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Presidéncia da Republica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juridicos LEI N° 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012. Dispée sobre a protecao da vegetacao nativa; altera as Leis n°s 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, © 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis n°s 4.771, de 15 de setembro de Mensagem de veto (Vide ADIN 4937) 4965, © 7.754, de 14 de abril de 1989, © a Medida (Vide ADIN 4907) Provisoria n° 2:166-67, de 24 de agosto de 2001; e da outras providéncias APRESIDENTA DA REPUBLICA Faco saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei CAPITULO | DISPOSICOES GERAIS Art. 1° (VETADO). Art. 1°.A. Esta Lel estabelece normas gerais sobre a protegao da vegetacao, areas de Preservacdo Permanente e as areas de Reserva Legal: a exploragao florestal, o suprimento de matéria-prima florestal, o controle da origem dos produtos florestais e 0 controle e prevengao dos incéndios florestais, e prevé instrumentos econémicos e financeiros para o alcance de seus objetivos. (Incluido pela Lei n° 12.727, de 2012). Paragrafo tinico. Tendo como objetivo o desenvolvimento sustentavel, esta Lei atenderé aos seguintes prinefpios: (Incluido pela Lei n® 12.727, de 2012), | - afirmagao do compromisso soberano do Brasil com a preservagao das suas florestas e demais formas de vegetagao nativa, bem como da biodiversidade, do solo, dos recursos hidricos e da integridade do sistema climético, para o bem estar das geragdes presentes e futuras; (|ncluido pela Lei n? 12,727, de 2012), Il - reafirmagao da importancia da fungo estratégica da atividade agropecuaria e do papel das florestas & domais formas de vegetacao nativa na sustentabilidade, no crescimento econémico, na melhoria da qualidade de Vida da populacao brasileira e na presenga do Pals nos mercados nacional e internacional de alimentos e bioenergia; (Incluido pela Lei n® 12,727, de 2012), IIL - aga governamental de protegdo e uso sustentavel de florestas, consagrando o compromisso do Pais com a compatibilizagao e harmonizagao entre 0 uso produtivo da terra e a preservacao da agua, do solo e da vegetacao; (Incluido pela Lei n® 12.727, de 2012), IV - responsabilidade comum da Unido, Estados, Distrito Federal e Municipios, em colaboragao com a soslededle ch, ne ragga de polflane para a bregorvagin e resinuregBo da vegaiagso atva a do sume fngee ecolégicas e sociais nas areas urbanas e rurais; (Incluido pola Lei n® 12.727, de 2012) \V - fomento @ pesquisa cientifica e tecnolégica na busca da inovagdo para o uso sustentavel do solo e da gua, a recuperagao e a preservacao das florestas ¢ demais formas de vegetacao nativa; (Incluido pela Lei n® 42.727, de 2012). VI = criagéo © mobilizagdo de incentivos econémicos para fomentar a preservagao © a recuperagéo da vegetacao nativa e para promover o desenvolvimento de atividades produtivas sustentaveis. (Incluido pela Lei n® 42.727, de 2012), Art. 2° As florestas existentes no territério nacional e as demais formas de vegetagao nativa, reconhecidas de utllidade as terras que revestem, s4o bens de interesse comum a todos os habitantes do Pais, exercendo-se os direitos de propriedade com as limitagées que a legislagao em geral e especialmente esta Lei estabelecem. § 1° Na utilizagao © exploracao da vegetacao, as agdes ou omissées contrarias as disposicées desta Lei sao consideradas uso irregular da propriedade, aplicando-se o procedimento sumario previsto no inciso Il do art. 275 da Lei n? 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Cédigo de Processo Civil, sem prejuizo da responsabilidade civil, nos termos do § 1° do art. 14 da Lein® 6.938, de 31 de agosto de 1981.e das sangdes administrativas, civis e penais. § 2° As obrigagdes previstas nesta Lei tém natureza real e so transmitidas ao sucessor, de qualquer natureza, no caso de transferéncia de dominio ou posse do imével rural Art. 3° Para 08 efeitos desta Lei, entende-se por: | - Amazonia Legal: 0s Estados do Acre, Paré, Amazonas, Roraima, Rondénia, Amapa e Mato Grosso © as egies situadas ao norte do paralelo 13° S, dos Estados de Tocantins e Golds, e ao oeste do meridiano de 44° W, do Estado do Maranhao; Il = Area de Preservagao Permanente = APP: area protegida, coberta ou no por vegetagéo nativa, com a fungdo ambiental de preservar os recursos hidricos, a paisagem, a estabilidade geolégica e a biodiversidade, facilitar 0 luxo génico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populagdes humanas; Ill - Reserva Legal: area localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, delimitada nos termos do art 12, com a fungao de assegurar 0 uso econémico de modo sustentavel dos recursos naturais do imével rural, auxiliar a conservagao e a reabilitagao dos processos ecolégicos e promover a conservacao da biodiversidade, bem como 0 abrigo e a protegdo de fauna silvestre e da flora nativa; IV - rea rural consolidada: 4rea de imével rural com ocupacdo antrépica preexistente a 22 de julho de 2008, com edificagées, benfeitorias ou atividades agrossilvipastoris, admitida, neste ciltimo caso, a adogao do regime de pousio; \V - pequena propriedade ou posse rural familiar: aquela explorada mediante 0 trabalho pessoal do agricultor familiar e empreendedor familiar rural, incluindo os assentamentos e projetos de reforma agraria, e que atenda ao disposto no art, 3° da Lei n® 11,326, de 24 de julho de 2006: VI- uso alternativo do solo: substituigdo de vegetagdo nativa e formacées sucessoras por outras coberturas do solo, como atividades agropecuarias, industriais, de geragao e transmissao de energia, de mineragao e de transporte, assentamentos urbanos ou outras formas de ocupagao humana; VII - manejo sustentavel: administragdo da vegetacdo natural para a obtencdo de beneficios econdmicos, sociais e ambientais, respeitando-se os mecanismos de sustentagdo do ecossistema objeto do manejo & considerando-se, cumulativa ou alternativamente, a utiizagao de miltiplas espécies madeireiras ou nao, de miltiplos, produtos e subprodutos da flora, bem como a utilizacao de outros bens e servicos; VIII - utlidade publica: (Vide ADIN N° 4,903) a) as atividades de seguranga nacional e protegao sanitaria; b) as obras de infraestrutura destinadas as concessdes @ aos servicos puiblicos de transporte, sistema vidrio, inclusive aquele necessério aos parcelamentos de solo urbano aprovados pelos Municipios, saneamento, geetie-de tesideee—-energia, telecomunicacées, radiodifusdo, eet _estedusis_nectonsis-ottinternacionsis--bem como mineragao, exceto, neste Ultimo caso, a extragao de areia, argila, saibroe cascalho; (Vide ADC N°42) (Vide ADIN N° 4.903) _ ©) atividades e obras de defesa civil; d) atividades que comprovadamente proporcionem methorias na protegao das fungdes ambientais referidas no inciso Il deste artigo; ) outras atividades similares devidamente caracterizadas e motivadas em procedimento administrative préprio, quando inexistir alternativa técnica e locacional ao empreendimento proposto, definidas em ato do Chefe do Poder Executivo federal; IX - interesse social: (Vide ADIN N° 4,903) a) as atividades imprescindiveis a protecdo da integridade da vegetagao nativa, tais como prevengdo, combate e controle do fogo, controle da erosdo, erradicagao de invasoras e prote¢ao de plantios com espécies nativas, b) a exploragao agrofiorestal sustentavel praticada na pequena propriedade ou posse rural familiar ou por povos e comunidades tradicionais, desde que nao descaracterize a cobertura vegetal existente e ndo prejudique a fungao ambiental da area; ©) a implantagao de infraestrutura publica destinada a esportes, lazer e atividades educacionais e culturais ao ar livre em areas urbanas e rurals consolidadas, observadas as condicdes estabelecidas nesta Lei, d) a regularizagao fundiaria de assentamentos humanos ocupados predominantemente por populagao de baixa renda em areas urbanas consolidadas, observadas as condicées estabelecidas na Lei n° 11.977, de 7 de julho de 2009; ©) implantagao de instalagdes necessérias @ captagdo © condugdo de agua e de efluentes tratados para projetos cujos recursos hidricos sao partes integrantes e essenciais da atividade; f) as atividades de pesquisa e extragao de areia, argila, saibro e cascalho, outorgadas pela autoridade competente; 9) outras atividades similares devidamente caracterizadas e motivadas em procedimento administrative préprio, quando inexistir alternativa técnica e locacional a atividade proposta, definidas em ato do Chefe do Poder Executivo federal; X-- atividades eventuais ou de baixo impacto