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Você se sente inseguro quando seus amigos discutem sobre os investimentos que fizeram no
mercado financeiro? Sente inveja dos ganhos que eles proclamam ter conseguido, mas não tem
coragem de se aventurar no mercado? Tem curiosidade de saber que diabos significa "Estar
vendido" no mercado?
Para facilitar a sua leitura desenvolvemos um índice com os principais itens abordados nessa
seção, bastando para isso clicar no tópico de seu interesse no menu baixo. Alternativamente, você
pode ler o texto na íntegra logo abaixo. No final dessa seção preparamos um breve questionário
para você avaliar o seu grau de aprendizado após a leitura do texto.
Introdução
Perfil do Investidor
Situação Financeira e Patrimonial
Prazo de Investimento
Risco
Objetivo de Rentabilidade
Diversificação e Análise
Questionário Interativo
_______________________________________________________________________________
Como Investir
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Introdução
Todos nós temos o mesmo objetivo quando investimos: Ganhar Dinheiro e, se possível, Muito!!
Entretanto alguns fatores podem influenciar de forma significativa o tipo de investimento que
você deve escolher.
Antes de qualquer decisão de investimento você precisa saber o Seu Perfil como Investidor. O que
é isso? Por Perfil entendemos os fatores que são mais importantes para sua tomada de
decisão. Clique no banner acima para saber qual o seu perfil.
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Perfil do Investidor
Podemos citar quatro fatores que ajudam no entendimento de seu perfil como investidor:
Situação financeira e patrimonial
Prazo de investimento
Risco
Objetivo de Rentabilidade
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Situação financeira e patrimonial
Esse é o elemento mais importante para definir o seu perfil de investidor. Não é somente o quanto
você tem disponível para investir, mas também a composição de seu patrimônio que importa.
A forma mais simples de entender isto é considerar todo o seu patrimônio, desde a sua casa ao
saldo de sua conta corrente, como uma carteira de ativos. Ao fazer isto, analise o quanto está em
ativos líquidos (dinheiro, conta corrente, aplicações de renda fixa de curto prazo, etc.) ou em
ativos imobilizado s (casa, carro, etc.).
Isso é importante para que você entenda o grau de liquidez de seu patrimônio, o qual será um
importante fator na determinação de seus investimentos. Se uma parte muito grande do seu
patrimônio estiver em ativos líquidos, você provavelmente terá margem para investir em ativos de
mais longo prazo, como ações, por exemplo.
Obviamente o quanto você tem para investir é uma variável fundamental. Certos investimentos
requerem uma valor mínimo de investimentos , ou tornam-se lucrativos somente após um valor
mínimo
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Prazo de Investimento
Ou seja, quando você vai precisar do dinheiro, é outra variável importante a ser analisada.
De forma geral, investimentos de prazo mais longo oferecem melhor remuneração, e
investimentos como ações podem tornar-se mais atrativos e seguros se o investidor não necessitar
do dinheiro no curto prazo.
Como regra básica, caso você precise do dinheiro no curto prazo, evite aplicações de prazo mais
longo ou aplicações em ativos mais voláteis como ações, por exemplo, apesar da possibilidade de
maiores ganhos. Essa regra é válida também para certos investimentos em renda fixa que
possibilitam ao investidor retirar o dinheiro antes do vencimento dos títulos, mas onde existem
penalidades para a retirada antes do prazo ou as condições de mercado podem estar desfavoráveis,
resultando em uma desvalorização do valor do título.
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Risco
Ou quanto risco você está disposto a correr é outra variável a ser considerada, pois o ato de
investir implica em assumir diferentes posições em relação a risco. Alguns investimentos como a
poupança, por exemplo, apresentam um perfil de risco baixo – já que você já sabe o quanto vai
receber no final do período, enquanto o investimento em alguns tipos de derivativos tem um perfil
de risco mais elevados, podendo resultar em grandes lucros ou pesadas perdas dependendo do
comportamento do mercado.
É extremamente difícil chegar a uma medida de risco que valha para todas as pessoas, já que cada
um encara riscos de uma forma distinta. Podemos usar esportes para ilustrar isso, para alguns
paraquedismo pode parecer extremamente arriscado, enquanto que para outros é perfeitamente
seguro.
