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Presidéncia da Republica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juridicos LELN® 9.433, DE 8 DE JANEIRO DE 1997. Institui a Politica Nacional de Recursos Hidricos, cria 0 Mensagem de veto Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos inciso XIX do art. 21 da Constituicso Federal Hidricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da (Vide Decreto de 15 de setembro de 2010) Constituigao Federal, e altera o art. 1° da Lei n® 8.001, Regulamento de 13 de marco de 1990, que modificou a Lei n° 7.990, de 28 de dezembro de 1989, © PRESIDENTE DA REPUBLICA Faco saber que 0 Congreso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei TITULO| DA POLITICA NACIONAL DE RECURSOS HIDRICOS, CAPITULO I DOS FUNDAMENTOS Att, 1° A Politica Nacional de Recursos Hidricos baseia-se nos seguintes fundamentos: a Agua é um bem de dominio puiblico; lla dgua é um recurso natural limitado, dotado de valor econdmico; Ill - em situagdes de escassez, 0 uso prioritério dos recursos hidricos ¢ o consumo humano e a dessedentagao de animais; IV - a gestao dos recursos hidricos deve sempre proporcionar 0 uso miltiplo das Aguas; \V - a bacia hidrogréfica é a unidade territorial para implementagao da Politica Nacional de Recursos Hidricos e atuagdo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hidricos; \VI- a gestio dos recursos hidricos deve ser descentralizada e contar com a participago do Poder Publico, dos usuarios e das comunidades. CAPITULO IL DOS OBJETIVOS Att, 2° Sao objetivos da Politica Nacional de Recursos Hidricos: = assegurar a atual e as futuras geragées a necesséria disponibilidade de gua, em padrées de qualidade adequados aos respectivos usos; Il - a utllzagao racional e integrada dos recursos hidricos, incluindo transporte aquaviario, com vistas ao desenvolvimento sustentavel; Ill = a prevengao © a defesa contra eventos hidrolégicos criticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais. IV - incentivar e promover a captagao, a preservago e o aproveitamento de aguas pluviais. (inctuido pela Lei n® 13.501, de 2017) CAPITULO Ill DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACAO Art. 3° Constituem diretrizes gerais de agao para implementacao da Politica Nacional de Recursos Hidricos: a gest sistematica dos recursos hidricos, sem dissociagdo dos aspectos de quantidade e qualidade; ll - a adequagao da gestdo de recursos hidricos as diversidades fisicas, bidticas, demograficas, econémicas, sociais ¢ culturais das diversas regides do Pais; Ill -@ integragdo da gestdo de recursos hidricos com a gestéo ambiental; IV - a articulagao do planejamento de recursos hidricos com 0 dos setores usudrios e com os planejamentos regional, estadual e nacional; \V - a articulagdo da gestdo de recursos hidricos com a do uso do solo; VI-aintegragao da gestdo das bacias hidrograficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras. Art. 4° A Unido articular-se-4 com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hidricos de interesse ‘comum, CAPITULO IV DOS INSTRUMENTOS ‘Art. 5° So instrumentos da Politica Nacional de Recursos Hidricos: os Planos de Recursos Hidricos; lI-0 enquadramento dos corpos de Agua em classes, segundo os usos preponderantes da agua; Ill -a outorga dos direitos de uso de recursos hidricos; IV-- a cobranga pelo uso de recursos hidricos; V- a compensacao a municipios; VI- 0 Sistema de Informagées sobre Recursos Hidricos. SEGAO | DOS PLANOS DE RECURSOS HIDRICOS Art. 6° Os Planos de Recursos Hidricos s4o planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementagao da Politica Nacional de Recursos Hidricos e 0 gerenciamento dos recursos hidricos. Art. 7° Os Planos de Recursos Hidricos so planos de longo prazo, com horizonte de planejamento compativel ‘com 0 periodo de implantagao de seus programas e projetos e terao 0 seguinte contetido minimo’ diagnéstico da