ambiental: a) abertura de pequenas vias de acesso intemno e suas pontes ¢ pontilhées, quando necessérias a travessia de um curso d'gua, ao acesso de pessoas e animais para a oblengao de Agua ou retirada de produtos oriundos das atividades de manejo agroflorestal sustentavel, b) Implantagao de instalagdes necessarias A captagao e condugdo de Agua e efluentes tratados, desde que comprovada a outorga do direito de uso da agua, quando couber; ) implantagao de trilhas para o desenvolvimento do ecoturismo; d) construgo de rampa de langamento de barcos e pequeno ancoradouro; @) construgao de moradia de agricultores familiares, remanescentes de comunidades quilombolas e outras populagdes extrativistas ¢ tradicionais em areas rurais, onde 0 abastecimento de agua se dé pelo esforgo préprio dos moradores; f) construgao e manutengao de cercas na propriedade; 4g) pesquisa cientifica relativa a recursos ambientais, respeitados outros requisitos previstos na legislagao aplicave h) coleta de produtos néo madeireiros para fins de subsisténcia e produgao de mudas, como sementes, castanhas e frutos, respeitada a legislacao especifica de acesso a recursos genéticos; i) plantio de espécies nativas produtoras de frutos, sementes, castanhas e outros produtos vegetals, desde que 1ndo implique supressao da vegetagao existente nem prejudique a funcao ambiental da area; i) exploragao agroflorestal e manejo florestal sustentavel, comunitério e familiar, incluindo a extragéo de produtos florestais nao madeireiros, desde que ndo descaracterizem a cobertura vegetal nativa existente nem prejudiquem a funcao ambiental da area; +A) atividades com 0 objetivo de recompor a vegetagéo nativa no entorno de nascentes ou outras areas degradadas, conforme norma expedida pelo érgao competente do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama); (Incluido pela Lei n® 14.653, de 2023) k) outras agdes ou atividades similares, reconhecidas como eventuais e de baixo impacto ambiental em ato do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA ou dos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente; XI-(VETADO); xtt-verede: fo-de saver rar-dossel-em meio a-agrapamentos de-espécies ar rherbaceas; {Redacso- dade pela Medica XII - vereda: fitofisionomia de savana, encontrada em solos hidromérficos, usualmente com a palmeira arborea Mauritia flexuosa - burti emergente, sem formar dossel, em meio a agrupamentos de espécies arbustivo-herbaceas; (Redacao pela Lai n® 12,727. de 2012 XIII - manguezal: ecossistema litoraneo que ocorre em terrenos baixos, sujeitos @ a¢do das marés, formado por vasas lodosas recentes ou arenosas, as quais se associa, predominantemente, a vegetagao natural conhecida como mangue, com influéncia fluviomarinha, tipica de solos limosos de regides estuarinas e com dispersdo descontinua ao longo da costa brasileira, entre os Estados do Amapa e de Santa Catarina; XIV = salgado ou marismas tropicais hipersalinos; reas situadas em regiées com frequéncias de inundacées intermediarias entre marés de sizigias e de quadratura, com solos cuja salinidade varia entre 100 (cem) © 150 (cento e cinquenta) partes por 1.000 (mil), onde pode ocorrer a presenga de vegetacao herbacea especifica; XV - apicum: areas de solos hipersalinos situadas nas regides entremarés superiores, inundadas apenas pelas marés de sizigias, que apresentam salinidade superior a 150 (cento e cinquenta) partes por 1.000 (mil), desprovidas de vegetacao vascular; XVI - restinga: depésito arenoso paralolo a linha da costa, de forma geralmente alongada, produzido por processos de sedimentacao, onde se encontram diferentes comunidades que recebem influéncia marinha, com cobertura vegetal em mosaico, encontrada em praias, cordées arenosos, dunas e depresses, apresentando, de acordo com o estagio sucessional, estrato herbaceo, arbustivo e arbéreo, este ultimo mais interiorizado; XVII - nascente: afloramento natural do lengol fredtico que apresenta perenidade e da inicio a um curso d’agua; (Vide ADIN N° 4.903 XVIII - olho d’4gua: afloramento natural do lengol fredtico, mesmo que intermitente; XIX - leito regular: a calha por onde correm regularmente as aguas do curso d'égua durante o ano; (Vide ADC Ne 42)_ (Vide ADIN N°4,903) XX - area verde urbana: espagos, pilblicos ou privados, com predominio de vegetagao, preferencialmente nativa, natural ou recuperada, previstos no Plano Diretor, nas Leis de Zoneamento Urbano e Uso do Solo do Municipio, indisponiveis para construgao de moradias, destinados aos propésitos de recreagao, lazer, melhoria da qualidade ambiental urbana, protegao dos recursos hidricas, manutencao ou melhoria paisagistica, protecao de bens © manifestagoes culturais; XXI - varzea de inundagao ou planicie de inundagao: areas marginais a cursos d’gua sujeitas a enchentes inundagoes periédicas; XXII - faixa de passagem de inundagdo: area de varzea ou planicie de inundagao adjacente a cursos d’agua que permite o escoamento da enchente; XXIll - relevo ondulado: expressao geomorfolégica usada para designar area caracterizada por movimentagdes do terreno que geram depressées, cuja intensidade permite sua classificagdo como relevo suave ondulado, ondulado, fortemente ondulado e montanhoso. 3 —pousionp en SHide2otah XXIV - pousio: pratica de interrupgao temporaria de atividades ou usos agricolas, pecudrios ou silviculturais, por no maximo 5 (cinco) anos, para possibilar a recuperagao da capacidade de uso ou da estrutura fisica do solo; (lnoluido pela Lei n° 12,727, de 2012), i eres prodlve-de-propreded ° cferide artigo, tesselvadas-es-dreae em povsior aed y XXV - éreas umidas: pantanais © superficies terrestres cobertas de forma periédica por aguas, cobertas originalmente por florestas ou outras formas de vegetagao adaptadas & inundagdo; (Incluido pela Lei n® 12.727. de 2012), ot 0: pele Media XXVI — érea urbana consolidada: aquela que atende os seguintes critérios: (Redacao dada pela Lei n® 14.285, de 2021 a) estar incluida no perimetro urbano ou em zona urbana pelo plano diretor ou por lei municipal especifica; (Incluida pela Lei n® 14.285, de 2021) ») dispor de sistema vidrio implantado; _(Incluida pela Lein® 14.285, de 2021) ) estar organizada em quadras e lotes predominantemente edificados; (Incluida pela Lei n® 14.285, de 2021 4) apresentar uso predominantemente urbano, caracterizado pela existéncia de edificagdes residenciais, comerciais, industriais, institucionais, mistas ou direcionadas a prestagao de servigos; _(Incluida pela Lei n® 14.285, de 2021) €) dispor de, no minimo, 2 (dois) dos seguintes equipamentos de infraestrutura urbana implantados: (Incluida pola Lei n® 14,285, de 2021) 1. drenagem de aguas pluviais; (Incluida pela Lein® 14.285, de 2021) 2. esgotamento sanitario; (Incluida pela Lei n° 14,285, de 2021) 3, abastecimento de gua potavel; (lncluida pela Lein® 14,285, de 2024) 4. distribuigdo de energia elétrica e luminago publica; e (Inclulda pela Le! n° 14.285, de 2021) 5. limpeza urbana, coleta e manejo de residuos solidos; (Incluida pela Lei n* 14,285, de 2024) 2064 trea urbane jade-aquete-de-que-trate eputde-art-47 deter XXII - crédito de carbono: titulo de direito sobre bem intangivel ¢ incorpéreo transacionavel (Incluido pola Lei n° 12.727, de 2012), Paragrafo unico. Para os fins desta Lei, estende-se o tratamento dispensado aos iméveis a que se refere o inciso V deste artigo as propriedades e posses rurals com até 4 (quatro) médulos fiscals que desenvolvam atividades agrossilvipastoris, bem como as terras indigenas demarcades- e as demais areas titindas—de povos @ comunidades tradicionais que fagam uso coletive do seu territério. (Vide ADC N° 42) (Vide ADIN N? 4.903) CAPITULO II DAS AREAS DE PRESERVAGAO PERMANENTE, Secdol Da Delimitacao das Areas de Preservacao Permanente Art. 4° Considera-se Area de Preservagao Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos desta Le ginaie-de-quaiqute Haat [-desde-a-borde-de-cathe-deteite reguiaremtargura: mminime-de: | - as faixas marginais de qualquer curso d’agua natural perene e intermitente, excluidos os efémeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura minima de: (Redacao dada pela Lein® 12.727, de 2012), a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’agua de menos de 10 (dez) metros de largura; b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d'agua que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura; ) 100 (cem) metros, para os cursos d’Agua que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura; 4) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’agua que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura: ) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’dgua que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros; II -a8 dreas no entomo dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura minima de: a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para 0 corpo d'gua com até 20 (vinte) hectares de superficie, cuja faixa marginal seré de 50 (cinquenta) metros; b) 20 (trinta) metros, em zonas urbanas; lil - as reas no entorno dos reservatérios d’égua artificials, decorrentes de barramento ou represamento de cursos d'agua naturais, na faixa definida na licenca ambiental do empreendimento; (Redacao dada pela Lei n® 12.727, de 2012). (Vide ADC N?42) (Vide ADIN N° 4.903) ; ft gue qualquer aie se} Bo-topogre taic-minime-de-5¢-feinquente} metros; topegrities net imerdh . otros: 4 - : Peg + euent Redacas te7eF de 2048 IV - as areas no entorno das nascentes e dos olhos d'égua perenes, qualquer que seja sua situagao topografica, no raio minimo de 50 (cinquenta) metros; (Redacdo dada pela Lei n? 12.727, de 2012). (Vide ADIN N° 4,203) \V «as encostas ou partes destas com deciividade superior a 45° , equivalente a 100% (cem por cento) na linha de maior deciive; VI-as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues; VIl- 0s manguezais, em toda a sua extensdo; Vill - as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projegses horizontais; IX - no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura minima de 100 (cem) metros @ inclinagao média maior que 25° , as areas delimitadas a partir da curva de nivel correspondente a 2/3 (dois tergos) da altura minima da elevacao sempre em relagao a base, sendo esta definida pelo plano horizontal determinado por planicie ou espelho d’agua adjacente ou, nos relevos ondulados, pela cota do ponto de sela mais proximo da elevagao; X.-as dreas em altitude superior a 1.800 (mil e citocentos) metros, qualquer que seja a vegetagao; Xdeas-verecas: e Proj XI - em veredas, a faixa marginal, em projegao horizontal, com largura minima de 50 (cinquenta) metros, a Partir do espago permanentemente brejoso e encharcado. (Redacao dada pela Lei n® 1 27, de 2012), * ci « de-barramento-ctrrepresamento-decurses- dager § 1° Nao serd exigida Area de Preservagao Permanente no entorno de reservatérios artificiais de Agua que ndo decorram de barramento ou represamento de cursos d'agua naturais. (Redacao dada pela Lei n? 12.727, de 2012) (Vide ADC N°42)_ (Vide ADIN N° 4.903 edree de preservagio permane-letera-no-minine, +5 quinge} metros: § 2° (Revogado). (Redacdo dada pela Lein® 12.727, de 2012), '§ 3° (VETADO). § 4° Nas acumulagdes naturais ou artficiais de agua com superficie inferior a 1 (um) hectare, fica dispensada a reserva da faixa de protegao prevista nos incisos IIe Ill do caput , vedada nova supressao de areas de vegelacao nativa, salvo autorizagao do érg4o ambiental competente do Sistema Nacional do Meio Ambiente - Sisnama. (Redacdo dada pela Lei n® 12.727, de 2012). (Vide ADC N°42)_ (Vide ADIN N° 4,903) § 5° E admitido, para a pequena propriedade ou posse rural familiar, de que trata 0 inciso V do art. 3° desta Lei, © plantio de culturas temporarias e sazonais de vazante de ciclo curto na faixa de terra que fica exposta no periodo de vazante dos rios ou lagos, desde que nao implique supressao de novas areas de vegetacao nativa, seja conservada a qualidade da agua e do solo e seja protegida a fauna silvestre. {Vide ADC N° 42) ‘(vide ADIN N° 4.903) § 6° Nos iméveis rurais com até 15 (quinze) médulos fiscais, ¢ admitida, nas areas de que tratam os incisos | e II do caput deste artigo, a pratica da aquicultura e a infraestrutura fisica diretamente a ela associada, desde que {Vide ADC N° 42) (Vide ADIN N° 4.903) | - sejam adotadas praticas sustentéveis de manejo de solo e agua e de recursos hidricos, garantindo sua qualidade quantidade, de acordo com norma dos Conselhos Estaduals de Meio Ambiente; II esteja de acordo com os respectivos planos de bacia ou planos de gestdo de recursos hidricos; IIl- seja realizado o licenciamento pelo 6rgo ambiental competente; IV - 0 imével esteja inscrito no Cadastro Ambiental Rural - CAR. \-=ndo implique novas supressées de vegetago nativa, (Incluido pela Lei n® 12.727, de 2012), § 7° (VETADO). § 8° (VETADO). § 10. Em areas urbanas consolidadas, ouvidos os conselhos estaduais, municipais ou distrital de meio ambiente, lei municipal ou distrital podera definir faixas marginais distintas daquelas estabelecidas no inciso | do caput deste artigo, com regras que estabelecam: (Incluido pela Lein® 14.285, de 2021) | a ndo ocupagao de areas com risco de desastres; (|ncluido pala Lei n® 14,285, de 2021) ll—a observancia das diretrizes do plano de recursos hidricos, do plano de bacia, do plano de drenagem ou do plano de saneamento basico, se houver; e (Incluido pela Lei n® 14.285, de 2021) lll ~ a previsdo de que as atividades ou os empreendimentos a serem instalados nas areas de preservagéo permanente urbanas devem observar os casos de utilidade publica, de interesse social ou de baixo impacto ambiental fixados nesta Lei. (|ncluido pela Lei n® 14.285, de 2021) Art. 5° Na implantagao de reservatério d'dgua artificial destinado a geragao de energia ou abastecimento piblico, 6 obrigatéria a aquisi¢a0, desapropriagdo ou instituigao de servidao administrativa pelo empreendedor das Areas de Preservagao Permanente criadas em seu entorno, conforme estabelecido no licenciamento ambiental, observando-se a faixa minima de 30 (trinta) metros e maxima de 100 (cem) metros em area rural, e a faixa minima de 15 (quinze) metros e maxima de 30 (trinta) metros em rea urbana. (Redaco dada pela Lei n° 12.727, de 2012} & ptantagai is si Pt pres 7 bi SISNAMA, nao podendo exceder 210% {dez por cento}-derarea total de-entotne: ‘Nee! i Hs ‘et HPett,o-empr ide fr BF e 3 formidade-com-terme-de-referéneta-expedide pete org: petente-do-Sisterne rat-de-Meio-Ambiente— pele Medide Provisériemn® 5?4-de 2062) § 1° Na implantagao de reservatérios d'gua artfciais de que trata o caput , 0 empreendedor, no ambito do licenciamento ambiental, elaboraré Plano Ambiental de Conservagéo © Uso do Enlomo do Reservatério, em conformidade com termo de referéncia expedido pelo orgao competente do Sistema Nacional do Meio Ambiente - Sisnama, no podendo o uso exceder a 10% (dez por cento) do total da Area de Preservacéo Permanente (Redacdo dada pela Lei n? 12.727. de 2012), § 2° 0 Plano Ambiental de Conservagéo e Uso do Entomo de Reservatsro Artificial, para os empreendimentos licitados a partir da vigéncia desta Lei, devera ser apresentado ao érgaéo ambiental concomitantemente com o Plano Basico Ambiental aprovado alé o inicio da operagao do empreendimento, nao constiluindo a sua auséncia impedimento para a expedigao da licenga de instalacao. § 3° (VETADO) At, 6° Consideramse, ainda, de preservagao permanente, quando dectaradas de interesse social por ato do Chefe do Poder Executivo, as areas cobertas com florestas ou outras formas de vegetacao destinadas a uma ou mais das seguintes finalidades. | contera eraséo do solo e mitigar riscos de enchentes e desizamentos de terra e de rocha; I1- proteger as restingas ou veredas; I= proteger varzoas; IV - abrigar exemplares da fauna ou da flora ameagados de extingzo; \V- proteger sitios de excepcional beleza ou de valor cientfico, cultural ou histérico; VI-= formar faixas de protegéo ao longo de rodovias e ferrovas; VII- assegurar condigées de bem-estar pico; VIII - auxiliar a defesa do territério nacional, a critério das autoridades militares. % Pe porta a IX proteger areas \imidas, especialmente as de importancia internacional. _(Incluido pela Lei n® 12.727, de 2012), Seco Do Regime de Protegio das Areas de Preservagio Permanente Art. 7° A vegetagdo situada em Area de Preservacao Permanente deverd ser mantida pelo proprietario da rea, possuidor ou ocupante a qualquer titulo, pessoa fisica ou juridica, de direito publico ou privado. § 1° Tendo ocorrido supressio de vegetacdo situada em Area de Preservagao Permanente, o proprietario da rea, possuidor ou ocupante a qualquer titulo ¢ obrigado a promover a recomposicao da vegetagao, ressalvados os usos autorizados previstos nesta Lei § 2° A obrigagao prevista no § 1° tem natureza real e é transmitida ao sucessor no caso de transferéncia de dominio ou posse do imével rural § 3° No caso de supresso ndo autorizada de vegetacao realizada apés 22 de julho de 2008, 6 vedada a concessao de novas autorizagdes de supressao de vegetacao enquanto nao cumpridas as obrigagdes previstas no § 4°. (Vide ADIN N° 4.937) (Vide ADC N°42) "(Vide ADIN N? 4.902) Ar 8° A intervengao