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Persiga-me

Livro 1

Série A Dragons Love Curves

Por Aidy Award


Staff

Envio: Área 51 Traduções


Tradução: Louvaen Duenda
Revisão inicial: Lírio
Revisão final: Daz Drix
Leitura Final: Ane MacRieve
Formatação: Sariah Stonewiser
É S E MP RE B O M L E M B RA R Q U E …

Esta tradução foi realizada por fãs sem qualquer propósito lucrativo e apenas com o
intuito da leitura de livros que não têm qualquer previsão de lançamento no Brasil.

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Sinopse
Ela roubou uma relíquia inestimável de seu tesouro e seu coração.

Ciara é a melhor organizadora de casamentos da região, mas não é uma ladra.

Isso é exatamente o que o shifter dragão sexy a acusou de ser ao roubar seu

tesouro.

Ela vai roubar algo dele, tudo bem, sua sanidade, se ele não a deixar ir para que

ela possa voltar a dar aos casais seus felizes para sempre.

É a melhor maneira de ignorar o fato de que ela tem certeza de que nunca terá

um.

Não com qualquer homem, ou mesmo um dragão.

Jakob vai matar a mulher sexy e curvilínea que nega ter a relíquia do Primeiro

Dragão, ou levá-la para a cama e deixá-la tão louca quanto ela o está deixando.

Por que ele a quer tanto que não pode nem interrogá-la adequadamente?

Pode ter algo a ver com a maneira como sua alma está gritando para ele marcá-

la, reivindicá-la, fodê-la e fazer bebês de dragão com ela?

Ele não pode dar sua alma se ela já possui. Ou será que algo mais sombrio e

perigoso já a roubou?
Nota da Revisão

O texto a seguir foi revisado de acordo conforme as novas Regras Ortográficas,

entretanto, com o intuito de deixar a leitura mais leve e fluida, a revisão pode

sofrer alterações e apresentar linguagem informal em vários momentos,

especialmente nos diálogos, para que estes se aproximem da nossa comunicação

comum no dia a dia.

Alguns termos, gírias, expressões podem ser encontrados bem como objetos que

não estão em conformidade com a Gramática Normativa.

Boa leitura!
Dedicatória

Dedicação a muitas pessoas realmente impressionantes

Aqui tem dragões

― Mapas realmente antigos


Capítulo Um

Sempre a planejadora do casamento, nunca a noiva

Argh. Os pés de Ciara doíam, suas costas estavam rígidas e a dor de cabeça

que ela conteve com um pouco de ibuprofeno quatro horas atrás estava

rapidamente voltando por trás de seu globo ocular esquerdo. Nada como as doces

dores da vitória.

Mais uma comissão como essa e ela poderia tirar as férias na praia que ela

havia prometido a Wesley nos últimos três anos.

— Oh, Sarah, aí está você. — A mãe da noiva, que era a razão número um,

dois, três e quarenta e três para a dor de cabeça, acenou para ela. Mãe-da-

Noivazilla pagou as contas, então Ciara colou seu mais útil dos sorrisos e

cumprimentou a mesa.

— Olá pessoal. Está se divertindo?

A mãe com dor de cabeça se virou para o casal sentado ao lado dela.

— Bill, Khai, esta é Sarah, a planejadora do casamento. Você simplesmente

deve reservá-la para o casamento de Lihn. Ela é a melhor, sempre disponível para
seus clientes. Liguei para ela na semana passada às duas da manhã, quando

simplesmente sabia que Bethany precisava de mais três bolos de casamento na

recepção. Sarah nunca diz não.

Oh, ótimo. É por isso que ela queria ser conhecida. A vagabunda do mundo

dos planejadores de casamento.

— Bem, eu gosto de ouvir isso. Queremos que nosso bebê tenha tudo o que

ela deseja para seu casamento. Nenhuma despesa poupada. Você tem um cartão,

Sarah?

— É Ciara, na verdade, e sim, claro. — Ela entregou a Bill, que ela já percebeu

que estava enrolado no dedo mindinho da filha, um cartão. Bill entregou o cartão

para sua esposa. — Deixe-me escrever sua hora e data no verso para você.

Ela puxou uma caneta de seu kit. Sempre preparada, fiel às suas raízes de

escoteira. Ela rabiscou no verso do cartão.

— Ciara Mosely-Willingham. Você é o dono da Willingham Weddings,

querida?

Suspirar. Ainda não. Nunca se sua mãe tivesse algo a ver com isso.

— Essa honra vai para a minha mãe. Wilhelmina.


— Ah, entendo. Bem, o nepotismo tem seus benefícios. — A mesa toda riu da

piadinha de Bill.

Benefícios. Se eles soubessem.

— Eu tenho um compromisso que acabou de abrir para duas semanas a partir

de segunda-feira. Isso funcionará para trazer Linh para uma consulta?

— Duas semanas?

Ela acenou com a cabeça.

— Receio que o próximo disponível seja em agosto.

O casal se entreolhou. Eles não estavam acostumados a esperar, com

paciência ou não. A maioria de seus clientes não era.

— Isso é quase três meses a partir de agora.

Mãe com dor de cabeça ergueu uma taça de champanhe.

— Você queria o melhor. Melhor pegá-la enquanto você pode.

Khai ergueu uma sobrancelha, tentando intimidar Ciara. Não vai acontecer.

Ciara deu à mãe seu sorriso premiado, também conhecido como seu sorriso de

ganhar contas.

Khai cedeu.

— Estaremos lá.
Bali com Wesley, aí vou eu. Se ela conseguisse que ele a convidasse para sair,

em primeiro lugar, e em mais três anos, quando sua agenda se esclarecesse. Não

que sua mãe fosse permitir que ela tirasse férias, mas pelo menos agora ela tinha

um plano para conseguir esse encontro com o pedaço do escritório.

Ciara fez suas rondas, competindo por uma chance de topar com Wes com as

boas novas. Novidade que merece ser comemorada, com uma noite na cidade, um

belo jantar, uns lençóis de cetim.

Ela checou com o pessoal do bufê e descobriu que ele estava na cozinha. Wes

em um terno de três peças perfeito com o bolso quadrado roxo e colete

combinando quase a deixou sem fôlego. Como um homem tão bonito estaria

interessado nela a surpreendeu.

Por interessado, ela queria dizer que ele flertava com ela constantemente no

escritório, mas nunca a convidara para sair. Ciara deixou perfeitamente claro que

ela estava disposta e disponível.

Ele insinuou, ela sorriu e acenou com a cabeça, e depois nada.

Uma garota só podia esperar algum tempo para que o homem de seus sonhos

fizesse um movimento.
— Ei, querida. — Ele a beijou nas bochechas enquanto segurava o celular na

orelha. — Temos uma crise de escassez de champanhe em nossas mãos.

Não precisa se estressar. Frio, calmo e controlado. Sempre.

— Sem problemas. Vou trazer o estojo de backup secreto que mantenho no

meu carro.

Wes desligou o telefone e piscou para o garçom desgrenhado com a bandeja

vazia.

— Disse que Ciara usaria um pouco de sua magia.

Ele era um falador tão doce. Ela esperava que ele fosse um falador sujo

também. Espere aí, garota. Ela tinha que conseguir um encontro com ele primeiro.

— Vou buscá-lo, mas o lançamento do buquê é em alguns minutos. Vá

conversar com todas as meninas solteiras e diga-lhes que se levantem para pegar

o buquê.

Uma piscadela ou uma sobrancelha dele balançavam e todos estariam se

batendo no rosto para pegar aquelas flores, quisessem ou não.

— Eu vou pegar o champanhe, você vai pegar o buquê. — Wes balançou a

cabeça e estremeceu.
Muitos buquês estavam em seu futuro, mas não para serem pegos. Sempre o

planejador do casamento, nunca a noiva. Ainda.

Aqui vai nada, ou algo, ou gah, apenas pergunte a ele.

— Ei, acabei de conseguir o casamento dos Barton. Devíamos celebrar.

Wes sorriu.

— Você vai nos tornar zilionários. Eu não consigo nem acompanhar.

Ok, isso estava indo bem. Pergunte a ele.

— Então, você vai sair comigo para comemorar?

— Pode apostar.

Ele não hesitou nem um pouco. Ela deveria ter perguntado a ele meses e

meses ... e meses atrás.

— Você está livre na quarta-feira? — Eles tinham casamentos nos fins de

semana, mas ela esperava que não soasse ridícula por sugerir uma noite da

semana.

— Não. Mas, eu poderia fazer quinta-feira. Jantar, bebidas e eu conheço o

melhor lugar para ir a uma discoteca.

Jantar, bebidas e dança. Perfeito.

Ela queria pular para cima e para baixo e bater palmas.


Não apropriado.

Fique tranquilo.

Ciara inspirou-se em seu pepino interior.

— Parece bom.

Disse o suficiente. Direito? Sim, isso foi bom. Ela não queria parecer muito

entusiasmada. Ela guardaria isso para a parte da noite na cama.

Nossa, ela precisava tirar sua mente da sarjeta. Ela passou do jantar e da

dança para as algemas e vendas em segundos. Oh, por favor, deixe-o ser pelo

menos um pouco pervertido.

— Ciara?

— Sim? — Ela piscou, ainda presa em sua vida sexual de fantasia com Wesley.

— Você está se sentindo bem? Você parece um pouco corada.

Ela ficaria bem e elegante se pudesse colocar o verdadeiro Wesley em sua

vida de fantasia.

— Sim. Excelente. Vá pegar aquele champanhe e coloque no gelo.

— Você é a melhor, sabe disso, certo? — Wes a agarrou em um abraço de urso

e dançou com ela. Ele recuou e esfregou o peito. — Aí, seu colar me mordeu.
— Oh puxa. Desculpa. — Ciara colocou a mão sobre o pingente colorido que

ganhou há alguns dias. Ela não sentiu nada afiado.

— Bonito, mas doloroso, boneca. — Wes examinou o amuleto, olhando

poucos centímetros acima dos seios de Ciara. — Iria com tudo. Onde você

conseguiu isso?

Droga. Ela meio que esperava que Wesley o tivesse enviado. Provavelmente

não, mas ela estava sempre esperançosa. Deve ser da mãe dela. Que raramente

dava presentes. Esquisito.

— Oh meu Deus, Ciara, aí está você. Estou me divorciando ou é uma

anulação? Qualquer que seja. George é um idiota. Eu quero sair deste casamento

agora. — A noiva correu para a cozinha e desabou nos braços de Ciara.

Ela olhou para Wes, que balançou a cabeça e sorriu. Ele murmurou as

palavras boa sorte e se afastou deles.

Esta mulher não foi a primeira recém-casada a surtar na recepção e ela não

seria a última. Mas Ciara tinha um longo histórico de acalmá-las e ajudá-las a se

concentrar no que era importante, seu final feliz. Wesley a chamava de

encantadora de noiva.
Ciara colocou a mão no braço da noiva e enviou todos os pensamentos

positivos e felizes que ela conseguiu reunir. Elas respiraram fundo juntos.

— Você consegue fazer isso. Tudo ficará bem.

A noiva acenou com a cabeça, parecendo um pouco atordoada e repetiu as

palavras de Ciara.

— Tudo ficará bem.

Poucas horas depois, a noiva e o noivo estavam mais do que maquiados, o

buquê foi lançado, o champanhe resfriado e torrado, as velas apagadas, tudo

coroado por um pôr do sol perfeito.

Wes escoltou o último dos padrinhos bêbados que saíram às duas da manhã

para as limusines que haviam arranjado para levar o não-sóbrio para casa e Ciara

desabou na cadeira mais próxima.

Se ela tirasse os sapatos agora, eles nunca voltariam a calçar, mas ela voltaria

mancando para casa descalça em vez de ficar mais um segundo em seus saltos não

tão altos.

Um pedaço de bolo de casamento solitário não comido a chamava desde que

ela viu o padrinho em forma se afastar dele várias horas atrás. Depois daquela

maratona de casamento e recepção, ela precisava de uma boa dose de açúcar.


— Pare aí, ladra. — O estrondo profundo de uma voz masculina parou o

garfo a meio caminho de sua boca. Parecia que ele estava de volta para sua dose

de açúcar. Oh Deus. Que vergonha.

— Estou apenas fazendo um pouco de controle de qualidade. Tenho que ter

certeza de que o bolo está de acordo com os padrões de casamentos de

Willingham.

Por favor, não deixe que ele mencione o fato de que o casamento acabou.

Ciara se virou para dar ao padrinho o seu melhor, não se importe comigo, eu sou

apenas a gordinha, sem namorado, planejadora de casamentos roubando um

pedaço de sorriso que sobrou do bolo. O modelo da capa do romance homem-

barra-estrela-filme-barra-romance parado um metro atrás dela tinha os braços

cruzados e um olhar louco como o inferno.

Ele usava uma camiseta preta justa, jeans escuro e um lindo cristal azul

brilhante em uma corda em volta do pescoço, então ele não era o padrinho, ou

qualquer outro convidado do casamento Ketcher-Fast. Ela se lembraria de todo

aquele material de fantasia.

Ele olhou para o amuleto azul em sua garganta e se acalmou. Ele vacilou por

um segundo e teve que se agarrar a uma cadeira para manter o equilíbrio.


Excelente. Outro convidado bêbado e todas as limusines haviam sumido. De

jeito nenhum ela o levaria para casa sozinha. Hmm. Bem, talvez. Ele era

terrivelmente sexy e todos aqueles devaneios que ela teve com Wes a noite toda

de repente estrelaram esse estranho magnético.

Até que ele rosnou para ela.

— Eu não dou a mínima para o bolo, a menos que seja onde você escondeu

meus produtos.

— Seus produtos? — Os únicos bens que Ciara conseguia compreender no

momento eram seis, ou talvez oito, dos músculos abdominais mais lindamente

definidos em todos os Quatro Cantos.

Ele cruzou o pouco metro entre eles em duas passadas, puxou-a para fora da

cadeira e foi tão longe em sua bolha de espaço pessoal que ela podia sentir seu

hálito de canela. Um zing chicoteou através dela de todos os lugares que ele tocou

e estranhamente, ela realmente queria ficar na ponta dos pés e pressionar os lábios

nos dele, saborear aquela especiaria e lamber cada essência daquele sabor erótico.

Ela também poderia se ele a segurasse por mais um segundo. Mas, depois de

procurar seus olhos, ele a soltou e começou a andar, rondando ao redor dela, seus

olhos vagando da cabeça aos pés.


Ele pode ter o corpo de um deus e ela o corpo de um cupcake, mas ela não se

intimidaria com olhos errantes.

— Em primeiro lugar, você tem que me dizer que marca de pasta de dente

usa e em segundo lugar, saia da minha empresa, idiota.

— Não tente me enganar com sua conversa sobre produtos de higiene, seus

cabelos dourados e seu corpo feito para o pecado. Onde você escondeu minha

relíquia wyvern, bruxa? — Ele parou de circular e olhou diretamente para sua

bunda.

Corpo feito para o pecado? Ele estava brincando? Corpo feito de pecado,

talvez. A saber os pecados do creme de manteiga de merengue suíço, ganache de

chocolate e muitas reprises de I Love Lucy.

— Pare de olhar para os meus bens. O que quer que você esteja procurando,

não está aí.

Ela balançou as costas para enfatizar seu ponto. Isso deixou seu intruso

malditamente irritado, provavelmente porque seu traseiro não estava deixando

cair nenhuma evidência de ação errada com base no rosnado retumbante de seu

peito e seus olhos grudados em sua bunda.


— Pare de me seduzir com suas curvas, ladra. Você não pode me distrair do

que é meu.

Ciara pigarreou, suavemente a princípio, mas quando isso não conseguiu

atrair os olhos dele, ela quase se deu uma dor de garganta tentando chamar a

atenção dele.

— Você está doente? Não vou deixar você morrer antes de me dizer onde a

estátua está escondida.

Que idiota. Um lindo, mas um verdadeiro idiota, no entanto.

— Acho que começamos com o pé errado aqui. — Ciara estendeu a mão para

ele. — Sou Ciara Mosely-Willingham. — Sua mão ficou pendurada lá por uma

contagem completa de dez. — E você é?

Ele recuou da mão dela.

— Querendo saber que tipo de feitiço você está tentando trabalhar em mim.

Seja o que for, garanto que sou imune.

— Eu estava tentando ser legal, mas tive um dia muito longo e cansativo,

então minha paciência está se esgotando. Eu não tenho sua coisa, nem sei o que

Vern é. Pensei por um minuto que poderia ajudá-lo a tentar encontrá-lo, mas agora
terminei. — Ciara se virou e começou a procurar seus tortuosos sapatos. Seria

muito mais divertido sair pisando duro se houvesse algum estalo

— Assim como eu. Se você não devolver o que tirou de mim, serei forçado a

apresentá-lo ao conselho AllWyr.

— Que diabos?

Ele agarrou a mão dela e a puxou pelo salão de baile em direção a um terraço.

Ainda bem que ela já tinha tirado os sapatos ou estaria tropeçando nos pés no

ritmo que ele a estava arrastando para longe.

— Ei, pare agora mesmo ou vou apresentar os movimentos de autodefesa.

— Guarde sua defesa para o conselho. Você vai precisar.

Esse cara era seriamente maluco. Onde estava o spray de pimenta quando ela

precisava? Oh, isso mesmo, ainda na sacola da loja em que sua mãe insistiu que

eles comprassem a granel.

— Me deixar ir.

— Devolva minha relíquia.

— Vou fazer de você uma relíquia.

— Salve seus feitiços, bruxa.

— Seu rosto é de bruxa.


O homem assustador a soltou e agarrou seu rosto. Quando ele não encontrou

nada de errado com isso, ele estreitou os olhos e olhou para ela.

— Boa tentativa, bruxa. Você vai pagar por isso.

Ciara girou e disparou, abrindo caminho entre as mesas. Um segundo ela

estava ziguezagueando e zagging no próximo ela subiu. No ar.

Grandes garras agarraram seus ombros e um profundo whoosh-whoosh-

whoosh soou acima dela.

Ela se contorceu, gritou e tentou freneticamente ver o que estava acontecendo

acima dela. Seus pés bateram em copos vazios e pegaram uma peça central de

lírios gigantes enquanto ela era arrastada pelo ar acima das mesas.

Antes que ela pudesse respirar novamente para gritar novamente, eles

voaram para fora das portas francesas sobre a varanda e para o céu noturno.

Ciara perdeu a cabeça quando o chão abaixo dela afundou em pequenos

quadrados de terra. Ela não podia olhar mais ou vomitaria. Então, em vez disso

ela olhou para cima, não para uma segunda sondagem do que ela veria, voando

acima dela, as asas gigantes, batendo graciosamente através do céu, um dragão.


Capítulo Dois

Um mundo totalmente novo

A pequena ladra se contorcendo em suas garras iria deixá-lo completamente

louco.

Não não. Ela não era pequena. Ela era curvilínea, deliciosa. Absolutamente

comestível. Bons deuses, essa bunda. Ele poderia afundar as mãos naqueles

quadris e adorar aquele traseiro rechonchudo dela por anos, séculos, milênios. Se

ela fosse outra pessoa que não a ladra que roubou o relicário mais precioso do

Wyr, ele iria beber vinho e jantar, cortejá-la com todas as suas joias e riquezas até

que ela concordasse em ir para a cama com ele.

Por assim dizer, se ele não a fizesse revelar onde ela escondeu a relíquia e

como ela a roubou em primeiro lugar, ele teria que levá-la perante o Conselho

AllWyr, e isso significava admitir que tinha perdido a relíquia do Primeiro Dragão.

Devia haver outra maneira de fazê-la falar.

— Deixe-me ir, você, seu monstro.


— Você realmente não quer que eu faça isso cem metros acima do oceano,

não é, bruxa? Essa água é provavelmente muito fria e repleta de vida marinha

hostil que adoraria dar uma mordida em sua bunda gorda.

— Eep. — Ela se acalmou e ficou em silêncio. Se foi sua ameaça ou porque ele

falou telepaticamente em sua mente, não importava. Pelo menos ela não estava

mais se contorcendo embaixo dele.

Por sete minutos abençoados, eles voaram pelo ar em direção ao continente e

sua casa. Os dragões dourados de Cage Gylden esperavam por ele a cada mil

quilômetros ou mais durante o voo e deram-lhes outro empurrão com seu poder

sobre os ventos quentes.

Surpreendentemente, ele não precisava de tanta ajuda para voltar como

precisava para ir. Ele não estava ficando tão cansado, como se tivesse uma energia

renovada. Ele se sentiu mais forte agora, quando já deveria estar exausto.

Os ouros eram discretos e bem escondidos. Ele teria muito o que explicar a

Cage nos próximos dias sobre por que precisava do voo de emergência cruzando

o Atlântico em tão pouco tempo.

Se ele tivesse sorte, ele teria a relíquia de volta antes disso.

— Como você fez isso? — O medo havia sumido de sua voz. Interessante.
— Fazer o quê?

— Isso Fala, mas não fala. Eu posso ouvir você na minha cabeça.

Bruxa tola.

— Eu não posso falar na minha forma de dragão.

— Sem lábios.

Uma risada retumbou em seu peito. Ela estava certa.

— Espero que aquele som não seja o seu estômago roncando. Dragões não

comem pessoas, certo? Você deve comer ovelhas e vacas pequenas ou algo assim.

Ele adoraria comê-la imediatamente.

— Nenhum Dragão comeu um humano ou uma bruxa em várias centenas de

anos.

— Então, você não vai me matar?

— Não se você me disser onde está o relicário.

Ela ficou em silêncio novamente e ele quase perdeu sua tagarelice. Ela devia

estar apavorada voando pelo ar, pelo meio do oceano, à noite, nas garras de um

dragão. Houve um pequeno vislumbre de admiração por ela não estar agindo

como uma donzela em apuros, uma daquelas mulheres gritando e com medo de

mim.
Por outro lado, ela roubou o coração do Primeiro Dragão. Ela merecia todo

infortúnio que ele pudesse infligir a seu corpo.

Então, tantas coisas que ele queria fazer com seu corpo.

Mais dez minutos e ela estava tremendo o suficiente para que o barulho de

seus dentes o preocupasse. Ele nunca a faria responder a qualquer pergunta se ela

congelasse até a morte. O ar quente do último dragão dourado havia desaparecido

rápido demais e o nascer do sol estava apenas esquentando o céu.

Ele baixaria a altitude deles, mas a costa estava à vista e ele não queria ser

visto voando sobre a França ou Alemanha.

— Estamos quase na minha casa.

— É para lá que você está me levando? Onde exatamente fica sua casa ou

devo chamá-la de covil? Oh, Deus, você mora em uma caverna? Vou ter que viver

entre suas pilhas gigantes de moedas de ouro?

É bom ver que a hipotermia não afetou sua capacidade de falar. Ele começaria

seu interrogatório no segundo em que a colocasse dentro.

— Eu não moro em uma caverna. Tenho uma villa no campo perto de Praga.

— Mesmo? Sempre quis ir para Praga.

— Isso não será férias para você.


— Bem, certamente não estou recomendando a Dragon Airlines para meus

amigos e família. O serviço é péssimo e a comida a bordo era horrível.

Que bruxinha estranha ele sequestrou. Jakob sorriu para si mesmo.

Interrogatório ou não, ele mal podia esperar para ver o que ela faria a seguir.

Ele teria a relíquia de volta, sem dúvida, mas ele iria se divertir fazendo isso.

Alguns momentos depois, o rio Volga apareceu e ele caiu apenas algumas

centenas de metros acima do solo. Sua villa assomava à distância. Ele poderia levá-

la diretamente para o quarto de hóspedes do segundo andar. Ele a colocaria ali

atrás de portas fechadas até que ela revelasse a relíquia. Mas no quintal havia um

monte de feno para os animais de sua colheita de trigo de verão.

Jakob circulou a pilha, ficando mais baixo a cada passagem e quando eles

estavam alguns metros acima, abriu suas garras e a deixou cair diretamente em

cima.

Ela gritou e caiu no feno, sendo enterrada nos caules.

Alvo.

Ele pousou ao lado da pilha e mudou de volta para sua forma humana. O

feno e a área ao redor deles brilhavam com uma luz verde. O que diabos estava
acontecendo com o fragmento de sua alma? Ele o enfiou na camisa e chamou sua

feiticeira.

— Ciara, minha bruxinha, saia do seu esconderijo e me diga onde você

escondeu minha relíquia.

— Ack. — Um farfalhar veio de dentro do palheiro.

Uma luz brilhou das hastes, combinando com a de seu fragmento. Estranho.

Mas, isso o guiou até ela.

— Aquilo não é um esconderijo.

— Ooh. Cale a boca e me tire daqui. Estou presa. Tudo o que vejo são pedaços

pequenos de feno por toda parte. É uma avalanche de feno. Eu nem sei qual é o

caminho para cima. Ajuda.

Jakob esticou uma das mãos e o braço, remexeu por um minuto e então

agarrou o ombro que encontrou. Pena que ele não encontrou acidentalmente uma

parte mais suave de sua anatomia para agarrar. Essa bela bunda em forma de

coração, por exemplo.

Demônios que se danassem, ele não conseguia tirar essa parte particular de

sua anatomia de sua cabeça. Não importava nem um pouco se o traseiro dela o
excitava ou não. Ela era uma bruxa e uma ladra e ele iria interrogá-la em um

sussurro de sua vida ou até que ela devolvesse a relíquia.

Ele apertou o ombro da bruxa com força e puxou-a em sua direção até que

ela saltou do monte de feno, caindo de cabeça sobre o rabo, caindo em cima dele.

Seu corpo exuberante pressionado contra ele e ele ficou instantaneamente

duro. Tinha que ser um feitiço. Nenhuma mulher, bruxa, fada, demônio ou

humano jamais confundiu seu cérebro dessa maneira. Talvez ela fosse uma

súcubo.

— Se você quisesse um pãozinho no feno, tudo o que precisava fazer era me

pagar uma bebida e dizer que sou bonita. Você não precisava me fazer voar meio

mundo.

Por ter sido arrastada para o outro lado do mundo, ela estava estranhamente

calma. Ela tirou o cabelo do rosto e sentou-se montada nele. Jesus, um centímetro

abaixo e seu sexo estaria perfeitamente alinhado com o dele.

— Saia de cima de mim.

Um colar com um coração de cristal cercado por arame em forma de

quadrantes representando os quatro elementos pendurados em seu pescoço. Era

quase tão lindo e fascinante quanto ela.


Ela tirou outro pedaço de feno do cabelo e endireitou as roupas.

— Você sai de cima de mim.

A árvore em seu colar brilhou para ele.

— Eu não estou em você.

— Tem certeza? Não consigo me mover. Você está fazendo algo muito

hipnotizante com os olhos. Isso está me fazendo querer levantar sua camisa e

espalhar beijos por todo o seu corpo.

Sim. Ela deveria fazer isso, imediatamente.

— Você é o único lançando feitiços de luxúria. Eu sugiro que você pare

imediatamente, eles não me afetarão e você apenas drenará sua energia. Agora

saia.

Jakob a agarrou pela cintura. Uma linda figura de ampulheta excessivamente

cheia que ela tinha. Demorou uma contagem inteira de dez antes que ele pudesse

falar a si mesmo em levantá-la e tirá-la em vez de apertá-la contra seu próprio

corpo dolorido.

Ele precisava se afastar dela antes que seus feitiços tomassem o controle total

de sua mente e o tornassem um mentiroso. Em um movimento rápido, ele a

levantou e se levantou, então se afastou.


— Ei. Você é quem me sequestrou, então não vá se sentindo vitimado por eu

ter caído em cima de você. Me desculpe se eu esmaguei alguma parte viril.

— Pedaços viris?

— Sim, — ela acenou com a mão abaixo de sua cintura, — você sabe, partes

masculinas, anatomia masculina, seu pênis. Espere, os homens-dragão têm pênis?

Jakob olhou para onde ela indicou.

— Você estava preocupada em ter danificado meu pau?

— Sim. Eu não sou exatamente uma duende-diabrete se você não tivesse

notado.

— Percebi. — Rapaz, ele tinha notado. Ele não conseguia parar de notar ao

ponto que sua língua estava pronta para pender para fora de sua cabeça e babar

em cima dela.

O olhar de sua bruxa foi direto para o chão e ela cruzou um braço sobre o

outro. Suas bochechas tinham ficado de um adorável rosa avermelhado. Ele

preferia ver a pele dela enrubescer de prazer sexual do que de vergonha. Por que

diabos ela tinha que ficar envergonhada?

Ah, ela era humana, e a cultura humana tinha desenvolvido uma fascinação

bizarra por galhos de mulheres meio mortas nos últimos cem anos. Ridículo.
— Venha, bruxa deliciosa. — Ele se virou e caminhou em direção às portas

francesas de seu escritório que dava para os jardins.

— Eu não vou na sua casa. Eu não te conheço, você pode ser um serial killer

ou um psicopata ou um ...

— Dragão?

— Se você apenas me apontar para Praga, irei agora.

— É uma caminhada de doze horas até os arredores de Praga a partir daqui.

Eu não acho que você vai conseguir sem seus sapatos.

Ela olhou para seus pés e mexeu os dedos dos pés. Ele nunca teve realmente

um fetiche por pés, mas ela tinha pés sensuais. As unhas pintadas o tom exato de

suas escamas verdes iridescentes quando ele estava em sua forma de dragão.

— Entre. Eu não vou morder. — Ainda.

— Promessa?

— Claro. — Não.

Ele se virou e caminhou em direção ao terraço dos fundos antes de mordê-la.

Bem naquele ponto doce entre o pescoço e o ombro.

— Precisamos simplesmente resolver esse problema como adultos.

Ela ficou parada por mais um momento e então correu para alcançá-lo.
— Me sequestrar não é exatamente o que eu chamaria de uma decisão de

adulto.

Ele deu de ombros, porque era isso ou mergulhá-la no braço e beijar seu peito.

— Você não me deixou escolha.

— Você poderia ter acreditado em mim quando eu disse que não estava com

o seu coisa-de-bob.

Por que ela estava fingindo não saber da relíquia? Ele podia sentir o cheiro

nela. Ela deve ser um mestre em seu ofício, porque ele também podia sentir o

cheiro de que ela não estava mentindo. Mas, ele sabia que ela estava.

— É uma relíquia antiga e você poderia simplesmente ter me dito onde ela

estava, ou melhor ainda, devolvê-la.

— Mas, eu não a tenho.

Sua verdade, ou sua ignorância, ou seu feitiço cheirava a um campo depois

de uma chuva fresca.

— Eu posso sentir o cheiro em você.

— Você está me cheirando? — Ela franziu o cenho. — Isso é estranho.

— Os dragões podem cheirar tesouros, emoções, desejo. — Ela cheirava a

todos os três. Ela não estava com medo, mas estava interessada. O doce almíscar
subjacente de sua excitação em direção a ele iria transformar seu cérebro em

mingau.

— Como um cachorro?

— Não. Pare de enrolar e entre. — Ele apontou para a porta estendendo o

braço, esperando que desta vez ela obedecesse.

Ela endireitou a coluna, franziu o nariz e passou por ele. Graças a Deus.

Ele não podia culpá-la por ser cautelosa. Na verdade, ele admirava sua

coragem. Afinal, ele a havia sequestrado. Ela estava extremamente calma sobre a

coisa toda. Por que foi isso?

Eles entraram pelo escritório e ele a conduziu até a grande sala, com a

intenção de levá-la para a antecâmara de seu tesouro. Ele seria capaz de avaliar a

reação dela, ser capaz de observar os sinais de que ela estava nervosa por estar ali

novamente. Talvez até dar uma dica de como ela não foi detectada.

Mas, no último momento, ele desviou em direção à cozinha.

— Está com fome? É meio-dia e tenho certeza de que o cozinheiro tem algo

delicioso na geladeira ou na despensa. — Ele manteve seu tom leve e convidativo.

Talvez se ela se sentisse bem-vinda e relaxada em vez de sequestrada e perseguida,

ela simplesmente lhe desse a relíquia de volta.


— Umm. Eu estou bem. Mas obrigado.

— Talvez um pouco de vinho então. Nossas safras locais da Morávia são

muito boas.

— Por que você está sendo tão legal comigo de repente?

Pego.

— Eu te disse, nós podemos resolver isso como adultos. Vamos comer, beber

e você me dirá onde escondeu a relíquia.

— Mas, honestamente, não sei do que você está falando.

Ela deve ter lançado um feitiço que escondia suas mentiras. Ele devia ser

capaz de cheirá-los. Ninguém poderia mentir para um dragão. Mas, ela claramente

estava.

— Certo. Faremos do seu jeito. — Já era o bastante. Jakob agarrou a bruxa

pelo pulso e arrastou-a de volta para a grande sala e então escada acima.

— Onde estamos indo? Pare. Deixe ir, você está me machucando.

Ele bateu a porta do quarto de hóspedes, com sua cama de dossel onde ele

poderia amarrá-la e torturá-la até que ela gozasse ... uh, dissesse a ele o que ela

tinha feito com a relíquia.


— Não não não. — A bruxa tentou parar e se afastar dele, lutando para sair

de seu alcance.

Ela não era páreo para ele. Ele continuou no quarto e a jogou na cama.

— Saia de perto de mim. Eu vou gritar. Certamente alguém vai impedir você

de me machucar. — Ela se afastou e estendeu as mãos, olhando para ele.

Tão feroz. Tão fodidamente linda.

— Eu nunca e nunca brutalizaria uma mulher. Mas, eu não estou acima de

um interrogatório intenso. Diga-me onde está a relíquia e podemos evitar tudo

isso.

— Eu não tenho sua maldita relíquia, seu idiota, — ela gritou e um vento

branco soprou em seu cabelo.

A raiva dela os envolveu, ferindo seus sentidos. Ela estava finalmente

perdendo seu estilo zen. Agora ele estava chegando a algum lugar.

Ele a pressionaria até que ela soltasse seus deliciosos poderes. Ele podia

praticamente saborear o sabor de suas emoções intensas que estavam sob a

superfície.

— Então quem faz?


— Como vou saber, seu filho da puta? — A umidade foi sugada para fora da

sala e pequenos flocos de neve se cristalizaram ao redor dela.

Mistura interessante de poderes. Ela controlava o vento, a temperatura? Ela

seria a combinação perfeita para um dragão dourado.

O fundo de seu estômago se abriu em um abismo negro com o pensamento

de qualquer outro dragão a possuindo. Mais de seus feitiços, sem dúvida.

Ele estava agitado, empurrando-a, logo sua capa se quebraria e ele apontaria

suas mentiras.

— Você tem um parceiro? Diga-me, seu coven ajudou você a roubá-lo?

— Eu não tenho um clã, porque não sou uma bruxa, idiota.

O xingamento dela estava começando a diverti-lo. Ele precisava ficar com

raiva. Recuperar a relíquia era mais importante do que sua maldita atração por

ela.

O fragmento escondido sob sua camisa zumbiu como se não concordasse.

— Se você não é uma bruxa, por que estava lançando feitiços?

Ela socou a cama, então olhou para o punho, seus lindos olhos azuis

arregalados e, pela primeira vez, assustados. Ela respirou fundo, fechou os olhos
e respirou fundo. Quando ela os abriu novamente, o vento, a geada no ar e seu

medo e raiva haviam desaparecido.

Que pena, ela era muito sexy quando estava toda agitada.

Em um tom que ele só poderia chamar de doce, ela disse:

— Eu não sou uma bruxa. Eu sou um planejador de casamentos. Não sei o

que é uma relíquia ou onde pode estar a sua. Eu não roubei nada de você. Agora,

por favor, me leve para casa.

Não foi interessante. Ela tinha ficado com uma emoção tão forte que sua

magia se manifestou ao redor dela para se acalmar e se recompor, magia

armazenada em questão de duas respirações. Essa não era uma habilidade que ela

tinha inventado no último minuto. Esta era uma praticada.

Quem ou o que em sua vida a incomodava tanto que ela teve que aprender a

esconder suas verdadeiras emoções desta forma?

Um voo através do oceano em sua forma de dragão não a assustou o

suficiente para torná-la subserviente aos seus desejos. Tratar dela com gentileza

não funcionou. Exigir a informação e aumentar sua ira o aproximou mais.


As emoções seriam a chave para quebrá-la. Mas, a raiva não funcionaria. Ela

provou sua habilidade de mascarar e controlar isso. Ele precisaria desenvolver um

plano de ataque completamente diferente para conseguir o que queria dela.

Raiva e ódio eram emoções fortes. A luxúria também.

Ele já sabia que ela estava atraída por ele. Ela não foi capaz de esconder isso.

Se ela não dissesse a ele o que ele queria saber, ele a seduziria.

Na cama.

Com ela gemendo embaixo dele.

Gemendo seu nome.

Apenas seu nome.


Capítulo Três

Covil do dragão

Ciara recorreu a todas as aulas de ioga e meditação que já fizera na vida para

se acalmar e não estrangular o pescoço desse cara. Dragão ... cara.

Por um minuto, ela deixou suas emoções levarem o melhor sobre ela. Ela

sabia melhor do que isso. Explosões emocionais eram para maricas e não eram

toleradas em sua casa. Em vez da casa de sua mãe.

Ninguém a alcançou. Não mais.

Em questão de minutos, este homem, dragão, o que quer que ele fosse, a levou

através de um estratagema de emoções de medo a luxúria a raiva a luxúria e vice-

versa.

Chega disso.

Ciara nunca conheceu uma pessoa que não pudesse se acalmar e ver uma

situação terrível sob uma nova luz. Era sua maior habilidade. A única maneira de

fazer isso era permanecer calma.


Mas, esse cara não era um cara. Ele era mesmo um humano? Será que uma

conversa sensata funcionaria em um dragão que muda de forma? Ela teria que

melhorar seu jogo para fazê-lo ver seu caminho e deixá-la ir.

Ele estava sendo completamente irracional sobre a coisa toda da relíquia. Esse

foi um ponto de gatilho emocional para ele. Falar com ele sobre isso não a levaria

a lugar nenhum.

Ele respondeu ao flerte acidental dela. Algumas das coisas que saíram de sua

boca esta noite, ufa. Se ela pudesse falar assim com Wes. Eles estariam casados e

em lua de mel permanente.

Luxúria era a emoção certa, mas ela era péssima em flertar de propósito. Era

sempre estranho. Ela foi muito longe dentro de sua própria cabeça se perguntando

se o cara estava pensando que ela parecia completamente ridícula.

Ela se sentia ridícula tentando chegar aos homens na maior parte do tempo.

Claro, todos eles queriam uma boa rolagem no feno. Mas, com uma garota

gordinha como ela?

Ela e o homem dragão já haviam rolado no feno. Literalmente. Ele pareceu

gostar disso. Ok então, ela canalizaria sua Marilyn Monroe interior e Parabéns, Sr.

Presidente.
Deus, ela ia parecer absurda.

Ciara lambeu os lábios e os olhos dele foram direto para a boca dela. Doce.

Isso deu a ela o impulso de confiança de que precisava para fazer essa coisa de

sedução. Ela deu um passo mais perto e endireitou as costas, esperando que seus

seios continuassem a distração.

— O que você está fazendo, bruxa? — Sua voz era um ronronar baixo, não

uma pergunta.

— Por favor, me chame de Ciara. — Ela caminhou direto para seu espaço

pessoal e colocou um dedo em sua camisa, brincando com seu botão. — Eu nem

sei o seu nome.

Ela disse isso em sua melhor voz ofegante, que ela nem precisava fingir.

Ele não se afastou ou removeu a mão dela. Aquilo foi um bom sinal.

— Eu sou Jakob Zeleny, Wyvern dos guerreiros dragão verde.

Lá estava aquela palavra novamente. Isso significa líder?

— Parece importante.

Ela caminhou seus dedos ainda mais em sua camisa. Ela estava tão perto de

tocar sua pele que podia sentir o gosto. Este foi o pior plano de todos. O calor

encheu a sala, girando ao redor deles.


A lareira na outra parede ganhou vida enchendo o espaço com luz e calor.

Uh, cronômetro automático?

— Eu nunca conheci uma bruxa que tivesse o comando de mais de um

elemento. É por isso que você roubou a relíquia, você acha que ela vai te dar poder

sobre a terra também?

Se ela brincasse com essa bobagem de bruxaria, talvez ela aprendesse algo

para ajudá-la a sair dessa situação.

— O que eu faria com poder sobre a terra? Fazer tortas de lama?

— Ou banhos de lama. — Sua voz caiu fazendo aquela declaração soar como

um convite muito malicioso.

A pele que ela estava tão perto de tocar cheirava a terra. Não de forma

encardida, mas como um campo fresco recém-semeado, onde coisas verdes podem

crescer. O que foi um pensamento muito estranho para ela. Ela era uma garota da

cidade, os únicos campos que ela já viu foram na TV, em campos de golfe e em

torno de centros de eventos.

O que seu cérebro estava pensando sobre como ele cheirava? Ela precisava se

concentrar. Em dar o fora daqui, não saber se aquele ponto logo abaixo de seu

queixo teria um gosto tão delicioso quanto ela pensava que seria.
Não não não. Mente, saia da sarjeta, agora. De volta ao trabalho em mãos.

— Banhos de lama, hein? Parece sujo. — Opa. Sua voz tinha ficado rouca e

seus dedos percorreram o caminho de sua camisa até o botão aberto.

— Mmm-hmm. — Ele rugiu. Luxúria atou cada sílaba que ele falou. — Eu

adoraria ver você nua e coberta de lama.

Esse cara era um doente, ou ela era, porque estava completamente excitada

com a ideia de rolar nua na lama com ele.

— Bem, talvez possamos fazer isso depois que você me levar para casa. — O

que ela estava dizendo? Pelo menos ela acertou metade ao levar sua parte para

casa. Deus, ela já deve ter a Síndrome de Estocolmo. Ela estava tendo dificuldade

em se concentrar em seu plano de seduzi-lo a fazer o que ela queria, enquanto

estava tão perto dele e sentindo o calor saindo de seu corpo. Ser sequestrado e

mantido como refém não deveria fazer ninguém querer despir seu agressor de

todas as suas roupas e lambê-lo do nariz aos pés.

Ele correu as costas dos nós dos dedos por seu ombro e pelo braço, criando

uma trilha de arrepios que surgiu em seu rastro. A mão dele escorregou de seu

cotovelo e continuou a pousar em sua cintura.


Uau, garoto. Ela não iria reconhecer os formigamentos que enviaram por sua

espinha e entre as pernas.

— Ficarei feliz em levá-la para casa assim que você devolver a relíquia. — Ele

fez aquilo soar como a melhor ideia de todos os tempos. Ela quase desejou ter sua

relíquia estúpida, apenas para que ela pudesse dar a ele e, em seguida, ter o que

quer com ele.

Ela estava tentando evitar o assunto da maldita coisa, e normalmente era um

pedaço de torta manter qualquer um longe do que quer que os deixasse agitados.

O problema era que ele a deixava completamente excitada. Deus, ela esperava

estar tendo pelo menos o mesmo efeito nele. Provavelmente não. É hora de subir

mais um degrau.

— Posso pensar em muitas coisas mais divertidas para fazermos do que

discutir. — Como aquele banho de lama que ele mencionou.

A mão em sua cintura serpenteou ao longo de suas costas e a abraçou para

que ela pudesse sentir cada pedacinho dele contra cada pedacinho dela. A menos

que fosse uma relíquia em seu bolso, havia muito dele que suas partes femininas

com certeza gostariam de conhecer.


— Sim, bruxa deliciosa, por que não vemos aonde isso pode ir? — Ele olhou

em seus olhos e o brilho que a deslumbrou a impediu de perceber que ele estava

lentamente a empurrando para a cama até que sua bunda atingiu o estribo.

Agora espere só um minuto. Quem estava seduzindo quem aqui?

Sua mão, totalmente por conta própria, subiu e tocou sua bochecha. A nuca

que arranhou sua mão pareceria ainda melhor entre as pernas. Ele era tão bonito.

Ainda mais bonito do que Wesley.

Pelo menos Wes estava realmente atraído por ela. Provavelmente. Esse cara,

ela duvidava se ele realmente a queria. Ele só queria a coisa que ela supostamente

roubou dele. Então, o que diabos ela estava fazendo agora?

Ela precisava de um novo plano. Porque, este definitivamente não estava

funcionando.

O plano A estava colocando ela em mais problemas.

O Plano B teria muito mais dela dando o fora daqui.

Ela iria mentir para sair dessa. Convencê-lo de que ela faria o que ele queria

e simplesmente fazer com que ele a devolvesse. Sim.

— Por que você não me mostra um telefone, para que eu possa ligar para casa

e pedir que eles recuperem sua relíquia. — Sua voz soaria muito mais calma, como
ela queria, se sua respiração não fosse tão rápida e seu coração não estivesse

batendo.

Aqueles olhos sexys e sonolentos de Jakob brilharam.

— Uma ladra e agora também mentirosa.

Droga. Ela sabia que era uma péssima mentirosa. Mas, ele não deveria saber

disso.

— Eu também não sou.

Seu tom estava um pouco menos ofendido do que ela tentou fazer.

— Lembre-se de que eu disse a você que dragões podem cheirar emoções.

Isso inclui desejo e mentiras. Suas defesas estão enfraquecendo. Ou essa é a

primeira mentira que você me contou.

Lá se foi o Plano B para a merda.

— Não é, eu menti quando disse que um banho de lama parecia divertido.

Ele deu uma risadinha.

— Você nunca disse isso. Mas, eu gosto que você tenha pensado isso, e você

ficou excitada com esse pensamento.

Espere, ele disse que podia sentir o cheiro do desejo? Ela seria uma mentirosa

se tentasse dizer a si mesma que não sentia nada disso por ele.
Ela não desejava este homem, ela queria Wesley Alexander. Sim, droga.

A cabeça de Jakob inclinou-se ligeiramente para o lado e ele ergueu uma

sobrancelha.

— Que tipo de esquema você está tramando nessa sua cabecinha bonita? O

cheiro do engano está saindo de você.

— Eu ... eu ... eu não estou inventando nada, exceto como diabos sair daqui e

ficar longe de você. — Ela colocou as mãos contra o peito dele e empurrou. Ele não

se moveu nem um pouco.

— Esse delicioso sabor almiscarado vindo do seu sexo diz o contrário. — Ele

abaixou a cabeça e roçou os lábios suavemente nos dela.

Ela deveria mordê-lo, deveria chutar e gritar, não deveria abrir a boca e

choramingar, querendo muito mais.

— Mmm. — Sua língua mergulhou em sua boca, provocando-a. — Você pode

cheirar a mentira, mas tem gosto de chocolate e champanhe.

Ele murmurou as palavras contra ela, enviando todos os tipos de arrepios em

seus lábios.
— Bolo. — A língua dela disparou, tentando seduzi-lo. Este pequeno beijo foi

a maior ação que ela teve em meses. Ok, essa era outra mentira que ele

provavelmente podia cheirar, porque fazia anos.

Ela tinha se esquecido de como os beijos eram bons? Porque aquele era o beijo

mais simples, doce e inocente, e ela estava pronta para derreter em uma poça no

chão.

— Bolo? — Ele disse a palavra, e então a provou novamente.

— Bolo de casamento de chocolate. — Todo bolo de casamento deveria ser de

chocolate, principalmente se tivesse um cara como esse apreciando o sabor dela.

Isso era exatamente o que ela imaginou que seria seu primeiro beijo com Wes.

Tipo. Suas fantasias eram um pouco mais sujas do que isso. O aperto de Jakob em

sua cintura era possessivo, mas seu beijo não. Esta posição em que ela se colocou

significava que ele poderia fazer o que quisesse no momento.

Mas ele não estava fazendo nada mais do que tentá-la.

Ele mordiscou o canto de sua boca e se deu conta de que ele estava esperando

sua permissão, para que ela lhe dissesse que isso era o que ela queria.

Que coisa estranha para um sequestrador fazer.

Que coisa estranha para um sequestrador desejar.


Ela queria isso, ele. Essas foram algumas emoções enterradas há muito

tempo, necessidades não satisfeitas, conversas. Eles precisavam calar a boca. Eles

não deveriam falar.

— Jakob, pare.

Ele congelou, mordiscando o meio.

— Quase não nos conhecemos e, além disso, tenho namorado. — Aquilo era

apenas uma mentira parcial, dificilmente uma mentira branca, porque ela tinha

um encontro e isso estava a meio caminho de um namorado.

Jakob enrijeceu, soltou-a e se afastou.

— Ah, entendo.

Ele fez?

— Oh, bom. Então, chega de beijos ou ...

Se ele não tinha cheirado aquela mentira, devia ser verdade. Sim, continue

dizendo isso a si mesma, Ciara.

— Não, é sua escolha. Você pode escolher a tortura em vez da sedução. —

Jakob cruzou a sala e abriu a porta.

— Tortura? — Era sua voz que chiava assim?


