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Aula extra 1

Português p/ TRF 2ª Região (com videoaulas)


Professores: Décio Terror, Equipe Décio Terror
Português para TRF 2ªR
Teoria e exercícios comentados
Prof. Décio Terror Aula extra 1

Aula extra 1: Prova comentada

SUMÁRIO PÁGINA
1. Parte 1 - Prova sem comentário 2
2. Parte 2 - Prova com comentário 6
3. Gabarito 17

Olá, pessoal!

Agora, vamos dar sequência a nosso estudo com resolução de provas,


para termos uma noção global de como a banca Consulplan cobra.

Procure realizar as questões DENTRO DO TEMPO estipulado para cada


prova.

Isso vai lhe dar uma noção se seu tempo de resolução está bom ou não.
Evite perder tempo em questão de difícil resolução ou duvidosa. Pule
para a próxima. Depois de ter chegado ao final da prova, volte e resolva, se
der tempo.

Lembre-se: não passa no concurso aquele que sabe mais, mas aquele
que sabe e tem boa estratégia de prova.

Às vezes saber muito uma matéria faz o candidato não se permitir pular
a questão, tentando de qualquer forma resolvê-la. Assim, ele pode até ganhar
aquela questão, mas o tempo perdido nela tirou dele a vantagem de resolver
as outras com tranquilidade. Faça do fator tempo um aliado, um amigo!

Para que se tire melhor proveito da aula, recomenda-se que o aluno veja
o quadro característico de cada prova, atentando-se ao tempo de resolução,
realize a prova na primeira parte (só prova sem comentário + gabarito),
cumprindo rigorosamente o tempo determinado e depois observe o
comentário do professor na segunda parte.

Boa prova!!!

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Português para TRF 2ªR
Teoria e exercícios comentados
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Parte 1

Prova: TSE-Técnico Judiciário-2012


Quantidade de questões de Língua Portuguesa: 15
Tempo médio por questão: 3 minutos
Tempo de Língua Portuguesa: 45 minutos

Presente perfeito
1 Aproveito a chegada do 13° salário e a proximidade do Natal para
discutir o presente perfeito. Num mundo perfeitamente racional, ninguém
nem pestanejaria antes de presentear seus familiares e amigos com
dinheiro vivo.
5 Em princípio, nada pode ser melhor. Elimina-se o risco de errar,
pois o presenteado escolhe o que quiser, e no tamanho certo. Melhor, ele
pode juntar recursos de diversas origens e comprar um item mais caro,
que ninguém sozinho poderia oferecer-lhe.
Só que o mundo não é um lugar racional. Se você regalar sua
10 mulher com um caríssimo jantar na expectativa de uma noite tórrida de
amor, estará sendo romântico. Mas, se ousar oferecer-lhe dinheiro para o
mesmo fim, torna-se um simples cafajeste.
Analogamente, você ficará bem se levar um bom vinho para o
almoço de Dia das Mães na casa da sogra. Experimente, porém, sacar a
15 carteira e estender-lhe R$ 200 ao fim da refeição e se tornará “persona
non grata” para sempre naquele lar.
Essas incongruências chamaram a atenção de economistas
comportamentais, que desenvolveram modelos para explicá-las.
Aparentemente, vivemos em dois mundos distintos, o das relações
20 sociais e o da economia de mercado. Enquanto o primeiro é regido por
valores como amor e lealdade, o segundo tem como marca indexadores
monetários e contratos. Sempre que misturamos os dois registros,
surgem mal-entendidos.
O economista Dan Ariely vai mais longe e propõe que, no mundo
25 das relações sociais, o presente serve para aliviar culpas: ofereça ao
presenteado algo de que ele goste, mas acha bobagem comprar, como
um jantar naquele restaurante chique ou um perfume um pouco mais
caro. O que você está lhe dando, na verdade, é uma licença para ser
extravagante.
30 Segundo Ariely, é esse mecanismo que explica o sucesso de vales-
presentes e congêneres, que nada mais são que dinheiro com prazo de
validade e restrições de onde pode ser gasto.
(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo, 4/12/2011, com adaptações)

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Teoria e exercícios comentados
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01. Com base na leitura do texto e os sentidos por ele produzidos, analise as
afirmativas a seguir:
I. O presente perfeito é dinheiro vivo.
II. O mundo das relações sociais não é perfeitamente racional.
III. O presente ideal é o que sirva para aliviar culpas.
Assinale
(A) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
(C) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(D) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
02. Em relação ao uso da primeira pessoa no texto, é correto afirmar que
(A) se justifica por narrar fatos ocorridos com o autor.
(B) representa uma tentativa de aproximação com o leitor.
(C) busca contextualizar a motivação pessoal pela escolha temática.
(D) institui caráter emotivo ao que se deve tratar com objetividade.

