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CONSTRUÇÕES

SUSTENTÁVEIS E
EMPREGOS VERDES

I.º Seminário Mineiro de


Engenharia Civil

Paulo Safady Simão


Presidente da CBIC
Representante nacional e
internacional das entidades
empresariais da Indústria da
Construção e do
Mercado Imobiliário
SINDICATOS, ASSOCIAÇÕES E
tos
CÂMARAS Segmen ução
r
da const
Mercado o
i
imobiliár
ento
Obras Saneam
ias
rodoviár

62 entidades / 26 estados e DF
O conceito da construção O desenvolvimento sustentável é
sustentável estabelece que aquele que defende o
ela seja a forma através da desenvolvimento que atende às
qual a indústria da necessidades da ge ra çã o atu al
construção assenta as sem compr ome ter a
bases para con segu ir o ca pa cida de das ge ra ções
de sen volv im en to futu ra s de atenderem suas
suste ntá ve l próprias necessidades
DOI S OUTRO S MA RCO S IMP ORT AN TES
POD EM SER AQ UI EST AB EL EC ID OS

A formação d o I PCC
(Intergovernamental Panel on Climate
Change) em 1988, pelo WMO (World
Meteorological Organization) e pelo UNEP
(United Nations Environment Program),
com a finalidade de coor den ar os
est ud os ci ent ífi cos referentes aos
mecanismos que levam as mudanças
climáticas, e todas as suas conseqüências

A import ânc ia q ue o tema


“M ud anç as Cl imát icas” vem adquirindo
ao longo do tempo, a ponto de ser hoje
um dos grandes norteadores das
tomadas de ações em todo o planeta.A
próxima reunião de Kopenhagen em
dezembro, promete muito
MI TIG AÇ ÃO DAS MU DAN ÇAS CL IM ÁT ICA S
NO SE TOR DE EDIFICA ÇÕ ES
Concl usões do 4th Asses seme nt Rep ort do IPCC

RESUMO
O setor de edificações oferece o
maior pote ncia l de miti ga ção
entre os setores analisados

Discute os benefí cios de m itiga ção dos


GEE em edificações
Políticas para incent ivar ed ifí cio s
efi ci ent es
Conc lusões
EDI FIC AÇ ÕES:
O MA IO R PO TEN CI AL DE MIT IGAÇ ÃO GEE IPC C AR 2007
GtCO 2 -e q/y r

Energ y
supp ly Tra nspo rt Build ing Indus try Agr icu lture For est y Waste

(p ot enc ial at (p ot enci al at (p ot enc ial at (p ot enci al at (p ot enc ial (p ot enc ial at (p ot enc ial at
<U S$ 10 0/ <U S$ 100 / <U S$ 10 0/ <U S$ 100 / at <U S$ 10 0/ <U S$ 10 0/
tCO 2 -eq: 2. 4 tCO 2 -eq: 1.6 tCO 2 -eq: 5.3 tCO 2 -eq: 2.5 <U S$ 10 0/ tCO 2 -eq: 1.3 tCO 2 -eq: 0.4 –
– 4. 7 Gt CO 2 - – 2. 5 Gt – 6. 7 Gt – 5. 5 Gt tCO 2 -eq: 2.3 – 4. 2 Gt 1 Gt CO 2 -
eq/yr) CO 2 -eq/y r) CO 2 -eq/y r) CO 2 -eq/y r) – 6. 4 Gt CO 2 -eq/y r) eq/yr)
CO 2 -eq/y r)
EDI FIC AÇ ÕES:
O MA IO R PO TEN CI AL DE MIT IGAÇ ÃO GEE IPC C AR 2007
Precent o f Glo bal GHG Emis sio ns

Plus rest of world~173


countries
100%

90%
Plus Mexico, indonesia,
Australia
80%
Plus Ukranie, Iran, S.
Africa
70% Plus Russina, Plus Brasil, Canada, S.
India, Japan Korea
60%

50%
Plus China, EUA-25

40%

30%

20%
U.S.

10%

0%
1 3 6 9 12 15 188
Number of Countries
IMPAC TOS N EGA TI VOS

A construção consome 75% dos


recursos naturais

50% a 75% dos Recursos naturais


extraídos são destinados a indústria
da construção civil

O volume anual de entulho


produzido por reformas e
construções chega a 400 kg por
habitante.
Durante a obra emite-se 20 vez es
ma is C O2 do que ao longo da vida útil
do empreendimento
IMPAC TOS N EGA TI VOS

Os gastos em construção
representam 10% da economia
mundial

Os edifícios são responsáveis por


40% do consumo de energia
mundial, 21 % da água potável e
25% da madeira das florestas.

A indústria da construção é
responsável por 50% das emissões
de CO2

Port ant o .. .
O setor consome É responsável pelo E principalmente,
grand es consumo ex ag erado é responsável
percen tuais d e de energ ia elétri ca pelo alto nível de
recursos e ág ua nos edifícios emis sã o de
natu rais que constrói e mantém CO 2
Alguns dos itens emissores de CO2

Ci mento
Cerâmica
Aço
Tra nsporte – principalmente nos
agregados (areia – brita )
Vidro
Al umí nio
IMP ACTOS D A PRODU ÇÃO
DE I NSUMOS

Somente a produção de cimento


responde por cerca de 9% de todo
emissão global de CO2.