— Sim, bruxa. — Todas as outras vezes que ele a chamava de bruxa, não tinha

soado como um insulto. — Eu pensei em seduzir a relíquia de você. Mas se você

preferir mentiras a meus beijos, você pode fazer assim.

— Ei, fui eu quem te seduziu. — Ela queria gritar isso, estilo girl power.

Infelizmente, aquele rangido em sua voz ainda estava lá.

— Eu sugiro que você pense muito sobre me dizer exatamente onde você e

seus companheiros esconderam a relíquia. Vamos retomar isso esta noite. — Ele

saiu pela porta, fechou-a atrás de si, e Ciara ouviu o clique de uma fechadura.

Ela correu pela sala e puxou a maçaneta da porta, em seguida, bateu contra a

porta.

— Você não tem que machucar todo o bumbum, só porque eu acho que você

beija mal. — Com sorte, a grande porta de madeira entre eles bloquearia o cheiro

daquela pequena mentira.

Ciara olhou ao redor da sala procurando por outra saída. Havia duas grandes

janelas de cada lado da cama e, mesmo que tivesse que esperar até a noite, não

demoraria muito. O sol já estava se pondo no fim da tarde, embora parecesse de

manhã para ela.


Ela se recusou a ser uma donzela em perigo. Tinha que haver uma maneira

de sair daqui. Ela deslizou uma das janelas para cima e imediatamente se

convenceu de não tentar pular para baixo. Ela quebraria as duas pernas, talvez um

quadril, provavelmente algumas costelas, o braço e o pescoço se tentasse pular

daqui.

A cama no quarto era pelo menos uma king, o que significava lençóis

realmente grandes. Aquilo que as pessoas faziam nos filmes em que amarravam

lençóis e pulavam pela janela realmente funcionava? Ela iria descobrir ou morrer

tentando. Esperançosamente, não a parte que tenta morrer.

Ela puxou as cobertas e puxou o lençol de cima. Nossa, isso tinha que ser uma

contagem de 5000 fios.

Ela estava meio cansada. Jet-lag, dragon-lag, o que quer que seja. A mudança

de horário e a falta de sono estavam cobrando seu preço. Talvez só um pequeno

cochilo antes de tentar escapar.

Uma batida suave soou na porta. Talvez seu dragão idiota tivesse voltado

para se desculpar. Ou talvez ele voltasse para torturá-la como prometeu. Ela pegou

o abajur da mesinha de cabeceira e o segurou como um taco de beisebol. A porta


se abriu com um rangido e uma mulher mais velha gorducha enfiou o rosto na

sala.

— Dobry den. Eu sou a Sra. Bohacek. Jakob me pediu para subir e verificar

se você estava confortável.

— Ele fez? Espere, você também é um dragão? — Ciara ergueu o abajur um

pouco mais alto, não que ela pudesse realmente bater na cabeça daquela adorável

avó com ele. Mas a avó não precisava saber disso.

— Ha. Não, garota. Eu não sou. — Ela entrou na sala carregando uma bandeja

com uma caneca e alguns tipos de biscoitos em uma mão, e tinha um material

esvoaçante verde estendido sobre o outro braço. Ela chutou a porta com o pé,

estragando qualquer plano que Ciara pudesse ter de fugir.

— Então o que é você? — Ciara ainda não estava pronta para largar a arma

do abajur do taco de beisebol.

A Sra. Bohacek cruzou o quarto e colocou o tecido na cama e a bandeja com

o lanche na mesa.

— Eu sou muitas coisas. Um pouco babá, uma deusa, um pouco bruxa. — Ela

estendeu a mão para o abajur e Ciara o entregou.

Ela nunca iria usá-lo de qualquer maneira.


— Você é uma bruxa?

— Eu sou, igual a você. — A Sra. Bohacek devolveu a lâmpada ao seu lugar

na mesinha de cabeceira, depois estendeu o tecido verde, que acabou por ser um

vestido, para Ciara.

— Eu sou uma pessoa legal, de verdade. — Ciara tirou o vestido dela e achou-

o incrivelmente macio ao toque.

— A maioria das bruxas é. Só conheci um com quem não me dava bem. Mas,

quem realmente se dá bem com seus irmãos. Rivalidade e tudo mais, você sabe.

— Eu não entendo por que você pensa que eu sou uma bruxa. Se eu tivesse

poderes mágicos, faria meu trabalho muito mais fácil.

— Não é?

— Não posso fazer as coisas voarem pela sala ou aparecerem magicamente.

— Ela podia pensar em pelo menos meia dúzia de noivos desaparecidos que ela

gostaria de fazer desaparecer magicamente.

A Sra. Bohacek girou os dedos indicando que Ciara deveria se virar para que

ela pudesse abrir o zíper do vestido formal que ela estava usando. O vestido, a Sra.

Bohacek trouxe parecia muito mais confortável do que a forma de chupar até que

você não possa respirar que ela usava.


— Esse é o tipo de magia dos filmes. O meu e o seu são muito mais ... úteis.

Ciara deu um suspiro de alívio quando o zíper desceu em seu vestido. Antes

que ela pudesse se sentir estranha por se despir na frente dessa mulher, ela estava

fora de sua roupa de baixo desconfortável e no vestido mais macio do universo.

De que diabos essa coisa era feita?

Ela se sentia mais como se estivesse de pijama do que com um vestido bonito.

— É parte do motivo pelo qual Jakob se sente tão atraído por você. — A Sra.

Bohacek pegou as roupas do chão, dobrou-as e colocou-as em uma cadeira.

— Ele não está atraído por mim. Ele pensa que sou uma ladra e uma

mentirosa.

O fogo na lareira estalou, crepitou e lançou faíscas para fora da sala,

chamuscando o tapete.

Ciara observou com os olhos arregalados enquanto a Sra. Bohacek agitava o

pulso e apagava as chamas com a menor das tempestades, então balançou a mão

novamente e um vento quente secou o tapete.

— Amanhã, talvez tenhamos algum tempo para ajudá-la a obter essas

emoções...
— Sob controle. — Essa era a mesma linha que sua mãe vinha reclamando

dela há anos. Mas, ela não teve algum tipo de explosão, ou chorou, ou mesmo

franziu a testa para esse assunto.

— Eu ia dizer. Continue suprimindo-os do jeito que tem feito e você queimará

toda a villa. Sua magia é mais poderosa em torno de Jakob.

Ela estava dizendo que o fogo tinha algo a ver com as emoções de Ciara? Isso

era muito estranho e não a estava deixando mais perto de escapar.

— Esquece. — De volta ao plano de fuga. Ciara esperava que a conexão que

já sentia com essa mulher funcionasse a seu favor. — Sra. Bohacek, eu realmente

preciso sair daqui. Eu preciso ir para casa.

— Você não quer fazer isso.

— Sim, realmente quero.

A Sra. Bohacek murmurou algo baixinho que Ciara só captou uma parte. Algo

sobre tudo o que eles fizeram para juntar esses dois. Ela encolheu os ombros e

inclinou a cabeça para o lado. — Pode ser divertido ver Jakob perseguir sua

companheira pelo campo. Contanto que ele não demore muito para reivindicar

você.

Do que diabos essa linda vovó estava falando?


— Não entendo do que você está falando.

A Sra. Bohacek atravessou a sala e abriu a porta, esperando que Ciara a

seguisse. Incrível. Ela iria ajudar.

Ciara desceu as escadas na ponta dos pés por um corredor frio de azulejos e

entrou em uma cozinha aconchegante e convidativa. Esta deve ser a porta dos

fundos. Mas, ela não viu nenhuma saída daqui. A única porta que a Sra. Bohacek

abriu foi a geladeira. Ela pegou um prato de manteiga e um pote de geleia e os

colocou no balcão. Então ela pegou um pedaço de pão e começou a fazer torradas.

— Gostaria de uma xícara de café? Ou talvez chá quente se você for dormir

esta noite.

A Sra. Bohacek olhou para Ciara, em seguida, pegou algumas xícaras K de

uma gaveta junto com duas canecas.

— Café então.

— Você vai me ajudar a sair daqui ou não?

— Ou não. Pode ser perigoso por aqui no escuro, o que não está muito longe.

Além disso, quero ver meu Jakob e você felizes em acasalamento.


Acasalado. Essa era uma frase estranha para ela continuar usando. Casada e

feliz, Ciara entendeu. Embora o inglês da Sra. Bohacek fosse perfeito, eles estavam

em um país eslavo, então talvez algo estivesse se perdendo na tradução.

— Não pretendo me casar com alguém que acabei de conhecer, especialmente

com alguém que me sequestrou.

— O casamento é uma outra etapa. Acasalado, foi o que eu disse. Você é a

verdadeira companheira de Jakob.


Capítulo Quatro

Descer para a masmorra

Jakob estava quase mudando de volta para sua forma de dragão, arrancando

as portas francesas de seu escritório e cavando um buraco gigante bem no meio de

seu jardim de estilo selvagem. O que era algo que ele não fazia há bons cem anos.

Não desde que ele era um jovem e seu pai gritou com ele por tentar impressionar

uma das aldeãs com suas asas.

O que ele não daria para pedir o conselho do pai sobre o que fazer com a

mulher lá em cima. Mas, seu pai se foi e ele era aquele a quem as pessoas

procuravam por conselhos agora que ele era o Dragão Verde Wyvern.

Ele afundou de volta em sua cadeira de escritório e inalou o cheiro da miríade

de plantas verdes e floridas ao seu redor. O escritório pode parecer mais uma selva

do que os quartos espartanos que seu pai mantinha, mas ele tinha metade da idade

de seu pai quando se tornou Wyvern. Jakob sabia que poderia extrair força e foco

de ter tanto da mãe natureza dentro quanto fora. Ele extraia seu poder da terra,
podia manipulá-la e usar o solo, as árvores e as coisas que cultivavam em seu

proveito.

Ele deveria encher o quarto de hóspedes no andar de cima com todos os vasos

de plantas do lugar para não estrangular a bruxa curvilínea lá em cima. Porque ela

definitivamente o estava deixando louco. Era estrangulá-la ou foder sua bunda.

Ambos precisavam de tempo para se acalmar. Ele a deixaria lá por mais

algumas horas antes de tentar interrogá-la novamente.

Ele esperava já ter a relíquia do Primeiro Dragão de volta em sua posse agora.

Ele tinha muito pouco tempo antes de precisar revelar o roubo para os outros

Wyverns.

Match chegaria nos próximos dias para verificar como Jakob estava se

acomodando em ser o Wyvern verde.

Ele realmente não queria que a perda do item sagrado mais importante do

dragão fosse a primeira coisa em que as pessoas pensassem quando se lembrassem

do governo de Jakob.

Match foi o primeiro de sua geração a herdar seu Wyr e assumiu o papel que

todos os Wyverns vermelhos faziam. Primeiro filho do primeiro filho. Alfa entre

os alfas.
Se você perguntasse a Jakob, Match era um velho bastardo mal-humorado,

que agia mais como se estivesse avançando seis séculos em vez de um pouco mais

de duzentos anos.

Ele daria um inferno a Jakob no minuto em que percebesse que a relíquia do

Primeiro Dragão não estava exatamente onde deveria estar - confiada aos dragões

verdes e escondida no subsolo.

Como diabos Ciara entrou em seu covil? Ele tinha todos os sistemas de

segurança de última geração, além de todas as proteções e impedimentos mágicos

disponíveis para ele. Ele não teve tempo para investigar as deficiências de proteção

de seu covil e recuperar a relíquia de Ciara. Ele odiava ter qualquer outra pessoa

dentro, ao redor ou perto de seu tesouro, mas odiava a ideia de ter outro Dragão

dentro, ao redor ou perto, especialmente não dentro, de sua pequena ladra.

Havia poucos dragões em que ele confiava o suficiente para saber onde estava

seu covil e tesouro. Ele e Steele fizeram grande parte de seu treinamento de

guerreiro juntos, e lutaram contra muitos dragões demônios nas costas um do

outro nos últimos anos. Steele ainda era jovem para um guerreiro dragão, nem

mesmo em seu auge. Embora Jakob fosse apenas alguns anos mais velho.
Match questionou Jakob quando ele escolheu Steele para ser seu segundo.

Cage e Ky o apoiaram. Mesmo que não tivessem, Jakob sabia com quem podia

contar.

Jakob tirou o celular do bolso e enviou uma mensagem rápida para Steele

para saber com que rapidez ele poderia chegar à villa. Steele respondeu

imediatamente e estaria lá dentro de uma hora.

Paciência não era sua melhor virtude, felizmente, ele tinha uma montanha de

papelada para mantê-lo ocupado. Ele assinou algumas faturas, perguntou-se o que

Ciara estava fazendo, leu uma disputa que precisava mediar entre um dragão

verde e um vermelho, imaginou Ciara nua em sua cabeça e rosnou para sua

própria ereção.

Tinha que ser simplesmente porque havia uma exuberante mulher madura

em sua casa. Não tinha nada a ver com seu sorriso sedutor, sua pura sensualidade

ou a forma como seus quadris balançavam quando ela andava. Claro que não.

Ele estava sem mulher por muito tempo. Isso foi tudo. Ele esteve sob mil saias

nos últimos cinquenta anos, mas nenhuma desde que se tornou Wyvern. Ele

estava muito ocupado. Seu pênis escolheu hoje para protestar contra esse fato.
Tudo bem, ele iria para Praga na próxima chance que tivesse e beberia e

comeria sem parar a primeira mulher que conhecesse.

Exceto que a ideia não o excitava nem um pouco. Não como a mulher lá em

cima fez de qualquer maneira.

Steele entrou no escritório de Jakob alguns minutos depois. Jakob decidiu

ficar na cadeira atrás de sua mesa, em vez de tentar esconder ou ignorar a barraca

em suas calças. Colocar sua mente de volta no problema em questão o ajudaria a

desaparecer mais rápido do que qualquer outra coisa.

— E aí, chefe? — Steele se deixou cair em uma cadeira do outro lado da

escrivaninha.

Jakob juntou os dedos e disse:

— Meu covil foi invadido.

A pose fácil de Steele se endireitou e ele se sentou.

— Puta merda. Como isso pôde acontecer?

— Eu não sei, mas você vai descobrir por mim, — Jakob rosnou.

Os olhos de Steele se arregalaram, mas ele permaneceu em silêncio.

— Eu já peguei a ladra. Se ela revelar alguma coisa. Eu aviso você.


— Ela? — Houve algum isolamento no tom de Steele? Provavelmente. Ele era

um dragão inteligente com sentidos aguçados.

— Sim, o ladrão é uma bruxa. Uma poderosa. Meu melhor palpite é que ela

está tentando ganhar poder sobre o elemento terra.

A tatuagem no pescoço de Steele se contorceu. Nenhum dragão verde

aceitaria essa notícia levianamente.

— Qual é o elemento dela agora?

Ciara negou conhecimento de seus poderes, mas sua paixão a delatou. Assim

que pudesse, Jakob iria explorar isso.

— Essa é a parte interessante. Eu a vi controlar o vento e o fogo.

Steele assobiou.

Sim, a doce bruxa de Jakob e seu poder eram impressionantes.

— Aonde você a encontrou?

— A Costa Leste dos Estados Unidos. — Não havia nenhum dragão verde

vivendo naquela área, e foi por isso que Jakob decidiu seguir a trilha que a relíquia

havia deixado por todo o maldito oceano. — Que tipo de contatos temos nessa

área?

Steele pensou por um minuto.


— Eu fiz alguns exercícios de treinamento com o dragão vermelho chamado

Dax ano passado. Ele está estacionado ali em algum lugar.

Jakob conhecia Steele bem o suficiente para entender que exercícios de

treinamento eram um código para madrugadas no clube de strip. Deus, como ele

perdeu aqueles dias.

— Boa. Coordene com os Ouros para chegar lá. Vou designar Merc para o seu

posto na Suíça por enquanto.

— Vou fazer. — Steele se levantou da cadeira e se dirigiu para a porta. — Ei,

fico feliz em ver que você finalmente encontrou uma companheira.

Jakob franziu a testa.

— Não estou tão no meu auge, que preciso me acalmar.

Sua vida sexual era terrivelmente deficiente, mas ele não era um idiota

estúpido como Match. Ainda.

— Então quem é o sexo no espeto na cozinha fazendo torradas? Eu sinto o

cheiro dela em você.

A parte dragão de Jakob se eriçou, abrindo caminho para a superfície. Uma

onda de escamas verdes passou por sua pele. Seu dragão estava mais nervoso com
a óbvia apreciação de Ciara na voz de Steele do que com o fato de que ela

aparentemente havia escapado de seu quarto.

— Você chega à América e se preocupa com o clã dela, eu vou cuidar da bruxa

e da cozinha.

— Dê-me uma licença de semanas quando isso acabar e não direi a ninguém

que você é um molenga quando se trata de prender mulheres bonitas.

— Saia. — Jakob apontou para as portas francesas e Steele riu e abriu caminho

para fora. Ele mudou para sua forma de dragão e levantou voo quase que

instantaneamente.

Jakob dirigiu-se à cozinha certificando-se de caminhar em silêncio para

surpreender seu prisioneiro fugitivo. A menos de um metro da porta, ele a ouviu

falando e depois rosnou de frustração.

— Não estou admitindo gostar nem um pouco de Jakob.

Ela estava falando sozinha ou com o brinde? Porque ele, Steele e Ciara eram

os únicos na vila hoje. Ele mandou todo mundo embora quando descobriu o

roubo. Nenhum membro de sua equipe humana ousaria roubá-lo, ele seria capaz

de sentir o cheiro em qualquer um deles. Além disso, eram todos muito leais, a

maioria tendo servido a vida inteira por ele ou por seu pai.
Depois que ele os dispensou, o cheiro do ladrão praticamente dominou seus

sentidos. Ela cheirava a sol e alcaçuz.

Ele nunca se cansaria desse cheiro.

Quando ele enfiou a cabeça pela porta, não viu mais ninguém na cozinha

além dela. Era muito fofo ela estar tentando se convencer de que não estava atraída

por ele.

— Você não tem que admitir, eu sei o quanto você me quer.

Ciara se virou e jogou sua torrada nele. Ele se esquivou facilmente e os dois

assistiram pousar com o lado gelatinoso voltado para cima.

Esse tinha que ser um de seus feitiços mais úteis.

— Você me assustou muito.

Ciara estava diante dele, com as mãos nos quadris, e esses quadris, coxas e

seios estavam cobertos com a mais profunda seda verde. O material abraçou todas

as suas curvas da melhor maneira. Aquela ereção que ele conseguiu subjugar com

sucesso voltou à tona. Primeiro o dragão o ajudou, ela era tão linda.

Se ela não fosse uma ladra roubadora de relíquias, ele já a teria estendida no

balcão, as pernas bem abertas, com a cabeça entre elas.


Ele apostaria que sua boceta tem um gosto melhor do que qualquer

sobremesa.

Ele nunca iria descobrir, porque os negócios da Wyr eram mais importantes

do que seu pau. Ele teria que encontrar um saco velho para ela vestir porque, se

quisesse manter a cabeça no jogo, não seria capaz de fazê-lo com ela usando um

vestido da cor exata de suas escamas. Ela era astuta para usar esse truque para

bagunçar sua mente.

— Como você saiu da sua cela de prisão? Eu tinha planejado apenas pão e

água para você até que você revele a localização da relíquia.

— Sra. Bohacek me ajudou ... uh, encontrar a cozinha. — Ciara indicou a

torradeira, então franziu a testa e balançou a cabeça. — Onde ela foi?

Jakob não conhecia ninguém com esse nome. Ela estava claramente tentando

distraí-lo de sua própria pergunta.

— Boa tentativa.

— Não, sério? — Ciara girou em um círculo lento procurando pela cozinha.

— O suficiente. — Ele a agarrou pelo braço, tomando cuidado para não a

segurar com tanta força que pudesse machucá-la, e arrastou-a para fora da sala.

— Para onde você está me levando agora?


Ele a puxou em direção à escada, mas desviou para o lado. Ele empurrou para

o lado um vaso de plantas em uma pequena mesa no canto. Atrás dele, bem

escondido entre os lambris decorativos na parede, estava um pedaço retangular

de plástico que parecia uma tomada comum. Jakob pressionou e um leitor de

impressão digital apareceu. Ele bateu com o polegar e a parede se abriu.

— Uau. — Ela parou de puxar para escapar de suas garras e olhou para a

passagem secreta.

— Venha, quero que me mostre exatamente como você entrou e saiu daqui

com a relíquia. — Antes que ela pudesse protestar, ele a puxou para dentro e a

porta se fechou atrás deles. Seus olhos piscaram e o local do dragão permitiu-lhe

ver perfeitamente bem com a luz ambiente proveniente de seu fragmento de alma.

Não era algo que normalmente acontecia, até ontem.

— Não consigo nem ver minha mão na frente do rosto.

Jakob bateu em um painel e pequenas luzes piscam iluminando a longa

escada em espiral na frente deles.

— Oh cara. Esta é a parte em que você me tranca em sua masmorra, para

nunca mais ver a luz do dia novamente, não é?


— Isso tudo depende de você. — Pela primeira vez desde que ele a possuiu

ontem, ele sentiu um cheiro de medo nela. Bom, talvez eles realmente chegassem

a algum lugar agora. Depois que o fizessem, ele teria certeza de que ela nunca mais

se assustaria com ninguém ou alguma coisa.

Não que o bem-estar dela fosse função dele.

Em vez de guiá-la escada abaixo, ele a agarrou pela cintura e saltou para o

lado do corrimão com ela. Ela gritou e se agarrou a ele, o que ele gostou

imensamente. Uma pequena faísca da magia que ele recebeu no dia em que teve

seu fragmento de alma, empurrou e ele desfraldou suas asas de dragão. Eles

pegaram o fluxo de ar e o ajudaram a deslizar os dez ou mais metros até o chão da

caverna.

Quando eles pousaram, ela ainda estava com o rosto enterrado em seu peito.

Suas asas, por conta própria, enrolaram-se para frente e envolveram os dois,

abraçando-a com mais força. Ele acariciou seus cabelos.

— Você está bem agora.

Ela não se moveu, então ele ergueu seu queixo com uma junta. Seus olhos

estavam cerrados.

— Ciara. Você pode abrir os olhos.


Um olho espiou para ele, então fechou novamente. A sensação de um calor

ardente junto com um calafrio percorreu sua pele. Ciara abriu os dois olhos e olhou

para ele.

— Você. É. Um. Idiota.

— Eu acho que você já me chamou assim. — Jakob puxou suas asas para trás

e empurrou a mudança parcial de volta para baixo. Ele a soltou antes de fazer algo

estúpido como tentar beijá-la novamente.

Seu cheiro era ainda mais inebriante no subsolo do que na villa. Talvez tenha

sido um erro trazê-la aqui. Ele se virou e caminhou pelo corredor que era metade

uma construção moderna e metade escavado na terra e na pedra. Demorou alguns

minutos para que ela o seguisse, mas assim que as luzes da escada se apagaram,

ela gritou e o alcançou.

Eles desceram ao longo de um declive suavemente inclinado que serpenteava

mais fundo na terra. Quanto mais longe eles iam, mais primitivo o túnel se tornava,

até que os únicos aparelhos eletrônicos modernos remanescentes fossem o scanner

de impressão digital secundário e o terminal de varredura da retina nas portas

duplas trancadas de seu covil.


Eles estavam quase cinquenta metros abaixo do solo agora, e o cheiro dela era

tão forte que era como se ele já estivesse dentro dela.

Isso definitivamente foi um erro. Ele rapidamente passou o dedo e alinhou o

rosto para o scanner. A porta se abriu. Agora ele veria como Ciara reagia ao estar

de volta à cena do crime.

Ela entrou na caverna e olhou ao redor com a boca aberta. Ela parecia uma

criança que nunca tinha provado um pirulito parado na entrada da maior loja de

doces do mundo. Exceto que isso não era doce, era ouro, arte, livros raros e a maior

coleção de sementes de herança do mundo. E ela não era uma criança, ela era uma

ladra.

— Você acha que eu tirei algo deste lugar?

— Estou cansado da sua negação, Ciara.

— Você disse que pode cheirar mentiras. Dê uma boa cheirada, diga-me que

estou mentindo de novo.

O fogo dançou em seus olhos e em sua pele. O cheiro de seu medo se foi, e

não foi substituído por engano, mas desejo. Nada até agora no subsolo tinha visto

o sol em centenas de anos, mas o cheiro do sol em um dia quente de primavera o

cercava.
Ela não estava mentindo. Mas junto com seu perfume natural, ele podia não

só cheirar a relíquia, mas podia sentir seu poder nela. Aqui, onde foi mantido pelos

últimos 700 anos, é mágico, o mesmo que cada fragmento de alma que um

guerreiro Dragão usava fluía dentro e ao redor de ambos.

A pequena pedra no colar que ela usava se iluminou com uma luz verde que

combinava com o brilho incessante do fragmento de alma dele. Era como se ela

tivesse seu próprio fragmento.

Mas, isso não poderia ser. Apenas os dragões receberam um fragmento da

primeira alma do Dragão, que os imbuiu com o poder de mudar. Dragões fêmeas

não existiam. Somente filhos dos filhos dos filhos do Primeiro Dragão.

Se ele pudesse tocar o colar, segurá-lo na mão, talvez pudesse entender.

— Eu acredito em você. No entanto, há muitas perguntas sem resposta.

— Finalmente. Posso ir para casa agora? Tenho muito o que fazer, para não

falar do meu encontro na quarta-feira.

Jakob ficou irritado com a menção de um encontro. Ela não iria sair com

ninguém, exceto talvez com ele.

— Onde você conseguiu esse colar?

Ciara tocou seu pescoço e pareceu surpresa que o amuleto estava brilhando.
— Alguém me deu de presente. Eu só não sei quem. Minha mãe, suponho.

No entanto, isso é muito atípico para ela.

O ar ao redor deles congelou, mas não da maneira prazerosa e formigante de

antes. Pingentes de gelo se formaram na parede mais próxima a eles. Ciara torceu

o nariz.

— Oops.

— Oops?

— Sim, sua Sra. Bohacek me disse que eu precisava não reprimir minhas

emoções enquanto estivesse aqui porque poderia queimar a casa. Acho que

pingentes de gelo são melhores do que chamas.

Havia uma nova vulnerabilidade em sua voz.

Um sobre o qual Jakob queria ouvir mais.

Era realmente uma pena que os dragões não tivessem mais companheiros,

não tinham por quase setecentos anos. Porque ele certamente poderia se imaginar

com Ciara por um bom tempo. Talvez Steele estivesse certo e ele precisasse de uma

companhia. Mas esse termo não parecia adequado para Ciara de forma alguma.

O que parecia certo era fazer algo que ninguém fez desde a geração de seu

avô. Agora mesmo, estando com ela entre todo o seu tesouro, o que ele queria mais
do que qualquer outra coisa, era lamber seu ombro e morder aquela carne macia e

flexível, reivindicando-a.

Ridículo.

Ele pode fazer isso de qualquer maneira.

— Ciara, venha aqui minha bruxinha. — Qual seria o gosto dela? Ele

precisava saber.

— O que? Sinto muito pelos pingentes de gelo. Eles vão derreter, não vão?

— Não me importo com o gelo, embora goste do fogo.

Os dedos dele pairaram acima do braço dela, prontos para puxá-la para ele.

Um alarme estridente explodiu no ar, e a porta do cofre brilhou com luzes

que indicavam que ela fecharia em breve.

Merda.

Esse alarme significava apenas uma coisa.

Dragões demônios.

— Não se mova deste local. — Jakob apontou para Ciara. — Você estará

segura aqui.

Ele disparou para a porta, já deixando a mudança assumir, garras e escamas

brotando, suas asas se abrindo.


— Ei, onde você está indo? O que eu deveria fazer? — Ciara se esforçou para

segui-lo.

Jakob usou seu poder sobre a terra para erguer uma parede de pedras entre

ela e a porta.

— Você pode pensar em todos os problemas que causou.

— Se você acha que eu causei problemas, você não viu nada ainda! — Ela

gritou antes que a porta se fechasse.

Jakob voou pelo túnel tirando a terra de seu caminho o mais rápido que pôde.

Em vez de voar escada acima, ele abriu um novo caminho direto para o terreno da

Villa. O crepúsculo havia acabado de cair, mas meia dúzia de demônios dragões

escaparam das sombras.

Problema mesmo.
Capítulo Cinco

Uau, oh, é mágico

Hum, o quê?

Ele não podia estar falando sério. Ficar aqui? Pensar no problema que ela

causou?

Me chupa.

Assim que Ciara se livrou do choque de Jakob prendendo-a em seu tesouro,

ela começou a procurar uma saída. As portas da idade espacial pareciam muito

bem trancadas, mas devia haver um mecanismo de liberação por dentro.

Ela encontrou um teclado na parede de pedra ao lado das portas de metal,

mas não havia números ou letras para inserir a senha. Não que ela tivesse ideia de

qual poderia ser o código.

Provavelmente asshat69 ou ImSexyAF.


Balançar os braços, bater na porta e tentar abri-la com as unhas não

funcionou. Chutá-lo só machucou seu dedão do pé descalço.

Finalmente, os alarmes estridentes pararam e ela pôde se ouvir pensando

novamente.

Este lugar era enorme. Deve haver uma porta dos fundos.

Ela escalou uma pilha de moedas de ouro se sentindo muito como o Tio

Patinhas. Quão clichê ele era em manter montanhas de joias e barras de ouro

espalhadas por aí? Se ela não quisesse tanto ficar longe dele, ela pegaria uma

coisinha apenas para irritar o colecionador.

Atrás de uma prateleira cheia de pinturas emolduradas de mulheres em

vários estados de nudez, todas de artistas mortos há muito tempo, havia uma

pequena mesa de café com dois lugares e cadeiras. Não era uma antiguidade nem

nada, e bem no meio estava uma bandeja em camadas com sanduíches, scones,

petit fors e biscoitos com impressão digital. Havia até duas xícaras de chá e pires.

Quem diabos estava dando uma festa do chá no meio do covil de um dragão?

A Sra. Bohacek apareceu da direção oposta usando um lindo vestido branco

esvoaçante e carregando uma bandeja com uma panela fumegante de algo picante
e perfumado, uma pequena jarra de creme e minúsculos ramequins de limões

fatiados e cubos de açúcar.

— O chá é um rooibos de canela. Você gostaria de creme ou limão no seu? —

Ela disse e colocou a bandeja na mesa.

Aha. Então, havia outra entrada para a caverna.

— Obrigado, mas não, obrigado. Se você apenas me apontar a direção da

saída, gostaria de dar o fora daqui e voltar para a minha vida.

— Sim. Sim. — Ela acenou para Ciara para a outra cadeira da mesa e se

sentou. Ela serviu uma xícara de chá com um cheiro delicioso para os dois. — Mas,

primeiro vamos fazer um lanchinho para nos fortalecer. Magia é um trabalho

árduo, você sabe.

Não, ela não sabia. Ela também não tomaria um chá da tarde. Droga.

Um flash de raiva que ela não conseguiu suprimir borbulhou antes mesmo

que ela reconhecesse que tinha perdido o controle de suas emoções. A Sra. Bohacek

puxou a xícara que estava bebendo de seus lábios e a virou de cabeça para baixo.

Não saiu nada. Ela deu uma sacudida e um grande cubo redondo de gelo cor de

chá caiu sobre a mesa.


— Melhor gelo do que fogo, eu acho. Eu a avisei sobre tentar reprimir essas

suas emoções. Mas, agradeço que você não tenha fervido meu chá e queimado

minha boca.

Ciara olhou para a bagunça na mesa.

— Eu não fiz isso.

A Sra. Bohacek sorriu para ela daquele jeito eu-sei-algo-que-você-não-sabe.

— Claro que você fez.

Ciara resmungou e cruzou os braços. Esta mulher não queria que ela

escondesse suas emoções. Certo. A raiva dentro de mim cresceu novamente e o

bloco de gelo na mesa derreteu e então evaporou, deixando uma mancha marrom-

avermelhada na toalha da mesa.

Mais sorrisos da bruxa.

— Pronto para aprender a usar essas emoções que você está reprimindo a seu

favor?

— Não. — Ela sentiu vontade de colocar a língua para fora e ter um acesso de

raiva, algo que nunca havia feito em toda a sua vida, nem mesmo quando criança.

A toalha de mesa faiscou e pegou fogo.

A Sra. Bohacek recostou-se e sorriu, deixando o fogo se espalhar.


Não havia um extintor de incêndio no local, apenas pilhas de coisas caras e

brilhantes.

— Ack. Rápido, jogue o chá nele para apagá-lo.

Se isso é o que suas emoções faziam, então cague nelas. Ciara se lançou para

o bule de chá, mas uma rajada de vento soprou sobre a mesa e ergueu o bule no ar

e fora de seu alcance. Também alimentou as chamas. Ele pairou sobre a mesa e

pousou suavemente no colo da Sra. Bohacek.

Tudo bem, ela abafaria o fogo com biscoitos. Mais uma vez, a brisa pegou seu

plano e o levou para os braços de espera da outra mulher.

Ela olhou para a mulher.

— Pare com isso.

Uma faísca saltou da mesa para a prateleira de pinturas bem ao lado deles.

Um pano de óleo cobrindo a obra de arte mais próxima acendeu-se.

A Sra. Bohacek ergueu ambas as sobrancelhas, mas depois encolheu os

ombros.

— Uh-oh, eu acho que DaVinci é um dos favoritos de Jakob. Muito ruim.

Agora Ciara estava começando a perder a calma. Ela nunca, jamais a

perdeu.
— Pare com isso.

— OK. — A Sra. Bohacek acenou com a mão e a pintura caiu da prateleira em

uma pilha de pilhas de notas de cem euros.

Quem diabos mantinha literalmente pilhas de dinheiro por aí?

A pilha mais próxima chiou e fumegou, depois pegou fogo como uma tora.

Merda. Se elas continuassem assim, todo o tesouro de Jakob iria explodir em

chamas e ela morreria no incêndio ou ele a mataria quando descobrisse que ela

não tinha feito nada para detê-lo.

Ciara cerrou os punhos e respirou fundo várias vezes. Isso só aumentou as

chamas quando uma brisa soprou de sua boca.

— O que você quer de mim? — Ela gritou. Mais pinturas iluminadas junto

com suas palavras.

A Sra. Bohacek se levantou e deu um tapinha nas costas de Ciara.

— Pobrezinha. Suas emoções estão todas confusas. Normalmente a raiva gera

fogo ou gelo, dependendo da emoção por trás dela em um novo usuário de magia.

Sua mente não consegue decidir o que quer fazer.

— Eu sei que estou quebrada, ok. Diga-me como apagar o fogo.


— Garota, você não está quebrada. Talvez um pouco lascada, mas nada que

não possa ser preenchido com um bom amor. Eu deveria saber. Agora, faça o que

eu digo e feche os olhos.

Ciara franziu o cenho para ela.

— Continue. Se você quiser salvar o resto dessas pinturas, você o fará. — Ela

inclinou a cabeça em direção à torre de fogo.

— Certo. — Ciara fechou os olhos e viu redemoinhos de vermelho e azul atrás

de suas pálpebras. Ela não gostou nem um pouco.

— Imagine uma bela horta. — A Sra. Bohacek puxou as sílabas, todas

cantantes e parecidas com uma fada madrinha.

Ciara nunca teve jardim. A menos que você conte Farmville. Então ela se

lembrou da área ao redor do palheiro em que Jakob a jogara. Havia sujeira fresca

e muitas coisas crescendo lá.

— Bom, agora lembre-se de uma época em que você se sentiu amada e

concentre-se em empurrá-las para baixo da terra e borbulhar do solo.

Amor e sujeira não andavam juntos. A sujeira não ajudava. Enfiava-se nas

unhas e levava tapas nas mãos na mesa de jantar por não lavar as mãos.

Algo estalou e se espatifou ao lado deles.


— Hmm, não, isso não está funcionando. Tente novamente. Procure em suas

memórias novamente, encontre aquela emoção subjacente dentro de você.

Ciara espiou com um olho e viu as chamas saltando vários metros no ar. Eek.

Ela fechou o olho com força. O que ela estava pensando um minuto atrás?

Oh, certo. Quando Jakob a jogou no palheiro. E quando ele a puxou para fora.

O jeito que ela acidentalmente montou nele. Deus, ele era tão sexy, todo

quente e duro entre suas pernas.

— É isso. Concentre essa emoção ali e ela fará o trabalho por você. O que quer

que você esteja pensando agora, amplie isso.

Não é como se ela tivesse que se esforçar muito para fazer isso. Sua mente foi

direto daquela cena para o beijo escaldante. Um formigamento estalou em sua pele

de dentro para fora. Por que ela o impediu de fazer mais?

— Olha, você acumulou uma pilha de sujeira. Agora, peça que a terra a ajude.

Ciara virou o rosto e lentamente abriu um olho para o caso de as chamas

estarem fazendo a dança em que ela as havia colocado. Em vez disso, ela viu terra

escura e argilosa borbulhando ao redor de seus pés.

Sra. Bohacek acenou com a cabeça.


— Você tem uma habilidade natural com a terra, mas sua censura de suas

paixões tem escondido isso. Todos nós favorecemos um elemento no início. Eu

pensei que talvez você fosse mais forte com fogo ou gelo, já que você manifestou

esses elementos primeiro, mas não tanto.

Ela indicou a pilha de sujeira que continuou a crescer e ultrapassar as chamas,

encharcando-as à medida que cobriam cada pintura.

— Você está dizendo que eu fiz isso? Que a sujeira está sob meu controle?

Ciara balançou a cabeça enquanto a bruxa de branco assentiu.

A sujeira continuou a se acumular até que toda a prateleira de pinturas foi

enterrada.

— Faça parar.

— Está cumprindo suas ordens, não minhas. Você faz isso parar.

Ciara esfregou o rosto. Isso não podia ser real.

— Mais cedo, em vez de mais tarde, seria bom, a menos que você esteja pronto

para cavalgar para fora daqui.

A sujeira se elevava até o teto da caverna, envolvendo todo o tesouro ao redor

deles. Merda.
Ela suspirou e fechou os olhos. Ela pensou em como os lábios de Jakob

roçaram nos dela quando ele a beijou pela primeira vez. O formigamento sob sua

pele ressurgiu e ela focou seus sentimentos, pedindo que a terra voltasse para a

terra com sua mente.

Quando ela espiou para ver se algo estava acontecendo, a sujeira passou por

ela e caiu no chão a seus pés.

— Fantástico. Você está no caminho certo para tornar agradável os elementos.

Chá? — O bule, as xícaras e a bandeja do lanche flutuaram de volta para a mesa.

Ela estava meio com sede.

— Você está usando o vento para movê-los?

Eles se sentaram e a Sra. Bohacek serviu novas xícaras para os dois.

— Muito astuto.

— Que emoção controla o vento? — Ela realmente tinha acabado de

perguntar isso? Ela teve. Ela mal podia acreditar, mas ela estava comprando essa

emoção e magia Mumbo Dumbo. Se os elefantes podem voar, por que ela não

poderia?
Porque ela não era um elefante. Ela era uma planejadora de casamentos

rechonchuda sem vida, sem namorado e, obviamente, perdendo sua estabilidade

mental.

Ela não estava brincando com ninguém. Suas semanas foram gastas

planejando felizes para sempre para outras pessoas, Wes provavelmente só estava

sendo bom com ela porque ela fez com que os dois ganhassem dinheiro, e o

domínio apertado que ela aprendeu a ter sobre suas emoções em uma idade muito

jovem era a única coisa que ela tinha foi de controlar sua vida.

Não tanto mais.

O desapontamento completo consigo mesma e com sua vida se agarrava por

dentro e ameaçava dominá-la. Ela ficou ótima em fingir que nada importava, nada

a aborrecia quando fazia de seus sentimentos sua cadela.

Agora que eles estavam borbulhando, como aquele monte de sujeira, ela não

conseguia escolher quais sentir. A luxúria e a excitação que sentiu por Jakob saíram

tão fortes quanto o medo subjacente de que ninguém jamais a amaria, e a estranha

mistura de culpa e raiva que sua mãe invocava.

Ciara cobriu todos aqueles pensamentos com uma pilha de sujeira dentro de

sua cabeça. Em seguida, plantou lindas flores por cima.


A Sra. Bohacek serviu o chá, mas olhou de soslaio para Ciara enquanto o

fazia.

— É diferente para cada bruxa. — Suas palavras eram suaves, como se ela

estivesse testando a reação de Ciara a elas. — Eu encontro o elemento vento com

alegria e entusiasmo.

— Ha. — Ver? Ver! Ela nunca riu desdenhosamente de ninguém em sua vida.

Mas seriamente? Alegria? — Ha. Eu nem sei o que essa palavra significa.

Uau. Ela disse isso em voz alta? Simplesmente surgiu do nada. Assim como

o vento.

Ele chicoteou através da caverna, derrubando as pinturas que ela tinha

acabado de salvar, caramba, e fazendo redemoinhos de poeira cheios de moedas

de ouro.

Sujeira e pedras caíram do teto, o que assustou a Sra. Bohacek. Ela olhou ao

redor das cavernas e Ciara teve a nítida sensação de que a mulher estava sentindo

mais do que ela estava vendo.

Ela cruzou os braços e falou, suas palavras cortando o vento.


— A raiva funciona também, mas você não será capaz de trabalhar com o

elemento por tanto tempo quando usar uma emoção sombria. É extremamente

desgastante.

Como se fosse uma deixa, a exaustão atingiu Ciara como um caminhão Mac,

cheio de tijolos, deslizando por uma geleira gelada do Alasca. Ela tropeçou para

trás e caiu em uma pilha macia de terra que se formou ao redor de sua bunda. Ele

a aconchegou como um cobertor quente. Sua visão estava obstruída e era muito

difícil manter os olhos abertos ou até mesmo sentar-se ereta.

— Eu ... eu não pedi a sujeira para me ajudar. Isso era você?

A bruxa se ajoelhou ao lado de Ciara e acariciou seus cabelos. Algo havia

mudado sobre ela. De repente, ela não parecia mais tão velha, seu cabelo estava

mais escuro e ela brilhava com uma aura branca ao seu redor.

— Não, garota. Essa foi a magia de Jakob. A conexão entre vocês dois já é

forte e ele assumiu seus poderes agora que tem você.

As palavras de Ciara pesaram em sua boca, como bolas de chumbo.

— Ele não me tem. Ele me sequestrou.

— Sim eu conheço. Foi a melhor maneira de juntar vocês dois.

O que?
— Você ... — Ciara não conseguiu pronunciar mais nada. A escuridão a estava

derrubando.

— Você está cansada agora e ficará por alguns minutos enquanto fazemos

nossa fuga. Eu esperava ter mais tempo com você.

Nós? A Sra. Bohacek iria ajudá-la a sair daqui ou sequestrá-la também? Ciara

nunca se sentiu fraca assim. Tinha que ser mais do que ficar com raiva e virar o

vento.

— Deixe a terra rejuvenescer você. Não vai demorar muito para absorver meu

feitiço, se você deixar. Então use o que eu ensinei para sair daqui. Jakob vai

precisar de você. Até que ele reivindique você e entregue sua alma, ele está muito

vulnerável.

— Onde ... está ... você ... — Ela teve que forçar as palavras para fora.

— Lembre-se de aproveitar os bons sentimentos e os elementos farão tudo o

que você pedir.

— …indo?

Ciara não conseguiu manter os olhos abertos nem mais um milésimo de

segundo.
As vozes ao seu redor se transformaram em sussurros abafados. Espere.

Vozes?

— Vem meu Amor. Jakob está lutando contra aqueles malditos dragões Galla

agora mesmo. Tenho certeza que espero que esse seu plano funcione. — Uma voz

profunda e estrondosa filtrada pela escuridão que a rodeava. — Se eles pegarem o

fragmento de alma dele...

— Eles não vão. Jakob está forte, mais forte agora.

Pelo menos ela reconheceu a voz da Sra. Bohacek. Ou melhor, a voz da bela

mulher parecida com uma deusa em que a Sra. Bohacek havia se transformado.

— Sim. Ainda bem que decidi deixá-lo entrar em seu poder ao ver esta linda

companheira que você encontrou para ele. Ele deveria tê-la reivindicado ali

mesmo.

Mas quem era essa outra pessoa? Um homem, mas quem e de onde ele veio?

— Como ele deveria saber disso?

Ooh. A Sra. B estava ficando ríspida com o Sr. Homem.

— Instinto. Eu sabia com você.

Suas palavras não foram afiadas e argumentativas como Ciara esperava, mas

suaves e apaziguadoras.
Funcionou.

— Sim, amor, você fez. E eu lutei com você cada centímetro depois disso.

Ele deu uma risadinha.

— Aqueles eram os bons velhos tempos.

Ciara se sentiu como uma voyeur de um momento muito íntimo. Não como

se ela pudesse fazer algo sobre isso.

— Venha agora. Jakob está no caminho certo agora. Vá para seus outros

filhos. Eu tenho apenas a mulher em mente para...

A energia na sala estourou e as vozes se foram. A escuridão ao redor de Ciara

diminuiu e ela abriu os olhos. Ela não se sentou por alguns minutos. A terra quente

ao seu redor era agradável. Ela ficou quieta. O lindo vestido verde que ela ganhou

provavelmente estava arruinado.

Ela se sentou e se espreguiçou. A Sra. Bohacek havia partido. Quem estava

com ela também. Amante dela. Ciara tinha a sensação de que ele era um ser muito

poderoso. Talvez um dragão como Jakob.

Bem, foda-se os dois por deixá-la.

Agora, dê o fora daqui.


Se algo desse dia fosse real, e no momento em que ela iria com que fosse, ela

tinha alguns poderes durões que poderiam ajudá-la a escapar de qualquer jaula.

Até mesmo um forrado de ouro como o covil de Jakob.

Ciara se levantou e se espanou. Ela olhou ao redor das cavernas até encontrar

exatamente o que estava procurando. Uma rachadura na parede de rocha.

Era muito alto para ela alcançar, mesmo na ponta dos pés. Havia vários baús

de madeira antigos por perto e se ela se levantasse sobre eles, poderia ficar cara a

cara com sua rota de fuga.

O peito parecia muito pesado. Não há tempo como o presente para ver se as

novas habilidades mágicas que ela adquiriu eram reais ou um sonho estranho. Ela

fechou os olhos e visualizou o jardim perto do palheiro novamente.

— Ok, sujeira. Vamos jogar bem. Levante-me.

O chão embaixo dela ficou macio e ela teve que se agachar para manter o

equilíbrio, mas se amontoou sob seus pés, levantando-a no ar.

— Maldição. — Ela ficou cara a cara com a rachadura na parede. Sim, atrás

daquele buraco na rocha havia terra, exatamente como ela pensava. Perfeito.

Ciara pressionou os dedos na fenda e se sentiu ridícula, mas perguntou ao

que ela queria fazer.


— Oi, sujeira. Você poderia se espalhar um pouco e criar um espaço para eu

rastejar? Eu preciso chegar à superfície.

Nada.

Oh, certo. Ela teve que usar seus pensamentos felizes também. Ela estava

muito brava com Jakob por deixá-la aqui, e a Sra. Bohacek poderia levar sua

vassoura de bruxa para o inferno. Havia apenas uma outra pessoa em sua vida

que deu a ela as felicidades calorosas.

Ela fechou os olhos, respirou fundo e pensou em Wes. Seu sorriso perfeito,

suas roupas perfeitas, aquela piscadela que a deixou nervosa.

Pequenos pedaços de sujeira e rocha se moveram sob seus dedos e a

rachadura se espalhou, mas longe o suficiente para ela e sua bunda grande e seios

caberem.

— Deus dane-se tudo para o inferno. Foda-se um maldito pato.

Um arrepio percorreu sua pele, uma manifestação física de sua frustração. Ela

bateu na parede e rosnou.

— Por que você simplesmente não abre? Eu teria que fazer, digamos, abra de

Sésamo?
A terra se partiu à sua frente e ela foi empurrada para a frente na fenda, certa

de que estava prestes a cair para a morte. Um túnel se abriu na frente dela e a torre

de sujeira sob seus pés a empurrou para o chão como se ela fosse um esquilo no

crack. Pedaços de sujeira e quem sabe o que mais caiu em seus cabelos e olhos.

Ela sacudiu os braços, arrastando as mãos, tentando retardar seu progresso,

mas só conseguiu arranhões por seu esforço.

A Sra. Bohacek disse que suas emoções negativas eram muito poderosas, mas

isso era ridículo. Ela nem sabia para onde estava indo ou que direção era para

cima.

Ela avançou tentando o seu melhor para se concentrar em um impulso

ascendente. Ela podia sentir sua energia diminuindo novamente.

— Por favor, deixe-me chegar à superfície. Não quero morrer aqui enterrada

onde ninguém vai me encontrar.

