conduzindo-a ao longo de um
caminho fácil pela floresta.

— Porque a maioria dos maridos não iria, — ela


apontou tolamente.

— Então essa é a perda deles, — disse Robert com um


sorriso de menino, o que a fazia amá-lo ainda mais.

~*~

— O que vamos fazer agora?

Robert riu da sua excitação.

— Agora, atrevida, vamos esperar, — disse ele,


colocando cuidadosamente sua vara contra um tronco caído
perto do cobertor que ele tinha preparado para ela, para
que eles pudessem ver o polo mergulhar se ela tivesse uma
mordida.

— Oh,— ela disse com um beicinho adorável.

— Você acha que os peixes iam atacar a sua linha? —


ele brincou quando ele se inclinou e beijou-a, incapaz de
resistir ao tal pequeno beicinho sexy.
— Mais ou menos, — ela admitiu timidamente.

— É preciso tempo e paciência, Atrevida, — disse ele,


rindo quando seu beicinho se aprofundou.

— O que vamos fazer até lá? — Ela perguntou,


olhando ao redor do banco gramado e, em seguida, no
grande lago que parecia muito convidativo em um dia
quente como hoje.

— Normalmente nós sentaríamos e esperaríamos, mas


hoje, — disse ele, fazendo uma pausa para puxar sua
camisa, — Eu pensei em darmos um mergulho.

Instantaneamente seu beicinho foi substituído com um


tímido sorriso esperançoso quando ela olhou para a lagoa.
— Sério?

— Sério, Atrevida, — disse ele, rapidamente tirando as


botas e calças antes de se mudar para ajudá-la a remover
seu vestido.

Seu sorriso vacilou quando ela olhou para si mesma.

— Talvez eu não devesse, — disse ela, mordendo o


lábio inferior mesmo quando atirou a lagoa um olhar
melancólico.

— E por que isso? — Ele perguntou, dando um passo


atrás dela para que ele pudesse desfazer seus botões.

— Porque eu estou gorda, — ela murmurou


pateticamente.
— Você não está gorda, — disse ele, rindo quando se
inclinou para frente e pressionou um beijo contra a parte de
trás do pescoço dela, — você está linda.

Ela suspirou profundamente enquanto segurava a


frente do vestido para que ele não fosse cair no chão. — E
você é um péssimo mentiroso, — ela resmungou, mas ela o
deixou ajudá-la sair de seu vestido, meias e chinelos.

Vestindo apenas sua combinação, ela cuidadosamente


caminhou até a beira do lago e mergulhou um único dedo
do pé na água calma. Se ela não estivesse carregando seu
bebê, ele teria provavelmente a pego e a jogado apenas
para que ele pudesse irrita-la. Deus, ele adorava quando
ela estava toda irritada.

Mas ela estava grávida, então ele tinha que ser bom.
Com isso em mente, ele caminhou até ela e pegou-a em
seus braços antes que ela pudesse colocar muito de uma
luta. Para sua surpresa absoluta, ela não reclamou em
tudo. Em vez disso, ela suspirou de prazer quando ela
colocou os braços ao redor de seu pescoço e deitou a
cabeça no ombro dele enquanto a levava para dentro da
água.

Uma vez que ele estava na profundidade do peito, ele


a puxou para mais perto e simplesmente desfrutou de tê-la
em seus braços. Quando a levou através da água, sentiu-a
tremer em seus braços. Sorrindo, ele olhou para baixo,
para provocá-la, mas em vez disso, ele sentiu seu sorriso
deslizar enquanto ele se perdeu em seus olhos azuis de
bebê.

Ela era tão linda, tão gentil e doce. Ela o faz tão feliz.
Ele não poderia imaginar ir um único dia sem vê-la, abraçá-
la, beijá-la ou mostrar a ela o quanto a amava. Todos os
dias ele fez tudo em seu poder para mostrar a o quanto a
amava, mas ele tolamente nunca disse a ela como se
sentia, porque estava com medo de que ela não iria se
sentir da mesma maneira.

Ele tinha sido tão malditamente idiota.

Iria doer como o inferno se ela não devolvesse seus


sentimentos, mas ele não dava a mínima. Ele a amava mais
do que tudo e ele queria dizer a ela. Ele queria...

— Eu amo você, Robert,— Elizabeth sussurrou


enquanto ela se levantou apenas o suficiente para que
pudesse escovar os lábios trêmulos contra a dele.

Por um momento, ele estava atordoado demais para


reagir.

Ela o amava?

Claro que ela amava, ele percebeu sorrindo


presunçosamente quando ele escovou seus lábios nos dela.
Essa foi a única razão para explicar por que ela não o
matou com suas mãos até agora e por que aturava toda a
sua besteira.
Também explicou por que ela concordou com a trégua,
concordou em deixar tudo para trás e se mudar com ele
para um país novo, onde nenhum deles nunca tinha estado
antes. Era tão óbvio agora. Ela realmente o amava, o
adorava realmente, mas ela nunca iria amá-lo tanto quanto
ele a amava, ele percebeu, ainda sorrindo, porque ele
estava mais do que bem com isso.

— Eu te amo mais, Atrevida, — disse ele contra seus


lábios.

— Provavelmente, — ela concordou facilmente quando


ela colocou os braços ao redor do pescoço dele e se mudou
para aprofundar o beijo.

— Provavelmente? — ele exigiu em indignação fingida


quando ele se afastou dela para que pudesse encarar ela.

— Definitivamente, — disse ela com uma expressão


inocente quando se inclinou para beijá-lo novamente, mas
antes que seus lábios pudessem tocar os dele, ele virou a
cabeça.

Com um suspiro pesado, ele cuidadosamente colocou


sobre seus pés. Ele esfregou as mãos pelo seu rosto
quando ele disse,

— Corra.

— O- o quê? — Ela perguntou, parecendo confusa e


mais do que um pouco animada.
Ele deixou cair as mãos para baixo ao lado do corpo,
com cuidado para não espirrar a sua esposa no rosto.

— Você tem que contar até dez para correr antes de


eu te caçar e fazer você admitir que você me ama mais.

— Você não pode estar falando sério, — disse ela,


mordendo um sorriso, mesmo quando começou se afastar
centímetros dele.

— Um.

— Robert,...

— Dois.

— Espere, vamos conversar sobre isso. Eu estava...