03. A respeito do uso de “você” em diferentes partes do texto, assinale a


alternativa correta.
(A) Em se tratando de um texto escrito para o jornal, a forma “você” não
poderia ser empregada por se tratar de linguagem coloquial.
(B) A forma “você” é usada como recurso estilístico para indeterminar o
agente das ações listadas no texto.
(C) O texto se dirige especificamente aos leitores, tratados em sua
individualidade; daí a opção pela forma no singular.
(D) O texto se dirige a um destinatário específico, desconhecido pelo leitor, em
um tom epistolar.

04. Assinale a palavra que, no texto, desempenhe função sintática idêntica à


de marca (L. 21).
(A) amor (L. 21)
(B) vinho (L. 13)
(C) bobagem (L. 26)
(D) caro (L. 7)

05. O economista Dan Ariely vai mais longe e propõe que, no mundo das
relações sociais, o presente serve para aliviar culpas: ofereça ao presenteado
algo de que ele goste, mas acha bobagem comprar, como um jantar naquele
restaurante chique ou um perfume um pouco mais caro. (L. 24-28). No trecho
anterior, o sinal de dois pontos introduz
(A) uma explicação seguida de explicitação.
(B) uma explicitação seguida de exemplificação.
(C) uma exemplificação seguida de explicitação.
(D) uma explicação seguida de exemplificação.

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06. Assinale a alternativa em que a alteração da ordem das duas palavras


implique mudança semântica.
(A) diversas origens (L. 7) – origens diversas.
(B) bom vinho (L. 13) – vinho bom.
(C) restaurante chique (L. 27) – chique restaurante.
(D) caríssimo jantar (L. 10) – jantar caríssimo.

07. Segundo Ariely, é esse mecanismo que explica o sucesso de vales-


presentes e congêneres, que nada mais são que dinheiro com prazo de
validade e restrições de onde pode ser gasto. (L. 30-32) No trecho anterior, o
pronome destacado, em relação ao texto, exerce papel
(A) pleonástico.
(B) dêitico.
(C) catafórico.
(D) anafórico.

08. Experimente, porém, sacar a carteira... (L. 14/15) Assinale a alternativa


em que a alteração da estrutura anterior tenha sido feita observando correta
relação entre pessoas do discurso e formas verbais.
(A) Experimentes, porém, sacar tua carteira...
(B) Experimenta, porém, sacar tua carteira...
(C) Experimentais, porém, sacar vossa carteira...
(D) Experimenteis, porém, sacar vossa carteira...

09. Assinale a palavra em que o elemento con- (ou co-) NÃO tenha o mesmo
valor que o de congêneres (L. 31).
(A) concentrar
(B) condomínio
(C) contabilidade
(D) confraria

10. Assinale a palavra que, no texto, exerça papel adjetivo.


(A) dois (L. 22)
(B) mais (L. 27/28)
(C) bem (L. 13)
(D) regido (L. 20)

11. Enquanto o primeiro é regido por valores como amor e lealdade, o segundo
tem como marca indexadores monetários e contratos. (L. 20-22) Assinale a
alternativa que poderia substituir Enquanto no período anterior, sem
modificação de sentido.
(A) Como
(B) Já que
(C) Ao passo que
(D) Quando

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12. O que você está lhe dando, na verdade, é uma licença para ser
extravagante. (L. 34-35) Acerca do período anterior, analise as afirmativas a
seguir:
I. O período contém três orações.
II. O período é composto por coordenação e subordinação.
III. Há uma oração reduzida.
Assinale
(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(B) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(C) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
(D) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.

13. Em vales-presentes (L. 30/31), o plural se fez com a flexão dos dois
elementos. Assinale a palavra composta em que se devem pluralizar
igualmente os dois elementos.
(A) reco-reco
(B) tique-taque
(C) guarda-roupa
(D) primeiro-ministro

14. ... ofereça ao presenteado algo de que ele goste... (L. 25-26)
Assinale a alternativa em que a alteração do trecho anterior tenha se efetuado
consoante a norma culta. Despreze possíveis alterações de sentido.
(A) ...ofereça ao presenteado algo que ele aspire...
(B) ...ofereça ao presenteado algo de que ele lembre...
(C) ...ofereça ao presenteado algo a que ele almeje...
(D) ...ofereça ao presenteado algo a que ele vise...