Esse pouco de medo tomou conta. Ela bateu de lado nas rochas.

A sujeira sob seus pés continuou a borbulhar, mas a pedra à sua frente não

abriu um caminho para ela sair.

Ela diminuiu a respiração propositalmente e empurrou o pânico de volta para

baixo. Tudo se acalmou ao seu redor.


A pequena toca de coelho que ela criou em torno de si mesma lhe dava apenas

alguns centímetros para se mover em qualquer direção. Ela arranhou a parede à

sua frente e observou a sujeira escorrer para o lado, passando por seu rosto. Isso

significava que estava à sua direita. Obrigado, gravidade.

Ela se torceu até ficar de joelhos. Não havia como saber o quão longe da

superfície ela estava, mas ela tinha que descobrir uma maneira de continuar.

Em algum lugar, possivelmente apenas alguns metros acima dela, ela ouviu

um movimento. Coçando no chão, um baque e uma briga.

Não, era mais do que isso. Alguém estava lutando. Ela se esforçou para ouvir

mais. Sim, ela não conseguia distinguir as vozes, mas definitivamente havia

grunhidos e guinchos acontecendo não muito longe.

Devia ser para lá que Jakob tinha se apressado. Ela meio que pensava, talvez

até esperasse um pouco, que o alarme e sua partida fosse um estratagema. Uma

maneira de fazer com que ela revelasse a relíquia pela qual Jakob tinha tanto tesão.

Um estrondo, e Deus, foi que uma bomba de incêndio que ela acabou de

ouvir, soou acima dela e sacudiu seu casulo de terra. Quem ou o que estava

lutando com Jakob lá, uma divisão Panzer1?

1 Eram divisões de tanques usados pela Alemanha na Segunda Guerra Mundial.


Ciara engoliu em seco, tentando empurrar todo um novo medo para baixo. O

colar que ela usava se iluminou, iluminando o espaço ao seu redor. Ela o cobriu

com a mão, não querendo ver nenhum inseto rastejante que pudesse cair em seu

cabelo. O chão tremeu de novo e um rugido que mal foi abafado pela espessura

do solo foi direto aos ossos de Ciara.

Ela precisava sair daqui, agora.

Ela cravou os dedos na terra à sua frente e arranhou até que pedaços

começaram a cair. Ela imaginou o grande dragão verde lutando contra cavaleiros

em armaduras não tão brilhantes.

— Por favor, mova-se um pouco mais.

O chão não se abriu como antes, mas cada punhado que ela agarrou e

empurrou saiu mais fácil. A pequena quantidade de espaço que ela tinha ao seu

redor rapidamente se encheu de pedaços de terra. Graças a Deus pela luz do colar

ou ela se sentiria terrivelmente claustrofóbica. Espere, mais à frente, sim, uma

pontada de luar brilhou no chão. Ela mexeu sua bunda e pernas, avançando para
cima. Seu braço devia se parecer com um dos zumbis Thriller de Michael Jackson

saindo do chão. Mais um impulso e sua cabeça e ombros também apareceram.

A grama ao redor dela estava manchada com manchas pretas e queimadas.

Ai credo. Ela não queria tocar ou cheirar o que quer que fosse.

Ela olhou ao redor, procurando o perigo e Jakob. Ela ouviu seu grunhido

profundo antes de vê-lo. Lá, diretamente atrás dela, cem metros no campo ao lado

da villa. O mesmo dragão verde que a tinha arrebatado estava se erguendo e

atacando criaturas parecidas com lagartos negros de aparência muito assustadora.

Só que eles não eram lagartos de estimação de ninguém. Eles tinham apenas

metade do tamanho de Jakob, mas eram tantos.

O dragão balançou o rabo, e enormes espinhos na ponta acertaram um dos

lagartos no rosto. Ele se desintegrou, deixando apenas a mesma mancha cinzenta

no chão onde antes estava.

Puta merda, Batman. Havia pelo menos duas dúzias dessas marcas pretas

espalhadas pelo chão entre ela e Jakob. Ele matou tantos, e ainda havia pelo menos

dez mais o atacando.

Jesus, Maria e José e todos os santos. Ela estava dando o fora daqui.
Ciara escalou o resto do caminho para fora do chão, e o buraco imediatamente

se preencheu atrás dela. O único vestígio era a falta de grama. Ela se virou e fugiu

tão rápido quanto seus pés descalços a levariam para longe da confusão. Ela não

tinha ideia de para onde estava indo, mas devia haver outra casa, ou uma cidade,

ou algo próximo. Certo? Certo.

Ela não era corredora e levou uma pontada na lateral do corpo antes mesmo

de começar a suar. Ela não queria diminuir o ritmo, mas e se uma dessas coisas

viesse atrás dela?

Uma estrada de terra serpenteava ao redor da área em frente à Villa. Talvez

se ela se agarrasse a ela, um carro, ou talvez uma carroça pelo aspecto antiquado

da estrada, aparecesse.

Ciara ignorou as pontadas e dores que seus pés suportavam durante a

caminhada - corrida - caminhada que ela se esforçava para fazer. Assim que ela

chegasse em casa, ela iria fazer as unhas. E um sistema de segurança, um pouco

de maça e talvez um Taser. Ah, e terapia.

Embora, se ela contasse a alguém a verdade sobre o que tinha acontecido com

ela nas últimas vinte e quatro horas, eles a trancariam em um manicômio. Porque

é assim que sua história seria, Looney Tunes.


Capítulo Seis

Dragões Demoníacos

Jakob aproveitou o momento de abrir um túnel da caverna para impulsioná-

lo para o céu. No instante em que conseguiu, ele abriu suas asas e circulou a villa.

Ele pegou um flash colorido com o canto do olho. Não era um dragão demônio,

mas quando ele se virou para ver o que era, ele encontrou o inimigo negro.

Os bastardos pretos como tinta estavam cavando seu jardim como Peter

Rabbits do inferno. Claro, estava estrategicamente colocado diretamente acima de

seu covil. Eles estavam criando rapidamente uma cratera profunda na Terra. Se
houvesse apenas um punhado deles, ele não ficaria preocupado se eles

alcançassem a caverna, mas deveriam ser pelo menos cinquenta, cavando,

arranhando, desesperados para chegar ao seu tesouro.

Ele destruiu dez vezes mais em batalha, mas não todos ao mesmo tempo. Este

era o maior agrupamento do mal que ele já vira reunido em um só lugar. Porra.

Ele mandou Steele embora mais cedo naquele dia e agora ele não tinha backup.

A maioria dos anciões cavou, mas dez ou mais parados perto da borda

ergueram seus rostos para o céu, procurando por ele, sibilando. Eles não podiam

voar com suas asas minúsculas, mas Jakob também não poderia destruí-los daqui

de cima. Ele iria destruí-los.

Nada tocaria seu tesouro.

Nada jamais havia tocado o que era dele.

Exceto uma bruxa sexy e suntuosa.

Não é a hora nem o lugar para pensar nela e do jeito que ela o fez querer -

grrr. Ponha sua cabeça no jogo, dragão idiota ou você nunca terá a chance de jogar

todos aqueles jogos sujos com ela e aquele traseiro rechonchudo.

Jakob rugiu, reunindo seu foco novamente. Nunca em sua memória uma

horda atacou a casa de um wyvern diretamente. Era como se soubessem que sua
villa estava vulnerável no momento. Normalmente, ele teria um esquadrão de

guerreiros Dragões dentro e ao redor da sede da fortaleza do dragão verde.

Mesmo assim, eles cometeram um grande erro ao vir aqui. Ele se divertiria

mostrando o porquê, e trabalharia um pouco da frustração que havia invadido

seus músculos nos últimos dois dias.

Ele mergulhou, apertando-se, e guinchou em direção ao aglomerado reunido

na borda da cratera. Ele cortou a garganta do primeiro dragão demônio e pegou

mais dois com as pontas em sua cauda. Poder e força zumbiam em sua corrente

sanguínea, ondulando em suas escamas.

Oh sim. Isso estava ficando divertido.

O fragmento de alma em sua garganta zumbiu com energia. Uma força que

ele não conhecia antes fluiu por ele. O contorno de cada wyrm ficou mais nítido,

ele podia ouvir sua respiração irregular mesmo sob os gritos de raiva. Seu cheiro

acre queimou suas narinas, o sabor de suas manchas de sangue enegrecido surgiu

em sua língua.

O poder de seu dragão cresceu por dentro e se estendeu, espalhando-se do

nariz à cauda, de ponta a ponta da asa. Suas asas batiam no ar enquanto ele voava

sobre o tesouro novamente. Esta forma de dragão era pelo menos duas ou até três
vezes o tamanho de qualquer um deles, e parecia enorme, como a primeira vez

que ele mudou quando jovem.

De onde quer que ele estivesse recebendo esse novo poder, ele o pegaria e o

usaria para derrotar qualquer coisa que estivesse em seu caminho. Enquanto

durasse a onda de intensidade, Jakob tiraria vantagem disso.

Ele girou no ar e caiu com força, como o martelo de Thor no chão. Ele golpeou,

arranhou e esmagou qualquer um ao seu alcance. Mais apareceram em seus

lugares. A saliva de fogo, suas tentativas humildes de prejudicá-lo foram inúteis.

O chão ficou escuro, coberto com as manchas pretas deixadas pela morte do

wyrm.

Dois dos dragões demônios usaram suas pernas poderosas para pular em

suas costas, explodindo suas escamas blindadas com o fogo. Ele gritou e sacudiu

um, mas o outro cravou as garras na carne sob suas escamas. Jakob rolou

esmagando a coisa para fora da existência.

Outro saltou para o lado e rasgou a pele fina de sua asa direita. Bastardo, que

se dane. Isso o irritou muito.

Ele chutou o demônio Dragão com força suficiente para enviá-lo

cambaleando para a cratera. Vários de seus cortes se espalharam, mas apenas por
um momento. A batalha não parecia impedi-los de cavar em direção ao seu

tesouro.

Jakob invocou o elemento terra que sua espécie comandava, e uma parede de

solo explodiu e tombou, enterrando os dragões demônios que estavam mais no

centro da cratera. Não os matou, o elemento terra era para a vida, não para a morte.

Mas, isso prejudicou seus esforços por tempo suficiente para que ele acabasse com

mais três deles.

Seus dentes, cauda e garras por si só não foram suficientes para derrotar

tantos. Ele odiava fazer isso, mas pediu às plantas para ajudá-lo.

Vários dos bastardos mais próximos a ele foram instantaneamente

estrangulados por vinhas de tomate, prejudicando sua capacidade de usar o fogo.

Eles arranharam e rasgaram as plantas frágeis, dando-lhe tempo suficiente para

cortá-las com suas garras.

Para cada pedaço viscoso de merda que ele transformava em pó, mais três

surgiam da escuridão.

O que diabos eles estavam fazendo aqui?

Eles não tinham uma aldeia para atacar?


Ele sabia como lidar com isso. Salve os humanos dos monstros do inferno,

sem eles saberem. Isso foi o que ele treinou durante toda a sua vida. Essas foram

as incontáveis batalhas que ele lutou e ganhou. Mas, isso, e atacar diretamente

sobre ele e suas terras, era uma situação totalmente diferente.

Eles também sabiam. Seu único foco era cavar através do solo, e eles não

pareciam se importar com quantos teriam que morrer para eles continuarem a

missão.

Nenhum dragão demônio jamais se interessou por tesouros. Eles sempre

estiveram determinados a destruir.

O que diabos havia lá embaixo, que eles queriam tanto?

Puta que pariu.

Ciara.

Ela era a única nova variável.

Ela era uma bruxa muito mais poderosa e mais escura do que ele suspeitava,

se ela tivesse dragões demoníacos sob seu controle.

Ele não conseguia acreditar em toda aquela doce sensualidade que havia uma

bruxa negra.

Não. Sem chance.


Seus pequenos ataques de magia Elemental foram puros.

Se esses pequenos idiotas não estavam trabalhando para ela, eles tinham que

estar atrás dela. Ele seria condenado se alguém além dele a sequestrasse.

Droga. Eles estavam atrás dela pelo mesmo motivo que ele. Ela tinha a

relíquia do Primeiro Dragão.

O idiota que ele era, ele tinha estado muito impressionado com seu fascínio,

como se ela fosse uma porra de uma súcubo, que ele nem mesmo tinha recuperado

a relíquia.

Agora, era um perigo ainda maior do que quando ela o roubou para si

mesma. Ele iria matá-la. Mas, primeiro, ele tinha que matar outras duas dúzias de

dragões demônios.

Ele deixou que a raiva alimentasse sua magia, precisando apenas da curta

explosão que isso lhe daria para matar as feras restantes. Ele rugiu e a terra se abriu

sob a horda. Eles tombaram e caíram em massa, surpresos, dando a ele a

vantagem.

Jakob saltou no buraco e esmurrou os dragões demoníacos com seu corpo e

pedras da terra. Ele estava reduzido a apenas alguns remanescentes, quando algo
agarrou sua magia. Seu estômago sacudiu, certo por uma fração de segundo ele

estava caindo incontrolavelmente.

O cheiro de alcaçuz de Ciara o atingiu na cabeça. Jakob olhou ao redor pronto

para agarrá-la e voar. Nenhuma Ciara apareceu.

Ele abriu seus sentidos amplamente, procurando por ela, enviando espirais

de magia através da terra para encontrá-la. A conexão foi quase instantânea.

Ciara permanecia no subsolo em seu covil, embora não sozinha e

definitivamente com problemas. Puta que pariu. Não havia nenhuma fodida

maneira de alguém entrar no covil. Exceto que alguém fez. Pela segunda vez em

alguns dias.

— Ciara, me diga quem está com você. Você está em perigo?

Sem resposta. Não só não houve resposta dela, como suas palavras foram

bloqueadas, como se uma parede de isolamento à prova de som envolvesse sua

mente.

Ele podia sentir sua energia e magia através da terra, mas não conseguia

alcançá-la. Ele enviou a terra para envolvê-la em seu calor curativo até que ele

pudesse chegar até ela.


Seu estado de distração permitiu que o inimigo remanescente escapasse, e

eles foram direto para a cidade humana mais próxima. Se ele fosse atrás de Ciara,

ele sujeitava a cidade à morte e à destruição. Sua alma se revoltou com a ideia de

deixá-la exposta ao perigo.

Primeiro dragão o ajude.

A mesma onda de fogo e gelo que experimentou quando segurou Ciara em

seus braços percorreu seu corpo novamente. O fragmento de alma em sua

garganta irradiou uma luz verde brilhante na noite. O feixe focalizou e apontou

para a parte do jardim onde ele havia largado Ciara pela primeira vez e rolado no

feno com ela. Uma mão se ergueu da terra como um zumbi em um videoclipe de

uma estrela pop dos anos 80. A mão foi seguida por ombros e uma cabeça loira.

Puta merda, Ciara estava rastejando para fora do chão. Para sair daquele

lugar, ela tinha que ter cavado um túnel através da terra acima do covil da mesma

forma que ele. Só havia uma maneira de fazer isso. Ela teve que usar o dom dos

guerreiros dragão verde. Magia elemental da terra.

De jeito nenhum.

Fogo, vento e agora poder sobre o elemento terra. Nenhuma bruxa em

milhares de anos, desde a companheira do Primeiro Dragão, a Bruxa Branca,


nenhuma mulher tinha o controle de mais de um elemento. E ainda aqui, Ciara

controlava três dos quatro. Devia ser porque ela havia roubado a relíquia. Não

havia outra explicação.

Pelo menos ela parecia ilesa e sozinha. O colar em sua garganta brilhou em

resposta ao seu próprio fragmento. Ela disparou em direção à frente da villa e à

única estrada que levava à cidade.

Mulher estúpida, louca e fascinante

Ela não escaparia dele.

O dragão demônio mais próximo de Jakob se lançou sobre ele, alcançando

seu fragmento de alma. Ele agarrou a corda e puxou.

Esta foi a porra de batalha mais estranha em que ele já esteve, no dia mais

estranho de sua vida. O que diabos um dragão demônio quer com um fragmento

de alma? Bem, Jakob certamente não desistiria do dele. Ele arrancou a cabeça do

dragão demônio com os dentes e cuspiu para o lado. Quando ele fez isso, Ciara

estava fora do lugar.

Os dragões demoníacos ao redor dele dispararam pelo campo como uma

matilha de cães caçando. Jakob alçou voo e os seguiu até o campo adjacente à villa.

Ele cortou e fatiou, abrindo caminho através da última dúzia suja. Ele estava com
os três restantes quando dois deles empurraram seu camarada para frente dele,

usando o bloqueio para escapar.

Ele os pegaria em breve, bem antes de chegarem a qualquer lugar perto da

cidade ou de Ciara.

Jakob capturou o dragão demônio do sacrifício em suas garras e olhou em

seus olhinhos redondos. Ele rosnou sua frustração com isso.

— Onde seus amigos estão indo?

Não que ele esperasse que a coisa respondesse, não era mais inteligente do

que um macaco treinado.

— Solte.

Huh. Isso era novo. Adicionar dragão demônio falante à lista de merdas

bizarras que ele eventualmente teria que relatar ao conselho AllWyr. Se pudesse

dizer tanto, talvez ele devesse prendê-lo e interrogá-lo mais tarde. Pense nas

informações que eles poderiam obter sabendo que o inimigo poderia falar.

— Diga-me para onde seus amigos estão indo.

— Pegue a bruxa. — O demônio arranhou a garra de Jakob tentando fugir,

desespero em seus olhos.

— Que bruxa?
— Sua bruxa.

A raiva queimou a alma de Jakob, queimando-o de dentro para fora. Ele

apertou a garganta do dragão demônio até que sua cabeça estourou como um

dente-de-leão. Ele se desintegrou em cinzas negras que nem mesmo atingiu o solo

antes de Jakob dar três passos correndo, disparando no ar em busca de Ciara.

Nenhum dragão demônio jamais a tocaria. Ela era sua.

Para sempre.

Porra. O que?

Uma mulher para ele, para sempre. Isso não era uma coisa. Não um em que

ele estivesse disposto a pensar agora, de qualquer maneira.

Jakob abriu seus sentidos novamente, pedindo que a folhagem e a flora do

campo o ajudassem a localizar Ciara. As pedras e árvores o puxaram em direção à

pequena cidade a poucos minutos de distância. Exatamente para onde ele pensava

que ela estava indo. Ele não poderia ter planejado isso melhor.

A cidade tinha séculos, era ainda mais velha do que ele. A maioria dos

residentes vinha de famílias confiáveis; na verdade, todo o seu pessoal doméstico

morava lá. Nenhum humano na cidade tinha idade suficiente para se lembrar do

último ataque de demônios Dragão. O próprio Jakob era tão jovem que ainda não
tinha sido capaz de se transformar. Seu pai o deixou observar a batalha, entretanto.

Ele aprendeu sua primeira lição de estratégia militar naquele dia. Sempre tenha

um ala confiável.

Nem um único fio de cabelo de uma cabeça humana foi prejudicado naquele

dia, por causa do ataque coordenado pelo Wyvern verde e seu segundo. Mas o pai

de Jakob poderia ter sido gravemente ferido, ou até morto, se seu segundo em

comando não estivesse em suas costas. Jakob assistiu ao golpe mortal de um

dragão demônio naquele dia ser desviado por outro dragão poderoso.

Os guerreiros Green Dragon, agora sob o comando de Jakob, eram tão

poderosos quanto o passado. Ele era o idiota completo que os mandou embora.

Teria sido muito mais inteligente ter um batalhão inteiro em busca da relíquia

do primeiro dragão. Seu ego teria sido derrubado alguns degraus, mas seu QI

poderia ter subido, se ele tivesse pedido a ajuda dos outros Wyverns também.

Mas não.

Ele não queria parecer um idiota por perder a relíquia em primeiro lugar.

Em vez disso, ele foi o pior Wyvern em um milênio.

Seu pai sempre teve tanta fé, tantas expectativas para ele, uma pena que ele

não estava correspondendo a nenhuma delas.


A cidade apareceu e Jakob avistou um dos dragões demoníacos deslizando

entre dois prédios na borda do assentamento. Ele ainda não viu o outro, ou Ciara,

mas sabia que eles estavam por perto. Ele podia senti-los.

Se o farol do fragmento de sua alma fosse alguma indicação, eles estavam

perto da praça da cidade no centro. Ele foi definido para seguir a luz, o que ainda

o surpreendeu, mas deixou o outro dragão demônio causando estragos onde

quisesse. O que, é claro, foi exatamente o que aconteceu.

Sua sombra negra subiu pela lateral da casa e abriu uma janela destrancada.

Normalmente, os habitantes da cidade não precisavam se preocupar em

trancar as portas ou janelas. O pior crime nesta área rural era alguém que não

pagou a conta do bar em dia. Era o que acontecia quando eles eram protegidos por

dragões.

O cheiro de uma nova vida humana atingiu Jakob antes que ele visse o bebê.

O pensamento do que o demônio Dragão poderia fazer com aquela pequena alma

deu um soco no esôfago de Jakob. Ele não conseguia engolir o pensamento daquele

pedaço maligno de merda espalhando sua praga para a criança.

O medo agarrou aquele nó na garganta de Jakob e segurou firme até que ele

teve o demônio Dragão em suas garras. Ele retalhou o bastardo antes mesmo que
pudesse respirar e cuspir fogo nele. Suas cinzas se espalharam com o vento criado

pela potência de suas asas empurrando-as pelo ar.

Ele pousou suavemente, pois até o momento a residência não havia notado

qualquer perturbação na cidade e acordado.

Algo perto de seu coração ficou todo mole olhando para o bebê. Sua força

vital era forte, mas Jakob soprou um pouco de seu hálito de cura do Dragão sobre

a criança, só para garantir. A suave baforada de fumaça verde o fez espirrar, mas

não acordou.

Ele teria que ter um destes um dia. Cada Wyvern precisava de um filho para

continuar a linhagem de liderança. Ele preferia ter uma filha. Uma com olhos

verdes cintilantes e lindos cachos loiros, assim como os de Ciara.

É uma pena que dragões não tenham filhas.

Se ele não tirasse a cabeça de sua bunda e fosse salvá-la do outro dragão

demônio, esta pequena vida futura que ele imaginou não seria nada mais do que

um sonho bobo.

Um grito atravessou a noite e Jakob viu o corpo de um dragão demônio

lançado no ar como se estivesse quicando em um trampolim, girando e girando,

mas não se divertindo.


O que sua bruxa estava fazendo agora?

Jakob saltou sobre os telhados mais próximos e entrou na praça da cidade.

Ciara estava encolhida sob o toldo de metal de um telefone público. Ela estava com

os olhos cerrados e o telefone estendido como se fosse uma arma.

O demônio Dragão se espatifou no paralelepípedo à sua frente. Ele ergueu a

cabeça, sacudiu-o como um cachorro e rosnou para ela.

— Eu te mato.

— Eek. — Ciara acenou com o telefone novamente, e o demônio Dragão foi

lançado pela praça, rolando como uma estrela, lembrando Jakob de um desenho

animado infantil.

Seria engraçado, se não fosse assim, tão ... gostosa pra caralho.

Ela estava usando o vento para manter seu inimigo à distância. O demônio

idiota continuou se levantando e correndo para ela novamente e novamente. Cada

vez levava um pequeno voo no ar, rabo sobre o rabo, e uma vez até girando como

uma rainha da discoteca, em um redemoinho de poeira que ela criou.

Jakob encostou-se no prédio mais próximo. Ele poderia assistir isso o dia

todo.
Mas, depois de mais alguns golpes, Ciara se encolheu contra a cabine

telefônica. Ele praticamente podia ver a energia dela jogando a bandeira branca e

agitando-a.

O demônio Dragão sabia disso também. Na próxima corrida para ela, ele se

esquivou de suas tentativas de afastá-lo e soprou uma torrente de fogo nela. Jakob

se moveu para lançar uma parede de terra para bloquear o fogo, mas ela o

adiantou. Esse ato de magia tirou sua força restante e ela caiu no chão, caindo com

força de bunda, mas ainda agarrada ao telefone.

Jakob abriu um buraco no chão sob o demônio Dragão. Foi sugado para

dentro da terra e, antes que pudesse escapar, Jakob estava lá, cravando-o no crânio

com as pontas de sua cauda. Ele se desintegrou em cinzas pretas que Jakob

enterrou no solo.

— Vá embora, me deixe em paz. — Uma leve brisa atingiu Jakob no rosto.

— Ciara. Eu estou aqui agora. Não….

Jakob se ergueu no ar e caiu de costas a dois metros de distância.

Ciara estava novamente de pé, tremendo e cambaleando, mas com o vento

batendo em seus cabelos e fogo em seus olhos.

— Eu disse, me deixe em paz.


Que mulher.
Capítulo Sete

Fuga

Ciara saiu correndo da villa e o dragão da batalha-Jakob foi imerso no povo

cobra negra. Ela não conseguia colocar distância suficiente entre todo aquele

pesadelo e ela mesma.

Passou-se meia hora antes que ela encontrasse algo que se parecesse com a

civilização. Mas, finalmente, ela viu luzes à frente. Ela se esforçou ainda mais e

chegou à cidade, se é que poderia ser chamada assim, em dez ou quinze minutos.

Este lugar era a definição de uma pequena aldeia sonolenta, e seria estranho

se ela não precisasse encontrar um ser humano vivo com um telefone. Nem uma

única luz estava acesa em qualquer uma das janelas. O lugar estava escuro, exceto

pelos postes de luz.

Em um minuto, ela iria começar a gritar para ver se alguém estava vivo neste

lugar. Ela caminhou mais alguns metros, começando a mancar um pouco, caso

alguém quisesse olhar para seus pés. Então, vejam só, um telefone público, então
o velho Superman provavelmente mudou de roupa. Ela atravessou a rua

mancando, certa de que estava deixando pegadas ensanguentadas pelo caminho.

A cabine telefônica não tinha porta, parecia mais uma cobertura de metal para

protegê-la das intempéries. Ela pegou o fone e agradeceu ao Senhor que havia um

tom de discagem. Mas, como alguém faz uma chamada a cobrar de um país

estrangeiro?

Ela apertou o zero na esperança de conseguir uma operadora que falasse

inglês. A voz de um homem veio através da linha e disse uma sequência inteira de

palavras que ela não entendeu.

— Olá? Por acaso você fala inglês?

— Sim, um pouco. Como posso ajudar?

— Eu preciso fazer uma ligação para os EUA.

— Você tem um cartão telefônico?

Como ela deveria explicar que foi sequestrada por um dragão e deixou sua

carteira em casa?

— Não, há alguma outra maneira de pagar pela ligação?

— Posso conectar você a um serviço que pode fornecer minutos por telefone,

se você tiver um cartão de crédito.


Mais uma vez, nenhuma carteira ou bolsa. O que ela tinha era uma mente

semelhante a uma armadilha de plástico. Ela usava seu cartão de crédito comercial

Willingham Weddings com tanta frequência em vendedores de flores, fabricantes

de bolos e costureiras de última hora, que memorizou o número. Claro, sua mãe

ficaria louca quando visse a conta de um cartão telefônico internacional. Mas,

caramba, esta era uma emergência.

Ela praticamente podia ouvir a voz de sua mãe dizendo: — Sua falta de

planejamento, não constitui uma emergência da minha parte.

Não que ela pudesse ter planejado o sequestro com antecedência.

— Sim, eu farei essa opção. Obrigada.

— Conectando você agora.

Após uma série de bipes e uma voz automatizada, felizmente em inglês, Ciara

digitou os dígitos no telefone. Ela recebeu cem minutos pelo preço de cem coroas.

Ela teria que descobrir o quanto isso seria depois. Ela digitou 01 para chegar à

América e, em seguida, o número de telefone de sua mãe. A linha tocou e tocou.

Crud, que horas eram na América? Ela nem sabia que horas eram aqui. Ela

não tinha nem cem por cento de certeza de onde estava. Provavelmente ela estava

na República Tcheca, porque Jakob havia dito que sua villa não ficava longe de
Praga. Mas quão longe não era longe para alguém que poderia voar milhares de

milhas?

Ciara calculou que a Europa estava provavelmente cerca de seis horas à frente

da Costa Leste, e parecia ser bem tarde da noite, já que nada nesta vila estava

aberto.

Ela tinha certeza de que ouviria a mensagem de voz de sua mãe em mais um

ou dois toques, e pensou em quem mais ela poderia ligar.

— Por que você está me ligando a esta hora Ciara Tara Mosley - Willingham?

— A voz de sua mãe veio tão clara como se eles estivessem separados por três

metros. Embora a pessoa comum não ouvisse a ira na voz da mãe, porque ela não

permitia isso, Ciara se encolheu.

Como sua mãe sabia que era ela?

— Mãe, sinto muito, mas isso é uma emergência.

— Você sabe como me sinto sobre suas emergências.

Sim ela fez.

— Nenhuma mãe. Esta é realmente uma emergência em que estive....

— Ligue-me de manhã a uma hora razoável e quando tiver resolvido a sua

pequena crise. Tenho clientes que precisam de sua atenção.


Antes que Ciara pudesse dizer a palavra garoto, muito menos sequestrado, a

linha havia morrido.

Ela olhou para o telefone e cristais de gelo cresceram sobre o aparelho.

Deveria saber mais.

Bem, merda.

Para quem mais ela poderia ligar? Quem mais é o número que ela realmente

conhece? Sem seu telefone celular, ela estava perdendo parte de seu cérebro.

Mas ela não estava brincando com ninguém fingindo que não sabia de cor o

número de telefone de Wesley.

Sim, ela ligaria para ele. Ele provavelmente estava muito preocupado com

ela.

Ela voltou a conversar com a operadora e seguiu a mesma rotina, e descobriu

que sua curta ligação para a mãe havia consumido um terço de seus minutos. Ela

precisaria que essa ligação para Wesley fosse sucinta. Ela ensaiou em sua cabeça o

que iria dizer antes de discar o número, e então esperou pelo toque. O telefone

tocou, tocou novamente e tocou mais três vezes. Não, ela não conseguia receber o

correio de voz. Ela desligou o telefone, pegou-o de volta e repetiu toda a rotina. O

telefone tocou, tocou e tocou novamente.


— Olá?

Ciara mal conseguia ouvi-lo. O thump thump de música alta, e tantas vozes,

abafou o seu.

— Wesley? Wesley, você pode me ouvir?

— Ciara? É você, querida?

— Sim. — Ela enfiou um dedo na orelha e pressionou o fone com força contra

o rosto, tentando ouvi-lo, embora o barulho fosse do seu lado. — Estou em Praga.

— Você é um sapo?

Ela ensaiou isso, mas não adiantou dizer a ele que ela estava em Praga

sequestrada e precisava que ele fosse buscá-la, se ele não conseguia entender o que

ela estava dizendo. — Não, estou ... Em ... Praga.

— Se você estiver doente, boneca, sua mãe vai te matar.

Droga.

— Não estou doente. Estou na República Tcheca.

— Sim, vou verificar com ela.

Droga, droga, droga.

— Eu fui sequestrado. — Ela gritou as palavras, mas duvidava que ajudasse

neste ponto.
— Uma soneca é provavelmente uma boa ideia.

Ciara bateu com a mão no toldo de metal. Então outra voz cruzou a linha.

— Ei, posso te pagar uma bebida?

Em que tipo de lugar estava o Wesley?

— Ei boneca, tenho que correr. Te vejo na quinta-feira. Acho que você vai

gostar deste lugar.

O telefone ficou mudo e Ciara olhou para o fone.

Isso não tinha acontecido como ela esperava nem um pouco. Ela imaginou

Wesley correndo para o aeroporto e reservando uma passagem para Praga para

vir buscá-la, e eles viveriam felizes para sempre.

Rapaz, ela estava errada.

O que diabos ela vai fazer agora?

Ela supôs que poderia simplesmente ficar aqui na área perto do telefone.

Parecia ser uma espécie de praça da cidade. Talvez de manhã as pessoas se

reunissem aqui para, o quê, vender seus produtos?

Em mais algumas horas e seria de manhã na América, ela poderia tentar ligar

novamente.
O estômago de Ciara roncou e ela desejou ter comido alguns daqueles bolos

de chá que a Sra. Bohacek comia. Ela estava com muita fome. Seu estômago roncou

de novo, desta vez muito mais alto.

Ciara engoliu em seco e colocou a mão na barriga. Aquele som não tinha sido

seu interior desejando batatas fritas.

Ela se virou lentamente, sentindo-se como a garota TDTL dos filmes de terror.

Muito burro para viver.

Oh sim. Havia algo saído de um pesadelo atrás dela, ela podia sentir seu

hálito quente na nuca. Um hálito que cheirava a cocô misturado com tripas de

porco.

— Eu entendo bruxa. — Sua voz era mais viscosa do que a de um vendedor

de carros usados bêbado no último dia do ano.

Ele estava falando sobre ela?

Vê? TDTL. Claro, ele estava falando sobre ela.

A verdadeira questão era: o que diabos ela faria sobre isso?

O medo coalhou seu cérebro como leite com chocolate estragado, mas em

algum lugar no centro pegajoso estava a voz da Sra. Bohacek.

— Use o que você aprendeu.


O que ela aprendeu foi que este mundo não era o que ela pensava. Ah, e ela

era uma bruxa.

Uma bruxa esperta.

Ciara estendeu a mão e apontou para o céu.

— Olha, um grande dragão roxo.

Ela esperou contra toda esperança que distraiu o monstro por apenas o

segundo que ela precisava. Ela girou e apontou para ele, o fone do telefone ainda

em seu punho. O vento me ajude agora. Muito por favor.

A criatura negra em forma de cobra voou no ar e pousou em cima do toldo

de metal com um estrondo. Ciara gritou, em parte por surpresa e em parte porque

tinha funcionado. Isso durou pouco.

A coisa a alcançou e agarrou um ombro do vestido, que se rasgou quando ela

o jogou para o céu novamente.

A primeira onda de exaustão a atingiu, mas nada como no covil de Jakob. Ela

ficou firme em seu lugar, não deixando que isso se infiltrasse em seus ossos.

A besta vinha para ela novamente e novamente, cada vez que ela explodia

como Wile E. Coyote parado na frente de uma máquina de vento. As ondas de


fadiga aumentaram com cada um de seus esforços. Ela talvez tivesse mais um

empurrão, mas sabia que um tsunami de cansaço a atingiria.

Ela poderia usar o vento novamente e fugir ou tentar algo diferente. A Sra.

Bohacek disse que tinha afinidade com o elemento terra. Ela tinha saído daquela

caverna estúpida. Terra era.

Ela se agachou no chão, mas calculou mal e bateu com força com a bunda.

A coisa demônio deve ter assumido sua nova posição como fraqueza, porque

avançou contra ela novamente, mas desta vez o fogo jorrou de sua boca,

exatamente como o que ela pensava que um dragão poderia fazer.

Merda, merda, cagada.

Em sua mente, ela imaginou uma parede de sujeira e, na realidade, uma voou

entre ela e o fogo. Ela tinha toda a intenção de enterrar o bastardo no chão, mas ela

não conseguia se mover. Aquele tsunami a atingiu.

Ela iria morrer. Sua lápide leria - Comida, e não de maneira divertida. Isso

não resumia toda a sua maldita vida.

Outro monstro desceu e Ciara fechou os olhos com força, esperando pela

primeira mordida. Talvez se arrancasse sua cabeça, ela não sentiria a dor.

Nenhuma dor veio. Ela já estava morta?


Ela respirou fundo, não que as pessoas não respirassem, até onde ela sabia.

Uma voz retumbou dentro de sua cabeça. A adrenalina bombeava através

dela desmaiando qualquer coisa, exceto seu instinto de luta ou fuga.

— Vá embora, me deixe em paz. — Até mesmo o esforço de dizer essas

palavras se concentra em um túnel cinza do esquecimento.

Não, ela não morreria assim.

Ela se levantou novamente, sem saber de onde vinha a energia, mas usando-

a de qualquer maneira. Ela estava operando mil por cento no instinto agora. O

vento soprava ao redor dela, ajudando a segurá-la. Ela atirou em todas as direções,

na esperança de explodir seus inimigos.

Aquela voz estava de volta em sua cabeça novamente, mas desta vez estava

rindo. Não como uma chicotada sarcástica, mas como ... Jakob.

Ela esfregou os olhos e viu o grande dragão verde caminhando em sua

direção. Ela não poderia ter ficado mais feliz em vê-lo se ele fosse Puff, o Dragão

Mágico.

— Ciara. Você foi magnífica.

Ele a cheirou com aquele seu grande focinho. Ela bateu nele.
— Jesus, Maria e Grilo Jiminy. Achei que você fosse uma dessas coisas. E o

que diabos eram essas coisas. E pare de falar na minha cabeça. E você volte a ser

um homem neste segundo.

A adrenalina que estava correndo em suas veias e artérias e cérebro e as

pontas dos dedos caiu. Lágrimas escorreram de seus olhos e ela piscou, não

querendo chorar na frente dele.

Ele brilhou e voltou a ser o homem sexy que ela conhecia.

Ela tinha duas opções aqui. A primeira, ficar brava, desmoronar e chorar. Ou

pular em seus ossos.

Um ou outro das duas iria acontecer. Se ela desmoronasse, pareceria um bebê

grande e gordo, e ele simplesmente a carregaria de volta para seu covil, onde ela

provavelmente morreria.

Mas se ela pulasse em seus ossos, ela não tinha certeza se deveria ser capaz

de se olhar nos olhos pela manhã.

Bem, ela lidaria com isso pela manhã. Acho que foi essa a decisão tomada.

Ela agarrou sua camisa e puxou-o para ela.

Ele abriu a boca, não para beijá-la, mas para falar. Ela bateu com a mão sobre

ele e disse:
— Cale a boca e me beije.

Ele ergueu uma sobrancelha, puxou a mão dela de sua boca, e foi o que ele

fez.

Rapaz, oh, rapaz, ele fez o que lhe foi dito.

Jakob a agarrou pela cintura e a puxou com força contra seu corpo. Sua língua

mergulhou dentro e fora de sua boca, imitando exatamente o que ela queria que

outras partes de seus corpos fizessem.

Jakob aparentemente também, porque ela podia sentir sua ereção

pressionando contra seu estômago. Ou isso ou ele tinha um - não, não, era

definitivamente um pau longo e duro em suas calças, e ele estava feliz em vê-la.

Ele a empurrou contra o toldo de metal e se abaixou, levantando sua perna

esquerda e envolvendo-a ao redor de seu quadril. Ele apertou contra ela,

empurrou a mão em seu cabelo e rosnou seu nome.

— Ciara. Você tem gosto de alcaçuz e fogo.

Aquela adrenalina que ela pensava ter sumido cantou uma canção de

exultação enquanto corria de volta por seu corpo. Ela nem se importou que eles

estivessem do lado de fora, que qualquer um que espiasse pela janela os veria
transando a seco no meio da praça. Ela queria este homem com uma ferocidade

que ela nunca conheceu.

Ele agarrou a outra perna dela e a levantou, rasgando a saia do vestido, então

ela montou nele. Doce bebê Cheeze Whizz.

Se ele fosse qualquer coisa diferente de um cara que poderia se transformar

em um dragão, ela estaria preocupada que os dois fossem se espatifar no chão.

Nenhum homem a pegou, ela não era o tipo de garota esguia. Ela não precisava se

preocupar com as inseguranças ligadas ao seu tamanho com ele. Deus, isso foi

incrível.

Desespero, adrenalina e luxúria estavam todos no banco do motorista. Ela

envolveu as pernas em volta da cintura dele, os braços em volta do pescoço e a

língua em torno de seus dentes.

Tudo o que ela queria agora era rastejar para dentro dele, ou melhor, tê-lo

dentro dela. A parte de sua consciência que estava pirando, dizendo a ela para ir

com calma e xingando-a, foi superada pela parte feliz, animada, vamos transar.

Na verdade, a cheerleader com tesão para times sexy sentou em uma boa

garota e a jogou no chão.


Ciara enfiou uma das mãos nos cabelos macios de Jakob e passou os dedos

na nuca dele, obtendo o grunhido que esperava. Jakob chupou seu lábio inferior

em sua boca e mordeu forte o suficiente para enviar uma dor de prazer através

dela.

— Ah, minha bruxa suja gosta de um pouco áspero, hein? Isso eu posso fazer,

querida.

Ele moveu a boca de seus lábios até o pescoço, chupando e beliscando-a. Sua

mão massageava sua bunda e seus quadris a empurravam ritmicamente.

— Mmm, sim. — Cada raspagem de seus dentes em sua pele nua envia

calafrios por seu corpo, para cima e para baixo em sua espinha, acendendo sua

luxúria por ele. — Você precisa de mais mãos para que possa fazer aquela coisa de

segurar meus pulsos sobre minha cabeça.

Uma pilha de pedras se ergueu embaixo de mim, criando um assento

exatamente na altura certa. Jakob agarrou ambos os braços dela e os empurrou

contra o metal em suas costas. Ele não levantou o rosto, apenas o enterrou mais

fundo na curva de seu pescoço.

— Diga-me agora, porra, se você não quer isso, Ciara.


Uh, duh. Ela respondeu com um gemido. Certo, não era isso que ela queria

fazer. Ela queria gritar sim, sim, sim, para que toda a aldeia ouvisse. Mas, cada vez

que sua língua lambia sua clavícula, cada raspagem de seus dentes, cada mordida

de sua pele em sua boca enviava seu corpo a um modo totalmente reacionário.

Sua boca com a conexão do cérebro congelou e nada mais do que gemidos

saiu.

Ele trouxe seu rosto até o dela. O verde de seus olhos ficou escuro, suas

pálpebras semicerradas e ele olhou diretamente para a alma dela.

— Diga, Ciara. Diga que você quer isso, me queira.

— Mmm. — Choramingar. Não. Tente de novo. — Sim ... uh ... immmm.

— Diga. Isto. — Ele era um predador selvagem, focado apenas nela e no que

queria dela.

— Eu ... — ela mais do que queria ele e seu corpo. Ela precisava de ambos.

Ciara engoliu em seco e respirou fundo, recuperando-se do desejo ousado o

suficiente para dizer o que ambos queriam ouvir. — Eu quero você, bem aqui.

Agora mesmo.

Seus olhos ficaram incrivelmente mais escuros, suas pupilas se alongaram e

Ciara viu o dragão lá dentro, subindo à superfície. Escamas verdes brilhantes


ondulavam em sua pele e a noite se iluminou com uma luz verde. O cristal em seu

pescoço enviou fitas de magia e luz na escuridão como a Aurora Boreal.

O colar que ela usava combinava com ele, mas com brilhos de um branco

deslumbrante.

Jakob capturou os pulsos dela com uma das mãos e abriu o cinto e a calça

com a outra. Ela inclinou os quadris para frente, tentando encontrá-lo, mostrar-lhe

com seu corpo que o queria.

Ele afastou os pedaços de tecido rasgado de seu vestido e posicionou seu

pênis em sua entrada, mas congelou.

— Onde diabos está sua calcinha?

— Não pare agora, dragão. — Ela se mexeu contra ele, tentando fazê-lo se

mover. Ela os tirou horas atrás, quando a Sra. Bohacek deu a ela este vestido. —

Eu não estou usando nenhum.

— Isso é sexy pra caralho. — Ele finalmente, finalmente pressionou para

frente, afundando seu pênis nela, enchendo-a, esticando-a ao redor dele.

— Oh Deus. — O cara não precisava de um impulso de ego, mas, ele era tão

grande, e era tão bom. Ela fechou os olhos e colocou a cabeça para trás, deleitando-

se com a forma como o corpo dele combinava com o dela tão perfeitamente.
Jakob abaixou a cabeça, prendendo os dentes em torno de sua clavícula, mas

sem morder. Então ele empurrou e recuou, empurrando novamente, dando a

ambos o que queriam, o que precisavam.


Capítulo Oito

Minha

Os gemidos de Ciara seguiram um caminho de guerra diretamente dos

ouvidos de Jakob, descendo por sua espinha e direto para seu pênis. Estar dentro

dela não era suficiente. Ele precisava possuir seu corpo e alma. Deus, como ele

queria ir devagar, certificar-se de que ela estava tendo tanto prazer de sua união

quanto ele. Mas, ele simplesmente não conseguia se conter.

Cada impulso dentro dela enviou a mesma mensagem através de seu cérebro.

Minha.

Minha.

Minha.

Ela era linda, exuberante, uma deusa, a mãe natureza ganhando vida em seus

braços. Ela era sua.


A pele de seu pescoço era a coisa mais doce que ele já provou. Viciante. Ela

ficaria coberta de hematomas e marcas de mordidas, tudo o que ele prometeu a si

mesmo que acalmaria, depois que a reivindicasse.

Ele não conseguiu.

Ele tinha.

Nenhum dragão desde antes da geração de seu pai reivindicou uma

companheira. Não por setecentos anos. Porque a única mulher que um dragão

poderia reivindicar era sua verdadeira companheira.

Os dragões não tinham mais companheiras verdadeiras.

Companheiras. Mulheres humanas com quem se poderia ter um

relacionamento, talvez até crianças. Mas não aquela que ele amasse, não aquela

que ele foi criado para amar e ser amado em troca.

O amor verdadeiro não existia mais. Não para ele ou qualquer um de sua

espécie.

O empate para Ciara foi inegável. Cada instinto cru gritou a verdade.

Ele soube desde o segundo que a viu, ele só não queria acreditar. Agora, ele

não podia negar a onda de necessidade que ia muito além da luxúria. Atingiu-o
no peito, diretamente atrás do fragmento de sua alma, viajando através dele como

um deslizamento de terra.

Ele precisava dela mais do que a terra precisava do sol. A parte mais profunda

e primitiva dele, o lugar de onde seu dragão veio o empurrou para marcá-la,

reivindicá-la, torná-la sua companheira.

— Jakob, sim, sim. — Ciara gritou e seu corpo se apertou ao redor dele.

Graças a Deus. Porque com essa onda de emoção, a pura compulsão que ele

tinha de fodê-la, misturar seu cheiro com o dela, sua essência com seu ser, ele não

iria durar muito mais tempo.

Ele não se importou se deixou o impulso primitivo para possuí-la

completamente torná-lo um asno. Ela gozaria longa e forte com seu pênis

enterrado profundamente dentro dela. Ela seria dele então, e ela adoraria cada

minuto disso.

Jakob colocou uma das mãos entre seus corpos e deslizou os dedos em suas

dobras lisas. Com cada impulso nela, ele acariciava seus dedos em seu clitóris

rechonchudo.
Ela engasgou e arqueou as costas, procurando mais dele. Ele ansiava por

sussurrar todas as coisas sujas que queria fazer com seu corpo, mas não havia

nenhuma maneira de sua boca e dentes se moverem de sua garganta.

Ele mordeu com mais força, ainda não o suficiente para romper a pele, mas

para que ela soubesse que ele nunca a deixaria ir. Seu pênis implorou por

liberação, sua boca encheu de água, e sua mente latiu para ele terminar, reivindicá-

la para si.

Não. Ainda.

— Por favor por favor. Mais forte. Ahh, mais forte.

A porra da mulher perfeita para ele.

Jakob mordeu, empurrou seus quadris e beliscou seu clitóris até que seu

corpo resistiu sob ele.

Seu corpo deu a ele o sinal final que ele precisava, uma vibração de sua

vagina, à beira da felicidade completa. Ele afundou os dentes em sua carne tenra,

a parte de dragão dele marcando-a para que todos soubessem que ela era sua. Sua

alma pela dela, sua vida pela dela, dois formavam um.

Ciara gritou, a mordida empurrando-a sobre a borda, o orgasmo batendo

nela, levando-o junto. Jakob se derramou nela, deixando o êxtase de estar com ela
finalmente assumir o controle. Seus quadris se sacudiram e sua mandíbula travou

nela.

Os punhos de Ciara se abriram e fecharam, ainda presos com firmeza pelo

aperto de Jakob. Sua vagina se apertou ao redor de seu pênis, prolongando os

orgasmos de ambos. Estrelas explodiram, como um raio em uma tempestade,

eletrificando seu corpo.

Esse sexo baixo e sujo com Ciara estava muito além de qualquer coisa que ele

já experimentou com qualquer outra mulher. Seus encontros anteriores nem

mesmo se comparam.

Enquanto sua mente continuava girando, seu corpo relaxou e ele recuperou

o fôlego. Ele finalmente liberou sua carne de sua boca, vendo pela primeira vez o

dano que ele havia causado. Do pescoço ao ombro, um hematoma escuro já estava

se formando.

A ferida devia doer, mas ele não podia deixar de ficar um pouco orgulhoso

de seu trabalho manual, ou melhor, de sua boca.

Ele gentilmente lambeu a ferida e soprou uma baforada curativa sobre a

marca que havia feito nela. A névoa verde se assentou e se afundou em sua pele.
O hálito do dragão girava, em vez de aliviar os hematomas, eles se concentraram

em linhas verdes escuras.