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Objetivo de Rentabilidade
Uma coisa é certa todos nós queremos ganhar dinheiro quando investimos. É por isso que essa
variável não pode ser analisada isoladamente. Considerando os fatores descritos acima e
determinando o tipo de retorno que você deseja (preservar o patrimônio, obter ganhos periódicos
para reforçar o orçamento, maximizar ganhos, etc.) sua escolha de investimento será mais
adequada e bem sucedida.
Todos os fatores descritos acima são fundamentais para determinar o seu perfil de investidor e
fornecer os parâmetros básicos de suas decisões de investimento. Além destes parâmetros existem
alguns princípios básicos que também devem ser respeitados: diversificação (otimização) e
análise.
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Diversificação e Análise
Nunca ponha todos os seus ovos em uma única cesta. Distribuir seus recursos em vários
investimentos diferentes reduz o seu risco, já que perdas em um determinado investimento podem
ser compensadas por ganhos nos demais.
Sempre analise com cuidado suas possibilidades de investimento. O comportamento dos vários
investimentos reage a uma série de variáveis, muitas das quais de fácil observação desde que você
disponha das ferramentas adequadas.
Siga de perto a situação política e econômica, buscando entender o efeito de possíveis mudanças
na rentabilidade de seus investimentos. Analise seus investimentos regularmente, comparando-os
com outras alternativas existentes no mercado, não esquecendo de respeitar o seu perfil de
investimentos.
Acima de tudo, mantenha-se informado - informação é hoje a mais importante ferramenta dos
investidores bem sucedidos.
Caderneta de poupança.
Fundos DI.
Ações ou fundos de ações.
Clique aqui para ver seus resultados Voltar
A Dinâmica do Mercado de Ações Voltar
O mercado de ações funciona exatamente igual a uma feira livre. Você vai parar o
mercado com a intenção de comprar um item em particular. Você vai à barraca com o
item de seu interesse (pois algumas ações só são negociadas em algumas Bolsas, ver
seção de Bolsas de Valores Brasileiras), e pretende não estar muito interessado; quando
na verdade você não dorme há alguns dias pensando nessa oportunidade de
investimento.
Você pergunta quanto custa à mercadoria, e o vendedor te responde quanto ele quer. O
preço que ele te dá é o que chamamos de Oferta de Venda. Se você já tiver visitado todo
o mercado e esse é na verdade o menor preço então se trata da Melhor Oferta de Venda.
Agora é sua vez !! Você faz uma oferta, ou uma Oferta de Compra, caso essa seja a
melhor oferta que ele recebeu no dia podemos chamá-la de Melhor Oferta de Compra.
A diferença entre o Preço sugerido pelo vendedor e aquele que você ofertou é chamada
de Spread. Caso vocês entrem em um acordo então isso significa que houve um
negócio. O mesmo acontece no mercado de ações.
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Tomando uma Decisão de Investimento
Antes de tomar uma decisão de investimento você precisa estar familiarizado com
alguns conceitos básicos:
Cotação
As ações são cotadas na Bolsa em lotes unitários ou lotes de mil ações, sendo que cada
empresa determina de qual forma a ação é cotada. A maioria das ações brasileiras é
cotada em lotes de mil. Nunca esqueça de checar qual forma de cotação se aplica à ação
que você quer negociar.
Lote/Fracionário
Em geral você só pode comprar ações em múltiplos de 100, 1000, etc, o que se costuma
chamar de "lotes redondos". Caso você queira comprar lotes pequenos ou quebrados
isso só será possível no Mercado Fracionário.
Último
É o último preço no qual uma ação foi negociada. Este termo é utilizado durante o
funcionamento da Bolsa. A partir do momento em que a Bolsa encerra suas atividades
diárias, a última cotação do dia passa a ser referida como Fechamento, e é esta cotação
que fica registrada e que é utilizada para calcular a oscilação.