15. Mas, se ousar oferecer-lhe dinheiro para o mesmo fim, torna-se um


simples cafajeste. (L. 11-12)
Assinale a alternativa em que a alteração da estrutura anterior tenha sido feita
em consonância com a norma culta.
(A) Mas, caso ofereça-lhe dinheiro para o mesmo fim, tornará-se um simples
cafajeste.
(B) Mas, caso lhe ofereça dinheiro para o mesmo fim, tornar-se-á um simples
cafajeste.
(C) Mas, se tiver oferecido-lhe dinheiro para o mesmo fim, se tornará um
simples cafajeste.
(D) Mas, se tiver lhe oferecido dinheiro para o mesmo fim, tornará-se um
simples cafajeste.

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01 - B 02 - C 03 - B 04 - C 05 - B
06 - A 07 - D 08 - B 09 - C 10 - A
11 - C 12 - C 13 - D 14 - D 15 - B

Parte 2

Prova: TSE-Técnico Judiciário-2012


Quantidade de questões de Língua Portuguesa: 15
Tempo médio por questão: 3 minutos

Tempo de Língua Portuguesa: 45 minutos

Presente perfeito
1 Aproveito a chegada do 13° salário e a proximidade do Natal para
discutir o presente perfeito. Num mundo perfeitamente racional, ninguém
nem pestanejaria antes de presentear seus familiares e amigos com
dinheiro vivo.
5 Em princípio, nada pode ser melhor. Elimina-se o risco de errar,
pois o presenteado escolhe o que quiser, e no tamanho certo. Melhor, ele
pode juntar recursos de diversas origens e comprar um item mais caro,
que ninguém sozinho poderia oferecer-lhe.
Só que o mundo não é um lugar racional. Se você regalar sua
10 mulher com um caríssimo jantar na expectativa de uma noite tórrida de
amor, estará sendo romântico. Mas, se ousar oferecer-lhe dinheiro para o
mesmo fim, torna-se um simples cafajeste.
Analogamente, você ficará bem se levar um bom vinho para o
almoço de Dia das Mães na casa da sogra. Experimente, porém, sacar a
15 carteira e estender-lhe R$ 200 ao fim da refeição e se tornará “persona
non grata” para sempre naquele lar.
Essas incongruências chamaram a atenção de economistas
comportamentais, que desenvolveram modelos para explicá-las.
Aparentemente, vivemos em dois mundos distintos, o das relações
20 sociais e o da economia de mercado. Enquanto o primeiro é regido por
valores como amor e lealdade, o segundo tem como marca indexadores
monetários e contratos. Sempre que misturamos os dois registros,
surgem mal-entendidos.
O economista Dan Ariely vai mais longe e propõe que, no mundo
25 das relações sociais, o presente serve para aliviar culpas: ofereça ao
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presenteado algo de que ele goste, mas acha bobagem comprar, como
um jantar naquele restaurante chique ou um perfume um pouco mais
caro. O que você está lhe dando, na verdade, é uma licença para ser
extravagante.
30 Segundo Ariely, é esse mecanismo que explica o sucesso de vales-
presentes e congêneres, que nada mais são que dinheiro com prazo de
validade e restrições de onde pode ser gasto.
(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo, 4/12/2011, com adaptações)

01. Com base na leitura do texto e os sentidos por ele produzidos, analise as
afirmativas a seguir:
I. O presente perfeito é dinheiro vivo.
II. O mundo das relações sociais não é perfeitamente racional.
III. O presente ideal é o que sirva para aliviar culpas.
Assinale
(A) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
(C) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(D) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
Comentário: A afirmativa (I) está errada e tem como fundamento de
interpretação os dados implícitos. Note a estrutura do texto. Na segunda parte
do primeiro parágrafo, é feita uma hipótese de que, se o mundo fosse
racional, a maneira ideal de se presentear seria com dinheiro vivo. O segundo
parágrafo sustenta essa hipótese. Note a presença de verbos no futuro do
pretérito do indicativo, como “pestanejaria”, “poderia” e de verbos no
presente com valor de possibilidade “pode ser”, “pode juntar”, confirmando a
hipótese.
Porém, a partir do terceiro parágrafo, vemos que esta hipótese não se
aplica, pois “o mundo não é um lugar racional”, o que nos faz subentender
que dinheiro vivo não é o presente perfeito. A partir deste parágrafo o autor
explica por quê.
A afirmativa (II) está correta e tem como fundamento os dados
explícitos, pois a primeira frase do terceiro parágrafo literalmente nos informa
que “o mundo não é um lugar racional”.
A alternativa (III) está correta e tem como fundamento a interpretação
literal, mas vamos primeiro a uma abordagem da estrutura do texto. Ele
começa com a hipótese de um mundo racional com a possibilidade de o
presente ideal ser o dinheiro vivo. A partir do terceiro parágrafo, mostra que o
mundo não é racional. Assim, subentende-se que o presente ideal não é
dinheiro vivo.
A partir deste parágrafo, o autor dá exemplos do presente ideal, com
fundamento na divisão entre dois mundos distintos: o das relações sociais e o
da economia de mercado, culminando com a proposta de Dan Ariely de que
“no mundo das relações sociais, o presente serve para aliviar culpas”. O autor
reforça esse argumento com o sucesso dos vales-presentes e congêneres.