— Três.

— Mas...

— Quatro.

— Não há nenhuma maneira que eu vou ser capaz


de...

— Cinco.

— Nós não podemos falar sobre isso?

— Não, — ele disse, sorrindo em antecipação quando


Elizabeth visivelmente engoliu em seco e lançou um olhar
ansioso para a costa, — Seis.
— Espere, — disse ela, dando um passo para longe
dele, seu olhar deslocando entre ele e a costa. — Você
pode começar de novo?

— Não. Sete.

Ela finalmente deu um passo para longe dele.

— O que exatamente você está planejando?

— Que você possa gritar seu amor eterno por mim no


topo de seus pulmões, — disse ele com um encolher de
ombros, antes que ele acrescentou, — Oito.

Seus olhos se arregalaram com o anúncio quando


autopreservação finalmente chutou. Com um pequeno
adorável guincho de excitação ela se virou e mudou-se
para, finalmente, fazer a sua fuga, mas antes que ela
pudesse dar um único passo, ele tinha as costas dela em
seus braços onde ela pertencia.

— Nove, — disse ele com um grunhido quando ele se


inclinou para beijá-la.

— Mas você disse que me daria a contagem de dez!

— Eu menti, — ele admitiu quando colocou seu plano


em movimento.

Nas próximas três horas, ele a manteve em suas


costas e as pernas dela abertas quando ele usou suas
mãos, boca e o apêndice dolorosamente duro entre as
pernas dele até que ela estava gritando seu amor eterno
por ele. Uma vez que isso foi feito, ele decidiu mostrar a ela
o quanto a amava. Ele não parou, mostrando-a até que sua
voz estava rouca, ele mal podia se mover e sua atrevida
sabia o quanto ela significava para ele.
Capítulo Trinta e Quatro
Três meses depois...

— Você o mima, — apontou Sra. Brown com um


sorriso, enquanto ela cuidadosamente colocou outra torta
de maçã em cima da mesa para esfriar.

— Ele merece ser mimado, — disse Elizabeth,


facilmente devolvendo o sorriso da mulher mais velha
quando olhou para as tortas que ela tinha feito para
surpreender o marido.

Pelos últimos quatro meses Robert vinha trabalhando


dia e noite, tomando qualquer trabalho que ele poderia
colocar as mãos para ter certeza de que eles estariam bem
preparados para o próximo inverno. Eles tinham ouvido
falar que os invernos da Nova Inglaterra poderiam ser
especialmente duros, por isso ele estava certificando-se
que eles estavam bem preparados. Quando ele não estava
trabalhando em um trabalho tentando ganhar mais dinheiro
para o próximo inverno, ele estava cortando madeira,
construindo um galpão, consertando o celeiro para os seus
cavalos, verificando os telhados, janelas e lareiras para se
certificar de que estavam devidamente protegidos,
construindo prateleiras no porão para se certificar de que
eles tinham muito espaço para seus alimentos. Ele estava
se certificando de que ela e o bebê tinham tudo o que iam
precisar.

Ele estava trabalhando a exaustão. Toda vez que ela


apontou isso, ele sorriu e deu-lhe um beijo enquanto lhe
disse que ela valia muito a pena. Ele prometeu a ela que as
coisas iriam desacelerar no inverno e iria descansar depois,
mas ela sabia que ele estava mentindo. Ele já tinha
encomendas suficientes para móveis, baús e uma centena
de outras coisas para mantê-lo ocupado durante o inverno.

— Ele vai ficar chateado quando descobrir que você


estava trabalhando, — disse a Sra. Brown enquanto puxava
outra torta fora do forno.

— Ele não vai ficar chateado, — disse Elizabeth,


sabendo que era verdade.

Robert não ficaria chateado quando ele descobrisse


que ela não tinha ficado na cama como o médico havia
ordenado, ele ficaria furioso, que era por isso que também
fez alguns doces de maçã, de modo que ele estaria
ocupado demais comendo para gritar com ela. Ele era um
hipócrita, ela pensou quando carregou uma pequena
bandeja com os doces com a esperança de que eles fossem
o suficiente para suaviza-lo o suficiente para levá-la para
um passeio.

Era certo ele trabalhar até a morte, mas não estava


bem para ela fazer nada mais árduo do que virar na cama.
Ela apreciava que ele estava preocupado com ela,
realmente ela fazia, mas se ela tivesse que ficar na cama
por mais um dia tinha certeza que ia gritar. Ela precisava
se movimentar, trabalhar, ir para caminhadas, tudo o que
levaria sua mente fora de seu enorme estômago, as cólicas
que começaram ontem e não estavam a deixando sozinha e
ao fato de que ela estava entediada fora de sua mente.

Respirando fundo e rezando para que a caminhada


fosse ajudar a aliviar suas cólicas, ela pegou a bandeja e,
infelizmente para ela, gingando para as portas. Levou mais
tempo do que gostaria, mas ela finalmente chegou à porta
e com a ajuda da Sra. Brown, conseguiu sair. Murmurando
suas graças à mulher mais velha, Elizabeth começou o
longo processo de caminhar para o celeiro, onde seu
marido estava trabalhando duro para construir um baú para
a família Fairchild.

Era realmente um belo dia. O tempo havia esfriado


consideravelmente durante o último par de semanas,
tornando o clima perfeito para desfrutar do ar livre. Ela
esperava ser capaz de apreciá-lo antes que o bebê viesse
junto com a neve que tinha certeza de mantê-los presos
dentro a maior parte do inverno.

A poucos passos depois, ela foi forçada a parar quando


uma cãibra atravessou suas costas e estômago, provando
seu ponto de que ficar deitada no mês passado não tinha
feito a ela absolutamente nada de bom. Ela precisava de ar
fresco, a luz do sol e um pouco de exercício. Uma vez que a
cãibra tinha entorpecido o suficiente para que ela se
movesse, ela respirou fundo e continuou em direção ao
celeiro, mas não tomou cinco passos antes que outra cãibra
atravessou suas costas e estômago, roubando-lhe a
capacidade de respirar.

— Elizabeth? — Disse uma voz familiar, chamando sua


atenção para o homem muito bonito andando em direção a
ela, parecendo surpreso e satisfeito ao vê-la. — Será que
realmente é você? — perguntou James, colocando sua
mochila em um banco pelas roseiras enquanto passava por
ele em seu caminho para ela.