situagao atual dos recursos hidricos; Il - andlise de altemativas de crescimento demogréfico, de evalugao de alividades produtivas e de modificagdes dos padrées de ocupagao do solo; Ill - balango entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hidricos, em quantidade e qualidade, com identificagao de conflitos potenciais; IV = metas de racionalizagao de uso, aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hidricos disponivei \V - medidas a serem tomadas, programas a serem desenvolvidos @ projetos a serem implantados, para o atendimento das metas previstas; VI- (VETADO) VIl- (VETADO) VIII - prioridades para autorga de direitos de uso de recursos hidricos; IX- diretrizes e critérios para a cobranga pelo uso dos recursos hidricos; X - propostas para a criagdo de dreas sujeitas a restrigéo de uso, com vistas & protegdo dos recursos hidricos, Art. 8° Os Planos de Recursos Hidricos serao elaborados por bacia hidrografica, por Estado e para o Pals. SEQAO II DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AGUA EM,CLASSES, SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA GUA Art, 9° © enquadramento dos corpos de agua em classes, segundo os usos preponderantes da Agua, visa a assegurar as aguas qualidade compativel com os usos mais exigentes a que forem destinadas; II- diminuir os custos de combate a poluigéo das Aguas, mediante ages preventivas permanentes. Art. 10. As classes de corpos de Agua serdo estabelecidas pela legisiagao ambiental SEGAO Ill DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIDRICOS Art. 11. O regime de outorga de direitos de uso de recursos hidricos tem como objetivos assegurar 0 controle quantitativo e qualitativo dos usos da agua @ o efetivo exercicio dos direitos de acesso a agua. Art. 12. Estdo sujeitos a outorga pelo Poder Publico os direitos dos seguintes usos de recursos hidricos: 1 abasteci derivagio ou captagéo de parcela da agua existente em um corpo de égua para consumo final, inclusive eno piiblico, ou insumo de processo produtivo; Il- extragao de agua de aqiifero subterrdneo para consumo final ou insumo de pracesso produtivo; Ill - langamento em corpo de agua de esgotos e demais residuos liquidos ou gasosos, tratados ou ndo, com o fim de sua diluigao, transporte ou disposigao final; IV-- aproveitamento dos potencials hidrelétricos; \V-- outros usos que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade da Agua existente em um corpo de agua. § 1° Independem de outorga pelo Poder Publico, conforme definido em regulamento: | = 0 uso de recursos distribuidos no meio rural ‘dricos para a satisfagao das necessidades de pequenos niicleos populacionais, II as derivagées, captagées e lancamentos considerados insignificantes; Ill -as acumulagées de volumes de agua consideradas insignificantes. § 2° outorga e a ulllizagao de recursos hidricos para fins de geragao de energia elétrica estara subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hidricos, aprovado na forma do disposto no inciso VIll do art. 35 desta Lei, obedecida a disciplina da legislagao setorial especifica Art, 13. Toda outorga estaré condicionada as prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hidricos e deverd respeltar a classe em que corpo de Agua estiver enquadrado e a manutengo de condig6es adequadas ao transporte aquaviario, quando for 0 caso. Paragrafo Unico. A outorga de uso dos recursos hidricos deverd preservar o uso miltiplo destes. Art. 14, A outorga efetivar-se-é por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal, dos Estados ou do Distrito Federal § 1° 0 Poder Executive Federal poder delegar aos Estados e ao Distrito Federal competéncia para conceder ‘outorga de direito de uso de recurso hidrico de dominio da Uniao. § 2° (VETADO) Art 15. A outorga de direito de uso de recursos hidricos poder ser suspensa parcial ou totalmente, em definitivo 0u por prazo determinado, nas seguintes circunstancias: nao cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga; Il - auséncia de uso por trés anos consecutivos; Ill - necessidade premente de agua para atender a situages de calamidade, inclusive as decorrentes de condigées climaticas adversas; IV- necessidade de se prevenir ou reverter grave degradagao ambiental; V -necessidade de se atender a usos prioritarios, de interesse coletivo, para 0s quais ndo se disponha de fontes alternativas; VI- necessidade de serem mantidas as caracteristicas de navegabilidade do corpo de agua Art, 16, Toda outorga de direitos de uso de recursos hidricos far-se-4 por prazo nao excedente a trinta @ cinco anos, renovavel. Art. 17. (VETADO) Art. 18. A outorga nao implica a alienacao parcial das Aguas, que sao inalienaveis, mas o simples direito de seu uso. SEGAO IV DACOBRANGA DO USO DE RECURSOS HIDRICOS Art. 19. A cobranga pelo uso de recursos hidricos objetiva’ reconhecer a agua como bem econémico ¢ dar ao usuario uma indicagao de seu real valor; II incentivar a racionalizagao do uso da agua; Ill- obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervengdes contemplados nos planos de recursos hidricos. Art, 20. Serdo cobrados os usos de recursos hidricos sujeitos a outorga, nos termos do art. 12 desta Lei. Paragrafo Gnico. (VETADO) Art 21. Na fixagdo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hidricos devem ser observados, dentre outros: | -nas derivagées, caplagées e extragbes de Agua, o volume retirado e seu regime de variagdo; Il - nos langamentos de esgotos e demais residuos liquidos ou gasosos, o volume langado e seu regime de variagao e as caracteristicas fisico-quimicas, biolégicas e de toxidade do afluente. Art. 22. Os valores arrecadados com a cobranga pelo uso de recursos hidricos sero aplicados prioritariamente nna bacia hidrografica em que foram gerados e serdo utilizados: no financiamento de estudos, programas, projetos e obras incluidos nos Planos de Recursos Hidricos; II- no pagamento de despesas de implantaco e custelo administrative dos érgaos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hidricos. § 1° A aplicago nas despesas previstas no inciso II deste artigo é limitada a sete e meio por cento do total arrecadado, § 2° Os valores previstos no caput deste artigo poderdo ser aplicados a fundo perdido om projetos e obras que alterem, de modo considerado benéfico a coletividade, a qualidade, a quantidade e o regime de vazdo de um corpo de agua. § 3° (VETADO) Att, 23. (VETADO) SEGAOV DA COMPENSAGAO A MUNICIPIOS ‘Ant. 24. (VETADO) SEGAO VI DO SISTEMA DE INFORMAGOES SOBRE RECURSOS HIDRICOS Art, 25, O Sistema de Informagées sobre Recursos Hidricos 6 um sistema de coleta, tratamento, armazenamento e recuperagao de informagdes sobre recursos hidricos e fatores intervenientes em sua gestao, Paragrafo tinico. Os dados gerados pelos érgaos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hidricos serao incorporados ao Sistema Nacional de informagdes sobre Recursos Hidricos. Art, 26, So principios basicos para o funcionamento do Sistema de Informacées sobre Recursos Hidricos: | - descentralizagdo da obtengao e produgao de dados e informagées; II - coordenago unificada do sistema: Ill - acesso aos dados e informagoes garantido a toda a sociedade. Art, 27, S80 objetivos do Sistema Nacional de Informagdes sobre Recursos Hidricos: - reunir, dar consisténcia e divulgar os dados recursos hidricos no Brasil; ormagées sobre a situagdo qualitativa e quantitativa dos II - atualizar permanentemente as informagées sobre disponibilidade e demanda de recursos hidricos em todo o territério nacional; Ill - fomecer subsidios para a elaboragao dos Planos de Recursos Hidricos, CAPITULO V DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MULTIPLO, DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO Art. 28. (VETADO) CAPITULO VI DAAGAO DO PODER PUBLICO Art. 29. Na implementago da Politica Nacional de Recursos