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Portanto, é um dado literal que mostra que a afirmativa está correta.


Assim, a alternativa correta é a (B).
Gabarito: B

02. Em relação ao uso da primeira pessoa no texto, é correto afirmar que


(A) se justifica por narrar fatos ocorridos com o autor.
(B) representa uma tentativa de aproximação com o leitor.
(C) busca contextualizar a motivação pessoal pela escolha temática.
(D) institui caráter emotivo ao que se deve tratar com objetividade.
Comentário: Esta questão trabalha a chamada interpretação localizada; pois
a frase inicial do texto (“Aproveito a chegada do 13° salário e a proximidade
do Natal para discutir o presente perfeito.”) baseou-se numa percepção do
autor sobre a proximidade do 13° e do Natal (motivação pessoal), para
dissertar sobre o valor social e econômico do presente (escolha do tema).
Assim, a alternativa correta é a (C).
A alternativa (A) está errada, pois não se está narrando fatos ocorridos
com o autor.
A alternativa (B) está errada. De maneira geral, autores utilizam a
primeira pessoa do plural algumas vezes durante um texto para aproximar-
se do leitor; porém o contexto nos mostra que o autor não teve esta intenção,
mesmo havendo verbos na primeira pessoa do plural, como “vivemos” e
“misturamos”.
A alternativa (D) está errada, porque o autor não trata o assunto
emotivamente. Ele procura ser objetivo em suas abordagens argumentativas.
Gabarito: C

03. A respeito do uso de “você” em diferentes partes do texto, assinale a


alternativa correta.
(A) Em se tratando de um texto escrito para o jornal, a forma “você” não
poderia ser empregada por se tratar de linguagem coloquial.
(B) A forma “você” é usada como recurso estilístico para indeterminar o
agente das ações listadas no texto.
(C) O texto se dirige especificamente aos leitores, tratados em sua
individualidade; daí a opção pela forma no singular.
(D) O texto se dirige a um destinatário específico, desconhecido pelo leitor, em
um tom epistolar.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o pronome “você” não é
típico da linguagem coloquial. Ele apenas traduz uma aproximação natural
entre os indivíduos. Essa aproximação deve ser evitada em textos
protocolares, como discursos oficiais e cerimoniosos. Na linguagem jornalística
ele é amplamente usado.
A alternativa (B) é a correta, pois, em diversas partes do texto, pode-se
trocar o pronome “você” pelo pronome indefinido “alguém”. Isso prova a
generalização e indeterminação provocadas pelo uso do pronome “você”.

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A alternativa (C) está errada. Com base no comentário da alternativa


anterior, já percebemos o erro nesta alternativa.
A alternativa (D) está errada, pois texto epistolar são composições
poéticas em forma de carta. Notadamente não é esse o caso do texto lido.
Gabarito: B

04. Assinale a palavra que, no texto, desempenhe função sintática idêntica à


de marca (L. 21).

(A) amor (L. 21)


(B) vinho (L. 13)
(C) bobagem (L. 26)
(D) caro (L. 7)

Comentário: A oração “o segundo tem como marca indexadores monetários


e contratos” possui o verbo transitivo direto “tem”, o qual se flexiona no
singular, porque o seu sujeito é “o segundo”. Esse verbo possui o objeto
direto “indexadores monetários e contratos”. Assim, a sua estrutura básica é a
seguinte: o segundo tem indexadores monetários e contratos .
sujeito VTD objeto direto
Pelo contexto, note que esses indexadores têm uma característica
importante. Eles são a marca do segundo modelo (a economia de mercado).
Sintaticamente, devemos entender que, na oração “o segundo tem como
marca indexadores monetários e contratos”, a expressão “como marca” é o
predicativo do objeto direto, por ser sua característica. Assim, há um
predicado verbo-nominal. Veja uma reconstrução desta oração para ficar mais
fácil entender. Compare:
“o segundo tem como marca indexadores monetários e contratos”
sujeito + VTD + predicativo do OD + objeto direto