Para cada tonelada de aço produzido


são gerados 2500kg de CO2 na
atmosfera.

Para cada tonelada de alumínio


produzido são consumidos 56.000
kWh.
A inova ção tecnol ógica é o
principal vetor de indução para
realizar cons tr uç ões sus tent áveis ,
pois:

•Reduz as per das na produção;


• Melhora a qualifi ca ção do
trabalhador;
• Exige maior qua lida de e vida útil
dos materiais utilizados.
É O DESENVOLVIMENTO QUE
AGREGA AS PESSOAS COM:

Am bie nte e a Ec ol og ia (planet)


Ju st iç a so cial (people)
Dese nv olv im ento E con ôm ic o
no sentido do comercio justo, e
do trabalho digno (prosperity)
“O gra nde de safio é a
uni ve rs ali zação do conhe ciment o e
da cult ur a da sus tent abi li dade.”
PROJETO CBIC
Inovação Tecnológica
PR OJET O 1 – As so cia ção Bras il ei ra das Indú st ria s de
Ma te ria is de Const ru ção (A BRA MAT )

Tributação compatível com a


industrialização e a inovação
• Articulação com as entidades da cadeia
produtiva diretamente afetadas;

• Constatar, analisar e agir para dar as


condições competitivas necessárias aos
produtos industrializados que podem
substituir a produção artesanal no
canteiro de obras.
PROJETO 2 – CBIC
Viabilização do SINAT

Depois da implantação, disseminar as


informações sobre o sistema.
•Credenciar o maior número possível de
Organizações Técnicas Avaliadoras;
•Esse sistema cria mecanismos de análise de
processos construtivos inovadores.
PR OJET O 3 – Sin dicat o Naci ona l d as Emp resa s de
Ar qui tet ura e Engen har ia Co ns ul tiv a –
SIN AENCO
Viabilização da
inovação em obras
públicas
• Análise dos efeitos da Lei
8666 e processos de
licitação sobre a introdução
de inovações;
• Definição de ações a serem
feitas neste sentido. Por
exemplo, criar diretrizes e
procedimentos para
contratação de projetos e
obras válidos para a
administração pública
baseados em
PROJETO 4 – Associação Brasileira dos
Escritórios de Arquitetura – ASBEA
Revisão dos Códigos de Obras:

•Análise dos códigos das principais


cidades e seus impeditivos à inovação;
•Estudo para um código padrão/modelo
baseado em desempenho (modelos de
outros países);
PROJETO 4 (cont.)
Revisão do Códigos de Obras

•Elaboração do modelo em uma norma


ABNT para elaboração de Códigos de Obras
(já existe norma análoga para Plano
Diretor);
•Ação com o Ministério das Cidades para
criar uma agenda de revisão de Códigos de
Obras das principais cidades brasileiras.
PROJETO 5 – Conselho Federal de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia – CONFEA

Projeto difusão
da inovação
Realização de
seminários regionais a
partir de 2009 para
divulgar os resultados
do estudo e inserir
uma visão geral a cada
mercado sobre
tendências de
inovação.
PRO JET O 6 – SIN DU SCON -BA

Projeto Capacitação
para a Inovação
• Subempreiteiros –
Focar na
capacitação para
medição de
produtividade e
gestão (SEBRAE e
SENAI);
• Empresários –
Gestão (SEBRAE);
• Trabalhadores –
Capacitação
(SENAI).
PRO JET O 7 – Asso ci ação Nacio na l de Te cnologia do
Amb ien te Co nstr uído - A NTAC

Projeto Ciência e Tecnologia


para a Inovação na
Construção
• Consolidação do
roadmap de necessidades
percebidas pelas empresas
para dirigir a pesquisa
para as inovações
necessárias;
PRO JE TO 7 (co nt.)

Projeto Ciência e Tecnologia


para a Inovação na
Construção
•Realização de workshops
para que as empresas
conheçam o que as
universidades/institutos
tem pesquisado e
apresentem o que é
necessário na visão dela.
PRO JET O 7 (co nt.)

Projeto Ciência e Tecnologia


para
a Inovação na Construção
• Estabelecimento de um
canal de comunicação
entre instituições e
empresas para debater as
pesquisas;
PRO JE TO 8 – UNIV ERSIDA DE DE BRASÍL IA (UnB)

Projeto Conhecimento para a


Inovação

• Viabilização de capacitação em
áreas com lacunas de conhecimento
(cursos, publicações produzidas no
Brasil ou traduzidas) que impactam
o desenvolvimento de inovações;
• Formação de especialistas,
capacitação dos projetistas atuais e
equipes de construtoras;
PRO JE TO 8 (co nt.)
Projeto Conhecimento para a
Inovação

•Tecnologia da informação
aplicada a arquitetura e
construção. Absorver e implantar o
que existe fora do Brasil (BIM),
automação dos canteiros de obras,
automação do planejamento de
obras;