ou a supresséo de vegetagao natva em Area de Preservagao Permanente somente ocorreré nas hipéteses de ulidade piblica, de interesse social ou de baixo impacto ambiental prevstas nesta Le § 1° A supressdo de vegetagdo nativa protetora de nascentes, dunas e restingas somente poderd ser autorizada em caso de utilidade publica, § 2° Aintervengao ou a supressao de vegetagio nativa em Area de Preservagao Permanente de que tratam os incisos VI e VII do caput do art. 4° podera ser autorizada, excepcionalmente, em locais onde a fungao ecolégica do manguezal esteja comprometida, para execugéo de obras habitacionais e de urbanizagéo, inseridas em projetos de regularizagao fundidria de interesse social, em areas urbanas consolidadas ocupadas por populagao de baixa renda. (Vide ADC N°42). (Vide ADIN N° 4,903) § 3° E dispensada a autorizagao do érgo ambiental competente para a execugéo, em cardter de urgéncia, de atvidades de seguranga nacional e obras de inleresse da defesa civil destinadas prevengdo e mitgagao de acidentes em areas urbanas. § 4° Nao haverd, em qualquer hipétese, direito & regularizagdo de futuras intervencées ou supressdes de vegetacao nativa, além das previstas nesta Lei. Art, 9° E permitido o acesso de pessoas e animais as Areas de Preservagéo Permanente para obtengao de gua e para realizacdo de atividades de baixo impacto ambiental CAPITULO III DAS AREAS DE USO RESTRITO Art. 10. Nos pantanais ¢ planicies pantaneiras, 6 permitida a exploragao ecologicamente sustentavel, devendo-se considerar as recomendagdes técnicas dos érgaos oficiais de pesquisa, ficando novas supressdes de vegetagao nativa para uso alternativo do solo condicionadas a autorizago do érgo estadual do melo ambiente, com base nas recomendagées mencionadas neste artigo. (Redacdo dada pela Lei n° 12,727. de 2012), Art. 11. Em areas de inclinagao entre 25° 45° , serao permitidos o manejo florestal sustentavel ¢ 0 exercicio de atividades agrossilvipastoris, bem como a manutengao da infraestrutura fisica associada ao desenvolvimento das atividades, observadas boas praticas agronémicas, sendo vedada a conversdo de novas dreas, exceluadas as hipéteses de utilidade publica @ interesse social, (Vide ADIN N° 4,903) CAPITULO IIl-A, {lncluido pela Lei n? 12.727. de 2012), DO USO ECOLOGICAMENTE SUSTENTAVEL DOS APICUNS E SALGADOS Art, 11-A. A Zona Costeira 6 patriménio nacional, nos termos do § 4° do art, 225 da Constituigsio Feders devendo sua ocupacao e exploragdo dar-se de modo ecologicamente sustentavel. (Incluido pela Lei n® 12.727, de 2012), § 1° Os apicuns e salgados podem ser utiizados em atividades de carcinicultura e salinas, desde que observados os seguintes requisitos: (|ncluido pela Lein® 12,727, de 2012), | - dea total ocupada em cada Estado ndo superior a 10% (dez por cento) dessa modalidade de fitofisionomia no bioma amazénico e a 35% (trinta e cinco por cento) no restante do Pais, excluidas as ocupagées consolidadas que atendam ao disposto no § 6° deste artigo; (|ncluido pela Lein® 12.727, de 2012), Il- salvaguarda da absoluta integridade dos manguezais arbustivos ¢ dos processos ecolégicos essenciais a eles associados, bem como da sua produtividade biolégica e condicao de bergario de recursos pesqueiros; (Incluldo pela Lei n° 12.727, de 2012) lil - licenciamento da atividade @ das instalagdes pelo drgao ambiental estadual, cientificado o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovavels - IBAMA e, no caso de uso de terrenos de marinha ou outros bens da Unido, realizada regularizagao prévia da titulagao perante a Unido; (Incluido pela Lei n? 12,727, de 2012), IV - recolhimento, tratamento e disposigéio adequados dos efluentes e residuos; (Incluido pela Lei n? 12.72 de 201 V + garantia da manutengéo da qualidade da agua e do solo, respeitadas as Areas de Preservacao Permanente; e (Incluido pela Lei n? 12.727, de 2012), VI- respeito as atividades tradicionais de sobrevivéncia das comunidades locais. (Incluido pela Lei n® 12.727, de 2012 § 2° A licenga ambiental, na hipétese deste artigo, seré de § (cinco) anos, renovavel apenas se o empreendedor cumprir as exigéncias da legisiagao ambiental e do proprio licenciamento, mediante comprovagao anual, inclusive por midia fotografica. (Incluido pela Lei n® 12.727, de 2012). § 3° So sujeitos a apresentagao de Estudo Prévio de Impacto Ambiental - EPIA e Relatério de Impacto Ambiental - RIMA os novos empreendimentos: (Incluido pela Lei n? 12.727, de 201 | com area superior a 50 (cinquenta) hectares, vedada a fragmentagao do projeto para ocultar ou camuflar seu porte; (Incluido pela Lei n® 12.727, de 2012). Il com area de até 50 (cinquenta) hectares, se potencialmente causadores de significativa degradacao do meio ambiente; ou (Incluido pela Lein® 12.727, de 2012). lil - localizados em regiéo com adensamento de empreendimentos de carcinicultura ou salinas cujo impacto afete areas comuns. (Incluido pela Lei n® 12.727, de 2012), § 4° © 6rgio licenciador competente, mediante deciséo motivada, poder’, sem prejuizo das sangdes administrativas, civels e penais cabiveis, bem como do dever de recuperar os danos ambientals causados, alterar as condicionantes © as medidas de controle e adequagao, quando ocorrer: (\ncluido pela Lei n® 12.727. de 2012). | - descumprimento ou cumprimento inadequado das condicionantes ou medidas de controle previstas no licenciamento, ou desobediéncia ds normas aplicéveis; (Incluido pela Lei n® 12.727, de 2012). Il - fornecimento de informago falsa, dibia ou enganosa, inclusive por omissdo, em qualquer fase do licenciamento ou periodo de validade da licenga; ou (Incluido pela Lein® 12.727, de 2012), lil - superveniéncia de informagdes sobre riscos ao meio ambiente ou & sade pilblica. (Incluido pela Lei n® 12.727, de 2012). § 5° A ampliagao da ocupacao de apicuns e salgados respeitaré o Zoneamento Ecolégico-Econdmico da Zona Costeira - ZEEZOC, com a individualizagdo das areas ainda passiveis de uso, em escala minima de 1:10.000, que devera ser concluido por cada Estado no prazo maximo de 1 (um) ano a partir da data da publicagao desta Lei. (Incluido pela Lei n® 12.727, de 2012), § 6° E assegurada a regularizagéo das atividades e empreendimentos de carcinicultura e salinas cuja ‘ocupacao e implantagao tenham ocorrido antes de 22 de julho de 2008, desde que o empreendedor, pessoa fisica ou juridica, comprove sua localizacéo em apicum ou salgado e se obrigue, por termo de compromisso, a proteger a integridade dos manguezais arbustivos adjacentes. (Incluido pela Lei n® 12.727, de 2012), § 7° E vedada a manutengao, licenciamento ou regularizagéio, em qualquer hipétese ou forma, de ocupagao ou exploracao irregular em apicum ou salgado, ressalvadas as excegdes previstas neste artigo, (Incluido pela Lei n° 12.727, de 2012). CAPITULO IV DAAREA DE RESERVALEGAL Segaol Da Delimitacao da Area de Reserva Legal Art. 12. Todo imével rural deve manter érea com cobertura de vegetacao nativa, a titulo de Reserva Legal, sem prejuizo da aplicacdo das normas sobre as Areas de Preservacao Permanente, observados os seguintes percentuais minimos em relagao & area do imével, excetuados os casos previstos no art. 68 desta Lei: (Redacaio dada pola Loin’ 12,727. de 2012). | -localizado na Amazénia Legal a) 80% (oltenta por cento), no imével situado em area de florestas; b) 35% (trinta e cinco por cento), no imével situado em area de cerrado; ) 20% (vinte por cento), no imével situado em area de campos gerais Il -localizado nas demais regides do Pais: 20% (vinte por cento) § 1° Em caso de fracionamento do imével rural, a qualquer titulo, inclusive para assentamentos pelo Programa de Reforma Agraria, sera considerada, para fins do disposto do caput , a area do imével antes do fracionamento. § 2° O percentual de Reserva Legal em imével situado em area de formagdes florestals, de cerrado ou de campos gerais na Amazénia Legal serd definido considerando separadamente os indices contidos nas alineas a, be cdo inciso I do caput . § 3° Apés a implantagao do CAR, a supressao de novas areas de floresta ou outras formas de vegetacao nativa apenas serd autorizada pelo érgo ambiental estadual integrante do Sisnama se o imével estiver inserido no mencionado cadastro, ressalvado o previsto no art. 30. § 4° Nos casos da alinea @ do inciso I, 0 poder piblico podera reduzir a Reserva Legal para até 50% (cinquenta por cento), para fins de recomposigaio, quando 0 Municipio tiver mais de 50% (cinquenta por cento) da rea ocupada por unidades de conservacdo da natureza de dominio publico e por terras indigenas homologadas. (Vide ADC N°42) (Vide ADIN N° 4.904 § 5° Nos casos da