“o segundo tem indexadores monetários e contratos, os quais são a sua marca”


sujeito + VTD + objeto direto sujeito + VL + predicativo

Você poderia ter ficado na dúvida, porque esse predicativo não se


flexionou de acordo com o objeto direto. Mas veja que, por questões de
sentido (pelo contexto), o autor considera esses indexadores como a marca
da economia de mercado.
Além disso, sintaticamente, como o vocábulo “marca” não é um
adjetivo, mas um substantivo, e está antecipado da preposição acidental
“como”, é entendido como locução adjetiva, a qual, dependendo do contexto,
pode não se flexionar.
A alternativa (A) está errada, pois, semanticamente, a expressão “como
amor e lealdade” é apenas um exemplo de “valores”. Assim, essa expressão é
denotativa de exemplificação.
A alternativa (B) está errada, pois a palavra “vinho” é o núcleo do objeto
direto do verbo “levar”: se levar um bom vinho.
VTD + objeto direto
conjunção condicional

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A alternativa (C) é a correta. A oração “mas acha bobagem comprar”


possui um predicado verbo-nominal, em que o verbo “acha” é transitivo direto
e seu objeto direto é a oração “comprar”. Mas se entende que essa ação de
comprar é uma bobagem. Assim, o substantivo “bobagem” é a característica
da ação, por isso é um predicativo do objeto direto. Veja uma reconstrução
desta oração para ficar mais fácil entender. Compare:
mas acha bobagem comprar
mas acha que comprar é bobagem.
Veja que na segunda construção o verbo de ligação apareceu para
enfatizar que “bobagem” é mesmo o predicativo daquele objeto direto
oracional.
A alternativa (D) está errada, pois “caro” é um adjetivo na função de
adjunto adnominal, por isso se flexiona de acordo com o substantivo “item”.
Para perceber essa função, pluralize o substantivo “item” e o seu adjunto
adnominal também será pluralizado.Compare:
comprar um item mais caro comprar uns itens mais caros
Gabarito: C

05. O economista Dan Ariely vai mais longe e propõe que, no mundo das
relações sociais, o presente serve para aliviar culpas: ofereça ao presenteado
algo de que ele goste, mas acha bobagem comprar, como um jantar naquele
restaurante chique ou um perfume um pouco mais caro. (L. 24-28). No trecho
anterior, o sinal de dois pontos introduz
(A) uma explicação seguida de explicitação.
(B) uma explicitação seguida de exemplificação.
(C) uma exemplificação seguida de explicitação.
(D) uma explicação seguida de exemplificação.
Comentário: O parágrafo inicia-se com um pensamento de que o presente
serve para aliviar culpas (“O economista Dan Ariely vai mais longe e propõe
que, no mundo das relações sociais, o presente serve para aliviar culpas”).
Como o autor pode pressentir que isso poderá não levar entendimento
pleno ao leitor, ele procura ser mais enfático e explícito na sua
argumentação. Por isso, foram inseridos os dois-pontos e a situação
hipotética: “ofereça ao presenteado algo que ele goste, mas acha bobagem
comprar”.
Em seguida, utiliza a conjunção comparativa “como” para iniciar a
exemplificação “como um jantar naquele restaurante chique ou um perfume
um pouco mais caro”, a fim de que não haja dúvidas a respeito do assunto ali
tratado.
Em casos como este, a conjunção comparativa “como” passa a ser
admitida como preposição acidental que inicia expressões denotativas de
exemplificação, como vimos em nossas aulas de sintaxe da oração.
Gabarito: B

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06. Assinale a alternativa em que a alteração da ordem das duas palavras


implique mudança semântica.
(A) diversas origens (L. 7) – origens diversas.
(B) bom vinho (L. 13) – vinho bom.
(C) restaurante chique (L. 27) – chique restaurante.
(D) caríssimo jantar (L. 10) – jantar caríssimo.
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois o adjetivo “diversas”, antes
do substantivo “origens”, tem valor de generalização e quantidade (quaisquer
origens, muitas origens). Quando está posposto ao substantivo, tem sentido
de diferente, distinto. Assim, “diversas origens” significa “quaisquer origens” e
“origens diversas” significa “origens diferentes, distintas”.
Se você não entendeu, note que em “diversas origens” o que importa é
a generalização, a quantidade. Pode haver casos de mesma origem que vão se
somar às outras. Já na estrutura “origens diversas”, todas as origens devem
ser diferentes umas das outras. Por isso, obrigatoriamente há mudança de
sentido.
Note que as demais estruturas de substantivo e adjetivo não mudam o
sentido com o deslocamento de posição.
Gabarito: A