Hidricos, compete ao Poder Executivo Federal: | - tomar as providéncias necessérias @ implementagdo @ ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hidricos; Il - outorgar os direitos de uso de recursos hidricos, regulamentar e fiscalizar os usos, na sua esfera de ‘competéncia; Ill -implantar e gerir 0 Sistema de Informagées sobre Recursos Hidricos, em Ambito nacional; IV-- promover a integragao da gestdo de recursos hidricos com a gestao ambiental, Paragrafo tinico. © Poder Executive Federal indicara, por decreto, a autoridade responsavel pela efetivagao de outorgas de direito de uso dos recursos hidricos sob dominio da Unido. Art. 30. Na implementagao da Politica Nacional de Recursos Hidricos, cabe aos Poderes Executivos Estaduais & do Distrito Federal, na sua esfera de competéncia: outorgar os direitos de uso de recursos hidricos ¢ regulamentar e fiscalizar os seus usos; lI realizar 0 controle técnico das obras de oferta hidrica; Ill - implantar @ gerir 0 Sistema de Informagées sobre Recursos Hidricos, em Ambito estadual @ do Distrito Federal IV promover a integragao da gestio de recursos hidricos com a gesto ambiental ‘Ait 31. Na implementagdo da Politica Nacional de Recursos Hidricos, os Poderes Executives do Distrito Federal e dos municipios promoverao a integragéo das politicas locais de saneamento basico, de uso, ocupagéo e conservagao do solo ¢ de meio ambiente com as polticas federal e estaduais de recursos hidricos. TITULO II DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIDRICOS capiTULOI DOS OBJETIVOS E DA COMPOSIGAO Art. 32. Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hidricos, com os seguintes objetivos: | - coordenar a gestdo integrada das aguas; Il- abitrar administrativamente os confltos relacionados com os recursos hidricos; II -implementar a Politica Nacional de Recursos Hiri; IV - planejar, regular e controlar 0 uso, a preservagdo e a recuperagao dos recursos hidricos; \V - promover a cobranga pelo uso de recursos hidricos. zonsainos de ee t fios-dos-poderas-publicos federal_osiad: ai 7 gostio-de recursos hidicos; Vinas Agiscias de Agua. Art. 33. Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hidricos: (Redaco dada pela Lei 9.984, de 2000) | -0 Conselho Nacional de Recursos Hidricos; (Redago dada pela Lei 9,984, de 2000), lA. —a Agéncia Nacional de Aguas; (Incluido pela Lei 9.984, de 2000} ll — 0s Conselhos de Recursos Hidricos dos Estados e do Distrito Federal; (Redagdo dada pela Lei 9.984, de 2000) Ill — 08 Comités de Bacia Hidrografica; (Redacdo dada pela Lei 9.984, de 2000) IV ~ 08 érgios dos poderes puiblicos federal, estaduais, do Distrito Federal e municipais cujas competéncias se relacionem com —_a gestdo de recursos hidricos; (Redacdo dada pela Lei 9.984, de 2000) V—as Agéncias de Agua. (Redacdo dada pela Lei 9.984, de 2000) CAPITULO II DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIDRICOS ‘Att. 24. 0 Consetho Nacional de Recursos Hidricos & composto por: | - representantes dos Ministérios e Secretarias da Presidéncia da RepUblica com atuacao no gerenciamento ou no uso de recursos hidricos; II- representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hidricos; lll representantes dos usuarios dos recursos hidricos; I\V- representantes das organizagées civis de recursos hidricos, Paragrafo Unico. O ntimero de representantes do Poder Executivo Federal nao poderé exceder 4 metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hidricos. Art. 35. Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hidricos: | = promover a atticulagao do planejamento de recursos hidricos com os planejamentos nacional, regional, estaduais © dos setores usuarios; II - arbitrar, em dilima instancia administrativa, os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hidricos; Ill - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hidricos cujas repercussées extrapolem o Ambito dos Estados em que serao implantados; IV - deliberar sobre as questées que the tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hidricos ou pelos Comités de Bacia Hidrografica; \V - analisar propostas de alteragao da legislagao pertinente a recursos hidricos e a Politica Nacional de Recursos Hidricos; VI - estabelecer diretrizes complementares para implementacao da Politica Nacional de Recursos Hidricos, aplicagao de seus instrumentos e atuagao do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hidricos; VIL - aprovar propostas de instituigio dos Comités de Bacia Hidrogréfica e estabelecer critérios gerais para a elaboragao de seus regimentos; VIll- (VETADO) ao-cumprimento-de-suas- metas; IX — acompanhar a execugo e aprovar 0 Plano Nacional de Recursos Hidricos e determinar as providéncias necessarias ao cumprimento de suas metas; (Redacdo dada pela Lei 9.984, de 2000) X - estabelecer critérios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hidricos para a cobranga por seu uso. XI - zelar pela implementagao da Politica Nacional de Seguranga de Barragens (PNSB); (Incluido pela bein? 12.334, de 2010) XII - estabelecer diretrizes para implementagao da PNSB, aplicagao de sous instrumentos @ atuacao do Sistema Nacional de Informagées sobre Seguranca de Barragens (SNISB); (Incluido pela Lei n? 12.334, de 2010) Xill - apreciar 0 Relatério de Seguranga de Barragens, fazendo, se necessério, recomendagées para melhoria da seguranga das obras, bem como encaminhd-lo a0 Congreso Nacional. (ncluido pela Lei n® 12.334, de 2010) Art, 36, © Conselho Nacional de Recursos Hidricos sera gerido por: L President serd-o-Ministro titular do-Ministério_do-Mi iente dos R. Hid da 1 (um) Presidente, que seré 0 Ministro de Estado da Integragao e do Desenvolvimento Regional; (Redagaio dada pela Lei n® 14,600, de 2023) R 5 ee , 7 jecretério-Executivey-qtie-seré r-do-érgie-integrante-derestrutirad terio-d et gi ponsévet pele-gesté ‘ a A é ate 2043) jecretirio-Exe -qtte—seré—o—ttslar—de—éngtio—integrante—da—estratura—de— Minit Be sgponal-resp pela-gestao-dos-recurses hieriee fo-dade pete Fj I-41 (um) Secretario-Executivo, que serd 0 titular do érgao integrante da estrutura do Ministério da Integragao do Desenvolvimento Regional responsavel pela gestao dos recursos hidricos. dada pela Lei n® 1 de 2023) CAPITULO III DOS COMITES DE BACIAHIDROGRAFICA Att. 37. Os Comités de Bacia Hidrografica terdo como area de atuago: | -a totalidade de uma bacia hidrogratfica; lI - sub-bacia hidrografica de tributério do curso de agua principal da bacia, ou de tributario desse tributario; ou Ill - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograficas contiguas, Paragrafo Unico. A instituigao de Comités de Bacia Hidrografica em rios de dominio da Unido serd efetivada por ato do Presidente da Republica Art, 38. Compete aos Comités de Bacia Hidrografica, no Ambito de sua area de atuagao: | = promover debate das questées relacionadas a recursos hidricos @ articular a atuagéo das entidades intervenientes; II arbitrar, em primeira instancia administrativa, os conflitos relacionados aos recursos hidricos; Ill - aprovar o Plano de Recursos Hidricos da bacia; IV - acompanhar a execugao do Plano de Recursos Hidricos da bacia e sugerir as providéncias necessérias ao ‘cumprimento de suas metas; \V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hidricos as acumulagées, derivacées, captagées e langamentos de pouca expresso, para efeito de isencao da obrigatoriedade de outorga de direitos de so de recursos hidricos, de acordo com os dominios destes; VI - estabelecer os mecanismos de cobranga pelo uso de recursos hidricos e sugerir os valores a serem cobrado: VII (VETADO) Vill- (VETADO) IX = estabelecer critérios e promover 0 rateio de custo das obras de uso miltiplo, de interesse comum ou coletivo. Paragrafo Unico. Das decisées dos Comités de Bacia Hidrogréfica caberé recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hidricos, de