•Integrar os agentes (setores


público, privado, acadêmico e
terceiro setor).
PR OJET O 9 – As so cia ção Bras il ei ra de Cime nt os
Po rtlan d – AB CP

Projeto Modulação
• Fixar um instrumento de
compatibilização de elementos
e componentes na construção
por meio da Coordenação
Modular;
• Visa simplificar operações da
construção e diminuir perdas.
PR OJET O 10 – SIN DUSCON -SP

Comitês
Estaduais

 Montagem de
comitês estaduais
para disseminar a
inovação entre as
empresas
construtoras.
CONSELHO GESTOR

10 coordenadores de projetos;
Presidente da CBIC;
Presidente da COMAT/CBIC;
Coordenador do PIT;
Subcoordenador do PIT.
PROJETO CBIC
CONSTRUÇÃO
SUSTENTÁVEL
ASSUN TOS:
Educação Ambiental
Eficiência Energética
Uso Racional da Água
Inovação Tecnológica
Treinamento e Melhoria
da Mão de Obra
Gestão da Qualidade
Gestão dos Resíduos
Proteção ao Verde
GRU PO
GEST OR
•Empresários;

•Organizações
Não Governamentais;

•Academia;

•Organizações da
Sociedade Civil.
AÇÕE S
Eventos sobre Temas
Prioritários

Regionalização
conforme o potencial
da localidade
CONS OLIDAÇ ÃO DO PROJETO

Metas e objetivos a
serem atingidos sob
coordenação e
acompanhamento do
Grupo Gestor
GREEN JO BS
(empregos verdes)
GREEN J OBS
(empregos verdes são sustentáveis)

Os esforços por reduzir os


impactos ao meio-ambiente
têm repercussões na renda
e redução da pobreza
promovendo novos
empregos em muitos
setores e economias além
do potencial de criar
milhões de novos postos de
trabalho (EMPRE GOS
VERDES ).
EMPRE GOS VER DE S

os combustíveis fósseis. Estão previstos


investimentos de 630 bilhões de
dólares até 2030, que se traduziriam
em pelo menos 20 milhões de novos
empregos neste setor.
EMPRE GOS VER DE S

Investimentos no aumento da eficiência


energética dos edifícios poderia gerar entre 2 a
3,5 milhões de empregos verdes na Europa e nos
Estados Unidos, com um potencial muito mais alto
para os países em desenvolvimento.

Os emp reg os ve rde s:


São mais intensivos em mão-de-obra;
Tem alto rendimento social;
Estimula o investimento privado;
Gera re-investimentos (mais renda e
consumo)
ALG UNS
EXE MPLO S DE
GR EEN JO B
PROGR AMA MI NHA CAS A, MI NHA V IDA

META : Implementar o Plano Nacional de


Habitação, construindo 1 milhão de
moradias para famílias com renda até 10
salários mínimos
 Aumenta o acesso das famílias de baixa
renda à casa própria
 Famílias com renda até 3 salários mínimos –
subsídio integral com isenção do seguro
 Famílias com renda de 3 a 6 salários mínimos –
aumento do subsídio parcial em financiamentos com
redução dos custos do seguro e acesso ao Fundo
Garantidor
 Famílias com renda de 6 a 10 salários mínimos –
estímulo à compra com redução dos custos do
seguro
Fonte : Programa Minha e acesso ao Fundo Garantidor
Casa Minha Vida
PROGR AMA MI NHA CASA, M IN HA V IDA
Distribuição da produção por faixa de renda

Distribuição da produção por Região


em função do déficit habitacional

Fonte : Programa Minha


Casa Minha Vida
PROGR AMA MI NHA CAS A, MI NHA V IDA
Antes, 97% das
habitações para
famílias de 0 a 3 S.M.
eram construídas por
autoconstrução
Sendo o PMCMV
formal:
Trabalho com respeito
à legislação;
Redução das perdas
de materiais;
Maior eficiência na
aplicação dos insumos.
EM PREG OS V ER DES
(green jobs)

• Instalação de
aquecedores solares;
• Reciclagem de
resíduos da
construção;
• Retrofitagem de
centros urbanos e
imóveis antigos.
ESPLANADA SUSTENTÁVEL

p r é d io s ( p r in cipais)
16
r é d io s ( a n e x os)
11 p

No próximo ano,
Brasília fará 50 anos
ESPLANADA SUSTENTÁVEL

W o r ld H e r it age
UNESCO –

– E m pr e g o Verde
OIT

P – P a r c e r ia Público
P P
Privada
ESPLANADA SUSTENTÉVEL

O “nível B” no
Programa Brasileiro
de Etiquetagem de
Construções e o
tingimento da
certificação na
categoria “prata”.
PLANSEQ - PLAN O
SET OR IAL
DE QUALIFICAÇÃO PARA CONSTRUÇÃO CIVIL

• Capacitação de
beneficiários do
Bolsa Família
para trabalharem
na Construção
Civil.
Con stru çã o Ci vi l
Rumo à Su stentab il id ade

ww w.cb ic.org .b r
cb ic@cbi c.org .b r
61 - 3327 1 013

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