Ela abriu a boca para responder-lhe, mas um soluço


sufocado escapou-a quando ela perdeu o controle sobre a
bandeja. Ela reprimiu um grito, enquanto embalava seus
braços ao redor de seu estômago e se inclinou para frente,
rezando para que ela não estivesse a ponto de perder o
bebê. Era cedo demais para o bebê.

— Elizabeth? — perguntou James, parecendo


preocupado quando ele correu até ela e passou os braços
em volta dela da melhor forma que podia, mas ela estava
bastante grande agora, tornando o trabalho quase
impossível.

— O que há de errado?
Ela não teve a chance de responder a ele antes que
sentisse uma onda de líquido descer nas suas pernas. E foi
rapidamente seguida por outra daquelas cãibras viciosas
que a deixou quase incapaz de respirar. Ela estendeu a
mão e agarrou os braços de James quando a cãibra após
cãibra rasgou através de seu corpo até que tudo o que ela
podia fazer era gritar a única coisa que ela sabia que iria
fazer tudo melhor.

— Robert!

~*~

— É lindo, — disse Fairchild em um sussurro reverente


enquanto corria os dedos sobre o desenho intrincado do
berço. — Quanto você quer por ele?

Robert riu enquanto colocava o lençol de volta sobre o


berço para mantê-lo protegido. — Obrigado, mas não está
à venda.

Sr. Fairchild sorriu. — É justo. Para o seu filho?

— Sim, — disse Robert orgulhosamente quando seu


olhar deslocou-se para os outros móveis cobertos que ele
tinha construído para o seu bebê.

— O bebê vai estar aqui em breve, — Sr. Fairchild


disse com uma risada quando ele se moveu para se
ajoelhar na frente do baú que Robert fez para futura nora
do homem.
— Não em breve, — disse Robert, inclinando-se para
trás para dar ao homem algum espaço para olhar o baú.

Apenas um mês mais, antes que ele estivesse


segurando seu bebê em seus braços, o filho milagre deles e
ele não podia esperar. Não havia palavras para descrever
como se sentia sobre essa criança. Eles estavam tendo uma
segunda chance de serem pais para a criança e ele não iria
desperdiçá-la. Ele ia...

— Robert!

...Ter um ataque cardíaco, ele percebeu quando o


grito de gelar o sangue de Elizabeth chegou aos seus
ouvidos. Antes de perceber o que estava fazendo, ele
estava correndo para fora da porta, mal consciente do Sr.
Fairchild o seguindo ou exigindo saber o que estava errado.
A única coisa com que ele se preocupava naquele momento
era chegar a Elizabeth e matar quem a estava machucando.

Quando ele correu para fora do celeiro e para o


quintal, o terror passou por ele, enquanto observava um
homem pairar sobre Elizabeth quando ela se enrolou em
seu lado enquanto gritava seu nome repetidas vezes até
que ele se viu correndo em direção a ela e enfrentando o
bastardo.

— Que diabos você fez com a minha mulher?— Ele


exigiu quando empurrou o homem menor para o chão e
levantou o punho, pronto para matá-lo com as próprias
mãos quando o reconhecimento duramente o tingiu. —
James? Que diabos você está fazendo aqui?

— Além de obter o meu traseiro chutado e sua esposa


assustar o inferno fora de mim?— James perguntou quando
ele empurrou Robert longe e ficou de pé. — Eu vim para
conversar com você.

Os gritos de Elizabeth trouxeram sua atenção de volta


para onde deveria. Tão feliz como ele estava por ver seu
irmão novamente e que estava falando com ele de novo,
James ia ter que esperar.

— Atrevida?— Robert perguntou quando se arrastou


até onde sua esposa estava deitada, enrolada em uma bola
e ofegante. — O que há de errado?

Em vez de lhe responder, ela fechou os olhos e


balançou a cabeça.

— É o bebê? — Ele perguntou, rezando para que a


resposta fosse não. Era cedo demais para o bebê. Eles
tinham mais um mês antes que o bebê fosse nascer.

Relutante, ela balançou a cabeça quando um soluço


escapou.

Por favor, não a deixe perder o bebê, ele orou como


cuidadosamente a pegou e levou-a para dentro de casa,
porque ele não achava que nenhum deles seria capaz de
sobreviver à perda neste momento.
~*~

— Ele está voltando, — ele vagamente ouviu James


dizer.

— Huh? — Foi sua única resposta enquanto lutava


para descobrir como ele acabou deitado de bruços no chão
de seu quarto.

— Eu disse a ele para não vir aqui, — disse James,


parecendo se divertir enquanto ajudava Robert rolar sobre
suas costas.

— É por isso que os homens não tem lugar na sala de


parto, — disse Sra. Brown, parecendo cansada quando ela
jogou um pano molhado para ele. Ele bateu-lhe no rosto
antes de cair e aterrar no chão, deixando Robert ainda mais
confuso.

— O que aconteceu? — Ele perguntou atordoado


enquanto ele lutava para se sentar, mas uma onda de
tontura o tinha deitado de volta para baixo.

Sua resposta foi o belo choro de um bebê. Na


verdade, ele parecia mais...

— Gêmeos, — disse James com um sorriso enorme


quando ele ajudou Robert sentar-se.

— Gêmeos?— Robert repetiu, sem entender o que


James estava dizendo.
— Meninos gêmeos, — disse James, rindo enquanto
ele se abaixou e puxou Robert a seus pés. — É por isso que
sua esposa estava tão grande.

— Eu não estava enorme! — Disse Elizabeth, não


soando muito brava com tudo quando ela chamou sua
atenção para a cama onde estava enrolada de lado,
sorrindo para dois bebês balançando, mas com aparência
saudável.

— O - o que aconteceu? — Ele perguntou, esforçando-


se para lembrar o que diabos tinha acontecido.

— O que você se lembra? — Perguntou James,


arrastando-o para a cama, onde sua família estava
esperando por ele e o ajudando com cuidado a deitar ao
lado dos mais lindos bebês que ele já tinha visto.

— Não muito, — admitiu, tentando sacudir a cabeça


clara.