Ciara fechou a porta e seus olhos se abriram, enxugando o sorriso desleixado

de satisfação que tinha no rosto.

— O que diabos você está fazendo comigo? Deve ser o que eles chamam de

orgasmo de corpo inteiro. — Seus olhos se fecharam novamente e ela inclinou a

cabeça para o lado, expondo seu pescoço e ombro. As linhas escuras estavam

formando uma forma, mas ele ainda não sabia dizer o que era.

A voz dela não estava chocada ou assustada como ele esperava, mas um som

baixo e rouco carregado de sexo. Ela gemeu novamente, e as paredes de sua vagina

se fecharam ritmicamente ao redor dele novamente. Se seu pênis pensava que

estava ficando mole depois de sua união, estava errado.

Ele estava tão fascinado com a reação dela quanto com a magia acontecendo

em sua pele. Ele tinha feito isso com ela, e ela era sua para cuidar.

— Shiiiiiiiiiiiiiiiiiii. É isso, minha bruxa sexy e exuberante. Aproveite essa

onda de prazer.

Jakob soltou outro sopro de Dragão e apreciou o primeiro olhar da imagem

diante de seus olhos. A imagem de um dragão verde esmeralda.


Um calor se espalhou por seu corpo, como se estivesse envolto em um

cobertor de musgo macio. Ele sabia que ela era dele, agora qualquer um que

olhasse para ela saberia também.

Ciara tomou seu comando literalmente e empurrou seus quadris para frente,

recolocando o pênis de Jakob totalmente dentro dela. Seus pés cravaram em sua

bunda, segurando-o exatamente onde ela o queria. Seu corpo deslizou sobre o dele

uma e outra vez, levando os dois a outro clímax.

— Por favor, Jakob. Por favor.

Sua necessidade empurrou sua fome de tê-la novamente.

— Isso mesmo. Monte meu pau, baby.

Ela abriu os olhos e mordeu o lábio. Ela se apertou contra ele.

— Não é o suficiente. Por favor, me faça gozar. Novamente. Agora.

Puta que pariu, ouvi-la tentar mandar nele era tão quente que ele quase gozou

dentro dela naquele momento. Ela era uma mulher forte, confiante e curvilínea, e

não havia nada mais sexy do que isso.

— Você vai fazer o que eu digo, venha quando eu mandar, porque nós dois

gostamos quando você faz. — Ele pontuou suas palavras beliscando seu clitóris

novamente. — Você não está no comando aqui, bruxa.


Ela reagiu exatamente como ele esperava, assobiando e piscando os olhos

para ele. Ela queria se submeter, mas essa coisa linda nunca encontrou ninguém

poderoso o suficiente para ceder.

Ele seria aquele homem para ela. Ele seria o único homem para ela.

Ele soltou seus braços.

— Ponha as mãos nos meus ombros. Não me solte. — Ela parou o giro de

seus quadris e olhou para ele, um flash de rebelião em seus olhos. — Faça isso,

Ciara, ou você ficará insatisfeita.

Ela ergueu uma sobrancelha, mas ele percebeu o brilho que apareceu em seus

olhos. Ela obedeceu e agarrou seus ombros, cravando seus dedos e unhas nele. Boa

menina.

Com os braços agora livres, ele a agarrou pelos joelhos, forçando suas pernas

para cima.

— Oh, sagrada ioga. — Ela gemeu.

Ele não deu a ela a chance de dizer outra palavra antes de retirar seu pênis

dolorido e empurrar nela mais profundamente do que antes. Esta nova posição o

levou a enchê-la ao máximo. Ele poderia ficar assim por um dia, mas isso não a

faria gritar, implorando para deixá-la gozar. Que era o que ambos queriam.
Ele girou os quadris, ouvindo seus suspiros irregulares para encontrar o

ponto certo. Quando seus sins se tornaram nada mais do que guinchos guturais,

ele se retirou lentamente, pronto para levá-la muito além do prazer.

— Lembre-se, você não vem, até eu mandar. — Ele esperou que ela assentisse,

agarrou as pedras ao redor de sua bunda e abriu caminho para casa, atingindo-a.

— Oh ... oh. — Sua primeira exclamação foi de surpresa, mas a segunda foi

um ronronar.

Jakob bombeava para dentro e para fora, ganhando velocidade com cada um

de seus gritos. O aperto que ela tinha em seus ombros foi ficando cada vez mais

forte, até que ele teve certeza de que teria seus próprios hematomas pela manhã.

Quanto mais rápido ele deslizou para dentro e para fora dela, mais altos eram seus

gritos.

— Sim. Sim, aí mesmo, Jakob. Ali.

Os músculos de seu canal se contraíram e seu corpo estremeceu, ela oscilou à

beira do precipício.

— Ciara, olhe para mim. — Ele estava respirando com dificuldade e seu

próprio corpo implorou por liberação. Mas não iria conseguir até que ele ouvisse

implorando dela. Ele diminuiu a velocidade, girando os quadris novamente.


Ela piscou e fechou os olhos, sem reconhecer nada além das sensações de seu

corpo.

— Ciara, olhe. — Ele respirou fundo e parou de se mover. — Em mim.

Ela piscou novamente e seus olhos vidrados o encontraram. Era isso que ele

queria ver, ela a ponto de perder o controle, pronta para sucumbir ao prazer.

Porque ele estava prestes a aumentar ainda mais, fazê-la voar. — Você já tem

permissão para vir?

O pequeno lembrete de que ele ainda estava no controle fez sua boceta

apertar mais e ela mordeu o lábio.

— Você está? — Ele rosnou.

Ela balançou a cabeça.

— Boa. Lembre-se disso.

Ele empurrou nela uma última vez e deslizou para fora.

— Agarre-se ao lado da cabine telefônica.

Ele esperou que ela obedecesse e então caiu de joelhos. Ele apoiou suas coxas,

uma em cada mão, e espalhou-a amplamente. Então ele passou a língua sobre seu

clitóris, lambendo seu doce e salgado creme.

Ela se contorceu e sacudiu, sensível de toda a sua foda.


— Ooh, Jakob. Isso é tão injusto.

Ele mostraria o que era injusto. Ele deixou uma de suas pernas cair em seu

ombro e enfiou dois dedos em sua boceta. Ele passou a língua em seu clitóris,

entortou os dedos dentro dela e os arrastou através de seu ponto G. Ele sabia que

tinha acertado porque os gemidos dela saltaram duas oitavas.

— O que eu disse antes sobre isso, eu estava errado. Esse é o local. — Seus

seios arfavam com a respiração que ela respirava em calças curtas, mostrando a

ele que ela estava muito perto. Ele continuou a tocá-la, mas ergueu a boca. — Não

venha.

Ela choramingou e jogou a cabeça para trás. Ele nunca se cansaria de vê-la

assim.

Ela não poderia ter muito controle sobrando, mas ele iria forçá-lo. Ele

continuou acariciando seus lugares mais sensíveis e chupou seu clitóris em sua

boca. Ela gritou e se transformou em suspiros soluços.

— Jakob, por favor. Por favor.

Ele sabia o que ela estava pedindo, mas ele não daria a ela até que ela

implorasse totalmente, dissesse as palavras. Ele chupou seu clitóris, sacudindo a

língua sobre a protuberância sensível dentro de sua boca.


— Por favor por favor. — Ela se contorceu, primeiro tentando se afastar dele,

e então empurrando sua boceta gorda mais perto de sua boca.

Ainda não.

Seu próprio pênis estava quase tão torturado quanto ela, lutando para se

libertar. Ele estava tão duro quanto as pedras sob seus joelhos. Tão duro.

Ainda não.

O tremor em suas pernas tornou-se uma veneziana e, em seguida, um

terremoto total. Os músculos de sua bunda se contraíram enquanto ela tentava se

conter.

Ainda não.

— Por favor, Jakob. — Ela respirou fundo, estremecendo. — Por favor, deixe-

me ir.

Lá estava. Isso é o que ele estava esperando.

Ele a lambeu mais uma vez e se levantou, nem por um segundo parando o

impulso de seus dedos dentro dela. Seus olhos estavam cerrados com força, sua

pequena carranca cerrada entre os dentes.

— Ciara, olhe para mim. — Desta vez, seus olhos se abriram.

— Por favor. — Ela gemeu.


— Deixe-me ouvir você dizer isso de novo. Peça-me, Ciara. Peça-me para

deixar você gozar.

— Idiota. — Ela ofegou. — Por favor, deixe-me vir.

Ele riu, mesmo agora ela tinha uma boca suja e sabia como usá-la. Ele amou

isso.

— Isso é o que eu quero ouvir, minha bruxa sexy e curvilínea.

Ele deslizou a mão livre entre os lábios de sua boceta e sacudiu o polegar em

seu clitóris no tempo com os dedos dentro dela. Ele abaixou a cabeça e sussurrou

em seu ouvido.

— Venha para mim, bruxa. Venha agora.

Seu corpo inteiro travou, o comando final contraindo seus músculos. Ela

convulsionou com o poder do orgasmo. O prazer dela era dele, e era a maldita

coisa mais linda que ele já tinha visto.

Ele tinha toda a intenção de deslizar seu pênis dentro dela e deixá-la ordenhá-

lo com seu calor, gozar com a pulsação dela ao seu redor. Mas ela estava com muito

calor e era tarde demais. Ele gemeu seu nome e seu pênis estremeceu. Ele gozou

na pedra embaixo de sua bunda.


Quando seu corpo finalmente soltou o controle que tinha sobre ela, ela

colocou os braços em volta do pescoço e enterrou o rosto em seu peito.

Os dois estavam ofegando, flutuando nas nuvens nove, dez e onze. Que raio

de sexo foi esse? Sexo nem era a palavra certa para isso.

Se alguém estivesse espiando pelas janelas, o corpo de Jakob bloquearia sua

visão de Ciara. Mas, eles tiveram mais problemas do que quaisquer voyeurs que

possam estar por perto. Ele foi estúpido em permitir que eles ficassem tão expostos

e indefesos com a possibilidade de mais dragões demônios ao redor.

Cara, ele era um completo idiota por permitir que seus instintos superassem

seu bom senso. Ele poderia tê-la reivindicado na segurança de sua casa, no

conforto de uma cama, em vez de empurrá-la contra um poste de metal e tomá-la

como o animal que ele era.

Ele iria fazer as pazes com ela. Ela teria a cama melhor e mais macia, e ele

encheria seu quarto com todas as flores do país. Ele faria amor com ela,

repetidamente, arrependendo-se com seu corpo por não tê-la tratado

adequadamente desta primeira vez.

Ele puxou seu vestido rasgado ao redor de suas coxas, e puxou sua própria

calça de volta.
— Ciara, amor. Deixe-me te levar para casa.

Ela não disse uma palavra, mas deixou cair as pernas e recostou-se,

afastando-se dele. Ele sentiu falta de seu calor e seu toque imediatamente.

Ela afastou as mãos dele e endireitou a roupa sozinha. A nova tatuagem de

dragão brilhou em seu pescoço e ombro, permanecendo descoberta pelos farrapos

de sua roupa.

O colar em sua garganta brilhou, pedindo-lhe para estender a mão e tocá-lo.

— Este charme é importante para você?

Talvez ele fizesse uma nova tatuagem para combinar. Ele ergueu o pedaço de

seu pescoço e o metal se desintegrou, não, ele mudou, se transformando em um

punhado de escamas de dragão multicoloridas.

A relíquia do Primeiro Dragão. Estava bem debaixo de seu nariz o tempo

todo.

As escamas giraram como se apanhadas por uma brisa suave e se espalharam

no céu noturno.

Ciara deu um tapa na mão dele e agarrou a corrente, mas ela se dissolveu em

seus dedos e se juntou ao resto.

— Ei, o que você fez com o meu colar?


— Você fez um excelente trabalho escondendo isso de mim. Eu não sei como

você fez isso. Chega de seus jogos. Traga de volta, Ciara. O que é seu é meu, agora.

— O que? — O amado olhar de corça de seu rosto desapareceu.

Ele deveria ter pensado nisso antes. Claro, ele nunca esperava ter uma

companheira. Mas, o ritual humano de casamento teria bastado. Se ela não

devolvesse o que pertencia por direito a ele, ele aceitaria de volta. Se eles se

casassem, o que era dela também pertenceria a ele.

O conselho AllWyr teria algo a dizer sobre o casamento dele. Os outros três

Wyr estariam em pé de guerra sobre ele ter acasalado de qualquer maneira. Pode

muito bem ser grande.

— Não vá e fique todo, todo mandão comigo, senhor. — Ciara o cutucou no

peito.

Ele os imaginou voltando para sua villa, conversando e de mãos dadas. Mas,

em vez disso, ele a irritou. Ela era terrivelmente fofa, toda irritada assim.

— Mas eu sou mandão. Qual você gosta.

— Ah. — Ela zombou, mas um tom muito bonito de rosa brilhou em suas

bochechas.

— Eu não fiz nada com aquele colar. Eu nem sei onde consegui.
Ele procurou seus olhos, cheirou o ar ao seu redor. Como ela poderia estar

dizendo a verdade e mentindo ao mesmo tempo. Mais de sua magia.

Em breve, ele aprenderia seus caminhos. Eles iriam passar a vida inteira

descobrindo cada canto um do outro. Ele estava especialmente ansioso para

lamber todos aqueles cantos, e especialmente sua fenda.

— Vamos, minha bruxa. Vamos voltar antes que mais dragões demônios

decidam que querem outra degustação de você.

Ciara olhou ao redor da praça vazia, um toque de medo em seus olhos.

— Você não matou todos eles?

— Sim, mas ainda está escuro e mais podem surgir das sombras até que o sol

nasça e tire seus poderes.

Ok, ele realmente não achava que mais dragões demônios aparecessem esta

noite. Mas, ele gostou muito do jeito que ela mordeu o lábio e agarrou seu braço.

— Deixe-me levar você de volta para casa. Então falaremos sobre seu colar e

seus poderes. — Na cama.

— Também estamos falando sobre por que você me sequestrou e sobre ... isso.

— Ela acenou com os dedos para frente e para trás entre eles.
— A única coisa que quero falar sobre isso com você é descobrir tudo sobre

suas torções.

— Oh não. Há algo mais acontecendo entre nós, mais do que o normal,

luxúria à primeira vista. Sem mencionar o que você fez no meu ombro.

O ar na boca e nos pulmões de Jakob secou. Uma montanha de pedras

empilhadas em seu estômago.

— Sim. Há.

Ela não sabia. Claro que ela não fez. Ela não era wyr.

Ele a marcou, a reivindicou, e ela nem sabia o que isso significava, nem

mesmo sabia que tinha acontecido.

Sexo. Isso era tudo para ela.

Exceto que ela sabia que havia mais nisso, ou ela não o pressionaria assim.

Como ele explicou a magia que ela se tornou para ele, uma verdadeira

companheira, aquele ser no universo que foi feito especialmente para ele, e ele para

ela?

Ciara bocejou e deu um tapinha na bochecha de Jakob.

— Não me deixe cair desta vez.

Jakob foi quem se sentiu abandonado. Na cabeça dele. Ou talvez seu coração.
Capítulo Nove

O que ela fez?

Ciara deixou Jakob levá-la de volta para sua villa, porque, o que mais ela

deveria fazer?

Uma bruxa branca louca havia lhe ensinado magia, pessoas cobra negra

tentaram comê-la, e então Jakob o fez.

Comê-la, quero dizer.

Ela corou em lugares que nem sabia que poderia, simplesmente pensando em

Jakob entre suas pernas e dentro dela.

Foi ... uau. Absolutamente fodas bolas incríveis.

Como ele ainda estava solteiro com habilidades assim? Oh Deus. Talvez ele

não estivesse.
Merda. Ela não estava. No inferno do momento, ela havia esquecido tudo

sobre Wes. Os beijos, lambidas e mordidas de Jakob haviam apagado Wes de sua

mente.

O que ela fez? A culpa de tê-lo traído mordeu seu núcleo como um

hipopótamo faminto.

Mas espere.

Ela tinha trapaceado? Ela realmente não tinha um relacionamento com Wes.

Eles nem tinham saído em um encontro ainda.

Claro, em sua cabeça nos últimos três anos, eles foram casados e tinham

filhos, mas na vida real, eles não eram nada mais do que colegas de trabalho.

Ele certamente não parecia estar sentindo falta dela. Nem sabia que ela havia

partido. Claro, parecia que ele tinha saído para festejar com os amigos...

Essa frase resumiu todos os relacionamentos que ela já teve.

Provavelmente porque sua vida era principalmente fritas antes de caras.

Agora, ela foi e teve alguns momentos sensuais sérios com um homem -

dragão - seja o que for, que a sequestrou, salvou-a de monstros de pesadelo que

ganharam vida, e ela gostou disso.

Bastante.
Foda-se minha vida.

Ciara tinha ido tão longe dentro de sua cabeça que nem percebeu que eles

estavam chegando para pousar na villa até que Jakob apareceu em sua cabeça.

— Quer dar outra rolada no feno, amor?

— Nem pense nisso.

— Definitivamente, estou pensando nisso e em todas as outras maneiras pelas

quais gostaria de rolar com você.

Embora ela pudesse pensar em pelo menos catorze posições diferentes que

gostaria de experimentar com ele, não haveria mais momentos sexy até que eles

conversassem.

Jakob desceu e gentilmente colocou Ciara na grama, longe de qualquer uma

das manchas pretas espalhadas pelo chão. Ele pousou ao lado dela e a forma do

dragão cintilou, desbotando como uma miragem, até que apenas o homem ficou

na frente dela.

Ele tocou sua bochecha, acariciando seu queixo.

— Vamos. Vamos cobri-la e encontrar algo para comer. Você deve estar

morrendo de fome.
Ela ficaria ofendida, porque era isso que garotas com bundas e barrigas

grandes ficavam quando um cara lhes oferecia comida. Mesmo se ela estivesse

morrendo de fome, ela nunca comeria nada além de peito de frango e uma salada

em um encontro.

Suspirar. Este não era um encontro.

Salada de parafuso. Salada era para maricas.

Ela estava com fome. Ela poderia comer uma vaca, desde que tivesse queijo e

maionese.

Além disso, essa era a segunda vez que Jakob tentava alimentá-la. Ele não

parecia se importar que ela tivesse alguma almofada extra. Na verdade, ele gostou

muito quando empurrou aquela almofada meia hora atrás.

— Eu poderia comer.

Jakob sorriu e ela viu todos os pensamentos sujos que suas palavras enviaram

a sua mente. Ele pegou a mão dela e a arrastou pelo pátio para dentro de casa. Ela

protestaria contra seu comportamento de homem das cavernas, mas ela tinha uma

visão brilhante de sua bunda.

Que bela bunda também.

Ela poderia pensar em tantas coisas divertidas para fazer com aquela bunda.
Sem mencionar todas as coisas sujas que ela gostaria que ele fizesse em sua

bunda.

Nossa, com muito tesão?

Ela estava fazendo exatamente o que sempre fazia quando começou um

relacionamento com o novo cara. Não que isso tivesse acontecido muito, mas esse

era seu MO. Pule as partes importantes, como se eles tinham algo em comum, ou

se eram compatíveis, e em vez disso foi direto para a terra da fantasia.

Não era como se ela tivesse um relacionamento com Jakob. Eles fizeram sexo.

Sexo fantástico pra caralho, mas isso ainda nem contava como um caso de

uma noite.

Ela nunca deveria ter deixado isso ir tão longe. Então, ele tinha mostrado mais

interesse por ela do que Wesley, ou qualquer outro homem que ela já namorou,

ou não namorou. Não significava que viveriam felizes para sempre.

Mesmo que ela tenha deixado sua imaginação correr todo o caminho até o

altar, não era típico dela simplesmente pular na cama, ou pular em uma cabine

telefônica, com um cara que ela conheceu ontem.

Conhecer não era nem preciso. Ele a sequestrou. E então ela foi dormir com

ele.
O que nos cannolis sagrados?

Suas emoções estavam completamente fora de sintonia, e isso estava afetando

seu julgamento. Tinha que ser este lugar. Ela sabia melhor.

As emoções deixam a pessoa muda e fazem coisas estúpidas, como dormir

com um dragão.

A bruxa branca, anteriormente conhecida como Sra. Bohacek, a advertiu que

suprimir suas emoções, como ela havia crescido fazendo toda a sua vida, iria

queimar a casa. Ela já havia quase queimado o tesouro de Jakob.

Havia uma diferença entre suprimir as próprias emoções e manter a mente

calma e clara. Não era a mesma coisa. De jeito nenhum. Nem mesmo perto.

Certo, então, ela comeria calma e claramente e agradeceria a Jakob, mas não,

ela queria ir para casa. Eles estavam além de sequestrador e sequestrado agora.

Eles poderiam ter uma conversa adulta, finalmente.

Ela nunca teve seu quem é do que? Em primeiro lugar, e ele entenderia isso

agora.

Ele iria levá-la para casa. Ou talvez ela tiraria mais alguns dias de folga e

passaria em Praga. Não como se alguém tivesse sentido falta dela de qualquer

maneira. Não como se ela tivesse alguém para quem voltar para casa.
Ela poderia ir para casa na próxima semana, para sua vida triste e patética,

desejando um homem que nem mesmo a queria, trabalhando noventa horas por

semana para sua mãe, ajudando outras pessoas a terem um final feliz para sempre.

Sim. Bom plano.

Jakob assobiava enquanto a guiava pela casa até a cozinha. Claro que sim, ele

era um cara que acabou de transar.

Sem amarras.

Ele agarrou uma almofada verde suave de uma cadeira pela qual passaram e

parou o tempo suficiente para envolvê-la como um xale. Os dedos dele esfregaram

o lugar entre o pescoço e o ombro, onde ele a mordeu.

Quem diria que ela gostava de mordidas? Mas, quando ele cravou os dentes

nela, cara, cara, como seu corpo disse 'inferno, sim.'

— Você não vai usar nada disso por muito tempo, mas prometo comprar para

você todas as roupas mais bonitas do mundo, se quiser. Exceto calcinhas. Sem

calcinha. Sempre.

Ela não sabia o que dizer sobre isso. Nenhum homem jamais se ofereceu para

comprar suas roupas. Ela não precisava dele de qualquer maneira, ela tinha um

armário entupido para transbordar em casa. Onde ela estaria amanhã.


Ciara abriu a boca para dizer isso, mas seu estômago roncou, ou talvez fosse

sua psique. De qualquer forma, um cheeseburger faria maravilhas. Eles poderiam

conversar depois.

Ele deu um tapinha no nariz dela. Sério. Como algo que um casal adorável

faria.

Eles não eram um casal. Eles nunca seriam.

— Venha, vamos ver que tipo de refeição podemos preparar. Precisamos de

nossa força.

Ele piscou para ela e roçou os lábios nos dela.

Ela desejou que ele não fizesse isso. Era difícil manter a mente calma e clara.

Jakob deu um tapa na bunda dela e colocou a mão nas costas dela, guiando-

a para a cozinha. Cada formigamento que ela já sentiu em toda a sua vida não era

nada comparado com as abelhas zumbindo fazendo cócegas nela bem onde a mão

de Jakob repousava.

Eles entraram na cozinha, mas Jakob parou de repente, logo na entrada. Ele

se moveu como o Flash e pulou na frente dela. Ciara guinchou, esperando outro

ataque do povo cobra. Nenhum veio.


Ela hesitantemente espiou ao redor dele para ver que outro tipo de monstro

assustador poderia estar na cozinha.

Um homem encostado no balcão, os braços cruzados, como se ele não se

importasse com o mundo. Exceto, havia algo no modo como seus olhos estavam

em alerta, indo para ela e depois para o rosto de Jakob. Ele não estava relaxado,

nem um pouco.

Nem Jakob. Ele apertou a mão dela e fez o possível para bloquear a visão do

visitante.

O outro homem falou primeiro.

— Olá irmão. Como os ventos estão tratando você esta noite?

Ciara olhou para os dois homens que estavam parados. Nenhum dos dois

parecia zangado, era mais territorial. Onde Jakob fazia o coração dela bater mais

rápido qual é o problema com seu cabelo escuro, aquela barba gostosa em seu

queixo e olhos verdes brilhantes, seu irmão era um deus loiro, com olhos

dourados. Eles não se pareciam em nada. Irmãos de outra mãe, talvez.

— Este é o seu irmão?

Jakob não se mexeu, porque então perderia o concurso de encarar.

— Não exatamente. Ele é outro Wyvern. Líder dos dragões de ouro.


— Oh. — Huh. Ela tinha acabado de presumir que os dragões eram todos

verdes, já que Jakob era isso. O que ela estava dizendo? Todos os dragões? Até

ontem, o único dragão que ela conhecia era Puff. Havia mais uma pergunta em

sua lista para quando ela e Jakob tivessem aquela conversa.

Ciara se moveu ao redor de seu incrível corpo de dragão e estendeu a mão,

tomando cuidado para manter o cobertor cobrindo os farrapos de seu vestido. Não

há necessidade de mais de um dragão para vê-la seminua esta noite.

— Prazer em conhecê-lo. Sou Ciara Mosely-Willingham.

Ele se endireitou e pegou a mão dela, as pontas dos dedos dançando sobre o

pulso dela.

— O prazer é inteiramente meu, beleza. Você pode me chamar de Cage.

Um rosnado baixo e estrondoso veio de trás dela e desta vez não era o

estômago de ninguém.

Cage ergueu as mãos no ar e deu um passo para trás, mas com um sorriso

sedutor no rosto.

— Minhas desculpas, greenie. Eu não sabia que você estava ... — ele fez uma

pausa, inclinou a cabeça e inalou pelo nariz. — Isso é muito interessante.


Jakob estendeu os braços, ao estilo de uma mãe de futebol, bloqueando-a de

Cage. Ela enfiou a cabeça debaixo do braço dele mesmo assim.

— O que é?

Cage farejou o ar novamente e estreitou os olhos.

— Seus cheiros. Eles estão....

Jakob empurrou Ciara para trás, bloqueando sua visão e as palavras de Cage.

— O que você está fazendo aqui, Cage?

— Eu vim ver qual foi a confusão com meus ouros sobre o oceano Atlântico

na outra noite. Ouvi dizer que você pegou um voo.

— Eu fiz.

Cage olhou entre Jakob e Ciara, tentando descobrir algo. Era completamente

óbvio que eles haviam dormido juntos, cerca de meia hora atrás?

Porcaria. Ele podia sentir o cheiro, não podia? Ela estava investindo na

Febreeze.

— Deve ter sido muito importante se você não pôde falar comigo sobre o voo.

É uma longa viagem para um verde.

— Era e era. — Jakob estava sendo incrivelmente calado sobre o que quer que

esses dois estivessem conversando.


— Eu vejo isso. — Cage balançou os olhos para Ciara enquanto a olhava de

cima a baixo de uma forma que a fez rir. Que encantador.

Jakob tinha um pouco de mojo de proteção machista, mas nada além de

curiosidade e simpatia veio de Cage.

Sim. Ela poderia dizer isso. Não era um palpite, ela não estava prestando

atenção à linguagem corporal dele para chegar a essa conclusão. Ela sabia disso.

Cage pode ser bonito, mas Jakob era aquele com quem ela tinha se sujado.

Aquele com o qual ela gostaria de sujar ainda mais.

ECA. Não, ela estava indo embora. Ela decidiu. Independentemente disso,

ela não queria ver algum tipo de guerra de homens entre esses dois porque Jakob

estava ficando todo selvagem com ela.

Ela colocou a mão no braço de Jakob, pensando que seu toque poderia

acalmá-lo. Funcionou com noivas e noivos e pais das noivas e mães dos noivos.

Ela literalmente sentiu os músculos de seus braços relaxarem sob sua mão.

Ele finalmente olhou para ela, franziu a testa e ergueu as sobrancelhas por

um segundo, e respirou fundo juntos.

— Cara. Quem é essa garota sexy? — A voz de Cage tinha uma aura de

admiração.
Jakob não respondeu, mas procurou seus olhos. Ela sentiu outra emoção dele

agora. Arrependimento? Não, isso não estava certo. Havia algo que ele estava

escondendo, algo que não estava contando a ela.

Seu pingente ligou, como uma velha TV se aquecendo, muito fraco no início,

como se a luz fosse destinada apenas para ela ver.

— Ela é minha ... convidada.

— Um convidado que faz sua alma brilhar? Ela tinha mais que um convidado,

Zeleny. O que diabos está acontecendo aqui?

— Ciara não é um ser humano comum. Ela tinha a primeira relíquia do

dragão.

Oh cara, isso de novo não.

— Eu nunca peguei nada do seu primeiro dragão.

Talvez ela estivesse errada sobre ele entender isso agora.

— Puta merda, cara. Você pegou de volta dela, não é? — Cage começou a

andar de um lado para o outro da pia até a geladeira em um círculo.

— Não. Foi-se. — Toda a atitude de Jakob era diferente. Ele não parecia tão

agitado como em todas as outras vezes que conversaram sobre esta relíquia. Ela

poderia ter feito isso? Os elementos e suas emoções estavam obviamente


interligados, porque ela teve que usá-los para afetar o fogo, o vento e a terra. Ela

ainda não tinha tentado nada com água.

Fazia sentido que, se ela aprendesse a controlar os elementos, também

pudesse ser capaz de fazer algo com as emoções. Ela sempre foi muito boa em

acalmar as pessoas, era metade do que a fez ir para o trabalho.

Um emprego que ela provavelmente perderia. Esse pensamento não doeu

tanto quanto deveria.

Seu trabalho era sua vida. Ela deveria estar pirando agora.

Não muito.

— Perdido? Foi para onde? Você tem que recuperá-lo. Esse é o trabalho do

wyvern do Dragão Verde. Seu Wyr foi o encarregado de zelar pela relíquia. Você

não pode simplesmente perdê-lo. — Cage adicionou muitas gesticulações com seu

ritmo. Ele estava ficando muito nervoso.

Ciara respirou fundo e se concentrou em Cage. Em sua mente, ela pensou em

um belo campo verde com um céu azul tranquilo pontilhado apenas com algumas

nuvens fofas aqui e ali. A luz do sol esquentou o ar e pássaros cantaram em sua

cabeça.
Cage parou e esticou as costas e os ombros. Ele olhou para Ciara e seu queixo

caiu.

— Você fez isso?

— Pode ser. Você se sente melhor?

— Eu estou tendo uma vaca. Mas com certeza não parece. — Cage sorriu e

deu a ela um daqueles sorrisos que você vê em comerciais de pasta de dente. Se a

vida tivesse uma trilha sonora, o brilho de seu sorriso teria apagado.

— Por que você não nos conta o que você fez com a relíquia?

Ciara ergueu as mãos e deu um passo para trás. Agora ela tinha que

convencer os dois. Excelente.

— Não acho que Ciara tenha algo a ver com o roubo. — Jakob aproximou-se

dela e colocou a mão nas costas dela novamente. Ela não conseguia pensar direito

quando ele fazia isso. Desgraçado.

De jeito nenhum ele tinha acabado de dizer que ela não roubou seu

thingamabob.

— Depois do ataque a nós dois esta noite, e as consequências, — a única

indicação que Jakob deu sobre as consequências foi a menor ruga perto de seus

olhos. — Acho que quem roubou a relíquia plantou para que eu a encontrasse.
O que?

— Além do fato de ela ter alguns poderes muito interessantes, o que a torna

especial, importante? Por que alguém arriscaria a primeira relíquia do Dragão para

trazê-lo até ela?

Ah, sim, porque ela adorava ser comentada como se ela não estivesse ali.

— Olá? — Ela acenou com as mãos para lembrar aos dois homens que ela não

era um objeto inanimado.

— Desculpe, gatinha. — Cage teve o bom senso de parecer envergonhado

com seu mau comportamento.

Jakob girou o polegar em um círculo nas costas dela. Ela não queria que ele

fizesse isso, mas também não queria que ele parasse, então não disse nada.

— Seus poderes são extraordinários. Nunca vi nada parecido. Ela comanda

três dos quatro elementos sem sequer torcer o nariz. Mas, isso não traria uma

horda de mais ou menos cinquenta dragões demônios sobre nós.

Cage acenou com a cabeça.

— Eu vi as marcas pretas em seu jardim. Presumo que suas tropas cuidaram

deles.
— Não, eu os mandei embora ontem. Todos menos Steele, que agora está a

caminho dos Estados Unidos.

— Você está me dizendo que você e o gatinho aqui derrotaram cinquenta

dragões demônios.

— É assim que você chama aquele povo cobra negra? — Dragões demônios?

Isso parecia muito pior do que gente cobra. Eles eram demônios ou dragões, ou

ambos? Jakob pigarreou e Ciara deu uma risadinha para si mesma com a forma

como seu peito inchou. — Eu cuidei deles.

— Okay, certo. A menos que você encontre uma maneira de quadruplicar

seus poderes. — Cage zombou de Jakob e apontou o polegar para ele. Ele sorriu

para Ciara como se eles tivessem algum tipo de acordo conspiratório de que Jakob

era um idiota.

Ciara mostrou a língua.

— Assim que o sol nascer e eu tiver certeza de que Ciara está segura, podemos

levar isso para fora e eu mostro a você.

Excelente. Os dragões iriam pegar seus pênis e medi-los.


— Parece divertido. Mas é melhor guardarmos para o Conselho AllWyr. —

Cage se recostou no balcão. — Divirta-se explicando para Match como você

perdeu a primeira relíquia do dragão para conhecer uma garota gostosa.

— Eu tenho muito mais para contar ao Conselho AllWyr. — Jakob deu um

tapinha no queixo de Ciara e tirou o cobertor de seu ombro direito, expondo-o à

vista de Cage.

A mandíbula de Cage não apenas caiu aberta novamente, mas seus olhos

quase saltaram para fora de sua cabeça.

O que? O que ele viu? Ciara torceu a cabeça para olhar para si mesma, mas

só conseguia ver seu ombro. De jeito nenhum aquela era sua pele, porque ela não

tinha uma tatuagem gigante de um dragão verde.

— Como o fato de que Ciara é minha verdadeira alma gêmea e que eu a

reivindiquei.

Os arrepios que Jakob colocou em suas costas viajaram por sua espinha,

atingiram-na na parte de trás do crânio e enviaram alfinetes e agulhas por seu

couro cabeludo.

Isso iria atrapalhar seus planos. Não o tipo de torção que fazia seu motor

funcionar, o tipo que o paralisava.


Capítulo Dez

Você pertence a mim

Se Ciara não tivesse trabalhado algum tipo de mágica em todas as suas

emoções, a cabeça de Cage teria explodido. Em um milhão de pedaços.

Jakob sabia exatamente como ele se sentia.

Mas ele estava menos preocupado com a reação de Cage à sua declaração e

esperou para ver o que Ciara faria.

Até agora, ela não moveu um músculo. Sério, ela estava congelada.

— Ciara, querida? — Ele pegaria qualquer coisa dela no momento. Lágrimas,

raiva, ela poderia até dar um tapa na cara dele.

O acasalamento era uma coisa muito grande para atacar uma pessoa, mesmo

que ela não entendesse totalmente a extensão do que significava o verdadeiro

companheiro de um dragão.

Ela não fez nenhuma dessas coisas. Em vez disso, ela empurrou o braço dele

e saiu da cozinha.
Merda, provavelmente era ruim.

Ele a seguiu, e Cage estava em seus calcanhares. Ela voltou pela sala grande

e subiu as escadas, movendo-se rápido o suficiente para que ele tivesse que subir

dois degraus de cada vez apenas para alcançá-los.

— Ciara, fale comigo.

Ela ergueu a mão e depois apenas um dedo. Aquele dedo balançou para ele,

mas Ciara ainda não disse nada. Ela continuou andando até chegar ao quarto de

hóspedes em que ele a colocou ontem.

Seria demais para ela, ela entraria em colapso? Ir para a cama e puxar as

cobertas sobre a cabeça? Cristo, ele tinha feito isso com ela. Quebrou sua

companheira quando era seu trabalho protegê-la, mantê-la segura.

Não era como se ele pudesse pedir conselhos a qualquer outro dragão sobre

como lidar com uma companheira. Ninguém mais tinha uma companheira ou

mesmo pensava que teria. Ele estava inventando isso à medida que avançavam.

Se ele tivesse que envolvê-la em algodão, ou melhor ainda, algodão doce, ele

a protegeria, a faria se sentir segura.

Ela abriu a porta e foi para a frente de uma cômoda que tinha um pequeno

espelho pendurado na parede sobre ela.


O cobertor que a cobria caiu no chão e ela descobriu o ombro.

O reflexo olhando para ela estava confuso. Lábios pressionados juntos em

uma linha fina e olhos arregalados que observaram seus dedos roçarem sobre a

marca que ele deu a ela. O dragão cintilou sob seu toque.

— O que. Inferno. É. Isso?

OK. Ela estava chateada. Ele poderia lidar com isso. Pelo menos agora ele

sabia com o que estava lidando.

— Ela vai chutar o seu traseiro, cara. — Cage sussurrou, se divertindo muito

com isso. A qualquer segundo ele puxaria uma cadeira e pegaria um pouco de

pipoca.

— Foda-se.

— Não.

Jakob só podia esperar que um dia Cage encontrasse uma companheira

também. Principalmente para que Jakob pudesse tornar a vida de Cage igualmente

miserável quando isso acontecesse.

Ele nem sabia se isso era provável. Ele não sabia nada sobre como ou por que

tinha sido abençoado com Ciara.

— Jakob, — ela rosnou.


Cage estava certo. Ela estava chateada. Fofo pra caralho também. Suas

bochechas tinham o mesmo rubor quando ela estava brava e quando estava

gozando.

Tudo o que Jakob queria fazer era levar Ciara para a cama e mostrar a ela

exatamente o que aquela marca significava.

— Cage, saia.

Ciara apontou para Cage.

— Oh, não, se você não me contar o que fez comigo, talvez ele conte.

Cage ergueu as mãos e começou a recuar para fora da sala. Ele não era um

dragão idiota.

— Isso não diz respeito a ele. Essa marca está entre você e eu.

— Isto não é uma marca. Esta é uma arte corporal não autorizada. É uma

tatuagem maldita.

Cage foi até a porta e agarrou a maçaneta para fechá-la, deixando Jakob e

Ciara sozinhos.

— Ela vai te matar. Mas, se você sobreviver a isso, você precisa ligar para o

AllWyr o mais rápido possível. Divirta-se com isso.


Cage fechou a porta, deixando aquela pequena bomba da verdade explodir

dentro da cabeça de Jakob.

Merda.

Ele poderia convocar o AllWyr, uma reunião de todos os quatro wyverns, e

então todos veriam como ele estragou tudo. Ele certamente não estava se tornando

o líder que seu pai tinha sido. Mas, que escolha ele tinha?

A villa e seu covil foram comprometidos, dragões demoníacos tentaram

roubar seu fragmento de alma, e ele marcou e reivindicou uma companheira.

Ele estava muito além de sua cabeça. Ele foi treinado para liderar suas tropas

na batalha contra o mal e manter a paz entre seu Wyr.

Isso é o que avô e seu pai fizeram antes dele. É o que todos os wyverns fizeram

desde a primeira grande batalha alguns milhares de anos atrás. Se isso fosse tudo

que ele tivesse que fazer, ele seria um wyvern malvado.

Mas, acasalamento? Amar?

Ele não tinha ideia quando se tratava de qualquer um deles.

Ele conhecia Ciara há alguns dias, não havia tempo para o amor. Este

acasalamento era completamente instintivo, tinha muito pouco a ver com

sentimentos.
— Existe alguma maneira de tirar essa coisa de cima de mim? Por que você

colocaria uma tatuagem em mim em primeiro lugar? — Ciara esfregou os dedos

sobre a marca como se estivesse tentando esfregá-la.

Ele pode estar se sentindo um fracasso no momento, mas ele precisava deixar

isso de lado e cuidar de sua companheira, o que era algo que ele não tinha feito

desde o segundo em que a encontrou.

Jakob finalmente descobriu como tirar a cabeça da bunda e cruzou a sala até

Ciara. Ele colocou a mão sobre a dela e a parou de esfregar na marca.

— Muita coisa aconteceu nos últimos dias e, honestamente, é tão opressor

para mim quanto penso que é para você.

Ela olhou para ele no espelho, um flash de emoções misturadas voou através

de seus olhos olhando para ele. Houve uma boa dose de descrença, alguma

frustração, e a que mais o incomodava, o medo. Ele fez mais do que o suficiente

para fazê-la temê-lo. O oposto do que eu faço deveria estar fazendo. Ele precisava

começar a ganhar a confiança dela.

— Eu sinto muito por tudo que fiz você passar. Mas, não vou me desculpar

por reivindicar você. Estarei agradecendo ao Primeiro Dragão pelo resto da minha

vida por termos sido trazidos juntos.


Os ombros de Ciara cederam sob sua mão.

— Eu não sou sua propriedade para reivindicar.

Ela tentou se afastar, mas ele não queria que ela pensasse que ele era um

porco misógino. Ele não podia culpá-la. Ele tem agido como um idiota, pesando

sobre ela, controlando cada movimento seu. O que ele poderia fazer para mostrar

a ela o que ele quis dizer?

Jakob segurou ambas as mãos dela e caiu de joelhos na frente dela.

— Não é desse jeito.

Ela olhou para ele, lindos olhos arregalados.

— Mesmo? — Alguns flocos de neve formaram um halo ao redor de sua

cabeça. — Você não acha que eu pertenço a você agora?

Havia gelo em sua voz, mas ela o moderou. A neve se dissipou antes mesmo

de atingir seu cabelo. Ele esperava que fossem suas ações que tivessem feito isso,

e não ela reprimindo suas emoções novamente. Ele engoliu em seco, tentando

escolher suas próximas palavras com muito cuidado.

Ele estava prestes a receber uma enxurrada de beijos ou uma queda de neve.

— Eu faço. Você pertence a mim, mas eu também pertenço a você. Nós fomos

feitos um para o outro.


Ela balançou a cabeça.

— Não, não vejo como isso poderia ser.

Os humanos acreditavam no conceito de almas gêmeas, havia livros e filmes

bobos o suficiente para provar isso. Mas o ritual de acasalamento humano não era

nada parecido com o dos dragões. Eles dançavam em torno um do outro. Dragões

marcados, reivindicados e acasalados. Ele precisava encontrar um meio-termo

para sua companheira.

— Você é minha verdadeira alma gêmea. Estávamos destinados a ficar juntos.

Sua sobrancelha franziu, fazendo uma pequena ruga fofa.

— Já vi muitos casais felizes na minha linha de trabalho para não acreditar no

destino. Mas como você sabe?

Boa pergunta. Não era como se ele tivesse um manual de acasalamento.

— Estou operando completamente por instinto com você. Cada célula dentro

de mim, cada escama do meu corpo sabe que você é minha.

— Talvez eu pudesse aceitar isso se nos conhecêssemos há anos,

namorássemos e ... bem, eu ia dizer que fizemos sexo, mas fizemos essa parte.

— Fizemos essa parte muito bem. — Da próxima vez seria ainda melhor.
Seus olhos se suavizaram e um lado de sua boca se ergueu em um sorriso

parcial. Ele estava progredindo.

— Podemos fazer essas outras coisas? Conhecer um ao outro e namorar? Ou

eu tenho alguma forma horrível daquela síndrome, sabe aquela em que a refém se

apaixona pelo sequestrador? Eu realmente não entendo como eu poderia não te

odiar. Mas eu não faço e isso é estranho para mim.

Ele adoraria um romance com ela. Ele compraria para ela um lindo vestido

verde novo e luvas brancas, escolheria um colar de diamantes de seu tesouro e a

levaria para Praga, onde veriam uma ópera como La Traviata. Ela provavelmente

gostaria mais disso do que dos Piratas de Penzance. Mas, com o ataque do

demônio Dragão e sua suspeita sobre o que realmente havia acontecido com a

relíquia, não haveria tempo para beber e comer com ela.

— Eu não adoraria mais nada, mas não acho que nossa situação vai permitir

isso.

Ela se afastou dele, tentando esconder sua decepção.

Isso despedaçou seu coração, e ele jurou um dia compensar isso por ela.
Agora, ele tinha uma escolha a fazer. Não, esta escolha ele precisava para

permitir que ela ficasse no comando. Ele se levantou e ficou atrás dela, querendo

que ela sentisse sua presença, mas sem tocá-la.

— Se você quiser que eu o leve de volta para sua casa na América, eu o farei.

— Mesmo que isso o matasse.

— Tenho uma vida inteira para voltar lá. Eu tenho um encontro na quinta-

feira com Wesley. — Ciara lambeu os lábios e fez uma careta como se tivesse um

gosto ruim na boca.

Sobre seu cadáver. Ele ainda não diria a ela que se ela o recusasse, não haveria

outro para nenhum deles. Ele não queria que isso influenciasse sua decisão dessa

forma.

— Fique.

Ela não disse nada, o que o socou no estômago. Agora era a hora de empurrar

seu caso. Ele sabia que ela sentia algo por ele, ele sentiria o cheiro dela se ela não

sentisse. Talvez apresentar a ela o resto de sua teoria de trabalho ajudasse a

persuadi-la.
— Há algo mais acontecendo além de você e eu acasalando. O ataque massivo

dos dragões demônios aqui na villa, a tentativa de roubar o fragmento de minha

alma e chegar até você estão todos conectados de alguma forma.

Ela andou de um lado para o outro. Ele acompanhou cada passo.

— Eu não estaria segura se voltasse para casa, estaria?

— Eu enviaria um batalhão inteiro de guerreiros dragão verde para protegê-

la.

— Mas, você não estaria lá.

Se ela quisesse ser sua companheira, eles teriam que estar aqui, em sua terra

natal, onde seu povo e seu Wyr estavam.

— Não.

— Imaginei. Minha vida nunca mais será a mesma, não é? — Ela não parecia

tão incomodada com essa declaração quanto ele pensava que ela ficaria.

— Não. O acasalamento muda as coisas. — Se ele tivesse muita, muita sorte,

seria melhor para os dois.

— Sim, você vai ter que me dar o 101 de acasalamento, ou pelo menos as notas

do penhasco.
A declaração dela deu a ele esperança de que ela estava considerando ficar

com ele. Ele felizmente passaria o resto de sua vida ensinando-a sobre o

acasalamento. Ela estaria ensinando a ele também.

— Eu não estive exatamente segura aqui também. Aqueles caras demônios

estão atrás de você ou de mim?

— Eu farei tudo ao meu alcance para mantê-la seguro. Não acho que eles

estavam exatamente atrás de mim. Um deles tentou roubar meu fragmento de

alma. Eles podem ter estado atrás do seu colar.

— Eu nem sei o que era ou de onde veio.

Ele tinha uma teoria sobre isso.

— Eu acho que alguém pegou a primeira relíquia do dragão e plantou em

você na forma daquele colar. Tinha alguns feitiços poderosos porque, até tocá-lo,

também não tinha ideia do que era.

Ela parou de andar.

— Você não acha que eu sou mais um ladrão?

Ela tentou dizer a ele o tempo todo, mas ele não deu ouvidos.

— Não, quem quer que tenha tirado a relíquia do meu covil queria que eu te

encontrasse. Eles sabiam que você era minha companheira.


Nenhum dragão tinha esse tipo de poder, nenhum humano também. Outro

tipo de demônio, talvez? Não era um dragão demônio, não eram as ferramentas

mais afiadas no galpão. Succubi e Incubi negociavam em sexo e sangue, não almas.

Nada em seu conhecimento tinha o tipo de poder para mudar o destino dos

dragões.

— Mas, se estivéssemos destinados a ficar juntos, como você diz, você não

teria me encontrado de qualquer maneira? Ou eu não poderia encontrar você?

Os dragões procuraram a cura para a falta de companheiros por séculos. Eles

quase não tinham esperança.

— Acho que não. Nenhum dragão nos últimos setecentos anos encontrou sua

companheira. Ou se ele fez, ele não sabia que ela era a única. Eu nunca imaginei

que você estivesse lá fora por mim.

Ele ainda mal acreditava, exceto quando olhou para ela e sentiu desde as

escamas até os ossos que eles pertenciam um ao outro.

— Setecentos anos parece muito tempo para uma raça ficar sem maridos ou

esposas.

— Esposas não é exatamente a palavra certa para a companheira de um

guerreiro Dragão, mas perto o suficiente, já que todas elas são mulheres.
— Dragões lésbicas?

Isso fez Jakob rir alto.

— Não, embora existam alguns dragões gays, então eu acho que todo

companheiro não é uma mulher. Mas não existe dragão feminino.

— Mesmo?

— Sim, somos todos filhos do primeiro Dragão. Eu sou o primeiro filho do

primeiro filho do primeiro filho, etc., do primeiro Dragão Verde.