Oscilação
É o preço mais alto no qual algum investidor está disposto a comprar uma ação em um
determinado momento. Podemos usar como exemplo um caso onde temos três ofertas
de compra para as ações da empresa ABC - uma a 103,00, a segunda a 105,00 e a
terceira a 108,00 - a melhor oferta de compra será 108,00. Este número é de
conhecimento do mercado, já que o sistema adotado pela Bolsa ordena as ordens de
compra de cada ação de acordo com o preço.
É o preço mais baixo no qual algum investidor está disposto a vender uma ação em um
determinado momento. Assim como a oferta de compra, a oferta de venda também é de
conhecimento do mercado.
Quantidade da Oferta de Compra
Cada ordem de compra (ou venda) contém dois elementos: preço e quantidade (número
de ações que o investidor está disposto a comprar). Desta forma, a partir do momento
em que sabemos qual a melhor oferta de compra, também sabemos qual a quantidade de
compra a esse preço. Podemos usar como exemplo o caso de um investidor que coloca
uma ordem de compra para 1.000 ações da Empresa ABC a um preço de 110,00 - a
quantidade de oferta de compra é 1.000. No caso de um outro investidor colocar uma
ordem de 2.000 ações também a 110,00, a quantidade de compra passa agora a 3,000
(1.000+2.000)
A cada momento o mercado sabe qual é a melhor oferta de compra e a melhor oferta de
venda para todas as ações, desde que existam ofertas de compra e de venda (caso
nenhum investidor coloque uma oferta de compra pela ação da Empresa XYZ, esta
informação obviamente não estará disponível).
Suponhamos agora que você queira comprar 1,000 ações da empresa ABC.
No momento a melhor oferta de compra para as ações da Empresa ABC é 110,00 para
1,000 ações e a melhor oferta de venda é 120,00 para 2,000 ações.
Antes da sua
Preço Quantidade
Oferta
Oferta de Compra 110,00 1,000
Oferta de Venda 120,00 2,000
Depois da sua
Preço Quantidade
Oferta
Oferta de Compra 110,00 1,000
Oferta de Venda 120,00 1,000
Apesar da sua oferta ser de 110,00 (igual a melhor oferta de compra) a sua ordem foi
colocada depois de forma que você só terá o direito de comprar a este preço após o
outro comprador já ter efetuado sua compra. A não ser é claro que ele reduza sua oferta
de compra, ou você aumente a sua.
Como a sua ordem ainda não foi efetuada (já que o melhor vendedor continua a 120,00),
a quantidade de ofertas a 110,00 aumenta de 1,000 para 2,000 (1,000 anterior mais as
suas 1,000). De forma que a situação de mercado muda para:
Preço Quantidade
Oferta de Compra 110,00 2,000
Oferta de Venda 120,00 2,000
Preço Quantidade
Oferta de Compra 112,00 1,000
Oferta de Venda 120,00 2,000
Executando um Negócio Voltar
Para negociar ações, títulos de renda fixa e fundos de investimento você precisa ter uma
conta com uma corretora.
Corretoras
Uma vez que você tenha decidido qual ação comprar (o que será visto em detalhes na
seção como analisar o mercado de ações) deverá contatar uma corretora para dar uma
ordem (que pode ser de compra ou de venda). O tipo de corretora que você vai escolher
depende inteiramente do tipo de serviços que você precisa.
A primeira coisa a fazer é definir quais são as suas necessidades. Que tipo de
investimentos você estará fazendo? Quantas vezes você deve investir em um mês, ou se
já você é um investidor ativo? Você precisa de ajuda na hora de tomar uma decisão de
investimento? Que tipo de serviços você gostaria que a corretora disponibilizasse para
você (ex. relatórios de pesquisa, dicas etc.)? Você executaria suas transações pelo
telefone ou pela Internet?
Uma vez que você tenha uma idéia mais precisa do que você precisa e espera de uma
Corretora, você deve pesquisar para tomar a sua decisão. Em breve a InfoMoney estará
disponibilizando um Ranking das Corretoras para ajudar na sua decisão.