alinea a do inciso |, 0 poder piiblico estadual, ouvido o Conselho Estadual de Meio ‘Ambiente, podera reduzir a Reserva Legal para até 50% (cinquenta por cento), quando 0 Estado tiver Zoneamento Ecolégico-Econémico aprovado e mais de 65% (sessenta e cinco por cento) do seu territério ocupado por unidades de conservagao da natureza de dominio publico, devidamente regularizadas, ¢ por terras indigenas homologadas. (Vide ADC N*42) (Vide ADIN N° 4.901) § 6° Os empreendimentos de abastecimento publico de agua e tratamento de esgoto nao esto sujeitos a constituigo de Reserva Legal. (Vide ADC N°42) (Vide ADIN N°4,901 § 7° Nao ser exigido Reserva Legal relativa as 4reas adquiridas ou desapropriadas por detentor de concessao, permisséo ou autorizagdo para exploragao de potencial de energia hidraulica, nas quais funcionem empreendimentos de geragao de energia elétrica, subestagdes ou sejam instaladas linhas de transmissao e de distribuigdo de energia elétrica. (Vide ADC N° 42)" (Vide ADIN N° 4,901) § 8 Nao sera exigido Reserva Legal relativa as areas adquiridas ou desapropriadas com o objetivo de implantagao ¢ ampliagao de capacidade de rodovias ¢ ferrovias. (Vide ADC N° 42) (Vide ADIN N° 4.901) Art. 13. Quando indicado pelo Zoneamento Ecolégico-Econémico - ZEE estadual, realizado segundo metodologia unificada, 0 poder puiblico federal poderé: | - reduzir, exclusivamente para fins de regularizacao, mediante recomposigao, regenerago ou compensagdo da Reserva Legal de iméveis com area rural consolidada, situados em Area de floresta localizada na Amaz6nia Legal, para até 50% (cinquenta por cento) da propriedade, excluidas as dreas prioritérias para conservacéo da biodiversidade e dos recursos hidricos e os corredores ecolégicos; Il - ampliar as areas de Reserva Legal em até 50% (cinquenta por cento) dos percentuais previstos nesta Lei, para cumprimento de metas nacionais de protegao a biodiversidade ou de redugdo de emiss4o de gases de efeito estufa § 1° No caso previsto no inciso | do caput , © proprietério ou possuidor de imével rural que mantiver Reserva Legal conservada e averbada em area superior aos percentuais exigidos no referido inciso poderd instituir servidio ambiental sobre a area excedente, nos termos da Lei n° 6.938, de 31 de agosto de 1981, e Cola de Reserva Ambiental. (Vide ADIN N° 4,937) (Vide ADC N? 42). [Vide ADIN N? 4,901) § 2° Os Estados que nao possuem seus Zoneamentos Ecolégico-Econémicos - ZEEs segundo a metodologia unificada, estabelecida em norma federal, terao 0 prazo de § (cinco) anos, a partir da data da publicagao desta Lei, para a sua elaboragdo e aprovago. Art, 14. A localizagao da area de Reserva Legal no imével rural devera levar em consideragao os seguintes estudos e critérios: 1-0 plano de bacia hidrografica; Il- 0 Zoneamento Ecolégico-Econdmico IIl- a formagéo de corredores ecolégicos com outra Reserva Legal, com Area de Preservagao Permanente, com Unidade de Conservagao ou com outra area legalmento protegida: IV - as reas de maior importancia para a conservagdo da biodiversidade; & \V-as Areas de maior fragilidade ambiental, § 1° 0 6rgo estadual integrante do Sisnama ou instituigao por ele habilitada devera aprovar a localizagao da Reserva Legal apés a incluso do imével no CAR, conforme o art, 29 desta Lei, tri Ps atizagde-de-érea-de-Reserva § 2° Protocolada a documentagao exigida para a analise da localizagéo da area de Reserva Legal, ao proprietario ou possuidor rural ndo poderd ser imputada sangao administrativa, inclusive restricdo a direitos, por qualquer érgao ambiental competente integrante do Sisnama, em razdo da nao formalizagdo da area de Reserva Legal. (Redagao dada pela Lei n® 12.727, de 2012). Att. 15, Serd admitido 0 cmputo das Areas de Preservacdo Permanente no cdlculo do percentual da Reserva Legal do imével, desde que: (Vide ADC N° 42). (Vide ADIN N® 4,901 1-0 beneficio previsto neste artigo nao implique a conversao de novas reas para o uso alternativo do solo: Il - a érea a ser computada esteja conservada ou em processo de recuperagio, conforme comprovagao do proprietario ao drgao estadual integrante do Sisnama; lL - 0 proprietario ou possuidor tenha requerido inclusdo do imével no Cadastro Ambiental Rural - CAR, nos termos desta Lei. § 1° 0 regime de protegio da Area de Preservagdo Permanente nao se altera na hipétese prevista neste artigo. § 2° O proprietario ou possuidor de imével com Reserva Legal conservada e inscrita no Cadastro Ambiental Rural - CAR de que trata o art. 29, cuja area ultrapasse o minimo exigido por esta Lei, poderd utilizar a area excedente para fins de constituigéo de servidéo ambiental, Cota de Reserva Ambiental outros instrumentos congéneres previstos nesta Lei, ‘abrangend Tegeneraga recomposiga pensagde-em-qualquerd dati §-32-6-cémpute-de-que-inate-e-eeputeplee-se-e-tedes-e-medetidedee-de-eemprimente-de-Resere-bege ss q P Trerhips 7 Pe § 3° 0 cémputo de que trata o caput aplica-se a todas as modalidades de cumprimento da Reserva Legal, abrangendo a regenerago, a recomposi¢ao e a compensacao. (Redacao dada pela Lei n° 12.727, de 2012). § 4° E dispensada a aplicagao do inciso | do caput deste artigo, quando as Areas de Preservagéo Permanente conservadas ou em proceso de recuperagdo, somadas as demais florestas e outras formas de vegetagao nativa existentes em imével, ultrapassarem: (Incluido pela Lei n® 12.727, de 2012). | - 80% (oitenta por cento) do imével rural localizado em areas de floresta na Amazénia Legal; e (Incluido pela Loin? 12,727. de 2012), Il- (VETADO). (Incluido pela Lei n° 12,727, de 2012) - prep. respeitede-e pereenteal pansion olagao 2 cada imével mediante @-aprovagéo-de-érgao-competonte ‘Sionemer Art, 16, Poderd ser instituido Reserva Legal em regime de condominio ou coletiva entre propriedades rurais, respeitado o percentual previsto no art. 12 em relagao a cada imével. (Incluido pela Lei n® 12.727, de 2012), Pardgrafo nico. No parcelamento de iméveis rurals, a érea de Reserva Legal poder ser agrupada em regime de condominio entre os adquirentes. Segao Il Do Regime de Protegao da Reserva Legal ‘Art. 17. A Reserva Legal deve ser conservada com cobertura de vegetacao nativa pelo proprietario do imével rural, possuidor ou ocupante a qualquer titulo, pessoa fisica ou juridica, de direito publico ou privado, § 1° Admite-se a exploracéo econémica da Reserva Legal mediante manejo sustentavel, previamente aprovado pelo 6rg4o competente do Sisnama, de acordo com as modalidades previstas no art. 20. § 2° Para fins de manejo de Reserva Legal na pequena propriedade ou posse rural familiar, 0s érgdos integrantes do Sisnama deverdo estabelecer procedimentos simplificados de elaboragdo, andlise ¢ aprovacao de tais, planos de manejo. § pensti sg mr 5 pre recomposiga Parte PF sancoes admnatatiras. cite © pera cabivers nao crrapolanca 2 2 {dors} anes cera comprovagao. co Pe Pt r ® a pF § 3° E obrigatéria a suspensao imediata das atividades em area de Reserva Legal desmatada irregularmente apés 22 de julho de 2008. (Redacao dada pela Lei n® 12.727, de 2012). (Vide ADC N° 42 je ADIN N° 4,902). {Vide ADIN N° 4,903) jado-o-process: § 4° Sem prejuizo das sangées administrativas, civeis e penais cabiveis, deverd ser iniciado, nas areas de que trata 0 § 3° deste artigo, o processo de recomposigo da Reserva Legal em até 2 (dois) anos contados a partir da data da publicagao desta Lei, devendo tal processo ser concluido nos prazos estabelecidos pelo Programa de Regularizago Ambiental - PRA, de que trata o art. 59. (Incluido pela Lei n® 12.727. de 2012), Art, 18, A drea de Reserva Legal deverd ser registrada no érgéo ambiental competente por meio de inscrigao no CAR de que trata o art. 29, sendo vedada a alteragao de sua destinagao, nos casos de transmissao, a qualquer titulo, ou de desmembramento, com as excegdes previstas nesta Lei § 1° A inscrigdo da Reserva Legal no CAR seré feita mediante a apresentago de planta e memorial descritivo, contendo a indicagao das coordenadas geograficas com pelo menos um ponto de amarragao, conforme ato do Chefe do Poder Executivo. § 2° Na posse, a area de Reserva Legal é assegurada por termo de compromisso firmado pelo possuidor com © 6rg&o competente do Sisnama, com forga de titulo executivo extrajudicial, que explicite, no minimo, a localizago da area de Reserva Legal e as obrigag6es assumidas pelo possuidor por forca do previsto nesta Lei. § 3° A transferéncia da posse implica a sub-rogagao das obrigagées assumidas no termo de compromisso de que trata 0 § 2°. §4°-0 registro-da-Resery briga-a-averbagdio-ne-Cartério-de Registro-d § 4? O registro da Reserva Legal no CAR