— Isso é um monte de filhos, por não ter mãe.

— As últimas gerações de dragões sem companheiro tiveram companheiros.

— Ele ignorou o fato de que seu Prime se aproximou dele e logo seria esperado

que levasse um companheiro. Nenhuma mulher o interessou ultimamente. Então

bam.

— Como o Dr. Quem?

— Não. Alguns companheiros são como esposas, outros não. Mas eles são

todos amantes. Muitas são mães de dragões.

— Oh, eu vejo. Vocês todos são um bando de putas de dragão.

Ele supôs que sim. Os cinquenta anos entre quando ele atingiu a puberdade

e o início de seu Prime, ele tinha sido um filho da puta com tesão. Mas, até a morte
de seu pai, ele nunca havia considerado ter um filho. Até esse momento, porque

ter um filho com Ciara tinha acabado de subir para o topo de sua lista de

prioridades. Seu pau acordou com o pensamento de vê-la madura e grávida de

seus filhotes.

A menos, claro, que ela escolhesse partir.

— A maioria dos companheiros são muito especiais para seus dragões. —

Ciara estava longe demais. Ele cuidadosamente caminhou em direção a ela. — Eu

suspeito que se não tivéssemos perdido a habilidade de acasalar, muitos deles

teriam marcado e reivindicado suas mulheres, assim como eu fiz com você. — Ela

viu que estou chegando e deslizou para o outro lado da cama grande do quarto.

Isso estava bem, ele felizmente a puxou para cima.

Ela não estava realmente tentando fugir dele, mas seus instintos o

empurraram para persegui-la.

— Se eu decidisse que não queria voltar para a América agora, — ela ergueu

as mãos para impedir seu avanço. — Você tem alguém como aquela senhora

Bohacek, que pode me ajudar a aprender como usar esses poderes malucos que

pareço ter manifestado?


— Você a mencionou antes, meu pequeno bolinho, mas ainda não sei de

quem você está falando.

Ele colocou um joelho na cama e plantou a planta do pé no chão, pronto para

saltar se ela fugisse. Ela agarrou um travesseiro da cama e o estendeu na frente

dela. Como se isso fosse pará-lo.

— Você deve. Ela conhece você, esteve em sua casa, esteve em seu covil. Você

sabe, muito bonita, vestido longo branco esvoaçante, tem mais magia do que uma

fada madrinha.

Jakob empurrou uma pequena parte de sua camisola para as costas e se

preparou para abrir suas asas. Mas o comentário dela sobre estar em seu covil o

deteve.

— Onde mais você viu essa mulher?

— Ela veio até mim logo depois que você me trancou no quarto e me levou

para a cozinha. Achei que ela fosse me ajudar a escapar, mas então ela disse algo

estranho...

Ela não terminou a frase, mas sua expressão mudou para surpresa e então ela

jogou um travesseiro nele. Ele bloqueou e jogou de lado.


— O que ela disse, Ciara? — Ele pulou para fora da cama e a errou por um

centímetro. Uma lufada de vento o empurrou de volta.

— Nada. — Ela torceu o nariz e a lareira acendeu. — Atire, não era isso que

eu pretendia fazer.

— O que ela disse, Ciara? — Jakob usou sua própria magia e deu vida aos

vasos de plantas no canto da sala. Enquanto ela não estava olhando, ele os cultivou

até o teto.

Ele fintou para a esquerda fazendo-a ir para a direita. Bem onde ele a queria.

Ela se arrastou em direção à cabeceira da cama.

— Isso é entre eu e ela.

Desta vez, quando ele saltou, ele estava pronto. As trepadeiras caíram do teto,

agarrando-a pela cintura, ombros e pernas. Eles a arrastaram no ar, suspendendo-

a, e ela gritou.

— Isso não é justo. Não sei como convencer as plantas a fazerem o meu

trabalho sujo.

Jakob aproveitou a posição dela e deslizou a mão por sua coxa. Deus, como

ele sentiu falta de tocá-la durante todo o tempo que estiveram conversando. Ele

não manteria suas mãos ou lábios para si mesmo por mais tempo.
— Eles não farão todo o meu trabalho sujo. Eu guardo o mais sujo para mim.

Ela se mexeu, sem mover as vinhas, mas fez seu traseiro balançar o suficiente

para colocar seu pênis em alerta máximo.

— Você me decepcionou, seu pervertido.

Ela não tinha ideia.

Ele continuou a traçar a mão passando por seu quadril, naquela curva

deliciosa em sua cintura e até sua caixa torácica.

— Você gosta quando sou pervertido.

Ela bufou, ou foi uma risadinha abafada?

— Essa não é a questão.

Ela o fez rir, ela o tornou mais poderoso, ela o fez querer ser um homem

melhor, um dragão melhor. Ela não podia partir.

Ele ajustou as vinhas para que a cabeça dela caísse para trás, cara a cara com

ele. Ela estava respirando pesadamente, lábios entreabertos, olhos dilatados.

Maldição, ela gostou da perseguição e de ser pega tanto quanto ele, e eles mal

jogaram o jogo. Seria muito mais satisfatório levá-la para a floresta ao redor da

villa.

Ela podia correr, mas não podia se esconder dele.


Ele queria beijá-la, tomá-la, reclamá-la novamente. Nesta posição, ela estaria

à sua mercê. Ele podia fazer o que quisesse e não tinha dúvidas de que ela adoraria.

Se ela realmente não quisesse ficar, ele não a obrigaria. Seria muito difícil tê-

la novamente agora, sabendo que ele teria que desistir dela.

— Ciara. — Deus, sua voz estava rouca com a necessidade dela.

— Sim? — Ela sussurrou.

— Fique comigo.

Mais uma vez, ela não respondeu. Ele traçou um dedo sobre os lábios dela,

praticamente implorando por seu sim. Ela ainda precisava ser convencida.

— Eu só posso ajudá-la a entender a magia do elemento terra, mas os outros

Wyverns podem ajudá-la a aprender a controlar o fogo e o vento da maneira que

você quiser.

Sua língua disparou para fora de sua boca, provocando seu dedo.

— Tentador. Deixe-me cair e podemos conversar sobre isso.

Por mais atraente que ela estivesse suspensa diante dele, ele não podia mentir

para si mesmo e dizer que essa era a única razão pela qual a amarrou dessa

maneira. Aqui, ela não podia ficar longe dele, não podia evitar tomar a decisão.

Ele precisava saber agora, mesmo que a obrigasse a escolher.


Jakob se abaixou, colocando seus lábios um pouco longe dos dela.

— Nenhum de nós será o mesmo se você partir.

Ela soltou um suspiro suave.

— Nunca mais serei a mesma, de qualquer maneira.

— O que posso dizer para te convencer?

— Por favor.

Que idiota. Todo esse tempo ele exigiu dela enquanto dizia a si mesmo que a

escolha era dela.

— Ciara. Por favor, fique comigo. Eu quero muito pouco mais do resto da

minha vida, mas mantê-la segura e deleitar-se com as delícias do seu corpo.

Por um instante, aquelas emoções que ele vira passando por ela antes, a

frustração e o medo estavam de volta. Ele tinha feito algo errado. Porra.

Um segundo antes de ele cair de joelhos novamente, para implorar a ela com

tudo o que ele tinha, ela sussurrou a única palavra que ele queria ouvir.

— Sim.

As videiras se desenrolaram e a colocaram em seus braços. Ele tomou sua

boca em um beijo esmagador, punindo-a por fazê-lo esperar tanto tempo para

prová-la novamente.
Ela deu o melhor que conseguiu, mordendo o lábio e sugando-o em sua boca.

Ele iria transar com ela até que nenhum dos dois pudesse ver direito, e então faria

tudo de novo.

Uma batida soou na porta, que ele ignorou completamente. Ele empurrou

Ciara em direção à cama, insistindo em levá-la a algum lugar muito mais macio

do que pedras dessa vez.

A batida veio novamente, desta vez mais alta e em um envolvimento

contínuo.

— Se vocês dois terminaram de se reconciliar, temos companhia.

— Foda-se. — Não havia como alguém ser mais importante do que entrar em

Ciara e fazê-la gozar pelo menos meia dúzia de vezes.

— Parece divertido, mas acho que você vai querer vir aqui.

— Meu dragão disse vá se foder.

Sua boca suja estava quente como o inferno.

A porta explodiu de suas dobradiças e explodiu através da sala. Ciara

guinchou e saltou atrás dele. As videiras com as quais ele estava brincando caíram

do teto e abrigaram Cage e dois outros dragões quase que instantaneamente.


Ele não tinha feito isso. Ciara espiou por trás de suas costas e as videiras

cresceram uma grande quantidade de folhas novas.

— Achei que você disse que não sabia comandar plantas.

— Entrei em pânico e simplesmente aconteceu.

— Tire-me dessa porra da sua armadilha, Jakob Zeleny, ou queimarei todas

as plantas desta casa.

Bem, merda. Match Cervony, Wyvern vermelho e alfa dos alfas estavam

pendurados como um vaga-lume em uma teia de aranha a um metro do teto.

— Não é minha armadilha. Se você quiser sair, sugiro que peça com educação.

Faz maravilhas com as mulheres.

— Linda wahini, me solta e regarei suas plantas para você. — Kai Puru, o

dragão azul Wyvern já estava flertando com Ciara.

Jakob, sendo o Wyvern mais jovem e mais novo, raramente tinha uma

oportunidade tão madura. Ele não o teria por muito tempo, então estava se

aproveitando disso.

— Cavalheiro, enquanto temos toda a sua atenção, gostaria que todos vocês

conhecessem, Ciara. Minha companheira.

Todos os três Wyverns caíram do teto em uma pilha no tapete.


— Ops. Foi mal, — disse Ciara atrás dele.

Deus, ele já a amava.

Ah Merda. Ele fez. Ele a amava.


Capítulo Onze

AllWyr ou All Weird?

Assim que os três dragões se desvencilharam da armadilha acidental de

plantas de Ciara, ela viu como os outros machos eram grandes e intimidantes. Não

que fossem maiores do que Jakob, mas o que chamavam de Match era tão mal-

humorado como um urso pardo que parecia muito maior do que era.

Onde Match era construído como um jogador de futebol ágil e musculoso,

Kai tinha aquele ar áspero de jogador de rúgbi, sem mencionar sua pele escura e

tatuagens tribais. Cage e Kai eram sedutores e acolhedores, Match era irritadiço e

taciturno.

Os quatro estavam atualmente no meio de uma discussão acalorada sobre se

cinquenta dragões demoníacos constituíam uma matilha ou uma horda. Eles

saíram para o jardim e o campo onde Jakob havia lutado contra aqueles monstros,

arrastando-a junto.
As manchas pretas no chão estavam começando a desbotar, e o resíduo cinza

ou se combinava com a sujeira ou se dissipava com a brisa.

Essa visão foi parte do motivo pelo qual Ciara concordou em ficar com Jakob.

Por enquanto. Não havia como ela correr o risco de trazer o demônio Dragão de

volta para a América, onde eles seriam capazes de atacar sua família, amigos, que

na verdade eram apenas seus colegas. Era horrível da parte dela imaginar sua mãe

correndo aos gritos de uma criatura parecida com uma cobra em sua casa

primitiva, certo?

Havia outra parte dela que queria estar aqui com ele. Queria muito acreditar

em sua história sobre o destino e ser sua companheira.

Era a mesma parte que havia resistido para ele pedir que ela ficasse, em vez

de mandar também. Romântico estúpido e sem esperança.

Ela sabia que não devia agir dessa forma. Mas, tinha funcionado. Ele

perguntou a ela, e ela não podia dizer não.

Devia haver alguma merda maluca em seus campanários.

Quem decidiu se aliar a um dragão guerreiro sequestrador?

Ela, é quem.
Ela não tinha certeza agora se deveria ir direto para patéticos anônimos ou

bater o registro de casamento.

Talvez ambos.

O sol estava nascendo no horizonte e as sombras onde Ciara tinha certeza de

que os demônios estavam se escondendo diminuíram rapidamente. Não que ela

achasse que Jakob ou os outros guerreiros corpulentos deixariam algo acontecer

com ela. Ele nem mesmo soltou a mão dela desde que os outros dragões

apareceram. Além disso, ela sabia melhor agora como se defender de criaturas

paranormais.

Magia.

Ela até parecia maluca para si mesma dentro de sua própria maldita cabeça.

Match resmungou algo e o grupo voltou para dentro da casa perto da entrada

secreta do covil de Jakob. Ela sentiu seu desconforto com a proximidade de seu

esconderijo. Ela não sabia muito sobre dragões, mas se há alguma verdade nas

histórias e contos de fadas, o tesouro de um dragão era um segredo bem guardado.

— Se a relíquia se foi, e seu suposto companheiro não a pegou, então

precisamos avaliar o problema com sua segurança. — Match com certeza estava
sendo mandão. — Não podemos arriscar perder qualquer outra tradição do

dragão em seu covil. Apenas nos mostre onde está.

— Já coloquei Steel trabalhando no problema. — A mão de Jakob apertou e

soltou a de Ciara como um pulso. O pobre rapaz iria transformar sua mão em

polpa.

Ela poderia contar a eles sobre como a Sra. Bohacek simplesmente apareceu,

mas nenhum deles estava realmente ouvindo de qualquer maneira. Eles estavam

muito envolvidos em serem alphaholes.

Eles que resolvam seus próprios problemas, enquanto ela tentava descobrir o

que diria à mãe sobre não voltar para casa. Ela não tinha férias há uma eternidade,

era devido. Ela simplesmente teria que ligar e dizer que estava tirando uma licença

prolongada. Wes poderia cuidar da maioria de suas contas de qualquer maneira.

Ele tinha um talento especial com as noivas. Era aquele sorriso de um milhão de

dólares e a piscadela de derreter calcinha que ele tinha.

Até Ciara havia caído nessa.

Talvez ela apenas mandasse um e-mail para a mãe. Evite o drama lhama.

Mas o que ela diria a Wes? Desculpe pelo nosso encontro, espero que você

tenha se divertido no clube na outra noite?


Sim, isso não soou amargo nem nada.

Se qualquer coisa, ele seria aquele que merecia ser chateado. Ela estava

prestes a romper seu primeiro encontro porque estava acasalada com um dragão.

Não que ela pudesse dizer isso a Wes. Ela nem sabia se ele ficaria chateado.

Tudo o que ela fez foi fazer suposições sobre como ele, e realmente todos ao

seu redor, se sentiam. Ela nunca perguntou. Talvez ele nem gostasse dela desse

jeito. Por outro lado, ela passou os últimos três anos com oitenta por cento de

certeza que estava apaixonada por ele, então doía pensar que ele poderia não ter

compartilhado nenhum desses sentimentos.

O que ela sabia sobre o amor, afinal?

Ela sabia o que parecia, em outras pessoas de qualquer maneira. Ela deveria

ter uma ideia de como realmente se sentia.

Ela olhou para Jakob, que estava carrancudo para os outros três guerreiros

dragão. Ele era tão bonito. Mas, ela queria esfregar aquelas rugas de preocupação

ao redor de seus olhos para ele.

Ela balançou a cabeça para si mesma. Ele a fazia sentir coisas, despertava

emoções que ela pensava mortas há muito tempo. Emoções que ela nunca havia

aprendido a usar.
Era realmente ela, seus sentimentos? Ou era essa coisa bizarra de

acasalamento? Jakob disse que simplesmente sabia que ela era sua companheira.

Talvez aqueles instintos de que ele falou a estivessem afetando.

Pode ser como quando certos animais entram no cio. Eles foram atraídos para

encontrar um companheiro e se reproduzir.

Aww, uma minúscula versão de olhos verdes de Jakob correndo sob os pés

não seria simplesmente adorável?

Crianças nunca fizeram parte de sua equação de relacionamento antes.

Wesley provavelmente faria bebês lindos também, mas ela não sentia nada ao

pensar em ter seus filhos.

Tinha que ser o acasalamento. Ela realmente precisava de algum tempo a sós

com Jakob, não em um quarto ou cabine telefônica, para saber mais sobre suas

respostas psicológicas e físicas.

Biologia. Era tudo sobre biologia.

Não tinha nada a ver com amor.

Engula.

Eles já estavam acasalados de acordo com Jakob, então ela não precisava se

preocupar com coisas como amor.


Porque ela não estava apaixonada por ele. Ridículo.

Exceto, e se ela estivesse?

Se o amor parecia algo como anseio e necessidades profundas não satisfeitas,

então ela estava ferrada.

— Não estou mostrando onde fica meu covil. Isso é final, então vá se foder,

Match.

Ufa, as tensões estavam saindo do controle. Ela provavelmente poderia fazer

algo sobre isso, se ela não estivesse com tanta fome.

Huh. Ela estivera na cozinha de Jakob três ou quatro vezes desde que chegara

e ainda não tinha comido nada. Não admira que ela estava perdendo o fôlego.

Ciara ergueu a mão no meio do grupo e girou um pouco de vento para dar

ênfase. Cage sorriu para ela e Jakob se aproximou. Match e Kai a olhavam como

se ela fosse uma atração secundária.

— Vamos levar isso para a cozinha e discutir como adultos e dragões adultos

no café da manhã. — Ela não esperou pela resposta deles e foi embora arrastando

Jakob junto com ela, já que ele ainda não havia soltado sua mão.

O Sr. Grumpypants lá atrás resmungou, mas ela o ouviu os seguindo. Os

homens se moveram para sentar ao redor da ilha, como se ela fosse atendê-los.
Ela remexeu na geladeira e encontrou ovos e uma bandeja com sobras de

bacon cozido.

Em seguida, ela encontrou garfos e duas tigelas grandes. Em seguida,

coloque-os na frente de Kai e Cage. Ela deslizou o contêiner de ovos para Match

— Eu gostaria de cinco ovos quebrados nessa tigela, por favor.

Match a encarou por um minuto e ergueu uma sobrancelha quando ela não

vacilou sob seu olhar. Ela estalou os lábios e cruzou os braços.

— Se você gostaria de tomar o café da manhã, você vai ter que ajudar a

prepará-lo. Posso ser uma companheira, mas não sou uma escrava.

Cage e Kai fizeram aquele som de risada oh-ho que os caras faziam quando

um de seus membros foi avisado.

Ciara se conteve de sorrir e deu as costas ao grupo. Um momento depois, ela

ouviu ovos sendo quebrados, seguido pelo som de uma batida com um garfo.

— Com o que você gostaria da minha ajuda, fodão? Quero dizer,

companheira. — Fazia cócegas que ele gostasse dela por fazer seu amigo

rabugento ajudar com o café da manhã.

— Você pode me encontrar um pão, por favor?


Ela fritou torradas em uma grande frigideira de ferro fundido, com pedaços

de manteiga, alguns minutos depois. Ela jogou o bacon no forno para esquentar.

Em mais alguns minutos, ela tinha torradas francesas com ovo frito e

sanduíches de bacon prontos para todos. Assim que os caras morderam seus

sanduíches, a tensão entre eles sumiu. Incrível o que um pouco de comida podia

fazer. Além disso, ela se concentrou em imbuir a comida com uma sensação de

calma, só para ver se conseguia.

Ela pegou os pratos e os colocou na pia. Ela se virou e pegou seu sanduíche,

jogando água na panela para lavar mais tarde.

— Wahine, você fez isso? Abrir a torneira sem tocar na torneira? — Kai a

observou dar uma mordida em seu sanduíche.

Ela tinha? Ela estava apenas pensando nos pratos necessários para molhar.

Ela mastigou algumas vezes em busca de uma conexão com a água. Lavar os

pratos era uma droga e ela desejava que eles próprios lavassem.

— Eu acho que sim. Legal. Isso é mais uma coisa que eu não sabia que poderia

fazer.

Todos os homens pararam de comer, alguns deles mastigando.

Match pousou seu sanduíche.


— O que mais você não sabia que podia fazer?

— Muitas coisas. Mas alguns dos destaques foram cavar um buraco do covil

de Jakob até seu jardim, jogando o cara cobra no ar com o vento e envolvendo

todos vocês em minhas plantas protetoras. — Ela deu outra mordida em seu

sanduíche, deixando os pequenos pedaços afundarem. Eles não poderiam estar

mais surpresos do que ela.

— Querida, você não me disse que também tinha o comando do elemento

água. — Jakob colocou a mão na nuca dela. Ele esfregou o polegar em seu cabelo

na nuca.

Ela olhou ao redor da mesa e se perguntou por que a água era tão grande.

— Eu não sabia até agora. Eu não sabia que a magia existia até que você me

trouxe aqui, e a Sra. Bohacek me disse que eu queimaria sua casa se tentasse

demais controlar minhas emoções ao seu redor.

— Não. — Match se levantou e balançou a cabeça. — Fogo também?

— E o vento. — Cage se levantou e colocou as mãos sobre a mesa.

— A água se dobrou à vontade dela, eu não tive nada a ver com isso. — Kai

acenou com a cabeça para ela e ficou com os outros três.


Jakob ficou de pé atrás dela, sua frente pressionada contra as costas dela,

dando a ela algum conforto neste cenário estranho.

— Não pode ser, não houve nenhuma desde a primeira companheira dos

dragões. — Match a olhou de cima a baixo com um sentimento de admiração e

descrença em sua voz.

— Você não pode negar o que vimos. — Kai disse.

Ela olhou de homem para homem.

— O que? O que está acontecendo?

Eles não pareciam bravos com ela. Mas, ela obviamente fez algo errado.

Talvez tenha sido um erro ficar. Ela não sabia nada sobre este mundo mágico para

o qual foi arrastada. Havia regras e toda uma cultura sobre a qual ela nada sabia.

Pelo menos com o planejamento do casamento e o mundo de sua mãe, ela

sabia como se comportar, como não irritar ninguém.

Cada movimento que ela fazia aqui deixava alguém desconfortável,

incluindo ela.

Bem, ela era uma mulher e tinha a prerrogativa de mudar de ideia se quisesse.

Aquela semana de folga em Praga parecia cada vez melhor.

Mas ela disse a Jakob que ficaria.


Jakob a virou no banquinho para que ela ficasse de frente para ele e de costas

para os outros homens, provavelmente para dizer que ele mudou de ideia. Ela não

era o que ele pensava, e era hora de ela ir.

Ele procurou seus olhos, provavelmente tentando encontrar a melhor

maneira de decepcioná-la. Um lugar vazio dentro foi reaberto, esperando para

absorver as más notícias. Ela não podia deixá-lo ver sua decepção. Nunca deixe

que eles vejam você suar. Ou chorar.

Ciara o encarou de volta, fazendo o possível para manter o rosto inexpressivo.

O fogão a gás atrás dele acendeu como uma fogueira. Uma brisa sacudiu as

panelas e frigideiras penduradas na prateleira acima de suas cabeças, e uma névoa

nebulosa cheia de flocos de neve encheu a sala, até que houvesse apenas ele e ela.

Mesmo assim Jakob não tirou os olhos dela. Ele piscou quando uma planta

de manjericão formou uma coroa em volta de sua cabeça.

Ele levantou a mão e passou o polegar pelos lábios dela, em seguida, acariciou

os nós dos dedos sobre sua mandíbula.

— Eu nunca vou me cansar de você. Você, minha amante curvilínea, é muito

especial. Como você faz isso?

Como ela sabia. Ela mal entendeu.


— Eu pensei que eles estavam ligados às emoções. Emoções diferentes,

elementos diferentes. — Foi assim que a mulher de branco explicou.

Jakob balançou a cabeça e sorriu para ela.

— É assim que você invoca o poder?

Os olhos de Jakob brilharam em sua boca e voltaram.

Esta foi uma conversa confusa. Ela tinha a nítida sensação de que eles

estavam apenas parcialmente falando sobre magia.

— Você não quer?

Os outros homens resmungavam ao fundo sobre não serem capazes de ver

nada. Boa. Ela gostava de ter Jakob só para ela agora. A névoa ficou mais densa e

ela ouviu alguém bater em algo e praguejar.

Jakob não percebeu, ou se percebeu, não se importou.

— Não. Eu os usei para aumentá-lo, como quando os dragões demônios

atacaram, eu alimentei uma explosão de poder com raiva. Não é nada como o que

você está fazendo agora.

Ele se aproximou ainda mais dela. Tão perto que ela podia sentir o gosto da

luxúria emanando dele. Era o sabor da canela, prestes a ser picante.


— OK. — Então, ele não a estava chutando para o meio-fio. Isso foi bom,

certo? Ela estava tão confusa. Se a magia e o acasalamento estivessem amarrados

em suas próprias emoções, ela nunca iria pegar o jeito deles.

— Eu não entendo por que você acha que isso é um grande negócio. Você

pode fazer a mesma coisa com a terra, as plantas e outras coisas.

— Zeleny, faça sua companheira largar o escudo de névoa. Ninguém vai

machucá-la. — A voz de Match foi ouvida, mas abafada.

Ela não estava pronta para enfrentar os outros caras ainda. Jakob balançou a

cabeça e revirou os olhos.

— A menos, é claro, que você tenha colocado sua língua em sua garganta ou

em outros lugares divertidos, então, por suposto, mantenha a névoa. — Cage

entrou.

— Fale por si mesmo, Cachinhos Dourados. Ela está bem pra caralho e eu não

me importaria em vê-la ... — A voz de Kai foi cortada por um oomph.

Jakob continuou como se estivesse acostumado a ignorá-los.

— Sim, um elemento. Todo dragão pode. Terra, fogo, vento e água. Quatro

elementos, quatro tipos de dragões. Mas nenhum de nós, ou qualquer outro ser
conhecido, comanda mais de um. Apenas uma outra bruxa em todos os tempos

exerceu os mesmos poderes que você, comandando todos os quatro elementos.

Se essa outra bruxa fosse parecida com a Sra. Bohacek, Ciara tinha certeza de

que ela deveria conhecê-la.

— Quem é ela? Talvez eu deva falar com ela. Peça a outra pessoa para me

mostrar as cordas.

— Ela foi a primeira companheira do Dragão. E a mãe de todos os tipos de

dragão. A Bruxa Branca.

Hmm. Poderia ser? A misteriosa Sra. Bohacek era essa Bruxa Branca?

— Você conhece aquela senhora de quem lhe falei, aquela que me ajudou a

escapar da sala e do covil?

Jakob acenou com a cabeça e ela o viu juntando as peças também.

— Ela me ensinou algumas noções básicas de como usar os elementos,

usando-os ela mesma. — Havia algumas outras memórias vagas de uma discussão

entre a Sra. Bohacek e outro homem, mas ela não conseguia entendê-las agora. —

Eu acho que ela pode ser sua Bruxa Branca.

Com uma lufada de vento quente, a névoa ao redor deles desapareceu.


— A Bruxa Branca e o Primeiro Dragão se foram. Você não poderia ter visto

ou falado com ela. — Match cuspiu as palavras e quando Ciara se virou para olhar

para ele, a fumaça subiu de sua boca e narinas.

Cage sacudiu o pulso e soprou as nuvens de fumaça para longe.

— Há algo maior acontecendo aqui. Precisamos chamar o AllWyr.

Kai se inclinou para frente.

— Eu concordo. Não temos informações suficientes. Tudo o que sabemos é

que a relíquia sumiu, os dragões demônios se uniram para atacar o covil de Jakob

em uma horda, e agora ele tem uma companheira. Estamos perdendo algo que

está ligando todos eles.

— A bruxa de Jakob é a chave. Ela tinha a relíquia, ela tem poderes além do

que qualquer bruxa deveria ter, incluindo um controle inexplicável sobre uma

Wyvern. Como podemos saber que ela é sua verdadeira companheira? Ela pode

estar trabalhando um feitiço que nunca vimos antes.

O fragmento de alma de Jakob iluminou a sala como uma explosão. A força

disso literalmente derrubou Match no chão. Ele ficou de pé em um instante e

investiu contra ela. Um brilho vermelho flutuou através de seu corpo e ele se

transformou em um dragão cuspidor de fogo, o inferno decidido a comer Ciara.


Capítulo Doze

Nós pertencemos um ao outro

Jakob empurrou Ciara para trás e para o chão, antes de mudar para sua forma

de dragão. Ninguém questionaria que ela era sua companheira, ou a machucaria.

Seu corpo preencheu o espaço, rachando a ilha da cozinha e jogando-a para

o outro lado da sala. Ele agradeceu ao primeiro Dragão por seu tamanho enorme,

pois também bloqueou Match. Jakob empurrou o wyvern vermelho para a grande

sala com uma chicotada de sua cauda.

— Droga. Eu sabia que isso iria acontecer, — disse Cage.

Jakob confiava em Cage e Kai para manter Ciara fora de perigo enquanto ele

chutava o dragão vermelho que deveria ser seu mentor.

Match usou suas garras para cravar no ombro de Jakob e o arremessou com

tanta força que ele quebrou a janela e a parede caindo no jardim. O que diabos

havia de errado com Match?

— Ela é uma charlatã, atacando sua necessidade de uma companheira.


Ele nem sabia que precisava de uma companheira até que a conheceu. Ele

poderia ter sido perfeitamente feliz transando por aí por anos, até que foi coagido

a encontrar uma companheira para ter um herdeiro.

Exceto que ele não estava com uma mulher há algum tempo. Muito tempo.

— Você não tem ideia do que está falando, ruivo. — Jakob sacudiu os

escombros e voltou para dentro de casa. Ele bateu na lateral de Match e o

empurrou pela sala de estar, até o escritório, quebrando as portas francesas de

vidro e jogando os dois no jardim.

— Eu sei mais do que você pensa, jovem. — Match jogou os dois e prendeu

Jakob no chão.

Isso foi um erro. Jakob convocou a terra para se abrir, sugando os dois para o

subsolo. Ele se virou e voltou à superfície e esperou o próximo movimento de

Match. O fogo rugiu através do túnel que ele cavou no solo, queimando a grama e

os arbustos. Dick.

Ciara, Cage e Kai correram para o jardim. Jakob rosnou para o trio.

— Tire ela daqui.

— Vocês dois não me toquem. — Ela ergueu a mão e os outros dois wyverns

permaneceram onde estavam.


Droga, ele não queria que ela se machucasse.

— Ciara, querida....

— Não me ame, Jakob. Não vou a lugar nenhum até que isso seja resolvido.

— É assim que os dragões resolvem suas diferenças. Não se meta no meio

disso. — Ele não teve a chance de alertá-la mais porque Match saiu e saltou no ar.

Merda, ele tinha que ir e levar isso para o céu. Jakob desfraldou suas asas,

mas não teve a chance de decolar, porque Match caiu no chão, suas asas

congeladas.

— Sua bruxa fez isso comigo.

Jakob olhou para Ciara e de volta para Match e seus pingentes de gelo como

asas se contorcendo no chão. Ele se mexeu e caiu na gargalhada.

— Do que ele está rindo? — Ciara perguntou aos outros Wyverns.

Cage e Kia se juntaram às risadas. Kai apontou e adicionou uma camada de

gelo preto por baixo de Match, fazendo-o se agitar ainda mais.

— É muito engraçado ver um grande dragão de fogo mau congelado como

um picolé de gelo.

— Cale a boca, seus idiotas, e façam com que ela derreta essa armadilha que

colocou em mim.
— Derreta seu próprio gelo. — Jakob deixou Match para sua queimadura de

freezer e foi direto até Ciara, pegou-a nos braços e beijou-a ali mesmo, na frente de

todos.

Ela corou adoravelmente e o calor emanou dela. Cage e Kai deram um passo

para trás. Infelizmente, o calor dela se espalhou para Match e o libertou de suas

amarras de gelo.

Ela tinha mostrado a ele, mostrado ao idiota seu poder. Com sorte, isso

satisfaria Match.

O grande dragão vermelho mudou de volta para o idiota.

— Você precisa de mais uma demonstração de seus poderes, ou que meu

fragmento de alma a escolheu para mim? — Jakob passou o braço em volta dos

ombros dela, puxando-a para si quando Match se aproximou.

— Isso ainda pode ser um feitiço. Só há uma maneira de acreditar que ela é

uma verdadeira bruxa branca ou que vocês dois pertencem um ao outro. — Match

cruzou os braços e olhou carrancudo, uma expressão presunçosa no rosto. — Dê a

ela o anel de Inanna.

Porque Jakob era o wyvern dos dragões verdes, seu covil guardava muitos

tesouros além de ouro, arte e sementes de herança. Sob seus pés também está o
legado da cultura do dragão. A relíquia era apenas uma parte dos itens sob sua

proteção.

— Quem é Inanna e por que você quer que eu fique com o anel dela?

Match havia criado o único teste que provaria o que Jakob já sabia em seu

coração. Ciara era a única coisa que ele nunca pensou que teria, o que nenhum

dragão vivo hoje pensava que veria novamente em suas vidas.

— Se for necessário, você verá que ela é minha verdadeira companheira.

— Ela terá que encontrar primeiro, — Match rosnou.

— O que eu tenho que encontrar? — Havia uma pitada de irritação em seu

tom.

— Inanna foi a primeira e única bruxa branca e a primeira companheira do

Dragão. Ela deixou um anel para o companheiro de cada wyvern, como um teste.

Um verdadeiro companheiro não só poderia encontrar o anel, mas também era

dotado de poder.

— E o que acontece se alguém for um verdadeiro companheiro?

Jakob não sabia. Seu pai não tinha companheira, e seus avós se foram muito

antes disso. Ele olhou em volta para Caje e Kia. mas os dois deram de ombros.

Nenhum dos três tinha conhecido seus avós, muito menos foi a uma cerimônia de
acasalamento wyvern. Motivo pelo qual Jakob nunca havia tentado dar o anel a

Ciara, para começo de conversa.

Match olhou para Ciara.

— O último anel que existia era o da minha avó. Ela travou uma batalha

perversa contra outra bruxa que afirmava ser a verdadeira companheira de meu

avô. Quando a outra mulher pegou o anel que minha avó encontrou e colocou, os

elementos que a separaram.

Jakob esperou pelo nó de medo que essa declaração teve que se formar em

sua garganta. Mas isso não aconteceu. Ciara ficaria bem, mais do que bem. Ela iria

detonar esse desafio e colocar Match em seu lugar de uma vez por todas.

Mas ela sabia disso? Ela realmente acreditava que eles eram companheiros?

Ele teria que tranquilizá-la enquanto se preparavam para a cerimônia.

Ou talvez não. O vento açoitou seu cabelo e aquele fogo sedutor iluminou

seus olhos. Ela estendeu a mão com a palma para cima e fez um gesto para que

Match se aproximasse.

Match estreitou os olhos para ela, mas se dignou a se inclinar, cara a cara com

ela.
— Pode vir. — Ciara girou nos calcanhares e marchou de volta para dentro

de casa, os outros a seguiram enquanto Match ficava do lado de fora fumando.

— É hora de nos mostrar seu covil, seu bastardo secreto. — Cage olhou ao

redor da sala como se pudesse localizar a entrada.

Porra. Ele teria que levá-los até lá. Mas, depois de perder a relíquia e o ataque

da horda de dragões demônios, ele teria que mover seu tesouro de qualquer

maneira.

— Ainda não. Isso não é algo para apenas arrancar de nossas bundas. Por que

vocês dois não vão descobrir com o grande pau vermelho no jardim como é esse

ritual.

— O que vocês dois vão fazer? — O tom de Cage implicava exatamente o que

ele pensava que eles iriam fazer.

— Ajudar Ciara a se preparar.

— Sim, aposto que você vai. — Kai piscou para Ciara e balançou as

sobrancelhas.

Jakob deu um soco no braço dele e arrastou Ciara para longe da chance de

mais insinuações daqueles dois. Ele a puxou escada acima e de volta ao quarto

para fazer exatamente o que os dois haviam sugerido.


Ele fechou e trancou a porta atrás deles e observou Ciara observar a

verdadeira selva de seu quarto.

— Eu acho que você gosta de ter muitas plantas por perto, hein?

Ele tornou o espaço o mais parecido com o ar livre que ele possivelmente

poderia ter. Um lado da sala estava completamente coberto com uma parede viva.

Musgo e outras pequenas plantas cresciam do chão ao teto. Ele tinha uma grande

cama king size, mas passava a maior parte das noites dormindo em frente à lareira

no tapete de grama em uma caixa de plantio do tamanho de um dragão.

Imagine pegá-la repetidamente naquela grama, mas hoje ela provavelmente

ficaria mais confortável em uma cama.

— O que estamos fazendo aqui?

— Isso. — Ele a pegou nos braços e em três passadas cruzou o quarto e a

largou na cama. Ele não deu a ela nenhuma chance de fazer mais perguntas. Ele

esperou muito tempo e teve três interrupções demais antes de colocá-la sob ele

novamente. Ele rastejou sobre ela, prendendo-a sob seu corpo e deslizou a língua

pelos lábios dela até que ela se abriu para ele e retribuiu o beijo.

Ciara se abaixou e agarrou a bainha de sua camiseta e puxou-a pela cabeça.

— Eu não acho que isso é o que deveríamos estar fazendo.


— Todos eles deveriam ir se foder. Estou esperando para fazer isso desde que

voltamos para casa. — Match e o pau na bunda podiam esperar mais algumas

horas.

— Gosto de como você pensa, Dragão. — Ela envolveu suas coxas ao redor

de seus quadris.

Ele amava como ela estava tão ansiosa para estar com ele quanto ele estava

com ela.

— Eu quero que você saiba que eu não preciso deste teste que Match criou

para provar que você é minha verdadeira companheira. — Ele afastou o cabelo de

seus olhos e colocou seus quadris contra os dela.

Ela se mexeu embaixo dele, quase fazendo-o esquecer o que queria dizer.

— Você não está preocupado que eu não passe? — Ela mordeu o lábio e ele

odiou ver a bravata que ela exibiu antes desaparecer de seus olhos.

Ele capturou o mesmo lábio entre os dentes e o sugou para dentro da boca.

Ele provou e brincou com sua língua. Ele precisava dela e não apenas de seu corpo.

— Nem um pouco. Match não entende, mas mesmo se ele e os outros wyverns

não tivessem questionado se você era minha companheira ou não, eles

eventualmente teriam visto como eu me apaixonei por você.


Ela se acalmou.

— Você não está apenas dizendo isso? Não é apenas essa coisa de

acasalamento, é?

— Bebê, você é tudo que eu nem sabia que queria em uma companheira. Seu

poder, sua ferocidade e a maneira como você fica com uma pequena ruga entre os

olhos quando goza. Como eu poderia não estar um pouco apaixonado por você?

— Amar?

— Sei que começamos acidentados e só nos conhecemos há pouco tempo, mas

não há outra maneira de descrever como me sinto quando estou com você. — Ele

não deixou Ciara fazer mais perguntas. Se ela estava tendo dificuldade em

acreditar nas palavras, talvez ela entendesse melhor as ações.

Ele agarrou a ponta de um dos rasgos em seu vestido e o rasgou mais. Ele

envolveu a tira de tecido em torno de um de seus pulsos e prendeu-o através de

um entalhe decorativo na cabeceira da cama. Ele prestou muita atenção às

respostas dela quando eles estiveram juntos antes e sabia que ela tinha uma

sensação de liberdade com essa parte do papel submisso.

A pele de seu peito e pescoço corou e ela fechou os olhos.

— Eu disse que gosto de como você pensa?


— Você não precisava.

Ele rasgou mais de seu vestido, expondo o resto de suas coxas para ele. Mais

tarde, ele estaria usando essas coxas como protetores de ouvido. Ele amava a

maneira como ela cheirava e saboreia.

— Espere, e se eu quiser que você, bem, o que quero dizer é ...

— O que, cupcake? Diga-me o que você quer, do que você gosta.

— O que você acha do estilo cachorrinho?

Ele cortou o nó que já havia amarrado e abriu Ciara de bruços.

— Você quer dizer o estilo do dragão.

Ele apertou contra ela empurrando a crista dura de sua ereção ainda coberta

por suas calças contra a fenda de sua bunda.

— Oh Deus, sim, eu fiz.

Ele estava quase sem material, então ao invés disso ele fez crescer a pequena

árvore perto da cama de forma que um galho se enrolasse na parte inferior da

cabeceira da cama.

— Agarre-se a isso e não solte até eu mandar.


Ele esperou até que ela tivesse os punhos em volta da madeira antes de erguer

sua bunda no ar. O tecido restante se amontoou e caiu para que sua pele branca e

macia fosse justa para ele tocar. Ou espancar.

— Oh! — Ela gritou quando ele deu um tapa em sua bunda pela primeira vez.

— Você gosta disso, Ciara? — O rosa se espalhou por uma de suas nádegas.

Por favor, diga sim, por favor diga sim.

— Sim. Mas eu gostaria ainda mais se você fizesse isso enquanto me fodesse.

Bruxa suja, suja do caralho.

Jakob puxou para baixo as calças sem nem mesmo desabotoar ou abrir o

zíper, rasgando-as e jogando-as de lado. Seu pênis apontou o caminho, sabendo

exatamente onde ele queria estar. Ele deslizou dois dedos dentro dela,

certificando-se de que ela estava pronta para ele. Ela empurrou sua bunda para

trás, esfregando-se em seus dedos. Ela não estava molhada apenas para ele, ela

estava encharcada. Ele não esperou mais um segundo antes de deslizar para

dentro dela.

— Ooh, você se sente ainda maior dentro de mim desta posição.

Ele bateu em sua bunda e observou o pequeno franzido de seu buraco

apertar. Tão sexy. Ele afundou em seu calor úmido repetidamente, deleitando-se
com seus suspiros e gemidos. Cada um deles era seu. Cada vez que ele batia nela,

ela gemia e apertava tanto sua boceta quanto sua bunda. Ele usou o outro polegar

para circular e brincar com ela. — Diga-me que você gostaria de me ter aqui

também.

Ela estremeceu e ele sentiu as contrações de seus músculos internos

apertarem ao redor dele.

— Sim, sim, eu faria.

Isso era tudo que ele precisava ouvir. Com seu pênis ainda enterrado

profundamente em sua vagina, ele empurrou suavemente a ponta do polegar em

seu traseiro. Então ele deu um tapa na bunda dela novamente e ela gritou seu

nome.

— Jakob, isso vai me fazer gozar.

— Esse orgasmo é meu, não se atreva a vir até eu mandar.

Aquele gemido rouco que ele gostava de ouvir veio do fundo de sua

garganta. Ele aumentou seu ritmo deslizando seu relógio para dentro e para fora

dela, e batendo nela uma e outra vez.

— Por favor, — ela respirou fundo, — por favor, Jakob, preciso ir.
Ele a faria gozar com tanta força que ela veria estrelas. Ele esperou até sentir

sua vagina vibrando em torno de sua ereção e então moveu o polegar, combinando

o ritmo dentro e fora de seu tecido sensível.

— É isso, meu amor, deixe-me ouvir você gritar. Venha para mim Ciara. —

Ela afundou o rosto nos travesseiros e o galho em suas mãos se partiu ao meio

antes que seu corpo se dobrasse sob ele. A força das contrações o apertou com

tanta força que o orgasmo dela se tornou o dele. Se cada vez que eles fizessem sexo

melhorasse, logo eles nunca mais sairiam do quarto.

Ciara se encolheu embaixo dele e ele se deitou ao lado dela, batendo nela nos

cobertores, em seus braços, e envolvendo-os em suas asas. O que ele poderia dizer,

mas ela trouxe a besta dentro dele.

Ele nunca perdeu o controle de sua mudança de dragão, exceto ao redor dela.

Ela adormeceu instantaneamente. Ele sorriu amando o fato de que ele fodeu

seu sono.

Tinham passado longos dias para os dois. Mas, enquanto ela descansava, ele

tinha trabalho a fazer. Assim que ela pareceu acomodada, ele saiu da cama e foi

para o banheiro privativo. Ele se limpou e pegou uma toalha limpa para usar nela.
Ela gemeu um pouco quando ele passou o pano quente em seu corpo, mas

não acordou.

Jakob a observou dormir e enviou outra oração ao primeiro Dragão.

Ele vestiu algumas roupas e rastejou para fora e todo o caminho até seu covil.

O anel de Inanna estava exatamente onde deveria estar, em uma caverna

menor ao lado da caverna maior, onde ele armazenava todos os itens importantes

para a tradição do dragão. Ele o deixaria onde estava, para Ciara descobrir depois.

Ele abriu um baú próximo ao suporte onde o anel estava e vasculhou até encontrar

o que estava procurando. Ele esperava que ela gostasse.

Ele voltou para o quarto, esperando que ela ainda estivesse dormindo e que

eles tivessem tempo para mais uma rodada antes da partida e os outros wyverns

se cansassem de esperar.

Jakob colocou uma caixa na cama. Era uma daquelas grandes caixas

retangulares que ele vira nos filmes com papel de seda de penas e um lindo vestido

dentro. Ele adoraria vê-la girar segurando-o contra o peito.

Ciara se virou e piscou os olhos sonolentos para ele.

— Onde você foi?

— Conseguir isso para você.


Ele nunca deu a uma mulher um presente como este antes. Deus, ele esperava

ter feito um bom trabalho e que ela gostasse. As mulheres estranham os presentes

e principalmente as roupas. Não era como se ela pudesse voltar e pegar uma bolsa

ou algo assim.

— Abra.

— Volte para a cama.

— Abra a caixa, meu amor.

Ela olhou para ele e tentou esconder o sorriso.

— Tudo bem, mas apenas porque estou extremamente curiosa sobre o que há

dentro. — Ela levantou a tampa e abriu as camadas de papel de seda. — Oh, Jake,

é tão lindo.

Um vestido em tons de azul-petróleo, jade e ouro, como um oásis em uma

ilha tropical feito de seda e pó de fada cintilou na caixa.

— Eu não posso usar.

— Por que não?

— Isso quebra todas as regras da moda, não para a garota plus size. Vou

parecer um sofá gigante disfarçado de uma bola de discoteca verde brilhante e isso

é pouco prático para uma caça ao tesouro, você não acha?


— Essas regras soam estúpidas. Você vai ficar linda e esta é uma ocasião

especial.

— Ninguém nunca me comprou um vestido antes, além da minha mãe.

— Coloque. — Quando essa bagunça acabasse, ele compraria um vestido

novo para ela todas as semanas, apenas para que pudesse ver como seu rosto se

iluminava com os presentes. Além disso, isso lhe deu a desculpa perfeita para

despi-la. Como ele ia fazer agora.

Ela empurrou a caixa e balançou a cabeça.

— Não.

Ele deslizou a manga esfarrapada da parte de cima do vestido que ela ainda

usava pelo braço e seguiu sua mão com beijos.

— Sim.

Ela ofegou suavemente.

— Não pense que, porque eu deixei você ficar mandão comigo no quarto,

você pode me dizer o que fazer a qualquer hora ou em qualquer outro lugar.

— Estamos no quarto, cupcake.

Ela riu e apontou o dedo para ele.

— E não vamos sair disso se você não parar com isso.


— Não tenho certeza se tenho um problema com isso. — Na verdade, ele não

o fez. Uma vez que esse maldito ritual acabasse, e Ciara fosse oficialmente sua

companheira aos olhos do AllWyr, ele passaria horas, dias, um mês pelo menos

fazendo amor com ela.

— Dragão travesso. Eu tenho que provar aos seus amigos que pertencemos

um ao outro.

Suas palavras sozinhas não eram nada para preocupá-lo. Ele sabia que eles

foram feitos um para o outro. A ligeira oscilação o fez querer matar alguém.

Ele traçou os dedos sobre a marca do dragão.

— Vou mandá-los se foder se você quiser.

— Não. — Ela pegou a mão dele. — Nós temos muitos outros problemas com

aquela horda de gente cobra. Tenho uma sensação horrível de que não vimos o

fim deles, não é?

Ele quase se esqueceu dos dragões demônios e da relíquia perdida.

— Receio que não.

Ciara saiu de debaixo das cobertas levando o lençol com ela e enrolando-o no

corpo. Ela saiu da cama parecendo uma deusa.

— Eu não penso assim. Mas, podemos combatê-los juntos.


A ideia de ter Ciara lutando ao seu lado tanto o apavorava quanto o excitava.

O sexo depois disso seria incrível.

— Vamos, vamos nos preparar para o ritual do anel e tirar o resto das

Wyverns daqui. Porque estou ansioso para transar com você em cada cômodo

desta villa.

O brilho em seus olhos e o sorriso travesso em seu rosto disseram a ele que

ela gostou da ideia.

— Quantos quartos tem este lugar?

— Nove quartos, duas grandes salas, uma cozinha e escritório, e não se

esqueça do covil. Tenho quase certeza de que tenho algumas algemas douradas

escondidas em algum lugar.


Capítulo Treze

A Trilha e o Anel

Jakob trouxe Ciara e o resto dos wyverns para seu covil. Ele resmungou e

rosnou durante todo o caminho e desta vez eles pegaram as escadas em vez de

pular pela borda. Ela ficou meio desapontada com isso.

