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Especial V Componentes, Simbolos & Fungées Conti Jo com esta série, apresentamos 0s componentes mals importantes is montagens que costumamos descrever em noszos artigos. Sio os componentes que se baseiam em materials semicondutores como 0 silicio eo germinio, 05 quals podem resultar em dispositives em que amplificum on geram sinals de diversos tipos. Falaremos, neste capitalo, dos diodos e transistores. pIODOs Estes componentes, cujo simbolo é mostrado na figura 1, assim como o aspecto dos tipos mais co- muns, é formado por dois pedagos ou regides de ma- teriais sernicondutores de polaridades diferentes: P Ge positivo) ¢ N (de negativo), entre os quais existe uma jungdo. Esta junglo semicondutora apresenta co- mo propriedade Basica a condugao da corrente num ‘inico sentido. Isto significa que, se ligarmos uma ba- teria, como mostrado na figura 2 (a). polarizando 0 diodo dirctamente, ele deixa a corrente fluir normal mente, com um minimo de resistencia, acendendo @ Vampada. asvecto siuaoxo Fig. 1 ~ Esiratura, simboto e aspecto de um Giode semicondutor, so wh comment tat Fig. 2 ~ Polarizagto de um diodo. ELETRONICA TOTAL N*22/90 No entanto, se invertermos 0 diodo, de modo que ele fique polarizado inversamente, nerihuma cor- rente pode fluir e a limpada permanece apagada (figu- ra 2). Yeja entdlo que os diodos so componentes pola- rizados, apresentando um anodo (A) ¢ um catodo (C ou K), cuja posicdo na montagem precisa ser observa- da, Nos tipos mais comuns de diodos, 0 catodo é iden- tificado pela presenga de uma faixa no invélucro, ‘Os diodos podem ser classificades em diversos grupos, conforme a sua finalidade basica. Alem dis- so, 0 material semicondutor usado pode ser tanto 0 germinio como o silicio. Temos ent£o os seguintes tipos' 8) Diodos de sinal Estes diodes, normalmente de germinio, se desti- nam a detectar sinais de ridio em cireuitos receptores ‘eem outras aplicagtes. So diodos bastante delicados, normaimente em involuctos de vidro © que operam com correntes méximas de alguns miliampéres e ten- Bes que nfo superam os SOV (figura 3). — Fig. 3 ~ Um diodo de germanio. Os tipos americanos sto designados com a sigla “IN seguido de um numero que os identifica. Tipos comuns slo o 1N34, IN54, IN6O, cic. ‘0s diodos de procedéncia européia normalmente ‘flo designados pela sigla OA, ou ainda AA como por exemplo: OA79, ATE, etc ) Diodos de silicto de uso geral So pequenos diodos que se destinam a operacao ‘com correntes de algumas dezenas ou centenas de mi- Tiampéres, com tensdes que chegam até 100V. Bstes diodos, conforme sugerc a figura 4, slo usa- dos em diversas aplicagbes como por exemplo a prote- o Fig. 4 ~ Ligagdo de um diodo de silicio para protecto de Ol. Go de transistores, sendo ligados em paralelo com re- ks que devem ser acionados pelos transistores, em cir- ‘cuits Iégicos, etc. Tipos comuns de diodos de uso geral sto os IN4I45, IN9I4, ete. ©) Diodos retificadores Estes, normalmente so diodos de silicio que se destinam a retificar correntes algo intensas em fontes de alimentag&o. Como devem trabalhar com corren- tes clevadas, produzindo assim calor, estes diodos pos- suem involucros mais robustes (figura 5) alguns pos- suem até recursos para a montagem em radiadores de calor. Estes diodes s8o especificados pela corren- te mixima que podem conduzir e portanto retificar € a tensio maxima (de pico) que podem suportar quan- do polarizados no sentido inverso. Tipos muito comuns de diodos retificadores so os da série 1N4000, que sto para 1 ampére, mas & medida que seu numero “sobe"* a tensio suportada se torna maior. ‘Assim, temos: UN40O1: tenstio inversa méxima = $0 V ima ~ 100V = 200 1N400$: tensdo inversa méxima = 400 V IN40OS: tensio inversa méxima = 600 V 1N4006: tensiio inversa méxima = 800 V 1N4007: tensfo inversa maxima = 1000 V —+>-—_—_ Fig. 5 ~ Diodos reiificadores. No entanto, nas aplicagtes priticas, para maior seguranga devemes aplicar nos terminais do diodo, somente a metade da tensio inversa maxima indica- ds. Assim, na rede de 110 V, usamos 0 IN4004, por- ‘que 200 V correspondem a metade de tensio maxi: ‘ma deste diodo, enquento a metade da tensio maxi- ‘ma do 14003 € 100 V, inferior as 110 V da rede, Pa- ta a rede de 220 V 0 tipo indicado ¢ 