desobriga a averbacao no Cartério de Registro de Iméveis, sendo que, no periodo entre a data da publicagao desta Lei e o registro no CAR, o proprietario ou possuidor rural que desejar fazer a averbagao tera direito a gratuidade deste ato. (Redacdo dada pela Lei n® 12.727, de 2012). Art. 19. A inserc&o do imével rural em perimetro urbano definido mediante lei municipal no desobriga 0 propristario ou posseiro da manutencao da area de Reserva Legal, que s6 sera extinta concomitantemente a0 registro do parcelamento do solo para fins urbanos aprovado segundo a legislagao especifica e consoante as diretrizes do plano diretor de que trata 0 § 1° do art. 182 da Constituigao Federal, Art. 20. No manejo sustentével da vegetacdo florestal da Reserva Legal, serao adotadas praticas de cexploragao seletiva nas modalidades de manejo sustentavel sem propésito comercial para consumo na propriedade & manejo sustentavel para exploragao florestal com propésilo comercial Art. 21. E livre a coleta de produtos florestais nao madeireiros, tais como frutos, cipés, folhas e sementes, devendo-se observar: | - 0s periodos de coleta e volumes fixados em regulamentos especificos, quando houver; Il- 2 6poca de maturagdo dos frutos e sementes; IIL- técnicas que no coloquem em risco a sobrevivéncia de individuos e da espécie coletada no caso de coleta de flores, folhas, cascas, dleos, resinas, cipés, bulbos, bambus e raizes, Art. 22. O manejo florestal sustentavel da vegetagdo da Reserva Legal com propésito comercial depende de autorizagao do érgao competente e devera atender as seguintes diretrizes e orientagoes: | nao descaracterizar a cobertura vegetal ¢ nao prejudicar a conservagao da vegetagao nativa da area; Il - assegurar a manutengao da diversidade das espécies; IIl - conduzir 0 manejo de espécies exéticas com a adogo de medidas que favoregam a regeneracao de espécies nativas. Art, 23. O manojo sustentavel para exploragao florestal eventual sem propésito comercial, para consumo no proprio imével, independe de autorizagdo dos érgaos competentes, devendo apenas ser declarados previamente a0 6rg0 ambiental a motivagdo da exploragdo e 0 volume explorado, limitada a exploracdo anual a 20 (vinte) metros ciibicos. Art, 24, No manejo florestal nas areas fora de Reserva Legal, aplica-se igualmente o disposto nos arts. 21, 22 23. ego Ill Do Regime de Protegao das Areas Verdes Urbanas Art, 26. © poder piiblico municipal contard, para o estabelecimento de areas verdes urbanas, com os seguintes instrumentos: 1-0 exercicio do direito de preempgao para aquisicao de remanescentes florestais relevantes, conforme dispoe a Lei n® 10.257, de 10 de julho de 200 Il transformagao das Reservas Legals em areas verdes nas expansées urbanas lil - 0 estabelecimento de exigéncia de Areas verdes nos loteamentos, empreendimentos comercials ¢ na implantagao de infraestrutura; e IV - aplicagéio em areas verdes de recursos oriundos da compensagdo ambiental CAPITULO V DA SUPRESSAO DE VEGETAGAO PARA USO ALTERNATIVO DO SOLO Art. 26. A supressao de vegetacao nativa para uso alternativo do solo, tanto de dominio piiblico como de dominio privado, dependerd do cadastramento do imével no CAR, de que trata 0 art. 29, e de prévia aulorizagdo do 6rgao estadual competente do Sisnama, § 1° (VETADO). § 2° (VETADO). '§ 3° No caso de reposigao florestal, deverdo ser priorizados projetos que contemplem a utillzagao de espécies nativas do mesmo bioma onde ocorreu a supressao, § 4° © requerimento de autorizagéo de supressao de que trata o caput conterd, no informagoes: inimo, as seguintes | = a localizagao do imével, das Areas de Preservagio Permanente, da Reserva Legal e das areas de uso restrito, por coordenada geogréfica, com pelo menos um ponto de amarrago do perimetro do imével, I -a reposigéo ou compensagao florestal, nos termos do § 4° do art. 33; lll - a utiizagao efetiva e sustentavel das Areas ja convertidas; IV - 0 uso alternativo da area a ser desmatada, Art. 27. Nas areas passiveis de uso alternativo do solo, a supressio de vegetagao que abrigue espécie da flora ou da fauna ameagada de extinggo, segundo lista oficial publicada pelos érgaos federal ou estadual ou municipal do Sisnama, ou espécies migratérias, dependera da adogdo de medidas compensatérias e mitigadoras que assegurem a conservagao da espécie, Art, 28, Nao 6 permitida a conversdo de vegetagao nativa para uso alternative do solo no imével rural que possuir érea abandonada CAPITULO VI DO CADASTRO AMBIENTAL RURAL Art. 29. € criado 0 Cadastro Ambiental Rural - CAR, no 4mbito do Sistema Nacional de Informagao sobre Meio Ambiente - SINIMA, registro pUblico eletrdnico de ambito nacional, obrigatério para todos os imévels rurais, com a finalidade de integrar as informagdes ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econémico e combate ao desmatamento. § 1° A inscri¢do do imével rural no CAR deverd ser feita, preferencialmente, no érgao ambiental municipal ou estadual, que, nos termos do regulamento, exigiré do proprietério ou possuidor rural: (Redagdo dada pela Lei n® 12.727, de 2012), | -identificagao do proprietério ou possuidor rural; II - comprovagao da propriedade ou posse; Ill -identificagao do imével por meio de planta ¢ memorial descritive, contendo a indicagao das coordenadas geograficas com pelo menos um ponto de amarragao do perimetro do imével, informando a localizacao dos Temanescentes de vegelagao naliva, das Areas de Preservagao Permanente, das Areas de Uso Restrito, das areas consolidadas e, caso existente, também da localizagao da Reserva Legal. § 2° O cadastramento ndo sera considerado titulo para fins de reconhecimento do direito de propriedade ou posse, tampouco elimina a necessidade de cumprimento do disposto no art. 2° da Lei n® 10.267, de 28 de agosto de 2001 —devende-serrequer $3 rinserigtie-ne-GAR-serd-obrigatérie- pare-todes-as-propriedades-epesses-rireiscevende ser teeters: dada pele bein" 43.295, de 2016) vide Decteto nt 3.257 de 2047) _ § rig + obrigetérie-pare propri posses turais-(Rederio-dade pele Medide Proviséria n® 684 de 2649) § 3° A inscrigéo no CAR é obrigaléria © por prazo indeterminado para todas as propriedades e posses rurais. (Redacdo dada pela Leip? 13.887 de 2019) proprietitios-e possuideres- des iméveis-ruraie-q sereveret atto-dia-3t-de-dezer lorie direite 2 adesa ygrame-de-Regularizagao-Am! jde-que-trat Hnelaide-pete-bein®§ 43-887 de-2040} § 4° Terao direito 4 adesao ao PRA, de que trata o art. 59 desta Lei, os proprietarios e possuidores dos imoveis urais com area acima de 4 (quatro) médulos fiscais que os inscreverem no CAR alé o dia 31 de dezembro de 2023, bem como os proprietérios @ possuidores dos iméveis rurais com Area de até 4 (quatro) médulos fiscais ou que atendam ao disposto no art. 3° da Lei n® 11,326, de 24 de julho de 2006, que os inscreverem no CAR até 0 dia 31 de dezembro de 2025. (Redacdo dada pela Lei n° 14.595, de 2023 Art. 30. Nos casos em que a Reserva Legal ja tenha sido averbada na matricula do imével ¢ em que essa averbagao identifique o perimetro e a localizagao da reserva, o proprielério ndo serd obrigado a fornecer 20 érgo ambiental as informagoes relativas a Reserva Legal previstas no inciso Ill do § 1° do art. 29, Pardgrafo nico. Para que 0 proprietario se desobrigue nos termos do caput , deverd apresentar ao érgao ambiental competente a certidéo de registro de iméveis onde conste a averbagao da Reserva Legal ou termo de compromisso ja firmado nos casos de posse. CAPITULO VII DAEXPLORAGAO FLORESTAL Art. 31. A exploragao de florestas nativas e formagées sucessoras, de dominio piblico ou privado, ressalvados 0s casos previstos nos arts. 21, 23 e 24, dependera de licenciamento pelo érgao competente do Sisnama, mediante aprovagao prévia de Plano de Manejo Florestal Sustentavel - PMFS que contemple técnicas de condugao, exploragao, reposicao florestal e manejo compativeis com os variados ecossistemas que a cobertura arborea forme § 1° 0 PMFS atendera os seguintes fundamentos técnicas e cientficos: | - caracterizagéo dos meios fisico e biolégico; I1- determinagao do estoque existente; II intensidade de exploragao compativel com a capacidade de suporte ambiental da floresta; IV - ciclo de corte compativel com o tempo de restabelecimento do volume de produto extraido da floresta; \V - promogao da regeneragao natural da floresta; VI- adogao de sistema silvicultural adequado: Vil- adogao de sistema de exploragao adequado; VIll- monitoramento do desenvolvimento da floresta remanescente: IX adogdo de medidas mitigadoras dos impactos ambientals e socials. § 2° A aprovagao do PMFS pelo érgao competente do Sisnama