Os cinco ficaram parados perto da porta, olhando para o vasto espaço. Como

ela poderia encontrar um pequeno anel e todas essas coisas?

Jakob segurou a mão dela com força. Ele parecia tão bonito e o terno chique

que vestiu. Todos os caras vestiram roupas sociais também. Mais alguns dragões

shifters, se eles fossem tão bonitos, e ela teria um calendário.

Ela brincou com o material de seu vestido e se perguntou se isso era

semelhante ao nervosismo que suas noivas sentiam. Ela tinha visto mais de um

deles praticamente esfregar um buraco no cetim e no charmeus remexendo-se.

— Você vai se sair bem, amor. — Ele puxou os dedos dela do vestido e beijou

cada uma das pontas dos dedos.


— Eu sei. — Ela acreditava que ele acreditava que ela era sua verdadeira

companheira e tinha a habilidade de ligar algum tipo de dispositivo GPS interno.

Então, ela iria fingir que acreditava nisso.

— Se vocês dois terminaram de se olhar, podemos começar? — Match estava

tão mal-humorado como sempre, embora parecesse um candidato do Sr.

Dezembro em seu terno Armani e gravata de seda vermelha.

Jakob não respondeu e olhou para ela em busca de confirmação. Ele pode ser

mandão e dominante no quarto, o que ela amava, mas esse lado cavalheiro dele

no resto do tempo era muito cativante. Ele não assumiu, ele não exigiu, e ele não

a fez sentir como se ela tivesse que sempre se esforçar mais e ser mais legal apenas

por um pouco de sua atenção.

Não havia mais ninguém em sua vida assim. Pena que foi preciso ser

sequestrada por um Dragão para perceber isso.

— Vamos colocar esse reality show na estrada. — Os últimos dias de sua vida

seriam uma TV fascinante, que ninguém acreditaria por um segundo que fosse

real. Ela quase não fez isso sozinha. Agora ela estava no ponto em que aceitava e

vencia o desafio ou era expulsa da ilha. Ela tinha certeza de que se eles fizessem
uma votação anônima, a partida seria aquela da qual todos votariam para se livrar.

Isso era dramático.

Todos os olhos estavam agora nela. Ela respirou fundo esperando por algum

feixe de luz mágico, ou o sexto sentido guiaria seu caminho. O anel poderia estar

em qualquer lugar e ela levaria mil anos e mais alguns para vasculhar cada baú,

prateleira, caixa e pilhas de tesouro para encontrar este item minúsculo.

Poderia muito bem começar com uma área com a qual ela estava

familiarizada. Ela rastejou sobre a mesma pilha de moedas que ela tinha da última

vez que esteve aqui. À frente, apenas à direita, estavam as estantes altas de

pinturas que ela quase queimou até o chão. Exceto que apenas a madeira parecia

um pouco chamuscada agora e todas as obras de arte estavam intactas. Ela deu a

volta na prateleira e encontrou a mesma mesa e cadeiras arrumadas como um

pequeno café em uma caverna.

Desta vez, porém, em vez de um bule e uma bandeja em camadas de

guloseimas, no meio da mesa estava uma pequena caixa de madeira entalhada.

Era do tamanho perfeito para segurar um anel. Ciara sentou-se à mesa, sem saber

se conseguiria permanecer de pé. E se fosse isso?

Poderia ter sido tão fácil?


Ela não tinha usado nenhum de seus novos poderes ou obtido um sinal de

cima, ou qualquer coisa. Ela deslizou a caixa na frente dela e abriu a tampa. Dentro,

em uma cama de musgo, havia um anel de ouro manchado e gasto. Parecia algo

que alguém poderia obter ao se formar no colégio ou em uma academia. O topo

era circular e dividido em quatro quadrantes, cada um com uma joia pequena, mas

brilhante, inserida no ouro. No centro estava um diamante brilhante que enviava

brilhos de luz na escuridão.

Sua memória piscou para o colar que ela estava usando quando Jakob a

encontrou. O mesmo que se desintegrou em um punhado de ponto.

Ela ouviu uma voz de alguém próximo e se escondeu no corredor adjacente

à cozinha. Mas, ela não queria se esconder. Ela queria perguntar a quem pertencia

àquela voz onde ela estava, e quando ele a tocou. O design era idêntico.

Ciara se sentou à mesa por mais um momento, olhando para a bela joia.

Match dissera que Inanna, a companheira do primeiro Dragão, o dera à sua avó

quando ela se apaixonou por seu avô.

Sua mente girava e girava. Alguém deu a ela aquele colar e ela sabia o mesmo

que dois mais dois que era a mesma pessoa que deixou o anel na mesa para ela.

Ciara fechou a tampa da caixa e a carregou de volta para a entrada do covil.


— Desistindo tão cedo, pequena bruxa, isso provavelmente é o melhor. —

Match e Jakob olharam para ela enquanto ela escalava a pilha de ouro e se colocava

na frente deles.

Onde o rosto de Match estava cheio de escárnio, Jakob estava preocupado.

— Tudo certo?

Ela piscou para Jakob e jogou a caixa do anel na mão de Match. Match abriu

a tampa com cuidado e olhou em silêncio para o anel dentro dela. Cage e Kai se

aproximaram e olharam para baixo em sua mão.

Ciara deu as costas para todos eles e foi para os braços de Jakob.

— Eu encontrei.

— Você nem mesmo teve tempo de chegar até a caverna lateral onde guardo

todas as relíquias de família do dragão.

— Você sabia onde estava? — Ela não esperava que ele dissesse, mas ficou

um pouco surpresa. — Não importa, eu não entrei em nenhum tipo de caverna.

Estava em uma mesa perto de sua prateleira de pinturas.

— Ciara, eu sei tudo que há nesta caverna, até a joia mais ínfima e cada moeda

individual. Não há mesa aqui.


— De alguma forma, isso não me surpreende. Parece mais que veio de uma

venda de garagem do que em qualquer outro lugar. Acho que sei quem o colocou

lá. — Ela fez uma pausa, considerando se deveria contar a ele sua teoria ou não.

Ela sabia tão pouco sobre a tradição deles, mas todas as peças que conhecia se

encaixavam. — Receio que seu covil seja assombrado porque Inanna está ou esteve

aqui.

— Ela deixou o anel para você, não foi? — Jakob disse as palavras com

reverência.

Ciara assentiu, mas não teve chance de dizer mais nada. Match marchou e

interrompeu a conversa.

— Coloque.

Ele empurrou a caixa do anel de volta para ela, mas Jakob a interceptou.

— Ela vai usar este anel, — sua voz encheu a caverna, — quando você ler o

ritual e eu colocá-lo em seu dedo.

O olho esquerdo de Match estremeceu, mas ele assentiu.

Jakob havia recuperado um livro que parecia muito antigo de uma prateleira

próxima e o entregou para combinar. Ele acenou com a cabeça para Cage e Kai,

que assumiram um dos lados dela e de Jakob. Match abriu o livro e começou a
recitar palavras que pareciam vagamente do Oriente Médio para ela. Ela não

entendeu nenhuma delas aceitando quando ele disse o nome dela e depois Jakob.

Jakob respondeu no mesmo idioma, como se lhe fizessem uma pergunta e dissesse

o nome dela.

Então Jakob e Match olharam para ela como se ela tivesse algo a dizer. Match

revirou os olhos. Jakob agarrou as mãos dela e disse:

— Repita depois de mim.

Ela assentiu e ouviu as sílabas estrangeiras para que pudesse salvá-las de

volta para ele.

— Ni, Ciara Mosely-Willingham cad men anna ni gud Jakob Zeleny. — A

cadência da frase parecia estranhamente familiar. Ela tinha ouvido algo

semelhante antes, mas não conseguia definir quando ou onde. Não era como se

ela falasse alguma língua estrangeira.

Ela repetiu o máximo que pôde de volta para ele. Ni, Ciara Mosley

Willingham, cad…

— Cad men anna ni gud… — Jakob a estimulou.

— Cad men anna ni gud Jakob Zeleny. — Quando ela terminou a frase, Jakob

pegou sua mão e deslizou o anel em seu dedo.


Ciara teve que piscar rapidamente para conter as lágrimas que se formaram

em seus cílios. Elas simplesmente borbulharam do nada. Ver Jakob colocar o anel

em seu dedo a fez pensar em todas as vezes em que vira um noivo colocar uma

aliança na mão de uma noiva.

Ela adoraria experimentar o verdadeiro negócio por si mesma. Ela nem sabia

se dragões tinham casamentos.

Ela planejou sua própria cabeça um milhão de vezes. As flores, o local, o bolo

e até o noivo mudaram ao longo dos anos. Mas o que sempre permaneceu o

mesmo foi saber que ela finalmente encontrou o certo.

Não alguém que a completou porque ela era sua própria mulher, mas um

homem que a amava e a queria, que a escolheu acima de todos os outros. Um

homem que ela escolheu.

Ela poderia nunca ter isso, se Jakob estivesse certo e o destino tivesse tomado

essa escolha de ambos e os colocado juntos. A sensação dentro de seu peito era a

mesma, como um brilho quente. Como aquela sensação que ela teve em um dia de

neve em sua infância, quando ela estava gelada até os ossos e então subiu na cama

com um cobertor elétrico. Um arrepio percorreu sua pele exatamente da mesma


maneira, acordando todas as suas terminações nervosas e dizendo-lhes que tudo

ficaria bem.

Jakob a agarrou nos braços e a beijou. A língua dele pressionou seus lábios

pedindo entrada, e ela abriu para ele. Por um momento, ela se esqueceu de que

havia mais alguém por perto e se perdeu no beijo de Jakob.

Match leu mais alguma coisa do livro e fechou-o com um estalo. Jakob deu a

ela mais uma prova e então se afastou. O sorriso em seu rosto era tão grande que

ela não pôde evitar retribuí-lo. Kai deu um tapa nas costas dela e Cage apertou a

mão de Jakob.

O sorriso dele foi a última coisa que ela viu antes que o mundo ao seu redor

escurecesse e ela caísse em um turbilhão de luz, som e cores que a deixavam

nauseada.

Quando o mundo parou de girar, Ciara não viu mais a caverna ao seu redor.

Ela estava em uma espécie de cozinha de apartamento. Havia uma geladeira, uma

pia, um micro-ondas, uma pequena mesa e cadeiras e plantas em todas as

superfícies disponíveis e penduradas no teto. Pareciam ervas, sim, era uma planta

de manjericão, e ela tinha quase certeza de que era coentro no parapeito da janela.
Ela queria estender a mão e tocar as folhas, mas seus braços não estavam

respondendo. Ela piscou e olhou ao redor da sala, sem ter certeza do que estava

procurando. Então ela enfiou a mão no bolso de seu longo vestido branco e puxou

um colar. Quando ela colocou este vestido? O que aconteceu com o lindo que Jakob

havia dado a ela?

Ela colocou o colar na mesa e viu duas coisas onde deveria haver apenas uma.

Na parte inferior da corrente havia um pingente com uma árvore e uma

serpente. Mas, também era uma coleção colorida de escamas.

Uma voz abafada veio de algum lugar próximo, e Ciara rapidamente se

escondeu no corredor. Mas espere. Ela não queria se esconder. Ela queria

encontrar alguém com quem pudesse conversar, perguntar como ela havia

chegado aqui e onde ficava.

Ela não conseguia se mover. Ela não tinha controle sobre seu próprio corpo,

como se estivesse possuída.

Uma chave girou na fechadura e a porta se abriu. A voz que ela ouviu ficou

mais alta e clara.

— Não, mãe, fique aí. Você ficará mais confortável passando o verão como

uma flor. Eu vou ficar bem aqui.


A voz falava em inglês com sotaque americano. Portanto, ele não só não

estava mais na caverna, como ela nem mesmo estava na República Tcheca, nem

mesmo na Europa.

Uma bela jovem entrou na cozinha falando ao celular. Ela largou uma sacola

de compras no balcão e abriu a porta do armário mais próxima.

Ciara tentou de tudo para forçar seu corpo a cumprir suas ordens. Mesmo se

ela pudesse chamar a mulher, isso seria pelo menos alguma coisa.

A mulher segurou o telefone celular entre a orelha e o ombro enquanto

puxava um conjunto de copos de martini e os colocava na pia.

— Sim, as crianças na escola estão realmente indo para o jardim. Estou

fazendo o meu melhor para ajudar seus pequenos dedões verdes.

Ela abriu a torneira da pia e Ciara borrou algumas palavras da conversa. Não

que parecesse tão importante. Ela era apenas uma garota falando com a mãe ao

telefone.

A mulher puxou um dos copos, mas ele escorregou em suas mãos molhadas

e caiu no chão. Ela nem mesmo vacilou. Uma das folhas da planta de manjericão

no balcão ao lado dela quadruplicou de tamanho, desceu e pegou o copo antes que

ele caísse no chão.


Uau. A única outra vez que vira plantas fazerem algo parecido foi quando ela

ou Jakob pediram ajuda. As plantas nesta cozinha estavam fazendo o mesmo com

a mulher ao telefone.

Então, ela era uma bruxa ou um dragão?

Não, Jakob havia dito que dragões não existiam. Então, uma bruxa então.

Oh meu Deus. Jakob tinha pensado que Ciara havia roubado a primeira

relíquia do Dragão e estava trabalhando com um coven de bruxas para fazer isso.

Esta mulher poderia estar envolvida no roubo da relíquia?

Ela tinha algo na mesa da cozinha que pertencia ao covil de Jakob, se é que

pertencia a algum lugar.

Ciara precisava colocar as mãos nele.

— Sim, a festa é neste fim de semana. Eu vou ficar bem. Não é como se algo

pudesse acontecer comigo com tantos shifters por perto.

Shifters? Sim, esta mulher era mais do que uma professora.

Ela se despediu e desligou o telefone, colocando-o sobre a mesa. Foi quando

ela viu o colar.

Droga. Ciara esperava que ela não o encontrasse.


— Isso não é típico dela. — A mulher pegou o colar e o girou na mão. — É

bonito.

Ela abriu o fecho e colocou o colar. As folhas da árvore e o olho da serpente

brilhavam com a mesma luz verde do fragmento de Jakob.

Algo muito estranho estava acontecendo aqui.

Uma luz branca e quente envolveu Ciara e o mundo girou novamente.

Desta vez, Ciara não conseguiu descobrir onde ela estava. Não havia nada ao

seu redor. Como nada. Sem céu, sem solo, sem horizonte.

— Você tinha certeza de que a florzinha seria a próxima? Acho que é muito

cedo.

Ela reconheceu aquela voz. Era o homem que estivera com a Sra. Bohacek na

caverna.

De repente, seu rosto estava na frente dela, e sua mão estava em sua bochecha.

— Sim, amor. Está na hora. Ela está esperando há muito tempo.

O homem pegou sua mão e beijou sua palma.

— E eu teria seu peso por mais cinco mil anos, isso a manteria segura.

— Não podemos mantê-la segura para sempre.

O homem rosnou e escamas coloridas brilharam em seu corpo.


— Venha agora, vai dar tudo certo. Vamos onde podemos ver este se

desenrolar.

— Os dragões galla já estão se reunindo. É melhor ele reivindicá-la logo.

Jakob já a havia reivindicado, de quem esse homem está falando?

— Sim querido. Mas ele tem que conhecê-la primeiro.

Ciara estalou os dedos e a luz branca desapareceu. O mundo caiu debaixo

dela e ela caiu em um abismo.

Desta vez, ela tinha certeza de que ia vomitar. Ela cerrou os olhos com força

e engoliu em seco, tentando manter a bile baixa.

— Ciara. Ciara, você pode me ouvir? Ciara, — a voz de Jakob estava frenética

e ela podia sentir as mãos dele correndo por seu corpo.

Ela abriu os olhos e estremeceu com a falta de movimento. Ela não estava

caindo, ela estava deitada no chão da caverna.

Rostos escuros estavam olhando para ela. Ela piscou e tentou se concentrar.

O primeiro que ela reconheceu foi Cage. Ele balançou a cabeça como se ela tivesse

acabado de realizar um ato de circo que desafia a morte.

— Eu realmente não posso acreditar que você não está morta.

Embora ela apreciasse o sentimento, não era dele que ela se importava.
Kai sorriu para ela.

— Doce como.

Onde estava Jakob. Ela precisava contar a ele o que havia acontecido.

— Graças ao Primeiro Dragão. Você está bem? — Jakob a sustentou com um

braço e segurou sua bochecha com o outro, virando sua cabeça para que pudesse

examinar seu rosto.

— Acho que sei onde está a relíquia do primeiro dragão. — Sua voz era a dela

novamente. Ela mexeu os dedos para se certificar de que podia. Seu corpo

respondeu a ela neste momento. Ela se sentiu normal novamente.

— A relíquia? — Jakob perguntou.

— Onde? — Ciara olhou para Match, que parecia ter dez anos de idade. — O

que você viu?

— Eu realmente não entendo, mas acho que estava com, ou compartilhando

um corpo com alguém. Ela deu a primeira relíquia do dragão para outra. Aquela

que comanda as plantas.

— E a terra que.... Onde ela está?

— Eu não posso ter certeza. Tudo o que vi foi o interior de um apartamento.

Mas tenho quase certeza de que foi na América.


— Essa é minha garota.

Uh, não era isso que ela esperava que ele dissesse.

Jakob ajudou-a a se levantar e ela se apoiou nele, ainda se sentindo tonta.

— Vamos levá-la para cima e para a cama. Eu preciso segurar você em meus

braços por um maldito longo tempo.

Isso soou bem.

— Não vai ter sua noite de núpcias?

Casamento?

Noite de núpcias?

— O que isto quer dizer? — Ciara se soltou dos braços de Jakob e se virou

para olhá-lo.

Cage deu um passo para trás.

— Você não disse a ela?

Se alguém não explicasse a ela exatamente o que estava acontecendo, ela iria

convocar uma tempestade infernal e transformá-los em um tornado.

— Me dizer o quê? O que está acontecendo?

Kai tentou interromper.

— Aquela cerimônia....
Jakob atacou com o braço.

— Calado.

Kai ergueu as mãos, desistindo.

Jakob pegou a mão dela e brincou com o anel em seu dedo.

— O ritual é importante para os dragões. Um que não é executado por

ninguém há muito tempo. Foi, eu acho que é novamente, uma parte do processo

de acasalamento para Wyverns.

— E? — Ela tinha certeza de que já sabia para onde isso estava indo. Quanto

tempo levaria para Jakob chegar até a verdade?

— Quando um Wyvern é acasalado, os outros três wyverns devem

reconhecer o companheiro.

— Você quer dizer que eles têm que me aprovar. — Ela sabia que Match

nunca ficaria feliz por ela estar na vida de Jakob.

— Não, eles devem reconhecer. Um Wyvern pode consultar seu companheiro

sobre as decisões Wyr. Eles precisam entender que somos uma única unidade.

Mas, você é minha companheira, não importa o que aconteça.

Ela poderia pensar em algumas coisas que não importavam no momento.

— Eles fazem isso se levantando e testemunhando aquele ritual.


Isso e as palavras que disseram foi a parte que mais a preocupou.

— Quais foram as palavras que você me fez repetir. O homem ni pode encher

a anna?

— Ni cad men anna ni gud. — Ele disse as palavras de novo, lentamente

— Sim. Este. O que isso significa?

— Eu me vinculo a você, guerreiro.

Ele disse o mesmo para ela. Votos de casamento.

Então ele colocou um anel em seu dedo e a beijou.

Eles tinham acabado de se casar. Sem planejamento, sem provar mil bolos,

sem convidar família e amigos para testemunhar a ocasião abençoada, e sem

malditas flores.

Ela iria matá-lo.


Capítulo Quatorze

Não posso fazer isso

Jakob imaginou carregar Ciara escada acima, enrolando seus corpos por

horas, até que os outros Wyverns estivessem prontas para ir em busca da relíquia.

Ele precisava cuidar dela.

Não era isso que estava acontecendo.

Sua amada tinha saído do covil como uma tempestade, e quando ele disse

tempestuoso, ele se referia a ventos de cem milhas por hora, trovões e relâmpagos,

e granizo aquela porra de ferroada enquanto atingia ele e os outros Wyverns no

rosto.

Match estava estranhamente emburrado em vez de explodir com seu

temperamento explosivo. Suas chamas poderiam ter secado todos eles em um

instante, mas Kai era o único que ainda estava seco, já que ele foi esperto o

suficiente para comandar a água para longe de si mesmo.

Cage arrancou pedaços de gelo de seu cabelo.


— Cara, você deveria ter contado a ela o que o ritual significava antes de todos

nós nos vestirmos.

— Não houve tempo. — Ele escolheria fazer amor com ela em vez de explicar

rituais desatualizados que ninguém usava em quase um século. Quem se

importava com as palavras tolas e a cerimônia?

Aparentemente, ela fez.

Primeiro ele cuidaria dos negócios Wyr e então iria encontrar sua

companheira e descobrir exatamente o que estava errado e quanto rastejar ele

precisava fazer para consertar.

— Kai, você acha que pode usar esse seu nariz para encontrar a relíquia com

o que Ciara lhe contou?

Kai acariciou seu queixo.

— Eu gostaria de continuar um pouco mais do que 'América'. Esse país é

enorme. Também não consigo cheirar a relíquia. Não tenho conseguido desde

antes de chegarmos aqui. Algo mais poderoso do que a sua companheira zangada

está usando alguma magia sofisticada para escondê-lo.

— Todos nós devemos ir. — Match ficou de lado, longe do resto do grupo.

Ele não disse nada por vários minutos, o que era completamente diferente dele. —
Um ataque maciço de dragão demônio a uma Wyvern, uma bruxa branca, e a

relíquia sendo usada por uma entidade desconhecida não são sinais que não

podemos ignorar. Algo grande está acontecendo e é melhor descobrirmos o que é.

— Você está reconhecendo que Ciara é minha companheira. — Jakob não fez

uma pergunta. Se uma tempestade de birra foi o suficiente para tirar a cabeça de

Match de sua bunda, ele gostaria de ter irritado Ciara antes. Ela provou ser uma

verdadeira companheira e mal piscou duas vezes sobre o julgamento.

Não havia como Match pudesse objetar mais. Ela era poderosa, ela era linda,

ela era inteligente e ele a amava.

Sim. Pelo Primeiro Dragão, ele a amava absolutamente.

Os sentimentos em seu coração se expandiram e cresceram como uma

semente brotando do solo pela primeira vez. Estava escuro há muito tempo,

adormecido por causa de sua crença de que nunca teria uma companheira, essa

nova sensação era incrível.

Este não era apenas o resultado do acasalamento ou do ritual. Isso o obrigou

a estar com ela, para protegê-la. Isso controlava sua luxúria fora de controle por

ela.
Mesmo que nenhum desses fatores o empurrasse em direção a ela, ele ainda

teria se apaixonado por ela. Ele não queria ficar mais tempo com esses babacas.

Ele daria a eles mais cinco minutos de atenção e então ele estava explodindo

seu caminho para fora daqui para encontrar Ciara.

Flashes de alguma emoção que ele nunca tinha visto em Match passaram por

seus olhos. Arrependimento?

Match pigarreou e Jakob meio que esperava que anéis de fumaça saíssem de

sua boca. Em vez disso, ele recebeu um pedido de desculpas.

— Eu, acima de tudo, nunca esperei que nenhum de nós tivesse

companheiras, e só queria proteger os Wyrs. Ainda não consigo acreditar, mas ela

se provou. Peço desculpas a você e sua companheira pela ... angústia.

Match havia pressionado, mas Jakob não tinha feito o suficiente para

defender Ciara, para protegê-la. Nunca deveria ter chegado a isso.

Match pôs a mão no ombro de Jakob e ele retribuiu o gesto.

— Cuide bem dela, irmão guerreiro. Você foi abençoado como nenhum outro

entre nós provavelmente será.

— Eu vou. — Oh, como ele faria.


— Boa. Faremos os preparativos para viajar para a América. Você cuida e

alimenta seu cônjuge.

Mais uma coisa. Um destino presciente deve ter estado em seu escritório com

ele dois dias atrás, porque ele colocou a bola pra rolar nesta investigação na direção

certa.

— Mandei Steel lá para ver se ele conseguia descobrir algo sobre quem havia

levado a relíquia em primeiro lugar. Entre em contato com o seu vermelho,

Daxton, para ver se eles fizeram algum progresso. Podemos começar com o que

eles encontraram.

Match e os outros assentiram e Jakob se despediu deles, mudando para sua

forma de dragão para sair do covil o mais rápido possível. Ele tinha uma

companheira zangada para cuidar. O que ele planejava fazer com muitos beijos e

outros prazeres mais sombrios.

Ele seguiu o cheiro dela até seu quarto, onde a encontrou ainda atacando,

andando de um lado para o outro e murmurando para si mesma.

— Ciara, venha até mim.

Ela parou no meio do caminho e apontou um dedo trêmulo para ele. Se ele

não soubesse melhor, pensaria que ela o estava amaldiçoando.


— Eu não estou falando com você assim. Volte a ser um homem agora para

que eu possa olhar em seus olhos, senhor.

Ela acumulou seus poderes por enquanto, nenhum tornado ou redemoinho

de poeira acompanhou sua demanda. Mas, seu rosto estava vermelho e seu corpo

estava tenso.

Ele a ajudaria a resolver toda aquela tensão. Ele mudou, pronto para deixar

as palavras de amor derramarem de sua boca e em seu coração.

— Não acredito que você me roubou o planejamento do meu próprio

casamento. Você sabe há quanto tempo estou sonhando com este dia? — Ela

ergueu as mãos e voltou ao seu stomp stomp stomp stomp através da sala, para a

janela e de volta.

Ah. Então era isso. Ele poderia explicar e então eles poderiam chegar às

declarações de amor e beijos.

— Eu não te roubei nada, minha pequena ladra.

Ela cruzou os braços ao redor de si mesma.

— Nós estrelamos ou não apenas uma cerimônia em que eu usei um vestido

especial, você usou um terno especial?


O que isso tem a ver com alguma coisa? Ele pensou que ela gostaria do

vestido e ele queria estar no seu melhor para ela.

— Sim. Nós fizemos. Mas...

— E amigos e familiares testemunharam uma troca de votos que nos une

enquanto ambos vivermos?

Não que eles precisassem da cerimônia, ritual, ou qualquer palavra para uni-

los. Eles estavam acasalados. Eles ficariam juntos para sempre. Neste mundo e no

próximo.

— Sim. Você e eu pelos próximos quatrocentos e cinquenta anos ou mais.

Essa também era uma notícia que ele provavelmente não deveria

simplesmente pular sobre ela. O tempo de vida dela agora seria igual ao dele. O

envelhecimento dela iria desacelerar e ela permaneceria com sua exuberante

personalidade de vinte e poucos anos enquanto ele ainda estivesse em seu Prime.

Um grande ajuste para um humano.

Se ela o ouviu, ou não se importou ou não estava pronta para discutir o

assunto, porque continuou seu discurso. Se ela apenas o deixasse explicar que o

ritual não era importante, que eles estavam ligados no segundo que se

conheceram. Então, eles poderiam começar com a parte de fazer amor da noite.
— E se não tivéssemos que sair correndo para a América para encontrar a

relíquia, seria de se esperar que entretivéssemos esses convidados com comida e

bebida, música e dança?

Ela estava completamente obcecada por isso. Ela poderia realmente estar

chateada com uma cerimônia idiota ou havia algo mais a incomodando e esta era

a luta conveniente de escolher?

— Eu acho que sim. — Ele não tinha certeza do protocolo para depois de um

ritual de acasalamento Wyvern, mas uma festa parecia em ordem.

— Era para haver um bolo? — Sua voz estava ficando mais estridente com

cada pergunta.

Talvez ela quisesse a festa.

— Se você quiser um.

— Isso, meu caro companheiro. — Ela cuspiu a palavra para ele. — É a

própria definição de um casamento.

Jakob cruzou a sala e ficou na frente dela tão perto que ela teve que inclinar a

cabeça para olhar para ele. O fogo, o gelo, o vento e o verde exuberante daqueles

olhos tiraram seu fôlego. Ele não queria brigar com ela. Ele queria fazer amor com

ela.
— Ciara. Se acalme.

Isso foi aparentemente a coisa errada a dizer, porque todas as plantas na sala

murcharam, as pétalas caíram das flores e um pequeno vaso que ele estava

preparando para colocar mudas explodiu em chamas.

— Não me diga para se acalmar. — Sua voz era baixa, mas o vento que

soprava pela sala com a força do vendaval não era. — Você é o único que trouxe à

tona todos esses, esses ... sentimentos em mim, caramba. Então, não espere que eu

os empurre de volta para dentro. Eu não vou e terei que aprender como lidar com

isso.

Mulheres emocionais não eram exatamente seu forte. Ele não conseguia se

lembrar da última vez que alguém gritou com ele. As pessoas não levantavam suas

vozes para wyverns. Ele disse que queria vê-la irritada porque ela era linda

iluminada assim. Ele deveria ter mais cuidado com o que deseja porque, ele não

ficaria surpreso se ela, de todas as mulheres, de repente aprendesse a respirar

fogo.

— Ciara, querida.

— Não me chame de querida, Jakob Zeleny. Você tem alguma ideia do que

tem sido toda a minha vida nos últimos oito anos?


Ele sabia como responder a essa pergunta porque a resposta era 'nenhuma

porra de pista'. Mas provavelmente não era o que ela queria que ele dissesse. Neste

ponto, não importa o que ele dissesse, ele provavelmente estaria errado. Ele não

estava nem cem por cento certo de que ela estava louca por não entender as

palavras da cerimônia de acasalamento e que tudo tinha acontecido sem que ela

falasse sobre as flores e decorações.

Ela fez uma pergunta a ele sobre sua vida na América, então talvez ela

estivesse chateada por estar deixando isso para trás.

Isso era algo que eles definitivamente não haviam discutido. Ok, ele podia

ver como ela ficaria brava com isso. Boa. Ele iria cavar e conhecer cada parte de

sua psique, então ela não teria que ficar triste ou brava mais. Ele queria que sua

companheira fosse feliz.

Feliz companheiro, feliz destino.

— Eu não sei, mas se você apenas me contar por que está realmente chateada,

farei o meu melhor para consertar para você.

Ele deu um tapinha nas costas por isso. Ele pode ser novo para ser um

companheiro, mas ele sabia que eles cuidavam um do outro. Se ela precisasse de
um emprego para se sentir confortável e feliz, ele compraria qualquer empresa que

ela quisesse.

— Estou tentando dizer por que estou brava. Eu sou um planejador de

casamentos, idiota.

Opa. Eles estavam de volta ao xingamento criativo.

— Tenho certeza de que há muitos casais na República Tcheca que precisam

de ajuda para planejar seus próprios casamentos. Isso não é realmente uma coisa

de dragão, mas assim que chamar o pessoal da casa de volta, algumas das

mulheres provavelmente podem ajudar a apontar a direção certa.

— Não, idiota. Não se trata de casamentos de outras pessoas. Eu queria ser

capaz de planejar meu próprio casamento. Agora é tarde demais. — Ela ergueu o

dedo anelar em um gesto que quase pareceu obsceno.

Não era isso que incomodava Jakob. Foram as lágrimas acumuladas em seus

olhos. Ela lhe deu as costas antes que qualquer uma delas caísse. Não importava

porque seu intestino disse a ele com a queimadura vazia se espalhando da boca

do estômago até a garganta que era tarde demais para detê-los.

Ele não tinha passado um minuto inteiro em sua vida pensando em um

casamento. Ele certamente nunca pensou que teria um, mesmo se ele encontrasse
uma companheira. Ele não considerou o ritual que eles acabaram de realizar um

casamento.

Ele estendeu a mão e tocou seu ombro, planejando puxá-la em seus braços e

confortá-la. Ela se afastou e caminhou para o outro lado da sala.

O que ela queria dele, queria que ele dissesse ou fizesse para tornar isso

melhor? Aha.

— Nós podemos ter um casamento humano se você quiser. Convide mil

pessoas. Existem igrejas espalhadas por todo o país ou podemos tê-las no jardim

dos fundos.

Ela balançou a cabeça e esfregou a testa. De repente, o fogo se extinguiu

dentro dela.

— Acho que não. Isso, — ela acenou com a mão para frente e para trás entre

eles, — não vai funcionar.

Espere um minuto. Sobre o que ela estava falando?

— Ciara. — Ele fechou a lacuna entre eles em um instante e puxou-a em seus

braços, quer ela quisesse estar lá ou não. Ele precisava senti-la ali.

Ela colocou as mãos espalmadas contra o peito dele.


— Nós nem mesmo nos conhecemos. Você não sabe nada sobre mim, e eu

mal entendo o que você é, muito menos quem. Seu mundo está cheio de magia,

demônios e dragões. Todas as coisas que eu não tinha ideia que existiam fora dos

contos de fadas até alguns dias atrás.

Eles teriam tempo para se conhecerem. Centenas de anos. Assim que esse

negócio com a relíquia fosse resolvido, ele dedicaria mil por cento de sua atenção

a ela. Até então, ela simplesmente precisava saber que ela pertencia. Não apenas

para ele, mas no mundo dos guerreiros dragão. Os companheiros eram

reverenciados, e ela sendo a primeira desta geração, ainda mais.

— Você é uma parte deste mundo agora. Você tem mais magia em seus

dedinhos do pé do que a maioria das bruxas.

— Talvez, mas eu vivi vinte e oito anos sem isso, será fácil voltar a isso.

— E os dragões? — Ele estava perguntando sobre um dragão em particular.

Ela poderia voltar a viver sem ele?

— Não posso viver com ... não posso estar apaixonada por alguém que mal

conheço.
— Nós vamos nos conhecer então. Qual o seu sabor favorito de sorvete? —

Ele sabia mais do que o suficiente para saber que estava apaixonado por ela. Ela

poderia perguntar a ele qualquer coisa e ele responderia honestamente.

— Realmente não importa. Eu quero ir para casa Jakob. Voltar para minha

vida, meu trabalho, meus amigos e esquecer tudo isso que aconteceu.

Não.

Ele tinha acabado de encontrá-la. Ela não podia ir embora, esquecê-lo. Eles

eram almas gêmeas.

O fragmento de alma de Jakob brilhou e Ciara desviou o olhar.

Por que isso doeu tanto?

Ela já tinha sua alma, talvez ele devesse dar a ela o fragmento contendo um

pequeno pedaço para ela.

Ninguém que ele conheceu tinha feito tal coisa. O fragmento de alma era o

bem mais valioso de todo dragão. Um pedaço da alma do Primeiro Dragão

entrelaçado com uma parte sua. Ele e todos os dragões receberam aos quarenta

anos, aproximadamente o equivalente a sete anos humanos.

Ele nunca o tirou nos cento e vinte ou mais anos desde então.
Quando menino, ele se sentiu o maior fodão do mundo na primeira vez que

mudou depois de receber seu fragmento de alma. O que aconteceria se ele o desse

para Ciara?

Ela não tinha nenhum sangue de dragão nela, então ele duvidava que ela

mudasse. Seus poderes continuaram a surpreendê-lo.

Dar a ela seria o suficiente para provar que ele acreditava que pertenciam um

ao outro, não separados por um oceano?

Ele só podia tentar.

Mas, e se ela realmente não quisesse. Ela estava certa de que este não era o

seu mundo. Não foi. O significado do gesto pode ser perdido para ela.

Ele tocou o talismã, sentindo o calor em sua mão. Ele iria esperar. Só até que

ela decidisse ficar, para manter o compromisso que havia feito.

— Ciara. Eu não quero que você vá. Você significa tudo para mim agora.

Lamento que você se sinta prejudicada em seus planos de casamento, e vou

compensá-la da maneira que puder. Fique, meu amor.

— Por favor, não me chame assim. Não estamos apaixonados. Luxúria,

talvez, mais provavelmente tenha algo a ver com os eventos loucos e assustadores
dos últimos dias. É a adrenalina falando. Casais que se apaixonam durante

situações perigosas raramente duram.

Todo o calor e magia haviam desaparecido da voz de Ciara. Ela parecia um

robô repetindo frases que havia sido programado para dizer. Ela foi inflexível

sobre deixar todos os seus sentimentos para fora. Em vez disso, ela os estava

enterrando.

Ela estava menos emocional agora do que quando ele a sequestrou pela

primeira vez.

Suas emoções foram completamente reprimidas.

Como ele poderia alcançá-la agora? Ela estava mais viva, mais livre quando

ele a dominou. Se ele não lhe desse a chance de pensar e analisar, ela poderia

abandonar essa noção ridícula de que eles não pertenciam um ao outro.

Jakob deslizou as mãos pelos braços dela, roçando levemente sua pele e

segurou seus pulsos com cada uma de suas mãos. Ele precisava fazer a próxima

parte com cuidado.

Ele ergueu os braços dela. Ela resistiu no início, mas depois permitiu que ele

os empurrasse para cima e sobre sua cabeça, depois de volta para envolvê-lo no

pescoço.
A posição empurrando seu peito para fora empurrou sua bunda de volta para

ele, seu traseiro macio e gordo acariciando seu pênis através de suas calças.

— Você é minha, Ciara, — sussurrou ele em seu ouvido e mordiscou sua

orelha.

Ela estremeceu, seus gemidos tão baixos que ele não tinha certeza se a tinha

ouvido.

— Não faça isso.

— Peça-me para parar e eu paro. Não me peça, e eu provarei a você o quanto

você me pertence.

Ela não se moveu, exceto para inclinar a cabeça para o lado, expondo a marca.

Sim.

Seus lábios encontraram a tatuagem, então sua língua e seus dentes. Ele

mordeu com força, reivindicando-a e certificando-se de que ela sabia disso. Ela

prendeu a respiração e murchou em seus braços.

Isso não era submissão, ela estava hipnotizada novamente.

Merda, merda, merda.

Ele a ergueu e a carregou para a cama, pronto para chamar os outros. Mas,

seu corpo ficou tenso, estremeceu e então ela abriu os olhos.


— Kur-jara está chegando. Devemos detê-lo antes que ele a encontre.

A voz que saía de sua boca não era a dela. A marca do dragão em seu pescoço

se contorceu como se tentasse escapar de sua pele, para se levantar e protegê-la.

Sua própria tatuagem de dragão esticou as asas, alcançando-a. Como ele

poderia protegê-la se ele pudesse sentir, ver ou encontrar o inimigo. Quem diabos

era Kur-jara e era a mulher que ele procurava por Ciara ou outra?

— Ciara, você pode me ouvir? Acorde.

Ela estremeceu e seu corpo ficou mole.

— Ciara, volte para mim.

Sua respiração voltou ao normal e suas pálpebras tremeram. Ela lutou para

abri-los e, quando o fez, eles estavam desfocados.

— Jakob?

— Estou aqui. O que você viu? Você está bem?

— Ir. Para América. Rapidamente. Encontre a flor. — Suas palavras foram

arrastadas.

Jakob achava que ela nem sabia o que estava dizendo.

— Eu não estou deixando você.


Os outros Wyverns poderiam ir para a América. Ele não estava se movendo

do lado de Ciara nunca mais.


Capítulo Quinze

América ou fracasso

A mente de Ciara girou em um oceano negro. Não, onde quer que ela

estivesse, não era molhado, mas macio e cheirava a sujeira. Ela estava lá há muito

tempo. Mas estava tudo bem. Ela tinha seu companheiro.

Mas onde estavam seus filhos?

Ela acordou assustada. Debaixo dela havia uma cama macia, o corpo de Jakob

envolvendo o dela, suas asas desenroladas e colocadas em cima delas como um

casulo verde-esmeralda.

Com o que ela estava sonhando? Uma presença sombria, algo que a

assustava, e crianças. Os filhos dela.

Ela balançou a cabeça. Ela não tinha filhos e provavelmente nunca teria.

O medo a dominou, picando seu coração, fazendo-o pular para acompanhar

o ritmo que a adrenalina exigia de seu corpo.


Algo muito escuro estava chegando. Não, não estava vindo aqui, era na

América. Casa.

Ela precisava ir para casa. Não que ela tivesse alguém ou algo para ir para

casa. Sim, seu trabalho era importante para ela, era sua vida. A única coisa que

deixou sua mãe, não exatamente orgulhosa dela, mais tolerante com ela.

E Wes? Como ela poderia ter pensado que sua paixão por ele era algo

parecido com o amor.

Engraçado como alguns dias com Jakob mudaram tudo. Ela nunca iria

esquecê-lo. Mas ela não via como o relacionamento deles funcionaria a longo

prazo.

Ele precisava dela para encontrar a relíquia, e ela precisava dele para

preencher uma série de necessidades não atendidas. Isso era tudo. Um inferno de

um furacão nascido de uma aventura perigosa.

Depois que tudo acabasse e ele tivesse a relíquia de volta, onde eles estariam?

Eles não tinham nada em comum, ou qualquer ideia se tivessem.

Bem no fundo de seu coração, onde ela escondia suas inseguranças e auto

aversão, ela duvidava que um homem poderoso e bonito como ele iria querer algo

mais de uma garota gorda além de sexo.


Essa coisa de acasalamento que ele insistia tinha acontecido com ele ... ela

queria acreditar que existia. Um homem, feito especialmente para ela, inferno, sim,

ela queria que isso fosse verdade.

Ela tinha visto muitas pessoas que se casaram acreditando na mesma coisa.

Quase o mesmo número de pessoas acabaram amargas e sozinhas. Uma alma

gêmea era uma mentira conveniente.

Uma que ela tinha usado em muitas noivas e noivos no passado.

O casamento real era um trabalho árduo, não mágico.

Nem todo mundo conseguiu encontrar alguém especial e pelo menos metade

dos que pensaram que encontraram estavam errados. Ela era uma tola por pensar

que ela era uma das que o faria.

Jakob não a amava, como poderia.

Ele precisava dela e tinha se envolvido com tudo isso tanto quanto ela. O

julgamento, o ritual e o pseudo casamento provaram isso.

O pavor a empurrou novamente até que ela lutou para sair da cama. Ela

escorregou para fora dos braços de Jakob e colocou os pés no chão.

Ela queria correr, ficar o mais longe possível dele.


Linhas enrugaram seu rosto, preocupado, mesmo em seu sono. Com suas

asas assim, ele parecia um lindo anjo caído.

Não. Não pense nele agora. Se o fizesse, talvez não tivesse forças para deixá-

lo. Ela não podia ficar.

A villa ficou em silêncio e Ciara se perguntou se os outros dragões já haviam

partido para os Estados Unidos. Estava escuro lá fora, então ela supôs que todos

eles poderiam estar dormindo. Ela tinha estado fora por muito tempo.

Ela se esgueirou pela casa, apenas no caso de eles estarem por perto e

tentarem impedi-la. Ela realmente precisava encontrar algumas roupas diferentes.

Este vestido não era muito bom para ficar discreto. Ela nem tinha sapatos.

A última vez que ela tentou escapar, ela despedaçou os pés. Mas eles se

curaram quando Jakob soprou aquela névoa verde sobre a mordida que ele deu

em seu ombro.

Ela colocou a mão sobre o local. Mas, isso a fez se sentir ainda pior.

Ela estaria comprando um conjunto completo de gola alta quando voltasse

para casa.

Seu estômago roncou e ela decidiu que pegar um lanche para a estrada

provavelmente era uma boa ideia. Ela quase não comeu nos últimos três dias, mas
não podia recomendar a dieta do dragão por perder 2,5 quilos. Especialmente

porque ela definitivamente ganharia qualquer coisa que tivesse perdido quando

voltasse para casa e passasse as noites com banana split.

O pão que Jakob encontrara para ela quando ela fez o café da manhã ainda

estava no balcão. Ela o agarrou e encontrou um pedaço de queijo e algumas fatias

de carne na geladeira. Agora só faltava uma bengala e um lenço, ela poderia ser

uma vagabunda bem vestida em sua jornada para Deus sabe onde.

A porta da frente provavelmente faria muito barulho, mas o buraco que Jakob

e Match haviam criado na lateral da casa quando eles brigaram por ela ainda

estava aberto. Ela abriu caminho entre os escombros no que parecia ser os restos

de um escritório. Um paletó estava pendurado nas costas de uma cadeira tipo

executiva empurrada em um canto. Ela o agarrou e enfiou os braços nele.

Cheirava a feno fresco e doces bons e abundantes. Cheirava a Jakob.

Ela segurou a jaqueta contra o nariz e lutou contra uma onda assassina de

ansiedade.

Ela estava fazendo a coisa certa, por ambos. Ela tinha que acreditar nisso.
Jakob acordaria em algumas horas e ficaria bravo com ela por ter partido, mas

provavelmente estaria a caminho de sua missão de encontrar a relíquia logo

depois.

Ela enfiou a comida nos bolsos e saiu para o ar livre. Ela decidiu não ir em

direção à cidade que havia encontrado da última vez. Havia bosques não muito

longe do outro lado do jardim. Em qualquer outro momento de sua vida, ela teria

ficado nervosa sobre ir para uma floresta escura sozinha, mas suas novas

habilidades, especialmente o elemento terra, a confortavam. Ela poderia invocar

as árvores e flores para fazer amizade e protegê-la.

Ela imaginou um pomar de maçãs furioso atirando frutas em quaisquer

inimigos como os do Mágico de Oz.

O único obstáculo entre ela e a fuga era um lago que continha um grande

dragão azul adormecido bem no centro dele. Ela passou apressada por Kai o mais

silenciosa e rapidamente que pôde, enquanto pedia à água para balançá-lo

suavemente.

Ela tinha certeza de que tinha sido pega quando ele bufou e fungou atrás dela

e ela começou a correr. Nada a seguiu enquanto ela mergulhava na floresta escura.
Ou tinha alguma coisa? Ela olhou para trás ciente da sensação de olhos nela

e se escondeu atrás de uma árvore.

Kai não se moveu.

Ela deve ter imaginado o farfalhar. Simplesmente porque ela agora podia

convocar os elementos, não significava que não havia outra coisa aqui com ela

além de terra, vento, água e fogo. Quanto antes ela pudesse atravessar a floresta e

encontrar a civilização, melhor.

Algo semelhante a um caminho se abriu diante dela. Ela agradeceu à mãe

natureza por mostrar-lhe um caminho a seguir.

Um pouco de luar brilhava através das copas das árvores, mas havia mais

lugares escuros do que ela gostaria de reconhecer. Ela tinha visto as feras que Jakob

chamava de dragões demônios aparecerem desses tipos de sombras.

O som de galhos quebrando atrás dela a fez correr novamente ao longo do

caminho. Ela não ouviu mais nada. Na verdade, a floresta estava silenciosa

demais.

Alguém ou algo estava definitivamente aqui com ela.


Ela engoliu o gosto amargo do medo no fundo da garganta e se concentrou

no caminho. Um flash de preto chicoteou através da trilha na frente dela rápido

demais para seus olhos rastrearem.

Então ela sentiu uma rajada de vento quando algo correu atrás dela um

momento depois.

Oh Deus, ela estava sendo caçada.

Felizmente, dragões demônios não eram tão espertos quanto velociraptors.

Ela ouviu um guincho à esquerda e algo preto e alado caiu da árvore acima

dela. Havia mais de um.

Ela estava correndo mais rápido agora do que em toda a sua vida. Mas, isso

não estava dizendo muito. Ela não era uma estrela do atletismo. Malhar nunca

esteve exatamente no topo de sua lista de prioridades.

Se ela sobrevivesse à noite, ela estaria contando isso como todo o exercício de

que precisava por um mês ou mais. Seu coração e pulmões estavam muito bravos

com ela no momento.

Um braço negro com garras a alcançou e ela ergueu uma parede de terra para

bloqueá-lo.
Duh. Ela precisava usar seus poderes. Ela não podia se dar ao luxo de parar

e fechar os olhos para se concentrar, então esperava não estragar tudo e criar mais

uma barreira para si mesma.

A próxima parte doeria.

Ciara se lembrou de estar nos braços de Jakob. A queimadura de emoção

daquela memória se estendeu ao redor dela e ela chamou o chão e as árvores para

formar um túnel do tamanho de BBW2 que ela pudesse correr protegida.

A floresta dobrou-se à sua vontade e sujeira e galhos se fundiram formando

um arco de poucos metros de largura que a cercou enquanto ela corria.

As criaturas do lado de fora arranharam e mexeram em seu escudo e muitas

de suas garras conseguiram penetrar.

Em minutos ela estava coberta de arranhões e ela não tinha certeza de quanto

tempo ela poderia continuar correndo dessa maneira. Ela pressionou a mão sob as

costelas e fez o possível para respirar, apesar da dor do ponto que se formava.

Se ela não encontrasse ajuda ou abrigo logo, ela estaria perdida.