Tipos de Corretora
Corretora On-Line
Nesse caso se você for cadastrado, as informações de oferta de compra e venda estarão
disponíveis em sua tela e você será capaz de negociar através da Internet. Basta colocar
sua ordem diretamente, especificar por quanto tempo a ordem é válida e o sistema
automaticamente envia a ordem para a Bolsa de Valores.
Corretora Tradicional
Nesse caso você deverá contatar a corretora para obter estas informações. O processo de
compra e venda é semelhante ao das corretoras on-line, porém inclui uma série de
passos adicionais para sua ordem chegar até a bolsa, já que a ordem pode ser executada
diretamente pelo operador de sua corretora em seu terminal ou passada ao operador de
pregão (que fica dentro da Bolsa de Valores).
As corretoras executam a sua transação de duas formas: Viva Voz e Sistema Eletrônico
de Negociação.
Pregão eletrônico: Sessão contínua das 10h00 às 17h00 para todas as empresas listadas
nos mercados à vista, a termo, de opções e futuro de ações. Nos 15 minutos que
antecedem a abertura ocorre o chamado leilão de pré-abertura no qual são feitos os
registros de ofertas para a formação de preço teórico de abertura. Nos 5 minutos finais
ocorre o "call de fechamento" para todas as empresas negociadas no mercado a vista do
pregão Viva Voz e para os papéis que fazem parte do Índice Bovespa e do IBrX100.
Viva Voz: Sessão das 10h00 às 16h45 com interrupção no período entre 13h00 e
14h00.
After-market: Negociação exclusiva no sistema eletrônico após 1 hora do fechamento
do pregão até as 19h00. Entre as 17h30 e 17h45 ocorre a fase de pré-abertura na qual é
permitido cancelar ofertas registradas no período regular, depois disso inicia a fase de
negociação propriamente dita.
Comprado ou Vendido?
Quando você decide agir com relação a uma ação você está de acordo com o jargão do
mercado ?tomando uma posição?, existem duas posições que você pode tomar no
mercado:
Comprado
Isso significa que você está otimista com relação ao comportamento do mercado de
ações. Você Compra ações, pois acredita que o preço da ação vai subir e você vai
ganhar com isso. Usando o jargão você pode ser considerado com ?Comprado? ou do
inglês ?Bullish?.
Vendido
Isso significa que no curto prazo você está pessimista quanto ao desempenho do
mercado. Você vende ações pelo preço em que estão, e recompra quando os preços
caírem. No jargão do mercado você pode ser considerado ?Vendido? ou do inglês ?
Bearish?.
Day-traders São investidores que compram e vendem a mesma ação várias vezes no
mesmo dia, cada vez realizando ganhos ou perdas imediatas. Definitivamente esse tipo
de estilo só é adequado para investidores que acompanham o mercado o tempo todo.
Esses investidores compram ação com uma visão de longo prazo, e não se preocupam
com oscilações de preço no curto prazo. Muitas vezes esses investidores estão mais
interessados nos dividendos que essas ações pagam do que na valorização do preço. È
por isso que freqüentemente são chamados de Yield Investors.
a) 30.
b) 31.
c) 29.
De forma genérica, podemos dizer que a análise deve ser baseada no comportamento de uma
série de variáveis, não se restringindo somente à situação atual, mas também tirando lições do
comportamento passado das ações e tentando chegar a um consenso quanto ao desempenho
futuro da empresa. Desta forma, nossa análise se baseará em dados passados e presentes com o
objetivo de determinar qual o futuro da empresa.
Metodologias de Análise
Análise Financeira
Questionário Interativo
Análise Fundamentalista
Análise Técnica
Questionário Interativo
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Metodologias ou "Escolas" de Análise do Mercado de Ações
Análise técnica (ou gráfica): mais recomendada para visões de curto prazo.
Para entender melhor o que cada tipo de análise propõe, traçamos um paralelo com um mercado
que você talvez conheça melhor, o mercado de imóveis. Uma descrição mais detalhada pode ser
vista na próxima seção.
Você não compraria um imóvel sem antes checar coisas como: a sua localização, área útil, área
construída, qualidade da planta, padrão de acabamento, áreas de lazer, garagens, etc. Em
conjunto essas variáveis definem se o imóvel que você quer compra é de qualidade ou não, sem
levar consideração preço. Da mesma forma a análise financeira ajuda a determinar a qualidade
de uma empresa.