1N4007. DIODOS ZENER Quando polarizamos um diodo no sentido inver- so, chega um instante em que ele deixa de impedir a pascagem da corrente, com 0 “rompimento”’ da bar- eira de potencial da sua jungle. O resultado € gue isso, quando ocorre, faz com que diodo tenda a manter estabilizada a tensto entre 0s seus terminals. Desta forma, um diodo que seja construido com estas caracteristicas planejadas, pode “regular” ou estabil zar tensbes. Esta ¢ a finalidade do diodo zener, cujo simbolo ¢ aspectos so mostrados na figura 6. ‘Um diodo zener trabalha entio polarizado “ao contririo” dos diodos comuns, conforme mostra a figura 7. Ele manterd a tensdo estabilizada no valor para o qual é especificado, o qual varia tipicamente entre 1 Ve 90 V. ‘Além da especificagto de tensto, os diodos zener possuem também uma especificaggo de poténcia, que € importante para se dimensionar sua aplicardo num estabilizador. Com uma corrente muito intensa 0 dio- do tende a aquecer, n&o dissipando a poténcia necessd- ria, queimando-se. x A —-— x . 1000 EMER 7 sao. ~ Fig. 6 ~ Diodo cener, simboto e aspect. = res, = St Fig, 7 ~ Circuito estabilizador de tensdo com diodo zener. ELETRONICA TOTAL N22200 Uma série importante de diodos zener é a BZX75C da Philips Components. Esta ¢ uma série de 400 mW de dissipagao, em que a tensio de operago ¢ da~ da no proprio tipo. Assim, o BZX79C3V3 é um dio- do zener de 3,3 V. Jo BZX79C12 um zener de 12V. A letra C do cédigo indica tolerdncia de 5%. Toleran- ia de 2% indicada pela letra B. LED Os LEDs ou diodos emissores de luz (light emit- ting diodes) s20 dispositivos que tém a mesma estrutura Fig. & - LED, simbolo e aspectos, 6 ‘ e ¢ e 8 ae, 8 P £ e e e ew pw nase cx cOLETOR Fig, 9 ~ Estrutura e stmboto das transistores. ¢um diodo comum, mas slo feitos de arseneto de gh- io (GaAs) com certas impurezas que resulta num ‘comportamento especial para este componente: quan- do percorridos por uma corrente elétrica eles acendem, ‘on seja, emitem tuz. Na figura 8 temas os simbolos ¢ aspectos destes componentes, observando-se que eles devem ser ali- mentados com uma tensto minima de 1,6 2 2,2 V (de- pendendo da cor) ¢ devem, obrigatoriamente, levar ‘um resistor para fimitar sua corrente. Sem este 1. tor a correnie se torna muito intensa ¢ 0 LED qucima, Os LEDs no devem’ também ser submetidos a tensdes inversas de mais de $ volts, 0 que impede sua aplicagto direta em cireuitos de corrente alternada, ‘A cor de um LED depende da netureza das impu- rezas usadas na sua fabricacdo. Existem LEDs que emitem radiacdo infravermelha, luz vermetha, verde, amarela, azul e até violeta. A identificeg2o do catodo de um LED, ¢ portan- to sua polaridade, ¢ feita em funcdo do terminal mais curto ou entdo da existéncia de um pequeno achata- mento no invélucro. TRANSISTORES ‘Trés regides de materiais semicondutores de tipos PeN, dispostas alternadamente (conforme mosira a figura9), resultam nos componentes denominades tran- sistores bipolares ou simplesmente transistores. Na fi- ura temos 0s simbolos dos transistores NPN ¢ PNP, que se diferenciam pela posiglo da seta que indica 6 emissor: seta para dentro = transistor PNP; seta pa- ra fora = transistor NPN. Estes transistores sto usados para gerar ou ampli- ficar sinals nos creatos detrSaivos, E culto inpor. tante saber identificar os terminais de emissor, cole- tor ¢ base. ‘Veja que os transistores NPN ¢ PNP se diferen- ciam em relacto a polaridade das correntes que cireu- lam pelos seus elementos quando em funcionamento, Na figura 10 temos alguns invélucros de transisto- res. Observe que alguns deles so robustos ¢ possuem recursos para serem montados em radiadores de calor, isso em vista da grande intensidade de corrente com ue podem irabaltar. A identificacao dos terminais depende do involu- ero € normalmente exige consulta a manuais ou =H =—i Eo PoTENGA Fig. 10 = Invotucros de transistores. ELETRONICA TOTAL N# 22190 gramas de uso, pois varia bastante. Um mesmo tipo de invélucto, como no caso do BF4% ¢ BCS48 pode ter disposieSes diferentes de terminais como mostra “a figura 11. ‘Os transistores podem ser de germanio (mais an- tigos) ou silicio (os modernos) ¢ so classificados se- gundo a finalidade, conforme explicamos a seguir: i =p Fig. 11 ~ Transistores com mesmo invélucro e disposigo