confere ao seu detentor a licenga ambiental para a pratica do manejo florestal sustentavel, nao se aplicando outras etapas de licenciamento ambiental § 3° O detentor do PMFS encaminhara relatério anual ao érgo ambiental competente com as informacées sobre toda a drea de manejo florestal sustentavel e a descrigao das atividades realizadas. § 4° O PMFS sera submetido a vistorias técnicas para fiscalizar as operagées e atividades desenvolvidas na rea de manejo. § 5° Respeitado 0 disposto neste artigo, serdo estabelecidas em ato do Chefe do Poder Executivo disposiges diferenciadas sobre os PMFS em escala empresarial, de pequena escala e comunitario. § 6° Para fins de manejo florestal na pequena propriedade ou posse rural familiar, os drgaos do Sisnama deverdo estabelecer procedimentos simplificados de elaboragao, andlise e aprovagao dos referidos PMFS. § 7° Compete ao érgdo federal de meio ambiente a aprovacdo de PMFS incidentes em florestas publicas de dominio da Unido, Art. 32. Sao isentos de PMFS: | - a supressio de florestas e formacées sucessoras para uso alternativo do solo; II © manejo e a exploragao de florestas plantadas localizadas fora das Areas de Preservagdo Permanente © de Reserva Legal; IIL- a exploragao florestal ndo comercial realizada nas propriedades rurais a que se refere 0 inciso V do art. 3° u por populag6es tradicionais. Art, 33, As pessoas fisicas ou juridicas que utilizam matéria-prima florestal em suas atividades devem suprir- se de recursos oriundos de: | -florestas plantadas; l= PMFS de floresta nativa aprovado pelo érgéo competente do Sisnama; Ill- supressao de vegetacao nativa autorizada pelo érgao competente do Sisnama; IV - outras formas de biomassa florestal definidas pelo érgao competente do Sisnama, § 1° Sao obrigadas a reposigao florestal as pessoas fisicas ou juridicas que utilizam matéria-prima florestal oriunda de supressao de vegetagao nativa ou que detenham autorizagao para supressao de vegetagao nativa. § 2° isento da obrigatoriedade da reposigao florestal aquele que utilize: | -costaneiras, aparas, cavacos ou outros residuos provenientes da atividade industrial I1- matéria-prima florestal: a) oriunda de PMFS; b) oriunda de floresta plantada; ©) nfo madeireira § 3° A isengao da obrigatoriedade da reposigao florestal nao desobriga o interessado da comprovagao perante a autoridade competente da origem do recurso florestal utlizado. § 4° A reposigdo florestal sera efetivada no Estado de origem da matéria-prima utllizada, mediante o plantio de espécies proferencialmente nativas, conforme determinagées do érgao competente do Sisnama, Art. 34. As empresas industriais que utiizam grande quantidade de matéria-prima florestal so obrigadas a elaborar e implementar Plano de Suprimento Sustentavel - PSS, a ser submetido & aprovacao do érgao competente do Sisnama § 1° 0 PSS assegurard produco equivalente ao consumo de matéria-prima florestal pela atividade industria § 2° 0 PSS incluira, no minim | - programagao de suprimento de matéria-prima florestal II indicagao das areas de origem da matéria-prima florestal georreferenciadas; lil - cépia do contrato entre os particulares envolvidos, quando o PSS incluir suprimento de matéria-prima florestal oriunda de terras pertencentes a terceiros. § 3° Admite-se o suprimento mediante matéria-prima em oferta no mercado: | - na fase inicial de instalagao da atividade industrial, nas condigées © durante 0 periodo, néo superior a 10 (dez) anos, previstos no PSS, ressalvados os contratos de suprimento mencionados no inciso Ill do § 2°; II = no caso de aquisigao de produtos provenientes do plantio de florestas exdticas, licenciadas por érgao competente do Sisnama, 0 suprimento seré comprovado posteriormente mediante relatério anual em que conste a localizagao da floresta e as quantidades produzidas. § 4° 0 PSS de empresas sidertirgicas, metalirgicas ou outras que consumam grandes quantidades de carvao vegetal ou lenha estabelecerd a utilizagao exclusiva de matéria-prima oriunda de florestas plantadas ou de PMFS e seré parte integrante do proceso de licenciamento ambiental do empreendimento § 5° Serdo estabelecidos, em ato do Chefe do Poder Executivo, os parametros de utllizagdo de matéria-prima florestal para fins de enquadramento das empresas industriais no disposto no caput CAPITULO VIII DO CONTROLE DA ORIGEM DOS PRODUTOS FLORESTAIS At tohe- ein oriqern-da- made de-carvio-e-de-oulrae-prodktos-oo-subprodutoe Hore nt competente-de-Sisnama: " . ? : st pelo dade federal competente de SISNAMAtRecarso deem pele hte de 28425 Art. 35, O controle da origem da madeira, do carvao de outros produtos ou subprodutos florestais incluird sistema nacional que integre os dados dos diferentes entes federativos, coordenado, fiscalizado e regulamentado pelo érgaio federal competente do Sisnama, (Redacdo dada pela Lei n® 12.727, de 2012), § I Pr tr a * ita Ses pr ‘oe ‘competente-ne-praze-deaté-t-{um}ane-pare-fine-de-eontrole-de-origem: que obsenvadas-as-tnitegoes-e-concrcoes prevstae ne g8o-competente- prare-de-ale-+tin-ane-pare-tns-de-controkrae-onge i § 1° 0 plantio ou reflorestamento com espécies florestais nativas ou exéticas independem de autorizagao prévia, desde que observadas as limitagdes e condigdes previstas nesta Lei, devendo ser informados ao érgao competente, no prazo de até 1 (um) ano, para fins de controle de origem § 2° E livre a extragdo de lenha e demais produtos de florestas plantadas nas dreas nao consideradas Areas de Preservacao Permanente e Reserva Legal. § 3° O corte ou a exploragao de espécies nativas plantadas em area de uso altemativo do solo sero permitidos independentemente de autorizacdo prévia, devendo o plantio ou reflorestamento estar previamente cadastrado no érgéo ambiental competente ¢ a exploragao ser previamente declarada nele para fins de controle de origem. § 4° Os dados do sistema referido no caput serdo disponibilizados para acesso piblico por meio da rede mundial de computadores, cabendo ao érgao federal coordenador do sistema fornecer os programas de informatica a serem uilizados e definir 0 prazo para integracao dos dados e as informagoes que deverao ser aportadas ao sistema nacional, § 5° O érgao federal coordenador do sistema nacional poderé bloquear a emissdo de Documento de Origem Florestal - DOF dos entes federativos nao integrados ao sistema e fiscalizar os dados e relatérios respectivos. (Incluido pela Lei n® 12.727, de 2012), Art. 36. O transporte, por qualquer meio, e 0 armazenamento de madeira, lenha, carvao e outros produtos ou subprodutos florestais oriundos de florestas de espécies nativas, para fins comerciais ou industriais, requerem licenga do 6rgao competente do Sisnama, observado 0 disposto no art. 35, § 1° A licenga prevista no caput seré formalizada por meio da emisséo do DOF, que devera acompanhar 0 material até o beneficiamento final § 2° Para a emisséo do DOF, a pessoa fisica ou juridica responsavel deverd estar registrada no Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais, previsto no art. 17 da Lei n® 6,938, de 31 de agosto de 1981, § 3° Todo aquele que recebe ou adquire, para fins comerciais ou industriais, madeira, lenha, carvdo e outros Produtos ou subprodutos de florestas de espécies nativas é obrigado a exigir a apresentagao do DOF e munir-se da Via que deverd acompanhar o material até o beneficiamento final. § 4° No DOF deverdo constar a especificaao do material, sua volumetria e dados sobre sua origem e destino. § oa . rad reg a dispensed pre § 5° O 6rgao ambiental federal do Sisnama regulamentara os casos de dispensa da licenga prevista no caput (Incluido pela Lei n® 12.727, de 2012) Art, 37. © comércio de plantas vivas e outros produtos oriundos da flora nativa dependerd de licenga do drgao estadual competente do Sisnama e de registro no Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utiizadoras de Recursos Ambientais, previsto no art. 17 da Lei n® 6.938, de 31 de agosto de 1981, sem prejuizo de outras exigéncias cabiveis. Paragrafo tinico. A exportagao de plantas vivas e outros produtos da flora dependeré de licenga do érgo federal competente do Sisnama, observadas as condigdes estabelecidas no caput CAPITULO IX DAPROIBIGAO DO USO DE FOGO E DO CONTROLE DOS INCENDIOS Art, 38. E proibido o uso de fogo na vegetagao, exceto nas seguintes situagdes: |= em locais ou regides cujas peculiaridades justifiquem 0 emprego do fogo em praticas agropastoris ou florestais, mediante prévia aprovagao do érgao estadual ambiental competente do Sisnama, para cada imével rural ou de forma regionalizada, que estabelecerd os critérios de monitoramento e