A planta não garante que a construção vai ser perfeita, mas te dá mais segurança; de outro lado
se há problemas com a planta então pode ter certeza que haverá vazamentos, trincas, etc.
Da mesma forma os demonstrativos financeiros não garantem o desempenho futuro da empresa,
mas podem dar uma segurança quanto a sua capitalização, capacidade de gerar lucros, etc.. Em
contrapartida se as coisas não vão bem, é bem provável que você seja capaz de identificá-los no
demonstrativo da Empresa.
Análise Fundamentalista: Será que o imóvel dos seus sonhos está caro?
uma vez que você esteja satisfeito com a qualidade do imóvel de seu interesse, então a segunda
pergunta a fazer é: vendedor está pedindo um preço justo pelo número de quartos? ou pela área
útil? número de banheiros? Pelo número de vagas na garagem? ou talvez pelo padrão de
acabamento?
Para tal devemos comparar o imóvel que estamos analisando com imóveis similares no
mercado. A análise de imóveis similares dá condições para você determinar se o preço que está
sendo pedido é justo ou não. O mesmo ocorre com a análise fundamentalista. Para determinar o
preço justo para as ações da empresa a análise fundamentalista baseia-se em múltiplos de
mercado de ações de empresas similares.
Os múltiplos de mercado são calculados dividindo: valor de mercado da empresa por uma série
de indicadores presentes nos demonstrativos financeiros (valor patrimonial, lucro estimado,
fluxo de caixa). Esses múltiplos são equivalentes aos que você calculou para o seu imóvel:
Preço/Quartos, Preço/Vagas, Preço/Área etc.
Assim como no exemplo do imóvel, você deve comparar os múltiplos de mercado da Empresa
com os múltiplos de empresas similares. Por empresas similares entendemos empresas que
atuem no mesmo segmento de mercado (estejam no mesmo bairro), tenham mesma
rentabilidade (mesmo número de quartos) etc. A comparação entre os múltiplos de empresas é
chamando Análise Comparativa, no caso das empresas pertencerem ao mesmo setor chamamos
de Análise Setorial.
Análise Técnica (ou Gráfica): Quanto esse imóvel custava há alguns anos atrás?
Se você estiver satisfeito com a qualidade (análise financeira), preço relativo (análise
fundamentalista) do seu imóvel a última pergunta que você deve se fazer é: Os níveis de preço
atual para esse tipo de imóvel estão em linha com os níveis históricos? Se o preço do seu
imóvel estiver bem abaixo do preço médio, nos últimos cinco anos, isto pode indicar que é um
bom momento para compra. Já um preço muito acima da média pode indicar que seja melhor
esperar um pouco antes de comprar (venda).
Agora que você já entendeu as diferenças e princípios básicos por trás das ?escolas? financeira,
fundamentalista e técnica, vamos entrar mais em detalhe na descrição das principais variáveis
utilizadas para análise
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Análise Financeira
Nessa seção vamos entrar em maior detalhe no que são demonstrativos financeiros e quais os
indicadores mais utilizados por analistas e investidores.
Demonstrativos Financeiros
Balanço patrimonial
É uma das principais demonstrações financeiras e mostra o que a empresa possui (ativos), o
quanto deve (passivo), e quanto capital os acionistas investiram na empresa (patrimônio
líquido).
O balanço é composto de três itens: ativo, passivo e o patrimônio líquido. A soma de passivo e
patrimônio líquido deve ser sempre igual ao ativo.
Pode-se dizer que o balanço patrimonial apresenta uma "fotografia" da empresa em uma
determinada data (normalmente os balanços são emitidos trimestralmente), ou seja, o balanço
do primeiro trimestre apresenta os valores correspondentes a cada conta (ativo, passivo e
patrimônio líquido) no último dia deste período (31 de março).
Ativo
O ativo representa todos os itens ou bens da Empresa que são usados nas suas atividades, sejam
elas quais for. Podemos citar como componentes do Ativo de uma Empresa: Caixa, estoques,
créditos, imóveis, equipamentos, investimentos, etc.