de terminais diferentes. #) Traasistores de uso geral ‘So pequenos transistores destinados & amplifica- ‘80 de sinais fracos ¢ de freqiiéncias nao muito altas, normalmente usados em circuitos de dudio, circuitos egicos, acionamento de pequenos relés, etc Podem ser de germanio ou de silicio. Os transisto- res de germanio quase nao sao mais encontrados, a ‘do ser para reposicSo em aparelhos antigos. Os tipos americanos normalmente slo designados pela sigla “2N” seguida de nimeros. Exemplo: 2N2222, 2N2218, 2N916, cic. Os tipos europeus S80 designados pelas letras AC para os de germinio e BC para os de silicio (tam- ‘bém encontramos a designagto OC para germanic). Exemplo: BC548, BC558, ACI28, etc. Na figura 12temos alguns transistores deste grupo. Para 0s japoneses temos siglas como 2SB ¢ 2SA para germinio ¢ 2SC ou 2SD para silicio. Exemplo: 28B75, 2SBS4, 25A230, etc. SDi =p ancate Fig. 12 ~ Transistores de uso zeral. ) transistores de RF Estes so transistores que se destinam a operaclo de sinais de altas freqéncias e pequenas intensidades. Estes transistores possuem uma freqiiéncia de transi- 20 (fT) alta, normalmente da ordem de 300 MHz Ou mais, S&o usados nos circuitos de RF ¢ FI de ré- dios, televisores, em pequenos transmissores, etc. ‘Os tipos americanos também so indicades pela sigla 2N, sendo apenas diferenciados pelo némero que vem depois, segundo especificacdes de manuais, ‘Assim, a simples observagio do tipo nlo nos permi- te dizer se um transistor & de uso geral ou RF. Ja, os transistores europeus possuem uma indica- cdo de funcdo na sigla. Os transistores de RF de ger- minio slo designados pela sigla AF enquanto que os de RF de silicio sdo especificados por BF. Exempl BF494, AFI117, BF254, et. ©) Transistores de poténcia Estes s&o transistores que se destinam 4 operagio com sinais de boixas freqiiéncias (4udic) mas de gran- de intensidade. Possuem invélucros que permitem sua montagem em radiadores de calor, conforme mostram os tipos da figura 13. Estes transistores sto usados em fontes de alimentagao, na saida de amplificadores de dudio, na excitagdo de relés ¢ bobinas de grandes correntes, ‘Tipos americanos além da designacio 2N também podem ter designacdes que identificam o fabricante. Assim, destacamos a linha TIP (da Texas ¢ alguns ou- tros fabricantes) em que os niimeros pares sto reserva- dos aos tipos PNP (TIP32, TIP42, etc) os niimeros impares s2o reservados aos tipos NPN (T1P31, TIP41, et). Os transistores de procedéncia européia desta ca- tegoria possuem a designacdo AD para os de germa- nio_e¢ BD para os de silicio: Exemplo: BD136,AD149,BD137 também havendo nos “BD” de algumas séries “reserva”? de atimeros impares pa- ra os NPN e pares para o PNP. A principal especificacdo de um transistor de po- téncia é a corrente de coletor maxima, vindo depois a tensto maxima € 0 ganho. @) Dartingtons Dois transistores de determinadas caracteristicas, podem ser fabricados num mesmo invélucro j& com a interligagao do tipo mostrado na figura 14. Esta li- gagdo permite que 0 transistor final obtido tenha um ganho que seja o produto dos ganhos dos dois transis- tores internos. wos nes? 7 ee teat se Sst Ts) sore me ensoss 240 Fig. 13 ~ Transistores de poténcia de dudio. “ ELETRONIA TOTAL N# 2200 rer20 Fig. 14 - Um Darlington e seu invétucro. Assim, se dois transistores de ganho 30 forem li- jados da maneira indicada, obtemos um “super-tran- sistor"” de ganho 900. Estes transistores, denominados Darlingtons, sto ‘comuns em amplificadores de 4udio, podendo operar com correntes muito elevadas. ©) Transistores de potéucia de RF Estes sto transistores especiais usados em trans- missores, podendo trabalhar com sinais intensos e de freqiéncias altas. Seus invélucros podem ter aparén- ias “‘estranhas” como as mostradas na figura 15. Estes involuctos visam no so a maior facitidade no acoplamento de sinais de altas freqiéncias como tam- bém a possibilidade de montagem em radiadores de calor. 