— Bem, depois de você carregar Elizabeth aqui e


mandar chamar o médico, sua empregada doméstica
formidável Sra. Brown chutou-nos para fora. Enquanto
esperávamos pelo médico, você e eu tivemos uma
discussão muito atrasada onde você se desculpou por ser
um bastardo egoísta e implorou meu perdão, — disse
James, parecendo se divertir e puxando o olhar encarando
o de Robert.
Com um rolar de seus olhos e algumas palavras
murmuradas, James cuidadosamente sentou-se à beira da
cama e estendeu a mão para que o bebê mais próximo a
ele pudesse agarrar o seu dedo. — Tudo bem. Pedi
desculpas por ser um bastardo e não dizer adeus a você.

— Isso é tudo?— Robert perguntou com uma careta


quando ele estendeu a mão e acariciou suavemente a
cabeça de seu filho.

— Bem, você pediu desculpas por tudo, — disse


James, enviando-lhe um sorriso. — Eu sinto muito por não
ter percebido que estava apaixonado por ela, Robert.
Nossos pais lamentam também. Eles devem estar aqui
dentro de algumas semanas para dizer-lhe por si mesmos.
Eu deveria ter percebido que algo estava acontecendo.

— Não há nada que se desculpar, — disse Robert,


dando-lhe um sorriso tranquilizador antes de voltar sua
atenção para o bebê que estava puxando o dedo dele à
boca.

— Oh, sim, há! — Disse Sra. Brown, pisando até o


lado da cama para sorrir para os bebês. — Você deu ao
médico e a mim insuficiência cardíaca quando você veio
correndo aqui assim!

— Eu corri para cá? — perguntou Robert, arruinando


seu cérebro, tentando se lembrar, mas era tudo um pouco
confuso.
James riu.

— Assim que Elizabeth começou a gritar que você se


soltou, correu para o quarto, pegou um olhar para sua
esposa dando à luz e prontamente desmaiou.

— Eu não me lembro de nada disso.

— E eu duvido que qualquer um de nós jamais irá


esquecer, — disse James com uma piscadela que tinha
Elizabeth rindo baixinho enquanto ela se inclinou e apertou
um beijo contra o pé do bebê se contorcendo que ficava
levemente chutando para ela.

Ele olhou para Elizabeth, notando a exaustão e pura


alegria em seus olhos quando ela olhou para os seus
meninos. Ela parecia tão linda, e ele não podia deixar de
perder seu coração para ela tudo de novo.

— Gêmeos, Atrevida, — disse ele, puxando a mão de


seu filho para que ele pudesse empurrar uma mecha úmida
de cabelo atrás da orelha de Elizabeth.

— Gêmeos, — ela repetiu com um sorriso satisfeito.

Ele inclinou-se, cuidando com o bebê agora tentando


agarrar sua camisa, e deu um beijo nos lábios de sua bela
esposa. — Eu te amo, Beth, — disse ele, usando o nome
que ela odiava para provocar outro sorriso dela.

— E eu te amo, Robert Limonada.


Capítulo Trinta e Cinco
Quatro anos e meio mais tarde...

— Você trouxe?— Robert perguntou assim que a porta


da carruagem abriu.

James riu quando ele saiu, os olhos dançando com


diversão enquanto segurava uma pedra cinza escuro.

— Você quer dizer esta pedra que você tão


gentilmente pediu? A que eu tive que viajar para Londres
no meio da noite e procurar no parque durante seis horas
na chuva gelada, porque era uma questão de vida ou
morte? — ele perguntou secamente quando jogou a pedra
para Robert.

— Graças a Deus, — disse Robert suspirando, pegando


a pedra e mal poupando seu irmão de um olhar enquanto
se dirigia para sua loja.

— O quê? Sem, obrigado, James? Eu senti sua falta,


James? — James perguntou, desviando para ir
cumprimentar Elizabeth e os filhos, que estavam brincando
no jardim.

— Mantenha Elizabeth ocupada por uma ou duas


horas, — foi tudo o que ele disse quando colocou a porta da
loja fechada atrás dele, rezando para que não quebrasse
acidentalmente está também.

~*~

Elizabeth soltou um suspiro quando ela se inclinou


contra a árvore e viu quando James brincava com seus
bebês. Ele era um tio maravilhoso e do que tinha ouvido
falar do resto da família, um pai maravilhoso também.

Ele era tão gentil e doce, ela pensou, rindo quando os


gêmeos o abordaram no chão para que eles pudessem
mostrar-lhe como dar um abraço de urso adequado. Seus
lábios tremeram com diversão quando James fingiu se
transformar em um urso e perseguiu os gêmeos ao mesmo
tempo embalando cuidadosamente seu filho mais jovem
rindo em seus braços. Seu sorriso virou aguado quando ela
olhou para o pergaminho dobrado em suas mãos.

James transformou seus sonhos em realidade.

Cerca de um ano atrás, ele tinha estado olhando


através das propriedades os livros antigos e tinha vindo
através de seus planos. Não sabendo o que fazer com eles
no início, ele questionou Mary e Anthony que estavam
muito felizes em finalmente dizer-lhe o que eles pensavam
sobre Heather queimando a fortuna que deveria para
ajudar os pobres.

Chocado, ele tinha tomado um outro olhar para seus


planos. Então, ele deu uma olhada nas despesas ultrajantes
de sua esposa e o que ele viu o fez finalmente colocar o pé
e limitar seus gastos a um modesto subsídio mensal. Como
resultado, Heather não estava mais falando com ele, mas
ele não parecia se importar.

Ela desejava que ele reconsiderasse e se mudasse


para a América. Ela sabia que ele iria adorar. Ele
provavelmente teria feito a mudança anos atrás se não
tivesse sido por Heather. Sua irmã se recusou a sequer
pensar, não se importava em visitar, o que significava que
James visitava uma vez por ano só para ter uma ruptura
dela. No próximo ano, James iria trazer suas meninas junto
com seus pais para uma visita Heather gostando ou não.
Elizabeth suspeitava que ela provavelmente não fosse
gostar.

— É bom vê-lo, — a voz profunda, que ela adorava,


disse quando um braço forte foi cuidadosamente enrolado
em torno da cintura dela e ela foi puxada de volta contra o
homem que ela amava mais do que qualquer coisa.

— É, — ela murmurou seu acordo quando ela virou-se


em seus braços para que ela pudesse envolver os braços ao
redor de seus ombros, — mas é ainda melhor vê-lo.