O som áspero de sua respiração pesada tornava difícil ouvir muito mais, mas

o apito de um trem em algum lugar à frente era alto o suficiente para passar. Ela

2 BBW, acrônimo para o termo em inglês "Big Beautiful Woman", é uma denominação frequentemente utilizada
na afirmação da atração sexual por mulheres Gordas/Acima do Peso, embora seu uso seja controverso.
ouviu com atenção, mas não ouviu o chuga-chuga do trem movendo-se ao longo

dos trilhos. Isso significava que havia uma estação adiante.

Se ela pudesse chegar até aquele trem, talvez ela pudesse escapar dos dragões

demônios. Ou talvez eles atacassem todas as pessoas no trem. Ela tinha que

arriscar.

Um dos dragões demônios percebeu sua barreira protetora e saltou na trilha

à sua frente, perto o suficiente para que ela não tivesse reações rápidas o suficiente

para se desviar.

Bem diante de seus olhos, garras atacaram a besta e a jogaram de lado. Eles

não ficaram por tempo suficiente para ela ver quem era.

Tudo o que ela sabia era que não eram as escamas verdes de Jakob. As garras

estavam totalmente pretas.

Eles estavam brigando por ela?

A linha das árvores quebrou alguns metros à frente e ela disparou e quase

bateu na lateral de metal do trem. Com sua última gota de energia, ela correu ao

longo dos trilhos e até uma plataforma de trem de cimento da era soviética. Ela

subiu os três degraus de metal e entrou no vagão, agarrando a maçaneta da porta

deslizante e fechando-a. O apito soou novamente e o trem deu um solavanco,


cambaleando para a frente. Demorou interminavelmente para passar pela

plataforma e se afastar do que quer que a estivesse perseguindo e ajudando a

escapar. Ela olhou pela pequena janela de vidro da porta em busca de qualquer

pista.

Lá, na borda da floresta, um homem agachado nos restos de sua planta e

barreira de terra. Suas roupas estavam esfarrapadas, e ela podia apenas ver seu

cabelo preto. Mas, seus olhos negros como azeviche a rastrearam.

Quem diabos era ele?

Quem quer que fosse, ele permaneceu na floresta, não a seguindo.

Ciara ainda respirava com dificuldade e fez o possível para controlar os

pulmões antes de entrar no vagão de passageiros. Ela empurrou a porta e

encontrou fileiras de bancos corridos, com apenas alguns usuários sonolentos. Ela

sentou-se e olhou ao redor para ver se conseguia descobrir para onde o trem estava

indo.

Um cartaz branco estava aparafusado na parede acima das janelas. Mostrava

uma linha com pontos periódicos marcados com palavras que ela não entendia.

Um ponto estava aceso. Os rótulos pareciam ser nomes de cidades. O último ponto

da linha estava marcado como Praha Hlavni Nadrazi.


Praga.

Mas ela estava indo na direção certa? Havia apenas cinco paradas entre o

ponto que estava aceso e o final da linha na direção que ela esperava estar

viajando.

Alguém que ela presumiu ser condutor de trem caminhou em sua direção

pelo corredor. Merda, ele gostaria de ver seu ingresso. Ele parou em outro

passageiro e Ciara o observou arrancar um pedaço de papel de um bloco

pendurado no cinto em sua cintura e trocá-lo por dinheiro.

Aqui vai nada. Ela fechou os olhos e pediu ao vento para ajudá-la. Ela ouviu

um grito e espiou com um olho. O condutor do trem foi pego por um redemoinho

de poeira rodopiante de 30 centímetros de altura. Opa, demais. Ela puxou a

energia e usou o estado distraído dele e do resto dos passageiros para arrancar um

dos bilhetes de papel e colocá-lo flutuando em seu assento.

O bilheteiro se recompôs, limpou a roupa e olhou para os outros que o

encaravam abertamente. Então ele foi até ela. Ele franziu a testa com a aparência

dela, olhando sua jaqueta rasgada e vestido de cima a baixo, parando por um

segundo a mais para observar seus pés descalços.

— Bileta, prosim.
Ela só podia presumir que ele estava pedindo sua passagem.

— Desculpe, eu não entendo tcheco. É isso que você quer?

Ela segurou o pedaço de papel, rezando para que fosse válido. Ele o socou

com uma pequena máquina de mão e o devolveu a ela.

Ufa.

Ela passou os próximos vinte minutos olhando para o cartaz esperando o

ponto mudar. A próxima parada mais próxima de Praga iluminou-se. Sim.

Um carrilhão e, em seguida, uma voz feminina soou em um alto-falante

crepitante mais quatro vezes na próxima hora e meia. Ela quase tinha memorizado

as palavras estrangeiras quando chegaram ao destino final.

— Prisma Ukoncete, vystup a desagradável, Deere se zaviraji. — Então,

finalmente, — Pristi stanice Praha Hlavni Nadrazi.

Próxima parada, Praga.

O amanhecer se aproximou enquanto ela saía da já movimentada estação de

trem.

Ela estava aqui, mas o que ela faria agora? Ela não tinha nenhuma identidade

ou dinheiro. Como ela pensou que voltaria para casa?


Ela já provou que ligar para casa pedindo ajuda era um esforço infrutífero.

Talvez ela simplesmente fixasse residência aqui e se tornasse uma sem-teto.

Ela poderia viver em um parque e cultivar sua própria comida. Até que o

inverno gelado chegasse e ela congelasse até a morte. Não, espere, ela tinha fogo.

Hmm. Este plano estava parecendo cada vez melhor. Melhor ainda do que

voltar para a América e ser uma estúpida planejadora de casamentos de novo.

Ela se convenceu até que foi cercada por um grupo de crianças de rosto sujo

em roupas mais esfarrapadas que as suas.

Uma mulher estava perto segurando um bebê chorando. Todas as crianças

falaram ao mesmo tempo, cantando algo e fazendo caretas para ela. Eles

esbarraram nela e a empurraram, rindo como se estivessem jogando um jogo.

Então, em outro instante, eles fugiram.

Um jovem em um uniforme chique com uma bandeira dos Estados Unidos

da América caminhou em sua direção, carrancudo para os patifes.

— Senhorita, você precisa ter cuidado com Hlavni Nadrazi. Se você tinha

alguma coisa nos bolsos, aquelas crianças ciganas têm tudo agora.

— Romani? — Ela enfiou as mãos nos bolsos da jaqueta e não encontrou nada

além de ar. Eles roubaram sua comida.


A realidade de ser uma sem-teto em uma cidade como esta, em um país

estrangeiro a atingiu com força e ela começou a chorar.

Droga.

— Comumente conhecidos como ciganos. Eles ficam por aqui e muitas outras

áreas turísticas ganhando a vida. Você está bem?

— Não. — Ela fungou e tentou limpar o rosto, mas a manga da jaqueta caiu,

os pedaços restantes simplesmente cedendo.

O jovem olhou para ela de cima a baixo, mas de uma forma muito mais gentil

do que o condutor do trem ou qualquer pessoa na estação.

— Eu sou um fuzileiro naval dos EUA, senhora. Eu trabalho na embaixada

aqui. Você precisa de ajuda?

Rapaz, sempre.

O fuzileiro naval a levou de bonde, pagando justo, e acompanhou-a até a fila

da embaixada. A cidade era linda, com um castelo gigante em uma colina, um rio

no centro, coberto de pontes ornamentadas.

Ela desejou que ela pudesse ter visto de outra maneira.

Outra hora, em outra vida talvez.


Ela contou sua triste história a uma mulher que o fuzileiro naval a apresentou

também na embaixada, dando apenas detalhes suficientes para tornar a história

plausível, e deixando de fora tudo sobre dragões, magia e se apaixonar.

Antes que ela percebesse, a mulher da embaixada também estava chorando.

Deve ser aquela parte emocional de sua magia recém-descoberta que ela não

entendia.

Elas choraram juntos, a mulher conseguiu uma refeição e algumas roupas

para ela e, de alguma forma, conseguiu que ela conseguisse um transporte militar

de volta aos Estados Unidos.

Ela dormiu todo o caminho, apesar do barulho e dos olhares dos militares a

bordo com ela. Quando pousaram, ela não se sentiu mais descansada do que

quando decolaram.

Alguém a mostrou um telefone e ela ligou para Wesley.

— Ei, bebê. Onde você esteve? — Ele estava tão animado quanto no dia em

que ela o deixou.

— É uma longa história. Você acha que poderia vir me buscar? Eu deixei meu

carro no casamento Ketcher-Fast.

— Certo. Onde você está?


A quatro horas de carro. As Noivazillas de Willingham Weddings teriam que

esperar.

— Washington DC.

— Jesus. É melhor que seja uma história e tanto.

Ela teria que descobrir o que realmente dizer a Wes enquanto esperava por

ele.

— Isto é.

Um que ela queria esquecer assim que pudesse.


Capítulo Dezesseis

Incendiar a casa

Ele iria matá-la. Primeiro, ele iria encontrá-la, então iria beijá-la, então

transaria com ela de três maneiras no sábado até que ela se lembrasse que eles

pertenciam um ao outro, então ele iria matá-la.

Quando Jakob acordou sem Ciara nos braços e descobriu que ela estava

desaparecida, ele entrou em pânico. Mas, quando Kai o ajudou a rastreá-la pela

floresta e eles encontraram evidências não apenas de sua fuga dos dragões

demoníacos, mas do cheiro de um dragão que nenhum deles reconheceu, ele foi

muito além do pânico e entrou no modo de armas de destruição em massa.

Se alguma coisa tivesse acontecido com ela, ele destruiria o mundo para

recuperá-la ou morreria tentando.


Eles seguiram os trilhos do trem onde o cheiro de Ciara permanecia. Ela não

estava em nenhuma das pequenas cidades ao longo da rota para Praga.

Felizmente, nem o enviado do dragão desconhecido.

Todos os wyverns conheciam cada dragão em sua Wyr. Isso preocupou Jakob

mais do que qualquer outra coisa. Era inconcebível para ele que pudesse haver um

Dragão desonesto. Mas, se houvesse, ele seria muito perigoso. Seria muita

coincidência para ele estar na área ao redor da Villa de Jakob sem se envolver em

todos os problemas que surgiram em suas cabeças na semana anterior. Quem quer

que fosse, não seria capaz de se esconder deles por muito tempo e, se tivesse Ciara,

não ficaria por muito tempo neste mundo.

Kai sentiu o cheiro de Ciara novamente fora do terminal principal. Ele a

seguiu pela ponte e subiu a colina até Mala Strana. O Castelo de Praga assomava

acima deles e Jakob jurou que quando encontrasse Ciara, ele a levaria para o salão

gigante na parte antiga do castelo e se casaria com ela do jeito certo.

Seu rastro os levou do lado de fora da Embaixada dos Estados Unidos.

— Eles não vão nos deixar entrar. Nenhum de nós nem tem passaporte, mano.

— Merda, Kai estava certo.


— Fale por si mesmos, — disse Cage. — Eu tenho um passaporte há anos,

mas não comigo. Não é como se eu tivesse voado aqui comercialmente.

— Droga, vou demolir o prédio. — Jakob andava de um lado para o outro na

frente do portão.

Match colocou a mão no ombro de Jakob e o deteve.

— Se ela entrou lá, ela está segura. Venha, vamos encontrar um lugar que nos

pareça um pouco menos com um grupo de terroristas patrulhando a embaixada

dos Estados Unidos. Descobrirei nosso próximo movimento então.

Eles dobraram a esquina e entraram em um pequeno gastropub. Cage pegou

as cervejas e eles se sentaram em uma mesa no canto.

Antes que qualquer um deles pudesse sugerir o que fazer a seguir, um grupo

de rapazes entrou no bar.

Suas vozes altas diziam a Jakob que eram provavelmente turistas americanos,

exceto o que fez o pedido ao barman falava muito bem em tcheco. Talvez ele tenha

vivido e trabalhado aqui.

— Não, rapazes. Estou dizendo que ela parecia um vagabundo em um

vestido de baile. E no segundo que eu disse a ela que era um fuzileiro naval dos
EUA, ela começou a chorar, — disse ele assim que se juntou a seus amigos com as

cervejas.

Ele estava no meio de uma história e seus amigos estavam gostando muito.

— Cara, a visão de você faz a maioria das mulheres chorar. —

O grupo riu, mas Jakob e o resto dos wyverns ficaram muito quietos. Era mais

do que uma ilusão que eles estavam falando sobre Ciara.

— O que faria seus idiotas chorarem era o site do duplo D dela sobre a queda

daquele vestido. Ela tinha curvas por milhas. Eu a teria escoltado todo o caminho

para casa, se eles me deixassem. Se você souber o que quero dizer.

Se eles estivessem falando sobre sua companheira, ele iria comê-los todos no

jantar. Dois dos homens ergueram as taças em um brinde às mentes sujas do idiota.

Um deles pediu ao amigo para continuar a história.

— E ela disse que foi sequestrada? Quem diabos sequestra uma mulher

americana e a traz para a República Tcheca?

De quem mais eles poderiam estar falando?

— Eu não sei, cara, ele deve ser um filho da puta doente, porque ela também

disse que ele tentou forçá-la a se casar com ele.

Porra. Ele não tinha feito tal coisa. Ele tinha?


— Jesus Cristo, esse cara precisa começar uma vida.

— Eu não sei, talvez devêssemos conectá-lo com sua irmã Maria.

— Cale a boca, cara.

— Então, quando poderei vê-la novamente? Talvez mostre a ela um pouco de

conforto, estilo marinho?

O contador de histórias tem uma série.

— Idiotas, a senhora passou por um trauma sério. Mostre um pouco de

respeito.

Eles não sabiam a definição da palavra. Os punhos de Jakob cerraram-se. Ele

iria ensiná-los.

— Em outras palavras, eles a mandaram de volta para os Estados Unidos, não

foi?

— No transporte militar que partiu hoje. — A mesa explodiu em gargalhadas

novamente.

Jakob pressionou os punhos na mesa e se levantou lentamente. Ele não tinha

dúvidas de que estavam falando sobre Ciara. Ela realmente definiu todas essas

coisas sobre ele? Ele a havia sequestrado, mas essa história fazia parecer que ele

era um monstro.
Um dos outros wyverns agarrou sua camisa para detê-lo, mas ele estava

exclusivamente focado no homem contando a história, e como ele iria arrancar sua

cabeça.

Ele caminhou até o grupo sem dizer uma palavra e ergueu o jovem pelo

colarinho.

— Onde ela está?

Ninguém estava rindo agora. O resto dos camaradas desse jovem estavam

segurando as lágrimas, prontos para defender o amigo. O que ele precisava agora

era um pouco da influência calmante de Ciara.

— Onde. Ela. Está? — Ele rosnou e pode sentir seu dragão empurrando em

direção à superfície.

Os amigos que estavam tão prontos para ajudar deram um passo para trás.

Um deles sussurrou uma série de palavrões baixinho.

O homem nas mãos de Jakob grunhiu. Provavelmente ajudaria se Jakob

soltasse sua garganta. Ele largou o homem no banco, observando-o respirar fundo.

Ele resmungou algo que Jakob não conseguiu entender.

— O que você disse? Diga-me onde está Ciara.

O homem olhou furioso para Jakob.


— Eu disse, vá se foder.

As garras de Jakob se estenderam e sua visão se aguçou enquanto seus olhos

e as pessoas se alongavam em sua forma de dragão. Este pequeno peão não teria

uma morte rápida. Jakob iria estripá-lo e puxar suas entranhas lentamente até que

o homem lhe dissesse o que ele queria saber.

Cage se colocou entre Jakob e sua presa.

— Aprendemos o suficiente com sua história. Ela foi para casa.

Jakob rosnou para Cage. Agora que ele estava tão perto do homem, ele

cheirou Ciara por toda parte. Ele a havia tocado. Ninguém tocava em sua

companheira. Ela era sua.

Cage deu um passo à frente, forçando Jakob a recuar. Ele tentou empurrar

Cage para fora do caminho para que ele pudesse estripar sua presa. De repente,

Match e Kai o flanquearam, criando uma parede imóvel de guerreiro dragão. Ele

mostrou os dentes para todos eles, mostrando o quão perto ele estava de mudar.

— Esses humanos não precisam saber de nosso antigo segredo. Controle seu

temperamento, Zeleny.

Jakob já havia brigado com Match, faria de novo.


— Mano, quanto mais você fica por aqui mijando no ar, mais tempo todos

teremos que esperar para chegar à América e encontrar sua companheira. — Kai

disse a primeira coisa que fez algum sentido para Jakob. Ele respirou fundo e

empurrou o dragão de volta para baixo.

Ele saiu correndo do pub, querendo voar imediatamente. Mas, a cidade de

Praga não tinha visto um dragão voando sobre ela em mais de mil anos. Eles

teriam que esperar até escurecer ou voltar para o campo antes de mudar e voar

através do oceano para encontrar Ciara.

Depois de um minuto, ele foi acompanhado pelo resto dos wyverns.

— Consegui convencer os soldados a não relatar o incidente. Aquele que

encontrou Ciara demorou um pouco mais para se convencer. Ele é realmente um

bom garoto e só queria saber que ela estava a salvo de nosso idiota residente, aqui.

Cage falava bem e tinha mais tesouros do que o resto deles juntos, então ele

provavelmente os pagou. Todos eles poderiam ter todo o ouro em seu covil e

muito mais se isso o ajudasse a chegar até Ciara.

Mas ela queria mesmo isso?


Pela primeira vez desde que a levou, ele não sabia o que fazer. Ela era sua

companheira, mas também era humana e ele não podia forçá-la a fazer parte de

seu mundo.

Ela havia tentado dizer isso a ele antes de sua segunda convulsão. Ele não

quis ouvir. Ele devia ter.

Talvez ele devesse apenas deixá-la em paz, pelo menos por um tempo. Essa

ideia rasgou seu estômago como a espada de São Jorge. Mas, se ela ficasse feliz por

estar fora de sua vida, ele sofreria.

Ele tinha que ver como ela estava, se certificar de que ela não estava em

perigo. Eles estavam indo para a América de qualquer maneira para encontrar a

relíquia. Eles não tinham ideia de onde poderia estar e o lugar lógico era começar

de onde ele havia encontrado.

Com a Ciara.

Sua Ciara.

Jakob bateu com o punho na parede mais próxima, deixando uma marca de

bom tamanho na fachada.


— Eu vou sair da minha pele se tivermos que esperar até o anoitecer para

mudar e voar através do Atlântico. Mas, levará muito tempo para encontrar uma

área isolada o suficiente para sair da vista dos humanos.

— Cage e eu temos trabalhado em uma coisinha que vai ajudar, inspirado por

sua companheira. — Kai deu um passo para o lado e ergueu as mãos no ar.

O par de nuvens brancas fofas pontilhando o céu azul sobre Praga se

juntaram, cresceram e escureceram. Cage sorriu e se juntou a Kai. Ele respirou

fundo e com sua exalação os ventos açoitaram a cidade. Em alguns momentos,

uma enorme tempestade se formou, nublando o sol.

Quando a chuva torrencial começou a cair, a luz do meio-dia tornou-se tão

escura quanto à meia-noite. Jakob e Cage ficaram encharcados até os ossos quase

que instantaneamente. Kai dançou nas poças.

A chuva ao redor de Match evaporou antes de atingir sua pele.

— Uma coisinha que preparei para a próxima tempestade de sua bruxa

branca.

Os quatro mudaram de posição e alçaram voo. Logo eles atingiram a costa,

pois Kai mergulhou e entrou na água. Ele podia nadar tão rápido quanto eles

podiam voar. Nenhum deles era um voador tão forte quanto Cage, mas com ele
junto eles não precisariam daquele apoio extra dos outros ouros para empurrá-los

através da corrente jato.

Normalmente, Jakob não se importava com o silêncio do voo, mas hoje isso

lhe deu muito tempo para pensar. Ele forçou Ciara a esse relacionamento?

Ele queria culpar o acasalamento, mas ele não era uma besta primitiva. Ele

viveu toda a sua vida sem ela, sem sequer uma pista de que algum dia a

encontraria.

Ele teria que encontrar uma maneira de viver sem ela novamente.

Se era isso que ela queria.

Mas, a maneira como ela se contorceu sob ele quando ele a fodeu, ela se

separou de seus braços toda vez que ele esteve dentro dela. Pelo menos seu corpo

reconheceu sua conexão, mesmo que sua mente não o fizesse.

Ela concordou em ficar na primeira vez que ele a convidou. Talvez, isso

tivesse sido uma mentira, algo para dar a ela mais tempo para descobrir como

escapar dele.

Seus sentidos estavam todos fora de sintonia quando se tratava dela. Talvez

ele não pudesse sentir o cheiro de mentiras ou amor nela. Ele estava errado em

ambos os casos.
Nas horas que se seguiram, em um momento ele estava determinado a deixá-

la em paz e no seguinte convenceu-se de que deveria ir atrás dela.

Desde os primeiros dias desde que ele se tornou wyvern ele não se

questionou tanto.

Bem, ele precisava se preparar. Ser o guerreiro para o qual foi treinado, o

Dragão que nasceu para ser.

A maneira como seus irmãos wyverns se uniram quase desde o momento em

que esse problema começou, o surpreendeu. Ele achava que precisava esconder

seus problemas deles e provar que merecia ser wyvern.

O que ele realmente precisava fazer era aprender com aqueles que eram

wyverns há mais tempo do que ele. Ele havia se isolado deles e, enquanto isso, eles

estavam aprendendo a trabalhar juntos.

Ele estava com medo de que eles precisassem desse trabalho em equipe para

qualquer cadeia de eventos que tivesse começado com a relíquia perdida.

Eles se aproximaram da costa leste dos Estados Unidos. A cada bater de suas

asas, a luz no fragmento de alma de Jakob ficava mais brilhante. Ele tinha

reconhecido sua companheira, o tempo todo brilhando desde a primeira vez que

ele pôs os olhos nela.


Ele inclinou-se, ajustando a trajetória de voo em direção ao local em que havia

originalmente encontrado Ciara. Match e Cage o seguiram e assim que chegaram

à terra, Kai se juntou a eles no céu novamente. Ela não estaria exatamente no

mesmo lugar que estava antes, mas Jakob confiava em seus instintos para guiá-lo

até ela.

— Tem certeza de que esta é a direção certa? — Kai perguntou. Ele hesitou

quando eles voaram sobre uma parte da massa de terra que se enganchou no

oceano criando um cabo. — Algo ou alguém está me puxando nessa direção.

— Tenho certeza. Eu não a sinto lá. Mas é possível que seja onde está a

relíquia?

— Devemos nos dividir em dois grupos. Sabemos que Ciara está de alguma

forma ligada à relíquia. Se encontrarmos, também podemos encontrá-la e vice-

versa.

— Concordo. Quando estivermos ao alcance, vou me conectar com Steele e

ver se ele encontrou alguma coisa.

— Farei o mesmo com Daxton.

O grupo se dividiu com Kai e Match indo para o norte, enquanto Jakob e Cage

voaram para o sul.


Mesmo que eles tivessem a mudança de horário a seu favor, o voo tinha sido

longo e o crepúsculo estava se pondo sobre a terra. Isso ajudou Jakob a reconhecer

as luzes da cidade onde ele rastreou Ciara pela primeira vez. Ele desceu sobre o

prédio de onde a sequestrou, mas não sentiu sua presença ali. Onde ela estava?

Ele abriu seus sentidos o máximo que pôde e sentiu um vislumbre dela não

muito longe. Em poucos minutos, ele e Cage estavam empoleirados no topo de um

edifício que dava para onde ele sentia Ciara. Não demorou muito para que ele a

encontrasse.

Seu coração bateu forte ao vê-la pela primeira vez. Lá, alguns andares abaixo

do topo, ele podia vê-la pela janela. Ela estava sentada em um sofá, com uma taça

de vinho na mão.

Ele nem sabia que ela gostava de vinho. Ele tinha uma extensa adega cheia

de safras de sua vinha na Morávia e na de Kai na Nova Zelândia. Mais uma coisa

que ele não sabia sobre ela.

Ele prometeu a si mesmo que só estava aqui para se certificar de que ela

estava segura. Ele finalmente decidiu na última hora do voo. Mas, levou tudo que

ele tinha para não atravessar e bater em sua janela.


Um momento depois, ele não tinha certeza se estava feliz por não ter feito

isso ou não. Ela estava acompanhada no sofá por outra pessoa, um homem.

A visão de Jakob ficou verde, criando uma visão nebulosa dela abraçando

aquele bastardo.

Cage se afastou dele no telhado.

— Ah Merda. Aqui vamos nós.

Puta que pariu, esse tinha que ser o namorado de quem ela falara. Mais uma

indicação para Jakob de que ela não queria estar com ele.

O outro homem acariciou o cabelo de Ciara e ela se apoiou nele.

Se ele assistisse por mais um minuto, ele rasgaria o homem ao meio e levaria

Ciara de volta para sua villa para trancá-la em sua masmorra.

Jakob finalmente fez a escolha certa. Ele abriu suas asas e alçou voo.

Cage o seguiu à distância, o que foi uma boa ideia, já que Jakob precisava

matar algo.

Ele abriu sua mente e procurou por Steele.

— Diga-me que você não tem cavado por aí nesta terra esquecida por Deus

desde que te enviei aqui.

Steele não demorou muito para responder.


— Não senhor. Eu não encontrei nenhuma evidência de um clã de bruxas,

mas temos erradicado mais dragões demônios do que o normal.

Jakob não teve tempo de acompanhar Steele e deixá-lo saber que sua teoria

sobre Ciara ter um clã ou outros parceiros no crime estava errada.

— Boa. Estou com vontade de alguma morte e destruição. Mostre-me onde

podemos encontrar alguns.

— Estou sempre pronto para uma boa batalha de dragões demoníacos,

Zeleny, mas não deveríamos nos encontrar com Match e Kai? — Cage voou em

um círculo ao redor dele.

— Vá se quiser. Estou feliz por fazer o trabalho sujo sozinho.

— Por todos os meios, mostre o caminho. Já faz muito tempo que não tive a

oportunidade de desabafar.

Eles seguiram as instruções de Steele e não precisaram ir muito longe. Steele

esperava por eles em um parque a cerca de um quilômetro de onde Ciara morava.

Ele havia limpado a área de humanos, e o fedor do mal impediria que mais pessoas

quisessem vir para cá.


Jakob designaria pelo menos seis dragões verdes em serviço secreto

permanente para proteger Ciara. Mas primeiro, ele destruiria cada uma das

pequenas merdas que pudesse encontrar nas proximidades dela, e mais algumas.

Como se estivessem esperando Jakob pousar, uma dúzia de dragões

demônios surgiu das sombras no segundo em que seus pés tocaram o solo.

Excelente.

— Esses são meus.

Jakob atacou os dragões demoníacos como um berserker viking com presas e

garras. Ele eviscerou seis deles enquanto os outros olhavam boquiabertos para ele.

Ele não se importou. Traga mais.

Ele conseguiu exatamente o que desejava.

Toda a sua frustração e raiva foram canalizadas para a batalha. Nenhum

chegou perto dele antes que ele os transformasse em manchas no chão.

— Jakob, cuidado. — Steele e Cage gritaram o aviso. Uma massa de dragões

demoníacos caiu do topo de um prédio próximo, por entre as árvores, e o abordou.

Cinco ou seis deles o seguraram enquanto outros dois tentavam pegar o fragmento

de sua alma.
Uma explosão de fogo jogou metade deles de suas costas e um jato de água

derrubou mais três. Ele ergueu os olhos para ver Match, Kai, Cage e Steele

entrando na briga.

Jakob balançou o rabo espancando os dois bastardos que colocaram as mãos

em seu fragmento. Eles não foram capazes de tirá-lo dele, mas se iluminaram de

alegria, o que foi completamente assustador, quando o tocaram. Um deles se

desintegrou em uma nuvem de cinzas, mas o outro disparou saltando pelo parque

e desapareceu nas sombras.

Jakob o avistou novamente a algumas centenas de metros de distância,

correndo diretamente para o prédio onde Ciara morava.

Eles estavam indo atrás dela.

Sobre seu cadáver.


Capítulo Dezessete

O que você estava pensando?

Ciara dormiu a maior parte do trajeto de carro de Washington DC até sua

casa. Ela ainda sentia que poderia dormir por mais uma semana. Ela estava tonta

o suficiente para que Wes sugerisse que ele a levasse direto para casa, em vez de

parar para pegar o carro no salão do casamento. A Sra. Moore, a senhora idosa que

morava do outro lado do corredor, tinha uma chave reserva, então ela concordou.

Mas, agora que ela estava aqui e tinha Wesley Alexander dentro de sua casa, ela

não sabia o que fazer consigo mesma ou com ele.

Ela vagou pela cozinha por alguns minutos antes que ele a enxotasse.

— Ciara, querida torta, vá sentar no sofá. Vou preparar um amuse-bouche

rápido e um pouco de vinho, e você pode me contar tudo sobre onde esteve nos

últimos dias. A menos que você queira ir para a cama e eu vou sair da sua frente.

— Não, seria bom ter alguma companhia por um tempo. — Ela não sabia o

quanto ela poderia realmente dizer a ele sobre sua aventura insana sem soar como
se ela precisasse ser enviada para o hospital psiquiátrico. Ela provavelmente

poderia contar uma história semelhante ao que contara ao pessoal da embaixada.

Eles parecem ter comprado isso, então ela iria ficar com ela.

Wesley puxou dois copos e uma garrafa de vinho da prateleira, serviu o dela

e deu a ela uma luz empurrada em direção à sala de estar. Ela enrolou as pernas

debaixo dela no sofá e tomou um gole do vinho. Então ela se sentou e olhou para

a parede por uns bons cinco minutos.

Ela pode nem ter piscado até que Wes colocou uma tábua de cortar com fatias

de abacate, queijo, pedaços de frango assado e biscoitos na frente dela. Foi a

refeição mais linda que ela já vira e isso a fez chorar.

— Isso mesmo, querida, deixe tudo sair. — Ele deslizou para o sofá ao lado

dela e a envolveu em um grande abraço de urso.

Ela sonhou mais de uma vez em estar nos braços de Wesley. Mas, ela não

sentiu um único formigamento ou borboleta. Ele era gentil e reconfortante e ela

estava completamente esgotada emocionalmente. Ele acariciou seus cabelos

enquanto ela fungava, tentando se controlar.

Não não. Ela jurou não varrer seus sentimentos para debaixo do tapete

emocional mais. Ela se inclinou para ele e deixou as lágrimas rolarem. Era bom
deixar a montanha, ela não conseguia se lembrar da última vez que chorou. Talvez

quando ela era uma menina e seu pai tinha partido.

Não demorou tanto quanto ela teria pensado para gritar. Ela assoou o nariz e

um dos guardanapos e pegou a taça de vinho para lavar o gosto das lágrimas

salgadas.

Mas o vinho em sua taça havia congelado.

Droga.

— Sim, o meu também fez isso um minuto atrás. Além disso, acho que está

nevando na sua cozinha, e sua ficsus está subindo pela lateral da parede. — A voz

de Wesley estava incrivelmente calma e ele pegou seu copo online girando a massa

vermelha de cristais e tomou um gole. — Hum. Raspadinha de vinho.

— Você está lidando com isso muito melhor do que eu.

Por que ele não estava se afastando lentamente dela para escapar dela e da

estranheza acontecendo ao seu redor.

— Há muita merda ruim em nosso mundo, este não é um deles. Isso é meio

incrível. — Ele tomou outro gole de seu vinho derretido e olhou para ela com

expectativa. — Eu posso surtar ou posso apenas esperar que você me diga o que

está acontecendo.
A história toda desde ser pego comendo sobras de bolo de casamento, ser

sequestrada e levado através do oceano, aprender magia com uma bruxa chamada

Sra. Bohacek, acasalar-se com Jakob, lutar contra dragões demônios, o desafio de

encontrar o anel, casar com um Dragão, visões possuídas, sua fuga, o homem de

olhos negros, sendo assaltado por crianças ciganas e salvo por um fuzileiro naval,

para ele pegá-la em Washington derramado de sua boca.

Wes ouviu tudo, fez perguntas esclarecedoras e repetiu - literalmente? - pelo

menos meia dúzia de vezes.

Quando ela terminou, seu coração ficou muito mais leve. Ainda doía, mas

não parecia tão pesado.

— Você não está bravo com o que aconteceu entre mim e Jakob, está?

— Por que eu ficaria bravo?

— Porque ... você e eu ... quero dizer, nós tínhamos um encontro. Passamos

metade do ano passado flertando um com o outro. — A cada palavra que saía de

sua boca, ela se tornava cada vez mais uma adolescente estranha e desajeitada. Ela

tinha muitas pistas de que Wesley poderia não sentir por ela o mesmo que ela

sentia por ele. Ela escolheu ignorá-los, principalmente porque ela queria que

alguém a quisesse de volta.


Ela podia sentir o calor em suas bochechas e tentou se esconder atrás de sua

taça de vinho. Wesley tocou a mão dela e a abaixou para que ela pudesse olhar

para ele.

— Eu adoro você, você é hilária quando quer ser, você não aceita a balada de

ninguém exceto sua mãe, nem mesmo da noivazilla, você realmente se preocupa

com eles, e eu gosto muito de você. Mas....

Ótimo, aí veio o Gosto de você mas fala. Por que nunca poderia ser o: Eu gosto

do seu discurso de bunda?

— Se eu pudesse escolher entre você e um guerreiro dragão sexy como o que

você encontrou, eu o levaria para a cama também.

Screech. O cérebro de Ciara puxou o cabo do freio de mão. Não. Sério? Como

ela interpretou mal cada maldita interação que teve com Wesley nos últimos anos?

— Querida, pensei que você soubesse. Mas, eu posso ver pelo olhar de merda

em seu rosto, que você não tinha ideia. Então, caso você ainda esteja insegura, eu

gosto de caras. Gosto muito.

Ciara protelou por mais um minuto enfiando três pedaços de frango na boca.

Ela mastigou, engoliu e mastigou um pouco mais enquanto Wes ria dela.
— Não, nem uma pequena pista minúscula. — Ela nem se sentia tão

inteligente quanto uma caixa de pedras. — Parece que tenho a inteligência de

relacionamento de uma roda de queijo de quatro anos.

— Está tudo bem, nem todo gaydar funciona. Meus pais certamente não

sabiam. — Eles se sentaram juntos mastigando os lanches enquanto Wes a deixava

processar essa revelação. Ele obviamente teve a mesma conversa de um

cronômetro. Ela não ficaria surpresa se ela fosse a primeira mulher a ter uma

queda por ele. Ele tornou a encher as taças de vinho e lançou-lhe um olhar de

expectativa. Ela piscou para ele e então percebeu que ele queria que ela derretesse

sua bebida novamente. Ela riu e girou o dedo até que o vinho dele estivesse meio

congelado.

— Aqui está o que eu não entendo. Se esse tal de Jakob é gostoso e bom de

cama e está convencido de que está apaixonado por você, o que diabos você está

fazendo aqui?

— Você não vê, isso nunca poderia funcionar entre nós. Ele honestamente

nem entendia porque eu estava tão brava depois do ritual de acasalamento. Não

havia como formarmos um relacionamento de amor para toda a vida. Era mais

como uma espécie de síndrome de Estocolmo.


— Eu não estou acreditando nisso. Você não pode me dizer que não sentia

nada por ele. Eu posso dizer pelo jeito que você fala sobre ele.

E daí se ela fez. Ela pode ser nova em aceitar sentimentos, mas tê-los por

alguém não significava que eles estavam apaixonados ou que poderiam ter um

relacionamento significativo.

— Vou superá-lo.

Ela pode ter bebido muito vinho, ou seu estômago estava se rebelando contra

a primeira comida de verdade que ela comeu em um tempo, porque quando ela

disse essas palavras ela queria vomitar.

— Acabamos de estabelecer que seu relacionamento é idiota?

Ciara fez uma careta para ele.

— Eu acho que sim.

— Bem eu não. Tive centenas de relacionamentos. Ok, talvez cinco. Mas, eu

faço um excelente material para namorado e sei do que estou falando. Então ouça

com atenção, querida. Se você não levar essa bunda incrível de volta para Praga e

implorar pelo perdão de Jakob, de joelhos, nu, eu o farei. — Ele balançou as

sobrancelhas para ela, mas estava falando sério pelo menos sobre a parte em que

ela precisava voltar com Jakob.


— Eu não sei. Somos de mundos tão diferentes. Eu não posso pegar e me

mudar para Praga. O que eu faria lá? Eu não acho que seria uma dona de casa

muito boa.

— Isso tudo é um monte de besteira. Mundos diferentes, minha bunda. Você

acabou de criar uma selva em sua cozinha, rivalizou com Elsa no departamento de

- você quer fazer um boneco de neve - e inventou a melhor nova bebida com sua

mente. Todo o resto é fofo.

— Seu rosto está fofo. — O medo de que tudo o que Wesley disse fosse

verdade fez seus mecanismos de defesa se elevarem. Ela bebeu o resto do vinho.

Em seguida, ela sussurrou: — e se ele não me quiser de volta?

— Primeiro, ele faz e você será miserável pelo resto de sua vida se não

descobrir isso. Mas, se por algum motivo ele é tão estúpido em relacionamentos

quanto você e as coisas não funcionam, você precisa saber que você é fabulosa, e

vai encontrar um novo gostoso para você. Não posso garantir que ele será um

Dragão, mas conheço algumas drag queens.

Fodidamente fabuloso? Ela foi? Pode ser. Mas, ela poderia trabalhar nisso.

— E os casamentos em Willingham?
— Você quer dizer o que dizer sobre sua mãe. Essa mulher precisa transar

pior do que qualquer outra pessoa que eu conheço. Um pouco de lamúria em sua

divisão e ela não ficaria tão mal-humorada o tempo todo.

— Ai credo. — Mas, talvez ele estivesse certo. Ciara não via a mãe em um

relacionamento sério há vinte anos.

— Eu trabalharia nisso para ela, mas não conheço nenhum homem que goste

de twatwaffles.

Wes teve que pegar o resto dos guardanapos e Pat até o vinho que Ciara

vomitou em cima dele.

— Desculpe por isso. — Ela entregou a ele mais um guardanapo para seu

cabelo. — Se eu sair, você ficará preso com todas as minhas contas de alta

manutenção.

— Eu vou ficar bem. Eu já passei para o nível seis matador de Noivazilla.

Além disso, é tudo prática para quando eu começar a conseguir casamentos gays

para nós. Você não viu uma noivazilla até conhecer a rainha se casando com sua

rainha.

Ela realmente faria isso? Ela não conseguiu. Ela teve que. Ela realmente ia

vomitar.
— Uh, Ciara. Eu sei que você disse que seu dragão era super sexy. Mas, aquele

cara se parece mais com Steve Buscemi como uma cobra.

— Os olhos de Wesley se arregalaram tanto quanto as janelas.

Oh não. Ciara se virou lentamente para ver o que assustou Wesley. De pé em

sua pequena varanda estava um dragão demônio.

Ela empurrou a palma da mão aberta para o monstro e a jogou caindo pela

lateral de sua varanda. Mais três surgiram das sombras.

Wesley, pegou o telefone, foi ao banheiro e acendeu todas as luzes, e ligou

para o 911.

— Eu vou mantê-los afastados enquanto eu puder.

— Merda, merda, merda. Esse não é o seu namorado, é?

— Não. Vá rápido. — Quando ele hesitou, Ciara usou o mesmo truque do

vento para levantá-lo do sofá e empurrá-lo para o quarto. — Lembre-se, acenda

todas as luzes. Eles saem das sombras.

Wes pegou o telefone, olhou para ele e apertou.

— Não há sinal.

— Fique de pé na banheira e segure a haste da cortina do chuveiro. Você deve

conseguir uma barra.


Os dragões demônios sacudiram a porta de vidro deslizante. Ela achou que

eles não sabiam como abri-lo. Mas, apenas no caso de ela encerrar a porta em um

bloco de gelo. Seria impossível abri-lo agora.

Uma das criaturas rolou a cabeça e soprou uma torrente de fogo no gelo,

derretendo sua obra quase instantaneamente. Em seguida, ele girou o rabo e

quebrou o vidro.

Foda-se três patos. Pense, pense. O que ela sabia fazer para defender a si

mesma e a Wesley. Ela não podia correr, uma barreira de sujeira não iria protegê-

la por muito tempo, e agora que eles conseguiram entrar, ela não sabia se poderia

concentrar seu comando sobre o vento para fazer qualquer coisa a não ser jogá-los

ao redor da sala. Se ela usasse fogo, ela poderia queimar todo o complexo de

apartamentos, e eles já haviam mostrado que não eram incomodados pelo gelo.

Isso era tudo que ela sabia fazer.

Ciara recuou, recuando para as plantas que haviam crescido ao redor de sua

cozinha. Ela imaginou um chicote em sua mente e um vinho espinhoso açoitado

no dragão demônio mais próximo. Pegou a coisa no rosto, cortando-a, mas isso só

deixou louco.
— Você vem, não machucamos. — Uma voz crepitante veio de uma das bocas

dos dragões demônios.

Ela não percebeu que eles podiam conversar. O discurso foi afetado e básico.

Eles eram estúpidos? Talvez ela pudesse apenas convencê-los a ir e deixá-la

sozinha.

— Não. Você vai.

Os dois ilesos se entreolharam como se pensassem em fazer o que ela

mandou.

— Não. Você vem.

Eles definitivamente não eram espertos, mas ela não achava que poderia

enganá-los. Talvez ela pudesse prendê-los por tempo suficiente para que a polícia

e suas armas chegassem aqui. Felizmente, as armas funcionaram como uma arma

contra dragões demônios.

Quem ela realmente precisava era Sam e Dean Winchester.

Risca isso. Ela precisava de Jakob.

— Para onde você quer me levar?

— AllFather.

— Quem é AllFather?
— AllFather. — Eles não tinham muita inflexão, mas ela poderia dizer que

alguém a achava tão estúpida quanto ela pensava que ele era. Ela queria perguntar

o que era o Pai-tudo também, mas provavelmente obteria exatamente a mesma

resposta.

— Onde está este AllFather? — Isso estava funcionando. Ela os segurou por

trinta e sete segundos inteiros. Quão rápidos foram os primeiros respostas?

O dragão demônio que estava respondendo às perguntas dela rosnou como

se ele tivesse falado o suficiente.

— Inferno.

Oh infernos não.

Os dragões demônios avançaram, mesmo aquele com os cortes no rosto. Ela

com certeza esperava que Wesley tivesse conseguido falar com o 911.

Ciara precisava bolar um plano e rápido. Ela pegou uma faca do bloco de

açougueiro e a estendeu. Deus, ela esperava que isso não se reduzisse a um

combate corpo a corpo. Ela acenou com a faca para eles. Isso não os impediu nem

um pouco. Ela deixou de segurar o cabo da faca como se fosse picar um sanduíche

de queijo grelhado e o virou de modo que segurou o cabo com a lâmina para baixo.

Ela tinha feito um curso de autodefesa uma vez, brincadeira, ela viu um anunciado
na TV. Ela se lembrava, entretanto, de que aquela faca era mais poderosa e útil em

movimentos de punhalada para baixo do que tentar usá-la como uma espada.

Ela pode não ser capaz de jogar os dragões demônios pela janela com ela

quando, mas ela pode usar isso para jogar coisas neles. Uma lâmpada voou pela

sala e acertou o que estava sangrando na cabeça. Ele balançou a cabeça e continuou

avançando sobre ela. Ela jogou muito mais neles, livros, sua TV, bolas de neve.

Isso não os impediu nem um pouco. Ela precisava de um plano melhor.

O que Jakob faria?

Bata-os com a cauda. Ela não tinha um desses. Suas gargantas com as garras

dele. Eles precisariam estar muito mais perto dela para isso e ela não queria que

eles estivessem. Enterre-os na sujeira.

Tudo o que ela tinha eram seus vasos de plantas e o solo ficava oito andares

abaixo. Ela tinha que tentar de qualquer maneira.

Uma fonte de solo jorrou através de sua porta quebrada e se juntou aos pés

do demônio do Dragão.

— Vamos! Vamos. — Ela procurou no fundo de seu coração as emoções mais

fortes que pudesse encontrar. Cada um deles tinha a ver com Jakob. Só que desta

vez, quando ela os puxou, eles não doeram.


O fluxo de terra engrossou e começou a entrar em avalanche em sua sala de

estar.

Os dragões demônios arranharam a terra e gritaram para ela.

Ela estudou tudo ao seu redor, usando as milhas de ladrilho, ou pisos como

pedra, encerrando o dragão dentro.

Ela os tinha.

Ela estava se sentindo muito orgulhosa de si mesma e quase pronta para

chamar Wes de volta do banheiro.

Foi quando algo muito maior, com garras gigantescas, caiu em sua varanda

de trás. Estava tão escuro lá fora que ela não conseguia ver o que era. Mas o peso

disso sacudiu seu edifício.

Se tentasse entrar, ela estava frita.

Capítulo Dezoito

Me salve
Jakob seguiu o dragão demônio pela rua. Aquele se voltou para muitos

enquanto chamava seus irmãos para se levantarem. Primeiros dois, depois dez.

Mais e mais se formaram nas sombras até que um rio deles estava fluindo em

direção a Ciara. De onde diabos eles estavam vindo e por que eles estavam aqui e

agora?

Tinha que estar conectado a Ciara e a relíquia. Os bastardos nunca mostraram

qualquer interesse em um único ser humano antes. Eles sempre haviam se

empenhado em causar pragas e espalhar a morte. Eles trouxeram a peste negra

para a Europa, o Ebola para a África, a SARS para a Ásia e o H1N1 ao redor do

mundo. Cada surto foi impedido de se tornar um aniquilador de espécies pelos

guerreiros dragão.

Ele e todos os outros dragões já nascidos os arrancaram, geralmente um por

um, e os destruíram. Ver tantos reunidos duas vezes na vida foi mais do que um

pouco assustador. Mas, para eles estarem fixados em um humano, não fazia

sentido.

Eles estavam perdendo pistas vitais, e ele não teve tempo para caçá-los. Ele

estava muito ocupado caçando dragões demônios.


Jakob os cortou e destruiu nas costas do amontoado recém-formado, mas

assim que ele matou um, mais dois apareceram para tomar seu lugar.

Ele tinha que ir à frente deles e avisar Ciara. Tire-a de lá e vá para um lugar

seguro. De preferência, de volta à sua villa, onde construiria um cofre de alta

tecnologia totalmente novo, escondido em um bunker subterrâneo, do qual só ele

sabia a localização e a combinação. Ele iria escondê-la lá para sempre.

Exceto que ela iria matá-lo por isso. Ele iria desfrutar de cada segundo disso,

e do sexo de reposição uma vez que ele livrasse o mundo de até o último dragão

demônio.

Eles estavam caindo rápido, ele estava tirando dois ou três de cada vez. Não

foi o suficiente. Como um guerreiro altamente treinado, ele sabia que não devia

usar apenas suas garras, cauda e presas para lutar contra seu inimigo. Use sua

cabeça, idiota.

Eles não podiam voar, mas ele sim. Se ao menos ele tivesse fogo. Assim que

ele pensou, o fogo do dragão caiu sobre eles.

Match desceu sobre o amontoado e acertou uma dúzia bem no meio. O flanco

direito restante deles congelou em seus rastros, envolto em blocos de gelo por Kai

que ele então quebrou em centenas de pedaços de demônios.


Jakob gritou seu agradecimento e saltou no ar sobre a batalha. Ele ganhou

velocidade, precisando de mais do que suas próprias asas eram capazes de fazer.

Ele voou mais rápido do que nunca e ainda não tinha alcançado a frente do

pelotão.

Um vento quente o soprou por trás.

— Vá irmão, para ela. Salve sua bruxa branca. Salve sua companheira.

Protegeremos o resto dos humanos daqui.

Jakob acelerou, quebrando mais crânios com a cauda enquanto voava acima.

Ele avistou o apartamento de Ciara instantaneamente ao lado da porta de vidro

quebrada.

Porra. Três dragões demônios estavam dentro, e ele não cabia porra nenhuma

naquela porra de porta. Ele nem caberia dentro do apartamento dela. Não como

um dragão.

Sua única arma como homem era o domínio da terra, e eles estavam a cem

metros do solo. Ciara havia habilmente trazido uma boa tonelada métrica de terra,

mas muito mais e seu chão desabaria.

Ele pousou na pequena varanda de madeira e teve que cravar as garras no

tijolo do prédio para evitar que desabasse sob ele. Lá dentro, ela tinha os dragões
demônios encerrados no que parecia ser colônias de cupins, mas eles já estavam

se libertando. Se ele mudasse agora, sua forma humana seria muito vulnerável

para fazer qualquer bem. Ele poderia proteger Ciara por não mais do que alguns

minutos antes que os dragões demônios cortassem aquela forma fraca.

Mas, ele não poderia ficar aqui com o polegar na bunda observando enquanto

eles a atacavam.

