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Tony Garnier e a Cidade

Industrial
Tony Garnier 1869-1948
Tony Garnier 1869-1948
• Filho de operários do setor metalúrgico
• Nasce e cresce em Lyon
• Cidade de Lyon - Irmãos Lumière – primeiro
cinematógrafo, centro industrial metalurgico–
veículos, aviões, e de tecidos - energia hidrelétrica.
Acompanha a construção dos primeiros automóveis
• Militante socialista
• Entra na Ecole des Beaux Arts em Paris. Em 1889 Prix
de Rome Estágio na Vila Medicis
• Torna-se arquiteto chefe da cidade de Lyon em 1905.
“Une cité industrielle” do arquiteto
Tony Garnier
“Une cité industrielle”
• obra editada em 1917, com maior repercussão a partir de
1922
• 3 fatores que vão revolucionar a estrutura das cidades:
grande indústria, o concreto armado, o socialismo
• a separação de funções, a utilização do concreto e a
valorização dos espaços verdes, a construção de prédios
standartizados.
• Sem visionar uma ruptura com a cidade industrial, ele
propunha sua evolução e adaptação.
• propõe que se deixe livre a velha cidade, que não entra no
desenvolvimento urbano (antevendo o que será constante
na urbanística moderna); suas propostas concernem a
cidade em expansão
“Une cité industrielle”
• Fatores que explicam a localização da cidade:
presença de matéria prima; força motriz para a
indústria ( hidroeletricidade); facilidades de
circulação
• Uma cidade organizada um função do trabalho
industrial e para o bem estar dos operários
• Proposta de uma nova ordem socio-econômica
“Une cité industrielle”
• Cidade satélite mas com autonomia econômica e cultural
• Metade do espaço para zonas verdes
• 35.000 habitantes
• 61 km de comprimento e 600metros de largura
• Tramway elétrico com espinha dorsal
• Fragmentada em áreas distintas: habitação, trabalho , lazer
e circulação
• Atenção especial aos equipamentos urbanos, escolas e
hospitais
• Museu, biblioteca, teatro, estádio piscina pública coberta
• Não existem templos religiosos, nem prisões, nem casernas
“Une cité industrielle”
“Une cité industrielle”
“Une cité industrielle”: habitações
• Unidades de habitação orientadas por
questões de higiene e salubridade: luz solar e
aeração
• Quadras com 150 por 30 metros; 20 lotes de
15metros por 15 metros; separados dois à
dois por passagens para pedestres
• Cada lote deve ter metade da sua área
ocupada por jardim com acesso público
“Une cité industrielle”: escolas
• Escolas primárias inserida no tecidos
residencial cercadas de jardins, com um
projeto voltado para a funcionalidade

• Escolas secundárias e centros universitários


agrupados em áreas específicas da cidade
“Une cité industrielle”: o centro
• Conjuntos agrupados de edificações cercados
de verde
• Serviços administrativos e salas de reunião
• Museu
• Estabelecimentos esportivos e salas de
espetáculo
• Um edifício monumental em forma de foguete
que abriga salas de reunião (500 a 3000
pessoas)
“Une cité industrielle”: o complexo industrial e
os estabelecimentos sanitários
• Indústria metalúrgica: estrutura de concreto
armado e estrutura metálica
• Isolada pela área verde
• No lado oposto: Hospital, Centro de
Helioterapia, Asilo para inválidos do Trabalho
Complexo Industrial
Conjunto Hospitalar
Centro de Helioterapia
Habitações
Residência Unifamiliar
Escola Primária
A influência no Brasil : O plano de Atílio Correa
Lima para Volta Redonda
• A cidade operária de Volta Redonda, Rio de Janeiro, 1941, tem
como modelo formal a cidade industrial, de Tony Garnier.
• A proposta original previa :
– Um plano conjunto, definindo a localização das funções
urbanas; zonas funcionais estanques e uma ocupação que
segue a hierarquia produtiva, reforçada pela topografia original
do sítio
– A usina sidreúrgica e cidade separadas por área verde
– Bairros organizados para as diferentes categorais de
trabalhadores da indústria
– bairros dos engenheiros e técnicos especializados estão mais
próximos do centro administrativo, dos equipamentos sociais e
da indústria do que o bairro dos operários não especializados

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