07. Segundo Ariely, é esse mecanismo que explica o sucesso de vales-


presentes e congêneres, que nada mais são que dinheiro com prazo de
validade e restrições de onde pode ser gasto. (L. 30-32) No trecho anterior, o
pronome destacado, em relação ao texto, exerce papel
(A) pleonástico.
(B) dêitico.
(C) catafórico.
(D) anafórico.
Comentário: O pronome “esse” é demonstrativo e, juntamente com o
substantivo “mecanismo”, retoma o parágrafo anterior, que tem como
resultado a seguinte expressão “uma licença para ser extravagante”.
Por haver uma retomada de termos anteriormente expressos, há um
recurso anafórico.
Gabarito: D

08. Experimente, porém, sacar a carteira... (L. 14/15) Assinale a alternativa


em que a alteração da estrutura anterior tenha sido feita observando correta
relação entre pessoas do discurso e formas verbais.
(A) Experimentes, porém, sacar tua carteira...
(B) Experimenta, porém, sacar tua carteira...
(C) Experimentais, porém, sacar vossa carteira...
(D) Experimenteis, porém, sacar vossa carteira...
Comentário: Basicamente devemos trabalhar a flexão do imperativo
afirmativo, pois o verbo “Experimente” está flexionado neste modo verbal.
Sabendo-se que o imperativo é gerado do presente do indicativo

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(somente a segunda pessoa do singular “tu” e a do plural “vós”, retirando-se o


“s”) e do presente do subjuntivo (as demais pessoas), note que o presente do
indicativo preserva a vogal temática “a”, que indica a primeira conjugação
(experimentar). Assim, no imperativo afirmativo, as segundas pessoas devem
manter esta vogal temática, a qual está em negrito no esquema a seguir.
Já as demais pessoas do discurso mudam esta vogal para a desinência
modo-temporal “e”, a qual está sublinhada no esquema a seguir. Veja a
formação do imperativo deste verbo!!!!!
presente do indicativo imperativo afirmativo presente do subjuntivo
eu experimento talvez eu experimente
tu experimentas experimenta tu talvez tu experimentes
ele experimenta experimente você talvez ele experimente
nós experimentamos experimentemos talvez nós experimentemos
vós experimentais experimentai vós talvez vós experimenteis
eles experimentam experimentem talvez eles experimentem
Corrigindo as frases das alternativas:
(A) Experimenta, porém, sacar tua carteira...
(B) Experimenta, porém, sacar tua carteira... (é a correta)
(C) Experimentai, porém, sacar vossa carteira...
(D) Experimentai, porém, sacar vossa carteira...
Gabarito: B

09. Assinale a palavra em que o elemento con- (ou co-) NÃO tenha o mesmo
valor que o de congêneres (L. 31).
(A) concentrar
(B) condomínio
(C) contabilidade
(D) confraria
Comentário: Esta questão foi bem superficial quanto à formação e sentido
das partes das palavras. Veja que o pedido da questão não enfatizou sentido
do prefixo, simplesmente, o valor de “co” em “congêneres”. Ele é um prefixo.
As alternativas (A), (B) e (D) possuem prefixo “co(n)”.
A palavra “concentrar” é uma derivação parassintética, pois há o prefixo
“con-", o radical “centr-” e o sufixo verbal “-ar” (designação de infinitivo de
primeira conjugação).
A palavra “condomínio” é uma derivação prefixal, pois há o prefixo
“con-” e o radical “domínio”.
A palavra “confraria” é uma derivação prefixal, pois há o prefixo “con-" e
o radical “fraria” (uso raro no Português atual).
Já a palavra “contabilidade” não possui prefixo “con-". Esta palavra é
derivada sufixal, pois ocorre o radical “cont-” e a vogal temática “a”, seguidos
do sufixo erudito “bil”, consoante de ligação “i” e o sufixo “dade”.
Bom, aprofundamos um pouquinho para evitar dúvidas, mas na prova
que bastava perceber que em “contabilidade” não há prefixo.
Gabarito: C
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10. Assinale a palavra que, no texto, exerça papel adjetivo.