Para adquirir cada um desses bens a Empresa precisa se financiar. De maneira geral pode-se
dizer que Patrimônio Líquido eqüivale à parte do financiamento feita por acionistas, enquanto
que o Passivo é igual à parte feita por Terceiros. Quando utilizamos a expressão financiamento
para descreve o Passivo e Patrimônio Líquido isso não que dizer financiamento financeiro.
Apesar de nem todos serem financeiros todos os itens do Passivo são de uma forma ou de outra
um financiamento, pois correspondem a obrigações que a Empresa tem com Terceiros e que
ainda não foram cumpridas (ex. Impostos a Pagar, etc.). Agora acho que fica mais fácil
entender porque o ativo sempre se iguala à soma do patrimônio líquido e do passivo.
Demonstrativo de resultados
Esse demonstrativo detalha e quantifica o que a empresa recebe (receitas), o quanto gasta
(despesas) e o resultado líquido dessas operações (lucro ou prejuízo) em um determinado
intervalo de tempo.
Com base na análise do lucro ou prejuízo da empresa, o empresário pode estimar o quanto pode
retirar da companhia, ou, em caso de prejuízo, o quanto precisa investir para equilibrar o seu
caixa. Pode-se dizer que o demonstrativo de resultados é organizado de acordo com o processo
de produção da empresa, como ilustrado abaixo:
+ Receitas brutas da empresa: o que a empresa recebe pelos produtos que vende.
- Custo de produtos vendidos: despesas diretamente ligadas à produção (matérias primas,
custo de energia, etc.)
- Despesas financeiras líquidas: juros relacionados a dívida que a empresa levanta para
financiar suas atividades
+ Resultado não operacional: soma das receitas e despesas não diretamente vinculadas as
atividades da empresa, tais como ganhos ou perdas na compra de ativos ou venda de ativos.
= Lucro Líquido: é igual aos ganhos ou perdas líquidas da empresa no exercício, é a parcela
do lucro disponível aos acionistas. Dependendo da política da Empresa ela pode reinvestir os
lucros na Empresa ou distribuir parte destes lucros na forma de dividendos aos acionistas.
Ao contrário do balanço, que representa uma fotografia das atividades da Empresa em uma data
específica, o demonstrativo de resultados representa uma fotografia das suas atividades durante
o período a que se refere. Ou seja, o demonstrativo de resultados do primeiro trimestre traz o
resultado acumulado no trimestre (a conta vendas, por exemplo, traz todas as vendas executadas
durante todo o trimestre, e não somente no último dia do trimestre).
Fluxo de caixa
No Brasil a demonstração de fluxo de caixa é conhecida pela sigla DOAR, que significa
Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos. Assim, fica fácil entender a utilidade do
fluxo de caixa, que serve para identificar a forma na qual a empresa está gerando recursos
(origens) e a forma como ela está utilizando esses recursos (aplicações).
Origens de recursos: uma empresa tem várias origens para os recursos que possui em caixa.
Algumas destas origens podem ser operacionais, resultado das atividades da empresa, esse é o
caso, por exemplo, do lucro/prejuízo líquido do período, da redução de estoques, do atraso no
pagamento de fornecedores etc. Outras origens podem ser financeiras, como por exemplo, o
levantamento de novas dívidas, novos investimentos de capital por parte dos sócios etc.
Aplicações de recursos: o mesmo raciocínio pode ser aplicado para a forma com que a
empresa aplica seus recursos. Uma empresa pode aplicar os seus recursos na sua atividade
operacional, o que inclui, por exemplo, os gastos com a compra de estoques, compra de
máquinas, pagamento de fornecedores, aumento das vendas a prazo etc. Ou ela pode usar esses
mesmos recursos para fins financeiros, como por exemplo, quitação de dívidas, pagamento de
dividendos aos sócios etc.
Em termos simplificados, pode ser dito que quando as origens, ou seja, os recursos obtidos pela
empresa, superam as suas aplicações, o caixa da empresa aumenta. Por outro lado, se a empresa
tem aplicações maiores do que as origens em um determinado período de tempo, então nesse
mesmo período o seu caixa diminui.