— Sentiu minha falta? — Ele brincou enquanto ele se


inclinou e roçou seus lábios contra os dela.
— Terrivelmente, — disse ela, sorrindo contra seus
lábios. — Quando eu voltei depois de alimentar o bebê,
você já tinha ido.

— Eu sinto muito, Atrevida. Eu tinha um trabalho que


eu precisava terminar para que pudesse passar a noite
prestando atenção em você, — disse ele, beijando-a
novamente.

— Eu tenho você pela noite toda?

— A noite inteira, — ele prometeu quando ele se


inclinou para beijá-la.

— E quanto a James? — ela perguntou, sentindo-se


mal por ele ter viajado todo o caminho da Inglaterra para
visitar e eles estavam abandonando-o em sua primeira
noite.

— Pode entreter-se por uma noite, — disse ele,


roçando seus lábios nos dela uma última vez antes dele se
afastar.

— Isto é para você, — Robert disse enquanto segurava


uma pequena caixa lindamente esculpida.

Ela não tinha que perguntar a ele para saber que ele
tinha feito a caixa ele mesmo. Era absolutamente
maravilhosa e algo que ele, sem dúvida, seria capaz de
conseguir que alguns dos comerciantes da cidade
comprassem. Ele provavelmente poderia ter um negócio
muito lucrativo se, se concentrasse em fazer móveis e
quinquilharias, mas isso significaria passar longas horas
longe dela e dos filhos e ela sabia que ele não queria isso.
Em vez disso, ele se estabeleceu fazendo as coisas que
amava em seu tempo livre e focado em sustentá-los
através da construção e conserto de casas. Ele era muito
bom no que fazia e estava com uma alta demanda.

Eles nunca seriam ricos, mas desde que eles fossem


capazes de manter seus filhos seguros e felizes os dois
estavam mais do que felizes com isso.

— Feliz aniversário, Atrevida, — disse ele quando ela


abriu a caixa e viu...

Um colar feito de pedras?

Fosse o que fosse, era bonito e ela adorou, porque ele


fez isso para ela. Com um sorriso, ela inclinou-se para
beijá-lo, mas ele recuou e concentrou sua atenção sobre o
colar.

— Este talão branco é do velho celeiro onde você me


cobriu de mel e penas, — disse ele, chamando sua atenção
de volta para o colar. — Este talão, — disse ele, apontando
para uma pedra pérola cinza ao lado, — é da árvore onde
eu cortei seu o cabelo. Este talão é de...

Ele continuou explicando de onde cada pedra tinha


vindo, parando de vez em quando para sorrir, rir ou falar
sobre contos de sua infância. Ela ouviu quando ele passou
por cada conta, cada vez mais impressionada a cada
minuto. Quando ele apontou o talão do laranjal, sentiu
tremer o lábio inferior. Assim que ele terminou com a pedra
que ele tinha pegado fora de sua janela do quarto na noite
em que ela tinha dado à luz a Jonathan, ela viu se
apaixonando por seu marido mais uma vez.

— Eu amei, — disse ela, um eufemismo. Era o mais


belo presente, pensativo que alguém já tinha dado a ela.
Ele também a fez perceber o quanto ela significava para
ele.

— Estou feliz, — disse ele, inclinando-se para beijá-la,


só que desta vez ela não o deixou ir.

— É a minha vez de dar-lhe o seu presente de


aniversário, Sr. Bradford.

~*~

Ele estava morrendo. Não havia outra explicação para


isso. Seus membros fracamente tremeram quando ele
arrastou-se pela sala. Ele não conseguia pensar em uma
época em que ele tinha sentido tanta sede ou fome em sua
vida. Várias vezes ao longo das últimas 24 horas ele
considerou gritar por ajuda, mas ele estava além de
qualquer ajuda. Ele sabia disso.

A causa de sua destruição agitou atrás dele. Ele pegou


o jarro de água e bebeu o líquido morno. Isso não fez nada
para saciar sua sede ou aliviar o estômago vazio.

— Eu acho que estou morrendo, — ele murmurou.


Uma risada fraca veio da cama.

— Eu sei que eu estou, — disse Elizabeth. — Temos


que parar... Temos que... Eu preciso de comida... E
água..... O bebê, Robert,.... Pense no bebê, — ela implorou
com voz fraca.

Ele tomou uma respiração profunda. O bebê precisava


de comida. Seu bebê. Ele não podia deixar de sorrir. Sua
Atrevida estava fazendo dele um pai de novo,
esperançosamente lhe dando uma menina para estragar
seu tempo. Ele abraçou a jarra ao peito e trouxe-a para
ela.

— Aqui. Beba isso e eu vou me vestir e pedir a Sra.


Brown para enviar um pouco de comida para cima. — Ele
franziu a testa ao olhar para a porta. — Eu me pergunto
por que eles não vieram nos verificar agora.

— Provavelmente porque você os assustou, — disse


ela enquanto pegou a jarra dele. Ela quase deixou cair.
Seus braços estavam tão fracos, mas não podia beber
deitada para trás desta forma. Ela levantou-se de joelhos
com grande dificuldade. A única coisa que importava era a
água. Ela não se importava em ser uma dama ou qualquer
outra coisa. Ela bebeu avidamente, não se importando
quando a água derramou pelo queixo e para baixo de seu
peito e estômago. Ela estava com muita sede. Quando ela
esteva saciada, ela colocou o jarro agora vazio na cama.
Seus olhos encontraram o olhar intenso de Robert e ela
sabia que as coisas estavam prestes a tomar um rumo para
o pior.

— Oh, não, — ela choramingou.

Robert olhou para a água escorrendo nos seios de sua


esposa. Ele lambeu os lábios. Cada parte dele, exceto uma
estava protestando contra a visão. Ele seguiu com os olhos
assustados para baixo. Ele estava mais do que pronto para
ir novamente. Parecia que ele não a tinha tido em anos em
vez de minutos.

Elizabeth jogou um travesseiro para ele para que ela


pudesse sair da cama, desesperada para fugir. Era como se
aquele pedaço de sua anatomia estivesse no comando. Ele
se arrastou atrás dela, não se incomodou com uma
camisola ou um envoltório quando ela correu para a porta e
começou a bater nele.

— Sra. Brown!

— Oh, graças a Deus! — A voz preocupada de Sra.


Brown veio de trás da porta. — Estávamos com medo que
ambos morreram.