acordo com sua esfera de competéncia Art. 39. Os Comités de Bacia Hidrogréfica so compostos por representantes: da Unido; Il - dos Estados e do Distrito Federal cujos territérios se situem, ainda que parcialmente, em suas respectivas reas de atuagao; IIl- dos Municipios situados, no todo ou em parte, em sua érea de atuacao; IV-- dos usuérios das aguas de sua area de atuacao; \V- das entidades civis de recursos hidricos com atuagéo comprovada na bacia, § 1° O numero de representantes de cada setor mencionado neste artigo, bem como os critérios para sua indicagao, serao estabelecidos nos regimentos dos comités, limitada a representagao dos poderes executivos da Unido, Estados, Distrito Federal e Municipios 4 metade do total de membros. § 2° Nos Comités de Bacia Hidrografica de bacias de rios fronteirigos @ transfronteirigos de gestdo compartilhada, a representagao da Unido devera incluir um representante do Ministério das Relagdes Exteriores, § 3° Nos Comités de Bacia Hidrogréfica de bacias cujos territérios abranjam terras indigenas devem ser incluidos representantes: da Fundagao Nacional do Indio - FUNAI, como parte da representacao da Unido; II - das comunidades indigenas ali residentes ou com interesses na bacia, § 4° A participagao da Unido nos Comités de Bacia Hidrogréfica com area de atuagdo restrita a bacias de rios sob dominio estadual, dar-se-d na forma estabelecida nos respectivos regimentos. Art, 40. Os Comités de Bacia Hidrografica serao dirigidos por um Presidente e um Secretario, eleitos dentre seus membros. CAPITULO IV DAS AGENCIAS DE AGUA. Art. 41. As Agéncias de Agua exercerao a funcao de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comités de Bacia Hidrografica Att. 42. As Agéncias de Agua terao a mesma area de atuacao de um ou mais Comités de Bacia Hidrogratica. Paragrafo tinico. A criagéo das Agéncias de Agua seré autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hidricos, ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hidricos mediante solicitagéo de um ou mais Comités de Bacia Hidrografica [Att 43. Actiagéo de uma Agéncia de Agua é condicionada ao atendimento dos seguintes requisites: prévia existéncia do respectivo ou respectivos Comités de Bacia Hidrografica; \I- viabilidade financeira assegurada pela cobranga do uso dos recursos hidricos em sua area de atuago, [Art 44. Compete as Agéncias de Agua, no ambito de sua drea de atuagéo: manter balango atualizado da disponibilidade de recursos hidricos em sua area de atuago; II- manter o cadastro de usudrios de recursos hidricos; Ill - efetuar, mediante delegagao do outorgante, a cobranga pelo uso de recursos hidricos; IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos @ obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranca pelo uso de Recursos Hidricos e encaminhé-los a instituigao financeira responsdvel pela administragao desses recursos; \V - acompanhar a administragao financeira dos recursos arrecadados com a cobranga pelo uso de recursos hidricos em sua area de atuacao; \VI- gerir o Sistema de Informagées sobre Recursos Hidricos em sua area de atuagao; VII- celebrar convénios e contratar financiamentos e servigos para a execugao de suas competéncias; Vill - elaborar a sua proposta orgamentaria e submeté-la a apreciagao do respectivo ou respectivos Comités de Bacia Hidrografica; IX - promover os estudos necessérios para a gestao dos recursos hidricos em sua area de atuacao; X - elaborar o Plano de Recursos Hidricos para apreciagao do respective Comité de Bacia Hidrografica; XI-- propor ao respectivo ou respectivos Comités de Bacia Hidrografica: a) 0 enquadramento dos corpos de agua nas classes de uso, para encaminhamento ao respective Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hidricos, de acordo com o domi b) 0s valores a serem cobrados pelo uso de recursos hidricos; ) 0 plano de aplicagao dos recursos arrecadados com a cobranga