(A) dois (L. 22)
(B) mais (L. 27/28)
(C) bem (L. 13)
(D) regido (L. 20)
Comentário: A palavra que exerce o papel adjetivo deve se flexionar de
acordo com o substantivo e determiná-lo.
A alternativa (A) é a correta, pois o numeral cardinal “dois” se flexiona
de acordo com o substantivo “registros”. Prova disso é trocarmos “registros”
(masculino) por “ocorrências” (feminino). Certamente esse numeral irá se
flexionar em gênero. Confira:
os dois registros as duas ocorrências
A alternativa (B) está errada, pois o vocábulo “mais” é um advérbio de
intensidade. Ele está intensificando o adjetivo “caro” (muito caro, bastante
caro, mais caro).
A alternativa (C) está errada, pois a palavra “bem” é um advérbio de
modo. Note que ela não pode se flexionar, como o faz o adjetivo. Veja
exemplo:
Você ficará bem Você ficará feliz
Vocês ficarão bem Vocês ficarão felizes
advérbio não se flexiona adjetivo flexiona-se

A alternativa (D) está errada, pois “regido” é um verbo no particípio.


Esse verbo é o principal, dentro de uma locução verbal da voz passiva
analítica. Veja:
O primeiro é regido por valores.
sujeito paciente + loc verbal + agente da passiva
Gabarito: A

11. Enquanto o primeiro é regido por valores como amor e lealdade, o segundo
tem como marca indexadores monetários e contratos. (L. 20-22) Assinale a
alternativa que poderia substituir Enquanto no período anterior, sem
modificação de sentido.
(A) Como
(B) Já que
(C) Ao passo que
(D) Quando
Comentário: A conjunção “Enquanto”, além de transmitir o valor de tempo,
transmite simultaneidade. Assim, cabe apenas a locução conjuntiva “Ao passo
que”.
A conjunção “Como” e a locução conjuntiva “Já que” transmitem o valor
adverbial de causa.
A conjunção “Quando” transmite valor adverbial de tempo geral, e não
tempo concomitante, simultâneo, como pedia o texto.

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Gabarito: C

12. O que você está lhe dando, na verdade, é uma licença para ser
extravagante. (L. 34-35) Acerca do período anterior, analise as afirmativas a
seguir:
I. O período contém três orações.
II. O período é composto por coordenação e subordinação.
III. Há uma oração reduzida.
Assinale
(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(B) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(C) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
(D) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
Comentário: Acompanhe a numeração e a especificação abaixo:
O¹ que você está lhe dando², na verdade, é uma licença¹ para ser
extravagante³.
O pronome demonstrativo “O” pode ser entendido como “aquilo”:
Aquilo¹ que você está lhe dando², na verdade, é uma licença¹ para ser
extravagante³.
1: oração principal (Aquilo, na verdade, é uma licença)
2: oração subordinada adjetiva restritiva (que você está lhe dando)
3: oração subordinada adverbial de finalidade reduzida de infinitivo (para ser
extravagante)
A frase I está correta, pois há três orações.
A frase II está errada, porque não há orações coordenadas, apenas
principal e subordinadas.
A frase III está correta, pois a oração “para ser extravagante” é uma
oração reduzida de infinitivo.
Assim, a alternativa correta é a (C).
Gabarito: C

13. Em vales-presentes (L. 30/31), o plural se fez com a flexão dos dois
elementos. Assinale a palavra composta em que se devem pluralizar
igualmente os dois elementos.
(A) reco-reco
(B) tique-taque
(C) guarda-roupa
(D) primeiro-ministro
Comentário: A palavra “vales-presentes” teve as duas palavras pluralizadas,
porque são dois substantivos pluralizáveis.
Na alternativa (A), quando o substantivo for formado por palavras
repetidas ou for uma onomatopeia (o nome imita o som do instrumento),
somente o último irá para o plural: “reco-recos”.
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Na alternativa (B), quando o substantivo for formado por palavras


repetidas ou for uma onomatopeia (o nome imita o som do objeto), somente o
último irá para o plural: tique-taques.
Na alternativa (C), quando o substantivo for formado por verbo e
substantivo, somente o último irá para o plural: guarda-roupas.
A alternativa (D) é a correta, pois o substantivo composto “primeiro-
ministro” é formado por numeral adjetivo “primeiro” e o substantivo
“ministro”. Como as duas palavras são pluralizáveis, as duas flexionam-se no
plural: primeiros-ministros.
Gabarito: D