Mas qual a diferença entre o demonstrativo de resultados e o fluxo de caixa de uma empresa?
Afinal, de maneira simplificada, ambos medem o quanto esta empresa recebeu e gastou em um
determinado período. A diferença é que, enquanto o demonstrativo de resultados dá uma idéia
do lucro ou prejuízo da empresa, o fluxo de caixa dá uma idéia de como esses resultados estão
efetivamente refletindo no caixa da empresa.
Assim, a diferença entre eles é composta pelas despesas que não representam desembolso de
caixa. Pois é, por mais estranho que pareça a princípio, algumas despesas servem para abater o
lucro que a empresa obtém antes do pagamento de impostos (lucro tributável*), mas não têm
efetivamente um impacto no caixa da empresa.
Esse é o caso, por exemplo, das despesas com a depreciação de equipamentos, que não afetam o
caixa da empresa, mas reduzem o lucro tributável, assim como o valor dos ativos desta
empresa. Portanto, a diferença entre as duas demonstrações é que estas despesas estão incluídas
no demonstrativo de resultado, mas não no fluxo de caixa da empresa.
Agora que você já se sente mais confortável com os conceitos e principais componentes das
demonstrações financeiras, vamos descrever de forma mais detalhada os principais indicadores
e múltiplos utilizados pela análise financeira.
Indicadores Financeiros
Margem Líquida. Determina a porcentagem de cada $ de venda que restou após a dedução
de todas as despesas inclusive o imposto de renda. É definida como lucro líquido dividido
pela receita líquida de vendas. Funciona de forma semelhante à margem operacional, porém
neste caso utilizamos o lucro líquido, já incluído o que foi pago em impostos.
Endividamento Total/ Patrimônio: expressa a relação entre o que a empresa deve a terceiros
e o que foi investido pelos acionistas. Um índice elevado pode dificultar o levantamento de
novos financiamentos, ou pressionar a capacidade de geração de caixa da empresa (já que
grande parte do lucro será usada para pagar juros e principal de dívidas assumidas).
Liquidez Corrente: indica o quanto a empresa tem a receber no curto prazo em relação ao
quanto tem a pagar no mesmo período. É definido como ativo circulante dividido pelo
passivo circulante. Em geral espera-se que esse indicador esteja acima de 1, pois caso
contrário a empresa pode ter dificuldades para pagar suas obrigações de curto prazo.
Para obter o total anual de receitas de uma empresa devemos:
a) 12%.
b) 5%.
c) 10%.
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Análise Fundamentalista
Valor de Mercado:
É calculado multiplicando-se a quantidade total de ações pelo último preço, ou seja, equivale
valor de mercado do patrimônio líquido da empresa. O valor de mercado não equivale ao preço
de compra 100% das ações. Isso porque o preço usado no cálculo reflete o último negócio
concluído, que pode ser bem diferente das expectativas de preço dos demais acionistas da
empresa.
No caso de uma empresa com várias classes de ações (ON, PN, etc.), o valor de mercado é
obtido pela soma do valor de mercado de cada classe de ações.
Preço/Valor Patrimonial por Ação (P/VPA): indica quanto o mercado paga para cada R$1
que os acionistas investiram na Empresa. Por exemplo, se o P/VPA da Empresa é 1,5 isso
significa que o mercado está disposto a pagar R$1,5 por cada R$1 que os acionistas
investiram na empresa. O mesmo raciocínio vale para P/VPA inferiores a 1, nesse caso o
mercado aplica um desconto no capital investido pelos acionistas.
Preço/Lucro Líquido por ação (P/LPA): expressa o valor de mercado da empresa em termos
de seu lucro líquido. Assim como o P/VPA quanto maior o indicador mais cara a ação está
em relação a sua geração de lucro, e vice versa no caso de um indicador menor. Novamente,
é recomendável fazer uma análise comparativa do P/LPA da Empresa com o de empresas do
Setor.