pelo uso de recursos hidricos; 4d) 0 rateio de custo das obras de uso mulltiplo, de interesse comum ou coletivo, CAPITULO V DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIDRICOS st aria Executive dk Iho Nacional-de-R Hidricos-seré-exercita-polo-Srydo-integrant rgteintegrante fe Art. 45. A Secretaria-Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hidricos sera exercida pelo orgao integrante da estrutura do Ministério da Integragao e do Desenvolvimento Regional responsdvel pela gesto dos recursos hidricos. (Redacdo dada pela Lein® 14.600, de 2023) Nacionalde Recursos Hidricos; Wins dient tos. hos Estaduais- de R. Hid Py ites de Ba Hidrogratica; , p see Art, 48. Compete a Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hidricos: (Redacdo dada pela Lei 9.984, de 2000) | = prestar apoio administrative, técnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hidricos; (Redagdo dada pela Lei 9.984, de 2000) Il = revogado; (Redacdo dada pola Lei 9,984, do 2000) Ill instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hidricos e dos Comilés de Bacia Hidrogrética; (Redacdo dada pola Lei 9,984, de 2000) IV - revogado; (Redacao dada pola Lei 8.984, de 2000 \V — elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orgamentéria anual ¢ submeté-los & aprovagao do Conselho Nacional de Recursos Hidricos. (Redacao dada pela Lei 9,984, de 2000) CAPITULO VI DAS ORGANIZACOES CIVIS DE RECURSOS HIORICOS Art. 47. Sdo consideradas, para os efeitos desta Lei, organizages civis de recursos hidricos: consércios © associagées intermunicipais de bacias hidrograficas; II associagées regionais, locais ou setoriais de usuarios de recursos hidricos; Ill - organizagées técnicas e de ensino e pesquisa com interesse na Area de recursos hidricos; IV-- organizagdes nao-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade; \V - outras organizagées reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hidricos. Art, 48, Para integrar 0 Sistema Nacional de Recursos Hidricos, as organizagées civis de recursos hidricos devem ser legalmente constituidas. TiTULo tm DAS INFRAGOES E PENALIDADES Art. 49. Consitui infragao das normas de utlizagao de recursos hidricos superficiais ou subterraneos: derivar ou utilizar recursos hidricos para qualquer finalidade, sem a respectiva outorga de direito de uso; II iniciar a implantagéo ou implantar empreendimento relacionado com a derivagao ou a utiizagdo de recursos hidricos, superficiais ou subterraneos, que implique alteragdes no regime, quantidade ou qualidade dos mesmos, sem autorizagao dos érgaos ou entidades competentes; lll (VETADO) IV - utiizar-se dos recursos hidricos ou executar obras ou servigos relacionados com os mesmos em desacordo ‘com as condigées estabelecidas na outorga; \V - perfurar pogos para extragao de agua subterrnea ou operd-los sem a devida autorizagao; VI- fraudar as medigdes dos volumes de agua utlizados ou declarar valores diferentes dos medidos; VII = infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos, compreendendo instrugées e procedimentos fixados pelos érgaos ou entidades competentes; Vill- obstar ou dificultar a agao fiscalizadora das autoridades competentes no exercicio de suas fungées. hidriulicos derivagii silizagao—de_re hidricos_de_domiai i ‘Art. 50, Por infrago de qualquer disposi¢o legal ou regulamentar referente @ execugao de obras e servigos, hidrdulicos, derivagao ou utiizagao de recursos hidricos, ou pelo nao atendimento das solicitagdes feitas, o infrator, a critério da autoridade competente, ficara sujelto as seguintes penalidades, independentemente de sua ordem de enumeragao: (RedacSo dada pela Lei n° 14.066, de 2020) adverténcia por escrito, na qual serdo estabelecidos prazos para corrego das iregularidade: miilteais); mutta, imples ou didria, proporcional gravidade da infragdo, de RS 100,00 (cem reais) a R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhées de reais); (Redacso dada pela Lei n® 14.066, de 2020) lll - embargo provisério, por prazo determinado, para execucdo de servigos e obras necessarias ao efetivo ‘cumprimento das condigdes de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso, controle, conservacao e protegao dos recursos hidricos; IV - embargo definitive, com revogagao da outorga, se for 0 caso, para repor incontinent, no seu antigo estado, 08 recursos hidrices, leitos 6 margens, nos termos dos arts. 58 © 59 do Gédigo de Aguas ou tamponar os pocos dé extragao de agua subterranea. § 1° Sempre que da infragéo cometida resultar prejulzo a servigo publico de abastecimento de agua, riscos & satide ou a vida, perecimento de bens ou animais, ou prejuizos de qualquer natureza a terceiros, a multa a ser aplicada nunca sera inferior & metade do valor maximo cominado em abstrato, § 2° No caso dos incisos Il ¢ IV, independentemente da pena de multa, serdo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administragao para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos, na forma dos aris. 36, 53, 96 @ 58 do Cédigo de Aguas, sem prejuizo de responder pela indenizacao dos danos a que der causa. § 3° Da aplicacdo das sangées previstas neste titulo caberé recurso & autoridade administrativa competente, nos termos do regulamento. § 4° Em caso de reincidéncia, a multa sera aplicada em dobro. TITULO IV DAS DISPOSIGOES GERAIS E TRANSITORIAS, por delegagao 4: ho Nacional-ou-d: thos Estaduais- de Ri His az0-dolerminad ‘Ast. 51. © Conselho Nacional de Recursos Hidricos © os Conselhos Estaduais de Recursos Hidricos poderéo delegar a organizagdes sem fins lucratwvos relacionadas no art, 47 desta Lei, por prazo determinado, o exercicio de fungdes de competéncia das Agéncias de Agua, enquanto esses organismos nao estiverem constiluides. (Redagdo dada pola Lei n? 10.884, de 2004) ‘Art. 82. Enquanto néo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hidricos, a utilizago dos potenciais hidrdulicos para fins de geragao de energia elétrica continuara subordinada a disciplina da legislagao setorial especifica. Art, 53, O Poder Executivo, no prazo de cento e vinte dias a partir da publicagao desta Lei, encaminhard ao Congreso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criagdo das Agéncias de Agua. Art. 54. art. 1° da Lei n® 8.001, de 13 de margo de 1990, passa a vigorar com a seguinte redagao: 1° l= quatro inteiros @ quatro décimos por cento & Secretaria de Recursos Hidricos do Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hidricos e da Amazénia Legal; IV = trés inteiros e seis décimos por cento ao Departamento Nacional de Aguas e Energia Elétrica - DNAEE, do Ministério de Minas e Energia; \V- dois por cento ao Ministério da Ciéncia e Tecnologia. §.4° A cota destinada a Secretaria de Recursos Hidricos do Ministério do Melo Ambiente, dos Recursos Hidricos e da Amazénia Legal sera empregada na implementagao da Pol Nacional de Recursos Hidricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hidricos e na gestdo da rede hidrometeorolégica nacional. §.5° A cota destinada ao DNAEE sera empregada na operacdo e expansAo de sua rede hidrometeorolégica, no estudo dos recursos hidricos e em servigos relacionados ao aproveitamento da energia hidraulica.” Paragrafo tinico. Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entrarao em vigor no prazo de cento oitenta dias contados a partir da data de publicagao desta Lei Art, 55. O Poder Executivo Federal regulamentara esta Lei no prazo de cento e oitenta dias, contados da data de sua publicagao, Art, 56. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicagao. Art, 57. Revogam-se as disposigdes em contrario, Brasilia, 8 de janeiro de 1997; 176° da Independéncia ¢ 109° da Repiblica, FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause Este texto nao substitui o publicado no DOU de 9.1.1997

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