Ela olhou para trás para ver o marido tentando


escapar dos lençóis emaranhados seu pé ficou preso.

— Nós vamos se você não ajudar.

— Sra. Brown, ouça ... Eu não tenho muito tempo.


Você pode organizar uma grande bandeja de comida e
bebida para ser entregue, — ela olhou por cima do ombro
para descobrir que Robert estava perto de ficar livre, — e
água para um banho também. Por favor!

— Certamente, — disse a Sra. Brown, parecendo


divertida.

— Robert?— James disse de repente quando ele se


juntou a Sra. Brown no corredor.

Um suave grunhido atrás dela foi a única resposta.


Elizabeth virou-se lentamente, batendo as costas contra a
porta. James bateu na porta. — Robert? Venha comigo para
a taberna, eu estou entediado. Robert?

— Estou ocupado, — Robert respondeu e soou em sua


maioria como um grunhido.

Resposta de James foi um suspiro de dor.

— Vamos lá, você fez o seu dever. Vamos.

Um gemido alto escapou de Elizabeth quando ele se


lançou sobre ela. Ele era bonito, mau e todo dela. Não
importa o quão cansada ou fraca ela estivesse no
momento, ele ainda tinha esse estranho efeito sobre seu
corpo depois de todos esses anos e nesse momento, ela
queria ele mais do que qualquer coisa.

— Robert? — James perguntou, parecendo inseguro.

Robert não poderia responder no momento. Ele estava


ocupado lambendo a água da pele de Elizabeth. Ela estava
presa com força contra a parede, seus braços em volta dos
ombros dele e as pernas ao redor da cintura dele.

Em um movimento rápido, ele estava revestido em


seu interior. Ele passou os braços em volta dela,
protegendo-a da porta quando ele empurrou dentro dela. A
porta gemeu seus protestos quando suas dobradiças e
estrutura foram postos à prova. Se a posição feria
Elizabeth, ela não estava dizendo.

Exatamente o oposto, na verdade.

Ela exigiu que ele se movesse mais e mais rápido.


Naquele momento, Robert não se importava que seu irmão
e Sra. Brown estivessem em pé do lado de fora ou que ele
estava à beira da inanição. Ele só se importava com ela,
somente sua Atrevida. Ele se chocou contra ela, uma vez,
duas, três vezes e, em seguida, ela começou a gritar seu
nome e fazendo o seu melhor para ordenhar ele seco.

— Bastardo sortudo, — ele pensou que seu irmão


murmurou, mas ele não se importava quando ele se perdeu
na mulher que ele amava.

— Feliz aniversário, Sr. Bradford, — disse sua Atrevida


minutos depois, quando ela o empurrou para o chão para
dar-lhe o seu presente mais uma vez, fazendo-o se
perguntar se ele devia chamar outra trégua antes que eles
acabassem matando um ao outro.
Epílogo

Dias atuais Massachusetts

Quinze minutos até a festa...

— E fim, — o pai dele disse com floreio quando ele


empurrou um pedaço de pizza em sua boca, fazendo com
que Jason imaginasse quando eles pediram e como ele
tinha perdido isso.

— Hey! — Trevor engasgou de indignação quando


Jason estendeu a mão e pegou a fatia que ele tinha estado
ha segundos de distância de devorado de sua mão. — Seu
filho da puta!

— Obrigado, — disse Jason, terminando a fatia de


pizza rapidamente antes que ele limpasse as mãos e
gentilmente pegasse o colar que foi finalmente concluído e
colococado na pequena caixa de madeira que tinha levado
menos de uma hora para fazer e manchar.

— Já era hora, — o pai resmungou quando ele se


levantou e pegou duas caixas de pizza fora do balcão e se
dirigiu para a porta. — Estou morrendo de fome.
— Teríamos terminado muito mais cedo se você não
tivesse embelezado a história, — Trevor apontou,
agarrando as outras duas caixas de pizza e o seguindo.

— Eu embelezei uma maldita coisa, — seu pai estalou


por cima do ombro.

— Sério? Nem mesmo quando você disse que Robert


não era tão bonito como você? — perguntou Trevor, rindo.

— Eu tive que dar-lhe um visual! Um bom contador de


histórias faz esse tipo de coisa!

— Vovô fez um trabalho melhor ao contar essa


história, — Trevor apontou, quando Jason relutantemente
seguiu depois deles, a sua atenção sobre a pequena caixa
em suas mãos enquanto ele rezava para que fizesse a
justiça que merecia.

— Seu filho da puta ingrato! — Seu pai partiu em


indignação.

— Ingrato? Você me fez pagar pelo almoço e, em


seguida, você não iria mesmo compartilhar os sticks de
frango! — Trevor estalou.

— Eu precisava de sustento!

— Não, o que você precisa é...

— Onde diabos vocês pensa que está indo?— Seu pai


exigiu de repente, cortando Trevor fora. Demorou um
momento para Jason perceber que seu pai estava falando
com ele e que os dois homens estavam franzindo a testa
para ele.

— Para a festa, — disse ele, voltando a carranca. —


Onde mais eu poderia estar indo?

Seu primo e pai ambos balançaram a cabeça,


suspirando exasperado quando seu pai fez um gesto para
ele sentar sua bunda no sofá.

— Você não está indo para a festa.

— O que diabos você está falando?— Jason


questionou, perguntando o que diabos havia de errado com
os homens de sua família. Nas últimas duas horas eles
estavam tirando-o para mover a bunda dele, de modo que
eles não iriam se atrasar para a festa e agora eles estavam
propositalmente tentando deixá-los mais atrasados.

— Esta festa não é para você, — disse Trevor, dando-


lhe um, ok, e um não tão gentil empurrão suave, em
direção ao sofá. — Seu trabalho é apenas sentar aqui e
esperar.

Seu pai concordou com a cabeça quando ele fez um


gesto para Trevor sair.

— Vamos verificar vocês de vez em quando, — disse


seu pai, abrindo a porta. — Vamos trazer as crianças e a
avó de Haley de volta em uma semana a menos que você
acha que você vá precisar de mais tempo.
— Mais tempo para quê? — Perguntou Jason em
confusão, enquanto observava seu pai ir para porta.