14. ... ofereça ao presenteado algo de que ele goste... (L. 25-26)
Assinale a alternativa em que a alteração do trecho anterior tenha se efetuado
consoante a norma culta. Despreze possíveis alterações de sentido.
(A) ...ofereça ao presenteado algo que ele aspire...
(B) ...ofereça ao presenteado algo de que ele lembre...
(C) ...ofereça ao presenteado algo a que ele almeje...
(D) ...ofereça ao presenteado algo a que ele vise...
Comentário: Note que esta questão está cobrando o assunto regência com
pronomes relativos.
Na oração subordinada adjetiva restritiva “de que ele goste”, o verbo
“goste” é transitivo indireto, o pronome “ele” é o sujeito e o termo “de que” é
o objeto indireto (ele goste de algo).
Desprezando alterações de sentido, devemos agora achar a alternativa
que mantenha a correta regência verbal.
Nas alternativas, perceba que o sujeito continua o mesmo, mas os
verbos mudam. Assim, as funções sintáticas dos pronomes relativos também.
A alternativa (A) está errada, pois o verbo “aspire”, no sentido de
almejar, ter por objetivo, é transitivo indireto e exige a preposição “a”. Assim,
o correto seria:
...ofereça ao presenteado algo a que ele aspire...
A alternativa (B) está errada, pois o verbo “lembre”, sem pronome
pessoal oblíquo átono, é transitivo direto. Com o pronome pessoal oblíquo
átono, é transitivo indireto e exige a preposição “de”. Veja as duas
possibilidades:
...ofereça ao presenteado algo que ele lembre...
...ofereça ao presenteado algo de que ele se lembre...
A alternativa (C) está errada, pois o verbo “almeje” é transitivo direto.
Assim, a preposição “a” deve ser eliminada:
...ofereça ao presenteado algo que ele almeje...
A alternativa (D) é a correta, pois o verbo “vise”, no sentido de almejar,
ter por objetivo, é transitivo indireto e exige a preposição “a”:
...ofereça ao presenteado algo a que ele vise...

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Gabarito: D

15. Mas, se ousar oferecer-lhe dinheiro para o mesmo fim, torna-se um


simples cafajeste. (L. 11-12)
Assinale a alternativa em que a alteração da estrutura anterior tenha sido feita
em consonância com a norma culta.
(A) Mas, caso ofereça-lhe dinheiro para o mesmo fim, tornará-se um simples
cafajeste.
(B) Mas, caso lhe ofereça dinheiro para o mesmo fim, tornar-se-á um simples
cafajeste.
(C) Mas, se tiver oferecido-lhe dinheiro para o mesmo fim, se tornará um
simples cafajeste.
(D) Mas, se tiver lhe oferecido dinheiro para o mesmo fim, tornará-se um
simples cafajeste.
Comentário: A conjunção “Mas” inicia uma estrutura original que tem valor
adversativo em relação ao período imediatamente anterior no texto.
Especificamente neste período, a oração “Mas...torna-se um simples
cafajeste” é a oração principal e a estrutura “se ousar oferecer-lhe dinheiro
para o mesmo fim” tem valor adverbial condicional.
Em todas as alternativas foram preservadas a conjunção “Mas” e o valor
adverbial condicional com as conjunções “se” (com verbo no futuro do
subjuntivo: “ousar”, “tiver oferecido”) e “caso” (com verbo no presente do
subjuntivo: “ofereça”).
O problema, então, é percebido na colocação pronominal.
A alternativa (A) está errada, pois a conjunção “caso” é palavra atrativa
e por isso o pronome “lhe” deve se posicionar antes do verbo “ofereça”.
Além disso, o futuro do presente não admite ênclise (pronome oblíquo
átono após o verbo). Assim, deve ser substituída a expressão “tornará-se” por
“tornar-se-á”.
A alternativa (B) está correta, justamente por realizar as correções
indicadas no comentário da alternativa anterior.
A alternativa (C) está errada, pois o particípio “oferecido” não admite
ênclise. Como há um tempo composto (dois verbos), as colocações
pronominais podem ser as seguintes:
se lhe tiver oferecido; se tiver lhe oferecido.
Apesar de observarmos muitas vezes, em linguagens jornalísticas ou de
propagandas, estruturas com pronome pessoal oblíquo átono após uma
vírgula (o mesmo fim, se tornará um simples cafajeste), isso não é
preconizado pela norma culta. Por isso, deve-se evitar. A melhor saída é a
mesóclise, tendo em vista o tempo verbal:
o mesmo fim, tornar-se-á um simples cafajeste.
A alternativa (D) está errada, pois deve haver mesóclise com verbo no
futuro do presente do indicativo: tornar-se-á.
Gabarito: B

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06 - A 07 - D 08 - B 09 - C 10 - A
11 - C 12 - C 13 - D 14 - D 15 - B

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