4d @ ESTRUTURA Fig. 16 - O transistor unijungao. ‘TRANSISTORES DE EFEITO DE CAMPO Existem basicamente dois tipos de transistores de efeito de campo, também abreviados por TEC ou FET, conforme mostra a figura 17. Os terminais des- tes transistores sao identificados com as letras g (ga- te ou comporta), d (drain ou dreno) € 5 (source ou fonte). Sto utilizados como amplificadores, para si- nis de altas ¢ bainas frequéncias, nos circuitos cletr6- niicos de radios, amplificadores, televisores, eic. Na figura 18 temos os aspectos dos FETS mais comuns. : a eortr an FET DE Junio wos (een Ponta DuPLA Fig. 17 ~ Transistores de efeito de campo. & ofc Fig, 15 ~ Transistores de poténcia de RF. TRANSISTORES UNUUNCAO Os TUS ou UJT sto componentes especiais que em lugar das duas jungdes de um transistor comum, possuem uma junco iinica, conforme sugere seu sim- bolo ¢ estrutura mostrados na figura 16. Os transistores unijungae no podem amplificar sinais, sendo usados apenas para produzir sinais de baixas freqiiéneias como osciladores. Veja que estes, transistores possuem duas bases (B1 ¢ B2) e um emis- sor (E). © tipo mais comum de transistor unijungao 6 0.2N2646, ELETRONICA TOTAL N? 22/90 ee Fig. 18 ~ Aspectos de alguns FETs, primero tipo de transistor de efeito de campo, mostrado na figura 17 ¢ um FET de junefo como por exemplo o BF245 ou MPF102 que pode ser de canal P ou canal N. O segundo tipo ¢ um MOS-FET haven- do tips de uma tnica comporta ou de duas comportas. 6 ‘CIRCUITOS INTEGRADOS Diversos componentes, jé interligados de modo 4 formar um circuito completo, podem ser fabricados ‘num processo iinico ¢ encerrados num invélucro ini 0. 1ss0 resulta no que denominamos “circuito inte- grado” (figura 19). © simbolo adotado para o integrado é geral, ha- vendo diferen¢a apenas superficial, como por exemplo um amplificador, um circuit Kégico, um regulador de tensto, etc j4 que #6 podemos saber exatamente 0 ‘auehé no seu interior, peloconhecimento do diagrama. Existem integrados que possuem desde uns pou. ‘60s transistores até alguns que podem ter mais de | milhdo de transistores e centenas de milhares de resis- tores, diodos ¢ outros componentes numa simples pas- tilha de silicio de poucos milimetros de dimentio. Na figura 19b temos os invélucros mais usados pelos iniegrados, ‘Observe que integrados como amplificadores de ‘Audio, que devem operar com poténcias elevadas, pos- suem inyélucros que permitem sua montagem em ra- diadores de calor. 2) siwaoios ceaais cD > =r Fig. 19 ~ Aspectos ¢ stmbotos de alguns integrados. Podemos basicamente dividir os integrados nos seguintes grupos: 2) Lineares S40 0s integrados que contém amplificadores de muitos usos como os operacionais, timers que podem funcionar de diversas maneiras como o $55, ¢ muitos ‘outros. Em geral estes integrados podem ser usados em diversos projetos, 0 que leva a classificagao de al- ‘guns tipos como ‘de uso geral” ‘A fungdo de um integrado s6 pode ser conheci- da a partir de especificagdes de seu manual, ) logicos Para estes existem familias, como TTL, CMOS que operam sob determinadas condicdes de alimenta- cho. Estes integrados sio projetados de modo que of diversos tipos de uma familia possam ser interligados ‘tamente, sem problemas. Somente com manuais € que podemos saber pa- a que serve cada um dos integrados das familias e a partir dai realizar projetos. Os integrados légicos ou digitais destas familias sao usados em instrumentagto, ‘contdores, etc. ©) reguladores de tensio Sao integrados que se destinam a fontes, sendo alguns montados em invélucros que permitem 2 mon- tagem em radiadores de calor. 4) dedicados ov fungBes especiais Estes so a maioria dos integrados. Sdo normal- ‘mente circuitos feitos para exercer uma determinada funcdo nica ¢ s6 podem ser usados com aquela fina- lidade. Por exemplo, temos um integrado que é proje- tado para fazer operagdes numa calculadora. A dispo- sigdo dos componentes internos ¢ tal (e n4o pode ser alterada), quento podemos usé-lo com outra finalidade. Outro integrado, projetado para processar sinais ‘num televisor no pode ser usado com qualquer outra finalidade a nao ser esta, pois seus componentes inter- nos jit sao fabricados na disposic&o certa para isso. Normalmente estes integrados possuem céddigos cexpeciais dos fabricantes dos aparelhos em que funcio- nam ¢ ado admitem equivalentes, Dificilmente 0 lef- tor que aproveita um integrado deste tipo de uma cal- culadora, TV fora de uso, ou outro aparelho poderd re-utilizé-lo a no ser na fungo original (se estiver bom!). . ELETRONICA TOTAL N° 22190

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