controle; II - emprego da queima controlada em Unidades de Conservacdo, em conformidade com o respectivo plano de manejo e mediante prévia aprovacéo do érgéo gestor da Unidade de Conservacao, visando ao manejo conservacionista da vegetacao naliva, cujas caracteristicas ecolégicas estejam associadas evolutivamente a cocorréncia do fogo; Ill - atividades de pesquisa cientifica vinculada a projeto de pesquisa devidamente aprovado pelos érgaos competentes © realizada por instituigao de pesquisa reconhecida, mediante prévia aprovacao do érgao ambiental competente do Sisnama. § 1° Na situagao prevista no inciso I, 0 drgdo estadual ambiental competente do Sisnama exigira que os estudos demandados para o licenciamento da atividade rural contenham planejamento especifico sobre o emprego do fogo € 0 controle dos incéndios. § 2° Excetuam-se da proibi¢ao constante no caput as praticas de prevengao e combate aos incéndios e as de agricultura de subsisténcia exercidas pelas populagées tradicionais e indigenas. § 3° Na apuragao da responsabilidade pelo uso irregular do fogo em terras piiblicas ou parliculares, a autoridade competente para fiscalizagdo e autuagéo deveré comprovar 0 nexo de causalidade entre a ago do proprietario ou qualquer preposto e dano efetivamente causado, § 4° E necessério 0 estabelecimento de nexo causal na verfcagdo das responsabilidades por infragéo pelo uso regular do fogo em terras pubicas ou particulares. Art, 39. Os érgdos ambientais do Sisnama, bem como todo e qualquer érgo puiblico ou privado responsavel pela gestao de areas com vegetagao nativa ou plantios florestais, deverdo elaborar, atualizar e implantar panos de contingéncia para o combate aos incéndios florestais, § 1° Os planos de contingéncia para 0 combate aos incéndios florestais dos érgaos do Sisnama conterao diretrizes para 0 uso da aviagdo agricola no combate a Incéndios em todos os tipos de vegetacao. (Incluido pela Lin 14,406,.de 2022) § 2° As acronaves utilizadas para combate a incéndios deverao atender as normas técnicas definidas pelas autoridades competentes do poder puiblico e ser pilotadas por profissionais devidamente qualificados para o desempenho dessa atividade, na forma do regulamento. (Incluido pela Lein® 14.406, de 2022) Art, 40. © Governo Federal deverd estabelecer uma Politica Nacional de Manejo ¢ Controle de Queimadas, Prevengao e Combate aos Incéndios Florestais, que promova a articulagao institucional com vistas na substituigéo do uso do fogo no meio rural, no controle de queimadas, na prevengao e no combate aos incéndios florestals © no manejo do fogo em reas naturals protegidas. § 1° A Politica mencionada neste artigo deverd prever instrumentos para a andlise dos impactos das queimadas sobre mudangas climaticas e mudangas no uso da terra, conservacao dos ecossistemas, satide publica © fauna, para subsidiar planos estratégicos de prevengao de incéndios florestais, § 2° A Politica mencionada neste artigo devera observar cenarios de mudangas climaticas e potenciais ‘aumentos de risco de ocorréncia de incéndios florestais. § 3° Politica de que trata o caput deste artigo contemplara programa de uso da aviagdo agricola no combate a incéndios em todos 0s tipos de vegetacao, (|ncluido pela Lei n? 14,406, de 2022) CAPITULO X DO PROGRAMA DE APOIO E INCENTIVO A PRESERVAGAO E RECUPERAGAO DO MEIO AMBIENTE Ait. 41. E 0 Poder Executive federal autorizado a instituir, sem prejuizo do cumprimento da legislagao ambiental, programa de apoio e incentivo a conservacao do meio ambiente, bem como para adogao de tecnologias © boas praticas que conciliem a produtividade agropecudria ¢ florestal, com redugao dos impactos ambientais, como forma de promocéo do desenvolvimento ecologicamente sustentével, observados sempre os critérios de progressividade, abrangendo as seguintes categorias e linhas de ago: (Redacdo dada pela Lei n® 12.727, de 2012). | pagamento ou incentivo a servicos ambientais como retribuigdio, monetéria ou nao, as atividades de conservago e melhoria dos ecossistemas e que gerem servicos ambientais, tals como, isolada ou cumulativamente: a) 0 sequestro, a conservagao, a manutengao € 0 aumento do estoque € a diminuigao do fluxo de carbono; b) a conservagao da beleza cénica natural; ) a conservagio da biodiversidade; d) a conservagao das Aguas e dos servigos hidricos; @) a regulagdo do clima; {) a valorizagao cultural e do conhecimento tradicional ecossistémico; 4g) a conservagao e o melhoramento do solo; h) a manutengao de Areas de Preservagao Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito; Il - compensagao pelas medidas de conservagao ambiental necessérias para o cumprimento dos objetivos desta Lei, utilizando-se dos seguintes instrumentos, dentre outros: a) obtengao de crédito agricola, em todas as suas modalidades, com taxas de juros menores, bem como limites e prazos maiores que os praticados no mercado; b) contratagao do seguro agricola em condigdes melhores que as praticadas no mercado; c) dedugao das Areas de Preservagao Permanente, de Reserva Legal e de uso restito da base de célculo do Imposto sabre a Propriedade Territorial Rural ITR, gerando créditos tibutarios; d) destinagao de parte dos recursos arrecadados com a cobranga pelo uso da agua, na forma da Lei n° 9.433, do 8 de janeiro de 1997, para a manutengao, recuperagao ou recomposi¢ao das Areas de Preservagao Permanente, de Reserva Legal ¢ de uso restrito na bacia de geracdo da receita; ) linhas de financiamento para atender iniciativas de preservagao voluntaria de vegetagao nativa, protegao de espécies da flora naliva ameagadas de exlingao, manejo florestal e agroflorestal sustentavel realizados na Propriedade ou posse rural, ou recuperagao de areas degradadas; 1) isengao de impostos para os principals insumos e equipamentos, tais como: fios de arame, postes de madeira tratada, bombas d'agua, trado de perfuragao de solo, dentre outros utiizados para os processos de recuperagio e manulengao das Areas de Preservagdo Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito; Ill - incentives para comercializago, inovagdo e aceleragao das agdes de recuperagdo, conservacao © uso sustentavel das florestas e demais formas de vegetacao nativa, tais como: a) participagdo preferencial nos programas de apoio & comercializagao da produgao agricola; b) destinagio de recursos para a pesquisa cientifica e tecnolégica e a extensdo rural relacionadas & melhoria da qualidade ambiental. § 1° Para financiar as alividades necessérias a regularizagao ambiental das propriedades rurais, 0 programa poderd prever: | - destinagao de recursos para a pesquisa cientifica e tecnolégica e a extensao rural relacionadas a melhoria da qualidade ambiental; II- dedugdo da base de célculo do imposto de renda do propristario ou possuidor de imével rural, pessoa fisica ou juridica, de parte dos gastos efetuados com a recomposigao das Areas de Preservagéo Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito cujo desmatamento seja anterior a 22 de julho de 2008; IIl-utiizagao de fundos publicos para concessao de crécitos reembolsaveis © nao reembolsaveis destinados compensago, recuperagdo ou recomposi¢ao das Areas de Preservago Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito cujo desmatamento seja anterior a 22 de julho de 2008. § 2° O programa previsto no caput poderd, ainda, estabelecer diferenciagao tribuléria para empresas que industrializem ou comercializem produtos originarios de propriedades ou posses rurais que cumpram os padrées & limites estabelecidos nos arts. 4° , 6° , 11 © 12 desta Lei, ou que estejam em processo de cumpri-los. § 3° Os proprietarios ou possuidores de iméveis rurais inscritos no CAR, inadimplentes em relagao ao cumprimento do termo de compromisso ou PRA ou que estejam sujeitos a sangées por infragdes ao disposto nesta Lei, exceto aquelas suspensas em virtude do disposto no Capitulo Xill, no sao elegiveis para os incentivos previstos nas alineas @ a e do inciso II do caput deste artigo até que as referidas sanges sejam extintas § 4° As atvidades de manutengéo das Areas de Preservagéo Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito s6o elegivels para quaisquer pagamentos ou incentivas por servigos ambientais, configurando adicionalidade para fins de mercados nacionais e internacionais de reduces de emissées certificadas de gases de efeito estufa. § 5° O programa relativo a servigos ambientais previsto no inciso | do caput deste artigo deverd integrar os sistemas em Ambito nacional e estadual, objetivando a criagao de um mercado de servigos ambientais.

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