Ele rugiu e arrancou a moldura das portas de vidro deslizantes da lateral do

prédio, jogando-a no chão. Isso lhe rendeu apenas um pouco mais do que um olhar

de um dos dragões demônios. Eles sabiam que estavam a salvo dele dentro deste

pequeno espaço.

Mas a expressão de alívio no rosto de Ciara fez o esforço valer a pena. A

energia dela estava diminuindo, ele podia ver na exaustão estampada em seu rosto

e na maneira como ela se apoiava no balcão da cozinha. A coitada estava indo

como um maldito coelho energizer viciado em metanfetamina por dias. Ele não

deu a ela meia chance de descansar. Ele mal a alimentou. Se eles conseguissem sair

daqui vivos, ele jurou que cuidaria melhor dela, alimentando-a com refeições

gourmet na cama se ela quisesse.


Sua respiração estava difícil e seus braços estendidos tremiam como folhas de

grama ao vento. Ela não estava acostumada a lutar contra esses bastardos ou

mesmo manejar sua magia, não sabia como conservar sua energia. Se ele não

fizesse algo logo, suas reservas estariam exauridas.

— Você está indo muito bem, meu amor. Estou aqui para ajudá-la, só

precisamos de um plano para tirar você daqui.

Ela balançou a cabeça rapidamente e olhou para uma porta fechada na lateral

da sala.

— Eu não posso sair, meu amigo Wes está escondido no banheiro.

Um dos dragões demônios se libertou de suas amarras de terra e avançou

sobre ela. Jakob usou a única parte de sua anatomia que ele poderia colocar no

apartamento, sua cauda, tentando alcançá-la. O demônio Dragão saltou para o teto

para evitar as pontas perigosas, percebendo quando isso aconteceu, que Jakob não

poderia alcançá-lo. Ele caiu de volta no chão e deu as costas para ele, seguindo em

direção a Ciara.

Cristo, ele piorou a situação.

Ciara puxou um bico de spray da pia e lançou um jato constante de água,

bombeado por seu comando do elemento até o nível de uma mangueira de


bombeiro. Isso dissuadiu o demônio Dragão por apenas um momento, até que ele

avançou pela água, se aproximando dela.

Outra besta se libertou e ela foi forçada a mover o spray para frente e para

trás entre os dois, apenas conseguindo irritá-los.

Droga. Ele tinha que descobrir uma maneira de tirar o foco dela e voltar para

ele. Eles poderiam facilmente destruí-lo se ele voltasse a ser um homem, mas por

que fariam? Ele não seria uma ameaça.

Ele arranhou e arrancou mais pedaços da parede, tentando chegar até ela.

Uma mulher mais velha veio até a janela acima e colocou a cabeça para fora.

— Cale a boca, aí embaixo. Você vai acordar o... — Seus olhos se arregalaram

como os rolos de seu cabelo quando viu Jakob arranhando a lateral do prédio. Ele

rugiu para ela e ela desapareceu de volta em seu apartamento. Se ele tivesse sorte,

ela pensaria que tudo tinha sido um sonho. Mas, para chegar até Ciara, ele

precisaria destruir o apartamento daquela mulher também. Isso seria difícil de

explicar.

— Jakob, me ajude. — O terceiro demônio, havia se libertado e os três agora

tinham Ciara presa na cozinha. Ela havia escalado o balcão com a ajuda das plantas

que cresciam nas paredes.


Por que eles não a estavam apenas atacando? O que eles estavam esperando?

A resposta para isso seria a chave para salvá-la.

— Pare de lutar. O dragão não te salvou. Venha agora, bruxa. — Um deles

gritou e rosnou palavras para ela.

Puta merda, buracos. Eles não estavam querendo matá-la. Eles queriam que

ela fosse com eles por algum motivo.

Ele precisava encontrar algo que eles quisessem mais para afastá-los dela. Ele

nem sabia até esta noite que os dragões demônios queriam alguma coisa. Eles eram

monstros estúpidos.

Alguém ou alguma coisa tinha que estar mexendo os pauzinhos. Essa era

uma poderosa magia negra.

Um se lançou sobre ela e Jakob jogou uma onda de terra dentro de seu

apartamento para empurrá-lo de volta. Ele usou o impulso disso para impulsionar

o demônio dragão contra a parede, e então ele juntou o resto da terra e jogou junto

com o demônio para o lado do edifício. Caiu aqueles oito andares, batendo suas

asas inúteis e se espatifando no chão abaixo

Um já foi, faltam dois. Exceto ao assistir aquele bastardo cair para a morte, ele

viu que o amontoado que ele tinha ultrapassado estava agora se aproximando do
edifício. Os wyverns, Steele e um jovem dragão vermelho que deve ser Daxton os

estavam matando um por um. Mas, havia tantos que seus esforços eram mais

como diminuir um rebanho, não enviá-los todos para o matadouro.

Ele tinha talvez três minutos antes de chegarem ao prédio dela e começar a

subir.

Pense, pelo amor de Deus. O que esses dragões demônios queriam, além de

Ciara?

A única outra coisa que ele já tinha visto qualquer um deles tentar conseguir,

era seu fragmento de alma. Ele não tinha ideia de por que eles iriam querer, mas

duas vezes em tantos dias eles tentaram tirá-lo de seu pescoço. Um dos dois

pedaços de merda que sobraram no apartamento de Ciara agarrou suas próprias

patas e imediatamente pareceu saber exatamente onde ela estava.

Se a missão deles, sabe Deus quem, era capturar Ciara e obter seu fragmento

de alma, talvez, apenas talvez eles fossem burros o suficiente para voltar sua

atenção para ele. Eles teriam maior probabilidade de atacar se ele fosse uma

ameaça menor.
Com tantos dragões demoníacos ao redor e a vida de Ciara em perigo, era

difícil empurrar seu dragão de volta para baixo. A mudança demorou mais do que

ele queria. Ele podia ouvir o tesouro e a batalha que se seguiu se aproximando.

Ele orou ao primeiro Dragão para que isso funcionasse.

— Por favor, me ajude a salvá-la.

Ele finalmente mudou para sua forma humana e agarrou o fragmento de sua

alma em seu punho.

Ele puxou a corda, libertando-a do pescoço. Seu coração gaguejou e por um

segundo, ele pensou que poderia cair de joelhos com a sensação que percorreu seu

corpo. Ele cerrou os dentes e empurrou as ondas de fraqueza que o envolviam.

Ele enrolou os restos da corda em volta dos dedos, ergueu a mão e largou o

fragmento para ficar pendurado em sua mão.

— Ei idiotas, olhem o que tenho para vocês.

As duas cabeças do dragão demônio giraram e olharam para ele. O fragmento

de alma brilhou como um farol, luz verde enchendo o apartamento e o céu

noturno.

— Sim, está certo. Venha e pegue. — Atrás deles, ele podia ver Ciara

balançando a cabeça e estendendo a mão para ele.


A energia de Jakob foi drenada e sua visão escureceu. Ele não esperava isso.

Nenhum outro dragão relatou algo assim acontecendo com eles. Mas, novamente,

ele nunca tinha ouvido falar de um fragmento de alma brilhando ou ajudando-os

a encontrar uma companheira. Esse tipo de informação teria sido bom passado de

geração a geração. Não que ele tivesse outro plano para distrair os dragões

demônios, mesmo que soubesse.

Ele convocou suas reservas para dar-lhe uma pequena mudança parcial,

transformando suas mãos em garras. Quanto mais ele pudesse se defender, mais

tempo dava a Ciara para pegar o amigo e fugir. Era melhor aquele pequeno

chupador de pau cuidar dela.

— Vá, Ciara. Corre. Pegue seu amigo e dê o fora daqui. — Os joelhos de Jakob

dobraram-se embaixo dele e ele caiu nas ripas de madeira da varanda. A estrutura

oscilou sob o peso de sua queda e os danos que ele havia causado.

— Não, eu não vou deixar você. De jeito nenhum, eu não posso. Eu te amo,

seu idiota.

As palavras encheram seu coração de esperança e alegria. Ele pensava que

ela estava perdida para sempre, e mesmo que vivesse mais alguns minutos,
morreria feliz sabendo que ela estivera com ele no final. Mas ele iria persegui-la

na vida após a morte se ela se colocasse em perigo agora.

— Os outros estão vindo. Eles vão te salvar.

Os dois dragões demônios rosnaram e continuaram sua abordagem. Eles

eram cautelosamente cautelosos com ele, mas ele podia ver nos olhos deles, eles

provavelmente entendiam melhor do que ele que eles estavam agora muito mais

fortes e qualquer defesa que ele colocasse seria nada mais do que a de um filhote

recém-nascido. Ele balançou as pontas da corda, balançando o fragmento para

frente e para trás na frente de seus olhos.

— Aqui, demônio, demônio, demônio. Aqui, demônio, demônio. Venha e

pegue. — Sua voz saiu rouca e fraca, mas passou o ponto. Ele e o fragmento, e era

deles para ser levado.

Claro, ele não tinha intenção de realmente deixar que eles entendessem. Ele

economizou um pouquinho de força, alimentado pela memória de seu primeiro

beijo com Ciara, a primeira vez que esteve dentro dela, a primeira vez que a fez

gozar, e suas palavras finais para ele. Eu amo você. Tecnicamente, as últimas

palavras dela foram você idiota, e mesmo essas palavras deram a ele a força de

que ele precisava.


Com os demônios dragões meio metro à sua frente, ele gritou um antigo grito

de guerra e se levantou, enfiando as garras em um deles e jogando seu fragmento

de alma, com toda a sua força, através da sala para Ciara.

Ele ouviu seu lamento quando o último demônio Dragão o atacou usando

suas presas e garras para rasgá-lo.

Foi uma boa morte, embora ele odiasse deixá-la. Foi com o conhecimento de que,

no final, ele finalmente deu a ela sua alma. Sempre tinha sido dela de qualquer

maneira.

Capítulo Dezenove

Leia meus lábios


Ciara escolheu um momento muito bom para decidir que estava apaixonada.

Talvez ela soubesse disso o tempo todo, tinha certeza de que era isso que negava

a si mesma quando deixou Jakob na República Tcheca. Mas mesmo isso não

parecia nada com a alegria triturando-a de dentro para fora agora.

Jakob tinha vindo por ela, ele estava aqui, e ele estava morrendo bem na

frente de seus olhos.

Foda-se isso.

De jeito nenhum, José.

Nuh-uh. Não vai acontecer.

Leia meus lábios. Sem novos impostos.

Fogo, vento, água e luz branca giraram em torno dela. O único elemento que

faltava era a terra. Jakob era seu mundo, sua conexão com a mãe natureza, ela

mesma. Sem ele, ela nunca estaria completa.

Ele se entregou a ela, mente, corpo e alma, nunca questionando que eles

pertenciam um ao outro. Foi ela quem foi capaz de ver quando a única coisa que

ela queria mais do que tudo em toda a sua vida, o amor verdadeiro e verdadeiro,

foi dado a ela gratuitamente.


Ela estava com muito medo de estender a mão e pegá-lo. Ela aprendeu ao

longo dos anos que o amor oferecido significava que vinha com obrigação e

compulsão. Não era de graça e o que era devido em troca era mais do que ela

jamais foi capaz de dar, mesmo por mais que tivesse tentado. Em algum lugar ao

longo do caminho, ela desistiu e protegeu seu coração maltratado, interrompendo-

o de todo movimento. Se ela não tivesse que sentir, não doeria.

Ela aprendeu a se sentir infeliz e a fingir que isso não importava. Mas tinha,

mais do que ela já havia entendido ou admitido. Ela queria conexão, ela queria

amor. Foi o que a tornou humana.

A relíquia, o branco, e a magia do acasalamento os tinha unido. Mas foi Jakob,

quem lhe mostrou como o amor pode ser.

Era áspero nas bordas, como um diamante não polido, e ela não queria de

outra maneira.

Era muito precioso para ela perdê-lo agora.

Ciara fortaleceu sua convicção, multiplicando-a ao tocá-la com amor. A

magia se reuniu ao redor dela, faiscando no ar.

Ela se levantou do chão e caminhou com o vento, seu cabelo chicoteando ao

seu redor. Trovões e relâmpagos crepitavam ao seu redor. Ela usou a eletricidade
do ar para alimentar seu fogo, então atirou na besta negra que ainda pairava sobre

o corpo de Jakob. Sua pele, então o resto, queimava tão quente em uma chama azul

que nem mesmo cinzas ou a reveladora mancha de tinta permaneceram. Ela

bloqueou Jakob do incêndio com uma bolha de névoa fria ao redor dele.

Agora que seu inimigo foi derrotado, ela se moveu em direção ao seu amor.

Mas, ela ainda não tinha permissão para alcançá-lo. Um ataque violento de

dragões demônios se espalhou pela lateral do prédio, como uma torrente de

escaravelhos negros focados em sua próxima refeição de carne humana. Eles

desconsideraram Jakob e isso aumentou seu medo de que ele já estivesse

realmente morto. Em vez disso, eles se inclinaram em direção a ela em uma parede

escura que ameaçava sufocá-la.

Mas, ela estava farta de medo. Feito com a impotência de ser uma vítima. O

âmago de seu ser estava nu para todo o mundo ver, e ela se deleitou com a

sensação.

Tudo o que ela nunca pensou que poderia fazer, todas as esperanças e sonhos

que foram frustrados por dúvidas e recriminações, cada tentativa fracassada de

ser o que ela não era, queimada e lavada na torrente de seu verdadeiro eu.
Esses monstros poderiam rasgar, morder e tentar machucá-la, mas ela não

seria derrotada.

O poder fluiu por ela, querendo explodir para fora de seu corpo.

Uma das feras com um corpo e asas muito maiores colocou alguns dos outros

de lado e estendeu a mão para o fragmento de alma que Jakob tinha jogado para

o outro lado da sala. Ela nem mesmo tentou pegá-lo, apenas focada nele. Agora,

de jeito nenhum ela deixaria qualquer outro ser no universo tocar aquele último

vestígio dele.

Ela empurrou a parede de dragões demoníacos para trás com uma

tempestade de fogo e gelo. Eles gritaram e guincharam, fracassaram e

desapareceram, escurecendo seu quarto com suas mortes.

Ela derrubou o demônio maior, assim que ele agarrou o fragmento de alma

de Jakob pela corda. Ela o jogou contra a parede e os prendeu lá.

Outra onda de dragões demônios se chocou contra o buraco em sua parede e

ela teve que dividir sua atenção. Com uma das mãos ela manteve a horda sob

controle e com a outra arrastou seu prisioneiro pelo teto até ela.
Ela preparou uma espada afiada de gelo para atravessá-lo. O bastardo

balançava no teto acima dela e ela olhou em seus familiares olhos negros. Que

diabos?

Isso a assustou tanto que ela perdeu o controle e o deixou cair no chão. Ele

pousou com um umph e o fragmento deslizou pelo chão. Os dois se entreolharam,

para o fragmento e de volta.

Ambos lutaram por isso. Ciara o agarrou um milissegundo antes de ele

chegar lá.

Os velhos olhos negros franziram a testa para ela, se é assim que ela poderia

chamar a careta em seu rosto de dragão.

— Você venceu esta rodada, bruxa. Eu abri mão do prêmio para você. Mas eu

voltarei, e você me deve uma.

Ele abriu suas asas e deu três passos correndo pela sala e para fora da janela

no ar, levando a massa de dragões demônios que ela estava segurando com ele,

varrendo-os em suas asas como pó em uma panela. Ele pegou uma corrente de ar

e voou enquanto o restante de seu inimigo caiu no chão.

Ela o seguiu até sua varanda agora frágil para garantir que ninguém mais

entraria em seu domínio. Riso bufante. Seu apartamento destruído estava longe
de ser um castelo em uma colina, mas continha um tesouro muito maior do que

qualquer ouro ou prata.

Ciara olhou para o quintal e viu os outros Dragões que ela conhecera, e outro

verde e um novo vermelho lutando no gramado da frente. Parecia uma cena de

um videogame de fantasia. Tudo o que eles precisavam eram alguns cavaleiros em

armaduras brilhantes com espadas tinindo para completar o visual. Ainda havia

mais dragões demônios do que guerreiros, mas não mais escalaram as paredes de

seu prédio e seu número estava diminuindo enquanto ela observava. Os

guerreiros pareciam ter a horda sob controle por enquanto.

Sem nenhum novo perigo iminente, ela correu de volta e deslizou de joelhos

ao lado de Jakob.

Seu sangue estava em toda parte e sua pele estava acinzentada.

— Não não. Por favor, não esteja morto. — Ela sacudiu seu ombro e colocou

uma mão em sua bochecha. Ela não sabia nada sobre a morte e não tinha ideia se

ainda deveria ser quente como estava ou não. — Jakob, se você ainda está aí.

Aguente. Por favor.

Ela engasgou com as palavras, mas não sabia o que mais ela poderia fazer

para salvá-lo. Existia um médico Dragão ou uma sala de emergência Dragão?


Ela deu um beijo suave nos lábios dele e depois virou a cabeça para ver se

sentia alguma respiração em sua bochecha. Um pequeno gemido e um sopro de ar

passaram por seus lábios. Foi o som mais lindo que ela já tinha ouvido. Ele apertou

um olho como se não tivesse nada mais do que uma dor de cabeça e o outro piscou

aberto.

— Eu estou morto? Você é meu anjo que veio para me levar para a vida após

a morte?

Ciara pressionou os lábios nos dele novamente, querendo sentir a respiração

dele por si mesma.

— Não, meu lindo idiota. Você não está morto e é melhor nem pensar em

morrer por minha causa agora.

— Sem promessas, — ele resmungou.

Ele pode estar consciente, mas não estava fora de perigo. Ela tinha ouvido

que pessoas moribundas precisavam de algo pelo qual viver.

— E se eu fizer um para você?

Ele fechou os olhos e fez uma careta.

— Acerte-me com isso, mas não muito forte. Eu posso quebrar.


— Eu, Ciara Mosley-Willingham, aceito você, Jakob Zeleny, como meu

marido legalmente casado. Eu prometo te amar na riqueza e na pobreza, na doença

e na saúde, enquanto nós dois vivermos.

Jakob não disse nada e seus olhos permaneceram fechados.

O coração de Ciara parou, esperando, esperando. Seus pulmões queimaram,

sua pele formigou e seus olhos se encheram de lágrimas.

Ele suspirou suavemente.

— Eu não deveria te dar um anel e um beijo agora?

Ela riu e chorou ao mesmo tempo, engasgando-se com as próprias palavras.

— Você já fez.

Um anel e um beijo que ela negou, quase perdeu, e queria mais do que tudo

agora.

Sua respiração saiu irregular.

— Eu não tinha certeza se você queria mantê-los.

— Eu faço. Aí está o meu, assim como você. — Ela nunca iria deixar nenhum

deles ir, nunca mais.

— Já era hora de você descobrir isso. — Ele tossiu, sangue saindo de sua boca.
— Oh, Jakob. Você está muito ferido. Não sei o que fazer para ajudar. Os

outros dragões ainda estão lutando contra os dragões demônios. — Tudo o que ela

sempre teve foram os primeiros socorros básicos de babá. Ela nunca teve que usá-

lo em nada além de seu próprio joelho arranhado.

Ele gemeu tentando pronunciar as palavras. Ele tossiu novamente e

murmurou seu pedido.

— Meu fragmento de alma. Você tem?

Ela arrancou o fragmento de onde o havia deixado cair quando se ajoelhou

ao lado dele.

— Sim, bem aqui. Devo colocá-lo de volta em você, isso vai ajudar?

Jakob abriu os olhos devagar de novo, a luz se apagando muito rapidamente.

Ele ergueu a mão, ela não sabia como, e ela pressionou o fragmento na palma da

mão dele. Ele envolveu a mão em torno dela e dos dedos dela.

— Coloque.

Ela moveu as mãos em direção ao pescoço dele, mas ele resistiu.

— Não. Você o coloca. Use-o. Isso pertence a você. Minha alma pertence a

você.
Sua mão caiu e seus olhos se fecharam. Ciara se esforçou para amarrar a corda

em volta do pescoço para que ele pudesse ver seu último desejo realizado. Ela

agarrou a mão dele de volta e pressionou-a contra o peito.

— Eu tenho isso, Jakob. Eu tenho. Sua alma é minha. Para sempre.

Mas ele se foi.

O fragmento queimou contra sua pele, a luz verde acendendo ela, ele e o

mundo inteiro.

Medo e ansiedade, luxúria e necessidade, tristeza, contentamento e ousava

dizer que a felicidade fluía sobre ela, ao seu redor e através dela. Ela queria chorar,

rir, vomitar e dançar, tudo ao mesmo tempo.

Gah. Foi demais, não foi o suficiente.

A represa que ela colocou há muito tempo para conter todas as suas emoções

quebrou e o mundo explodiu.

A luz alcançou dentro de Ciara e acendeu e cintilou em uma chama vermelha,

névoa azul, sussurros dourados do vento e a centelha verde da própria vida.

Cintilou através de seu corpo, agrupando-se em seu coração e combinando as

cores no mais puro amor branco e quente.


Ela arqueou as costas, deixando o poder fluir através dela, sobre ela e para

fora, para Jakob. Em todos os lugares a magia branca rodou seu corpo e estava

tricotando novamente. O fogo cauterizou suas feridas, a água e o gelo os

resfriaram. O vento chicoteou a magia através de seu corpo e a exuberante força

de vida verde dentro dele cresceu e cresceu até que ele respirou fundo. A magia

do amor o cercou, misturando-se com a de Ciara até que ambos transbordaram

com ela.

Os olhos de Jakob se abriram e ele pegou a mão de Ciara na sua. Seus olhos

se encontraram e eles se entreolharam com admiração.

A luz ao redor deles diminuiu lentamente, parte no peito de Jakob e o resto

no útero de Ciara.

Ela colocou os braços em volta dele e jurou que nunca o deixaria ir.

— Uh, estamos interrompendo algo. Quer que a gente volte mais tarde,

pombinhos? — Cage pousou no buraco na parede, mudou para sua forma humana

de bunda arrogante e passeou em seu desastre de sala de estar.

Match e outro dragão vermelho seguiram, fazendo o mesmo, e então Kai e

um dragão verde. Kai olhou em volta para os móveis tombados, as manchas pretas

por todo o quarto e o sangue seco cobrindo Jakob.


— Mano, ela não é muito dona da casa. Você deveria pensar em conseguir

uma empregada para ajudar por aqui, Wahine.

Ciara esguichou água no rosto dele. Ele riu e piscou para ela.

— Jakob, você está ferido. Você precisa da respiração do Dragão?

— Umm. Ai credo. — Todos os guerreiros assumiram posições de combate

novamente e se viraram em direção à porta na lateral da sala. Wesley estava

parado na porta.

— Ei, pessoal. Este é meu amigo Wes. Wes, bem-vindo à DragonCon.

Capítulo Vinte
Mais fortes juntos

O amor de Ciara pode ter curado os ferimentos de Jakob, mas ele não estava

cem por cento de volta. Se estivesse, ele teria pego esse personagem Wesley e o

jogado pela janela. O ciúme era um atributo particularmente forte em dragões

verdes. No momento ele não queria nenhum outro homem ou dragão olhando em

sua direção, muito menos falando e tocando-a.

— Jakob, pare de rosnar. Wes é meu amigo. Nada mais.

— Então por que ele está tocando em você? — Talvez ele tivesse força para

jogar o pau ao mar. A cada segundo que ele passava o braço em volta de Ciara,

Jakob se sentia cada vez mais forte.

Ciara franziu a testa para ele e estreitou os olhos em um brilho.

— Porque todos nós passamos por uma provação muito grande e precisamos

de consolo.

Jakob agarrou a mão dela e puxou-a para seu colo.

— Eu vou te confortar.
— Quer dizer, vou dar um abraço nele. — Wes abriu os braços e acenou para

Jakob entrar neles.

Jakob apenas olhou para ele.

— Ok, sua perda. Sou um excelente abraçador, pergunte a Ciara.

Wesley teve sorte de Jakob não ser um dragão vermelho. Porque ele estaria

torrado agora.

Demorou muito para que Jakob pudesse ter Ciara só para ele novamente. Wes

conseguiu chegar aos serviços de emergência e um esquadrão inteiro de carros de

polícia e caminhões de bombeiros cercou seu prédio. Cage, o Grande Falador, de

alguma forma conseguiu fazer todos pensarem que o interior enegrecido, o buraco

na lateral do prédio e as manchas em todo o gramado eram de fogo na cozinha.

Na verdade, ele fez o superintendente do prédio se desculpar por não perceber

um trabalho tão ruim e a possibilidade de uma situação perigosa.

Qualquer que seja. Jakob pagaria o que fosse necessário para consertar o

prédio ou comprá-lo imediatamente. Não era como se Ciara precisasse mais morar

aqui. Assim que pudesse, ele a levaria de volta para a República Tcheca. Ele só não

tinha dito isso a ela ainda.

Mais tarde.
Depois de muito sexo quente. Ele estava realmente ansioso para fazer sexo de

reconciliação.

Steele nunca se afastou muito do lado de Jakob. Ele insistiu em dar a Jakob

uma boa dose do hálito de Dragão, caso ele ainda tivesse algum ferimento

remanescente. Mesmo quando Jakob o enxotou para curar os outros wyverns e as

feridas de Dax, seu segundo em comando continuou a ver como ele estava.

Quando a polícia e os bombeiros finalmente encerraram a noite, o sol já estava

acordando. Wesley finalmente provou ser útil e conseguiu para eles quartos em

um hotel local que Ciara disse que eles reservavam com frequência suficiente para

casamentos para que ele lhes dissesse que eles deviam um favor a ela.

Quando chegaram ao hotel e o Steele tentou escoltá-lo e a Ciara até o quarto,

Jakob estava farto. Ele mandou Ciara na frente e puxou Steele de lado.

— O que está acontecendo com você? Tenho certeza de que não preciso de

uma babá no quarto esta noite.

Steele revirou o pescoço e se recostou na parede do Hall, apoiando 30

centímetros nela.

— Me desculpe, cara. É só que nenhum segundo perdeu seu wyvern. Eu nem

estou no meu auge ainda. Eu não sei como liderar um Wyr, eu estava
malditamente certo esta noite que eu teria que fazer. Você me assustou pra caralho,

morrendo assim.

Jakob deu um tapinha no braço de Steele.

— Eu só estive morto por um segundo. Está bem.

Ele percebeu que devia ser algo assim. Ambos eram jovens para serem líderes

dos dragões verdes e havia muita pressão para serem bons nisso. Mas, foi

pressionado que Jakob precisava apoiar, não Steele. — Parece que você precisa de

férias. Estou colocando você em uma semana de licença.

— Não, eu estou bem.

— Eu sou seu wyvern, e você fará o que for ordenado. Entendido?

Steel ergueu uma sobrancelha, mas acenou com a cabeça.

— Entendido.

— Parece que você precisa de uma boa transa. Faça isso acontecer quando

estiver de licença.

Steel riu e saudou.

— Sim senhor.
— Boa. Pedidos entram em vigor imediatamente. Saia já daqui. — Ainda

olhou para a porta pela qual Ciara havia desaparecido, deu um breve aceno de

cabeça e trotou pelo corredor.

Graças a Deus.

Jakob entrou na sala e encontrou Ciara ao telefone, pedindo serviço de quarto.

— Sim, sei que são 7 horas da manhã, mas ainda quero dois cheeseburgers. E

jogue alguns ovos fritos por cima. E queijo. E batatas fritas e bolo de chocolate.

Ela desligou o telefone e caiu de costas na cama.

— Estará aqui em meia hora. Se eu não demorar tanto, me acorde. Estou

morrendo de fome.

Ele precisava de muito mais do que meia hora para fazer todas as coisas que

queria fazer com ela. Mas, ele supôs que eles precisariam de algum sustento para

manter sua energia alta.

— Posso pensar em algumas coisas para mantê-la acordada pelos próximos

trinta minutos.

Jakob tirou a camisa e jogou-a diretamente na lata de lixo. Ele olhou para

Ciara esperando que ela também estivesse se despindo. Ela se apoiou em um

cotovelo na cama com os olhos arregalados, simplesmente olhando para ele.


— O que? Eu ainda tenho sangue em algum lugar? — Ciara havia insistido

em limpá-lo com uma toalha quente com sabão enquanto esperavam que a polícia

e os bombeiros terminassem seus negócios. Mas, suas entranhas foram

derramadas por todo o lugar, então havia uma boa chance de que ela tivesse

perdido algo.

— Não. É que…. Você é tão gostoso. Eu poderia sentar aqui e olhar para você

o dia todo.

— Embora eu esteja lisonjeado, isso não parece tão divertido quanto o que eu

tinha em mente. — E isso exigia que ambos estivessem nus.

— Oh sério? Posso imaginar algo mais divertido do que explorar cada canto

e recanto do seu corpo.

Jakob rastejou para a cama, rolando-a de costas e prendendo-a embaixo dele.

Deus, como ele amava a sensação de tê-la embaixo dele.

— Só depois que eu conseguir explorar todas as suas fissuras com a minha

língua.

— Seu Dragão sujo.

— Você sabe. — Ela riu e ele inalou sua risada em sua boca junto com seu

beijo. Ele levou seu maldito doce tempo beijando-a, lambendo seus lábios,
sugando sua língua em sua boca, empurrando a dela ritmicamente, imitando o

que seu pênis faria em sua boceta mais tarde. Ela gemeu e empurrou as mãos em

seus cabelos, beijando-o de volta com a mesma ferocidade. Ele sempre assumiu o

comando, porque sabia que ela gostava disso, gostava de superar seu poder,

submeter-se a ele. Mas seria muito divertido colocá-la no topo. Deixe-a decidir o

que ela queria que ele fizesse por ela, por ela. Ele deslizou a mão por baixo de sua

camisa e encontrou seu mamilo. Ele o beliscou através do sutiã, amando o som de

seus gemidos enquanto o fazia.

— Vou foder esses seus peitos exuberantes mais tarde, gozar neles.

— Mmm, devíamos ter agarrado meu baú de brinquedos quando estávamos

no meu apartamento. Eu tenho um par de braçadeiras de mamilo conectadas com

a corrente que teria ficado ótimas enroladas em seu pau.

Santo inferno.

— Eu simplesmente terei que comprar para você um baú de brinquedos

totalmente novo. Até então, vai se contentar com dedos e línguas.

Ele traçou os dedos pelo peito dela, passando pela barriga macia e sob o cós

da calça. Seus dedos roçaram a renda de sua calcinha.

— Pensei ter dito para você não usar isso.


Ele deslizou a mão por baixo deles e empurrou um dedo em seu calor úmido.

— Ooh, sim, bem aí. — Ela se contorceu fazendo o seu melhor para escrever

seus dedos. — Se você não as quer comigo, você apenas terá que tirá-las.

Jakob rasgou a calça e a calcinha dela pelas pernas e por cima do ombro.

— Abra suas pernas para mim, Ciara.

Ela não teve que ouvir duas vezes. Ela levantou os joelhos e abriu as coxas,

expondo sua linda boceta rosa. Primeiro ele a faria gozar com a mão e depois a

faria gozar novamente enquanto lambia todo o seu creme. Ele queria ouvi-la gritar

seu nome. E ainda mais ele queria ouvir essas três pequenas palavras dela

enquanto ele se enterrava profundamente dentro dela.

Ele empurrou os dedos dentro dela, esticando-a e sentindo suas paredes

internas apertarem ao redor dele. Ele pressionou o polegar contra seu clitóris e

apertou-a ritmicamente.

— Oh, Deus, Jakob. — Ela jogou a cabeça para trás e os braços sobre a cabeça

segurando os travesseiros em seus punhos.

Ela já estava tão molhada que sua mão estava encharcada que ele tirou um

pouco do líquido dela e puxou para baixo, cobrindo seu pequeno buraco apertado.

Ele fez isso mais duas vezes até que seus próprios sucos lubrificassem seu traseiro.
Então ele lentamente empurrou um dedo nela também. Ele enfiou um dedo dentro

e fora de sua bunda e dois dedos da outra mão enfiaram na boceta.

— Jakob. Jakob, — ela gemeu exatamente o que ele queria ouvir. — Isso vai

me fazer gozar tão forte. Ooh. Sim. Sim.

Uma batida soou na porta, duas batidas rápidas.

— Oh não. A comida, — ela ofegou as palavras entre goles de ar.

— Diga a eles que você está vindo, Ciara.

Ele tocou seus buracos implacavelmente e finalmente adicionou o polegar de

volta à mistura, passando sobre seu clitóris, rápido e forte.

A batida soou novamente junto com uma chamada através da porta.

— Serviço de quarto.

— Diga a eles que você está vindo, meu amor. Agora.

Seu corpo se apertou e se sacudiu, seu orgasmo a atingiu com força.

— Eu, eu, estou indo. Estou chegando.

Os músculos dela apertaram os dedos dele quando ela explodiu, mas ele não

desistiu.

— Dê-me mais, Ciara. Você ainda não terminou.


Suas palavras se transformaram em sons guturais primitivos. Sua cabeça

balançou para frente e para trás e suas costas arquearam quando seu corpo gozou,

enquanto ele tirava o orgasmo.

Ela finalmente desabou na cama, periodicamente gemendo quando outra e

outra pulsação a agarrou. Jakob não puxou os dedos até ter certeza de que o corpo

dela estava completo.

Ele enxugou os dedos que estavam em sua boceta em seus lábios e a beijou,

deixando os dois prová-la. Ela mordeu o lábio dele e ele a beliscou de volta.

— Com fome, querida?

— Sempre. — Ela tinha um sorriso desleixado no rosto que ele amava.

— Então vamos comer. — Jakob rapidamente lavou as mãos e abriu a porta

para pegar a comida. A bandeja havia sido deixada na porta, o entregador havia

muito fugido.

Ele daria uma grande gorjeta ao pessoal mais tarde por seus problemas.

Quando ele colocou a bandeja de volta na sala, Ciara roncava baixinho. Ele

não conseguia imaginar o quão cansada ela estava. Provavelmente duas vezes

mais cansada do que ele, e ele estava quase morto de pé.


Ele não conseguia decidir se deveria deixá-la dormir ou acordá-la e alimentá-

la. Ela foi muito inflexível quanto a conseguir esses hambúrgueres, então ele

percebeu que ela os queria tanto que não ficaria brava se ele a acordasse.

Ele pegou uma batata frita e pintou os lábios dela. Ela lambeu o sal e seus

olhos se abriram.

— Mmm. Não foi isso que pensei.

— E você diz que sou o sujo.

Ela lambeu a batata frita e deu uma mordida. Embora seu pau estivesse duro

antes, ele estava errado. Duro não era nada comparado à haste de pedra

pressionando contra seu zíper observando-a comer isso.

Ele nunca quis tanto ser uma batata frita em sua vida.

Ciara sorriu, sentou-se e beijou-o. Em seguida, ela rolou a bunda nua pelas

cobertas e puxou a tampa da outra bandeja. Ela pegou o cheeseburger e deu uma

mordida enorme nele. A gema do ovo frito escorria pelo queixo.

— Porra, meu amor. Você poderia transformar comer em um filme pornô.

Mais alguns minutos vendo você comer e eu vou gozar nas minhas calças.

Ela lambeu os lábios, mergulhando a língua para pegar a gota de ovo e

balançou a sobrancelha para ele.


Isso foi tudo o que ele conseguiu aguentar. Ele a empurrou de volta na cama

e lambeu exatamente o mesmo lugar. Ela gritou e deu uma risadinha, mas não

largou o cheeseburger por um segundo. Na verdade, ela deu outra mordida, virou

o sanduíche e deu uma mordida nele.

— Isso é tudo que você está conseguindo agora, dragão. Eu encomendei o seu

próprio. Vá comê-lo.

Ele agarrou outra mordida rápida dela apenas para irritá-la. Então ele a

deixou subir e pegou sua própria comida.

Embora ele ainda estivesse mais duro do que confortável, eles tiraram uma

soneca depois de comer. Mas, eles guardaram o bolo de chocolate para depois.

Ele planejava espalhar cobertura de chocolate em cima dela e lambê-la.

Afinal, ele era um doce com ela.

Então ele iria se espalhar e deixá-la fazer o mesmo.


Capítulo Vinte e Um

Amor e Outras Drogas

Ciara acordou horas depois, com os braços e as pernas de Jakob em volta dela.

Era exatamente onde ela queria estar.

E era tão bom finalmente admitir isso. Alguma merda bem maluca aconteceu

nos últimos cinco dias. Foram realmente apenas cinco dias?

Parecia uma vida inteira.

Felizmente, era isso que ela esperava. Uma vida inteira com Jakob.

Ela não tinha dúvidas de que nem sempre seria fácil. Ele adorava estar no

idiota, e ela era definitivamente uma bruxa, do tipo mau, não do tipo bom,

ocasionalmente.

Eles provavelmente iriam lutar, eles provavelmente haveriam lágrimas,

definitivamente haveriam itens quebrados, e ela imaginou mais de uma parede

em sua casa precisando ser consertada. Eles provavelmente deveriam colocar uma

equipe de construção em contenção.


E tudo porque ele a amava, e ela o amava.

Ela estava mais do que um pouco preocupada com o futuro, porque tinha

uma sensação horrível de que a batalha da noite anterior era apenas o começo de

uma guerra entre o bem e o mal. Seria ainda mais difícil porque eles não tinham

ideia de quem ou o que era o mal.

Nem tudo era claro em preto e branco. Como o dragão de olhos negros. Ele

era definitivamente diferente de todos os outros. Ele a ajudou a escapar, matou

seus próprios irmãos, mas em nome de tudo o que ele estava perseguindo.

Ela não achava que ele estava no comando do resto dos dragões demônios.

Quando ela o encontrou em seu apartamento, foi mais como se ele tivesse entrado

com eles. Ele nem mesmo parecia o mesmo que eles e Jakob disse que dragões

demônios não se transformam em homens. Mas não havia dúvida de que ela o

tinha visto na floresta quando estava no trem.

E, o que estava acontecendo com suas estranhas visões da relíquia. Eles ainda

não a tinham encontrado ou a mulher que agora o usava como um colar. Ela era

amiga ou inimiga?

Ela poderia ser uma companheira como Ciara, ou ela seria a única?
Ela esperava que não. Todos os guerreiros Dragões que ela conheceu

mereciam companheiros, mereciam amor.

Então havia sua mãe.

Suspiro.

O que ela iria dizer a ela? Ciara já podia imaginar essa conversa agora.

— Oi mãe, então, eu casei com um dragão.

— Ciara Mosley-Willingham, isso não é aceitável.

Fim da conversa.

Talvez ela fosse uma covarde e deixasse Wesley dizer a sua mãe que ela nunca

mais voltaria. Não, isso certamente não era justo com ele.

Jakob acariciou sua orelha.

— Eu posso praticamente ouvir seu cérebro trabalhando tão duro que está

prestes a pegar fogo. No que você está pensando, e são todas as coisas deliciosas e

sujas que você quer fazer comigo?

— Tenho muitas dessas ideias armazenadas. Mas o que estou tentando

descobrir agora é como dizer a minha mãe que não vou voltar a trabalhar para ela.

Jakob parou de mordiscar seu pescoço.

— Você não vai?


— Vai ser meio difícil fazer isso na zona rural da República Tcheca.

— Eu não queria presumir que você queria morar lá. — Ele se mexeu para

que Ciara se deitasse de costas e pudesse olhar para ele. — Eu tomei muitas

decisões no começo sem falar com você e isso foi um erro. Existem dragões verdes

em todo o mundo. Embora não sejam muitos nesta área. Podemos viver em

qualquer lugar. Só porque a sede do Dragão Verde Wyr está nas terras eslavas há

milhares de anos, não significa que sempre terá que ser.

— Bem, precisamos encontrar um novo covil para o seu tesouro. — Ela sabia

que ele não queria deixar sua terra natal, mas o faria se contorcer por apenas

alguns minutos. — Ouvi dizer que no meio do nada em Nebraska tem uma grande

população de tchecos. Eles até têm Dias Tchecos em Nebraska, onde podemos

comer goulash, kledniki e kolaches. — Ela só sabia de tudo isso porque tinha uma

jovem de Clarkson, Nebraska, que precisava ter um casamento grande e gordo da

Boêmia.

— Parece bom. — O idiota sabia que ela estava blefando.

— Eu não quero me mudar para Nebraska. Vamos voltar para a villa e torná-

la nossa casa. Mas, eu não me importaria de visitar aqui de vez em quando. — Ela

deu um soco no ombro dele.


— Aí.

— Oh, desculpe. Esqueci que era o braço que o demônio Dragão mastigou

ontem.

Ele sorriu com um brilho nos olhos.

— Você só vai ter que me compensar.

Ela riu e começou a beijá-lo em todos os lugares.

— Você tem ombros ridiculamente largos que eu gostaria de correr meus

lábios e talvez até mesmo mordiscar.

— Ninguém está te impedindo. Mas tenha cuidado. É onde escondo minhas

asas.

Ela levantou a cabeça.

— Sério?

Ele riu e beijou o topo de sua cabeça.

— Não, espere. Mesmo?

Ele não respondeu sua pergunta, mas em vez disso agarrou Ciara pela cintura

e rolou para que ela montasse nele.

— Não foi aqui que tudo começou?


— Sim, só precisamos de um pouco de feno para completar o quadro. — Ciara

torceu o nariz e o mexeu como se fosse Samantha de A Feiticeira. Longos talos de

grãos de aveia, cevada e trigo brotaram ao redor do canteiro. Eles cresceram até o

tamanho máximo em segundos e, em seguida, secaram até um marrom dourado

crocante. Existiam apenas alguns punhados, mas Jakob puxou-os aos poucos e

espalhou-os sobre o travesseiro. Ele não economizou para secar alguns caules e

enfiou-os no cabelo dela.

— Pronto, perfeito.

O que era realmente perfeito, foi a maneira como eles se amavam. Ciara

engasgou. Ela nunca disse a ele. Ela nunca disse as palavras.

Ela colocou as mãos em seu peito e se inclinou para dar um beijo suave em

seus lábios.

— Eu amo você.

Jakob colocou a mão em seu cabelo e gemeu.

— Você não tem ideia de quanto tempo esperei para ouvir você dizer isso.

— Três ou quatro dias?


— Uma vida inteira. — Ele a beijou de volta, não tão exigente dessa vez. Ele

não foi gentil com ela, e ela não gostaria que eles fossem, mas este caso era

diferente. Era o teto de suas almas. — Eu te amo, Ciara.

Ciara demorou mais um momento no beijo, saboreando o gosto de seu amor

por ela. A maior parte de sua vida amorosa tinha sido rápida e furiosa, e ela queria

que este tempo fosse especial, durasse.

Ela se sentou e recuou até encontrar a posição certa. O pau de Jakob estava

duro e pronto para ela, e ela queria dar a ele tanto prazer quanto ele havia dado a

ela.

Esta foi a primeira vez que ela conseguiu realmente olhar para ele. Não

admira que ele a tenha preenchido tão bem cada vez que esteve dentro dela. Ele

era muito grande. Ela demonstrou exatamente o quão grande é lambendo-o da

raiz às pontas.

— Embora eu tenha fantasias sobre foder sua boca, se você fizer muito disso,

não serei capaz de resistir. E eu preciso dessa sua buceta gostosa. Eu preciso gozar

dentro de você, fazer o seu perfume ser meu. Reivindicar você, marcar você como

minha.
Ela o lambeu novamente desta vez levando a cabeça de seu pênis em sua

boca. Seus quadris se sacudiram e uma de suas mãos foi imediatamente para o

cabelo dela.

— Foda-se, bebê. Eu retiro. Me chupe. Vou te foder assim que me recuperar

disso.

Deus, isso foi excitante. Ela amava o quanto ele a queria. O quanto ele estava

excitado por ela. Ela girou a língua ao redor de sua cabeça, prestando atenção

especial ao pequeno V por baixo. Então ela o levou em sua boca o mais fundo que

pôde.

— Puta merda. — Sua mão em seu cabelo agarrou com força, puxando-o,

guiando-a para chupar seu eixo, balançando a cabeça para cima e para baixo. Ela

amou o formigamento em seu couro cabeludo que a puxada em seu cabelo deu a

ela. E ela gostava de ouvir seus gemidos.

— Meu Deus, Ciara. Onde você aprendeu a chupar pau assim. Não, espere.

Não me diga. Eu não quero saber. Apenas me leve profundamente novamente,

como você fez antes.

Ela empurrou até o fundo da garganta e engoliu em seco, quase engasgando.

Ela foi recompensada por isso com um gemido fechado e uma segunda mão em
seu cabelo. Ela fez isso mais uma vez, então encolheu as bochechas enquanto

puxava a boca para cima e para longe dele.

Ela queria provocá-lo mais, chupar suas bolas enquanto acariciava seu eixo

em sua mão. Mas ela não teve chance. Jakob a puxou para cima, enfiou uma mão

em sua cintura e agarrou seu pau com a outra.

— Monte em mim, Ciara. Agora. — Ele passou seu pau para cima e para baixo

em sua boceta, molhando os dois e usando-o para brincar com seu clitóris. Isso não

durou muito, porém, antes de se posicionar em sua entrada e empurrar dentro

dela.

Ela sibilou em uma longa respiração sentindo seu pênis esticar dentro dela,

enchendo-a completamente. Demorou apenas um momento antes que ela

precisasse se mover.

Ciara nunca havia estado por cima antes. Assim não. Nunca pensei que uma

menina crescida pudesse fazer isso. Rapaz, ela estava errada.

Esta posição deu a ela todo o controle, ela poderia escrever para ele do jeito

que quisesse. E ela queria.

Ela levantou lentamente o traseiro e o abaixou novamente. Oh sim. Era isso.

Bem desse jeito.


Ela fez isso repetidamente até que o suor gotejasse em seu lábio superior e

suas coxas estivessem em chamas. Mas ela não conseguia parar. Era muito bom,

estava levando-a tão perto de gozar. Ela só precisava de um pouco mais para

superar o clímax.

— Ciara, sim, foda-me. — As mãos de Jakob deslizaram por seus lados, ele

agarrou o fragmento de alma que ela usava ao redor do pescoço e por um

momento eles eram completamente um. Ela sentia o que ele sentia, ele sabia o que

ela sabia. Suas almas estavam entrelaçadas.

O momento durou apenas alguns segundos, mas ficaria enraizado em seus

próprios seres para sempre.

— Eu amo cada parte de você, minha bruxa curvilínea.

Ele segurou seus seios e beliscou seus mamilos com força. Espetando-a cada

vez mais perto de gozar. Ela o montou com mais força.

— Porra, Ciara, estou tão perto de gozar. Venha comigo, baby. Ordenhe meu

pau com sua boceta. — Jakob baixou uma das mãos e colocou-a entre eles. Ele

encontrou seu clitóris e tesourou os dedos sobre ele.

Isso aí. Isso a atirou ao limite de seu controle.

— Sim, Jakob sim. Eu amo você. Eu amo você.


Jakob jogou a cabeça para trás e seus quadris se sacudiram.

— Ciara, cara. Te amo.

Suas palavras eram a última coisa que ela precisava para cair da borda do

Nirvana. Ela perdeu o controle do ritmo de seus corpos e gozou com tanta força

que viu estrelas coloridas atrás de suas pálpebras. Jakob gritou o nome dela

repetidamente e atirou sua semente nela.

Eles vieram juntos e desabaram juntos. Ela tinha certeza que o estava

esmagando, mas depois daquele orgasmo ela não conseguia se mover. Ele era um

dragão grande e forte, ele poderia sobreviver tendo uma garota gordinha

estendida em cima dele.

Eles deitaram juntos dessa forma, respirando com dificuldade, as mãos

acariciando a pele uma da outra por um longo tempo. Quando os dois flutuaram

de volta à terra, Jakob ergueu o rosto dela sob o queixo e encontrou seus lábios nos

dele.

Ele ainda estava enterrado dentro dela e ela não queria se mover ainda. Jakob

agarrou sua bunda e a segurou com força contra seu corpo.

— Amo você, Ciara. E não estou dizendo isso só porque você explodiu minha

cabeça. Eu amo você. Eu quero que o mundo inteiro saiba. Case comigo. Faça o
maior casamento mais espetacular que você já planejou, então fique comigo na

frente de todos os tipos de dragão, e de sua mãe, e diga que você é minha.

— Eu sou sua, tenhamos um casamento ou não. Mas eu vou ficar ao seu lado

para que você possa dizer ao mundo inteiro que é meu também. Diga a todos que

pertencemos um ao outro.

Ela disse sim com suas palavras, e então disse sim com seu corpo. A noite

toda.

Ela era a companheira de um dragão, uma bruxa branca, e a mais feliz que

ela já tinha sido.

Ela estava apaixonada.

Fim
Para quem chegou até aqui, o nosso muiiiito obrigado.
Esperamos que tenha gostado pois foi feito especialmente para você!

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