— Não se preocupe com comida. Começamos tomando


turnos nesta noite. Apenas certifique-se de que você deixe
a porta destrancada para que possamos entrar e encher a
geladeira, — disse o pai, mas antes que Jason pudesse
perguntar-lhe qualquer coisa ele tinha ido embora.

Que. Inferno?

Decidindo que eles estavam ferrando com ele, Jason


levantou-se com um suspiro e se dirigiu para a porta, mas
ele não foi muito longe antes que a porta se abrisse e a
mulher mais bonita que ele já tinha visto estivesse
entrando.

— Haley, — disse ele, sorrindo enquanto ela entrou,


parecendo tão bonita como ela era cinco anos atrás,
quando ele se casou com ela. — O que você está...

Antes que ele pudesse conseguir as palavras, ela


estava correndo em direção a ele e pulando em seus
braços. Seus braços e pernas rapidamente em volta dele
enquanto sua boca encontrou a sua. Ela beijou-o como se
não o tivesse visto em anos em vez de horas.

— Eu te amo, — disse ela contra seus lábios quando


ela se abaixou e começou a puxar sua camisa para fora da
calça.
— Haley? — Disse ele, envolvendo seus braços em
volta dela para que ela não caísse.

— Quarto. Agora, — ela exigiu quando ela beijou o


caminho até seu pescoço e seus lábios quando chegou ao
local favorito dele, ela chupava, fazendo-o gemer de
prazer.

De alguma forma, ele se forçou a concentrar-se em


algo além do mau caminho quando ela lambeu e chupou
seu pescoço.

— E a festa? — Ele perguntou, embora preferisse levar


sua esposa no que ela estava tão docemente lhe
oferecendo. Toda a sua família estava esperando por eles.
Sua mãe tinha estado cozinhando desde a semana passada
e eles precisavam...

— Eu quero você nu, Jason, — disse ela, quebrando o


pouco de controle que ele tinha.

Com um grunhido de aprovação, ele a levou para o


quarto, chutando brinquedos fora de seu caminho, ao fazer
uma nota mental para construir para as crianças outra
caixa de brinquedo. Ao longo do caminho ele parou aqui e
ali para ajudar a livrar a mulher de sua camisa, calças,
sapatos e meias, deixando-a na calcinha de renda lavanda
e correspondente sutiã que iria arrancar com os dentes, os
óculos dela que a faziam parecer absolutamente adorável, e
o sorriso sexy que tinha seu pau se torcendo com a
necessidade de estar dentro dela.

— Na cama, querida, — disse ele, dando-lhe um


último beijo antes de a colocar na cama e gentilmente jogar
a caixa pelos travesseiros.

Assim que ela tocou fundo o edredom macio, ela


estava ficando de joelhos e envolvendo um braço em volta
dos ombros dele e puxando-o para um beijo faminto que
lhe tinha lutando para não vir em suas calças como um
garoto. Mesmo depois de todos esses anos, ainda o
espantava como ela conseguia o deixar assim quente com
um simples beijo. Ele não tinha ideia do que tinha entrado
em sua esposa, mas não ia reclamar. Ele não conseguia se
lembrar de uma época em que ele a quis mais.

Ele gemeu de prazer quando ela segurou-o através de


suas calças, apertando e puxando sua ereção quando ele
estendeu a mão e desabotoou as calças. Assim que o zíper
estava para baixo, Haley estava chegando dentro de suas
calças com uma das suas pequenas mãos e puxando seu
pênis duro para fora. Envolvendo a mão quente em torno
de seu comprimento, ela deu-lhe um puxão que lhe tinha
chupando sua língua. O pequeno gemido sexy que ela deu
o deixou saber o quão desesperada ela estava para tê-lo.

— Em suas mãos e joelhos, — disse ele, puxando para


trás para que ele pudesse chutar os sapatos.
Assim que ele terminou de abrir suas calças, ele
assistiu quando Haley virou-se e ficou em suas mãos e
joelhos para que seu belo fundo estivesse de frente para
ele. Ele empurrou as calças e saiu delas quando ele se
aproximou de seu pequeno gafanhoto. Estendendo a mão,
ele agarrou os lados da calcinha dela e puxou-os, amando o
jeito que sua bunda mexeu em um esforço para ajudá-lo.

Uma vez que ele a tinha tirado até os joelhos, ele as


deixou lá e deu um passo atrás dela, deixando seu eixo
provocar a bunda dela quando ele estendeu a mão e
desabotoou o sutiã. Ele deixou-o cair de cima dela, sabendo
que ela iria retirá-lo enquanto atendia a outras coisas. Com
uma mão, ele gentilmente segurou seu quadril, mantendo-
a no lugar enquanto ele traçou as pontas dos dedos para
baixo suas costas, levando cada belo centímetro quando ela
apertou de volta contra seu pênis, deixando-o saber que
ela queria mais.

Desde que ele nunca se negou a sua esposa, ele deu


um passo para trás apenas o suficiente para que ele
pudesse chegar para baixo entre eles e tomasse posse de
seu pênis para que ele pudesse fazer a única coisa que
sabia que iria conduzir Haley fora de sua mente. Ele
lentamente passou a mão para cima e para baixo o eixo,
certificando-se que a cabeça estava pressionada contra sua
fenda molhada para que ela pudesse sentir o que ele
estava fazendo, sabendo o quanto isso a excitava.
Quando ela começou a choramingar e ofegar seu
nome, ele foi forçado a apertar os olhos e ranger os dentes
enquanto lutava para não vir. Ele dormiu com muitas
mulheres antes dela e ele não conseguia se lembrar de
uma única que jamais tinha gostado de jogar no quarto
tanto quanto Haley fazia. A mulher era insaciável e ele
adorava todo maldito minuto dela. Ele não a trocaria por
nada neste mundo. Ele a amava tanto que às vezes temia
que isto fosse tudo um sonho cruel e que ele acordaria e
ela teria ido.

— Jason, por favor! — Disse ela, pedindo-lhe para


levá-la muito mais cedo do que o normal e deixá-lo saber o
quão excitava ela estava.

Isso não ia durar muito tempo, ele percebeu quando


ele deu um passo atrás e lançou a si mesmo. Sem dizer
uma palavra, Haley voltou para os joelhos e se virou. Ele
estendeu a mão e pegou a mão dela na dele quando ele
sentou-se na beirada da cama, seu olhar nunca deixando os
dela enquanto ela se movia em torno dele e montou seu
colo. Ele se inclinou e beijou-a, apenas recuando segundos
mais tarde para que ela pudesse segui-lo. Seus lábios
nunca deixaram os dela quando ele se deitou e passou os
braços em volta dela.