Valor da Empresa: é calculado como a soma entre o Valor de Mercado e a Dívida Líquida da
Empresa, e reflete o valor total da empresa. Ou seja, o capital próprio (acionistas) e o de
terceiros (dívida líquida). Em geral, o valor da empresa é usado no cálculo de índices relativos a
Vendas, EBIT e EBITDA (todos eles representam fluxos disponíveis a acionistas e credores).
Para saber se o indicador fundamentalista de uma Empresa está alto (Empresa está Cara no
Mercado) ou Baixo (Empresa está barata no mercado) você precisa analisar o desempenho do
indicador dessa empresa historicamente e, com relação ao de Empresas do mesmo setor.
Mas atenção! Uma Empresa não está necessariamente barata (ou cara), porque seus indicadores
fundamentalistas estão abaixo (ou acima) da média das empresas do mesmo setor! A liquidez
da ação, estrutura de capital, capacidade de geração de caixa, capacidade dos executivos podem
explicar essa avaliação.
Para facilitar a sua tomada de decisão a InfoMoney desenvolveu seu módulo de Análise
Setorial, que permite que você faça uma análise comparativa detalhada (usando indicadores
financeiros e fundamentalistas) de todas as empresas de um mesmo setor para chegar a uma
conclusão se uma ação está ou não cara no mercado.
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Análise Técnica
A análise técnica não está preocupada em analisar os fundamentos da empresa, tal como
desempenho financeiro, endividamento ou expectativa de lucros, mas seu foco está centrado no
comportamento dos preços das ações. Seu princípio básico é o de que a cotação de uma ação
segue padrões e tendências que se repetem, ou seja, a cotação atual de uma ação é influenciada
pela média histórica de cotações, sempre observando de perto o indicador de volume.
A maioria dos indicadores técnicos utiliza uma combinação de médias para seu cálculo,
normalmente uma média de curto prazo e uma média de longo prazo. A análise do volume
negociado é fundamental, já a maioria das mudanças de tendências (de alta para baixa, ou vice
versa) somente ocorre quando existe um grande volume de negócios.
Os dois gráficos abaixo ilustram o comportamento das cotações e do volume negociado das
ações preferenciais da Petrobrás (PETR4) entre dezembro de 1998 e dezembro de 1999. Cada
número no eixo horizontal do gráfico representa um mês (1=janeiro, 2=fevereiro, 3=março,
etc.).
Você pode observar que em várias ocasiões a reversão de tendência (ação estava caindo e
passou a subir e vice-versa) ocorre quando a ação foi negociada com grande volume (meados
de janeiro e fim de abril, por exemplo).
Suporte e Resistência
São dois conceitos muito utilizados na análise técnica.
Suporte: nível de cotações onde existem muitos investidores que estão dispostos a comprar a
este preço, evitando que os preços caiam ainda mais. Analisando o gráfico abaixo podemos
observar um nível de suporte em torno de 230 entre abril e agosto (veja no primeiro gráfico,
entre 04 e 09).
Estocástico (STK) : também se utiliza de médias históricas. De acordo com o STK, poderá
ser um bom ponto de compra de uma ação, quando o STK estiver aumentando em relação ao
dia anterior, principalmente se seu valor for menor do que 20. Da mesma forma, poderá ser
um bom ponto de venda, quando o STK estiver diminuindo em relação ao dia anterior,
principalmente se seu valor for maior do que 80. A linha vermelha do gráfico representa
uma média de curto prazo, enquanto a linha azul representa uma média de longo prazo.
Gráfico 4: Estocástico
Índice de Força Relativa (IFR): de acordo com o IFR, poderá ser um bom ponto de compra
de uma ação, quando o IFR estiver aumentando em relação ao dia anterior, principalmente
se seu valor for menor do que 30. Da mesma forma, poderá ser um bom ponto de venda de
uma ação, quando o IFR estiver diminuindo em relação ao dia anterior, principalmente se
seu valor for maior do que 70.
Gráfico 5: IFR
Caso o número de ações de uma empresa aumente 40% como
resultado de uma emissão de ações e a cotação destas ações caiam
20%, o que ocorre com o valor de mercado da empresa ?
a) Aumenta em 20%.
b) Cai em 20%.
c) Aumenta em 12%