Quando ele a beijou, lentamente moveu os quadris de


um lado para o outro, levando-a de uma maneira que ele
sabia que iria deixá-los ambos loucos. Não demorou muito
para que Haley estivesse imitando seus movimentos e
levando para um nível totalmente novo. Quando ele a
sentiu apertar ao redor dele, ele empurrou-a para que ele
pudesse trancar um de seus grandes mamilos com os
lábios. Ele gentilmente puxou o mamilo, sugando-a com
força enquanto ela arqueou as costas para levá-lo mais
profundamente dentro dela. Seus movimentos se tornaram
selvagens enquanto o montava. Quando ele estendeu a
mão e segurou-lhe o outro seio, ela se perdeu.

Ela mal tinha acabado de gritar seu nome quando ele


virou-a de costas e aterrou seu pênis, tanto quanto ele iria
em seu interior. Em vez de puxar para fora e empurrar de
volta, ele continuou a moer-se contra ela, sabendo que ele
estava batendo em seu clitóris no processo e amando o
jeito que seu mamilo endureceu ainda mais em sua boca.

Apenas quando ele não achou que ele poderia segurar


por muito mais tempo, ele sentiu-a apertar em torno dele e
ele soltou. Ele lambeu e chupou seu seio com abandono
quando ele moeu contra ela, rezando para que ele não a
estivesse machucando, mesmo quando teve que admitir
que se sentia tão bem.

Grunhindo seu nome em torno de seu mamilo, ele


moeu-se uma última vez quando sentiu os últimos
tremores de seu orgasmo deixá-lo. Quando se inclinou para
beijar sua esposa, ele sentiu a exaustão que ele tinha
lutado nas últimas semanas finalmente alcançá-lo. Antes
que ele pudesse gerir a rolar para longe dela, ele sentiu-se
cair e ele não pôde deixar de sorrir. Isto é, até o beliscar
começar.

— Ai! — Ele estalou quando se tornou óbvio que ela


não tinha planos de parar.

Quando ele se levantou para que pudesse encarar a


pequena valentona, ela apenas sorriu aquele enorme
sorriso pelo que era conhecida e perguntou, — Onde está o
meu presente?

— Presente? — ele perguntou, franzindo a testa, até


que ela foi beliscá-lo novamente. — Ai!

— Não me faça quebrar os punhos de fúria! — ela o


ameaçou, parecendo tão bonitinha que não podia deixar de
rir quando ele estendeu a mão e pegou a caixa que tinha
feito para ela.

— Nós não queremos isso, — brincou ele enquanto ele


se afastou dela para que pudesse sentar-se.

— Não, — ela disse com um suspiro, — nós não


queremos.

— Será que isto vai manter suas maneiras violentas


sob controle? — ele perguntou quando colocou a caixa em
seu belo estômago logo acima das marcas leves de
alongamento que agora marcavam seu corpo de dar à luz a
três filhos incríveis. Ele adorava beijar essas marcas. Toda
vez que Haley se queixava, ele mostrava a ela exatamente
o quanto ele as amava.

— Talvez, — disse ela com um sorriso satisfeito e um


grito animado quando ela pegou a caixa e se sentou.

Com um sorriso e uma oração para que ele não estava


prestes a decepcionar sua esposa, ele se abaixou e pegou a
colcha que Haley mantinha dobrada no final de sua cama e
puxou-a para cima até que cobriu os dois. Ele sentou-se e
ficou confortável antes que estendesse as mãos e
delicadamente tirasse a caixa das mãos de Haley. Ele
esperou até que ela estivesse deitada firmemente contra
ele, com a cabeça encostada no ombro dele antes de abrir
a caixa.

— É lindo, — Haley sussurrou reverentemente quando


ela olhou para o colar de pedra com algo próximo a
admiração.

— Sim, você é, — disse Jason, olhando para sua


esposa quando ela enviou-lhe um sorriso tímido. Incapaz
de evitar, ele se inclinou e deu um beijo em seus lábios,
saboreando o gosto doce dela antes de se obrigar a puxar
para trás.

— Há tantas pedras, — disse ela, estendendo a mão


para traçar os dedos ao longo da linha inferior de contas.

— Quatrocentos e cinquenta e seis contas para ser


exato, — disse ele com um sorriso.
— Isso é um monte de contas, — disse Haley,
aconchegando-se mais perto dele.

— Você me deu um monte de lembranças


maravilhosas, meu pequeno gafanhoto, — disse ele,
sentindo os olhos lacrimejarem só de pensar em todas as
memórias maravilhosas que ela lhe deu.

— O que é a pedra branca? — ela perguntou, virando


a cabeça um pouco para que ela pudesse pressionar um
beijo em seu ombro quando ela apontou para a primeira
pedra no colar.

— Isso seria da árvore, onde nos conhecemos.

Ela puxou a mão de volta. — Você quer dizer aquela


em que você fez xixi? — Ela perguntou, parecendo enojada.

— Eu tomei um monte de refrigerante, mulher! Eu tive


que ir e o maldito corretor de imóveis não tinha deixado a
chave onde tinha prometido! — Ele estalou
defensivamente.

— Tão delicado, — ela murmurou quando apontou


para uma pequena rocha cinzenta na seção de três quartos
do colar. — E esta?

— Esta é a do estacionamento do consultório do seu


médico, quando descobri que você estava grávida de
Joshua, — disse ele, sorrindo com a lembrança de manter
Haley em seus braços quando o médico compartilhou a
notícia com eles.
— E esta? — Ela perguntou, apontando para uma
pedra cinza escuro perto do começo.

— Esta é a do hotel em Boston, onde eu pude segurar


você em meus braços pela primeira vez.

— E esta? — Ela perguntou, apontando para a próxima


pedra.

— É do mesmo hotel, — disse ele, olhando para ela.

— Por que você tem duas do mesmo hotel? — Ela


perguntou, olhando adoravelmente confusa.

Com um sorriso, ele se inclinou e roçou seus lábios


contra os dela enquanto ele sussurrava,

— Porque foi aí que eu percebi que eu nunca queria


deixá-la ir.

E isso é só o começo...

Fim

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